CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIVATES 

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO 

 

 

 

 

 

 

ANÁLISE DE RISCO E RETORNO NO ESTUDO DE VIABILIDADE 

ECONÔMICA E FINANCEIRA PARA A IMPLANTAÇÃO DE UMA 

FÁBRICA DE MÓVEIS SOB MEDIDA 

 

Michele Schedler 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Lajeado, novembro de 2015 



 

 

Michele Schedler 

 

 

 

 

 

 

 

 

ANÁLISE DE RISCO E RETORNO NO ESTUDO DE VIABILIDADE 

ECONÔMICA E FINANCEIRA PARA A IMPLANTAÇÃO DE UMA 

FÁBRICA DE MÓVEIS SOB MEDIDA 

 

Monografia apresentada na disciplina de 

Trabalho de Curso II, na linha de formação 

específica em Administração de Empresas, do 

Centro Universitário UNIVATES, como parte 

da exigência para a obtenção do título de 

Bacharel em Administração. 

 

Orientador: Prof. Ms. Ilocir José Fuhr 

 

 

 

 

 

Lajeado, novembro de 2015



 

 

RESUMO 

O presente estudo teve como objetivo geral analisar o risco associado ao retorno no 
estudo de viabilidade econômica e financeira para a implantação de uma fábrica de 
móveis sob medida, na cidade de Lajeado/RS. A fundamentação teórica deste trabalho 
aborda assuntos sobre viabilidade econômica e financeira, decisão de investimento, 
análise de mercado, levantamento de investimento do projeto, financiamento, custos e 
despesas, bem como, análise de investimento. A metodologia empregada possui 
abordagem qualitativa e quantitativa, por meio de uma pesquisa de estudo de caso, 
bibliográfica e documental, utilizando o método exploratório e descritivo e análise dos 
indicadores financeiros, econômicos e estatísticos do projeto de investimento estudado. 
A fim de atingir o objetivo geral deste estudo, os objetivos específicos propostos foram 
verificar o investimento na estrutura física e a necessidade de financiamento para 
abertura da fábrica, projetar fluxos de caixa realista, com simulação de cenários muito 
pessimista, pessimista, otimista e muito otimista a partir de custos fixos e variáveis, 
despesas e receitas futuras esperadas, calcular a viabilidade do projeto através de 
indicadores econômico-financeiros, como VPL, Payback Descontado, TMA, TIR e IL e 
analisar o risco associado ao retorno esperado para o investimento, a partir de cálculos 
estatísticos (Análise de Sensibilidade e Análise de Cenários). Diante do exposto, 
verificou-se que os objetivos propostos foram atingidos. Com base na análise do cenário 
realista (projetado em 5 anos), o referido empreendimento apresenta projeção de 
rentabilidade, sendo que o investimento inicial será recuperado durante o período do 
projeto. Como forma a analisar o risco associado ao retorno esperado para o investimento 
foram calculados, considerando os diferentes cenários, o VPL ponderado (retorno médio 
esperado), o Desvio Padrão dos VPLs em relação ao VPL ponderado (risco associado 
ao retorno), bem como o Coeficiente de Variação (coeficiente de compensação risco e 
retorno). Na Análise de Sensibilidade, verificou-se que o projeto é mais sensível a 
variações nos Custos Variáveis.  

Palavras-chave: Viabilidade econômica e financeira. Indicadores financeiros. Fábrica de 
móveis sob medida. 

 

 



 

 

LISTA DE ILUSTRAÇÃO 

LISTA DE FIGURAS 

 

Figura 01 - Ambiente global de riscos..............................................................................17 

Figura 02 - Ciclo operacional, econômico e financeiro.....................................................20 

Figura 03 - Fórmulas para cálculo do desvio padrão.......................................................34 

Figura 04 - Fórmulas para cálculo do coeficiente de variação.........................................34 

Figura 05 -  Exemplo do cálculo do VPL...........................................................................54 

Figura 06 - Exemplo do cálculo da TIR............................................................................55



 

 

LISTA DE TABELAS 

Tabela 01 - Documentos necessários para abertura (legalização) da empresa ..............45 

Tabela 02 - Investimento inicial em Ativo Não-Circulante ...............................................46 

Tabela 03 - Capital de Giro (inicial) para abertura da fábrica ..........................................46 

Tabela 04 - Capital de giro (CDG) projetado para o final do 1º mês de atividades 

operacionais ................................................................................................................... 47 

Tabela 05 - Capital de giro líquido (CDGL) ou CCL inicial ................................................47 

Tabela 06 - Saldo líquido de caixa (SLC) inicial ...............................................................48 

Tabela 07 - Total em Ativos Circulantes e Ativo Não-Circulantes ...................................48 

Tabela 08 - Estimativa de Vendas Mensal .....................................................................49 

Tabela 09 - Projeção de receitas (cenário realista) .........................................................49 

Tabela 10 - Custos fixos, variáveis e despesas administrativas .....................................50 

Tabela 11 - Fluxo de Caixa (cenário realista) ..................................................................52 

Tabela 12 - Cálculo do VPL (cenário realista) .................................................................54 

Tabela 13 - Cálculo da TIR (cenário realista) .................................................................55 

Tabela 14 - Cálculo do Payback Descontado (cenário realista) ......................................56 

Tabela 15 - Cálculo do Índice de Lucratividade ...............................................................57 

Tabela 16 - Análise de Sensibilidade ..............................................................................58 

Tabela 17 - Cálculo do Coeficiente de Variação (com base nas receitas) .......................59 

Tabela 18 - Cálculo do Coeficiente de Variação (com base nos custos variáveis) .........59 

Tabela 19 - Síntese dos indicadores ...............................................................................60



 

 

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 

BIC - Boletim de informação cadastral 

IL - Índice de lucratividade 

LI - Licença de instalação 

LO - Licença de operação 

LP - Licença prévia 

MDF - Medium-Density Fiberboard (Placa de fibra de madeira de média densidade) 

MOVERGS - Associação das Indústrias de Móveis do Rio Grande do Sul 

PAYBACK - Período de retorno do investimento 

SAC - Sistema de amortização constante 

TIR - Taxa interna de retorno 

TMA - Taxa mínima de atratividade 

VPL - Valor presente líquido



 

 

 

 

 

 

 

 

SUMÁRIO 

 

 

1 INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 9 

1.1 Delimitação do estudo ........................................................................................... 10 

1.2 Problema de pesquisa ........................................................................................... 11 

1.3 Objetivos ................................................................................................................. 12 

1.3.1 Objetivo geral ...................................................................................................... 12 

1.3.2 Objetivos específicos .......................................................................................... 12 

1.4 Justificativa e relevância ....................................................................................... 12 

2 REFERENCIAL TEÓRICO .......................................................................................... 14 

2.1 Administração financeira ....................................................................................... 14 

2.2 Tomada de decisão de investimento .................................................................... 15 

2.2.1 Risco e incerteza ................................................................................................. 15 

2.3 Levantamento de investimento do projeto .......................................................... 17 

2.3.1 Ativo fixo (Ativo Não-Circulante) ....................................................................... 18 

2.3.2 Capital de giro (Ativo Circulante) ....................................................................... 18 

2.3.2.1 Ciclo operacional, econômico e financeiro .................................................... 19 

2.3.2.2 Ponto de equilíbrio ........................................................................................... 20 

2.4 Financiamento ........................................................................................................ 21 

2.4.1 Sistema francês de amortização ........................................................................ 22 

2.4.2 Sistema de Amortização Constante (SAC) ........................................................ 22 



 

 

2.5 Estudo de viabilidade econômico e financeira .................................................... 23 

2.5.1 Análise de mercado............................................................................................. 23 

2.5.1.1 Projeção de vendas e receitas ........................................................................ 24 

2.5.1.2 Formação do preço de venda .......................................................................... 25 

2.5.2 Custos e despesas .............................................................................................. 25 

2.5.2.1 Custo fixo e variável ......................................................................................... 26 

2.5.2.2 Custo direto e indireto ..................................................................................... 26 

2.5.2.3 Depreciação ...................................................................................................... 27 

2.5.3 Fluxo de caixa ...................................................................................................... 28 

2.5.3.1 Análise de sensibilidade .................................................................................. 28 

2.6 Análise de investimentos ...................................................................................... 29 

2.6.1 Taxa Mínima de Atratividade (TMA) ................................................................... 30 

2.6.2 Valor Presente Líquido (VPL) ............................................................................. 31 

2.6.3 Taxa Interna de Retorno (TIR) ............................................................................ 31 

2.6.4 Período de recuperação do investimento (Payback Descontado) .................. 32 

2.6.5 Índice de Lucratividade (IL) ................................................................................ 33 

2.7 Medidas estatísticas .............................................................................................. 33 

2.7.1 Médias .................................................................................................................. 33 

2.7.2 Variância e desvio-padrão .................................................................................. 33 

2.7.3 Coeficiente de variação ...................................................................................... 34 

3 MÉTODO ..................................................................................................................... 35 

3.1 Delineamento da pesquisa .................................................................................... 35 

3.1.1 Definição da pesquisa quanto aos objetivos .................................................... 36 

3.1.2 Definição da pesquisa quanto à natureza da abordagem ................................ 36 

3.1.3 Definição da pesquisa quanto à forma da abordagem .................................... 37 

3.1.4 Definição da pesquisa quanto aos procedimentos técnicos .......................... 37 

3.2 Unidade de análise e sujeitos do estudo ............................................................. 38 

3.3 Coleta de dados ...................................................................................................... 39 

3.4 Análise dos dados .................................................................................................. 40 

3.5 Limitações do método ........................................................................................... 41 

4 CARACTERIZAÇÃO DO SETOR E DA ORGANIZAÇÃO ......................................... 42 



 

 

4.1 O setor de móveis .................................................................................................. 42 

4.2 A empresa objeto do estudo de viabilidade ......................................................... 43 

5 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS ............................................................ 44 

5.1 Investimento inicial ................................................................................................ 44 

5.1.1 Investimento em Ativo Não-Circulante .............................................................. 44 

5.1.2 Capital de giro ..................................................................................................... 46 

5.2 Estimativa de vendas e projeção de receitas ...................................................... 49 

5.3 Custos fixos, variáveis e despesas administrativas ........................................... 50 

5.4 Fluxo de caixa ......................................................................................................... 51 

5.5 Análise de investimentos ...................................................................................... 52 

5.5.1 Taxa Mínima de Atratividade .............................................................................. 53 

5.5.2 Valor Presente Líquido ....................................................................................... 53 

5.5.3 Taxa Interna de Retorno ..................................................................................... 54 

5.5.4 Payback Descontado .......................................................................................... 55 

5.5.5 Índice de Lucratividade ....................................................................................... 56 

5.5.6 Análise de Sensibilidade .................................................................................... 57 

5.5.7 Medidas estatísticas............................................................................................ 58 

5.5.8 Síntese dos indicadores ..................................................................................... 60 

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................ 61 

REFERÊNCIAS .............................................................................................................. 64 

APÊNDICES .................................................................................................................. 67 

ANEXO .......................................................................................................................... 76 



9 

 

1 INTRODUÇÃO 

O mercado de móveis sob medida parece estar em crescimento contínuo. Este 

cenário pode estar sendo influenciado pelo fato de os espaços internos dos imóveis 

serem cada vez menores. Neste contexto, os móveis sob medida têm o propósito de 

otimizar o aproveitamento de espaço, ergonomia, buscando proporcionar conforto, 

estética e maior durabilidade, sendo que cada projeto é único e procura atender a 

necessidade do cliente. 

Em decorrência desta demanda crescente surgem oportunidades para o mercado 

empreendedor e novos projetos são implantados. Conforme Cecconello e Ajzental 

(2008), uma oportunidade de negócios pode vir seguida de diversas ideias de soluções 

para esta oportunidade. No entanto, isto é insuficiente para a tomada de decisão 

definitiva. Neste contexto, a educação empreendedora contribui para o sucesso do 

empreendimento, considerando que no Brasil, conforme indica o SEBRAE (2008, texto 

digital), o despreparo do empreendedor está diretamente relacionado com o fracasso das 

empresas. 

Quando considerado um novo empreendimento, a análise de viabilidade 

econômica e financeira é imprescindível antes de realizar a alocação de recursos no 

investimento, a qual objetiva ajudar o empresário a avaliar o plano de investimento a ser 

realizado, demonstrando a viabilidade ou inviabilidade do projeto. 

Souza e Clemente (2004) afirmam que o estudo de viabilidade econômica pode 

ser interpretado como um esforço para elevar o nível de informação e conhecimento a 



10 

 

respeito das implicações do investimento, tanto desejáveis quanto indesejáveis, visando 

diminuir o nível de risco. Com base em uma oportunidade, são realizados estudos, 

pesquisas, análises e avaliações que irão fornecer subsídios para auxiliar na tomada de 

decisão que poderá gerar o maior retorno com o menor risco para a empresa. 

Diante deste cenário de novas oportunidades de empreendimento, considerando 

que a demanda por móveis varia positivamente com o nível de renda da população, com 

o comportamento de alguns setores da economia, particularmente a construção civil, e 

que as mudanças no mercado imobiliário vêm implicando reduções das áreas úteis dos 

imóveis, percebe-se a valorização das soluções que maximizam o aproveitamento do 

espaço. Desta forma, vislumbra-se a implantação de uma fábrica de móveis sob medida 

na cidade de Lajeado/RS. Para tanto, este estudo tem como objetivo a análise de risco e 

retorno no estudo de viabilidade econômica e financeira deste novo negócio. 

Porém é preciso ter cautela, pois o cenário econômico apresenta um ano de crise, 

com previsão de baixo crescimento da economia, exigindo assim mais foco no negócio. 

Planejar os gastos, analisando criteriosamente todas as despesas e fazer um novo 

planejamento dos gastos evitando os excessos são alternativas importantes para 

enfrentar a crise. 

 

1.1 Delimitação do estudo 

O presente estudo de análise de viabilidade econômica e financeira foi referente à 

viabilidade de implantação de uma fábrica de móveis sob medida, localizada em 

Lajeado/RS, considerando-se o risco e o retorno esperado para o investimento. Seu 

público-alvo serão pessoas físicas e/ou jurídicas, e a matéria-prima predominante dos 

móveis é o MDF. O estudo ocorreu nos meses de março a novembro de 2015. 

Marconi e Lakatos (2009) descrevem que são estabelecidos limites para o que se 

propõe investigar quando limita-se a pesquisa. A pesquisa pode ser limitada em relação 

ao assunto, à extensão ou a uma série de fatores que podem restringir o seu campo de 

ação.  

 



11 

 

1.2 Problema de pesquisa 

A taxa de empreendedorismo global vem crescendo nos últimos anos, não sendo 

diferente o comportamento no Brasil. No entanto, cabe ressaltar que conforme dados do 

SEBRAE (2008, texto digital), alguns empreendedores acabam tendo seu 

empreendimento encerrado logo nos primeiros anos da sua constituição, onde diversos 

são os fatores que contribuem para esta ocorrência, dentre os quais certamente a 

ausência de uma correta e prévia análise do referido negócio possui grande participação. 

Uma forma de diminuir esse índice de empreendimentos encerrados logo nos 

primeiros anos é avaliar a viabilidade econômica e financeira do novo empreendimento 

considerando-se o risco e o retorno esperado para o investimento, a qual possibilita 

verificar se o negócio é viável, através da análise das perspectivas financeiras do 

negócio, por meio de ferramentas utilizadas e de indicadores econômicos e financeiros, 

auxiliando assim na tomada de decisão. 

Biagio e Batocchio (2012) ressaltam a importância do controle financeiro e a 

tomada de decisão baseada em fatos financeiros em países onde a economia é 

emergente, incluindo o Brasil, em razão dos ciclos recessivos que atingem a economia. 

Desta forma, o presente trabalho objetiva avaliar a viabilidade econômica e 

financeira do novo empreendimento considerando-se o risco e o retorno esperado para 

o investimento, dando um embasamento para a análise dos dados. Sendo que a análise 

de investimento é de relevância, tendo em vista que a economia do Brasil enfrenta sérias 

dificuldades e que um investimento realizado sem prévias análises de viabilidade poderão 

acarretar em sérios prejuízos para os investidores. 

Havendo viabilidade, o investimento será realizado por um profissional com 12 

anos de experiência na produção de móveis sob medida, o qual possui como objetivo a 

implantação de seu próprio negócio. No entanto, faz-se necessário uma análise de 

viabilidade econômica e financeira do negócio para a tomada de decisão, tendo em vista 

a viabilidade ou inviabilidade do referido empreendimento. 

Diante do exposto, tem-se o seguinte questionamento: Qual é a viabilidade 

econômica e financeira para a implantação de uma fábrica de móveis sob medida na 

cidade de Lajeado/RS considerando-se o risco e o retorno esperado para o investimento? 



12 

 

1.3 Objetivos 

Para realização da pesquisa, foram estabelecidos objetivos Geral e Específicos. 

 

1.3.1 Objetivo geral 

Analisar a viabilidade econômica e financeira para a implantação de uma fábrica 

de móveis sob medida, na cidade de Lajeado/RS considerando-se o risco e o retorno 

esperado para o investimento. 

 

1.3.2 Objetivos específicos 

- Verificar o investimento na estrutura física e a necessidade de financiamento para 

abertura da fábrica; 

- Projetar fluxos de caixa realista, com simulação de cenários muito pessimista, 

pessimista, otimista e muito otimista a partir de custos fixos e variáveis, despesas e 

receitas futuras esperadas; 

- Calcular a viabilidade do projeto através de indicadores econômico-financeiros, como 

VPL, Payback Descontado, TIR e IL; 

- Analisar o risco associado ao retorno esperado para o investimento, a partir de cálculos 

estatísticos (Análise de Sensibilidade e Análise de Cenários). 

 

1.4 Justificativa e relevância 

Tendo em vista o cenário de novos empreendimentos, onde vários encerram suas 

atividades nos primeiros anos, tem-se como objetivo com este estudo, uma análise de 

viabilidade econômica e financeira considerando-se o risco e o retorno esperado para o 

investimento, a qual servirá de base para a tomada de decisão sobre o novo 

empreendimento, demonstrando a viabilidade ou inviabilidade do negócio, bem como 

contribuir para o sucesso da empresa. 



13 

 

Para o empreendedor em questão o trabalho é relevante, tendo em vista o desejo 

de implantação do novo empreendimento e o pouco conhecimento que possui na área 

financeira. 

Para a UNIVATES o presente estudo poderá servir como base para 

desenvolvimento de novos projetos, contribuindo com a disseminação de conhecimento. 

Para a aluna, o trabalho agregará conhecimento, aprofundamento sobre a área 

financeira, especificamente sobre análise de viabilidade econômico e financeira, sendo 

este assunto de suma importância para o futuro de novos empreendimentos, bem como 

para a vida profissional da futura administradora. 

Cabe destacar que o investimento no processo produtivo é de interesse da 

comunidade como um todo, funcionários, fornecedores, clientes, governo, pois sua 

implementação produz efeitos na geração de postos de trabalho, acréscimo na 

arrecadação de tributos e desenvolvimento econômico local.



14 

 

2 REFERENCIAL TEÓRICO 

Um estudo de análise econômico e financeira demanda conhecimento sobre 

diversos assuntos da Administração. Desta forma, o referencial teórico apresentado 

neste capítulo aborda diversos desses assuntos, dando suporte para as análises 

necessárias para verificação da viabilidade de implantação de uma fábrica de móveis sob 

medida. 

  

2.1 Administração financeira 

A administração financeira envolve-se com o processo empresarial de captação e 

alocação de recursos de capital, cujo objetivo é assegurar que esse processo seja melhor 

e mais eficiente (ASSAF NETO, 2010; ZDANOWICZ, 2004). No ambiente empresarial a 

administração financeira está voltada basicamente para as funções de planejamento 

financeiro, controle financeiro, administração de ativos e administração de passivos 

(ASSAF NETO, 2010).  

De acordo com Gitman (2010), nos últimos anos as tarefas do administrador 

financeiro estão mais ativamente ligadas à implementação e desenvolvimento de 

estratégias empresariais, ao mesmo tempo em que estas tarefas tonam-se mais 

importantes e complexas com as mudanças nos ambientes econômico, competitivo e 

regulamentador. Zdanowicz (2004) complementa afirmando que a meta do administrador 

financeiro está focada no dilema liquidez versus rentabilidade.  



15 

 

A evolução da área financeira exige que o administrador tenha uma visão crítica 

mais acurada e global da empresa, de forma a contribuir para estratégias de 

competitividade, continuidade e crescimento futuro (ASSAF NETO, 2010). Neste sentido, 

cabe ressaltar a importância da análise dos fatores que influenciam na tomada de decisão 

do investimento. 

 

2.2 Tomada de decisão de investimento 

Conforme Souza e Clemente (2004), a decisão de investimento envolve diversos 

fatores, inclusive os de ordem pessoal. Os autores (Ibidem) salientam que é necessário 

desenvolver um modelo teórico e mínimo para explicar e prever estas decisões. Diante 

de uma decisão tem-se o retorno esperado do investimento que atrai o investidor e o 

risco que o afasta. Ainda de acordo com os autores, através do projeto de investimento 

obtém-se informações necessárias a respeito de todas as implicações, as quais 

diminuirão o risco, sendo que o projeto de investimento é uma simulação da decisão de 

investir. 

 Lemes Júnior, Cherobin e Rigo (2002, p. 9) conceituam investimento como “toda 

a aplicação de capital em algum ativo, tangível ou não, para obter determinado retorno 

no futuro”. 

 No âmbito de tomada de decisões devemos considerar apenas alternativas 

plausíveis, possíveis de serem realizadas, limitando e simplificando o problema de 

aplicação de capital. É preciso ter consciência do que é possível e decidir nesses termos 

(MOTTA; CALÔBA, 2009). 

 Para tanto, a análise do risco e incerteza contribui para uma tomada de decisão 

sobre o investimento de forma mais correta e segura. 

 

2.2.1 Risco e incerteza 

Conforme Assaf Neto (2010), decisões financeiras são tomadas em ambientes 

onde não há total certeza de seus resultados. De acordo com o autor (Ibidem), quando é 

possível mensurar o estado de incerteza de uma decisão associado com determinados 



16 

 

resultados ou valores, pode-se dizer que a decisão está sendo tomada sobre uma 

situação de risco.  

A incerteza origina-se da impossibilidade de se controlar eventos futuros, a qual 

introduz uma nova dimensão na análise de investimentos. Alguns exemplos, incerteza 

quanto a vendas futuras de certo produto, desgaste e custo de manutenção de 

equipamentos, comportamento futuro da economia, entre outros (SOUZA; CLEMENTE, 

2004).  

O termo incerteza é geralmente utilizado quando a informação disponível é tão 
escassa que não se sabe quais os eventos possíveis ou se sabe os eventos 
possíveis, mas não se consegue atribuir probabilidades a eles. O termo risco é 
utilizado quando a informação disponível é suficiente para determinar os 
possíveis eventos e atribuir-lhes probabilidades (SOUZA; CLEMENTE, 2004, p. 
131). 

Longenecker et al. (2011) citam a gestão de riscos como forma de preservar os 

bens da empresa e seu poder de ganho, sendo que para tanto são necessários os 

seguintes passos: identificar os riscos, avaliar os riscos, selecionar os métodos de gestão 

de riscos, implementar a decisão e avaliar e revisar a decisão tomada.  

De acordo com Cavalcanti e Plantullo (2007), as organizações que sistematizarem 

detalhadamente seus riscos e projetos através de informações detalhadas e confiáveis 

sobre seu fluxo operacional serão as mais preparadas. Não é possível prever 

corretamente todos os riscos, é possível conhecer o caminho dos problemas e olhar para 

seus impactos no fluxo de caixa, no balanço, nos resultados e sobre o valor da empresa. 

Através de uma análise da trajetória do valor presente líquido antecipado, discute-se com 

as unidades de negócios envolvidas qual o modelo mais apropriado para gerir o risco. Os 

riscos podem ser definidos como risco de mercado, risco de crédito, risco operacional e 

risco legal. 

 Ainda de acordo com os autores (Ibidem), estudiosos esforçam-se na modelagem 

de riscos empresariais. Na Figura 01 está a representação do ambiente global de riscos. 



17 

 

Figura 01 – Ambiente global de riscos 

Fonte: Shimpi apud Cavalcanti e Plantullo (2007, p. 325). 

 Assim, como é importante analisar o risco e incerteza do projeto, faz-se necessário 

o levantamento de investimento do projeto. 

 

2.3 Levantamento de investimento do projeto 

Conforme Casarotto Filho e Kopittke (2000), ao realizar um novo investimento, 

instalar uma nova fábrica, comprar novos equipamentos ou simplesmente alugar uma 

máquina, deve-se projetar o valor do financiamento, afim de saber qual a melhor 

alternativa de investimento, ou seja, qual que será o mais rentável. Porém ser somente 

rentável não basta, deve-se analisar como irá o investimento afetar o capital de giro da 

empresa. Portanto é necessário analisar todas as despesas não somente em relação à 

aquisição do equipamento, mas todo aumento de capital, seja em estoques, gastos com 



18 

 

mão-de-obra, aumento dos valores do ciclo financeiro, ou seja, todo aumento de capital 

necessário para implantação do novo projeto.  

 

2.3.1 Ativo fixo (Ativo Não-Circulante) 

Longenecker et al. (2011) descrevem que ativos fixos são os ativos imobilizados 

da empresa, incluindo maquinário e equipamentos, construções e terrenos, dos quais a 

maioria é ativo depreciável, pois seus valores diminuem ou se depreciam com o tempo. 

Assaf Neto (2010) acrescenta que o ativo para ser classificado em imobilizado, deve 

apresentar algumas características básicas, como possuir duração longa, quase 

permanente, não se destinar à venda e ser utilizado nas operações de negócios da 

empresa. De acordo com o autor (Ibidem), os ativos imobilizados constituem o Ativo Não-

Circulante da empresa. Padoveze e Benedicto (2010) afirmam que como regra geral 

financeira, o nível de imobilização deve ser o mínimo possível.  

Conforme Gitman (2010), são muitos os investimentos de longo prazo realizados 

pelas empresas, porém os mais comuns entre as indústrias são em ativos fixos, os quais 

costumam dar base à rentabilidade e ao valor do negócio. Padoveze e Benedicto (2010) 

complementam que a aquisição de ativos fixos é feita com a ideia de mantê-los por tempo 

indeterminado na empresa, sendo que não são comprados para revenda.  

 

2.3.2 Capital de giro (Ativo Circulante) 

Assaf Neto (2010) descreve que o capital de giro representa o valor total que a 

empresa demanda para financiar seu ciclo operacional. Este capital representa o ativo 

circulante da empresa. O autor cita como importante característica do capital de giro, o 

seu grau de volatilidade, explicado pela curta duração de seus elementos e constante 

mutação dos itens circulantes com outros de natureza idêntica.  

O capital de giro é a porção do capital total que tem uma liquidez relativa, sendo 

uma espécie de reserva de capital para fazer frente a obrigações fora do ciclo do fluxo 

de caixa operacional ordinário. Contabilmente, o capital de giro corresponde à diferença 

entre ativo circulante e passivo circulante, o qual equivale a contas a receber somadas a 



19 

 

estoques, subtraídas de contas a pagar.  O capital de giro é de curto prazo, ou seja, de 

rápida convertibilidade e sincronização (MOTTA; CALÔBA, 2009).  

Megliorini e Vallim (2009) citam que a administração do capital de giro envolve 

principalmente o ciclo operacional e o financeiro. O ciclo operacional compreende o 

intervalo de tempo decorrente da compra da matéria-prima para produção ou de 

mercadorias para revenda até o recebimento do valor gerado pela venda. Já o ciclo 

financeiro envolve as entradas e saídas de caixa. Os autores mencionam que a 

articulação ideal das contas dos ativos e passivos circulantes assegura à empresa 

capacidade de liquidez e de obtenção da rentabilidade exigida pelos fornecedores de 

capital. Longenecker et al. (2011) complementam afirmando que uma gestão ineficiente 

dos ativos e passivos de curto prazo podem danificar irreparavelmente boas 

oportunidades de negócio.  

  

2.3.2.1 Ciclo operacional, econômico e financeiro 

Padoveze e Benedicto (2010, p. 167) definem o ciclo operacional como “todas as 

fases operacionais existentes no interior da empresa, que vão desde a aquisição de 

matérias-primas para a produção até o recebimento das vendas realizadas”, enquanto 

que o ciclo econômico, conforme Zdanowicz (2004, p. 144), “caracteriza-se pelo prazo 

decorrido entre as entradas de matérias-primas (compras) e as saídas de produtos 

prontos (vendas)”. 

 O ciclo financeiro é compreendido como o tempo decorrido entre o pagamento das 

compras e o recebimento das vendas (PADOVEZE; BENEDICTO, 2010). O intervalo de 

tempo representado pelo ciclo financeiro refere-se ao período em que a empresa 

necessitará de financiamento para suas atividades (ASSAF NETO, 2010). 

 Os ciclos das atividades são representados em períodos de tempo, sendo que 

quanto maiores os períodos de tempo, maior a necessidade de recursos econômicos 

para a manutenção das atividades. Desta forma deve-se exigir esforços para tentar 

diminuir este tempo de execução das atividades, objetivando maior produtividade dos 

recursos, otimização econômica e consequentemente menor necessidade de capital e 

dos custos financeiros para obtenção desse capital (PADOVEZE; BENEDICTO, 2010).  



20 

 

 Para melhor compreensão dos ciclos operacional, econômico e financeiro, segue 

demonstração conforme Figura 02: 

Figura 02– Ciclo operacional, econômico e financeiro 

 

Fonte: Assaf Neto (2010, p. 21). 

  

2.3.2.2 Ponto de equilíbrio 

Conforme Assaf Neto (2010), o ponto de equilíbrio é representado através de 

gráficos, sendo que no ponto de equilíbrio, as receitas totais se igualam aos custos totais 

e que o prejuízo existe abaixo deste ponto e o lucro acima. “A análise de ponto de 

equilíbrio é geralmente focada nas receitas de vendas necessárias para cobrir todos os 

custos e despesas incorridos, de maneira a produzir um resultado (ou fluxo de caixa) 

nulo” (ASSAF NETO, 2010, p. 388). 

O ponto de equilíbrio permite a avaliação da melhor alternativa para diferentes 

níveis de produção ou demanda, mostrando a partir de qual nível de atividade o negócio 

se torna lucrativo (CASAROTTO FILHO; KOPITTKE, 2000; DORNELAS, 2012). 

Longenecker et al. (2011) complementam que a análise do ponto de equilíbrio envolve 

duas fases: a verificação da relação entre custo e receita e envolve a inclusão da previsão 

de vendas na análise.   

Segundo Gitman (2010), existem diferentes formas de apuração do ponto de 

equilíbrio, ou seja, o nível de LAJIR (lucro antes dos juros e do imposto de renda) 



21 

 

necessário para cobrir todos os custos financeiros fixos representa o ponto de equilíbrio 

financeiro, já o ponto de equilíbrio operacional é o nível de vendas necessário para cobrir 

todos os custos operacionais. 

Neste contexto, caso os recursos próprios sejam inadequados para cobrir os 

custos iniciais da empresa, pode-se realizar o financiamento. 

 

2.4 Financiamento 

Conforme Longenecker et al. (2011), ao iniciar uma pequena empresa o 

empreendedor recorrerá a um financiamento caso os recursos próprios forem 

inadequados ou não tenha acesso às economias de familiares e amigos. Motta e Calôba 

(2009) complementam afirmando que sempre há a possiblidade de poupar até que o 

montante de recurso próprio seja suficiente para atender o volume de investimento, 

porém nem sempre se pode esperar por isso, pois há uma competição no mercado por 

oportunidades lucrativas.  

Assaf Neto (2010, p. 459) descreve “as operações financeiras de captação 

(empréstimos e financiamentos) e aplicação de recursos são desenvolvidas por 

instituições e instrumentos financeiros que compõem o Sistema Financeiro Nacional.” 

Ainda de acordo com o autor (Ibidem), a instituição financeira intermediadora pelo crédito 

decidirá quanto a concessão ou não do empréstimo levando em consideração as 

condições de atratividade econômica da empresa, as quais são avaliadas por seus 

resultados econômico e financeiros e conveniência de abertura de capital, pelo estudo 

setorial, pelas características básicas da emissão e lançamento das ações e pelo 

ambiente conjuntural.  

As decisões de financiamento, por outro lado, preocupam-se principalmente com 
a escolha das melhores ofertas de recursos e a melhor proporção a ser mantida 
entre capital de terceiros e capital próprio. O objetivo central dessa decisão 
envolve a determinação da melhor estrutura de financiamento da empresa, de 
maneira a preservar sua capacidade de pagamento e dispor de fundos com 
custos reduzidos em relação ao retorno que se espera apurar de suas aplicações 
(ASSAF NETO, 2010, p.10).  

Conforme Casarotto Filho e Kopittke (2000), valores de empréstimos devem ser 

restituídos à instituição financeira acrescidos de juros, sendo que as formas de devolução 



22 

 

do montante financiado mais os juros chamam-se sistemas de amortização. Souza e 

Clemente (2004, p. 61) afirmam “os dois sistemas de amortização mais utilizados no 

Brasil são o sistema francês (também conhecido como Tabela Price) e o sistema de 

amortização constante (SAC)”. 

    

2.4.1 Sistema francês de amortização  

Também conhecido como Tabela Price, o sistema francês de amortização é 

bastante utilizado em transações comerciais a prazo, o qual apresenta prestações 

constantes, das quais as iniciais tem alta parcela de juros, o qual vai caindo à medida 

que a dívida vai sendo saldada (SOUZA; CLEMENTE, 2004). Casarotto Filho e Kopittke 

(2000) complementam afirmando que o propósito do estudo da amortização das dívidas 

é esclarecer sobre o estado da dívida e sobre quanto foi amortizado.  

Motta e Calôba (2009, p. 75) afirmam “[...] sabe-se o valor total constante de cada 

prestação, o qual, por sua vez é resultado da adição dos juros à amortização, em cada 

período”. 

 

2.4.2 Sistema de Amortização Constante (SAC) 

Conforme Casarotto Filho e Kopittke (2000) e Souza e Clemente (2004), o sistema 

de amortização constante é um sistema popular adotado pelo financiamento de compra 

da casa própria, atualmente bastante utilizado para financiamento de longo prazo. É 

caracterizado por prestações constantes, cuja primeira prestação é composta de 

amortização mais os juros, sendo que a segunda parcela já é menor pois os juros tendem 

a diminuir. Obtém-se o saldo devedor subtraindo do principal o valor da amortização 

vezes o número de prestações pagas.  

Segundo Motta e Calôba (2009, p. 77), “como diz o nome, o SAC consiste em 

pagamentos de amortização do mesmo valor durante todo o financiamento.” 

Como forma a avaliar qual o melhor investimento a ser realizado, é relevante 

considerar os aspectos econômicos e financeiros. 



23 

 

2.5 Estudo de viabilidade econômico e financeira 

Casarotto Filho e Kopittke (2000) afirmam que ao analisar a viabilidade de um 

investimento, primeiramente deve-se considerar os aspectos econômicos do 

investimento, desta forma sabe-se se o investimento será rentável ou qual será mais 

rentável, possibilitando a aplicação do dinheiro de forma que se obtenha maior retorno. 

Além dos aspectos econômicos deve-se considerar critérios financeiros, o que 

possibilitará a análise do melhor investimento com a situação financeira da empresa, ou 

seja, o impacto que o investimento terá sobre o capital de giro da empresa. 

Investimentos são realizados com o objetivo de obter-se um fluxo de benefícios 

futuros, caso contrário não seria lógico empregar sacrifício em um investimento sem 

perspectiva de benefícios futuros, desta forma justifica-se a importância da análise do 

investimento (SOUZA; CLEMENTE, 2004). 

De acordo com Longenecker et al. (2011), o retorno financeiro de uma empresa 

do ponto de vista econômico, deverá pagar o proprietário pelo tempo e dinheiro 

investidos, bem como recompensá-lo pelos riscos assumidos e pelas iniciativas tomadas 

na operação do negócio. Ainda de acordo com os autores (Ibidem), sendo a empresa 

economicamente viável, aliada à determinação e paciência do proprietário, a riqueza será 

consequência, sendo que o objetivo deve ser atingir a riqueza gradativamente. Neste 

contexto, são necessárias algumas avaliações antes da tomada de decisão do 

investimento. 

 

2.5.1 Análise de mercado 

Conforme Dornelas (2012), é importante a empresa conhecer o mercado onde 

pretende atuar, devendo ser analisado a segmentação do mercado, as tendências do 

setor, as tendências de consumo, fornecedores, entre outros.  

Salim et al. (2005) descrevem que realizar uma análise de mercado é estar atento 

as variáveis de mercado, sendo muito importante para os investidores da empresa, pois 

a análise permite visualizar as condições que a empresa tem para ingressar no mercado 

bem como a conveniência de se investir nela. 



24 

 

O objetivo da análise de mercado é obter dados sobre a estrutura e mudanças de 

mercado do segmento envolvido. Subdivide-se em duas partes: análise quantitativa e 

análise dos instrumentos de marketing. Na análise quantitativa, os autores (Ibidem) 

descrevem a evolução e tendências de volumes (vendas, exportações), evolução e 

tendências de fatias (empresa e concorrentes) e evolução e tendências de preços. Já na 

análise dos instrumentos de marketing, analisa-se a evolução dos 4 Ps, ou seja, produto, 

promoção, preço e ponto de distribuição aos quais se incorporam as variáveis de 

renovação e responsividade (CASAROTTO FILHO, 2009).  

Com o intuito de desenvolvimento de uma completa análise de viabilidade da 

empresa, após a análise do mercado no qual se pretende atuar, se fazem necessárias 

as projeções de vendas e receitas. 

 

2.5.1.1 Projeção de vendas e receitas 

Conforme Gitman (2010), a previsão de vendas é muito importante para o 

planejamento financeiro, pois através dela é possível estimar os fluxos de caixas mensais 

decorrentes das vendas previstas e dos desembolsos ligados à produção, aos estoques 

e às vendas. A projeção de vendas pode ser baseada em uma análise de dados externos, 

dados internos ou uma combinação de ambos. 

Dornelas (2012) salienta que para a projeção de vendas ser mais realista e ter 

maior probabilidade de ocorrer conforme o planejado ela deve ser realizada baseada na 

análise de mercado, na capacidade produtiva e na estratégia de marketing da empresa. 

Ainda de acordo com o autor (Ibidem), fazer projeções mensais em termos de volume de 

vendas e preços praticados é uma boa forma de obter uma boa projeção de vendas. 

Os investidores normalmente realizam projeções financeiras para cinco anos, 

sendo que projeções muito longas diminuem a precisão das mesmas. Nos dois primeiros 

anos a projeção mostra como a empresa sobreviverá e os outros três anos mostram o 

potencial de crescimento (DORNELAS et al., 2008).  

Para uma análise de projeção de vendas é necessário considerar os preços que 

serão praticados. 



25 

 

2.5.1.2 Formação do preço de venda 

Longenecker et al. (2011) descrevem que a definição de preço é tarefa importante 

e nada fácil. A determinação do preço tem influência no relacionamento entre empresas 

e clientes e afeta diretamente tanto a receita como o fluxo de caixa. Ainda de acordo com 

os autores (Ibidem), para definir o preço é preciso ter em mente que a receita total de 

vendas depende apenas de dois componentes, sendo eles o volume de vendas e o preço, 

e que mesmo havendo uma pequena mudança de preço poderá influenciar drasticamente 

a receita. 

Ao definir preço como o montante de dinheiro pago em troca do uso de um 
benefício proporcionado por um produto ou serviço, compreende-se que ele é 
uma variável em função das utilidades, dos benefícios e dos atributos relevantes 
aos quais o consumidor é sensível, segundo sua percepção (DIAS, 2003, p. 254). 

Uma correta definição de preço está diretamente relacionada com o sucesso da 

empresa, sendo que a definição do mesmo deve cobrir os custos totais mais alguma 

margem de lucro. Sendo assim a definição do preço deve estar baseada no entendimento 

básico dos custos (LONGENECKER et al., 2011). Urdan (2011) complementa afirmando 

que os preços requerem flexibilidade e velocidade dos profissionais para obter dados, 

avaliar informações e tomar decisões. Neste contexto, para uma correta definição do 

preço é necessário ter um entendimento básico dos custos e despesas. 

 

2.5.2 Custos e despesas 

Segundo Martins (1995), para a fabricação de um produto ou execução de um 

serviço é necessário a utilização dos fatores de produção (bens e serviços), e o gasto 

relativo a esses bens e serviços utilizados é caracterizado como custo. Souza e Diehl 

(2009) complementam que a parcela do esforço produtivo realizado para a fabricação do 

produto é o custo.  

Martins (1995) descreve que os bens e serviços utilizados para a fabricação do 

produto ou execução do serviço, os quais compõem o custo de fabricação, primeiramente 

tornam-se investimentos e após o momento da venda do produto ou realização do serviço 

tornam-se despesas. Bornia (2009, p. 16) complementa “despesa é o valor dos insumos 

consumidos para o funcionamento da empresa e não identificados com a fabricação”. 



26 

 

2.5.2.1 Custo fixo e variável 

Bornia (2009), Assaf Neto (2010), Souza e Diehl (2009) afirmam que o custo fixo 

independe da variação do valor de atividade da empresa, sendo que mesmo havendo 

variação deste valor o custo permanece igual, ou seja, não varia. Assaf Neto (2010) 

ressalta que custos e despesas fixas podem variar, mas não de forma direta e 

proporcional ao volume de atividade da empresa, cita como exemplo encargos 

financeiros pela variação do dólar.  

Assaf Neto (2010), Souza e Diehl (2009) caracterizam o custo variável como custo 

que em determinado intervalo de tempo têm seu valor determinado exatamente como 

decorrência direta do nível de atividade da empresa. Assaf Neto (2010) reforça que é 

necessário considerar a unidade de tempo para classificar custos e despesas em fixas e 

variáveis e não a unidade do produto, mercadoria ou serviço.  

Casarotto Filho e Kopittke (2000) exemplificam os custos fixos como custos de 

investimentos em equipamentos (depreciação mais juros), os custos de área e 

instalações e alguns custos indiretos. Já os custos variáveis são classificados como 

custos de mão-de-obra, matéria-prima, transporte, energia e desgaste de ferramentas. 

Os autores (Ibidem) citam que a classificação dos custos em fixos e variáveis permite 

uma melhor comparação entre alternativas com diferentes estruturas de custos.  

 

2.5.2.2 Custo direto e indireto 

Custos diretos são aqueles que facilmente podem ser atribuídos a um produto ou 

facilmente relacionados com as unidades de alocação de custos (SOUZA; DIEHL, 2009; 

BORNIA, 2009).  

De acordo com Souza e Diehl (2009), os custos indiretos ao contrário dos custos 

diretos são dificilmente identificados com relação aos produtos, sendo que o rateio é a 

forma de atribuição dos custos aos produtos.  

Bornia (2009) exemplifica os custos diretos em relação ao produto como matéria-

prima e mão-de-obra direta. Já os custos indiretos relacionados ao produto são 

exemplificados como mão-de-obra indireta e aluguel.  



27 

 

2.5.2.3 Depreciação 

A depreciação é caracterizada como uma despesa e equivale da perda de valor 

de determinado bem, seja por deterioração ou obsolescência. O valor da depreciação 

pode ser abatido das receitas, diminuindo o lucro tributável e o imposto de renda. A 

legislação fiscal define períodos para depreciação, impondo barreiras e limites, caso 

contrário todos iriam querer depreciar seus bens no menor tempo possível. A legislação 

brasileira permite depreciação de prédios em vinte e cinco anos, equipamentos em dez 

anos e veículos em cinco anos (CASAROTTO FILHO; KOPITTKE, 2000).  

Motta e Calôba (2009, p. 186) definem “a depreciação pode ser abordada, 

também, como uma provisão para reposição ou substituição dos equipamentos, se bem 

que, dependendo do ciclo de atividades projetado, poderá não haver necessidade de 

reposição nenhuma”. 

Os valores correspondentes da depreciação deveriam teoricamente, ser 

acumulados em um fundo de depreciação, sendo que a ideia básica desse fundo é a de 

permitir que ao dar baixa de um bem depreciável, o valor monetário contabilizado nesse 

fundo seja suficiente para a aquisição de outro bem similar (SOUZA; CLEMENTE, 2004).  

Gitman (2010) cita que as empresas podem lançar contra as receitas anuais uma 

parte dos custos do ativo imobilizado, tanto para fins fiscais e de relatórios financeiros, 

sendo que a alocação de custos históricos ao longo do tempo caracteriza a depreciação. 

É pertinente a empresa utilizar métodos diferentes de depreciação para ambos os casos, 

tendo em vista que os objetivos dos relatórios financeiros diferem dos da legislação 

tributária.  

Há diversos sistemas de depreciação, porém Motta e Calôba (2009) citam que no 

Brasil o sistema de depreciação adotado é o método de linha reta, ou depreciação linear, 

segundo o qual a carga de depreciação total será rateada por igual, ao longo dos anos.  

Após a realização da projeção de vendas, definição do preço, e análise dos custos 

e despesas é importante a análise do ponto de equilíbrio, a qual permite saber a partir de 

qual nível de atividade o negócio irá se tornar lucrativo. 

 



28 

 

2.5.3 Fluxo de caixa 

Assaf Neto (2010) afirma que os fluxos de caixa são a base de avaliação de uma 

empresa, os quais são definidos em termos operacionais, onde se excluem, basicamente, 

os fluxos de remuneração de capital de terceiros (despesas financeiras). Megliorini e 

Vallim (2009) afirmam que o fluxo de caixa é geralmente dividido em fluxo de operações, 

fluxo de investimentos e fluxo dos financiamentos. 

Conforme Gitman (2010) e Zdanowicz (2004), os fluxos de caixa são o foco 

principal do gestor financeiro, tanto na gestão das finanças rotineiras, como no 

planejamento e tomada de decisões a respeito da criação de valor para o acionista. 

Gitman (2010) menciona que a depreciação (e qualquer outra despesa não 

desembolsável) são fatores importantes que afetam o fluxo de caixa.  

Megliorini e Vallim (2009) citam que a análise do fluxo de caixa objetiva demonstrar 

a origem e o destino dos recursos da empresa em determinado período. Zdanowicz 

(2004) acrescenta que o fluxo de caixa permite prognosticar se haverá excedentes ou 

escassez de caixa em função do nível desejado pela empresa. 

O fluxo de caixa pode sofrer alterações em variáveis estimadas, sendo que a 

análise de sensibilidade possibilita saber em quanto estas alterações afetarão o resultado 

econômico do investimento. 

 

2.5.3.1 Análise de sensibilidade 

Conforme Assaf Neto (2010), alterações em variáveis estimadas dos fluxos de 

caixa modificam o resultado econômico de um investimento, sendo que através da 

análise de sensibilidade que é uma metodologia de avaliação do risco, poderá ser 

avaliado em quanto será esta modificação. Ainda de acordo com o autor (Ibidem), esta 

análise é importante para identificar as variáveis que podem exercer as maiores 

influências sobre os resultados de um investimento.  

Casarotto Filho e Kopittke (2000) descrevem que quando uma pequena variação 

num parâmetro altera drasticamente a rentabilidade de um projeto, significa que o projeto 

é muito sensível a este parâmetro, e desta forma é interessante esforçar-se para obter 



29 

 

dados menos incertos. Ainda de acordo com os autores (Ibidem), um dos melhores 

instrumentos para elaborar um estudo de análise de sensibilidade é a planilha eletrônica. 

Megliorini e Vallim (2009) complementam que uma das maneiras de fazer a análise de 

sensibilidade é mediante a criação de cenários diferentes (otimista, mais provável e 

pessimista) e a associação de retornos a eles.  

Conforme Souza e Clemente (2004), a aplicação da técnica de análise de 

sensibilidade é simples, sendo que para aplicá-la deve-se variar os parâmetros de 

entrada, um de cada vez, resolver o problema e anotar os resultados. Desta forma obtêm-

se um resumo dos resultados em função dos valores dos parâmetros do problema, onde 

para cada taxa de desconto utilizada, haverá um valor presente líquido (VPL), sendo que 

o mesmo ocorrerá para cada taxa de crescimento das vendas, duração do projeto, entre 

outros. Desta forma, os parâmetros que proporcionalmente, provocarem maior variação 

no VPL serão classificados como sensíveis ou críticos.  

A análise de viabilidade do investimento exige a avaliação de diversas variáveis 

que poderão influenciar no resultado da mesma, e entre estas variáveis está a projeção 

do valor do financiamento e a análise de como irá o investimento afetar o capital de giro 

da empresa. 

 

2.6 Análise de investimentos 

Assaf Neto (2010) classifica os métodos de análise econômica de investimentos 

em dois grandes grupos: os que não levam em conta o valor do dinheiro no tempo e os 

que consideram essa variação por meio do critério do fluxo de caixa descontado. Em 

razão da importância das decisões a longo prazo deve-se dar preferência ao método de 

análise que considera a variação do valor do dinheiro no tempo por meio do critério de 

fluxo de caixa descontado. 

Megliorini e Vallim (2009) conceituam a análise de investimentos como modo de 

antecipar, por meio de estimativas, os resultados oferecidos pelos projetos. Salientam 

que empregar um conjunto de técnicas que possibilitem comparar os resultados de 

diferentes alternativas auxilia o tomador de decisões a fazer essa análise. Para 



30 

 

comparações dos resultados, os mesmos devem estar preferencialmente expressos em 

termos quantitativos. 

De acordo com Souza e Clemente (2004), as técnicas de análise de investimento 

tem relevância, tendo em vista que um investimento para a empresa é um desembolso 

realizado objetivando gerar um fluxo de benefícios futuros. A lógica subjacente é a de 

que somente se justificam sacrifícios presentes se houver perspectiva de recebimento de 

benefícios futuros. Neste contexto a TMA é uma das técnicas de análise do investimento 

a ser utilizada no estudo de viabilidade do negócio. 

 

2.6.1 Taxa Mínima de Atratividade (TMA) 

Quando opta-se por um investimento, perde-se a oportunidade de obter retorno 

pela aplicação do mesmo capital em outros projetos. “Para a proposta ser atrativa, deve 

render no mínimo, a taxa de juros equivalente à rentabilidade das aplicações correntes e 

de pouco risco, o que se caracteriza como taxa mínima de atratividade” (CASAROTTO 

FILHO; KOPITTKE, 2000, p. 108). 

Souza e Clemente (2004) conceituam a taxa mínima de atratividade como sendo 

a melhor taxa, com baixo grau de risco, disponível para aplicação do capital em análise. 

A taxa mínima de atratividade é estimada com base na taxa de juros praticada no 

mercado, sendo que as taxas que mais impactam no TMA são: taxa básica financeira, 

taxa referencial, taxa de juros de longo prazo e taxa do sistema especial de liquidação e 

custódia.  

Assaf Neto (2010) define que o custo de oportunidade das várias fontes de capital 

(próprias e de terceiros), ponderado pela participação relativa de cada uma delas na 

estrutura de financiamento é expresso pela taxa mínima de atratividade. Megliorini e 

Vallim (2009, p. 126) complementam afirmando que "a taxa mínima de atratividade 

consiste na taxa mínima de retorno que cada projeto deve proporcionar para remunerar 

o capital investido nele". 

Neste contexto a TMA serve como base também para o cálculo do VPL. 

 



31 

 

2.6.2 Valor Presente Líquido (VPL) 

O método de valor presente líquido é a técnica de análise de investimento mais 

conhecida e utilizada. O VPL é a concentração de todos os valores esperados de um 

fluxo de caixa na data zero, usando como taxa de desconto a TMA (SOUZA; CLEMENTE, 

2004).  

Conforme Casarotto Filho e Kopittke (2000), o VPL é utilizado para análise de 

investimentos isolados que envolvam o curto prazo ou que tenham baixo número de 

períodos. Motta e Calôba (2009) complementam que o VPL é a soma algébrica de todos 

os fluxos de caixa descontados para o instante presente, a uma determinada taxa de 

juros. Neste contexto, se o VPL for positivo, a TIR será maior que a TMA. 

 

2.6.3 Taxa Interna de Retorno (TIR)  

Gitman (2010) conceitua a TIR como sendo uma técnica sofisticada de orçamento 

de capital, sendo a taxa de desconto que iguala o VPL de uma oportunidade de 

investimento a zero. A empresa obterá esta taxa se aplicar recursos em um projeto e 

receber as entradas de caixa previstas. De acordo com o autor (Ibidem), quando usamos 

a TIR para tomada de decisão devemos considerar os seguintes critérios: aceitar o 

projeto caso a TIR for maior que o custo de capital e rejeitar o projeto caso a TIR for 

menor que o custo de capital.  

Conforme Casarotto Filho e Kopittke (2000, p. 130), “os investimentos com TIR 

maior que a TMA são considerados rentáveis e são passíveis de análise”. Cavalcanti e 

Plantullo (2007) complementam afirmando que a TIR não depende da taxa de juros 

vigente no mercado de capitais, este valor calculado é intrínseco ao projeto e não 

depende de qualquer outra variável, além dos fluxos de caixa do projeto.  

 A TIR pode ser utilizada para analisar a dimensão retorno como também para 

analisar a dimensão risco. Na dimensão retorno ela pode ser interpretada como um limite 

superior para a rentabilidade de um projeto de investimento. Na dimensão risco, quanto 

mais próxima for a TIR comparada à TMA, maior será o risco no que tange ao retorno 

financeiro do investimento (SOUZA; CLEMENTE, 2004). 



32 

 

 Havendo viabilidade indicada pela TIR, pode-se calcular o período de recuperação 

do investimento (Payback Descontado). 

 

2.6.4 Período de recuperação do investimento (Payback Descontado) 

De acordo com Assaf Neto (2010) e Gitman (2010), o período de payback é 

bastante utilizado, representa o tempo que levará para o valor do investimento ser 

recuperado por meio dos benefícios incrementais líquidos de caixa promovidos pelo 

investimento. Ainda de acordo com os autores (Ibidem), este período pode ser 

compreendido como um importante indicador do nível de risco, sendo que quanto maior 

for o período de retorno do valor investido maior será o risco envolvido na decisão.  

Motta e Calôba (2009) afirmam que quanto maior o payback menos interessante 

torna-se o investimento, sendo que o payback é utilizado para a análise da atratividade 

das opções de investimento.  

Há duas restrições atribuídas ao método de payback, sendo elas: não leva em 

conta as magnitudes de fluxo de caixa e sua distribuição nos períodos que antecedem 

ao período de payback e não leva em consideração os fluxos de caixa que ocorrem após 

o período payback (ASSAF NETO, 2010).  

De acordo com Gitman (2010), o período máximo aceitável de payback é definido 

pela direção da empresa, e varia de acordo com a complexidade e tipo de projeto. É um 

método bastante popular pela sua simplicidade de cálculo, considerando os fluxos de 

caixa e não o lucro contábil, ou seja, considera o valor do dinheiro no tempo. Ainda de 

acordo com o autor (Ibidem), o período adequado de payback nada mais é do que um 

número determinado de forma subjetiva, sendo esta a principal fragilidade do método. 

Existem três tipos de payback, o simples, o misto e o descontado. Porém quando 

consideradas as decisões de longo prazo dá-se atenção preferencial para o descontado, 

por considerar o efeito do tempo sobre o dinheiro, ou seja, todos os valores futuros 

projetados serão descontados a uma determinada TMA (ASSAF NETO, 2010). 

Complementando a análise do estudo de viabilidade, deve-se considerar o cálculo 

do IL (Índice de Lucratividade). 



33 

 

2.6.5 Índice de Lucratividade (IL) 

Assaf Neto (2010) e Kassai et al. (2000) definem que o índice de lucratividade é 

medido por meio da relação entre o valor presente de fluxo de caixa positivos (entradas) 

e o valor presente dos fluxos de caixa negativos (saídas), usando como taxa de desconto 

a taxa de atratividade do projeto (TMA).  Este índice indica quanto o projeto oferece de 

retorno para cada unidade monetária investida em termos de valor presente.  

 

2.7 Medidas estatísticas  

A estatística, considerada um método científico, auxilia na tomada de decisões sob 

condições de incerteza, pois ela permite aos usuários analisar e interpretar os dados 

(ASSAF NETO; LIMA, 2009).  Neste contexto, é possível ponderar o risco associado ao 

retorno esperado a partir de cálculos envolvendo a média, a variância e o desvio padrão, 

além do coeficiente de variação.  

 

2.7.1 Médias 

De acordo com Assaf Neto e Lima (2009), existem vários tipos de média, entre 

eles a média aritmética simples, média aritmética ponderada, média geométrica e média 

harmônica. No presente estudo, foram utilizadas as médias aritmética simples e média 

aritmética ponderada. 

A média aritmética simples é a soma dos valores das informações divididos pela 

quantidade de informações. 

A média aritmética ponderada é utilizada quando se atribuem importâncias 

diferentes para cada elemento do conjunto de dados. 

 

2.7.2 Variância e desvio-padrão 

Conforme Assaf Neto e Lima (2009), o desvio padrão e a variância são importantes 

medidas de risco de um ativo. O desvio-padrão representado pela letra grega (σ) pode 

ser calculado sobre toda a população envolvida ou sobre uma determinada amostra.  



34 

 

Assaf Neto e Lima (2009, p. 413) afirmam que “a variância é definida como sendo 

o quadrado do desvio-padrão ou, analogamente, o desvio-padrão é a raiz quadrada da 

variância”. O cálculo do desvio padrão é expresso conforme Figura 03. 

Figura 03 – Fórmulas para cálculo do desvio padrão 

                   

                            Para amostra                                      Para população 

Fonte: Assaf Neto e Lima (2009, p. 414) 

 

2.7.3 Coeficiente de variação 

De acordo com Assaf Neto e Lima (2009), o coeficiente de variação é uma medida 

estatística que indica o risco unitário de um ativo. É calculada conforme a Figura 04. 

Figura 04 – Fórmulas para cálculo do coeficiente de variação 

                               

Fonte: Assaf Neto e Lima (2009, p. 414) 

Conforme o autor (Ibidem), quando comparado ao desvio-padrão o coeficiente de 

variação é um indicador considerado mais exato na comparação dos riscos de ativos com 

diferentes retornos esperados expressos em porcentagem, o qual indica o risco por 

unidade de retorno esperado, sendo que quanto maior o coeficiente de variação, maior 

será o risco do ativo.



35 

 

3 MÉTODO 

Conforme Vergara (2005, p. 9), o método busca “realizar o objetivo da pesquisa, 

seja ele descrever, explicar, descobrir, compreender, predizer determinado fenômeno”. 

Desta forma, este capítulo apresenta os procedimentos metodológicos, com o intuito de 

fornecer uma ordem lógica para o desenvolvimento da pesquisa. 

 

3.1 Delineamento da pesquisa 

O presente trabalho buscou analisar o risco associado ao retorno no estudo de 

viabilidade econômica e financeira para a implantação de uma indústria de móveis sob 

medida. Para tanto, foi desenvolvido estudo com base em empresas atuantes no ramo 

moveleiro, sendo que o sujeito da pesquisa possui experiência de 12 anos na produção 

de móveis sob medida. 

Gil (2010, p. 1) define a pesquisa “como o procedimento racional e sistemático que 

tem como objetivo proporcionar respostas aos problemas que são propostos”. Ainda de 

acordo com o autor (Ibidem), a pesquisa é desenvolvida mediante os conhecimentos 

disponíveis bem como com a utilização de métodos e técnicas de investigação científica. 

O delineamento da pesquisa é o planejamento da pesquisa, o qual envolve 

fundamentos metodológicos, a definição dos objetivos, o ambiente da pesquisa e a 

determinação das técnicas de coleta e análise dos dados (GIL, 2010). Roesch (1999, p. 

126) complementa “o delineamento da pesquisa determina então quem vai ser 

pesquisado e quais questões serão levantadas”. 



36 

 

 Neste contexto, uma pesquisa pode ser classificada em quatro diferentes tipos, 

conforme sua abordagem: objetivos, natureza, forma e procedimentos técnicos. 

 

3.1.1 Definição da pesquisa quanto aos objetivos 

Quanto aos objetivos, uma pesquisa pode ser exploratória, descritiva e explicativa. 

Contudo a presente pesquisa foi classificada como exploratória e descritiva. 

A pesquisa foi classificada como exploratória pois foi feita uma busca de dados 

para melhor compreensão do problema. 

Segundo Malhotra (2006, p. 100) “o objetivo da pesquisa exploratória é explorar 

ou fazer uma busca em um problema ou em uma situação para prover critérios e maior 

compreensão”. Gil (2010) complementa que o planejamento da pesquisa exploratória 

tende a ser flexível, pois permite considerar os mais variados aspectos relativos ao fato 

ou fenômeno estudado.  

Além de exploratória, a presente pesquisa também foi classificada como 

descritiva, pois descreve as características do ramo moveleiro, utilizando como técnicas 

de coleta de dados a observação sistemática. 

De acordo com Malhotra (2006), a pesquisa descritiva é caracterizada pela 

necessidade detalhada de informações para assim descrever características ou funções 

do mercado. 

 

3.1.2 Definição da pesquisa quanto à natureza da abordagem 

Quanto à natureza da abordagem, uma pesquisa pode ser básica ou aplicada. 

Conforme Barros e Lehfeld (2000), a pesquisa básica tem por finalidade conhecer por 

conhecer, estando em nível da especulação mental a respeito de determinados fatos, 

enquanto que a pesquisa aplicada tem a finalidade de propor conhecimento para 

aplicação imediata dos resultados, contribuindo para fins práticos, visando à solução 

quase imediata de problemas encontrados na realidade. Neste sentido, a presente 



37 

 

pesquisa foi classificada como aplicada, pois foi realizado estudo com o objetivo de gerar 

conhecimento para aplicação prática dirigidos à solução de problema específico.  

Andrade (2003) afirma que o método da abordagem pode ser definido como o 

conjunto de procedimentos utilizados na investigação de fenômenos.  

 

3.1.3 Definição da pesquisa quanto à forma da abordagem 

Quanto à forma da abordagem, uma pesquisa pode ser qualitativa e/ou 

quantitativa. Conforme Malhotra (2006), a pesquisa qualitativa exige interpretação dos 

fenômenos, análise dos dados indutivamente, ou seja, considera que há um vínculo 

indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito que não pode ser 

traduzido em números, a qual proporciona melhor visão e compreensão do contexto do 

problema. 

Ainda de acordo com o autor (Ibidem), a pesquisa quantitativa necessita da 

tradução em números das informações e dados para analisá-los bem como necessita da 

utilização de técnicas estatísticas. No presente trabalho foram utilizados cálculos 

estatísticos, como média, desvio padrão e coeficiente de variação para ponderação do 

risco associado ao retorno esperado do investimento. 

Neste contexto, pode-se afirmar que a pesquisa necessitou de ambos os tipos de 

abordagem, ou seja, qualitativa e quantitativa. 

 

3.1.4 Definição da pesquisa quanto aos procedimentos técnicos 

Quanto aos procedimentos técnicos, uma pesquisa pode ser bibliográfica, 

documental, estudo de caso, estudo de campo, experimental dentre outros. Entretanto, o 

presente estudo contemplou as pesquisas bibliográfica, documental e estudo de caso. 

Foi classificada como estudo de caso, pois envolveu estudo sobre um determinado caso, 

permitindo o seu amplo e detalhado conhecimento. Conforme Yin (2010), o estudo de 

caso é utilizado quando o investigador tem pouco controle sobre os eventos e quando o 

enfoque está sobre um fenômeno contemporâneo no contexto da vida real, justificando 

questões de “como” ou “por que”. 



38 

 

 Este estudo de caso é importante pois servirá de orientação para a tomada de 

decisão do principal sujeito da pesquisa que possui 12 anos de experiência e que 

pretende empreender no ramo. 

A presente pesquisa foi classificada também como bibliográfica, sendo elaborada 

com base em material já publicado, como livros, artigos e materiais já disponibilizados na 

Internet. “A principal vantagem da pesquisa bibliográfica reside no fato de permitir ao 

investigador a cobertura de uma gama de fenômenos muito mais ampla do que aquela 

que poderia pesquisar diretamente” (GIL, 2010, p. 30). Roesch (1999, p. 107) 

complementa que a pesquisa bibliográfica “na prática, implica seleção, leitura e análise 

de textos relevantes ao tema do projeto, seguida de um relato por escrito”. 

Por fim, considerando ainda os procedimentos técnicos, a presente pesquisa foi 

classificada também como documental, pois foi elaborada a partir de documentos escritos 

que não receberam tratamento analítico. De acordo com Gil (2010), a pesquisa 

documental baseia-se na análise de documentos com finalidades diversas constituídos 

por um texto escrito em papel, mas que tornam-se cada vez mais frequentes os 

documentos eletrônicos. O autor (Ibidem) enfatiza que deve ser considerado fonte 

documental quando o material consultado é interno à organização, sendo que entre os 

mais utilizados nas pesquisas estão os documentos institucionais mantidos em arquivos 

de empresas, órgãos públicos e outras organizações, documentos jurídicos, registros 

estatísticos, entre outros. 

 

3.2 Unidade de análise e sujeitos do estudo 

A presente pesquisa teve como unidade de análise o estudo de viabilidade para 

implantação de uma indústria de móveis sob medida, sendo que havendo viabilidade a 

fábrica será implantada. Já os sujeitos do estudo foram os profissionais (empresários, 

diretores) ligados a empresas do ramo moveleiro, que alcançaram dados e informações 

a respeito desse mercado. 

Segundo Gil (2010), a unidade que constitui o caso do estudo, pode ser uma 

pessoa, uma família, uma empresa, ou mesmo uma cultura, para tanto é necessário 



39 

 

delimitá-la, cuja tarefa não é simples, tendo em vista a dificuldade de traçar limites de um 

objeto.  

Malhotra (2006, p. 321) caracteriza a população-alvo do estudo como “coleção de 

elementos ou objetos que possuem a informação procurada pelo pesquisador e sobre os 

quais devem ser feitas interferências”. 

 

3.3 Coleta de dados 

Para desenvolvimento da presente pesquisa foi necessária a realização da coleta 

de dados. Marconi e Lakatos (2009, p. 167) descrevem que “a coleta de dados é a etapa 

da pesquisa em que se inicia a aplicação dos instrumentos elaborados e das técnicas 

selecionadas, afim de se efetuar a coleta dos dados previstos”.  

A realização desta pesquisa baseou-se na obtenção de dados primários e 

secundários. Conforme Marconi e Lakatos (2009), dados secundários abrangem toda 

bibliografia já tornada pública em relação ao tema de estudo, desde publicações avulsas, 

livros, revistas, monografias, jornais, etc. Sua finalidade é colocar o pesquisador em 

contato direto com tudo o que foi escrito, dito ou filmado sobre determinado assunto, 

inclusive conferências seguidas de debates que tenham sido transcritos por alguma 

forma, quer publicadas, quer gravadas. Malhotra (2006, p. 65) define “dados primários 

são dados coletados ou produzidos pelo pesquisador especificamente para resolver o 

problema da pesquisa”.  

A primeira parte do levantamento de dados consistiu em uma pesquisa 

bibliográfica em livros e artigos científicos, com o intuito de aprofundar os conhecimentos 

sobre o assunto abordado e proporcionar um embasamento teórico suficiente para a 

análise do trabalho. 

A segunda parte do trabalho compreendeu o levantamento de dados relativos às 

necessidades de investimentos, custos e despesas operacionais. Os investimentos foram 

referentes à infraestrutura (máquinas, equipamentos e instalações), necessária para o 

empreendimento e o capital de giro da empresa. Os custos e despesas foram referentes 



40 

 

à mão-de-obra, insumos e demais despesas pertinentes ao processo de implantação de 

uma fábrica de móveis sob medida. 

As técnicas de coleta de dados utilizadas foram a entrevista e a observação. As 

mesmas ocorreram através de visitas a empresas moveleiras, através das quais realizou-

se questionamentos acerca de questões relevantes ao presente estudo bem como 

observou-se o processo produtivo. De acordo com Roesch (1999), a entrevista pode ser 

realizada pessoalmente ou por telefone. O autor enfatiza que é preciso ter cuidado para 

que o entrevistador não influencie o entrevistado de forma a distorcer os resultados da 

pesquisa. 

Conforme Roesch (1999), a observação é utilizada para estudar a alocação de 

recursos, para verificar e entender como os indivíduos utilizam seu tempo em situações 

de trabalho ou para calcular frequências de atraso. As vantagens desta técnica é que a 

mesma pode ser utilizada por um longo período de tempo e não exige treinamento do 

observador. 

O referido estudo ocorreu entre os meses de março a novembro de 2015. O 

levantamento de dados foi realizado considerando-se o projeto de instalação da fábrica 

na cidade de Lajeado/RS. 

 

3.4 Análise dos dados 

Após a coleta de dados necessários para o desenvolvimento da presente pesquisa 

foi preciso analisá-los. De acordo com Gil (2010), ao realizar a análise dos dados deve 

ser observado os objetivos e o plano de pesquisa. De acordo com o autor (Ibidem), o 

processo de análise dos dados pode ser compreendido como uma sequência de 

atividades, as quais compreendem a redução dos dados, a categorização desses dados, 

sua interpretação e a redação do resultado. 

O presente estudo analisou os valores necessários de investimentos, a projeção 

do fluxo de caixa e o custo de capital para verificar a viabilidade econômica e financeira 

do empreendimento. 



41 

 

Para tabulação dos dados e análise dos cenários propostos foram utilizadas 

planilhas eletrônicas do Microsoft Excel e a calculadora financeira HP12C. 

Como técnicas de avaliação o presente estudo utilizou técnicas de cálculo como 

payback descontado, taxa interna de retorno (TIR) e do valor presente líquido (VPL), taxa 

mínima de atratividade e taxa mínima de retorno. 

 

3.5 Limitações do método 

Segundo Yin (2010), uma das limitações do método é que os estudos de caso 

oferecem pouca base para generalizações, ou seja, os resultados não servem para uso 

de outras empresas, mesmo que sejam parecidas à organização objeto do estudo.  

Por se tratar de estudo de caso, os resultados da pesquisa não poderão ser 

generalizados para outras empresas. Os resultados do presente estudo só terão 

aplicação prática para a unidade de análise pesquisada, ou seja, a indústria de móveis 

sob medida.



42 

 

4 CARACTERIZAÇÃO DO SETOR E DA ORGANIZAÇÃO 

O presente capítulo apresenta a caracterização do setor de móveis e da empresa 

cuja viabilidade de abertura foi objeto deste estudo. 

 

4.1 O setor de móveis  

A indústria de móveis é caracterizada pela junção de diversos processos de 

produção, sendo que utiliza diferentes tipos de matérias-primas, podendo ser 

segmentada quanto ao tipo de material que é utilizado na produção do móvel bem como 

para que uso são destinados (móveis para residência, escritório, entre outros). Neste 

contexto, os móveis de madeira detêm expressiva parcela deste setor. 

O setor de móveis de madeira compreende pequenas e médias empresas, as 

quais atuam em um mercado muito segmentado e intensivo em mão-de-obra. 

Conforme dados obtidos através de documento protocolado na Secretaria da 

Fazenda da Prefeitura de Lajeado em agosto de 2015, a cidade contabilizava 144 

empresas atuantes no ramo moveleiro, sendo que este número compreende tanto 

empresas que produzem móveis planejados bem como sob medida. 

Segundo a MOVERGS (2013, texto digital) o Rio Grande do Sul, contava em 2013 

com 2.580 empresas, as quais geraram 44.574 postos de trabalho, que por sua vez, 

produziram 93 milhões de peças, no valor de R$ 6,9 bilhões. Os polos moveleiros do Rio 

Grande do Sul estão localizados nas cidades de Bento Gonçalves, Caxias do Sul, 



43 

 

Restinga Seca, Santa Maria, Erechim, Lagoa Vermelha, Passo Fundo, Canela e 

Gramado. 

 

4.2 A empresa objeto do estudo de viabilidade 

A empresa objeto deste estudo é uma indústria de móveis sob medida, sendo que 

a consolidação da mesma poderá vir a ocorrer caso a análise de viabilidade do 

investimento realizada neste estudo seja positiva. 

A indústria em questão será implantada na cidade de Lajeado/RS e inicialmente 

terá como público alvo clientes localizados na região do Vale do Taquari e Rio Pardo. 

Atuará na fabricação e prestação de serviços de especificação e instalação de móveis 

sob medida para as mais variadas necessidades. Iniciará suas atividades com uma 

estrutura enxuta, sendo que o quadro de colaboradores será composto somente de dois 

sócios. 

A empresa estará comprometida em buscar a excelência na qualidade de suas 

operações, através da eficiência na prestação de serviços de especificação e instalação 

de móveis, a fim de satisfazer as necessidades e expectativas do cliente. 

Os móveis serão fabricados e expedidos especialmente para cada cliente, através 

de projetos personalizados. Cada cliente possui sua necessidade, cada projeto será 

específico, sendo que é importante um estreito relacionamento com o cliente, almejando 

assim sua satisfação constante.



44 

 

5 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS 

Este capítulo tem como finalidade apresentar e analisar os dados coletados, os 

quais serviram como base para o estudo proposto cujo objetivo geral foi analisar a 

viabilidade econômica e financeira para a implantação de uma fábrica de móveis sob 

medida, na cidade de Lajeado/RS considerando-se o risco associado ao retorno 

esperado para o investimento. 

 Com o intuito de responder ao objetivo geral, foram estabelecidos objetivos 

específicos, sendo que por meio do primeiro deles foi identificado o investimento inicial 

necessário para o empreendimento. 

 

5.1 Investimento inicial 

Para implantar a fábrica serão necessários investimentos tanto em Ativo Não-

Circulante (imobilizados e outras despesas iniciais para abertura da empresa) quanto em 

Ativo Circulante (capital de giro). 

 

5.1.1 Investimento em Ativo Não-Circulante 

O futuro empreendedor atualmente trabalha em uma empresa do ramo em 

Lajeado/RS e possui 12 anos de experiência na produção de móveis sob medida. Ele 

objetiva a implantação de uma fábrica de móveis sob medida, inicialmente de pequeno 

porte, a qual produzirá móveis com matéria-prima predominante MDF, sendo que os 



45 

 

móveis produzidos basicamente compreenderão cozinhas, salas, quartos, banheiros e 

escritórios. 

Vislumbra-se a construção de um pavilhão para a fábrica com área total de 150m², 

em terreno próprio do empreendedor. 

As ferramentas e máquinas (conforme apêndice R) necessárias para a produção 

o futuro empreendedor já possui. 

Quanto à entrega dos móveis para os clientes, inicialmente se dará por meio de 

uma caminhonete própria. 

Para a legalização da empresa, serão necessários os documentos conforme 

Tabela 01, os quais são classificados como despesas iniciais para abertura da empresa. 

Os documentos que implicarão em despesas iniciais para abertura da empresa serão: 

alvará dos bombeiros, licença operacional (composto pela LP = licença prévia + LI = 

licença de instalação + LO = licença de operação) calculado de acordo com o porte e 

potencial poluidor da empresa (conforme tabela de valores disponível no site da 

prefeitura), alvará de licença e taxa de inscrição. 

Tabela 01 – Documentos necessários para abertura (legalização) da empresa 

      

Documentos Valores  Total  

CNPJ    

Contrato social    

Alvará dos Bombeiros R$69,00 análise + R$70,00 vistoria  R$               139,00  

Requerimento    

CPF/ RG    

BIC    

LO LP (R$124,12)+LI (R$124,12)+LO (R$124,12)  R$               372,36  

Alvará de licença 150m² x 2,7501 + R$ 69,67  R$               482,19  

Taxa de inscrição R$ 40,20  R$                 40,20  

TOTAL    R$            1.033,75  

Fonte: SEFAZ, FEPAM e Bombeiros (Lajeado 2015). 

O investimento inicial em Ativo Não-Circulante é subdividido em imobilizado e 

despesas iniciais, conforme Tabela 02. 

 
 



46 

 

Tabela 02 – Investimento inicial em Ativo Não-Circulante 

Fonte: Elaborado pela autora com base nos dados coletados. 

Considerando o investimento inicial em Ativo Não-Circulante, percebe-se que o 

valor com maior representatividade é o custo da construção do prédio, o qual equivale a 

75,72% do custo total.  

Além do investimento inicial em Ativo Não-Circulante, serão investidos recursos 

também em capital de giro (Ativo Circulante). 

 

5.1.2 Capital de giro  

O capital de giro da empresa representa o Ativo Circulante, sendo os recursos 

necessários para a empresa realizar suas atividades operacionais, abrangendo 

basicamente estoque, caixa e bancos (conta corrente e aplicações de curto prazo). 

Neste sentido o estoque de matéria prima é composto por chapas MDF, ferragens, 

lâminas de borda, entre outros acessórios.  

A Tabela 03 apresenta o capital de giro inicial para a abertura da fábrica. 

Tabela 03 - Capital de Giro (inicial) para abertura da fábrica 

   

  Caixa Fábrica (em espécie) R$ 1.500,00 

Disponibilidades Caixa Banco Conta Corrente R$ 5.000,00 

  
Bancos Aplic. Curto Prazo R$ 10.000,00 

Estoques (média mensal) R$ 22.000,00 

Total de Capital de Giro (CDG) inicial R$ 38.500,00 

Fonte: Elaborado pela autora com base nos dados coletados. 

   

  Item  Valor  

Imobilizado 
Construção do prédio  R$       33.000,00  

Prateleiras  R$           800,00  

  Engenheiro (planta do prédio)  R$         3.750,00  

Despesas iniciais Taxas municipais (construção do prédio)  R$         5.000,00  

  Legalização da empresa (Encargos municipais)  R$         1.033,75  

Total do investimento inicial em ativo não-circulante  R$       43.583,75  



47 

 

  O estoque é o maior volume de recursos do CDG para a abertura da fábrica, 

exigindo o montante de R$22.000,00 com representatividade de 57,14% do valor total. 

A Tabela 04 apresenta o capital de giro projetado para o final do 1º mês de 

atividades operacionais da empresa. 

Tabela 04 – Capital de giro (CDG) projetado para o final do 1º mês de atividades 
operacionais 
 

  Caixa Fábrica (em espécie) R$ 1.500,00 

Disponibilidades Caixa Banco Conta Corrente R$ 5.000,00 

  Bancos Aplic. Curto Prazo R$ 10.000,00 

Clientes a prazo (média mensal) R$ 13.000,00 

Estoques (média mensal) R$ 9.000,00 

Total de Capital de Giro (CDG) projetado para o final do 1º mês R$ 38.500,00 

Fonte: Elaborado pela autora com base nos dados coletados. 

Analisando o capital de giro projetado para o final do 1º mês de atividades 

operacionais, verifica-se que o custo com maior percentual é o de clientes a prazo, o qual 

representa 33,76% do montante. Destaca-se, nesta direção, que a projeção de vendas a 

prazo se deve ao fato de se tratar do início das atividades de uma nova empresa. Assim, 

uma das estratégias é justamente a concessão de crédito aos novos clientes. 

Já a Tabela 05 demonstra o capital de giro líquido (CDGL) inicial. 

Tabela 05 - Capital de giro líquido (CDGL) ou CCL inicial 
 

  Caixa Fábrica (em espécie) R$ 1.500,00 

Disponibilidades Caixa Banco Conta Corrente R$ 5.000,00 

  Bancos Aplic. Curto Prazo R$ 10.000,00 

Clientes a prazo (média mensal) R$ 13.000,00 

Estoques (média mensal) R$ 9.000,00 

Fornecedores (mensal) -R$ 11.000,00 

Impostos 5,97% sobre Vendas (mensal) -R$ 1.313,40 

Custos Fixos e Despesas Administrativas R$ 5.631,01 

Total do CDGL ou CCL inicial R$ 31.817,61 

Fonte: Elaborado pela autora com base nos dados coletados. 



48 

 

A Tabela 05 representa o montante necessário para o capital de giro líquido inicial 

da empresa, considerando as disponibilidades em caixa da fábrica, em caixa do banco 

conta corrente e aplicações de curto prazo, bem como o custo de clientes a prazo, 

estoques, fornecedores, impostos sobre vendas e custos fixos e despesas 

administrativas, o qual totaliza em R$ 31817,61. 

O saldo líquido de caixa inicial é apresentado na Tabela 06. 

Tabela 06 - Saldo líquido de caixa (SLC) inicial 

  Caixa Fábrica (em espécie) R$ 1.500,00 

Disponibilidades Caixa Banco Conta Corrente R$ 5.000,00 

  
Bancos Aplic. Curto Prazo R$ 10.000,00 

Empréstimos (não há, pois serão recursos próprios) (R$ 0.000,00) 

Total de Saldo Líquido de Caixa (SLC) inicial R$ 16.500,00 

Fonte: Elaborado pela autora com base nos dados coletados. 

De acordo com a Tabela 06, o capital líquido de caixa inicial é composto pelo valor 

em espécie em caixa da fábrica, pelo montante depositado em banco conta corrente e 

pela aplicação bancária (curto prazo), sendo que não haverá empréstimo bancário, 

considerando que o valor necessário para o investimento será financiado pelos sócios. 

O investimento total em Ativos Circulantes e Ativos Não-Circulantes representa o 

montante de R$ 82.083,75, conforme Tabela 07.  

Tabela 07 – Total em Ativos Circulantes e Ativo Não-Circulantes 

Item Total 

Ativos Circulantes R$ 38.500,00 

Ativos Não-Circulantes R$ 43.583,75 

Total R$ 82.083,75 

Fonte: Elaborado pela autora com base nos dados coletados. 



49 

 

5.2 Estimativa de vendas e projeção de receitas 

A estimativa de vendas é muito importante para o planejamento financeiro, pois 

ela possibilita estimar os fluxos de caixas mensais decorrentes das vendas previstas e 

dos desembolsos ligados à produção, aos estoques e às vendas (GITMAN, 2010). 

 A estimativa de vendas mensal para o referido empreendimento foi calculada com 

base nos relatos do sujeito da pesquisa, considerando a sua experiência de 12 anos de 

trabalho no ramo, na análise da produção de algumas empresas, bem como considerou-

se a capacidade produtiva da nova empresa. 

A Tabela 08 apresenta a estimativa de vendas mensal, estimadas em um total de 

R$ 22.000,00. 

Tabela 08 – Estimativa de Vendas Mensal 
 

Item Quantidade Média/Mensal 

Cozinhas 1 R$ 6.500,00 

Quartos 1 R$ 8.000,00 

Banheiros 2 R$ 4.000,00 

Salas 1 R$ 3.500,00 

TOTAL 5 R$ 22.000,00 

Fonte: Elaborado pela autora com base nos dados coletados. 

Após a definição da estimativa de vendas mensal foi realizada a projeção de 

receitas (total de vendas mensal x 12 meses), a qual foi definida para 5 anos, 

considerando um aumento anual de 10% em decorrência da inflação e não do aumento 

da quantidade de produtos, conforme Tabela 09. 

Tabela 09 – Projeção de receitas (cenário realista) 
 

Ano Total de receitas 

1 R$ 264.000,00 

2 R$ 290.400,00 

3 R$ 319.440,00 

4 R$ 351.384,00 

5 R$ 386.522,40 

Fonte: Elaborado pela autora com base nos dados coletados. 



50 

 

Após a estimativa de vendas e projeção de receitas faz-se necessária a definição 

dos custos fixos, variáveis e despesas administrativas. 

 

5.3 Custos fixos, variáveis e despesas administrativas 

De acordo com Martins (1995), o gasto relativo à utilização de fatores de produção 

para a fabricação de um produto é caracterizado como custo. Bornia (2009, p. 16) define 

“despesa é o valor dos insumos consumidos para o funcionamento da empresa e não 

identificados com a fabricação”. 

Tabela 10 – Custos fixos, variáveis e despesas administrativas 

Custos/Despesas Fixos Valor 

Energia elétrica  R$ 3.600,00 

Água  R$ 480,00 

Propaganda   R$ 1.000,00 

Depreciação (máquinas)  R$ 3.000,00 

Total    R$ 8.080,00 

Custos Variáveis Valor 

Fornecedores (50% sobre as vendas)  R$ 132.000,00 

Imposto S/ Vendas (5,97%)  R$ 15.760,80 

Total   R$ 147.760,80 

Despesas Administrativas Valor 

Pró-labore com encargos  R$ 52.800,00 

Honorários Escritório de Contabilidade  R$ 2.400,00 

Telefone  R$ 1.800,00 

Internet  R$ 960,00 

Material de Expediente   R$ 700,00 

IPTU  R$ 350,00 

Alvará Licença Municipal   R$ 482,19 

Total   R$ 59.492,19 

Total dos Custos (Fixos, Variáveis e Administrativos)                                             Valor 

Custos fixos  R$ 8.080,00 

Custos Variáveis  R$ 147.760,80 

Despesas Administrativas   R$ 59.492,19 

Total    R$ 215.332,99 

Fonte: Elaborado pela autora com base nos dados coletados. 



51 

 

Na Tabela 10 estão descritos os custos anuais, divididos em fixos (energia elétrica, 

água, propaganda e depreciação), variáveis (fornecedores, gasolina e imposto sobre 

vendas) e despesas administrativas (pró-labore com encargos, honorários com escritório 

de contabilidade, telefone, internet, material de expediente, IPTU e alvará de licença 

municipal). 

Os custos com maior representatividade são os variáveis, os quais equivalem a 

68,62% do total dos custos analisados. O valor que mais impacta no total dos custos 

variáveis é com fornecedores (o qual compreende fornecedores de matéria-prima bem 

como de gasolina), que representam 89,33% do montante total. 

Com base nas receitas projetadas e nos custos fixos, variáveis e despesas 

administrativas elaborou-se o fluxo de caixa. 

 

5.4 Fluxo de caixa 

De acordo com Megliorini e Vallim (2009), a análise do fluxo de caixa objetiva 

demonstrar a origem e o destino dos recursos da empresa em determinado período. 

Zdanowicz (2004) acrescenta que o fluxo de caixa permite prognosticar se haverá 

excedentes ou escassez de caixa em função do nível desejado pela empresa. 

A Tabela 11 demonstra o fluxo de caixa projetado para a empresa considerando o 

cenário realista. Nela são apresentados a receita operacional líquida (obtida deduzindo 

da receita operacional bruta os impostos sobre as vendas, sendo considerado 5,97% de 

imposto do ano 1 ao 4, e 7,34% no ano 5, de acordo com o percentual apresentado na 

tabela do Simples Nacional Indústria, disponível no site Portal Tributário, conforme anexo 

A), o lucro bruto (obtido deduzindo da receita operacional líquida os custos variáveis com 

fornecedores, o qual representa 50% sobre as vendas) e o lucro operacional (obtido 

deduzindo do lucro bruto os custos fixos e as despesas administrativas e somando a 

depreciação pelo fato de não ser um desembolso de caixa). 

A análise da Tabela 11 possibilita identificar claramente a origem e destino dos 

recursos bem como permite saber se o saldo do fluxo de caixa será positivo ou não. Neste 

caso o fluxo de caixa já no primeiro ano apresenta um lucro operacional de R$ 51.667,01. 



52 

 

Tabela 11 – Fluxo de Caixa (cenário realista) 

  Ano 

(-) Ativo Não-
Circulante 

R$ 
43.583,75 

     

(-) Ativo Circulante 
R$ 

38.500,00 
     

  0 1 2 3 4 5 

Receita Operacional 
Bruta  

 
R$ 

264.000,00 
R$ 

290.400,00 
R$ 

319.440,00 
R$ 

351.384,00 
R$ 

386.522,40 

 (-) Imposto s/ 
vendas  

  
 R$   

15.760,80  
 R$   

17.336,88  
 R$   

19.070,57  
 R$   

20.977,62  
 R$   

28.370,74  

(=) Receita Operacional Líquida  
 R$ 

248.239,20  
 R$ 

273.063,12  
 R$ 

300.369,43  
 R$ 

330.406,38  
 R$ 

358.151,66  

 (-) Custos Variáveis 
(50%)  

  
R$ 

132.000,00 
R$ 

145.200,00 
R$ 

159.720,00 
R$ 

175.692,00 
R$ 

193.261,20 

(=) Lucro Bruto   
 R$ 

116.239,20  
 R$ 

127.863,12  
 R$ 

140.649,43  
 R$ 

154.714,38  
 R$ 

164.890,46  

 (-) Custos Fixos   
 R$     

8.080,00  
 R$     

8.888,00  
 R$     

9.776,80  
 R$   

10.754,48  
 R$   

11.829,93  

(+) Depreciação   
 R$     

3.000,00  
 R$     

3.000,00  
 R$     

3.000,00  
 R$     

3.000,00  
 R$     

3.000,00  

(-) Despesas 
administrativas  

  
 R$   

59.492,19  
 R$   

65.441,41  
 R$   

71.985,55  
 R$   

79.184,10  
 R$   

87.102,52  

(=) Lucro 
Operacional 

-R$ 
82.083,75 

 R$   
51.667,01  

 R$   
56.533,71  

 R$   
61.887,08  

 R$   
67.775,79  

 R$   
68.958,01  

Fonte: Elaborado pela autora com base nos dados coletados. 

Com base nos fluxos de caixas obtidos no 1º ao 5º ano foram calculados os 

indicadores financeiros e estatísticos. 

 

5.5 Análise de investimentos 

Conforme Megliorini e Vallim (2009), a análise de investimentos é conceituada 

como modo de antecipar, por meio de estimativas, os resultados oferecidos pelos 

projetos. Os autores (Ibidem) salientam que empregar um conjunto de técnicas que 



53 

 

possibilitem comparar os resultados de diferentes alternativas auxilia o tomador de 

decisões a fazer essa análise. 

 Neste contexto, como forma a analisar se o empreendimento será viável ou não e 

como forma a avaliar o risco envolvido no investimento, foram analisados os resultados 

de indicadores financeiros e estatísticos, os quais permitiram maior segurança quanto à 

tomada de decisão sobre o investimento. Inicialmente foi definida a Taxa Mínima de 

Atratividade (TMA). 

 

5.5.1 Taxa Mínima de Atratividade 

Geralmente a definição da TMA é baseada no custo de capital de terceiros. 

Entretanto para fins do presente estudo, como utilizar-se-á somente recursos próprios, 

foi considerado o custo de oportunidade da aplicação financeira em caderneta de 

poupança, além da projeção de inflação para 2015 na faixa de 10%. Definiu-se então em 

12%, ou seja, uma taxa que contempla 2 pontos percentuais por segurança. A TMA 

definida serviu de base para os cálculos seguintes, como VPL e Payback Descontado. 

 

5.5.2 Valor Presente Líquido  

Conforme Souza e Clemente (2004), o VPL é a concentração de todos os valores 

esperados de um fluxo de caixa na data zero, usando como taxa de desconto a TMA. 

A Tabela 12 demonstra o cálculo do VPL considerando o cenário realista, onde 

foram somados todos os fluxos de caixa descontados para o instante presente, a uma 

TMA de 12%. O cálculo foi realizado com a calculadora financeira HP12C, conforme 

Figura 05. 

Após a análise da Tabela 12 é possível projetar que o investimento inicial de R$ 

82.083,75 será quitado dentro do período do projeto e considerando os fluxos de caixa 

descontados a uma TMA de 12% anual, ao final do quinto ano o investimento apresentará 

lucro de R$ 135.367,21. Como o VPL foi positivo a uma TMA de 12%, a Taxa Interna de 

Retorno (TIR) apresenta percentual superior ao mínimo exigido. 

 



54 

 

Figura 05 – Exemplo do cálculo do VPL 

Fonte: Elaborado pela autora. 

Tabela 12 – Cálculo do VPL (cenário realista) 

 

Período Fluxo de caixa  Fluxo de caixa descontado 

Ano 0 -R$ 82.083,75 -R$ 82.083,75 

Ano 1 R$ 51.667,01 R$ 46.131,26 

Ano 2 R$ 56.533,71 R$ 45.068,33 

Ano 3 R$ 61.887,08 R$ 44.050,00 

Ano 4 R$ 67.775,79 R$ 43.072,74 

Ano 5 R$ 68.958,01 R$ 39.128,63 

Taxa Mínima de Atratividade (TMA) 12% 

Valor Presente Líquido (VPL) R$ 135.367,21 

Fonte: Elaborado pela autora com base nos dados coletados. 

 

5.5.3 Taxa Interna de Retorno 

Conforme Casarotto Filho e Kopittke (2000, p. 130), “os investimentos com TIR 

maior que a TMA são considerados rentáveis e são passíveis de análise”. Cavalcanti e 

Plantullo (2007) complementam afirmando que a TIR não depende da taxa de juros 

vigente no mercado de capitais. Este valor calculado é intrínseco ao projeto e não 

depende de qualquer outra variável, além dos fluxos de caixa do projeto. Para realização 

do cálculo da TIR utilizou-se a calculadora financeira HP12C, conforme Figura 06. 

Conforme estabelecido na Tabela 13, a TIR do referido empreendimento é de 

63,69%, o que significa que o negócio apresenta projeção de rentabilidade, considerando 

que com base nos autores estudados os investimentos com TIR maior que a TMA (no 

caso 12%) são considerados positivos. Como a TIR é superior à TMA, significa que o 

investimento inicial será recuperado antes do final do período do projeto. O momento em 

que ocorre o final do retorno é conhecido por payback. 

 

51.667,01 CHS FV 
12i 
1n 
Pv 

(=) fluxo de caixa descontado 



55 

 

Figura 06 – Exemplo do cálculo da TIR 

Fonte: Elaborado pela autora. 

Tabela 13 – Cálculo da TIR (cenário realista) 
   

 Período   Fluxo de caixa   

 Ano 0  -R$ 82.083,75 

 Ano 1  R$ 51.667,01 

 Ano 2  R$ 56.533,71 

 Ano 3  R$ 61.887,08 

 Ano 4  R$ 67.775,79 

 Ano 5  R$ 68.958,01 

 (=) TIR  63,69% 

Fonte: Elaborado pela autora com base nos dados coletados. 

 

5.5.4 Payback Descontado 

De acordo com Assaf Neto (2010) e Gitman (2010), o período de payback é 

bastante utilizado, representa o tempo que levará para o valor do investimento ser 

recuperado por meio dos benefícios incrementais líquidos de caixa promovidos pelo 

investimento. Ainda de acordo com os autores (Ibidem), este período pode ser 

compreendido como um importante indicador do nível de risco, sendo que quanto maior 

for o período de retorno do valor investido maior será o risco envolvido na decisão.  

Quando consideradas as decisões de longo prazo dá-se atenção preferencial para 

o payback descontado, por considerar o efeito do tempo sobre o dinheiro, ou seja, todos 

os valores futuros projetados serão descontados a uma determinada TMA (ASSAF 

NETO, 2010). 

O cálculo do Payback Descontado do presente estudo é apresentado conforme 

Tabela 14. 

   (82.083,75) CHS G Cfo  

 VALOR ANO 1 G CFJ  

 ANO 2 G CFJ  

 ANO 3 G CFJ  

 ANO 4 G CFJ  

 ANO 5 G CFJ  

 F IRR  



56 

 

Tabela 14 – Cálculo do Payback Descontado (cenário realista) 
 

Ano   Fluxo de Caixa   Fluxo de Caixa   Acumulado (R$) 

   Acumulado   Descontado (TMA 12%)    

0 -R$ 82.083,75 -R$ 82.083,75 -R$ 82.083,75 

1 R$ 51.667,01 R$ 46.131,26 -R$ 35.952,49 

2 R$ 56.533,71 R$ 45.068,33 R$ 9.115,84 

3 R$ 61.887,08 R$ 44.050,00 R$ 53.165,84 

4 R$ 67.775,79 R$ 43.072,74 R$ 96.238,58 

5 R$ 68.958,01 R$ 39.128,63 R$ 135.367,21 

Fonte: Elaborado pela autora com base nos dados coletados. 

Com base em Assaf Neto (2010), por se tratar de um investimento de longo prazo 

considerou-se o cálculo do payback descontado, onde os valores futuros foram 

descontados a uma TMA de 12%. O valor acumulado do primeiro ano foi obtido 

subtraindo-se do investimento inicial R$ 82.083,75 o valor do fluxo de caixa descontado 

do ano 1 equivalente a R$ 46.131,26, e assim sucessivamente.  

Como forma a avaliar o tempo que levará para o valor do investimento ser 

recuperado, considerou-se o último valor negativo acumulado (-R$ 35.952,49) dividido 

pelo próximo valor do fluxo de caixa descontado (R$ 45.068,33) multiplicado por 12 

meses e por 30 dias. 

Neste contexto, o valor do referido investimento será recuperado após 1 ano, 9 

meses e 17 dias, o que revela que o investimento é atrativo por se tratar de um curto 

período de payback. 

Como o somatório dos valores presentes é maior que o investimento inicial, 

projeta-se lucrativi