DEVIR-MULHER E EDUCAÇÃO MÚLTIPLA: CARTOGRAFIAS POÉTICO-POLÍTICAS NAS PÁGINAS-TELA CLARICEANAS
Resumo
O texto perscruta as páginas-tela de Clarice Lispector para fazer ressoar sentidos de uma educação múltipla. Nas travessias de uma cartografia deleuziana, desterritorializam-se as mulheres clariceanas para produzir sentidos outros de um devir-mulher na educação. Nessas linhas de fuga, busca-se romper com representações que reproduzem a imagem instituída do “ser mulher” segundo as leis do sistema patriarcal, e ensaiar vetores de uma educação múltipla onde pulsem devires poéticos-políticos do devir-mulher, e não o seu apagamento. Em meio à potência de uma arte-literatura menor, as subjetividades clariceanas se tecem ao encontro das maquinações do pensamento rizomático da Diferença de Deleuze e Guattari, e das ressonâncias do pensamento pós-feminista, como os de Beauvoir e Butler. O texto se movimenta por uma escrita cartográfica tecida na conexão de platôs arte-gênero-educação a tramar corpos poéticos-políticos convulsionantes que estilhaçam os padrões de gênero instituídos. Cartografar sentidos múltiplos que vertem das artes de escrever-pintar clariceana coloca em movimento um “direito ao grito” do devir-mulher, e ainda, possibilidades de fabular espaços de liberdade no tecer de uma educação múltipla. Estas veredas nos levam a maquinar conceitos para fabular as relações arte-gênero-educação.
Palavras-chave
Devir-mulher. Corpo poético-político. Educação múltipla.
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PDFDOI: http://dx.doi.org/10.22410/issn.1983-0378.v41i1a2020.2454
Direitos autorais 2020 Gilcilene Dias da Costa, Fabíola de Fátima Igraja
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