ANÁLISE MICROBIOLÓGICA DE MATÉRIAS-PRIMAS E FORMULAÇÕES DE UMA FARMÁCIA DE MANIPULAÇÃO NA CIDADE DE VENÂNCIO AIRES/RS

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22410/issn.1983-036X.v27i1a2020.2444

Palavras-chave:

Contaminação Microbiológica. Boas práticas. Magistrais. Microrganismos patogênicos.

Resumo

O processo de produção de medicamentos e demais produtos é controlado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) por meio da RDC n° 67/2007 de Boas Práticas em Manipulação, que estabelece normas para todo o processo, assegurando a qualidade e eficácia dos produtos manipulados. Porém, a presença constante de microrganismos no ar e em superfícies inanimadas torna o controle de qualidade mais complexo. A utilização de produtos contaminados por microrganismos diversos pode causar patologias aos seus consumidores, intoxicações em decorrência da intensa proliferação do microrganismo patogênico e infecções com quadros geralmente associados a diarreias, dores abdominais intensas, febre e desidratação são os mais comuns. Em casos mais graves podem surgir doenças como Pneumonia, Desinterias bacterianas, entre outras. Medicamentos manipulados podem ser uma fonte de contaminação por estes microrganismos patogênicos, diante disso, o presente estudo teve como objetivo avaliar a qualidade de matérias-primas e formulações de uma farmácia de manipulação da cidade de Venâncio Aires. Foram coletadas dez amostras de matérias-primas e dez amostras de suas respectivas formulações. As amostras foram submetidas aos testes microbiológicos de contagem padrão de microrganismos mesófilos aeróbios estritos e facultativos viáveis, contagem de coliformes totais e termotolerantes, contagem de bolores e leveduras e avaliação da presença de Escherichia coli, Staphylococcus aureus e Pseudomonas aeruginosa. Entre as amostras analisadas, observou-se crescimento microbiológico significativo apenas na amostra de Paracetamol em Ágar PDA para pesquisa de bolores e leveduras com crescimento de 2,0 x104 UFC/g na amostra de matéria-prima e de 2,5 x104 UFC/g na amostra manipulada. As demais matérias-primas, Metildopa, Finasteride, Ciprofibrato, Itraconazol, Tadalafila, Lactase, Cetoconazol, Aciclovir e Colágeno não tiveram crescimento algum ou não apresentaram crescimento significativo. Diante disso, foi possível concluir que a farmácia magistral que forneceu as amostras realiza o processo de manipulação dos seus medicamentos de forma adequada se enquadrando nos padrões de Boas práticas de Manipulação.

Biografia do Autor

Camila Henn, Universidade do Vale do Taquari- Univates

Biomédica formada pela Universidade do Vale do Taquari- Univates

Gabriela Kniphoff da Silva Lawisch, Universidade do Vale do Taquari- Univates

Professora do Centro de Ciências Biológicas e do Centro de Ciências Médicas (CCM), da Universidade do Vale do Taquari- Univates

Mônica Jachetti Maciel, Universidade do Vale do Taquari- Univates

Professora do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS) e do Programa de Pós-Graduação em Sistemas Ambientais Sustentáveis (PPGSAS), da Universidade do Vale do Taquari- Univates.

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Publicado

27-04-2020

Como Citar

HENN, Camila; KNIPHOFF DA SILVA LAWISCH, Gabriela; MACIEL, Mônica Jachetti. ANÁLISE MICROBIOLÓGICA DE MATÉRIAS-PRIMAS E FORMULAÇÕES DE UMA FARMÁCIA DE MANIPULAÇÃO NA CIDADE DE VENÂNCIO AIRES/RS. Revista Estudo & Debate, [S. l.], v. 27, n. 1, 2020. DOI: 10.22410/issn.1983-036X.v27i1a2020.2444. Disponível em: https://www.univates.br/revistas/index.php/estudoedebate/article/view/2444. Acesso em: 23 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos