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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIVATES 

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTU SENSU 

MESTRADO EM AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO 

ZONEAMENTO-BASE DAS ÁREAS FOSSILÍFERAS DO ESTADO DO 

RIO GRANDE DO SUL: UMA PROPOSTA INICIAL DE DEFINIÇÃO DE 

CRITICIDADE 

Marcela Bruxel 

Lajeado, agosto de 2016 



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Marcela Bruxel 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ZONEAMENTO-BASE DAS ÁREAS FOSSILÍFERAS DO ESTADO DO 

RIO GRANDE DO SUL: UMA PROPOSTA INICIAL DE DEFINIÇÃO DE 

CRITICIDADE 

 

 

 

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-

Graduação em Ambiente e Desenvolvimento como 

parte das exigências para a obtenção do grau de 

Mestre em Ambiente e Desenvolvimento na linha da 

pesquisa em Ecologia. 

 

     Orientador: Prof. Dr. André Jasper 

Co-orientadora: Profª. Drª. Marjorie Kauffmann 

 

 

 

 

Lajeado, agosto de 2016 

 



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Marcela Bruxel 
 

 

 

 

 

 

 

ZONEAMENTO-BASE DAS ÁREAS FOSSILÍFERAS DO ESTADO DO 

RIO GRANDE DO SUL: UMA PROPOSTA INICIAL DE DEFINIÇÃO DE 

CRITICIDADE 

 

 

A banca examinadora abaixo aprova a dissertação apresentada ao Programa de Pós-

Graduação em Ambiente e Desenvolvimento, do Centro Universitário UNIVATES, 

como parte da exigência para obtenção do grau de Mestre em Ambiente e 

Desenvolvimento na área de concentração de Pesquisa em Ecologia: 

 

Orientador: Prof. Dr. André Jasper 
Centro Universitário Univates 
 
Co-orientadora: Profª. Drª. Marjorie Kauffmann 
Centro Universitário Univates 
 
Prof. Dr. Odorico Konrad 
Centro Universitário Univates 
  
Prof. Dr. Átila Augusto Stock da Rosa  
Universidade Federal de Santa Maria 
 
Profª. Dra. Karen Adami Rodrigues 
Universidade Federal de Pelotas  
 

 

 

 

Lajeado, agosto de 2016 

 



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AGRADECIMENTOS 
 

 O meu eterno agradecimento à minha querida mãe, Noeli Maria Bruxel, que 

esteve, está, e creio que, sempre estará ao meu lado, dando suporte às minhas 

“loucuras”, zelando pela minha integridade e dos meus. À minha irmã Márcia 

Ruppenthal pelo apoio. 

 Em especial ao meu marido, Guilherme Ricardo, por sempre me apoiar e me 

incentivar a continuar na caminhada, pelo apoio incondicional, por compreender o 

meu cansaço e pelo amor inesgotável. 

 Ao meu amado filho Otávio “minha vida”, por compreender a minha ausência, 

por deixar as brincadeiras de lado e sentar no meu colo durante os estudos, estando 

sempre que possível comigo, por ser a força para continuar sempre.   

 Ao meu orientador Prof. Dr. André Jasper, que topou o desafio de orientar 

uma aluna com diversas particularidades, em uma proposta de trabalho inovadora.  

 Agradeço a idealizadora desta etapa da minha vida “a culpada”, minha amiga, 

sócia, confidente, que acompanhou de perto as etapas deste trabalho, com paciência 

e dedicação, e co-orientadora Profª. Drª. Marjorie Kauffmann. 

 Aos meus colaboradores Eng. Daniel Martins dos Santos e Bióloga Jéssica 

Meneghini, um agradecimento especial, pelo apoio e dedicação incondicional, vocês 

foram peças essenciais para o resultado do trabalho, o meu muito obrigado.   

 As minhas amigas e paleontólogas: Msc. Isa Carla Osterkamp e Msc. Mariela 

Inês Secchi, pelos comentários sempre úteis, pela troca de conhecimentos e 

principalmente pela amizade que me fez seguir em frente.  

 Ao pesquisador Eduardo Rodrigo Ramos de Santana por seus 

conhecimentos e suas contribuições. 

 A bolsista Thaís Isabel Rodrigues por suas contribuições. 

 Ao pessoal do setor de Botânica e Paleobotânica da UNIVATES que sempre 

esteve disponível para atender as minhas demandas. 

 A todas as pessoas não citadas que de alguma maneira contribuíram para 

minha formação e realização dessa dissertação. 

  



5 

 

RESUMO 

 
O registro da história da Terra está nas rochas e na paisagem, que são a sua memória, 
onde é possível rastrear os processos que formaram o nosso planeta ao longo de 
milhões de anos. Assim, o patrimônio preservado sob a forma de registros fósseis é 
único e surpreendentemente frágil. A preocupação com a proteção do patrimônio 
paleontológico fez com que a Organização das Nações Unidas para a Educação, 
Ciência e Cultura mobilizasse diversos países do mundo para a criação de legislação 
específica de proteção. No Brasil, o patrimônio fossilífero é protegido pela Constituição 
Federal de 1988, cujo artigo 20 o determina como de propriedade da União. O Estado 
do Rio Grande do Sul foi pioneiro ao promulgar a Lei nº 11.738/2002 que institui a 
administração e supervisão científica dos sítios paleontológicos gaúchos sob 
responsabilidade da Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul. O Departamento 
Nacional de Produção Mineral é o órgão federal amparado pelo Decreto-Lei nº 
4.146/1942 e a Portaria nº 542/2014 que delega sobre a fiscalização e controle de 
fósseis e sítios paleontológicos. Todo o estado do Rio Grande do Sul, na sua 
integridade, tem potencial fossilífero, sendo os mecanismos atuais de proteção do 
patrimônio, imprecisos. Neste trabalho foram reunidos os registros paleontológicos do 
Estado do Rio Grande do Sul obtidos no banco de dados do Serviço Geológico do 
Brasil e em artigos científicos publicados, ao quais embasaram o desenvolvimento do 
zoneamento-base das áreas fossilíferas, resultando em 86 afloramentos, divididos em 
3 zonas, zona de alta, média e baixa potencialidade paleontológica. Todos os 
afloramentos registrados são de suma importância, cabendo ressaltar que existem 
também outros afloramentos importantes, os quais na medida em que forem 
registrados, poderão ocasionar alteração das zonas definidas, possibilitando a 
adequação na delimitação, classificação de potencialidade e até na expansão do 
número de zonas. 
 
Palavras-chave: Patrimônio Fossilífero. Fósseis. Sítios Paleontológicos. 
Zoneamento. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 



6 

 

 

ABSTRACT 
 
 

The Earth's history record is on the rocks and landscapes which are its memory and 
where you can track the processes that formed our planet over millions of years. Thus, 
the heritage preserved in fossil record form is unique and surprisingly fragile. The 
concern about paleontological heritage protection led the United Nations Educational, 
Scientific and Cultural Organization to mobilize several countries in order to create 
specific protection legislation.  The fossil heritage in Brazil is protected by the Federal 
Constitution of 1988 where the article 20 determines it as a property of the Union. Rio 
Grande do Sul was the first State by enacting the Law Nº. 11,738/2002 that establishes 
the administration and scientific supervision of its paleontological sites under the 
responsibility of Rio Grande do Sul Zoobotanical Foundation. The National Department 
of Mineral Production is the Federal Agency supported by the Decree-Law Nº. 
4,146/1942 and by the Ordinance Nº. 542/2014 which delegates on the supervision 
and control of fossil and paleontological sites. All Rio Grande do Sul State - in its 
integrity – is a potential fossil region and the current heritage protection mechanisms 
are inaccurate. In this work the paleontological records of Rio Grande do Sul State 
were obtained through gathering the Geological Survey database of Brazil with 
published scientific articles. This set of information supported a fossil area zoning-data 
base development resulting in 86 outcrops, divided into 3 zones: high, medium and 
low paleontological potential. All registered outcrops are extremely important as well 
all the others that have not been found or registered yet. While new registration sand 
discoveries happen many things may change in the zoning here defined, allowing 
adjustments in delimitation of zones, potential fossil areas and even zone number 
expansion. 

 
Keywords: Fossil Heritage. Fossils. Paleontological sites. Zonation. 
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 



7 

 

 

LISTA DE FIGURAS 

Figura 1 – Mapa do estado do Rio Grande do Sul com a representação de suas 

principais compartimentações geológicas ................................................................. 20 

Figura 2 - Mapa da delimitação das Formações Geológicas do estado do Rio Grande 

do Sul ........................................................................................................................ 29 

Figura 3 - Mapa do estado do Rio Grande do Sul demonstrando a sua localização em 

relação à América do Sul e ao Brasil ......................................................................... 30 

Figura 4 - Principais Unidades Geomorfológicas e limites municipais do Rio Grande 

do Sul ........................................................................................................................ 32 

Figura 5 - Unidades Geomorfológicas, limites municipais e afloramentos fossilíferos 

do Rio Grande do Sul ................................................................................................ 33 

Figura 6 - Zonas de potencialidade fossilífera do estado do Rio Grande do Sul – ZP1 

com alta potencialidade fossilífera, – ZP2 com média potencialidade fossilífera e ZP3 

com baixa potencialidade fossilífera .......................................................................... 36 

Figura 7 - Delimitação da ZP1 – com alta potencialidade fossilífera – municípios que 

possuem ao menos 2 afloramentos fossilíferos ........................................................ 49 

Figura 8 – Detalhe dos afloramentos fossilíferos do município de Santa Maria – 

integrante da ZP1 – com alta potencialidade fossilífera – municípios que possuem ao 

menos 2 afloramentos fossilíferos ............................................................................. 55 

Figura 9 - Delimitação da ZP2 – com média potencialidade fossilífera – municípios que 

possuem ao menos 1 afloramento fossilífero ............................................................ 57 

Figura 10 - Delimitação da ZP3 – com baixa potencialidade fossilífera – municípios 

que não possuem afloramentos fossilífero registrados ............................................. 62 

Figura 11 - Mapa do zoneamento-base das áreas fossilíferas do estado do Rio Grande 

do Sul ........................................................................................................................ 64 



8 

 

 

LISTA DE QUADROS 

Quadro 1 - Detalhamento das zonas paleontológicas – ZP1 com alta potencialidade 

fossilífera, – ZP2 com média potencialidade fossilífera e ZP3 com baixa potencialidade 

fossilífera. .................................................................................................................. 35 

Quadro 2 - Detalhamento dos afloramentos fossilíferos da ZP1, com alta 

potencialidade fossilífera – municípios que possuem ao menos 2 afloramentos ...... 50 

Quadro 3 - Detalhamento dos afloramentos fossilíferos da ZP2, com média 

potencialidade fossilífera – municípios que possuem ao menos 1 afloramento ........ 58 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 



9 

 

 

LISTA DE GRÁFICOS 

Gráfico 1 - Número de afloramentos fossilíferos por municípios da ZP1 – com alta 

potencialidade fossilífera – municípios que possuem ao menos 2 afloramentos ...... 54 

Gráfico 2 - Número de registros paleozoológicos e paleobotânicos na ZP1 – com alta 

potencialidade fossilífera – municípios que possuem ao menos 2 afloramentos 

fossilíferos ................................................................................................................. 54 

Gráfico 3 - Número de registros paleozoológicos e paleobotânicos na ZP2 – com 

média potencialidade fossilífera – municípios que possuem ao menos 1 afloramento 

fossilífero ................................................................................................................... 60 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 



10 

 

 

LISTA DE APÊNDICES 

APÊNDICE A - Lista com os nomes dos municípios do estado do Rio Grande do 

Sul..............................................................................................................................84 

APÊNDICE B - Planilha dos Afloramentos Fossilíferos do Rio Grande do Sul..........85 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 



11 

 

 

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 

 

APROX Aproximadamente 

CPRM Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais  

DNPM Departamento Nacional de Produção Mineral 

FZB Fundação Zoobotânica do Estado do Rio Grande do Sul 

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 

IPHAN Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional 

M.A. Milhões de anos 

SIG Sistema de Informação Geográfica 

SIRGAS Sistema de Referência Geocêntrico para as Américas 

UNESCO Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e 

Cultura 

 

 



12 

 

 

SUMÁRIO 

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 14 

2 REFERENCIAL TEÓRICO ..................................................................................... 17 

2.1 Base Legal e Normativas .................................................................................... 17 

2.1.1 Preservação do Patrimônio Fossilífero Mundial ............................................ 17 

2.1.2 Legislação Federal Brasileira ........................................................................ 18 

2.1.3 Legislação Estadual do Rio Grande do Sul .................................................. 19 

2.2 Aspectos Geológicos do Rio Grande do Sul .................................................... 20 

2.2.1 Escudo Sul-riograndense .............................................................................. 21 

2.2.2 Bacia do Paraná ........................................................................................... 21 

2.2.3 Bacia de Pelotas ........................................................................................... 22 

2.3 Visão geral dos formações geológicas do Rio Grande do Sul ......................... 24 

2.3.1 Carbonífero (aprox.. 358,9 a 298,9 m.a. atrás) ............................................. 24 

2.3.2 Permiano (aprox. 298,9 a 252,17 m.a. atrás) ............................................... 24 

2.3.4 Triássico (aprox. 252,17 a 201,3 m.a. atrás) ................................................. 26 

2.3.5 Jurássico (aprox. 201,3 a 145 m.a. atrás) ..................................................... 27 

2.3.6 Cretáceo (aprox. 145 a 66 m.a. atrás) .......................................................... 27 

2.3.7 Paleógeno (aprox. 66 a 2.58 m.a. atrás) ....................................................... 28 

2.3.8 Quaternário (aprox. 2.58 m.a. atrás) ............................................................. 28 

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ............................................................... 30 

3.1 Área de abrangência ....................................................................................... 30 

3.1 Construção do zoneamento-base .................................................................... 31 

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO.............................................................................. 37 

4.1 Definição geral das ocorrências Fósseis no Rio Grande do Sul: base para 



13 

 

construção do zoneamento (resultados) ................................................................ 37 

4.1.1 Carbonífero ................................................................................................... 37 

4.1.2 Permiano ...................................................................................................... 38 

4.1.2.1 Formação Rio Bonito ................................................................................. 38 

4.1.2.2 Formação Irati ............................................................................................ 39 

4.1.2.3 Formação Rio do Rasto ............................................................................. 40 

4.1.2.4 Subgrupo Estrada Nova ............................................................................. 40 

4.1.3 Triássico ........................................................................................................ 41 

4.1.3.1 Formação Sanga do Cabral ....................................................................... 41 

4.1.3.2 Formação Santa Maria .............................................................................. 42 

4.1.3.3 Formação Caturrita .................................................................................... 43 

4.1.3.4 Arenito Mata ............................................................................................... 44 

4.1.4 Jurássico ....................................................................................................... 45 

4.1.4.1 Formação Guará ........................................................................................ 45 

4.1.5 Cretáceo ....................................................................................................... 45 

4.1.5.1 Formação Botucatu .................................................................................... 45 

4.1.6 Paleógeno ..................................................................................................... 45 

4.1.7 Quaternário ................................................................................................... 46 

4.1.7.1 Formação Chuí .......................................................................................... 46 

4.1.7.2 Formação Touro Passo .............................................................................. 46 

4.2 Caracterização das zonas paleontológicas ...................................................... 47 

4.2.1. Zona Paleontológica 1 (ZP1) ....................................................................... 47 

4.2.2 Zona Paleontológica 2 (ZP2) ........................................................................ 56 

4.2.3 Zona Paleontológica 3 (ZP3) ........................................................................ 61 

4.3 Compilação dos dados .................................................................................... 63 

5 CONCLUSÕES ...................................................................................................... 65 

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 67 



14 

 

  

1 INTRODUÇÃO  

Os afloramentos que possuem registros fósseis devem ser considerados 

“monumentos culturais naturais” devido à sua importância científica e interesse 

público (WILD, 1988). Exemplo disso são as “florestas petrificadas” encontradas em 

diferentes partes do mundo (MARTINS et al., 2010), as quais, por sua beleza e 

significado cientifico, têm sido convertidas em áreas de proteção ou unidades de 

conservação (DIAS-BRITO et al. (2009). 

As convenções, recomendações e resoluções internacionais dedicadas à 

proteção dos bens culturais e naturais mostram a importância que constitui, para os 

povos do mundo, a salvaguarda desses elementos únicos e insubstituíveis, 

independentemente do povo ao qual pertençam. Para Organização das Nações 

Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) bens do patrimônio cultural e 

natural são detentores de excepcional interesse, que exige sua preservação como 

elemento do patrimônio de toda humanidade (UNESCO, 1972).  

No caso do Brasil, sítios paleontológicos são considerados patrimônio nacional, 

sendo, protegidos pela legislação. Apesar de não citar especificamente os fósseis, o 

Decreto-Lei nº 25, de 30 de novembro de 1937, que trata do patrimônio artístico e 

histórico e monumentos naturais de feição notável, caracteriza-se como o primeiro 

amparo legal para a proteção dos sítios fossilíferos brasileiros (RIBEIRO; IANNUZZI, 

2009). Todavia, nos dias atuais, a base legal para a proteção do patrimônio fossilífero, 

é a Constituição Federal da República Federativa do Brasil de 1988 que, apoiada por 

legislações complementares, estabelece, em seus artigos 20 – incisos I, IX e X e 216 



15 

 

– inciso V, que este tipo de material é de propriedade da União (RIBEIRO; IANNUZZI, 

2009). 

Além disso, no contexto geológico, são as bacias sedimentares que têm o 

potencial de formar/abrigar jazigos fossilíferos (TEIXEIRA et al., 2009). Desta forma, 

o território brasileiro, que apresenta cerca de 64% de sua área coberta por este tipo 

de conformação (Roisenberg et al., 2007), torna-se uma área propícia para a 

ocorrência desse tipo de patrimônio.  

De forma mais específica, o estado do Rio Grande do Sul, com parte 

considerável de seu território recoberto pelos depósitos Paleo-Meozoicos da Bacia do 

Paraná e pelos sedimentos Quaternários da Bacia do Pelotas (Roisenberg et al., 

2007), torna-se, também, potencial fonte de ocorrências paleobotânicas e 

paleozoológicas (CPRM, 2014a). Neste sentido, destaca-se entre os estados 

brasileiros, juntamente com Minas Gerais, pela criação de leis específicas 

relacionadas à proteção do patrimônio fossilífero (MARCON et al., 2014). 

No caso da Bacia do Paraná as ocorrências de fósseis vegetais 

(paleobotânicos), tanto os de idade Paleozoico quanto Mesozoico, estão 

concentradas na região central do estado (GUERRA-SOMMER; SCHERER, 2002). 

Também nesta área ocorrem os registros de fósseis de animais (paleozológicos), os 

quais constituem elementos importantes para correlações estratigráficas (ROHN et 

al., 2014). 

A Bacia do Pelotas, por sua vez, aflora seus sedimentos pleistocênicos na área 

litorânea, preservando elementos importantes da megafauna de mamíferos deste 

intervalo (CORRÊA et al., 2014). Destaca-se que há registros de paleotocas, também 

vinculadas a estes animais em basaltos alterados da Serra Geral (FRANK et al. 

(2008a,b). 

Locais com tal nível de diversidade paleontológica devem contar com medidas 

que possam fundamentar a criação de ambientes de conservação, que tenham como 

objetivo a preservação e como resultado a diminuição de ações destrutivas e 

degradantes a esses ambientes são urgentes e necessárias (KAUFFMANN et al., 

2013). 



16 

 

Neste contexto, a problemática geral de pesquisa aqui abordada está voltada 

para a aplicabilidade da legislação vigente relacionada ao patrimônio fossilífero. 

Considerando que os dispositivos legais dos diferentes níveis da esfera pública 

(nacional, estadual e municipal), apesar de existentes, não serem eficientes para a 

proteção do patrimônio fossílifero nacional, acredita-se que a construção de uma 

proposta de um zoneamento-base, dinâmico e passível de alimentação, tanto pelo 

meio acadêmico-científico quanto técnico, acerca das áreas com potencialidade 

fossilífera, é passo fundamental para a discussão aprofundada da qual carece a 

conservação deste tipo de patrimônio. 

Assim, o objetivo deste estudo foi elaborar um zoneamento-base dinâmico das 

potencialidades fossilíferas do território do estado do Rio Grande do Sul, utilizando 

como base o conjunto de documentos disponíveis nos meios acadêmico-científico e 

técnico com vistas a embasar procedimentos de proteção desse tipo de patrimônio 

em procedimentos de licenciamento de empreendimentos em diferentes esferas. 

Destaca-se que, tendo em vista o viés aplicado e instrumental do estudo 

realizado, com foco na construção de ferramenta dinâmica e passível de utilização 

pelos diferentes atores envolvidos nos processos de licenciamento, as descrições 

geológicas e paleontológicas apresentadas são genéricas e têm como princípio a 

possibilidade constante de aperfeiçoamento. Todavia, estão baseadas em referencial 

teórico amplo e recente, sendo fundamentais para o resultado final proposto. 

 

 

 

 

 

 

 

 



17 

 

 

2 REFERENCIAL TEÓRICO 

2.1 Base Legal e Normativas 

2.1.1 Preservação do Patrimônio Fossilífero Mundial 

Um conjunto de ferramentas legais brasileiras, que aderem às Convenções 

Internacionais, promulgou a Convenção da UNESCO de 1972 sobre as medidas a 

serem adotadas para proibir e impedir a importação, exportação e transferência de 

propriedades ilícitas dos bens culturais (MARCON et al., 2014). 

Na Convenção para a Proteção do Patrimônio Mundial, Cultural e Natural - 

Conferência Geral da Organização das Nações Unidas para Educação, a Ciência e a 

Cultura, realizada em Paris, no ano de 1972, foi constatado que o patrimônio cultural 

e o patrimônio natural se encontram cada vez mais ameaçados. Entre as causas 

destes processos a própria UNESCO cita não somente processos naturais de 

degradação, mas, também, o subdesenvolvimento social e econômico, que acarreta 

em empobrecimento irreversível do patrimônio de todos os povos do mundo 

(UNESCO, 1972).  

Ainda de acordo com UNESCO (1972), diante da amplitude e da gravidade dos 

novos perigos que rondam o patrimônio cultural e natural nas diferentes regiões do 

planeta, cabe à coletividade internacional participar de sua proteção. Como 

ferramenta para tanto, a assistência coletiva, sem substituir a ação do Estado 



18 

 

interessado, deve contemplar de forma eficaz instrumentos que estabeleçam sistemas 

adequados de proteção coletiva. Tais processos devem, ainda, ser organizados de 

modo permanente, baseados em métodos científicos e modernos (WIMBLEDON, 

2011).  

2.1.2 Legislação Federal Brasileira 

No caso brasileiro, a legislação vigente para proteção do patrimônio fossilífero 

nacional e regulamentação das ações pertinentes ao manejo e conservação de 

fósseis, formalizada por decretos, leis e portarias, remonta à década de 1930. Tais 

regulamentações tiveram, em diferentes contextos, o objetivo de informar sobre a 

legalidade dos atos que envolvem a coleta, o transporte, a guarda e, sobretudo, o 

comércio de fósseis no país (BRILHA, 2002; RIBEIRO; IANNUZZI, 2009; JASPER, 

2010; LIMA et al., 2010; WIMBLEDON, 2011; KAUFFMANN et al., 2013; PEREIRA et 

al., 2013). De acordo com Dresch (2006); Ribeiro; Iannuzzi (2009); De Lima et al. 

(2010) a principal lei de proteção ao patrimônio fossilífero (paleontológico) em vigor 

atualmente no país é a Constituição Federal da República Federativa do Brasil que, 

nos seus artigos 20 (incisos I, IX, e X) e 216 (inciso V),determina que esse patrimônio 

é de propriedade da União. 

Artigo 20. “São bens da União: 
I os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vieram a ser atribuídos; ... 
IX os recursos minerais, inclusive os do subsolo; 
X as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e   pré 
históricos.”(BRASIL, 1988). 
 
Artigo 216. “Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza 
material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de 
referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores 
da sociedade brasileira, nos quais se incluem:  
V – os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, 
arqueológico, paleontológico, ecológico e científico (BRASIL,1988).  

A legislação brasileira estabelece penas para os crimes de destruição e 

receptação do material fossilífero (artigos 163 e 180 do Código Penal) bem como para 

a exploração em desacordo com as autorizações concedidas pelos órgãos 

competentes [artigo 2º da Lei n. 8.176/91 (BRASIL, 1991)]. Ademais, a Lei nº 9.605/98 

estabelece crimes ambientais contra o patrimônio cultural [artigos 63 e 64- (BRASIL, 



19 

 

1998)]. 

De forma mais específica, conforme previsto no Decreto-Lei nº 4.146 de 04 de 

março de 1942 (BRASIL, 1942) e na Portaria nº 542 de 22 de dezembro de 2014 

(BRASIL, 2014), o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) tem a função 

de fiscalizar e controlar o exercício das atividades relacionadas ao patrimônio 

fossilífero (coleta, transporte, entre outras). 

A Portaria do Ministério da Ciência e Tecnologia nº 55, de 14 de março de 1990, 

estabelece que os fósseis encontrados no território nacional podem ser coletados por 

instituições nacionais de ensino e pesquisa. No caso de instituições estrangeiras, a 

participação em atividades de coleta em território nacional somente pode ocorrer 

quando em parceria com instituições nacionais e sob a autorização do DNPM 

(BRASIL, 1990; RIBEIRO; IANNUZZI, 2009).  

2.1.3 Legislação Estadual do Rio Grande do Sul 

No âmbito estadual, os estados do Rio Grande do Sul e de Minas Gerais se 

destacam pela criação de leis estaduais relacionadas à proteção do patrimônio 

fossilífero (MARCON et al., 2014). O estado do Rio Grande do Sul foi pioneiro ao 

promulgar a Lei nº 11.738 de 13, de janeiro de 2002 (RIO GRANDE DO SUL, 2002a), 

que institui a administração e supervisão científica dos sítios paleontológicos como 

sendo de responsabilidade da Fundação Zoobotânica do Estado do Rio Grande do 

Sul (FZB), e ainda, em seu parágrafo único, que “toda obra de qualquer natureza, 

inclusive remoção de rochas nos sítios paleontológicos de que trata este artigo, deverá 

ser submetida ao prévio licenciamento da Fundação Estadual de Proteção Ambiental 

Henrique Luis Roessler – FEPAM”. As disposições acerca dessas responsabilidades 

foram atualizadas pela Lei nº 11.837/2002, de 04 de novembro de 2002 (RIO GRANDE 

DO SUL, 2002b) (MARCON et al., 2014). 

Para compreender os potenciais impactos dos regramentos nacionais e 

estaduais acerca do patrimônio fossilífero em processos de licenciamento, além da 

contextualização legal e administrativa dos processos envolvido, é necessária uma 



20 

 

caracterização, mesmo que genérica,da diversidade paleontológica do estado do Rio 

Grande do Sul. Portanto, apresenta-se, a seguir, uma breve descrição referente ao 

tema que tem por finalidade a embasar resultado final do presente estudo, ou seja, o 

zoneamento-base apresentado. 

2.2 Aspectos Geológicos do Rio Grande do Sul 

Segundo Kaul (1990) o estado do Rio Grande do Sul é constituído por terrenos 

rochosos cuja origem ou transformação retrocede aos mais diferentes períodos da 

história da crosta terrestre, trazendo o registro de distintos eventos geodinâmicos. É 

possível observar em seu território associações petrotectônicas das unidades: Escudo 

Sul-riograndense, Bacia do Paraná (sedimentos gonduânicos e sequenciais 

vulcânicas básicas e ácidas) e a Bacia de Pelotas (Planície Costeira) (Figura 1) 

(ROISENBERG et al., 2007). 

Figura 1 – Mapa do estado do Rio Grande do Sul com a representação de suas 
principais compartimentações geológicas 

 

Fonte: ROISENBERG, et al., 2007. 



21 

 

2.2.1 Escudo Sul-riograndense 

De acordo com Chemale Jr. (2000) o Escudo Sul-riograndense representa o 

embasamento do estado do Rio Grande do Sul e está localizado na região centro-sul 

do estado (Figura 1). Ainda conforme o autor, este sistema cobre cerca de 65.000 km² 

de área do estado e é delimitado ao norte, oeste e sudoeste pela Bacia do Paraná, a 

leste pela Bacia de Pelotas, também conhecida como Província Costeira do Rio 

Grande do Sul e ao sul com o Uruguai. 

O Escudo Sul-rio-grandense é composto por rochas de idades que variam 

desde o Arqueano (aprox. 4.000 a 2.500 m.a. atrás) até o Eopaleozoico, sendo as 

associações petrotectônicas que o compõem, o Cráton Rio de La Plata a oeste e 

Cinturão Dom Feliciano a leste, estando o Cráton Rio de La Plata representando a 

porção mais antiga, com unidades remanescentes de idade Arqueana, e estável 

desde o Proterozoico (aprox. 2.500 a 1.600 m.a. atrás) (CHEMALE JR. et al., 1995). 

Ainda de acordo com o autor, o Cinturão Dom Feliciano representa uma colagem 

tectônica complexa de evolução Brasiliana que pode ser subdividido em três partes: 

(i) Cinturão Dom Feliciano Oeste - inclui um arco magmático juvenil; (ii) Cinturão Dom 

Feliciano Leste – consiste de sequências supracrustais e lascas de embasamento 

paleoproterozoico; e, (iii) Cinturão Dom Feliciano Leste – formado por volumoso 

magmatismo granítico com características de retrabalhamento crustal. Sobre o 

Cinturão Dom Feliciano, desenvolveu- se a Bacia do Camaquã durante os estágios 

finais do Ciclo Brasiliano, sendo que as unidades superiores desta Bacia (Grupo 

Guaritas) foram formadas durante um processo de colapso orogenético, ao final do 

Ordoviciano (aprox. 485,4 a 443,8 m.a. atrás) (CHEMALE JR. et al., 1995). 

2.2.2 Bacia do Paraná 

A Bacia do Paraná (Figura1) corresponde a uma bacia intracratônica cujas 

unidades basais se depositaram sobre o Escudo Sul-riograndense, (também nas 

abrangências da Bacia do Camaquã). Em toda sua extensão, é representada por 



22 

 

sedimentos dominantemente siliciclásticos e rochas vulcânicas, de idade desde o 

Ordoviciano (aprox. 485,4 a 443,8 m.a. atrás) ao Cretáceo (aprox. 145 a 66 m.a. 

atrás), com espessura máxima estimada entre 5.000 e 6.000 m (ROISENBERG et al., 

2007). 

De acordo com Casagrande (2010) a Bacia do Paraná é a maior bacia 

Paleozoica da America do Sul e registra um intervalo de tempo de aproximadamente 

450 a 65 m.a de anos. Um terço da área aflorante da Bacia do Paraná é composta por 

rochas sedimentares de idades que variam do Ordoviciano ao Siluriano enquanto que 

dois terços é coberta por fluxos de lava de idade Jurássica-Cretácica (ROISENBERG 

et al., 2007).  

Para Rostirolla et al. (2000) a Bacia do Paraná sofreu perturbações de origens 

diversas como: - movimentações verticais, com ocorrência em toda sua evolução, 

típicas de áreas cratônicas extensas; subsidência flexural modificada pela propagação 

de tensões horizontais a partir das margens da placa durante o Paleozoico, 

superposição de um evento de estiramento litosférico relacionado à abertura do 

Oceano Atlântico Sul no Mesozoico. Ainda Milani (1997) e Milani et al. (1998) dividiram 

a Bacia do Paraná nas supersequências: Rio Ivaí (Ordoviciano Superior a Siluriano 

Inferior), Paraná (Siluriano Superior ao Devoniano Superior), Gondwana I 

(Carbonífero Superior ao Triássico Inferior), Gondwana II (Triássico Superior), 

Gondwana III (Jurássico Superior ao Cretáceo Inferior) e Bauru (Cretáceo Superior). 

2.2.3 Bacia de Pelotas 

A Bacia de Pelotas (Figura 1) constitui-se em uma bacia marginal do tipo aberta, 

desenvolvida no extremo sul da margem continental brasileira, resultante dos 

processos de abertura e expansão do Atlântico Sul durante o Cretáceo (FONTANA, 

1996). 

De acordo com Roisenberg et al. (2007) a Planície Costeira do Rio Grande do 

Sul corresponde à parte proximal, emersa, da Bacia de Pelotas. Os mesmos autores 

afirmam que dados provenientes dos poços perfurados na planície mostram que, o 



23 

 

pacote sedimentar é de composição siliciclástica, possui uma área, de 

aproximadamente 33.000 km² (ROISENBERG et al., 2007).  

Conforme Martins et al. (1967) a plataforma continental adjacente à planície 

costeira alcança uma largura média de cerca de 150 km e é coberta principalmente 

por sedimentos clásticos terrígenos com algumas concentrações de cascalho 

biodetrítico. O mesmo autor relata ainda que a plataforma interna é, na sua maior 

parte, coberta por areias terrígenas de composição e textura muito semelhante aos 

sedimentos praias adjacentes. 

Para Carraro et al. (1974) a Planície Costeira do Rio Grande do Sul 

representada por uma ampla área de terras baixas constitui uma das quatro províncias 

geomorfológicas do estado. O registro sedimentar ao longo do Quaternário, constitui 

um laboratório de campo para estudos sedimentológicos, estratigráficos e evolutivos 

(CARRARO et al., 1974). 

De acordo com ROISENBERG et al. (2007) os depósitos sedimentares 

assentam sobre um embasamento (área fonte dos sedimentos) representado, na 

parte central e sul da planície, por rochas ígneas e metamórficas pré-cambrianas do 

Escudo Uruguaio-Sul-riograndense. O mesmo autor relata que na parte norte, é 

representado por rochas sedimentares e vulcânicas da Bacia do Paraná, de idade 

paleozoica e mesozoica, sendo as diferenças composicionais e de relevo destas duas 

áreas fontes, são determinantes nas características dos sedimentos detritais 

fornecidos à bacia. 

 Os sedimentos erodidos das terras altas adjacentes ao se acumularem na 

planície costeira geraram, fundamentalmente, dois tipos de sistemas deposicionais 

(ROISENBERG et al., 2007). Conforme o mesmo autor, um dos sistemas é de leques 

aluviais e o outro são quatro sistemas deposicionais transgressivos-regressivos do 

tipo laguna-barreira. 

Tendo como base a contextualização geral das associações geológicas do 

estado do Rio Grande do Sul, apresenta-se, a seguir uma descrição genérica dos 

principais períodos geológicos registrados nas rochas do estado. Tentou-se associa-

los às respectivas formações geológicas (Figura 2), considerando-se a necessidade 



24 

 

de integração dos dois enfoques para a construção do zoneamento-base objeto deste 

estudo. 

2.3 Visão geral dos formações geológicas do Rio Grande do Sul  

2.3.1 Carbonífero (aprox.. 358,9 a 298,9 m.a. atrás) 

O Período Carbonífero é representado no estado do Rio Grande do Sul pelo 

Grupo Itararé, que na área em estudo é caracterizada apenas pela Formação Rio do 

Sul (IBGE, 1986), descrita por Schneider et al. (1974) como constituída, em sua parte 

basal, por folhelhos e argilitos cinza escuro, localmente várvicos, com deposição 

possivelmente em ambiente marinho (SAMPAIO, 2013).  

Segundo os autores Dolianiti (1977), Martins (1948), Pinto (1952), Rigby (1970), 

Silva e Arrondo (1977) a Formação Rio do Sul no estado do Rio Grande do Sul é 

fossilífera. 

2.3.2 Permiano (aprox. 298,9 a 252,17 m.a. atrás) 

O Período Permiano é representado no estado do Rio Grande do Sul pelas 

Formações Rio Bonito e Palermo, que fazem parte o Grupo Guatá, além das 

Formações Irati, Rio do Rasto e Subgrupo Estrada Nova, componentes do Grupo 

Passa Dois (IBGE, 1986). 

De acordo com Roisenberg et al. (2007) a Formação Rio Bonito é constituída 

predominantemente por arenitos nas porções inferior e superior e por siltitos e 

folhelhos contendo camadas de carvão e calcários e algumas intercalações de 

arenitos na sua porção média. Representa um conjunto resultante de sedimentação 

costeira, transicional, progressivamente afogado para o topo pelo mar progradante, 

representado pela Formação Palermo que a sucede (MILANI, 1997). 



25 

 

Segundo Degani-Schmidt et al. (2015), Dolianiti (1948), Ianuzzi et al. (2009), 

Jasper et al. (2008), Jasper et al. (2011a), Ricardi-Branco et al. (2011) e Guerra-

Sommer et al. (1995) a Formação Rio Bonito no Estado do Rio Grande do Sul 

apresenta conteúdo fossilífero. 

Conforme IBGE (1986) a Formação Palermo caracteriza-se pelo predomínio de 

siltitos argilosos, cinza-claro a escuros, esverdeados, amarelo-esverdeados quando 

alterados, com frequentes intercalações de lâminas ondeadas e descontínuas de 

siltitos arenosos cinza-claro, bioturbados, sendo escasso o registro fossilífero da 

formação no estado do Rio Grande do Sul.  

Os sedimentos da Formação Irati configuram duas camadas de folhelhos 

pirobetuminosos separados por uma intermediária, de folhelhos, argilitos e calcários. 

Os folhelhos pirobetuminosos apresentam coloração cinza-claro, cinza-escuro, 

castanha e preta e, quando intemperizados, exibem coloração marrom-chocolate 

(IBGE, 1986). De acordo com Dohms et al. (1976) Pessoa (1985) e Pretto et al. (2014) 

sendo a Formação Irati no Rio Grande do Sul fossilífera. 

A Formação Rio do Rasto é constituída por camadas tabulares de arenitos finos 

a muito finos, avermelhados, arroxeados e esbranquiçados, friáveis e com matriz 

argilosa da decomposição dos feldspatos, intercalados com argilitos e siltitos 

avermelhados e arroxeados (ROISENBERG et al., 2007). 

Segundo Cisneros et al. (2005), Langer (2000), Dentzien-Dias et al. (2011), 

Boos et al. (2016), Martinelli et al. (2016), Manfroi et al. (2015) a Formação Rio do 

Rasto apresenta no Rio Grande do Sul registros fósseis. 

O Subgrupo Estrada Nova tem sido subdividido na Formação Teresina, 

constituída por argilitos, folhelhos e siltitos cinza-escuros e esverdeados, intercalados 

com arenitos muito finos, cinza-claros, e na Formação Serra Alta, composta de siltitos, 

argilitos e folhelhos (ROISENBERG et al., 2007). No Rio Grande do Sul as formações 

que representam o Subgrupo Estrada Nova são fossilíferas (RICHTER et al., 1985), 

(KLEIN e SIMÕES, 1998). 



26 

 

2.3.4 Triássico (aprox. 252,17 a 201,3 m.a. atrás) 

Para Da Rosa et al. (2004), o registro Triássico está materializado no Grupo 

Rosário do Sul, de idades entre o Scitiano e o Rético e com uma espessura total em 

torno de duas centenas de metros. Segundo Andreis et al. (1980), este Grupo 

encontra-se dividido em três Formações: Sanga do Cabral, Santa Maria e Caturrita, 

com base principalmente na razão arenito-pelito e em seu conteúdo fossilífero. 

A Formação Sanga do Cabral é composta por duas associações de litofácies 

em posição estratigráfica bastante uniforme (Lavina, 1991): na base, arenitos finos 

alaranjados, com estratificações planares e cruzadas de baixo ângulo, com raros 

pelitos avermelhados associados; e no topo, arenitos finos a muito finos alaranjados, 

com estruturas planares, cortados por conglomerados a arenitos grossos 

intraclásticos, em níveis lenticulares amalgamados, de relativa continuidade lateral 

(relação espessura x comprimento, 1:100) (DA ROSA et al., 2004). 

A Formação Santa Maria é subdividida em dois membros: Membro Passo das 

Tropas, constituído por arenitos grossos seixosos a médios, com níveis intraclásticos 

na base de estratificações cruzadas acanaladas de médio porte, em leitos 

amalgamados (relação espessura x comprimento, 1:10), contendo impressões 

vegetais da Flora de Dicroidium, bem como insetos e escamas de peixes (Pinto, 1956; 

Lima et al., 1984); e Membro Alemoa, tema principal deste estudo, caracterizado pela 

abundância de pelitos avermelhados, com abundantes tetrápodes fósseis, 

principalmente terapsídeos e arcossauros (SCHULTZ et al., 2000).  

De acordo com Da Rosa et al. (2004), a Formação Caturrita é composta por 

arenitos médios a finos bordô, localizadamente grossos a conglomeráticos, com níveis 

intraclásticos, ora dispostos na base de estratificações cruzadas acanaladas de médio 

porte, ora em pacotes erosivos discordantes, de granulometria mais fina, com pouca 

continuidade lateral, mas amalgamados. Litoestratigraficamente, correspondem ao 

aparecimento dos primeiros arenitos a cortar os pelitos vermelhos no topo da 

Formação Santa Maria, antes mesmo dos canais arenosos mais bem desenvolvidos 

e regionalmente dispostos (FACCINI, 1989). 

O Arenito Mata é uma camada que recobre com desconformidade os depósitos 



27 

 

fluviais das Formações Santa Maria e Caturrita, compondo assim uma sequência 

deposicional independente (FACCINI, 1989). A região de São Pedro do Sul e Mata é 

constituída por arenitos finos a conglomeráticos, quartzosos, com cor esbranquiçada 

(GUERRA-SOMMER; SCHERER, 2002). Os mesmos autores comprovam que o 

arenito Mata é fossilífero. 

2.3.5 Jurássico (aprox. 201,3 a 145 m.a. atrás) 

O Período Jurássico é representado pela Formação Guará no Rio Grande Sul, 

sendo caracterizada por uma mudança de fácies ao longo de sua faixa aflorante, 

sendo ao norte representada por arenitos grossos e conglomeráticos e pelitos que 

foram depositados em um sistema fluvial entrelaçado e ao sul, por arenitos médios a 

finos, eólicos (SCHERER; LAVINA, 2005). De acordo com Dentzien-Dias (2005) as 

trilhas e tocas produzidas por vertebrados constituem os únicos registros fósseis 

encontrados para os depósitos desta formação. 

2.3.6 Cretáceo (aprox. 145 a 66 m.a. atrás) 

O Período Cretáceo é representado pela Formação Botucatu no Rio Grande do 

Sul, constituída essencialmente por arenitos bimodais, finos a médios, de cores róseo 

avermelhadas, bastante litificados, dominantemente quartzosos, sem matriz argilosa, 

com grãos foscos e bem arredondados (ROISENBERG et al., 2007). De acordo com 

IBGE (1986) a formação é afossilífera para o estado do Rio Grande do Sul, já Frank 

et al. (2013) afirmam que esta formação é fossilífera, por ter encontrado um registro 

no estado. 

O Período Cretáceo é representado no Rio Grande do Sul pela Formação Serra 

Geral que se constitui numa sucessão de corridas de lavas, de composição 

predominantemente básica, apresentando uma sequência superior de efusivas 

ácidas, sendo afossilífera para o estado do Rio Grande do Sul (IBGE, 1986). 



28 

 

2.3.7 Paleógeno (aprox. 66 a 2.58 m.a. atrás)   

O Período Paleógeno no estado do Rio Grande do Sul possui registros de 

crotovinas e paleotocas em arcósios associados ao Sistema de Leques Aluviais, 

depósitos sedimentares oriundos de processos de fluxo de grão em encosta ocorridos 

principalmente durante este período (TOMAZELLI; VILLWOCK, 2000). 

De acordo com Tomazelli e Villwock (2000) o Sistema Deposicional de Leques 

Aluviais, engloba o conjunto de fácies sedimentares resultantes de processos de 

transporte associados aos ambientes de encosta das terras altas. Ainda os autores 

afirmam que elas incluem, na sua parte mais proximal, depósitos resultantes de 

processos dominantemente gravitacionais como a queda livre de blocos, o rastejo e o 

fluxo de detritos (talus, eluviões e coluviões) e que graduam, na sua porção distal, 

para depósitos transportados e depositados em meio aquoso (aluviões). 

2.3.8 Quaternário (aprox. 2.58 m.a. atrás) 

O Período Quaternário é representado no Rio Grande do Sul pelas Formações 

Chuí e Touro Passo (IBGE, 1986). 

Os afloramentos da Formação Chuí são constituídos por areias quartzosas, 

amarelo-avermelhadas, semi consolidadas (DELANEY, 1965). Esta formação no Rio 

Grande do Sul é fossilífera (DRHEMER; RIBEIRO, 1998). 

A Formação Touro Passo registra depósitos lamíticos (Membro Lamítico) 

composta de arenitos síltico-argilosos e siltito-arenosos no topo e depósitos 

conglomeráticos basais (Membro Rudáceo) (DA-ROSA, 2009; OLIVEIRA; KERBER, 

2009). De acordo com Kerber e Oliveira (2008) a Formação Touro Passo no Rio 

Grande do Sul apresenta registros fósseis. 

 

 



29 

 

Figura 2 - Mapa da delimitação das Formações Geológicas do estado do Rio Grande do Sul 

 

Fonte: Adaptado de Casagrande (2010). 



30 

 

 

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 

3.1 Área de abrangência 

 O estudo foi desenvolvido tendo limites à área do estado do Rio Grande do Sul 

(Figura 3), onde foram considerados os elementos geológicos com potencialidade de 

conter registros fossilíferos (com base em revisão bibliográfica) de diferentes idades.  

Figura 3 - Mapa do estado do Rio Grande do Sul demonstrando a sua localização 
em relação à América do Sul e ao Brasil 

 

Fonte: IBGE (2014). 



31 

 

3.1 Construção do zoneamento-base 

A construção do zoneamento-base das potencialidades fossilíferas do estado 

do Rio Grande do Sul utilizou como referência os dados disponibilizados pelo 

mapeamento geológico da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM), 

(2014).  

Como mapa base, utilizou-se uma releitura daquele apresentado por 

Casagrande (2010) (Figura 2), com compilação das formações geológicas relevantes 

para o estado do Rio Grande do Sul associada aos limites geográficos municipais do 

estado do Rio Grande do Sul disponibilizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e 

Estatística (IBGE) [ano base 2014]. Assim, um novo mapa foi gerado (Figura 4), 

permitindo a integração de dados geomorfológicos e político-administrativos. Como 

unidades geomorfológicas utilizou-se aquelas descritas para a área por Lopes et al. 

(2005): a) Planalto das Araucárias (rochas vulcânicas mesozoicas da Bacia do 

Paraná); b) Depressão Central (rochas sedimentares paleozoicas e mesozoicas da 

Bacia do Paraná); c) Escudo Sul-rio-grandense (rochas ígneas e metamórficas 

paleozoicas); d) Planície Costeira (depósitos sedimentares sequenciais cenozoicos). 

Sobre o mapa geomorfológico além dos limites municipais (Apêndice A) foram 

incluídos os afloramentos fossilíferos cadastrados para o estado do Rio Grande do 

Sul junto à CPRM (2014a). A esta listagem inicial foram acrescentados os registros 

publicados sob a forma de artigos científicos entre os anos de 2006 e 2016 (Figura 5).  

 



32 

 

Figura 4 - Principais Unidades Geomorfológicas e limites municipais do Rio Grande do Sul 

 

Fonte: Adaptado de Lopes et al. (2005). 



33 

 

Figura 5 - Unidades Geomorfológicas, limites municipais e afloramentos fossilíferos do Rio Grande do Sul 

 

Fonte: Adaptado de Lopes et al. (2005). 



34 

 

 Para compor os índices de potencialidade, utilizou-se como ponto de partida a 

relação entre a geologia e geomorfologia, com os afloramentos fossilíferos e ainda os 

municípios de acordo com o número de afloramentos. 

As diferentes localidades com os afloramentos fossilíferos foram ordenadas de 

acordo com a sua idade (do mais antigo para o mais novo) [Apêndice B]. Foram 

considerados na planilha os afloramentos e respectivamente os registros 

paleobotânicos e paleozoológicos destes. Considerando a diferença entre a forma em 

que as localizações dos sítios fossilíferos é disponibilizada nos bancos de dados 

consultados, adaptações foram necessárias para a viabilização dos agrupamentos 

pretendidos. No caso das informações disponíveis na CPRM (2014a), que utiliza 

Datum Sistema de Referência Geocêntrico para as Américas (SIRGAS 2000), 

realizou-se uma transformação para graus decimais. Já no caso das publicações 

científicas, onde as localizações, em sua maioria, não estão relacionadas a um Datum, 

efetuou-se a transformação das informações disponibilizadas para SIRGAS 2000 com 

posterior conversão para graus decimais. Nos casos em que as descrições 

apresentadas não informavam as coordenadas de localização dos sítios, utilizou-se a 

coordenada oficial do município citado como sendo o de ocorrência do fóssil, 

acrescida de 2,0 km a leste (distância por nós definida), nos casos em que havia mais 

de um registro. Optou-se, ainda, por não disponibilizar as coordenadas de localização 

dos afloramentos visando a preservação dos locais de processos de exploração 

indevida. 

Foram excluídos da tabulação [Apêndice B] e do zoneamento-base (Figura 6) 

os registros fossilíferos citados pela CPRM (2014a) cujas referências bibliográficas 

não puderam ser totalmente mapeadas, tendo em vista a impossibilidade de 

confirmação dos dados apresentados. 

De acordo com a geomorfologia e a concentração dos afloramentos fossilíferos, 

foi possível identificar áreas e seus diferentes potenciais. Neste contexto os limites 

municipais serviram para extrapolar as áreas de maior potencial. Este critério foi 

utilizado baseando-se nas regras de conservação. 

A delimitação geográfica de cada área/zona foi estabelecida com base em 

polígonos determinados por nós nomeados como zonas paleontológicas (ZP), sendo 



35 

 

os dados tratados com base no Sistema de Informação Geográfica (SIG), software 

ArqGis. 

Os polígonos gerados foram então agrupados, divididos ou redivididos 

conforme a avaliação de sua articulação com os demais temas analisados, resultando 

em 3 zonas paleontológicas com características próprias (Quadro 1 e Figura 6). 

Quadro 1 - Detalhamento das zonas paleontológicas – ZP1 com alta potencialidade 
fossilífera, – ZP2 com média potencialidade fossilífera e ZP3 com baixa 
potencialidade fossilífera. 

Zona  

Paleontológica 
Característica Descrição Cor 

ZP1 
Zona com alta 
potencialidade 
fossilífera 

Municípios que estão localizados em 
formações geológicas com potencial fóssil e 
possuem ao menos 2 afloramentos 

Vermelha 

ZP2 
Zona com média 
potencialidade 
fossilífera 

Municípios que estão localizados em 
formações geológicas com potencial fóssil e 
possuem ao menos 1 afloramento 

Amarelo 

ZP3 
Zona com baixa 
potencialidade 
fossilífera 

Municípios que estão localizados em 
formações geológicas apropriadas, mas não 
possuem afloramentos registrados 

Marrom 

Fonte: Do autor (2016). 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 



36 

 

Figura 6 - Zonas de potencialidade fossilífera do estado do Rio Grande do Sul – ZP1 com alta potencialidade fossilífera, – ZP2 com 
média potencialidade fossilífera e ZP3 com baixa potencialidade fossilífera 

 
Fonte: Do autor (2016). 



37 

 

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 

A partir da descrição genérica dos principais períodos geológicos associadas 

as respectivas formações do estado do Rio Grande do Sul, se apresenta a definição 

geral dos registros de ocorrências fósseis no estado, utilizada de base para a 

construção do zoneamento. 

4.1 Definição geral das ocorrências Fósseis no Rio Grande do Sul: base 

para construção do zoneamento (resultados) 

O estado do Rio Grande do Sul é reconhecido pelos fósseis de origem 

paleobotânica e paleozoológica encontrados, principalmente no que se refere às 

camadas triássicas (BARBERENA et al., 2002; GUERRA-SOMMER; SCHERER, 

2002, PINHEIRO et al., 2016; SILVA et al., 2008; DA ROSA et al., 2009; DA ROSA et 

al., 2005; DA ROSA et al., 2004; DA ROSA, 2004). Entretanto, estes registros também 

são encontrados tanto em sedimentos mais antigos, bem como em sedimentos 

relativamente mais recentes do Paleógeno (BUCHMANN et al., 2009) e do 

Quaternário (KERBER; OLIVEIRA, 2008); (LOPES et al., 2009). 

4.1.1 Carbonífero  

De acordo com IBGE (1986) o registro fossilífero da Formação Rio do Sul, no 



38 

 

estado do Rio Grande do Sul ocorrem os afloramentos Budó, Acampamento Velho e 

Cambaí Grande, onde foram descritas por Martins (1948) as espécies de 

braquiópodes correspondentes a Lingula budoensis e Orbiculoide amaricaensis. Para 

o afloramento Budó Pinto (1952) citou espículas de esponjas e Dolianiti (1977) 

identificou uma folha de Chiropteris reniformis (IBGE, 1986). No afloramento Cambaí 

Grande ainda Martins (1951) descreveu os moluscos Aviculopecten cambayensis. 

Para o afloramento Acampamento Velho, Rigby (1970) elaborou uma revisão dos 

vegetais fósseis descrevendo Paracalamites autralis, Glossopteris communis, 

Gangamopteris angustifolia, Gangamopteris obovata, Noeggerathiopsis hislopii 

(IBGE, 1986). Ainda o material paleobotânico ocorrente em Guaíba foi estudado por 

Silva e Arrondo (1977) que descrevem: Paracalamites autralis, Gangamopteris 

angustifolia, Glossopteris indica, Gangamopteris buriadica, Noeggerathiopsis 

hisloppii, Cornucarpus patagonicus cujo gênero foi citado pela primeira vez no Brasil 

(IBGE, 1986). 

4.1.2 Permiano 

O Grupo Guatá abrange as Formações Rio Bonito e Palermo, sendo o nome 

do Grupo proposto por Gordon Junior (1947) para denominar o conjunto de camadas 

com plantas fósseis e carvão, sobrepostos ao Grupo Itararé e sotopostos aos 

Folhelhos Irati (LANGE, 1954). 

4.1.2.1 Formação Rio Bonito 

O conteúdo fossilífero da Formação Rio Bonito no estado do Rio Grande do Sul 

é predominantemente paleobotânico, com representação expressiva da flora 

Glossopteris, encontrados nas localidades de Suspiro, São Sepé, São Rafael, Ijuí, 

Arroio dos Ratos, Butiá, Minas do Leão, Pantano Grande, Charqueadas, Hulha Negra 

e Candiota (IBGE, 1986). No afloramento Morro do Papaléo, localizado no município 

de Mariana Pimentel, apresenta registros paleobotânicos de charcoal (DEGANI-



39 

 

SCHMIDT et al., 2015; JASPER et al., 2011; JASPER et al., 2011b) além de microfóssil 

de palinomorfos de origem terrestre (IANNUZZI et al., 2009). Já no afloramento 

Quitéria, localizado em Encruzilhada do Sul, foram registrados fósseis de origem 

paleobotânica representados por charcoal, briófitas e esporos (JASPER, et al., 2008; 

RICARDI-BRANCO et al., 2011; GUERRA-SOMMER et al., 1995). 

O conteúdo fossilífero de afloramentos localizados nos municípios de Candiota, 

entre Minas do Leão, Butiá e Arroio dos Ratos são de origem paleobotânica 

representados por charcoal (JASPER, et al., 2011a; JASPER, et al., 2011b). Ainda em 

afloramentos do município de São Gabriel foram identificados Gangamopteris 

obovata, Marchantites sp., Knorria sp., Sigillaria brardii, Schizoneura gondwanensis, 

Arberia brasiliensis, Glossopteris browniana, Glossopteris indica, Gondwanidium 

plantianum (DOLIANITI, 1948). 

4.1.2.2 Formação Irati 

Na formação Irati ocorrem fósseis de Mesosaurus brasiliensis encontrados no 

cerro das Caveiras, a noroeste de Dom Pedrito. Vestígios de carapaças de crustáceos, 

tronco fóssil Barakaroxylon resiniferous foram descritos por Guerra, (1974) no Passo 

de São Borja, localizado no rio Santa Maria. Ainda um inseto Petromatis rieki descrito 

por Pinto, (1972) além da presença de fragmentos de crustáceos 

Pygocephalomorphos, escamas, dentes de peixes e fragmentos vegetais foram 

identificados na região de Pantano Grande (CUNHA, 1972). 

No município de Pinheiro Machado, a oeste de Pedras Altas, na área da antiga 

estação da estrada de ferro foi registrada a ocorrência de carapaças de crustáceos 

pigocefalomorfos (concreções calcárias) e moldes de peças de esqueletos de 

Mesosaurus brasiliensis (RÖSLER, 1973). Em um afloramento situado no município 

de Bagé foram identificados fósseis de origem paleobotânica caracterizados por parte 

de raízes adventícias de tronco e madeira fóssil (lenho silicificado) (DOHMS, 1976). 

Pessoa (1985), também identificou fósseis paleobotânicos em São Gabriel, de 

Aracnomedulloxylon gabrielensis, Myelontordoxylon glandulifera e 

Scleromedulloxylon batoviense. De acordo com Pretto et al. (2014) em um 



40 

 

afloramento no município de Rosário do Sul foi obtido um registro fóssil paleozoológico 

de dentes.    

4.1.2.3 Formação Rio do Rasto 

O registro fóssil da Formação Rio do Rasto compreende pelecípodos, 

conchostráceos, fragmentos de plantas, restos de anfíbios labirintodontes e polimorfos 

(SCHNEIDER et al.,1974). Em um afloramento no município de São Gabriel há 

registros paleozoológicos representados por anfíbios temnospódilos como do 

quelonomorfo pareiassáurio Provelosaurus americanus (MALABARBA et al., 2003) 

crânio parcial, rostro com dente, órbita, região temporal e quadrado (CISNEROS et 

al., 2005) crânio e mandíbula (BOOS et al., 2016) e dentes (LANGER, 2000). Ainda 

em outro afloramento também no município de São Gabriel há registros 

paleozoológicos representados por coprólitos (DENTZIEN-DIAS, et al., 2011) úmero 

(MARTINELLI et al., 2016), além de registro paleobotânico de charcoal (MANFROI et 

al., 2015). 

De acordo com Cisneros et al. (2005) em um afloramento localizado no 

município de Aceguá identificou crânios. No afloramento Cerro Chato, localizado a 26 

km a noroeste de Dom Pedrito, foi registrada a presença de Lycopodiopsis derbyi e 

Glossopteris sp. (MARTINS; SENA SOBRINHO, 1951). Já Würdig-Maciel (1975) 

descreveu sete tipos de dentes de peixes e as espécies novas de Xenacanthus santosi 

e Orodeus milleri para dentes de peixes, provenientes da localidade de Caveiras, 

município de Dom Pedrito (IBGE, 1986). 

4.1.2.4 Subgrupo Estrada Nova 

Schneider et al. (1974) caracterizaram o conteúdo fossilífero da Formação 

Serra Alta como formado por restos de peixes, pelecípodes, conchostráceos e 

palinomorfos, referindo à Formação Teresina a presença de lamelibrânquios, restos 



41 

 

de plantas e palinomorfos (IBGE, 1986). Também Guerra-Sommer (1977) descreveu 

a espécie nova de Damudoxylon iratiense, correspondente a madeira silicificada, 

proveniente de sedimentos expostos na rodovia BR-153, entre Bagé e Aceguá, 

constituindo o registro de uma nova espécie do gênero Damudoxlyon (Maheshwari, 

1972). 

Ainda raízes adventícias que envolvem o tronco de Psaronius ou Tietea, 

representa, o primeiro registro de um exemplar Maratiales em camadas permianas no 

Rio Grande do Sul, o achado ocorreu em um afloramento situado aproximadamente a 

12 km a sul da cidade de Bagé (DOHMS, 1976). No mesmo afloramento foi coletado 

fragmento de um tronco de gimnosperma de Bageopsitys articulata, assim como a 

espécie nova de Polysolenoxyn bortoluzzi (IBGE, 1986). Ainda Richter et al., (1985) 

identificou Xenacanthus sp. e Ctenacanthus orodus em um afloramento no município 

de Dom Pedrito.   

4.1.3 Triássico 

4.1.3.1 Formação Sanga do Cabral 

A Formação Sanga do Cabral é rica em répteis procolofonídeos, que poderiam 

ter correlação com um intervalo igualmente rico em répteis deste grupo na Bacia do 

Karoo, identificado na parte superior da Zona de associação de Lystrosaurus por 

Neveling (2004) (ZERFASS, 2007). Formas eo-triássicas têm sido progressivamente 

coletadas em níveis conglomeráticos da Formação Sanga do Cabral. Elementos 

faunais identificados (alguns de forma preliminar) são procolofonídeos, 

protorossauros e anfíbios temnospôndilos (BARBERENA et al., 2002). Os registros 

paleozoológicos foram identificados em um afloramento de Mata (DIAS-DA-SILVA et 

al., 2006) e também em Cachoeira do Sul (DIAS-DA-SILVA et al., 2006a). Ainda um 

registro de um crânio foi realizado em um afloramento localizado em São Francisco 

de Assis (PINHEIRO et al., 2016). 

 



42 

 

4.1.3.2 Formação Santa Maria 

A Formação Santa Maria é constituída de fósseis de vertebrados (tecodôncios, 

esfenodontídeos, rincossauros, cinodontes, dicinodontes, dinossauros e peixes), 

invertebrados (conchostráceos e insetos) e vegetais (coníferas) de idade Ladiniana- 

Eonoriana (FACCINI, 1989; SOARES et al., 2008). 

Conforme Silva et al. (2008) a sequência composta pelas formações Santa 

Maria e Caturrita apresenta fósseis de alguns dos dinossauros mais antigos do 

mundo, como o Theropoda Staurikosaurus pricei (Colbert, 1970). Como também 

outros dinossauros encontrados nos últimos anos, tais como os Saurischia Saturnalia 

tupiniquim (LANGER et al., 2007) e Guaibasaurus candelariensis (BONAPARTE et al., 

1999) além de  Sauropodomorpha Unaysaurus tolentinoi (LEAL et al., 2004) e ainda 

o Dinosauriformes Sacisaurus agudoensis (FERIGOLO; LANGER, 2006). As 

ocorrências de pegadas de dinossauros da Formação Santa Maria constituem às 

únicas seguramente identificadas para o Triássico do Rio Grande do Sul (SILVA et al., 

2008). 

Rau (1933) referencia presença de troncos fósseis Araucarioxylon (Dadoxylon) 

no município de Santa Maria. O Scaphonyx fischeri foi o primeiro tetrápode diápsido 

triássico da Formação Santa Maria e constitui-se na primeira indicação da presença 

de uma Paleofauna triássica de tetrápodes na América do Sul (BARBERENA et al., 

2002). A partir trabalho de campo recentemente desenvolvido nos níveis superiores 

da Formação Santa Maria e também nas Camadas Caturrita, duas novas espécies de 

dinossauros foram identificadas, Saturnalia tupiniquim (Langer et al., 1999) e 

Guaibasaurus candelariensis (Bonaparte et al., 1999) (BARBERENA et al., 2002). 

Os primeiros registros de associações vegetais na Bacia do Paraná são 

efetuados por Gordon Jr. e Brown (1952) a partir de espécimes coletados no 

afloramento Passo das Tropas. Neste afloramento conforme Da Rosa et al. (2009) 

foram identificados os gêneros Dicroidium Gothan 1912; Pachypteris Harris 1893, 

Zuberia Szajnocha 1889, Thinnfeldia Ettingshausen 1852, Neocalamites Halle 1908 e 

Baiera Brow 1875. Também Pinto (1956) notifica a presença de algumas impressões 

vegetais fósseis na mesma localidade, identificando estruturas reprodutivas (Sewardia 



43 

 

Bodenbender 1802, Pteruchus Thomas 1933, Stenorachis Nathorst 1908, e 

Samaropsis Goeppert 1964). 

No Sítio Predebon situado no Município de São João do Polêsine foram 

registradas recentemente pegadas e pistas fossilizadas de vertebrados (AZEVEDO et 

al., 1999; SILVA et al., 2007; 2008a; 2008b; 2008c) e icnitos de invertebrados (NETTO, 

2007). Ainda para o mesmo sítio Silva et al. (2011) relata e descreve nove morfotipos 

de pegadas fósseis: Rhynchosauroides sp., Rhynchosauroides retroversipes, 

Rhynchosauroidess p., Marcas de arraste de autopódios, Dicynodontipus sp., 

Dicynodontipus protherioides, Pegadas teromorfóides Incertaesedis, pegadas de 

dinossauros indet. E Grallator sp. 

No Afloramento Piscina localizado no município de São Pedro do Sul foram 

identificados registros paleobotânicos de troncos silicificados (BOLZON et al., 1994) 

registros paleozoológicos de crânio, mandíbula e osso dentário (LANGER; SCHULTZ, 

2000) e vértebras, costelas, úmero, tíbia, escápula, osteodermos (DESOJO et al., 

2012). E no Afloramento Sítio Cortado localizado em Novos Cabrais foram descritos 

registros de holótipo de crânio, vértebras, costelas (REICHEL et al., 2009; DA ROSA 

et al., 2004). O mesmo autor descreveu para o afloramento Rincão do Pinhal, 

localizado em Paraíso do Sul os registros de parátipo de costelas e vértebras. 

4.1.3.3 Formação Caturrita 

A idade da Formação Caturrita é fornecida pelo seu conteúdo fossilífero, que 

consiste em paleotetrápodes, fragmentos vegetais e escamas de peixes. Os 

paleotetrápodes são representados por cinodontes avançados, esfenodontídeos, o 

procolofonídeo avançado Soturniacaliodon, os dinossauros Guaibasaurus 

candelariensise, Sacisaurus agudoensise o dicinodonte Jachaleria candelariensis 

(RUBERT; SCHULTZ, 2004; FERIGOLO; LANGER, 2006). Os fósseis de plantas 

consistem de ramos de Brachyphyllum (tradicionalmente ligados às Araucariaceae) e 

Cyparissidium (tradicionalmente ligados às Podocarpaceae). Também foi encontrada 

uma pinha ou cone de uma Araucariaceae e troncos, com características 

araucarióides (Kaokoxylon zalesski) (DUTRA; CRISAFULLI, 2002;). Ainda é reportada 



44 

 

a ocorrência de lenhos de Taxacea (Sommerxylon spiralosus; Pires, 2003) 

(ROISENBERG et al., 2007). 

De acordo com Guerra-Sommer e Scherer (2002), Santos e Moreira (1987) 

foram cadastrados 17 sítios paleontológicos de madeiras fósseis, todos relacionados 

pelos autores à Formação Caturrita, sendo eles Demétrio Ribeiro; Mata; São Rafael; 

Xiniquá; Passo do Leonel; Carpintaria; Ermida; Antônio Lima; Água Boa; São Pedro 

do Sul; Faxinal; Capeleto; Inhamanda; São João; Serro Alegre; Chácara das Flores e 

Pinhal. Foram consideradas áreas prioritárias para o tombamento: Parque Mata (2,28 

km²), Xiniquá (9,27 km²), Ermida (2,43 km²), Faxinal (1,64 km²) Parque Capeleto (2,40 

km²) e Antônio Dias (1,19 km²). Conforme Zerfass (2007), restos de vertebrados 

fósseis foram encontrados em afloramentos São João do Polêsine. Em Faxinal do 

Soturno são conhecidos os restos fósseis de Brasilodon quadrangularis e 

Brasilitherium riograndensis, ainda num afloramento de Agudo foram identificados 

mandíbula, maxila, escápula, cintura pélvica, fêmur, tíbia e vértebras (FERIGOLO; 

LANGER, 2006), além de úmero, fêmur, vértebras caudais e púbis direita (PRETTO 

et al., 2015). 

4.1.3.4 Arenito Mata 

As “florestas petrificadas” que afloram nas regiões de Mata e São Pedro do Sul 

dentro dos sedimentos do arenito Mata, compõem alguns dos mais importantes sítios 

paleobotânicos da América do Sul (GUERRA-SOMMER; SCHERER, 2002). Ainda de 

acordo com os autores, em afloramentos nas cercanias da cidade de Mata, troncos 

fósseis ocorrem inclusos em depósitos sedimentares do arenito Mata, interpretados 

como barras de canais fluviais. Para Guerra-Sommer et al. (1999) além do Arenito 

Mata as lignitafofloras também encontram se associadas aos estratos da Formação 

Santa Maria, onde são caracterizadas pelo domínio de coníferas, pteridospermas e 

ginkgoales, estando as Coristopermales representadas pelo gênero Rhexoxylon que 

designa essa associação florística. 



45 

 

4.1.4 Jurássico 

4.1.4.1 Formação Guará 

Em um afloramento da localidade de Novo Treviso no município de Faxinal do 

Soturno foram registradas pegadas (SILVA, 2008; SILVA et al., 2007). 

4.1.5 Cretáceo 

4.1.5.1 Formação Botucatu 

Em um afloramento da Formação Botucatu localizado no município de 

Boqueirão do Leão foi identificada a ocorrência de túneis (FRANK et al, 2013). 

4.1.6 Paleógeno 

Para Tomazelli e Villwock (2000) os registros fossilíferos ocorrem em rochas 

de outras idades, as quais serviram de base principalmente para a preservação de 

icnofósseis (paleotocas e crotovinas). De acordo com Buchmann et al. (2009) 

crotovinas foram registradas nos municípios de São José dos Ausentes e Gramado, 

além de crotovinas e paleotocas em Cambará do Sul. 



46 

 

4.1.7 Quaternário 

4.1.7.1 Formação Chuí 

Na Formação Chuí foram registrados pelecípodes descritos nas sondagens de 

Palmares do Sul, invertebrados dos gêneros Balanus e Ostrea, juntamente com 

otólitos e tubos aglutinados de vermes na sondagem de Povo Novo (CLOSS, 1970) 

restos vegetais e mamíferos dos gêneros: Macrauchenia, Toxodon, Haplomastodon, 

Eguns, Hippidion, Tapirus, Blastocerus, Palaeolama, Megatherium, Glossotherium, 

Pampatheirum, Glyptodon, Panochthus, Smilodon, Antifer, Morenelaphus e 

Ozotoceros (IBGE, 1986). Villwock et al. (1980) descreveram a presença de diatomitos 

na fazenda Águas Claras, entre Viamão e a coxilha das Lombas, mencionando a 

presença de gêneros Eunotia sp., Pirunlaria sp. e Navicula sp. (IBGE, 1986). 

As Barrancas do Arroio Chuí contém icnofósseis de moluscos e galerias de 

Callichirus sp. (crustáceo cava-dor, popularmente conhecido por “corrupto”) Lopes et 

al. (2005). Entre os fósseis do arroio Chuí predominam herbívoros de médio a grande 

porte em comparação com carnívoros e pequenos vertebrados. Embora a fauna de 

mamíferos seja a mesma dos depósitos fossilíferos da plataforma continental do Rio 

Grande do Sul, estes depósitos submersos apresentam fósseis de organismos como 

roedores e aves que não têm sido encontrados nos depósitos ali registrados Lopes et 

al. (2005). 

4.1.7.2 Formação Touro Passo 

De acordo com Kerber e Oliveira (2008) a Formação Touro Passo aflora em 

diferentes locais do extremo oeste do Rio Grande do Sul, com destaque para 

Uruguaiana, junto o arroio Touro Passo, sendo seus afloramentos mais importantes: 

Ponte Velha I, Ponte Velha II, Milton de Almeida, Barranca Grande e ainda Confluência 

do Pindaí. Para os afloramentos Ponte Velha I foram registrados Pampatherium 



47 

 

typum, Propraopus cf. P. grandis, Propraopus sp., Holmesinapaulacoutoi, lyptodon cf. 

G. reticulatus, Glyptodon sp., Panochthus sp., Neothoracophorus aff. Elevatus, 

Toxodon sp., Hippidion sp., Tapirus sp., Morenelaphus sp., Hemiachenia paradoxa, 

Lama sp., e Ponte Velha II foram registrados Equus (A.) neogeus, Antifer sp. 

(KERBER; OLIVEIRA 2008). Conforme os mesmos autores para o afloramento Milton 

Almeida foram registrados Tupinambis uruguaianensis, Pampatherium typum, 

Neothoracophorus aff. Elevatus, Hydrochoerus cf. hydrochaeris, Hippidion sp., 

Hemiachenia paradoxa, para o afloramento Barranca Grande foi registrado 

Tupinambis uruguaianensis  e por fim para a Confluência do Pindaí foi registrado 

Propraopus cf. P. grandis. 

A partir dos estudos realizados foram definidas três zonas paleontológicas, que 

se distribuem sobre a superfície do estado do Rio Grande do Sul. Para a composição 

das zonas paleontológicas foram utilizados como base e também analisados diversos 

fatores, de acordo com a metodologia já citada, sendo importante ressaltar a 

concordância entre os mapas utilizados e o mapa final do zoneamento fossilífero aqui 

exposto. 

Todavia foi utilizada como regra geral para delimitação das zonas, a 

conservação, sendo cada zona paleontológica caracterizada de acordo com suas 

particularidades nos parágrafos seguintes. 

4.2 Caracterização das zonas paleontológicas 

4.2.1. Zona Paleontológica 1 (ZP1) 

A Zona Paleontológica 1 (ZP1) (Figura 7) é caracterizada com alta 

potencialidade fossilífera, estando associada a Bacia do Paraná, a partir da 

associação com a Depressão Central (rochas sedimentares paleozoicas e 

mesozoicas) e o Planalto das Araucárias (rochas vulcânicas mesozoicas), que de 

acordo com Casagrande (2010), é a maior bacia Paleozóica da America do Sul. Ainda 

com Planície Costeira (sequências sedimentares cenozoicas) e ao Escudo Sul-



48 

 

riograndense (rochas ígneas e metamórficas paleozoicas) (ROISENBERG et al., 

(2007). 

 

 

 



49 

 

Figura 7 - Delimitação da ZP1 – com alta potencialidade fossilífera – municípios que possuem ao menos 2 afloramentos fossilíferos 

 

Fonte: Do autor (2016). 



50 

 

A ZP1 possui uma área total de 28.732,19 km², abrangendo 55 afloramentos 

fossilíferos (Quadro 2), distribuídos em 13 municípios (Gráfico 1). 

Quadro 2 -Detalhamento dos afloramentos fossilíferos da ZP1, com alta 
potencialidade fossilífera – municípios que possuem ao menos 2 afloramentos 

Número Afloramento Município Formação Fósseis Origem 

1 
Afloramento 

Cambaí 
Grande 

São Gabriel Rio do Sul 
Moluscos - Aviculopectrem 

cambayensis 
Paleozoológico 

2 
Afloramento 

Acampamento 
Velho 

São Gabriel Rio do Sul 

Glosspteris communis, 
Gangamopteris 

angustifolia, 
Gangamopteris obovata 

Paleobotânico 

3 
Barro Alto, 

Grupo Morro 
Pelado  

São Gabriel Rio do Rasto 

Charcoal  Paleobotânico 

Úmero 
Paleozoológico 

Coprólitos 

4 
Afloramento 

Quitéria 
Encruzilhada 

do Sul 
Rio Bonito 

Charcoal e Briófitas 

Paleobotânico 

Folhas, frondes, estruturas 
reprodutivas, esporos 

5 
Cerro das 
Caveiras 

Dom Pedrito Irati Mesosaurus brasiliensis Paleozoológico 

6 
Região de 
Timbaúca 

São Gabriel 

Rio do Rasto 

Ramo mandibular direito 
incompleto, parte do 

crânio e fragmentos pós-
cranianos 

Paleozoológico Rio do Rasto Crânio, mandíbula 

Rio do Rasto Dentes 

Rio do Rasto 
Crânio parcial, rostro com 

dentes, órbita, região 
temporal e quadrado 

7 
Afloramento 
Cerro Chato 

Dom Pedrito Rio do Rasto 
Lycopodiopsis derbyi e 

Glossopteris sp. 
Paleobotânico 

8 Caveiras Dom Pedrito Rio do Rasto 
Dentes de peixes 

Xenacanthus santosi e 
Orodeus milleri  

Paleozoológico 

9 
Rodovia BR-
293, km 258 

Dom Pedrito 
Estrada 
Nova 

Xenacanthus sp.; 
Ctenacanthus orodus 

Paleozoológico 

10 
Estrada São 

Gabriel-Batovi, 
km 17. 

São Gabriel 

Irati 

Aracnomedulloxylon 
gabrielensis; 

Myelontordoxylon 
glandulifera; 

Scleromedulloxylon 
batoviense  

Paleobotânico 

Rio Bonito 

Marchantites sp.; Knorria 
sp.; Sigillaria brardii; 

Schizoneura 
gondwanensis; Arberia 

brasiliensis; 
Gangamopteris obovata; 
Glossopteris browniana;  

11 
Afloramento 

Passo do São 
Borja 

Rosário do 
Sul 

Irati  Dentes Paleozoológico 



51 

 

Número Afloramento Município Formação Fósseis Origem 

12 Sítio Janner Agudo Caturrita  
Úmero, Fêmur, vértebras 

caudais e púbis direita 
Paleozoológico 

13 
Sítio 

Schoenstadt 
Santa Cruz 

do Sul 
Santa Maria  Tíbia, Fêmur, Crânio Paleozoológico 

14 
Rodovia BR-
287, Rincão 
dos Weiss 

Mata 
Sanga do 

Cabral 
Crânio e vértebras Paleozoológico 

15 
Inhamandá / 
Afloramento 

Piscina 

São Pedro 
do Sul 

Santa Maria 

Vértebras, costelas, 
úmero, tíbia, escápula, 

osteodermos  
Paleozoológico 

Crânio,  mandíbula e osso 
dentário 

Paleozoológico 

Troncos silicificados Paleobotânico 

16 

Afloramento 
Chiniquá, 

Rodovia BR-
287, km 306 

São Pedro 
do Sul  

Santa Maria Lenhos Paleobotânico 

17 
Afloramento 
Rincão do 

Pinhal 

Paraíso do 
Sul 

Santa Maria 
Parátipo de costelas e 

vértebras 
Paleozoológico 

18 
Área urbana 
do Município 

de Agudo 
Agudo Caturrita 

Mandíbula, maxila, 
escápula, cintura pélvica, 

fêmur tíbia, vértebras 
Paleozoológico 

19 

Pedreira Adolf 
Kessler na 

localidade de 
Sete Curvas 

Santa Cruz 
do Sul 

Santa Maria  
Fragmento de ossos / 

pegadas, rastros e pistas. 
Paleozoológico 

20 
Venâncio 

Aires 
Venâncio 

Aires 
Santa Maria  Fragmentos de ossos Paleozoológico 

21 
Nas cercanias 

da cidade 
Mata Arenito Mata Troncos silicificados Paleobotânico 

22 
Membro 

Passo das 
Tropas 

Santa Maria Santa Maria 
Paleoflora Paleobotânico 

Esqueletos parciais Paleozoológico 

23 
Cabeceira do 

Raimundo 
Santa Maria 

Fácies 
fluvial, Fm. 
Sanga do 

Cabral 

Elementos desarticulados 
de Procolophon pricei 

Paleozoológico 

24 

Seção-tipo, 
junto ao Arroio 

Passo das 
Tropas 

Santa Maria 
Membro 

Passo das 
Tropas 

Impressões vegetais da 
Flora Dicroidium 

Paleobotânico 

Escamas de peixes, e 
asas de insetos 

Paleozoológico 

25 
Olaria campus 

da UFSM 
Santa Maria 

Membro 
Passo das 

Tropas 

Impressões vegetais da 
Flora Dicroidium 

Paleobotânico 

26 Colégio Militar Santa Maria 
Membro 
Alemoa 

Scaphonyx fischeri Paleozoológico 

27 
Vila Madre 

Paulina 
Santa Maria 

Membro 
Alemoa 

Bioturbações 
verticalizadas 

Paleozoológico 

28 

Fernando 
Ferrari, Largo 

Pe. Daniel 
Cargin 

Santa Maria 
Membro 
Alemoa 

Therioherpeton cargnini Paleozoológico 



52 

 

Número Afloramento Município Formação Fósseis Origem 

29 

Faixa Nova - 
Cerrito I, 

entroncamento 
BR 158 - RST 

287 

Santa Maria 

Membro 
Alemoa + 
Formação 
Caturrita 

Scaphonyx fischeri, 
Stagonolepis sp., 
cinodontes não 

identificados 

Paleozoológico 

30 

Faixa Nova - 
Cerrito II, 

loteamento 
embargado 

Santa Maria 

Membro 
Alemoa + 
Formação 
Caturrita 

Scaphonyx fischeri Paleozoológico 

31 

Faixa Nova - 
Cerrito III, 

entrada antiga  
pedreira 

Santa Maria 
Membro 
Alemoa 

Scaphonyx fischeri, 
Scaphonyx sulcognathus 

Paleozoológico 

32 

Cerro ou 
Sanga da 

Alemoa, jazigo  
4 de Beltrão, 

1965 

Santa Maria 

Contato 
Formação 
Caturrita x 
Membro 
Alemoa 

Scaphonyx fischeri, 
Saturnalia tupiniquin, 
Hoplitosuchus raui, 

Cerritosaurus binsfeldi, 
escamas de peixes 

Paleozoológico 

33 
Área da 

UFSM, jazigo 
5 

Santa Maria 
Membro 
Alemoa 

Staurikosaurus pricei Paleozoológico 

34 
Sanga do 
Armário 

Santa Maria 
Membro 
Alemoa 

Scaphonyx fischeri Paleozoológico 

35 
Vila  dos 

Sargentos 
Santa Maria 

Membro 
Alemoa 

Bioturbações 
verticalizadas 

Paleozoológico 

36 
Cidade dos 

Meninos 
Santa Maria 

Membro 
Alemoa 

Scaphonyx fischeri, 
cinodontes não 

identificados, osteodermas 
de Stagonolepis sp. 

Paleozoológico 

37 Vila Kennedy Santa Maria 
Membro 
Alemoa 

Scaphonyx fischeri Paleozoológico 

38 Vila Caturrita Santa Maria 

Membro 
Alemoa + 
Formação 
Caturrita 

Scaphonyx fischeri Paleozoológico 

39 
Bela Vista, RS  

509 
Santa Maria 

Formação 
Caturrita e 
Membro 

Alemoa na 
base 

Fragmentos cranianos 
indeterminados 

Paleozoológico 

40 

Jardim 
Berleze, sanga 

cruzando 
estrada Pedro 

Santini 

Santa Maria Caturrita Lenhos silicificados Paleobotânico 

41 

BR 158, Posto 
da Polícia 
Rodoviária 

Federal 

Santa Maria Caturrita 
Conchostráceos (cf. 

Katoo, 1971) 
Paleozoológico 

42 

Esc. Est. 
Xavier da 

Rocha, Av.  
Assis Brasil, 

454 

Santa Maria Caturrita 
Lenhos silicificados (cf. 

Bortoluzzi,  1974) 
Paleobotânico 

43 
S Jardim esq 
B Constant 

Santa Maria Caturrita Lenhos silicificados Paleobotânico 



53 

 

Número Afloramento Município Formação Fósseis Origem 

44 Água Negra Santa Maria 

Limite 
municípios 

Santa Maria - 
São Martinho 

da Serra 

Dinossauro 
prossaurópode UFSM 

11069 
Paleozoológico 

45 
Granja 

Palmeiras 
Rosário do 

Sul 
Sanga do 

cabral 

Actinopterygii, 
Tetrapoda,Temnospondyli, 
Archosauromorpha, entre 

outros 

Paleozoológico 

46 
Sítio Linha 
Várzea I 

Paraíso do 
Sul 

Santa Maria 

Dicinodontes - vértebras, 
úmero, Cinodontes - 
elementos cranianos, 

mandibulares, coprólitos; 

Paleozoológico 

47 
Sítio Linha 
Várzea II 

Paraíso do 
Sul 

Santa Maria 

Dicinodontes - vértebras, 
úmero, Cinodontes - 
elementos cranianos, 

mandibulares, coprólitos; 

Paleozoológico 

48 Souza Cruz 
Santa Cruz 

do Sul 
Santa Maria Santacruzodon hopsoni Paleozoológico 

49 
Vila Estância 

Nova 
Venâncio 

Aires 
Santa Maria Santacruzodon hopsoni Paleozoológico 

50 Linha São Luiz 
Faxinal do 
Soturno 

Caturrita 

Soturnia caliodon, 
Cargninia enigmatica, 

Clevosaurus brasiliensis, 
entre outros 

Paleozoológico 

51 
Linha das 

Flores 
Agudo Caturrita 

Sauropodomorpha - 
crânio, pescoço, 

Archosauromorpha - 
elementos axiais 

Paleozoológico 

52 
Localidade de 
Novo Treviso 

Faxinal do 
Soturno 

Guará Pegadas fósseis  Paleozoológico 

53   
Encruzilhada 

do Sul 
Depósitos 

sedimentares 
Crotovinas Paleozoológico 

54 
Na margem da 

Lagoa 
Mangueira 

Santa Vitória 
do Palmar 

  
Mamíferos terrestres; 
Organismos marinhos 

Paleozoológico 

55 
Balneário do 

Hermenegildo 
Santa Vitória 

do Palmar 
  

Fragmento incompleto da 
pré-maxila esquerda 

Paleozoológico Dente incisivo, 
molariforme, pré-molar e 

fragmento dentário 

Fonte: Do autor, (2016). 

 



54 

 

Gráfico 1 - Número de afloramentos fossilíferos por municípios da ZP1 – com alta 
potencialidade fossilífera – municípios que possuem ao menos 2 afloramentos 

 

Fonte: Do autor, (2016). 

A partir das pesquisas realizadas, foi possível constatar que o município de 

Santa Maria é o único do estado do Rio Grande do Sul com 23 afloramentos 

fossilíferos (Figura 8), seguido de São Gabriel com 5 afloramentos, Dom Pedrito com 

4 afloramentos, Agudo, Paraíso do Sul e Santa Cruz do Sul com 3 afloramentos cada, 

Encruzilhada do Sul, Faxinal do Soturno, Mata, Rosário do Sul, Santa Vitória do 

Palmar, São Pedro do Sul e Venâncio Aires, com 2 afloramentos fossilíferos cada. Na 

ZP1 foi constatado o predomínio de registros fósseis paleozoológicos, com 51 

ocorrências, seguidos de registros paleobotânicos, com 17 ocorrências (Gráfico 2). 

Gráfico 2 - Número de registros paleozoológicos e paleobotânicos na ZP1 – com alta 
potencialidade fossilífera – municípios que possuem ao menos 2 afloramentos 
fossilíferos 

  

Fonte: Do autor, (2016). 

Visto os afloramentos e os registros fossilíferos que compõe a ZP1, ressalta-se 

a importância de continuidade da pesquisa, a fim de investigar outras ocorrências 

fósseis. 



55 

 

Figura 8 – Detalhe dos afloramentos fossilíferos do município de Santa Maria – integrante da ZP1 – com alta potencialidade 
fossilífera – municípios que possuem ao menos 2 afloramentos fossilíferos 

 

Fonte: Do autor (2016). 



56 

 

4.2.2 Zona Paleontológica 2 (ZP2) 

A ZP2 (Figura 9) é caracterizada com média potencialidade fossilífera, estando 

associada a Depressão Central, a Planície Costeira pertencente à Bacia do Pelotas, 

ao Escudo Sul-riograndense pertencente ao Embasamento e ao Planalto das 

Araucárias (ROISENBERG et al., (2007). 

 

 

 

 

 

 

 

 



57 

 

Figura 9 - Delimitação da ZP2 – com média potencialidade fossilífera – municípios que possuem ao menos 1 afloramento 
fossilífero 

 

Fonte: Do autor, (2016). 



58 

 

A Zona Paleontológica 2 (ZP2) possui uma área total de 50.425,12 km², 

abrangendo 31 afloramentos fossilíferos (Quadro 3), distribuídos em 31 municípios. 

Quadro 3 - Detalhamento dos afloramentos fossilíferos da ZP2, com média 
potencialidade fossilífera – municípios que possuem ao menos 1 afloramento 

Número Afloramento Município Formação Fósseis Origem 

1 
Afloramento 

Budó 
Lavras do 

Sul 
Rio do Sul 

Escamas e dentes de 
peixes 

Paleozoológico 

Folha de Chiropteris 
reniformis 

Paleobotânico 

2 
Afloramento 

Faxinal 
Guaíba Rio do Sul 

Paracalamites autralis, 
Gangamopteris 

angustifolia, Glosspteris 
indica, Gangamopteris 

buriadica 

Paleobotânico 

3 

Afloramento 
Morro 

Papaleo - 
Mina do 
Faxinal 

Mariana 
Pimentel 

Rio Bonito  

Charcoal  Paleobotânico 

Palinomorfos de origem 
terrestre 

Paleobotânico 
(microfóssil) 

4 
Mina do 
Seival 

Candiota Rio Bonito  Charcoal Paleobotânico 

5 
Mina do 
Recreio 

Entre Minas 
do Leão e 

Butiá 
Rio Bonito  Charcoal Paleobotânico 

6 Faxinal 
Arroio dos 

Ratos 
Rio Bonito Charcoal Paleobotânico 

7 
Rodovia BR-

153  
Bagé Irati 

Parte de raízes 
adventicias de tronco e 
madeira fóssil (lenho 

silicificado) 

Paleobotânico 

8   
Pantâno 
Grande 

Irati 

Crustáceos inteiros e 
articulados 

Pygocephalomorphos, 
escamas, dentes de 

peixes 

Paleozoológico 

9 
Oeste de 

Pedras Altas 
Pinheiro 
Machado 

Irati 
Moldes de peças de 

esqueletos de 
Mesosaurus brasiliensis 

Paleozoológico 

10 
Rodovia BR-

153  
Acegua Irati 

Crânio, escamas e 
crustáceos 

Paleozoológico 

11 
 Afloramento 

Bica São 
Tomé 

São 
Francisco de 

Assis 

Sanga do 
Cabral 

Crânio - 
Temnospondyli, 

Procolophon 
trigoniceps, 

Procolophonoidea, 
Synapsida, 

Archosauriformes 

Paleozoológico 

12 
Próximo a  

Rodovia BR-
153 

Cachoeira 
do Sul 

Sanga do 
Cabral 

Fragmentos de dois 
crânios 

Paleozoológico 

13 
Afloramento 
Sítio Cortado 

Novo 
Cabrais 

Santa Maria  
Holótipo de crânio, 

vértebras, costelas, íleo 
Paleozoológico 



59 

 

Número Afloramento Município Formação Fósseis Origem 

14 

Afloramento 
localizado à 8 

km de 
Candelária  

Candelária 

Santa Maria 
Fragmento do dentário 

esquerdo 

Paleozoológico Caturrita Vértebra, pubis, ísquio 

Santa Maria  Fragmento de ossos 

Caturrita Clavícula 

15 
Afloramento 

Dona 
Francisca 

Dona 
Francisca 

Santa Maria  Restos de dicinodontes Paleozoológico 

16 
Corte de 
estrada 

Formigueiro 
Sanga do 

Cabral 
Restos de vertebrados Paleozoológico 

17 

 Rodovia BR-
471, entre 
Pantâno 

Grande e Rio 
Pardo 

Rio Pardo 
Sanga do 

Cabral 
Pegadas Paleozoológico 

18 
Encosta de 

Morro  
São João do 

Polêsine 

Caturrita  Restos de vertebrados  

Paleozoológico 
Santa Maria  

Pegadas e pistas 
fósseis 

19 Solo Carolina Vera Cruz Santa Maria Santacruzodon hopsoni Paleozoológico 

20 Sinimbuzinho 
Boqueirão 
do Leão 

Botucatu Túneis  Paleozoológico 

21   
São José 

dos 
Ausentes 

Serra Geral  Crotovinas Paleozoológico 

22   
Cambará do 

Sul 
Serra Geral 

Crotovinas e 
Paleotocas 

Paleozoológico 

23   Gramado Serra Geral  Crotovinas Paleozoológico 

24 

Localizada 
nas margens 

da rodovia  
BR-116 

Cristal 
Depósitos 

sedimentares 

Paleotocas 

Paleozoológico 
Paleotocas e crotovinas 

25   Chuvisca 
Depósitos 

sedimentares 
Crotovinas Paleozoológico 

26   Viamão 
Planície 
costeira 

Crotovinas Paleozoológico 

27   
São Lorenço 

do Sul 
Escudo Sul-

Riograndense 
Crotovinas Paleozoológico 

28 

Afloramento 
Salatiel II, à 

margem 
direita da 
Sanga da 

Cruz 

Alegrete   

Materiais osteológicos 
diversos 

Paleozoológico 
Fragmentos de 

plastrão, porção de 
carapaça, osteodermos 

isolados e galhada 

29 
Ponte Velha  I 

e II 
Uruguaiana Touro Passo 

Osteodermo isolado 
incompleto - Fósseis de 

vertebrados 
Paleozoológico 

30 
Próximo à 
lagoa do 

peixe 
Mostardas Chuí Ottokaria byronia Paleozoológico 

31 
Sítio Cerro da 

Tapera 
Quaraí   

Osteodermo de 
Propraopus grandis - 
fragmento de galhada 

direita de 
Morenelaphus sp. 

Paleozoológico 

Fonte: Do autor, (2016). 



60 

 

Para esta zona foi constatado o predomínio de registros fósseis 

paleozoológicos, com 31 registros, seguidos de registros paleobotânicos com 8 

ocorrências (Gráfico 3). 

Gráfico 3 - Número de registros paleozoológicos e paleobotânicos na ZP2 – com 
média potencialidade fossilífera – municípios que possuem ao menos 1 afloramento 
fossilífero 

 

Fonte: Do autor, (2016). 

Os afloramentos e os registros fossilíferos que compõe a ZP2 confirmam a 

necessidade de conservação e também a continuidade da pesquisa, a fim de 

investigar outras ocorrências fósseis. 

0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 4,5

Viamão

Vera Cruz

Uruguaiana

São Lorenço do Sul

São José dos Ausentes

São João do Polêsine

São Francisco de Assis

Rio Pardo

Quaraí

Pinheiro Machado

Panâno Grande

Novo Cabrais

Mostardas

Mariana Pimentel

Lavras do Sul

Guaíba

Gramado

Formigueiro

Entre Minas do Leão e Butiá

Dona Francisca

Cristal

Chuvisca

Candiota

Candelária

Cambará do Sul

Cachoeira do Sul

Boqueirão do Leão

Bagé

Arroio dos Ratos

Alegrete

Acegua

Paleobotânicos

Paleozoológicos



61 

 

4.2.3 Zona Paleontológica 3 (ZP3) 

A ZP3 (Figura 10) é caracterizada com baixa potencialidade fossilífera, estando 

associada à Depressão Central, a Planície Costeira, ao Escudo Sul-riograndense e 

ao Planalto das Araucárias (ROISENBERG et al., (2007). Possui uma área total de 

189.900,24 km², sem registro de afloramentos fossilíferos.  

 

 

 

 

 



62 

 

Figura 10 - Delimitação da ZP3 – com baixa potencialidade fossilífera – municípios que não possuem afloramentos fossilífero 
registrados 

 

Fonte: Do autor (2016). 



63 

 

A classificação de baixo potencial paleontológico para a ZP3, mesmo 

abrangendo áreas de potencialidade fossilífera, reafirma a continuidade da pesquisa, 

a fim de investigar ocorrências fósseis.  

4.3 Compilação dos dados 

A partir da compilação dos dados da planilha dos afloramentos paleontológicos 

do estado do Rio Grande do Sul (Apêndice B), foram contabilizados 86 afloramentos 

fossilíferos, onde há o predomínio acentuado de registros paleozoológicos, com 82 

ocorrências, seguidos de 25 registros paleobotânicos, totalizando 107 registros 

fossilíferos, distribuídos em 44 municípios. O cruzamento dos dados cartográficos das 

3 zonas possibilitou a obtenção do mapa de zoneamento-base das áreas fossilíferas 

do estado do Rio Grande do Sul (Figura 11). 

A finalidade deste mapa é servir de base de consulta e efetivo incremento por 

parte dos diferentes atores envolvidos, principalmente a comunidade acadêmico-

científica e os órgãos fiscalizadores e licenciadores. Além disso, contribuições da 

comunidade em geral, podem servir de base para a prospecção de novas área de 

conservação e preservação, atuando como propulsores de investigações técnico-

científicas. 

 

 

 



64 

 

Figura 11 - Mapa do zoneamento-base das áreas fossilíferas do estado do Rio Grande do Sul 

 

Fonte: Do autor (2016). 



65 

 

5 CONCLUSÕES 

A partir da análise dos resultados e da discussão aqui apresentadas é possível 

concluir que: 

 O estado do Rio Grande do Sul apresenta potencial fossilífero em todo 

o seu território; 

 É possível identificar áreas de alta, média e baixa potencialidade de 

ocorrência deste tipo de registro; 

 A descrição de novas localidades fossilíferas pode alterar o zoneamento-

base proposto, o que não invalida a sua aplicabilidade atual; 

 Não é possível conceber uma zoneamento estanque, sendo o seu 

constante aperfeiçoamento um das suas premissas básicas; 

 Observa-se a necessidade de intensificação de medidas de proteção no 

contexto geral das zonas propostas, mesmo as com menor 

potencialidade fossilífera; 

 É necessária a sistematização dos dados acadêmico-científicos e 

técnicos referentes às ocorrências fossilíferas do estado do Rio Grande 

do Sul para subsidiar o zoneamento-base e viabilizar a sua constante 

atualização; 

Por fim ressalta-se que o estado do Rio Grande do Sul possui muitas riquezas fósseis 

ainda não descobertas, entende-se que trabalhos futuros devem ser seguidos, 

relacionados à continuidade das pesquisas em busca de novos registros, além do 

desenvolvimento de um banco de dados que permita o fácil acesso a informação, bem 



66 

 

como ao lançamento de dados novos, de modo a ser uma fonte atualizada 

permanentemente e com informações confiáveis para a conservação fossilífera.  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 



67 

 

 

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