O espetáculo do Grupo Tholl e Kleiton & Kledir, ocorrido dia 19 de julho, encerrou a programação de inauguração do Centro Cultural Univates. Desde a abertura do espaço, em maio passado, o Teatro recebeu diversas atrações artísticas e culturais. O grande show inaugural de Gilberto Gil e Ospa iniciou a série de apresentações e mostrou à comunidade do Vale do Taquari a ampla possibilidade de investimentos em cultura.

A cada show, os olhos atentos aos detalhes contemplavam o novo local com misto de curiosidade, surpresa e satisfação. E por trás de toda a preparação, a fim de bem receber a plateia e garantir o sucesso das apresentações, inúmeros funcionários da Univates se empenharam para tornar as experiências inesquecíveis.

Uma delas é Dilvane Dresch Martinelli, atuante há mais de oito anos do Setor de Compras. Ela participou ativamente da organização dos eventos. “Houve a preocupação de fazer cada detalhe idealizado pela equipe de eventos, arquitetos e demais envolvidos sair do papel. O setor contratou e acompanhou execuções de diversos serviços”, relembra. Colaborar com os acontecimentos do novo espaço da Univates faz Dilvane sentir-se orgulhosa. Segundo ela, é gratificante integrar algo que faça diferença para a comunidade. “Vou sempre poder olhar para esta obra e dizer que ali tem um pouquinho de mim”, afirma.

Para a funcionária Adolfina Zanatta, a Univates já se tornou sua segunda casa. Ela trabalha há quase 25 anos na Instituição, e é responsável por deixar o café pronto para servir, inclusive no Teatro da Univates, que recebe artistas renomados. “Me sinto muito bem, vi tudo isso crescer. E sempre tento fazer o café do melhor jeito”, destaca. Ter uma parcela de participação nos eventos do Centro Cultural alegram-na. Ela diz que já explorou o novo espaço e ficou encantada com o que viu. “Achei o máximo!”, conta.

Componente do Setor de Marketing e Comunicação, Guilherme Polita é um dos responsáveis pela criação gráfica de materiais impressos e digitais, e também atua no planejamento e contratação de mídias para promoção de eventos. Desde 2011 na Univates, o funcionário conta que informar o público sobre as novas atrações é sempre um desafio. “Nenhum evento ocorre sem uma equipe dedicada por meses antes de as cortinas se abrirem. É prazeroso fazer parte desse grupo de pessoas e poder ver, como resultado, um ambiente cultural lotado”, ressalta Polita.

A integrante do Núcleo de Cultura e Eventos da Univates, Raquel Ferreira de Oliveira, começou a trabalhar na Instituição em 2013, e desde fevereiro deste ano atua no Setor de Eventos. Conforme ela, todos os funcionários do departamento se envolveram igualmente na organização dos espetáculos. “Tudo passa por todos. Fazemos rodízios nos eventos, cada um ajuda e dá seu melhor para que tudo saia perfeito”, comenta.

Segundo Raquel, é uma grande satisfação fazer parte dessa consolidação do Centro Cultural, não somente como funcionária, mas também como aluna da Univates. Ela salienta que ver o crescimento da Instituição e saber de sua colaboração para isso é gratificante. “Me emocionei muito na inauguração, pois ao ver aquele show lindo, lembrei o quanto nossa equipe trabalhou para que tudo fosse possível. Um dia vou poder trazer meus filhos e netos pra assistir algum espetáculo aqui e terei muito orgulho em dizer que já fiz parte de tudo isso”, completa Raquel.

Colega de setor da Raquel, Lucas George Wendt trabalha há um ano e meio no Núcleo de Cultura e Eventos da Univates. Ele partilha do sentimento de orgulho da colega e revela que todos no departamento sentem-se da mesma forma. Wendt ressalta a participação da equipe na organização dos camarins e atendimento aos artistas, além da recepção aos frequentadores dos espetáculos. “Considero um grande passo para o Vale do Taquari. É bastante gratificante estar envolvido com algo dessa magnitude”, destaca o funcionário.

O grupo permanece diariamente no Centro Cultural, a fim de oferecer suporte à manutenção do local e desenvolver as atividades rotineiras do departamento. Conforme a gerente do Núcleo de Cultura e Eventos da Univates, Ana Lúcia da Silva, sua equipe participa intensamente das produções, além dos funcionários de outros setores da Univates que se envolvem quando necessário. “Temos uma sistemática na qual cada um sabe o seu papel e o trabalho flui. Em alguns momentos, a demanda de espetáculos exige resoluções rápidas e é quando a colaboração de colegas de outros setores se torna imprescindível”, destaca a gerente.

Ana Lúcia comenta a excelente aceitação do público em relação ao novo espaço. Segundo ela, em três meses de funcionamento, mais de 12,5 mil pessoas já passaram pelo Teatro Univates, entre 16 sessões de shows, espetáculos e palestras. “Todas saíram impressionadas com o que assistiram, seja em temos de qualidade dos eventos ou das acomodações”, afirma. Os produtores, de acordo com ela, também se surpreendem com a estrutura. Como resposta da avaliação, Ana Lúcia reitera que, ao conhecer o Teatro, deixam mensagens no livro e mural do espaço, onde registram o desejo de retornar.

Para a gerente, o Teatro traz novas possibilidades de realização de eventos na Univates, visto que possui estrutura própria e condições técnicas de alto nível. Reflexo disso é o aumento na demanda de serviços e a necessidade de contar com equipe maior para atuar em cada atividade. Mesmo com trabalho mais intenso, Ana Lúcia ressalta: “É extremamente prazeroso realizar a produção de todos estes momentos, e ver a satisfação das pessoas ao sair da sala de espetáculos, deslumbradas com o que viram. Não tem preço.”

Próximas apresentações
Nova atração está marcada para ocorrer no Teatro Univates. No próximo dia 27 de agosto, o Grupo Cerco apresentará a peça teatral “Incidente em Antares”, uma adaptação da segunda parte do romance homônimo de Érico Veríssimo.

A história retratada no roteiro se passa no contexto pré-ditadura militar do Brasil, numa cidade fictícia do interior do Rio Grande do Sul, chamada Antares. A encenação inicia-se em 1963, quando uma greve geral paralisa a cidade. Dois dias depois, em uma sexta-feira 13, sete pessoas morrem por diferentes causas e não são sepultadas, pois os coveiros aderiram à greve.

Indignados, os defuntos levantam-se de seus esquifes e reclamam por seu enterro, invadindo a cidade com seus corpos putrefatos. Vivos e mortos passam a discutir em praça pública a vida social e a política de Antares, desvelando a hipocrisia das autoridades e dos habitantes locais. Revelações essas que poderiam transformar a sociedade e seus indivíduos, mas que, ao final, sucumbem à força da alienação e dos interesses políticos de uma minoria.

O espetáculo integra a programação da Semana Acadêmica do CCHS e será realizado em parceria com o Sesc. Interessados em prestigiar a peça teatral podem adquirir os ingressos na Bilheteria do Teatro Univates, ou pelo site www.ingressorapido.com.br.

Relembre as atrações
A presença de artistas renomados no cenário cultural brasileiro enriqueceu o recém-inaugurado Centro Cultural. Subiram ao palco os músicos Nando Reis, Gilberto Gil e Ospa, Roupa Nova e Kleiton & Kledir com Grupo Tholl, além dos atores de O Teatro Mágico, Hermanoteu na Terra de Godah e Homens de Perto II.

Espetáculo de dança do balé Giselle, apresentado pelo grupo Bolshoi no Brasil, a palestra do teólogo Leonardo Boff, e o talk show com o ator da TV Globo, Thiago Lacerda, e os produtores da emissora, Pablo e Diego Müller, também marcaram a programação do espaço.

Texto: Nathália Braga