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Não existe idade para pesquisar

Postado em 20/10/2016 11h50min

Por Artur Dullius

Com resultados surpreendentes, a pesquisa acadêmica torna-se cada vez mais importante para a sociedade atual. Porém, o meio ainda carece de estímulo, visto que muitos estudantes do Ensino Superior apresentam dificuldades no desenvolvimento de trabalhos científicos. Na Univates, todas as semanas, nove estudantes de Ensino Médio dedicam oito horas do seu tempo para realizar pesquisas na Instituição. Isso é possível mediante parceria com o Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq), por meio do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica para o Ensino Médio. 
 
As bolsas são destinadas a alunos de 1º e 2º anos do Ensino Médio de escolas do Vale do Taquari. Entre os contemplados está Isabel Spaniol, que aos 16 anos é uma das jovens pesquisadoras da Instituição. Natural de Arroio do Meio, ela estuda no 2º ano do Colégio Guararapes. “O incentivo para participar veio da própria escola, que chamou alguns alunos e convidou-os para participarem do programa”, afirma.
 
Conforme a professora coordenadora do projeto, Márcia Rehfeldt, mais do que fortalecer o processo de aprendizado, as atividades buscam desenvolver o espírito científico nos jovens. “É muito importante para a vivência acadêmica deles, pois eles já se sentem alunos da Univates e, quando chegarem à graduação, serão estudantes mais autônomos”, explica.
 
Para Isabel, iniciar no projeto foi um grande desafio. Além de entrar em uma esfera ainda desconhecida, a jovem também teve que enfrentar a falta de afinidade com o conteúdo. “Sempre tive certeza de que não queria atuar com as ciências exatas. Então, quando me falaram que era da área de exatas, eu não gostei muito, pois me identifico mais com as linguagens. Mas agora já começo a olhar de outra maneira os conteúdos e o interesse vem de forma natural”, lembra a estudante.
 
As atividades assemelham-se às bolsas oferecidas aos alunos de graduação. Os estudantes são inseridos nas pesquisas por meio de tarefas específicas, participando também de eventos e mostras científicas. “A gente vê que muitos alunos esperam de forma passiva a chegada do conhecimento por meio dos professores, o que não é interessante. Dessa forma, acreditamos que esses jovens já possam trazer esse aspecto um pouco melhor contemplado, pois vão saber as atividades básicas necessárias para realizar uma pesquisa”, afirma Márcia.
 
Mais do que isso, Isabel acredita que o aprendizado adquirido na Instituição já pode ser aplicado na sala de aula, mesmo que ainda no Ensino Médio. “Claro que todo esse conhecimento será um diferencial para mim, pois vou ter uma base maior para solucionar problemas mais amplos. Mas, mais do que isso, vou conseguir levar muita coisa para o sala de aula e alguns conteúdos até estou vendo de forma adiantada, se comparado com a escola”, conclui.
 
Texto: Artur Dullius
Aos 16 anos, Isabel é uma das jovens pesquisadoras da Univates

Artur Dullius

Pesquisa acadêmica tem se tornado cada vez mais importante para a sociedade atual

Tuane Eggers

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