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Migração: vulnerabilidade, exclusão e adaptação

Postado em 18/05/2016 21h56min

Por Artur Dullius

Na noite da última quarta-feira, dia 18, o Teatro Univates foi palco da reflexão sobre as consequências do fenômeno migratório e seus impactos nos locais em que ocorrem. A atividade fez parte da programação do I Seminário Internacional Migrações e Direitos Humanos e do 6° Simpósio Interdisciplinar de Saúde e Ambiente (Sisa).
 
A palestra Imigração e Saúde foi ministrada pelas professoras doutoras Maria Natalia Ramos (professora da Universidade Aberta de Lisboa e coordenadora científica do Centro de Estudos das Migrações e das Relações Interculturais – Cemri) e Maria da Conceição Ramos (professora da Universidade do Porto e investigadora do Cemri).
 
Em sua fala, Maria Natália destacou que o aumento da globalização e das migrações são fatores determinantes no aumento da multiculturalidade das sociedades. “Muitas pessoas são obrigadas a abandonar sua terra natal e sua família. Os motivos são variados e, entres os principais, estão a falta de oportunidades e a fuga da pobreza e da violência”, afirma. A professora lembrou ainda que o baixo nível de escolaridade e qualificação profissional faz de alguns migrantes um grupo de pessoas vulneráveis.
 
Conforme as pesquisadoras, existem aproximadamente 60 milhões de refugiados no mundo, sendo o maior número da história após a Segunda Guerra Mundial. “A imigração não deve ser vista como medo e ameaça, e sim como desenvolvimento. São necessárias políticas para acolher e integrar os imigrantes, independente da nacionalidade”, conclui.
 
Rafael dos Santos, estudante de Direito da Univates, acredita que a sociedade precisa estar aberta a novas culturas e apoiar os movimentos migratórios. “A migração é um processo novo tanto para o ser que sai do seu local de origem quanto para a sociedade que recebe esse indivíduo. O sujeito tem uma exigência mental muito grande. Precisa passar por um processo de aculturação e de adaptação a diversos fatores nessa nova realidade”, destaca o estudante.
 
Atividades durante o dia
Durante a tarde da quarta-feira, no auditório do Prédio 11, representantes de quatro movimentos sociais contaram relatos de experiências. Já durante a noite, no Teatro Univates, três imigrantes haitianos relatam suas experiências. O momento foi mediado por um dos pesquisadores do Grupo de Pesquisa sobre Imigração Haitiana no Vale de Taquari da Univates. 
 
Programação
Na quinta-feira, dia 19, o auditório do Prédio 9 recebe a palestra Direitos Humanos e Migrações, com representante do Grupo de Assessoria a Imigrantes e a Refugiados (Gaire) e Giuliana Redin (Migraidh - Direitos Humanos e Mobilidade Humana Internacional - UFSM). A atividade inicia às 20h e terá transmissão em salas de aula.
Todas as atividades são gratuitas e abertas ao público em geral. Mais informações podem ser conferidas pelo site www.univates.br/evento/migradh
 
Texto: Artur Dullius
Rafael dos Santos é estudante de Direito

Artur Dullius

Palestra debateu consequências do fenômeno migratório

Artur Dullius

Durante a tarde, representantes de movimentos sociais estiveram no auditório do Prédio 11.

Ana Amélia Ritt

Palestra debateu consequências do fenômeno migratório

Artur Dullius

Roda de capoeira recepcionou o público

Artur Dullius

Durante a tarde, representantes de movimentos sociais estiveram no auditório do Prédio 11.

Ana Amélia Ritt

Palestra debateu consequências do fenômeno migratório

Artur Dullius

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