Buscando facilitar a atuação de técnicos e estudantes frente ao cultivo de vitivinicultores, a Universidade do Vale do Taquari - Univates, por meio do laboratório de acarologia, lançou um comunicado técnico sobre a identificação de ácaros presentes em videiras no Rio Grande do Sul. O material conta com a representação de 54 espécies de ácaros, que foram descritas de forma didática e interativa.

 

A ferramenta de estudos foi elaborada por professores do Programa de Pós Graduação em Sistemas Ambientais Sustentáveis (PPGSAS) da Univates. Segundo uma das pesquisadora, Liana Johann, o processo de identificação é um dos maiores empecilhos para a prática do controle biológico de ácaros no Estado. “A partir do momento em que o produtor percebe que existe uma perda na produção, ele precisa identificar quais são as causas. Então, antes de qualquer ação, é necessário saber qual é o ácaro que se faz presente, para poder tomar as medidas adequadas”, explica.

 

Diante das diferentes referências existentes, a pesquisadora garante que a dispersão das informações, por vezes, dificulta a agilidade e a precisão do processo. Com isso, o material busca unir todas as pesquisa já feitas com espécies de ácaros presentes em videiras do RS. “Identificar um ácaro demanda muito conhecimento do profissional. O comunicado vem justamente para facilitar isso. Apresentamos os procedimentos que devem ser realizados desde a etapa de coleta deste ácaro até a identificação e o armazenamento”, diz Liana.

 

Este é um material único para a identificação de ácaros no RS. Conforme a pesquisadora, a facilidade de entendimento do material permite compará-lo a um jogo. “O usuário identifica uma primeira característica do ácaro. A partir disso ele vai para um segundo passo, para o terceiro e assim sucessivamente até chegar no ácaro indicado”, explica Liana. 

 

Para o professor Juarez Ferla, a ferramenta passa a ser uma referência de pesquisa para a área. “O que a diferencia dos demais trabalhos já feitos é a forma como as informações estão descritas. A ideia de aliar as características com as imagens permite que produtores e iniciantes da área consigam identificar o ácaro e, a partir disso, buscar possibilidade de controle, se necessário”, conclui. 

 

O material foi feito em parceria com a Embrapa e está disponível pelo aqui.

 

Texto: Artur Dullius