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Um campus em direção à sustentabilidade

Postado em 02/06/2017 17h42min

Por Artur Dullius

O consumo de água no mundo tem aumentado drasticamente nas últimas décadas. Em 1950 cerca de 1.400 km³ de água eram consumidos por ano. Na virada do milênio, em 2000, esse número já era de 4.000 km³ e, segundo previsões da ONU - Organização das Nações Unidas, é provável que em 2025 o nível de consumo eleve-se para 5.200 km³. Na contramão dessas expectativas, a Univates busca formas de diminuir os possíveis impactos desse consumo excessivo e se utiliza cada vez mais de um recurso natural: a água da chuva.
 
No total são três sistemas de captação pluvial já instalados pelo campus, o que representa uma capacidade reservatória de 130 mil litros de água. “Uma universidade deve ser exemplo não apenas na sala de aula. Não adianta ensinar o processo ecologicamente correto se nós não cumprimos e somos esse exemplo como mostramos ao estudantes”, afirma o reitor da Univates, Ney Lazzari.
 
Pioneiro no processo, o Prédio 17, construído em 2012, foi o primeiro a abrigar o sistema de aproveitamento das águas da chuva. “Sem potencial para consumo, devido à quantidade de impurezas presentes, a água coletada é utilizada para a jardinagem e limpeza das calçadas”, afirma Israel Pereira, coordenador do setor de Engenharia e Manutenção da Univates.
 
No Centro Cultural os recursos vão além e, com um sistema de filtros e tratamento da água captada, a utilização se expande também para fins sanitários e nos espelhos d’água. O reservatório se destaca contando com uma capacidade de armazenamento de 60 mil litros. “A economia de água nos meses de inverno no Centro Cultural, isto é, quando há maior incidência de chuva, representa aproximadamente 36% em relação ao verão”, observa Pereira.
 
Já a água coletada nos telhados do Prédio 16 e do Complexo Esportivo são direcionadas para a cisterna do campo de futebol, que tem capacidade para armazenar até 50 mil litros e é utilizada para a irrigação do gramado. Além disso, novas estruturas também estão sendo preparadas para receber o sistema. Segundo a arquiteta da Univates, Michele Welp, o prédio do Centro Clínico já possui encanamento adequado para a captação pluvial, facilitando ações futuras. “Todas essas instalações são realizadas de maneira que não prejudiquem a estética dos Prédios. As cisternas estão localizadas no subsolo ou no telhado para não ficarem aparentes”, diz.
 
Lazzari garante que, a partir de agora, a prática passa a ser unanimidade nos próximos investimentos da Instituição, não apenas com a utilização de recursos pluviais. “Antes não era possível a implementação dessas tecnologias por elas não existirem, ou por falta de condições financeira. Mas, a partir do momento que isso se tornou viável, inclinamos nossos esforços para tornar o nosso campus ecologicamente correto. Tanto que hoje contamos com a maior usina elétrica do Rio Grande do Sul”, afirma, se referindo às placas fotovoltaicas instaladas no Tecnovates.
 
Univates realiza campanha na Semana do Meio Ambiente
Por iniciativa do Museu de Ciências da Univates e dos cursos de Ciências Biológicas, com apoio da Tv Univates e do setor de Marketing e Comunicação, a Instituição realiza, durante toda esta semana, a campanha "Que planeta você está deixando para mim?". Com peças de mídias digitais e impressas, o objetivo é despertar a consciência das pessoas para pequenas atitudes do dia a dia que podem contribuir para um planeta mais sustentável.
 
Texto: Artur Dullius
Água coletada nos telhados do Prédio 16 e do Complexo Esportivo são direcionadas para a cisterna do campo de futebol

Nicole Morás

Água coletada nos telhados do Prédio 16 e do Complexo Esportivo são direcionadas para a cisterna do campo de futebol

Nicole Morás

Água da irrigação do gramado do Estádio é reutilizada

Nicole Morás

Reservatórios do Centro Cultural contam com capacidade de armazenamento de 60 mil litros

Artur Dullius

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