O tão esperado trânsito de Mercúrio ocorrerá na próxima segunda-feira, dia 9 de maio. O evento ocorre cerca de 13 vezes a cada século e consiste na passagem de Mercúrio pelo Sol. A última vez que o fenômeno pôde ser observado foi em 8 de novembro de 2006, há aproximadamente 10 anos.

 

Mercúrio é o planeta mais próximo do Sol e, por isso, move-se mais rapidamente do que qualquer outro planeta. Além disso, graças à aproximação, o planeta torna-se difícil de ser observado. O nome Mercúrio, designado pelos romanos, significa “O mensageiro dos Deuses”, justamente por causa dessa velocidade orbital elevada. 

 

O planeta está situado em uma órbita inferior (entre a Terra e o Sol), portanto estará sempre na direção do Sol, às vezes em posições mais próximas da Terra do que o Sol e, em outras, em posições mais distantes da Terra do que o Sol. Por causa disso, há momentos da sua órbita em que passa "na frente" do Sol na perspectiva de um observador situado na Terra, é o caso do conhecido “trânsito de Mercúrio”. 

 

O evento começará às 8h12min da manhã, atingirá metade do seu deslocamento às 11h57min e encerrará às 15h42min da tarde, conforme horário de Brasília, e poderá ser visto em sua totalidade na América do Sul, no leste da América do Norte e na Europa Ocidental. Poderá ser visto parcialmente em todo o resto do mundo, com exceção da Ásia Oriental e Oceania.

 

 

Atividade de observação na Univates

 

O projeto de extensão "Redes Interdisciplinares: desvendando as Ciências Exatas e Tecnológicas", da Univates, tem como um dos focos de atuação o ensino de Astronomia. Assim, aproveitando o fenômeno, a equipe de trabalho do projeto está organizando uma sessão de visualização do trânsito de Mercúrio em frente ao Prédio 11 da Instituição. Em caso de mau tempo, o fenômeno será acompanhado e projetado no saguão do mesmo prédio por meio da internet. A sessão é aberta ao público em geral. Quem estiver circulando pelo campus nesses horários está convidado a dar uma espiadinha no espetáculo. 

 

Nunca devemos olhar para o sol diretamente

 

A maioria dos instrumentos não é adequada para observar o sol. Não utilize radiografias, nem óculos escuros, mesmo com filtro UVA/UVB, pois eles não são suficientes para a proteção dos olhos. Somente a máscara de solda número 14 é segura. Mesmo os filtros de sol adaptados para telescópios são perigosos. A maneira mais segura é observar o fenômeno por meio da projeção do sol sobre uma parede.

 

 

Texto: prof. Sonia Gonzatti, prof. Werner Haetinger e bolsista Marco Nardi 

Fonte: Nasa