AVALIAÇÃO DO PROCESSO DE VERMICOMPOSTAGEM EM SOLO CONTENDO FÁRMACO CEFALEXINA

Resumo

É de grande preocupação o estado em que se encontra o meio ambiente com relação à poluição. Uma nova classe de poluentes está chamando a atenção dos pesquisadores e órgãos governamentais, chamadas de micropoluentes emergentes, preocupantes por serem substâncias tóxicas capazes de gerar danos ao meio ambiente mesmo em pequenas quantidades. Uma das classes de micropoluentes são os fármacos, entre eles, estão os antibióticos, consumidos tanto por medicina humana como medicina veterinária. Para a indicação da presença de alteração ambiental, podem ser usados organismos vivos, chamados de bioindicadores ou indicadores biológicos. As minhocas são consideradas bioindicadores da qualidade do solo realizando também o processo de vermicompostagem, usado para a degradação da matéria orgânica. Assim, o objetivo do trabalho foi avaliar o efeito do antibiótico cefalexina em processo de vermicompostagem, utilizando minhocas da espécie Eisenia andrei. Foram feitos minhocários em pequena escala, com solo contendo o antibiótico, nas concentrações de 250 mg/kg, 500 mg/kg e 1000 mg/kg, monitorados por um período de 4 meses. Os parâmetros analisados no solo foram sódio, potássio, nitrogênio e pH do húmus gerado pelo processo de vermicompostagem. Já para as minhocas avaliou-se a biomassa, reprodução, fuga e mortalidade. Como resultado, foi possível observar que não houve alteração nos parâmetros analisados. Conclui-se que o antibiótico cefalexina, nas concentrações testadas, não alterou a reprodução e biomassa das minhocas, bem como a qualidade de húmus gerado.