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Notícias

20 Janeiro de 2016

Jovem cria delivery de saladas feitas por moradores de favela

 
 
O carioca Hamilton Henrique, 26, estudava engenharia e trabalhava em um espaço de coworking quando teve contato com a alimentação saudável pela primeira vez. “Eu morava em São Gonçalo (RJ) e não vinha de classe alta. Não entendia porque meus colegas com mais dinheiro preferiam lasanha de berinjela a um bom pedaço de picanha. Na minha cabeça, rico gostava de comer coisas gostosas”, conta.
 
Ele aprendeu a comer mais frutas, verduras e legumes na época e notou que a mudança foi positiva para a vida dele. “Até que um dia senti uma vontade incontrolável de comer empadão de legumes e meus amigos tiraram sarro de mim. Então nasceu a ideia de levar acesso a uma alimentação mais saudável a um preço justo”, explica.
 
O empreendedor conheceu a nutricionista Mariana Fernandes, com quem dividia o desejo de democratizar o acesso a alimentos saudáveis, quando ficaram sabendo que estava aberto o processo seletivo para incubação e aceleração da Yunus  Negócios Sociais Brasil. Eles se inscreveram, foram selecionados em outubro de 2014 e receberam assessoria para criar o modelo de negócio. Em fevereiro de 2015, nascia o Saladorama, com investimento inicial de R$ 250.
 
A empresa oferece o serviço de delivery de saladas e sucos orgânicos, e trabalha com vendas avulsas ou planos de assinaturas. Os pedidos podem ser feitos pelo site, Facebook ou WhatsApp, e todas as entregas são realizadas de bicicleta. Além de incentivar a ingestão de frutas e verduras, o negócio pode tornar-se uma fonte de renda.
 
Hamilton emprega moradores de comunidades carentes do Rio, a maioria mulheres, que passam por um processo de capacitação de quatro meses, que ensina desde os cuidados com os alimentos até noções de gerenciamento do negócio, para que sejam capazes de empreender também. Todos os alimentos são preparados em cozinhas próprias nas comunidades.
 
Negócio social
 
O Saladorama é um negócio de impacto social, ou seja, colabora com o desenvolvimento econômico e social da região em que atua ao mesmo tempo em que gera lucro para ser reinvestido na própria operação. “Eu acredito que eles são a evolução dos negócios no mundo, pois os que permanecem são os que resolvem um problema social de alguma forma”, reflete. “Nos próximos anos vamos ver muitos negócios sociais se tornando protagonistas da transformação de suas cidades”, completa Hamiton.
 
Para quem deseja ter seu próprio negócio, ele diz que é importante acreditar no projeto e lembrar sempre que não é o empreendimento, e sim, o empreendedor. “Já tive ideias legais que poderiam ter dado algum resultado, mas não época não acreditava em mim. Quando percebi que podia e era possível, foi quando tudo começou a voar. Perdi o medo de errar e foi errando e consertando que tudo caminhou bem rápido”, conclui.
 
Fonte: Consumo Social
 
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