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Disciplina de Pedagogia propõe escrita sensível e criativa

Postado em 20/04/2015 15h14min

Por Tuane Eggers

Com o objetivo de proporcionar aos estudantes do curso de Pedagogia o exercício de leituras e de escritas sensíveis, a nova proposta curricular do curso teve início, neste semestre, com a disciplina Ateliê de Escrita I, ministrada pelo professor doutor Cristiano Bedin da Costa. Os textos escritos pelos acadêmicos durante a disciplina, oriundos de exercícios e leituras de autores como Roland Barthes, William Burroughs, Italo Calvino, Raymond Queneau e Georges Perec, resultaram na criação de um blog: www.atelie-de-escrita.webnode.com.

Conforme a coordenadora do curso, professora doutora Morgana Domênica Hattge, a disciplina é um dos movimentos da proposta de uma Pedagogia mais comprometida com uma docência criativa e autoral. “A sociedade cobra da academia um professor investigador, com capacidade de articular saberes e interagir com as multiplicidades e diferenças. Para formar esse professor, entendemos que um dos caminhos possíveis passa pelo investimento em uma formação que contemple a dimensão estética, a experimentação do pensamento e da escrita”, explica.

Segundo a professora, a leitura dos textos produzidos pelos alunos oferece uma pequena mostra de como pode ser potente, sensível e criativa a experiência da formação docente. “Podemos ir muito além dos chavões impostos por práticas de capacitação simplistas e mecanicistas que povoam as políticas e práticas educacionais na sociedade”, acrescenta Morgana.

Um dos acadêmicos da disciplina foi Mateus Lorenzon, que confessa ter sentido um certo temor ao ler a proposta da disciplina, por não se sentir muito à vontade ao escrever de modo mais livre. No entanto, ele conta que participar das atividades abriu novas possibilidades de leitura, principalmente por lhe apresentar novos autores e outros tipos de escrita.

“Como bolsista da Univates, aprendi a escrever de um jeito mais científico, de certa forma mais duro, árido e estéril. Aprendemos a ser objetivos e utilizar uma linguagem pura que representaria a realidade tal como ela é, mesmo sabendo que isso é impossível. Então, escrever livremente, ou brincar com as palavras, subvertendo o sentido original delas, foi algo bem novo para mim. Acho que foi um exercício de traição da linguagem que eu ainda não tinha feito”, conta o estudante.

A acadêmica Daiana Hansel conta que a disciplina lhe suscitou o desejo pela leitura espontânea. “Ao elaborar, ler ou ouvir várias obras produzidas pelos colegas, consegui perceber formas, palavras, discursos e modos de escrita distintos. Sendo assim, entendo que essas divergências, juntamente com os desafios e reflexões feitos em aula, são capazes de nos proporcionar novas experiências e conhecimentos que, pessoalmente, melhoraram meu vocabulário e me proporcionaram coragem para tentar”, completa.

A disciplina Ateliê de Escrita I também está sendo ministrada pela professora doutora Rosane Cardoso, do curso de Letras.

 

Texto: Tuane Eggers

Alunos exercitaram leitura e escrita a partir de textos de autores como Roland Barthes, William Burroughs e Italo Calvino

Cristiano Bedin da Costa

Alunos exercitaram leitura e escrita a partir de textos de autores como Roland Barthes, William Burroughs e Italo Calvino

Cristiano Bedin da Costa

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