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UNIVERSIDADE DO VALE DO TAQUARI - UNIVATES 

CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

PROJETO E COMPARAÇÃO ENTRE DOIS SISTEMAS 

FOTOVOLTAICOS EM DIFERENTES ZONAS TARIFÁRIAS DE 

ENERGIA ELÉTRICA 

 

 

 

 

Yuri Weizenmann 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Lajeado, dezembro de 2019



Yuri Weizenmann 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

PROJETO E COMPARAÇÃO ENTRE DOIS SISTEMAS 

FOTOVOLTAICOS EM DIFERENTES ZONAS TARIFÁRIAS DE 

ENERGIA ELÉTRICA 

 

 

 
Monografia apresentada na disciplina de 

Trabalho de Conclusão de Curso II, do 
Curso de Engenharia Elétrica da 

Universidade do Vale do Taquari – Univates, 
como parte dos requisitos para a obtenção 
do título de Bacharel em Engenharia Elétrica 

– semestre 2019/B.  
  

Orientador: Prof. Yuri Solis Stypulkowski 
 

 

 

 

 

 

 

 Lajeado, dezembro de 2019



AGRADECIMENTOS  

Primeiramente, agradeço a minha família pelo apoio e incentivo nesta jornada 

acadêmica de praticamente 10 anos até a tão esperada colação de grau. 

Da mesma forma, agradeço imensamente a minha companheira e agora 

esposa Vanessa, pela grande paciência e palavras de incentivo que me fizeram 

persistir neste meu objetivo durante este longo tempo. 

Agradeço aos meus amigos que me apoiaram e compreenderem todos os 

momentos em que tive que negar algum convite para uma janta ou simplesmente 

para darmos boas risadas. 

Ao meu professor e orientador Yuri Solis Stypulkowski que me direcionou para 

que este trabalho tivesse êxito, além de ser um grande incentivador na área de 

sistemas fotovoltaicos. 

Finalizando, agradeço a Deus pela vida, família, amigos e demais colegas. 



RESUMO 

Este trabalho objetiva identificar a viabilidade técnica e econômica para a 
melhor alocação de recursos entre dois projetos de geração de energia fotovoltaica 
definidos, baseados nas variáveis climáticas, dados das instalações a campo e 

tarifas de energia elétrica para a projeção dos financiamentos, sendo simulados pelo 
software PVSOL. A metodologia proposta resulta numa avaliação sobre qual o 

melhor investimento entre duas instalações de geração solar fotovoltaica distintas, 
sendo uma na zona rural e a outra na zona urbana, onde possuem diferentes tarifas 
de energia elétrica entre si. Ambas as unidades consumidoras sob análise são 

pertencentes ao mesmo consumidor e estão instaladas em área abrangente da 
mesma concessionária. Os dados para as simulações dos financiamentos foram 

coletados pessoalmente em três instituições bancárias, no mesmo Município onde 
as instalações estão alocadas. Por fim, este trabalho conclui como sendo a área 
urbana a melhor localização para a instalação do sistema fotovoltaico, utilizando 

como métrica o Payback composto. 
 

Palavras-chave: Análise financeira de projetos. Energia solar fotovoltaica. Projeto 

fotovoltaico. Viabilidade. 



ABSTRACT 

This research aims to identify the technical and economic feasibility for the 

best allocation of resources between two defined photovoltaic power generation 

projects, based on climate variables, data from field installations and electricity tariffs 

for projection of financing, being simulated by the software PVSOL. The proposed 

methodology results in an evaluation of what is the best investment between two 

different photovoltaic solar generation facilities, one in the rural area and the other in 

the urban area, where they have different rates of electricity between them. Both 

consumer units under analysis belong to the same consumer and are installed in a 

wide area of the energy provider. Data for financing simulations were collected 

personally at three bank institutions in the same city where the installations are 

located. Finally, this research concludes that the urban area is the best location for 

the installation of the photovoltaic system, using the composite Payback as a metric.

  

Keywords: Financial projects analysis. Photovoltaic solar energy. Photovoltaic 

project. Viability.



LISTA DE ILUSTRAÇÕES 

LISTA DE FIGURAS 

 

Figura 01 – Radiação solar sobre sistemas fotovoltaicos .............................................. 18 
Figura 02 – Efeito fotovoltaico na junção p-n ................................................................... 21 

Figura 03 – Sistema fotovoltaico conectado a rede ........................................................ 22 
Figura 04 – In versor auto-comutado por PWM ............................................................... 23 

Figura 05 – Inversor comutado pela rede ......................................................................... 24 
Figura 06 – Exemplo do MPPT rastreado em um sistema fotovoltaico ....................... 25 
Figura 07 – Camadas construtivas de um módulo fotovoltaico..................................... 26 

Figura 08 – Curva I x V sob influência da temperatura em uma célula ....................... 30 
Figura 09 – Comportamento da curva I - V para resistência série variante ................ 31 

Figura 10 – Comportamento da curva I - V para resistência shunt variante ............... 31 
Figura 11 – Operação de um diodo by-pass .................................................................... 32 
Figura 12 – Curvas I x V para a ligação das células ....................................................... 34 

Figura 13 – Caixa de junção com conectores macho e fêmea ..................................... 35 
Figura 14 – Energia gerada aos sistemas de movimentação dos eixos  ..................... 36 
Figura 15 – Fluxograma sobre a metodologia proposta ................................................. 46 

Figura 16 – Fluxograma sobre os projetos a serem analisados ................................... 47 
Figura 17 – Alocação dos módulos sobre o telhado ....................................................... 47 

Figura 18 – Tela do projeto preliminar no software Pvsyst ............................................ 48 
Figura 19 – Fluxograma da análise financeira dos sistemas......................................... 49 
Figura 20 – Telhado de fibrocimento para fixação dos módulos na área rural........... 55 

Figura 21 – Esquema elétrico da instalação PV na linha rural...................................... 55 
Figura 22 – Simulação solar na zona rural, às 06:10 horas do dia 1º de janeiro  ....... 56 

Figura 23 – Simulação solar na zona rural, às 17:00 horas do dia 16 de agosto  ...... 56 
Figura 24 – Temperatura mensal simulada para os módulos ....................................... 57 
Figura 25 – Radiação solar por área dos módulos.......................................................... 58 

Figura 26 – Telhado cerâmico para fixação dos módulos na área urbana ................. 59 
Figura 27 – Esquema elétrico da instalação PV na linha urbana ................................. 59 

Figura 28 – Simulação solar na zona urbana, às 06:50 horas do dia 17 de janeiro .. 60 
Figura 29 – Simulação solar na zona urbana, às 15:40 horas do dia 08 de junho  .... 60 
Figura 30 – Projeção de sombra sobre os módulos, telhado superior......................... 61 

Figura 31 – Projeção de sombreamento sobre os módulos, telhado inferior  ............. 61



Figura 32 – Temperatura mensal simulada para os módulos ....................................... 62 

Figura 33 – Radiação solar por área dos módulos.......................................................... 63 
Figura 34 – Orçamento 01 para área urbana ................................................................... 65 

Figura 35 – Orçamento 02 para área urbana ................................................................... 65 
Figura 36 – Orçamento 01 para área rural, com sistema nacionalizado ..................... 66 
Figura 37 – Orçamento 02 para área rural ....................................................................... 66 

Figura 38 – Orçamento inversor extra, considerado no projeto  .................................... 67 
Figura 39 – Simulação com mesmo telhado fixação para ambas as áreas................ 73 

 
 

 

LISTA DE GRÁFICOS 

 

 

Gráfico 01 – Projeção microgeradores 2017-2024.......................................................... 39 
Gráfico 02 – Redução dos custos com o aumento da capacidade instalada ............. 40 

Gráfico 03 – Tarifa convencional aplicada........................................................................ 52 
Gráfico 04 – Radiação solar média para o Município de Arroio do Meio-RS ............. 52 
Gráfico 05 – Temperatura ambiental média mensal no Município de Lajeado .......... 54 

Gráfico 06 – Retorno sobre os investimentos para as duas áreas ............................... 71 
Gráfico 07 – Payback sobre variação de dados no projeto ........................................... 72 



LISTA DE TABELAS 

Tabela 01 – Consumo de energia das duas unidades consumidoras ......................... 51 
Tabela 02 – Financiamentos bancários para sistemas fotovoltaicos ........................... 64 
Tabela 03 – Valores a financiar entre bancos conforme o tipo de consumidor.......... 67 

Tabela 04 – Financiamento urbano pelo banco A – Orçamento 02 ............................. 69 
Tabela 05 – Financiamento rural pelo banco B – Orçamento 02 ................................. 70 



LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 

ABNT  Associação Brasileira de Normas Técnicas 

ABREME Associação Brasileira de Revendedores e Empresas de Materiais 

Elétricos 

AM  Massa do ar 

ANEEL Agência Nacional de Energia Elétrica 

Ap  área do módulo 

a-Si  Silício Amorfo 

 BNDES Banco Nacional do Desenvolvimento 

c  Velocidade da luz 

CA  Corrente Alternada 

CC  Corrente Contínua 

CdTe  Tolureto de Cádmio 

CIGS  Disseleneto de Cobre, Índio e Gálio 

CNPJ  Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica 

CO2  Dióxido de Carbono 

CPF  Cadastro de Pessoa Física 

CRESEB Centro de Referência  para Energia Solar e Eólica Sérgio de Salva 

Brito 

ddp  Diferença de Potencial 

EG  Energia de Gap 

EPE  Empresa de Pesquisa Energética 

eV  elétron Volt 

EVA  Acetado-vinilo de etileno, ou Ethylene Vinyl Acetate 



      9 

FINAME Financiamento de Máquinas e Equipamentos 

FV  Fotovoltaico 

GD  Geração Distribuída 

GW  Gigawatt 

h  Constante de Planck 

I  Corrente elétrica 

Imp  Corrente de Máxima Potência 

INMETRO Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia 

Isc  Corrente de Curto-Circuito 

IxV  Corrente versus Tensão 

J  Joule 

kW  Quilowatt 

m  Metro 

m²  Metro-quadrado 

MME Ministério de Minas e Energias 

MPPT Ponto Seguidor de Máxima Potência, ou Maximum Power Point 

Tracking 

MW  Megawatt 

MWp  Megawatt pico 

NT  Norma Técnica 

PMP  Máxima Potência de Pico do Módulo 

p-n  Positivo-Negativo 

PWM Controle de Modulação por Largura de Pulso, ou Pulse Width 

Modulation 

s  Segundo 

SFCR  Sistema Fotovoltaico Conectado à Rede 

Si  Silício 

SiO2  Dióxido de Silício 

STC  Condição Padrão de Teste 

TWh  Terrawatt-hora 

UV  Ultra-violeta 

V  Tensão elétrica 

Vca  Tensão em Corrente Alternada 

Vcc  Tensão em Corrente Contínua 

 



      10 

Vco  Tensão de Circuito Aberto 

Vmp  Tensão de Máxima Potência 

Wp  Watt-pico 

W/m²  Watt dividido por metro quadrado 

𝛈  Eficiência do Módulo 

  Comprimento da Onda de Fóton 

 



SUMÁRIO 

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 13 
1.1 Definição do problema................................................................................................ 14 
1.2 Delimitação do estudo ................................................................................................ 14 

1.3 Objetivos ........................................................................................................................ 15 
1.3.1 Objetivo geral............................................................................................................. 15 

1.3.2 Objetivos específicos .............................................................................................. 15 
1.4 Justificativa do estudo ............................................................................................... 16 
 

2 REFERENCIAL TEÓRICO .............................................................................................. 17 
2.1 Radiação Solar .............................................................................................................. 17 

2.2 Efeito fotovoltaico ........................................................................................................ 19 
2.3 Inversores ...................................................................................................................... 21 
2.3.1 Inversores auto comutados ................................................................................... 23 

2.3.2 Inversores comutados pela rede .......................................................................... 23 
2.3.3 Dispositivos MPPT nos inversores ...................................................................... 24 

2.4 Módulos fotovoltaicos ................................................................................................ 25 
2.4.1 Características elétricas dos módulos fotovoltaicos ..................................... 28 
2.4.2 Efeitos da temperatura e radiação solar na geração de energia  ................. 29 

2.4.3 Efeitos das resistências série e shunt em células fotovoltaicas................. 30 
2.4.4 Diodo de desvio (by-pass)...................................................................................... 32 

2.4.5 Eficiência do módulo ............................................................................................... 32 
2.4.6 Interligação elétrica das células ........................................................................... 33 
2.5 Interligação do sistema fotovoltaico ...................................................................... 34 

2.6 Rastreadores solares .................................................................................................. 36 
2.7 Normas técnicas atuais em vigor, voltadas a energia fotovoltaica  ............... 37 

2.8 Evolução das instalações fotovoltaicas ................................................................ 38 
2.9 Análise do investimento............................................................................................. 39 
2.9.1 Juros ............................................................................................................................ 41 

2.10 Tarifação de energia elétrica .................................................................................. 42 
2.10.1 Classificação de consumidores ......................................................................... 43 

 
3 METODOLOGIA ................................................................................................................ 45 



4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS................................................ 50 

4.1 Projetos........................................................................................................................... 50 
4.1.1 Projeto na área rural ................................................................................................ 54 

4.1.2 Projeto na área urbana ............................................................................................ 58 
4.2 Análise de Payback ..................................................................................................... 63 
4.3 Resultados ..................................................................................................................... 71 

4.4 Análise de sensibilidade ............................................................................................ 72 
4.5 Discussões finais ......................................................................................................... 74 

 
REFERÊNCIAS..................................................................................................................... 75 
 

APÊNDICES .......................................................................................................................... 79 
Apêndice A – Financiamento urbano pelo banco A – Orçamento 01................... 80 

Apêndice B – Financiamento rural pelo banco B – Orçamento 01 ....................... 81 
 
ANEXOS ................................................................................................................................ 82 

Anexo A – Ficha técnica inversor Weg ......................................................................... 83 
Anexo B – Ficha técnica módulo BYD .......................................................................... 84 

Anexo C – Ficha técnica inversor SMA ........................................................................ 85 
Anexo D – Simulação do rendimento de energia gerada na área urbana ........... 86 
Anexo E – Simulação do rendimento de energia gerada na área rural ............... 87 

Anexo F – Simulação dos resultados por abas do telhado, área urbana  ........... 88 
Anexo G – Curva da potência na área urbana, dia 01/01 às 12:00 horas ............ 89 

Anexo H – Curva da potência na área rural, dia 01/01 às 12:00 horas ................. 90 
Anexo I – Simulação da vista geral para área urbana .............................................. 91 
Anexo J – Espectograma da radiação no plano horizontal, área urbana  ........... 92 

Anexo K – Espectograma da radiação no plano horizontal, área rural ............... 93 



      13 

1 INTRODUÇÃO 

Com o aumento no consumo de energia elétrica, demandado pelo 

crescimento populacional, aquecimento econômico, novas tecnologias e substituição 

de mão de obra por máquinas, o Brasil tem requerido uma maior quantidade de 

geração de energia elétrica. Nos últimos 40 anos, nosso país registrou um 

crescimento anual de 3% no consumo final de energia proveniente de fontes 

hidráulicas, sendo entre 1975 e 2005 uma evolução na potência instalada de 13,724 

GW para quase 69 GW. Para o ano de 2030 há estimativas de consumo de energia 

elétrica variando entre 950 e 1.250 TWh/ano, bem superior a situação atual de 405 

TWh (BRONZATTI, 2008).  

Segundo Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), quase todas as 

fontes de energia (hidráulica, biomassa, eólica, combustíveis fósseis e energia dos 

oceanos) indiretamente são energias obtidas do sol. Além disso, a radiação solar 

pode ser utilizada diretamente como fonte de energia térmica e também pode ser 

transformada em energia elétrica, por meio de certos materiais, entre os quais se 

destacam o termoelétrico e o fotovoltaico. A geração fotovoltaica é um dos 

processos de aproveitamento da energia solar mais utilizados no momento atual e 

no Brasil, sendo mais encontrado nas regiões Norte e Nordeste.  

Considerada extremamente abundante, renovável e uma energia limpa, a 

energia solar fotovoltaica se torna uma fonte sustentável de energia, pois é livre de 

emissão de partículas como carbono e enxofre, reduzindo assim a emissão de CO2 

na natureza e contribuindo para a diminuição do efeito estufa. O primeiro 

experimento sobre o efeito fotovoltaico ocorreu no ano de 1983, por meio do físico 



      14 

francês Alexandre Edmond Becquerel. Porém, a primeira célula solar foi 

apresentada formalmente em uma coletiva de imprensa no ano de 1954, em 

Washington, durante a reunião anual da National Academy of Sciences (PORTAL 

SOLAR, 2016). 

O financiamento bancário para instalações de sistemas geradores de energia 

solar fotovoltaica é uma alternativa para quem idealiza instalar esta tecnologia em 

sua residência, e não possui recursos próprios para um investimento à vista. Visto 

isso, atualmente as instituições bancárias têm disponibilizado e melhorado as linhas 

de crédito para esta finalidade, de forma a atrair cada vez mais clientes. Contudo, 

para que estes financiamentos se idealizem, é necessário elaborar bons projetos das 

instalações no intuito de se reduzir o tempo de retorno sobre os investimentos. 

 

1.1 Definição do problema 

Diante de um cenário cada vez mais preocupante com relação ao meio 

ambiente, a busca pelo desenvolvimento sustentável  através de alternativas que 

estimulem o crescimento econômico, mas que não tenham impacto ambiental está 

cada vez mais em evidência e diretamente ligada a energia solar fotovoltaica. 

Segundo os autores Villalva e Gazoli (2013), a energia solar fotovoltaica é 

considerada uma fonte de energia renovável e limpa e que cujo crescimento vem 

sendo constante no mundo. Paralelo a isso, faz-se necessário elaborar projetos para 

suprir esta demanda, estudos e análises para verificar qual o melhor local de 

instalação desses projetos e consequentemente qual a sua rentabilidade. 

 

1.2 Delimitação do estudo 

 O presente estudo delimitou-se em projetar e analisar dois projetos de 

Energia Solar Fotovoltaica, sendo um da zona urbana e outro da zona rural, 

identificando assim, qual projeto apresentou o resultado mais viável. 

A pesquisa está relacionada com a área de engenharia elétrica e a mesma foi 

realizada na cidade de Arroio do Meio por meio de pesquisa bibliográfica, análise 



      15 

dos financiamentos ofertados por três agências bancárias locais e a elaboração de 

dois projetos por meio do software PVSOL. 

Dessa maneira, no primeiro capítulo, com embasamento bibliográfico em 

autores das áreas de Engenharia e Administração, serão apresentados assuntos 

que inserem o leitor ao assunto em questão. No capítulo da metodologia foram 

apresentados os métodos utilizados para esta pesquisa demonstrando cada passo 

para o desenvolvimento no capítulo a seguir. Logo após, é apresentado o capítulo da 

apresentação e resultados, incluindo as discussões finais deste trabalho. 

 

1.3 Objetivos 

A seguir estão descritos o objetivo geral e os objetivos específicos da 

presente pesquisa. 

 

1.3.1 Objetivo geral 

Este estudo é baseado na elaboração de dois projetos de geração de energia 

solar fotovoltaica nas zonas urbana e rural, com diferentes tarifações da energia 

elétrica aplicadas pela mesma distribuidora, porém com o mesmo consumo de 

energia e com distintos programas de financiamentos destinados a cada uma destas 

zonas.  

Diante desses dois projetos, o principal objetivo deste estudo é analisar e 

posteriormente identificar o projeto que apresentará o menor tempo de retorno e 

consequentemente a melhor alocação de recursos através da métrica do payback 

composto. 

 

1.3.2 Objetivos específicos 

Assim, para obter a resposta do objetivo principal deste estudo, será 

necessário obter as respostas para os objetivos específicos a seguir: 



      16 

 Identificar os ângulos dos telhados para a instalação dos módulos 

fotovoltaicos; 

 Analisar a intensidade da radiação solar, a temperatura do ambiente e a 

latitude e longitude do local; 

 Verificar o custo das instalações e as tarifas de energia elétrica para uma 

máxima eficiência dos sistemas; 

 Identificar os recursos financeiros existentes para a viabilidade do negócio.  

 

1.4 Justificativa do estudo 

O aumento significativo do consumo de energia elétrica e a necessidade de 

buscarmos cada vez mais sistemas não invasivos, economicamente viáveis e 

ambientalmente corretos, justificam o estudo em questão. Apesar das iniciativas a 

respeito ainda serem em pequena escala, o resultado obtido com relação à 

preservação ambiental utilizando energia solar fotovoltaica, é muito relevante.  

Além disso, o estudo possui grande importância acadêmica, uma vez que 

contribui com a construção científica relacionada à área, fornecendo informações de 

base para outros estudos. É de extrema valia tornar público o conhecimento e as 

formas de aproveitar melhor, e de forma sustentável, o potencial energético existente 

no país, servindo de base para todas as pessoas interessadas em viabilizar um 

projeto relacionado à energia solar fotovoltaica. 

Este estudo se justifica ainda, que o resultado da grande importância no 

aprendizado do acadêmico foi devido à intensificação necessária de seus estudos na 

área, aliado aos projetos e as analises, além de proporcionar a oportunidade de pôr 

em prática, uma parte da teoria vista em aula. 

Inicialmente, para que seja possível um estudo detalhado e a exata 

elaboração dos projetos, é necessário um estudo bibliográfico e, portanto, no 

capítulo a seguir, será apresentado um referencial teórico que abrange assuntos e 

temas de grande importância para o assunto abordado.  



      17 

2 REFERENCIAL TEÓRICO 

Neste capítulo será apresentada a base teórica, a partir das ideias de autores, 

para oferecer as informações necessárias para a análise entre os dois projetos 

propostos. Sendo assim, este referencial irá corroborar a maneira como a energia 

solar fotovoltaica é transformada, os equipamentos para a obtenção da mesma, a 

situação atual no mercado e os dados para a elaboração de uma análise financeira 

dos sistemas propostos. 

 

2.1 Radiação Solar 

Todo o ano o sol transmite a atmosfera terrestre, cerca de  TWh de 

energia. Valor muito relevante se comparado ao consumo mundial de energia 

elétrica neste período, pois corresponde a 10.000 vezes sobre o mesmo (CRESESB, 

2008). 

De toda a radiação dissipada pelo sol, apenas 46% incide na atmosfera 

terrestre. Após chegar a atmosfera, parte dela incide sobre as nuvens, sendo 

absorvida e novamente refletida pelas mesmas. A outra parcela que não incide 

sobre as nuvens, é difundida por aerossóis, absorvida por gases atmosféricos e 

apenas uma pequena quantia ao final chega ao solo terrestre, que ainda por sua vez 

acaba refletindo uma fração ao espaço (TORRES; MACHADO, 2008). A natureza e 

o tamanho do material ao qual a onda de energia intercede e também o próprio 



      18 

comprimento desta onda de energia transportada, determinam se a irradiação será 

refletida de volta, espalhada ou absorvida. 

Conforme figura abaixo é possível compreender ilustradamente como a 

radiação solar se dissipa na atmosfera terrestre. 

Figura 01 – Radiação solar sobre sistemas fotovoltaicos 

 

    Fonte: Viana (2011). 

O autor Vieira (2018), explana as radiações solares conforme abaixo e além 

das três apontadas na figura acima, ele cita ainda a radiação solar global, como a 

que contempla a soma das radiações solares difusa, direta e refletida. 

 Radiação solar difusa: radiação indiretamente recebida pelo sol, resultante 

do ato da difração nas nuvens, poeiras em suspensão, nevoeiro e demais partículas 

que estão na atmosfera terrestre. 

 Radiação solar direta: radiação diretamente recebida pelo sol por meio dos 

raios solares. 

 Radiação solar refletida: radiação proveniente da reflexão no solo e nos 

objetos circundantes. 

 

 



      19 

2.2 Efeito fotovoltaico 

O efeito fotovoltaico é caracterizado pelo surgimento de uma ddp entre os 

terminais dos semicondutores quando estes são expostos à radiação 

eletromagnética do sol. Isso acontece porque esses semicondutores possuem a 

capacidade de captar a energia contida nos fótons presentes na radiação luminosa 

incidente, resultando em eletricidade. As ligações químicas entre as moléculas 

presentes neste semicondutor são quebradas por meio desta energia retida. No final, 

toda esta transformação libera cargas elétricas, que poderão ser utilizadas para a 

realização de trabalho (ZILLES, 2012). 

Os autores Villalva (2013) e Zilles (2012) explicam que na maioria das vezes, 

por ser economicamente mais viável, mas não de forma exclusiva, uma célula 

fotovoltaica é composta pela união de duas camadas de material semicondutor, 

sendo uma do tipo P e outra do tipo N. O semicondutor N possui em sua molécula 

um excedente de elétrons na banda de valência, sendo este material negativo. O 

semicondutor P apresenta falta de elétrons, sendo este o material positivo.  

Conforme Braga (2008) e Kalogirou (2016), a banda de valência é a faixa de 

menor energia onde os elétrons estão fracamente ligados ao núcleo, e a banda de 

condução é a faixa de maior energia onde os elétrons estão livres para circular pelo 

material semicondutor. A definição se o material será um condutor, semicondutor ou 

isolante, deriva da energia de gap, dada em eV. Quando a EG é extremamente alta, 

aproximadamente 6 eV, define-se como o material sendo isolante, impedindo os 

elétrons de circularem da banda de valência, de menor energia, para a banda de 

condução, de maior energia. Os semicondutores por sua vez, tem sua EG inferior a 

3 eV, sendo esta a razão na facilidade de circulação dos elétrons entre as duas 

bandas. 

Segundo Zilles (2012), os materiais semicondutores escolhidos para a 

fabricação das células são definidos com base na equivalência de suas 

características de absorção da radiação eletromagnética e os custos de fabricação. 

Este semicondutor escolhido, que geralmente é composto por Si, tem suas 

propriedades dopadas, modificadas por adição de impurezas químicas (fósforo e 

boro). Esta dopagem com boro, elemento trivalente, acarreta no surgimento de 



      20 

cargas positivas (lacunas), e a dopagem com fósforo, elemento penta valente, 

acarreta no surgimento de cargas negativas (elétrons livres). Com a transformação 

do semicondutor em duas regiões, P com a banda de valência e N com a banda de 

condução, forma-se uma terceira região centralizada entre estas duas, denominada 

de junção p-n. Esta terceira região é oriunda do grande número de íons (positivos e 

negativos) deixados para trás durante o fluxo de elétrons e lacunas que trafegam 

entre as regiões p e n. A junção p-n por sua vez, cria um campo elétrico interno, 

resultando na conversão fotovoltaica. 

Zilles (2012) complementa que toda radiação eletromagnética possui 

partículas denominadas de fótons, carregadas de energia EF. A EF varia 

inversamente com o comprimento da onda eletromagnética e também depende das 

características espectrais de sua fonte, sendo comprovado pela equação abaixo. 

               (1) 

 

 

Concluindo o parágrafo anterior, sendo a energia expressa em elétron-volt 

 e o comprimento da onda geralmente em micrômetro, 

deduzimos a expressão de conversão como sendo: 

.           (2) 

Na figura a seguir pode-se observar o efeito fotovoltaico realizado a partir de 

raios de luz solar na junção p-n. 

 

 



      21 

Figura 02 – Efeito fotovoltaico na junção p-n 

 

Fonte: Cresesb (2018). 

 

2.3 Inversores 

O autor Goetzberger e Hoffman (2005) explica que, quando é necessário 

fornecer energia a cargas de corrente alternada, ou quando o sistema fotovoltaico 

deverá fornecer energia à rede pública de distribuição de energia elétrica, se faz o 

uso de um “conversor de corrente contínua para corrente alternada” chamado de 

inversor autônomo, para alimentar diretamente às cargas em corrente alternada, e 

interativo, quando interligado à rede elétrica. Um inversor é um componente que 

recebe na sua entrada a corrente contínua proveniente das baterias ou do arranjo 

fotovoltaico, e fornece na sua saída a corrente alternada que alimentará as cargas 

instaladas. O autor salienta ainda que o inversor é de suma importância para a 

instalação de um sistema fotovoltaico, considerado o “mentor do sistema”. Dentre os 

modelos disponíveis no mercado, alguns são mais específicos para determinadas 

aplicações, sendo fundamental um bom projeto para o correto dimensionamento 

deste equipamento. São responsáveis por aproximadamente 23% dos problemas 

operacionais e 19% do custo total do SFCR. Por eles passam todo o fluxo de 

potência, estando incumbidos de determinar uma maior eficiência do sistema. 



      22 

No SFCR o inversor pode ser monofásico ou trifásico. Também é frequente a 

utilização de inversores monofásicos em sistemas trifásicos, sendo dimensionados e 

instalados de forma a manter um equilíbrio entre as fases. 

 Na figura 03 podemos verificar um sistema PV conectado a rede com 

inversores monofásico e trifásico. 

Figura 03 – Sistema fotovoltaico conectado a rede 

 

Fonte: Costa (2010). 

As características principais dos inversores devem sempre ser fornecidas 

pelos fabricantes. O autor Villalva (2013) cita os inversores abaixo:  

 Potência nominal: em condições normais de operação, será a potência que 

o inversor poderá oferecer; 

 Potência máxima: em determinada condição de operação, durante um curto 

intervalo de tempo, o inversor irá oferecer uma potência acima da nominal a fim de 

suprir estas sobrecargas, especialmente com a partida de motores elétricos 

inseridos na rede. 

O princípio operacional dos inversores pode ser da forma auto comutados ou 

da forma comutados pela rede. 

 

 



      23 

2.3.1 Inversores auto comutados 

Dependendo do desempenho e dos níveis de tensão do sistema, os 

inversores são constituídos de componentes semicondutores de potência como os 

tiristores (SCR, TRIAC ou GTO) ou os transistores (BJT, MOSFET e IGBT), sendo 

colocados em estado de bloqueio ou de condução por meio de um sinal de controle, 

resultando na conversão de tensão Vcc para Vca e vice-versa. Estes dispositivos 

propiciam uma representação da onda senoidal, devido a PWM (COSTA, 2010; 

PINHO, 2014).  

Estes inversores operam pelo modo de PWM, concedendo um bom controle 

do valor de tensão de saída e da forma de onda. Quando são conectados a rede, 

fornecem impulsos de disparo dos comutadores eletrônicos em compatibilidade com 

a frequência fundamental da rede. 

Figura 04 – Inversor auto-comutado por PWM 

 

Fonte: Costa (2010). 

 

2.3.2 Inversores comutados pela rede 

O inversor comutado pela rede, segundo Pinho (2014), é basicamente 

constituído de uma ponte comutada de tiristores, ou seja, o circuito de potência 

controla a troca do estado de condução para o estado de corte. Isso pois o 

dispositivo, quando em condução, é levado ao corte no instante em que a corrente 

que flui através dele for inferior a corrente de manutenção de condução, ou no caso 

de haver uma inversão de polaridade entre catodo e anodo. 



      24 

Cada par de tiristor recebe alternadamente um impulso, em sincronismo com 

a frequência da rede. Como os tiristores apenas comutam para o estado de 

condução, e por não conseguirem se desligar, a tensão da rede precisa intervir para 

forçar os mesmos a passarem ao estado de bloqueio (comutação). Se porventura 

ocorrer um colapso na rede, o inversor automaticamente se desliga. Com essas 

condições são criadas correntes de onda quadrada, designando assim os inversores 

como inversores de onda quadrada (PORTAL ENERGIA, 2004). 

Pinho (2014) complementa afirmando que esta baixa qualidade da corrente 

de saída e tensão, proveniente da quantidade alta de harmônicos e seu subsequente 

aumento no consumo de potência reativa, fazem com que em uma instalação com 

este tipo de inversor seja utilizado filtragens complexas e sistemas de compensação, 

onerando assim o sistema. Com o surgimento das novas tecnologias, a utilização 

destes inversores está ficando restrita a unidades de potência elevada (maior que 

100 kW) e a sistemas de acionamento de motores elétricos de grande porte. 

Figura 05 – Inversor comutado pela rede 

 

Fonte: Costa (2010). 

 

2.3.3 Dispositivos MPPT nos inversores 

Os inversores com MPPT realizam a busca pela máxima potência que o 

sistema fotovoltaico possa gerar, ou seja, executam a modulação sobre a corrente 

elétrica e a sua tensão de saída, levando em consideração a tensão gerada pelos 



      25 

módulos fotovoltaicos e a mesma que realmente é necessária para o sistema, 

através da curva I x V. 

Figura 06 – Exemplo do MPPT rastreado em um sistema fotovoltaico 

 

           Fonte: Portal Solar (2019). 

Fabricantes de inversores e/ou controladores de carga (sistema off-grid), 

classificam seus produtos no mercado fotovoltaico pela quantidade de entradas 

MPPT, sendo de simples ou de múltiplas entradas. O inversor com MPPT múltiplos, 

apesar de mais caro, possui vantagem sobre o de entrada simples pois consegue 

determinar o ponto de maior potência para mais de uma string de módulos com 

características variáveis como, diferentes modelos de módulos, inclinação e 

orientação. Além disso, mesmo que os dois modelos sejam interligados a módulos 

fotovoltaicos de mesmas características, o com MPPT de múltiplas entradas ainda 

prevalece, pois em caso de efeitos de sombreamento sobre uma das string’s que 

estão conectadas neste equipamento, a queda no rendimento não afetará todo o 

sistema instalado, mas sim somente a parte daquela única string sombreada 

(SOUSA, 2016). 

 

2.4 Módulos fotovoltaicos 

Os tipos mais comuns de módulos solares fabricados são, segundo os 

autores Villava (2013), Lima e R.M.C. (2017), os constituídos por células 

fotovoltaicas de silício monocristalino e policristalino ou os de filmes finos. Em 2016 

as células solares de silício corresponderam a 94% do mercado, enquanto que os 



      26 

outros 6% foi representado pelos filmes finos. Isso devido ao material ser mais 

barato e em abundância para esta aplicação. O silício, segundo Villalva (2013), cuja 

uma das extrações é realizada através do mineral de quartzo, é facilmente 

encontrado no Brasil, apesar de que sua purificação e fabricação das células 

praticamente não são realizadas no país. Marques (2013) explica que o mineral 

quartzo contém em sua composição dois átomos de oxigênio e um átomo de silício, 

sendo bastante resiste a ataques físico-químicos. 

Os módulos fotovoltaicos são confeccionados por determinadas camadas de 

materiais acima e abaixo das células fotovoltaicas, a fim de proteger as mesmas 

contra intempéries mecânicas e elétricas e disponibilizar a máxima eficiência ao 

sistema. Possui ainda os contatos elétricos para o fluxo da corrente e tensão e uma 

caixa de ligação na parte inferior do painel (ZILLES, 2012). 

Na figura abaixo é possível compreender a forma construtiva de um módulo 

solar fotovoltaico, com a identificação de cada uma de suas camadas. 

Figura 07 – Camadas construtivas de um módulo fotovoltaico 

 

Fonte: Portal Solar (2019). 

Ainda, existem atualmente inúmeras marcas de módulos solares, com 

diferentes modelos de molduras, tamanhos, eficiências, potências e demais 

especificações técnicas. Porém no Brasil, pode-se somente utilizar os módulos 

certificados pelo INMETRO (2018). 

 



      27 

 Módulo de silício policristalino: 

Este módulo tem em sua composição células formadas por aglomerado de 

pequenos cristais, com tamanhos e orientações diferentes. Geralmente são 

encontrados na cor azul, mas podendo variar de acordo com o processo de 

tratamento antirreflexivo utilizado, e também é identificado por manchas em sua 

coloração, proveniente do silício utilizado (VILLALVA, 2013). 

Geralmente comercializado com eficiências variando de 13 a 15%, porém 

pode-se encontrar com eficiências de 07 a 15,8%. Isso devido ao processo de 

fabricação ser mais barato que os outros tipos de módulos utilizados (INMETRO, 

2018; VILLALVA, 2013). 

 Módulo de silício monocristalino 

É o módulo mais comercializado e utilizado, geralmente com eficiências 

próximas a 15%, porém pode-se encontrar com eficiências variando de 9,5 a 17,5% 

(INMETRO, 2018; SANTOS, 2013). 

Villalva (2013) complementa informando que as células possuem aspecto 

uniforme, com tonalidade de coloração em azul escuro ou preto, mas podendo variar 

de acordo com o processo de tratamento anti-reflexivo utilizado. 

 Módulo de filmes finos de silício 

Para o autor Lima (2017), o a-Si, o CdTe e o CIGS, são os três materiais que 

dominam o mercado para a fabricação de células solares de filmes finos. A principal 

vantagem das células solares de CIGS é a sua mobilidade para a fabricação de 

módulos flexíveis. 

Segundo Zilles (2012), não existem conexões de células na tecnologia de 

filmes finos, pois o módulo fotovoltaico é construído de forma análoga, uma única 

peça, sem subdivisões. A potência nominal destes módulos depende da área total 

fabricada de cada peça. 

 



      28 

2.4.1 Características elétricas dos módulos fotovoltaicos 

O autor Zilles (2012) salienta que o conhecimento sobre as características 

elétricas do módulo fotovoltaico é de extrema importância para que um projeto 

fotovoltaico tenha êxito. Quando os módulos não estão conectados a nenhuma 

carga, denominamos a tensão deste como sendo de Voc, e quando os mesmos 

estão, chamamos de tensão de circuito fechado. 

A potência nominal, a corrente e a tensão, são as características mais 

importantes do circuito fotovoltaico, consequentemente também devemos levar em 

consideração a Isc e a Voc. A Pmp em Wp, é atingida quando se tem a Vmp e a 

Imp. A condição de referência de fabricação do módulo para obter a curva 

característica do mesmo é definida como sendo radiância de 1.000 W/m² 

(considerado o que é recebido ao meio-dia, em dia claro, na superfície da terra), 

temperatura de 25 ºC e massa do ar de 1,5 (ZILLES, 2012; CRESESB, 2008). 

Para o circuito equivalente, a junção p-n é representada por um diodo, cujo 

fluxo de corrente elétrica que flui sobre o mesmo, pode ser observado somente após 

o aumento da tensão gerada na célula fotovoltaica, através da intensidade da 

radiação solar. São conectadas resistências em série e paralelo ao circuito a fim de 

se eliminar perdas internas, onde a resistência em série considera as perdas 

ôhmicas do material e a em paralelo as perdas parasitas entre as partes inferior e 

superior da célula. O circuito abaixo representa em uma célula fotovoltaica real 

(ZILLES, 2012): 

                        (3) 

Abaixo, são detalhadas as características do sistema fotovoltaico sob 

condição padrão de teste do (STC), segundo Villalva (2013): 

 Tensão de circuito aberto: consiste na tensão registrada nos terminais do 

módulo, sem carga conectada ao mesmo. Fundamental na elaboração de um projeto 

para o correto dimensionamento do sistema, respeitando os limites de tensão 

máxima do inversor, controlador de cargas, bateria e demais componentes. 



      29 

 Corrente de curto-circuito: corrente fornecida no instante em que os 

terminais do módulo estão curto-circuitados. Irá indicar a corrente máxima que o 

módulo fornecerá no instante que estiver recebendo radiação solar de 1.000 W/m². 

 Corrente de máxima potência: corrente fornecida nos terminais do módulo 

no instante de máxima potência do mesmo. Corrente máxima atingida sendo 

definida no teste do módulo. 

 Tensão de máxima potência: tensão fornecida nos terminais do módulo no 

instante da máxima potência do mesmo. Tensão máxima atingida sendo definida no 

teste do módulo.  

 Máxima potência ou potência de pico - Potência pico fornecida nos terminais 

do módulo no instante da máxima potência do mesmo. Potência máxima atingida 

sendo definida no teste do módulo. Resultado da multiplicação da Imp pela Vmp, 

conforme exemplificado na Figura 06. 

 

2.4.2 Efeitos da temperatura e radiação solar na geração de energia 

A temperatura e a radiação solar têm grande influência sobre a energia 

gerada pelos módulos fotovoltaicos. Como referência e padronização de fábrica, eles 

são fabricados para gerarem 1000 W/m a uma temperatura de 25 ºC. No instante 

que a temperatura se eleva, a tensão baixa e a corrente se mantêm, resultando na 

diminuição da potência de geração. O mesmo vale para a radiação solar, onde em 

dias de menor intensidade, a potência gerada também será menor (TOLMASQUIM, 

2003). 

Na figura seguinte, pode-se observar a influência que a temperatura resulta 

sob uma célula fotovoltaica em variadas temperaturas para radiação de 1000 W/m², 

através da curva IxV. 

 

 

 



      30 

Figura 08 – Curva I x V sob influência da temperatura em uma célula  

 

                  Fonte: Pinho (2014). 

Assim, quanto maior for a ventilação de uma instalação de módulos 

fotovoltaicos, menor será a perda de eficiência do sistema devido a temperatura. 

 

2.4.3 Efeitos das resistências série e shunt em células fotovoltaicas 

Para que o circuito equivalente da célula fotovoltaica se aproxime do modelo 

ideal sem perdas, é necessário que o valor da resistência em série seja baixo, 

diminuindo assim a queda de tensão pelo resistor e consequentemente reduzindo a 

perda. A resistência shunt é necessária que seja alta, pois resultará com que o fluxo 

da corrente gerada, pela absorção da irradiação, siga pelo ramo onde a carga é 

conectada, fazendo com que as perdas também sejam menores (SOUSA, 2016). 

 

 

 

 

 



      31 

Figura 09 – Comportamento da curva I - V para resistência série variante 

 

     Fonte: Sousa (2016). 

 

Figura 10 – Comportamento da curva I - V para resistência shunt variante 

 

     Fonte: Sousa (2016). 

O controle destas resistências é de suma importância, uma vez que resulta na 

busca pela melhor eficiência quando ambas estão equilibradas. 

 



      32 

2.4.4 Diodo de desvio (by-pass) 

Segundo Pinho (2014), o sombreamento sobre os módulos fotovoltaicos pode 

ocorrer devido às nuvens, vegetações, prédios ou demais objetos. A fim de se evitar 

o sobreaquecimento em alguns pontos dos módulos durante estes sombreamentos 

em determinadas células, os mesmos geralmente são protegidos com um diodo by-

pass, por onde a corrente elétrica do sistema possa também circular, reduzindo a 

dissipação de potência no conjunto que está sombreado. O autor ainda afirma que 

com isso há uma diminuição na energia gerada, porém reduz o risco de dano 

permanente da célula afetada, o que deixaria o módulo impróprio para utilização. 

Estes diodos são alocados na caixa de conexão atrás do módulo, conectados 

em conjunto série de 15 a 30 células por diodo, onde o mesmo deve suportar a 

corrente nominal destas células. Ainda, a proteção das células é realizada, pois a 

potência máxima dissipada sobre uma das mesmas seria a potência do grupo que o 

diodo envolve (PINHO, 2014). 

Figura 11 – Operação de um diodo by-pass 

 

Fonte: Coutinho et al. (2016) apud Villalva e Gazoli (2012). 

 

2.4.5 Eficiência do módulo 

Todos os módulos fabricados possuem uma especificação técnica sobre sua 

eficiência na geração de energia, sendo esta avaliada e concebida pelo INMETRO 

em seus laboratórios credenciados. Após passarem pelos testes em laboratório e 

estando aptos, os módulos recebem um selo do PROCEL, atestando a classe de 



      33 

eficiência do mesmo. A eficiência do módulo pode ser calculada pela equação 

abaixo, conforme Villalva (2013): 

                                                     (4) 

η = eficiência do módulo; 

Pmáx = potência máxima ou de pico do módulo [W]; 

Ap = área do módulo [m²] 

O numeral 1000 se refere ao valor da taxa de radiação solar no STC do 

módulo. 

 

2.4.6 Interligação elétrica das células 

Segundo o autor Villalva (2013), a agrupamento das células fotovoltaicas é 

realizado para o aumento da tensão ou corrente elétrica enviada ao inversor, 

dependendo da aplicação a ser utilizada. No caso do agrupamento em paralelo, a 

corrente é mais alta e a tensão baixa, sendo dedicado este arranjo na grande 

maioria para sistemas autônomos. O emprego do arranjo em série se dá para 

aplicações conectadas à rede, onde há a necessidade de uma tensão mais elevada. 

Por fim, para o aumento de potência do sistema, são utilizados arranjos em série e 

paralelo. Os arranjos em série também recebem a denominação de strings. 

Na Figura 12, é possível visualizar o comportamento das curvas I x V das 

células fotovoltaicas ligadas em série e em paralelo, respectivamente. 

 

 

 

 

 



      34 

Figura 12 – Curvas I x V para a ligação das células 

 

Fonte: Pinho (2014). 

O melhor método como as células fotovoltaicas são interligadas, irá depender 

da potência definida no projeto do módulo fotovoltaico por parte do fabricante. Os 

módulos geralmente mais utilizados possuem de 60 à 72 células interligadas. 

 

2.5 Interligação do sistema fotovoltaico 

Os materiais de interligação dos módulos com os inversores são tão 

importantes quanto os próprios módulos e inversores fotovoltaicos, sendo necessário 

seu correto dimensionamento para uma boa operação do sistema. 



      35 

 Cabos de força: os cabos para o transporte da energia elétrica, conectados 

entre os módulos solares e o inversor, precisam ter suas conexões seguras e 

duráveis a fim de garantir uma ótima proteção contra incêndio para a instalação em 

telhados e demais locais inóspitos, além de reduzirem ao máximo as perdas de 

energia transportada por eles. 

 Conexões: os módulos fotovoltaicos que são comercializados possuem uma 

caixa de conexão em sua parte traseira, geralmente descrito como caixa de junção.  

Esta caixa tem o intuito de receber os terminais das conexões elétricas das 

células e ainda possui em seu interior os diodos de by-pass, para evitar a redução 

na eficiência do módulo em possível sombreamento (CAMARGO, 2017). 

Ainda, conforme Camargo (2017), os conectores usados para conexão dos 

módulos são os MC4, patenteados exclusivamente para sistemas fotovoltaicos pela 

empresa alemã Multi-Contact. Por meio da Figura 13 e possível visualizar a caixa de 

junção com os diodos de proteção do circuito. 

Figura 13 – Caixa de junção com conectores macho e fêmea 

 

Fonte: Neosolar (2019, texto digital). 

 



      36 

2.6 Rastreadores solares 

Conforme o autor Vieira (2014), o rastreador solar é um equipamento que 

segue a orientação solar durante o dia, fazendo com que se tenha um ganho na 

energia solar incidente sobre os módulos fotovoltaicos, resultando assim num 

aumento significativo da eficiência dos mesmos e consequentemente no aumento da 

energia elétrica gerada na saída. Com este equipamento é possível ter ganhos de 30 

a 40% na geração de energia elétrica, variando conforme as adversidades do local 

de instalação do sistema fotovoltaico e o modelo do equipamento utilizado. O autor 

classifica os rastreadores solares em quatro tipos: pelo modelo de controle, pela 

estratégia de rastreamento, pelo quantitativo de eixos rotativos e pelo modelo de 

estrutura utilizada. 

No caso do seguidor rotativo, possui dois modelos. O seguidor de rotação em 

eixo simples, com movimentação dos módulos em apenas um sentido sendo 

geralmente de leste para oeste, e o de eixos duplos, acompanhando a orientação 

solar de leste a oeste e a altura do sol no céu, Este segundo tipo possui uma 

eficiência maior devido a uma captação de radiação solar mais alta (VIEIRA, 2014). 

Figura 14 – Energia gerada aos sistemas de movimentação dos eixos  

 

Fonte: Trevelin et al. (2014). 



      37 

É evidente e comprovado, conforme Trevelin et al. (2014) registrou em seu 

trabalho, que com os seguidores solares é possível captar mais energia do que com 

uma instalação fixa. Porém os custos com a inserção deste sistema em uma planta 

geradora ainda é muito alto, sendo na maioria das vezes, economicamente inviável 

de se instalar. 

 

2.7 Normas técnicas atuais em vigor, voltadas a energia fotovoltaica 

As NBR’s relacionadas ao setor fotovoltaico foram criadas pela ABNT com o 

intuito de normatizar tecnicamente os documentos, procedimentos e processos das 

instalações em todo o território nacional. Abaixo, segundo fontes obtidas da ABNT 

(2019), seguem as explanações sobre as normas que atualmente estão em vigor: 

 NBR 16274:2014: Trata sobre as condições mínimas dos documentos 

necessários, as avaliações e inspeções de desempenho e dos ensaios de 

comissionamento. Com o intuito de garantir a segurança e a boa operação do 

sistema a ser conectado na rede; 

 NBR 16149:2013 – Condições mínimas das recomendações específicas 

para a interface de conexão entre a rede de distribuição de energia elétrica e o 

sistema fotovoltaico; 

 NBR 16150:2013 – Metodologia de ensaio para analisar se os 

equipamentos empregados na NBR 16149 estão em conformidade; 

 NBR IEC 62116:2012 – Metodologia de ensaio para analisar a performance 

das medidas anti-ilhamento de inversores em SFCR; 

 NBR 10899:2013 – Caracterização dos termos técnicos pertinentes à 

conversão fotovoltaica de energia solar radiante em energia elétrica. 

Todo bom projeto elétrico de uma instalação PV precisa estar enquadrado nas 

normativas técnicas vigentes, a fim de se obter uma segurança das instalações 

realizadas e uma padronização da mesma. 

 



      38 

2.8 Evolução das instalações fotovoltaicas 

A energia solar é a energia limpa que nos últimos anos foi mais disseminada. 

O aquecimento no mercado com esta tecnologia, fez com que a demanda das 

instalações fotovoltaicas no Brasil viesse a crescer rapidamente, passando de 4.360 

conexões de abril a junho de 2016 para 10.561 conexões de abril a maio de 2017 

(ANEEL, 2017). 

De acordo com a Aneel, no Brasil há 56.353 unidades consumidoras com 

geradores fotovoltaicos conectados à rede (dezembro de 2018) e uma capacidade 

instalada de 583,044 MW. Porém este é um número que altera diariamente pelo fato 

de que, a franca expansão cresce a uma taxa de mais de 300% ao ano (CAMPOS, 

2018), apesar de toda a crise econômica do país nos últimos anos. 

Segundo a projeção da Aneel e registrado no gráfico abaixo, no ano de 2024 

o número de unidades consumidoras que estarão gerando energia através da 

microgeração distribuída solar fotovoltaica, será de 808.357 no setor residencial e 

78.343 no setor comercial, resultando em uma potência instalada de 3,208 GW. 

No gráfico a seguir se observa a projeção dos microgeradores, de potência 

instalada menor ou igual a 75 kW, para ainda os próximos 5 anos, fazendo uma 

relação para os consumidores residenciais e comerciais. 

 

 
 
 

 
 

 
 
 

 
 

 
 

 

 

 

 

 

 



      39 

Gráfico 01 – Projeção microgeradores 2017-2024 

 

   Fonte: Adaptado de Aneel, NT 056/2017. 

Segundo Campos (2018), várias construtoras estão incluindo em seus 

projetos as instalações fotovoltaicas, a fim de apresentarem um diferencial a seus 

clientes em comparação aos concorrentes, fazendo com que o mercado de micro e 

mini geradores seja impulsionado ainda mais. 

 

2.9 Análise do investimento 

Apesar dos valores para a instalação de sistemas fotovoltaicos serem 

considerados ainda elevados, a tendência é de que se diminua como vem ocorrendo 

desde 2010 (EPE, 2014). Isso devido a um maior domínio da tecnologia pelas 

indústrias fabricantes de módulos e ao crescimento na demanda da mesma. 

Conforme gráfico abaixo se pode verificar a relação entre a redução do custo das 

instalações com o aumento da capacidade instalada até 2050. 

 

 



      40 

Gráfico 02 – Redução dos custos com o aumento da capacidade instalada 

 

Fonte: EPE (2014). 

A análise financeira de um projeto fotovoltaico é de extrema importância, uma 

vez que ela determina a viabilidade de se realizar a alocação de recursos com o 

intuito de um retorno financeiro no menor tempo possível. Dentre os métodos mais 

utilizados, podem-se citar alguns, tais como: 

- Retorno de investimento (Payback): este método defini o período de tempo 

em que o valor investido no projeto será quitado com a redução periódica de 

parcelas que já se vinha custeando, sendo a partir daí o seu lucro. Ele pode ser 

simples, não considerando o custo de capital (valor do dinheiro no tempo), ou 

descontado, considerando o valor do dinheiro no tempo (BRUNI et al., 1998). 

- Valor Presente Líquido (VLP): para Pereira e Oliveira (2011), o objetivo 

deste método é avaliar a viabilidade de investimento num projeto, levando em 

consideração o cálculo com o valor de todos os seus fluxos de caixa e os juros que 

acompanham estes valores no tempo. Se no final, após a soma dos valores entre o 

retorno e o que foi investido, for positivo, tem-se a conclusão que o investimento é 

viável. 

- Taxa Interna de Retorno (TIR): método definido por Hirschfeld (2000) como 

sendo uma determinada parcela de um percentual ganho adquirido em comparação 

ao volume investido, ou seja, as somas dos custos e das receitas se equiparam. 



      41 

O investimento será atraente se a TIR for maior que a taxa de retorno 

esperada pelo investimento. 

                               (5) 

Onde: 

VLP = valor presente; 

FC = fluxos previsto de entradas de caixa em cada período de vida do projeto 

(benefícios de caixa), t = 1, 2, ..., n; 

N = números de períodos de avaliação; 

I0 = investimento inicial ou montante no início do projeto; 

K = taxa de juros, custo capital ou taxa mínima de atratividade; 

VR = valor residual do projeto. 

 

2.9.1 Juros 

Dentre os tipos de juros existentes, para o autor Campos (2016), o correto a 

se usar para as aplicações de financiamento e payback de sistemas fotovoltaicos, é 

o juros composto, onde o mesmo autor ainda complementa que este tipo de juro não 

deixa de ser um “juros sobre juros”, ou seja, a cada determinado período o mesmo 

acometerá sempre no resultado da operação do período antecedente, sendo sua 

equação fundamental extremamente importante para as validações dos valores. 

                                                         (6) 

M = montante. É o valor final resgatado após o término da operação, com o 

juro aplicado; 

C = capital. É o valor inicialmente aplicado, antecedente ao juro aplicado; 



      42 

i = taxa de juros composto; 

n = tempo de duração onde o juro estará ativo. 

Outro tipo de juros muito utilizado para determinadas modalidades de 

financiamento bancário, é o juros simples. 

Por definição, juro simples é aquele pago unicamente sobre o capital inicial, 
também chamado principal, e é diretamente proporcional a esse capital 
inicial e ao prazo de aplicação, com o fator de proporcionalidade sendo a 

taxa de juros por período, i (FARO, 2006, p. 23). 

                                                      (7) 

Onde, 

Jn = total de juros; 

C = capital inicial; 

I = taxa de juros; 

N = tempo de aplicação. 

 

2.10 Tarifação de energia elétrica 

A tarifa de energia elétrica que é determinada pela ANEEL, conforme o 

inciso XVIII do art. 3º da Lei nº 9.427, de 26 de dezembro de 1996 (Ministério de 

Minas e Energias, 2011), representa a soma de valores de todo o processo incluso 

na geração, transmissão, distribuição e comercialização da energia elétrica, sendo 

acrescido na conta de energia paga pelos consumidores finais ainda os impostos de 

ICMS, PIS e COFINS. 

Os autores Lazo, Lima e Figueiredo (2012), descrevem o meio como a 

energia elétrica é contratada pelas concessionárias para após serem distribuídas 

aos clientes finais. Ressaltam ainda o desafio dessas empresas quanto a esta 

contratação de energia, onde as mesmas devem prever a carga consumida por seus 



      43 

clientes para um longo período de tempo, determinando o melhor método de 

contratação da energia para suprimento desta carga. 

Em 2015 foi criado o Sistema de Bandeiras Tarifárias, com o intuito de indicar 

ao consumidor final se no mês em questão haverá ou não um acréscimo no valor da 

energia, devido às condições de geração da eletricidade, sendo dividido nas 

seguintes modalidades (ANEEL, 2015): 

- Bandeira verde: sem acréscimo na tarifa; 

- Bandeira amarela: acréscimo de R$ 1,50 para cada 100 kWh consumido; 

- Bandeira vermelha - Patamar 01: acréscimo de R$ 4,00 para cada 100 kWh 

consumido; 

- Bandeira vermelha - Patamar 02: acréscimo de R$ 6,00 para cada 100 kWh 

consumido. 

 

2.10.1 Classificação de consumidores 

Os consumidores finais são classificados em dois grupos tarifários: o Grupo A 

com a tarifa binômia, que é precificada pela energia elétrica ativa (consumo real), 

pela demanda faturável (demanda medida da potência ativa consumida, sendo 

registrada em intervalos de 15 minutos) e pelas multas quando o consumidor utiliza 

incorretamente a energia elétrica, e o Grupo B com a tarifa monômia, que é 

precificada somente pela energia elétrica ativa consumida e pela tensão de energia 

alimentada, devendo ser inferior a 2.300 volts (MME, 2011). 

Ainda, os grupos são divididos em sub-grupos, de acordo com a tensão de 

atendimento e as atividades do consumidor: 

- A1: nível de tensão igual ou maior à 230 kV; 

- A2: nível de tensão de 88 à 138 kV; 

- A3: nível de tensão de 30 à 69 kV; 



      44 

- A4: nível de tensão de 2,3 à 25 kV; 

- A5: para sistema subterrâneo; 

- B1: residencial; 

- B2: rural e cooperativa de eletrificação rural; 

- B3: demais classes; 

- B4: iluminação pública. 



      45 

3 METODOLOGIA 

Este capítulo irá abordar a metodologia do trabalho com uma pesquisa 

quantitativa na elaboração de dois projetos fotovoltaicos propostos e uma análise 

financeira para definir seus modos de financiamento, resultando na definição de qual 

instalação constituirá num retorno de investimento mais curto. Serão apresentados 

os procedimentos técnicos, como o processo de coleta dos dados e seus 

tratamentos, os procedimentos para a elaboração dos dois projetos que serão 

comparados, as ferramentas utilizadas para a definição da rentabilidade de cada 

projeto. Por fim as limitações do método para o alcance dos objetivos propostos. 

Em outras palavras, a presente metodologia que está sendo proposta resulta 

na avaliação sobre qual o melhor investimento, na área de energia solar fotovoltaica, 

a ser considerado entre dois projetos distintos para a zona rural e zona urbana. 

Ambas as unidades consumidoras são pertencentes ao mesmo consumidor, 

podendo usufruir do modelo de autoconsumo remoto (geração em uma unidade e 

consumo na mesma e/ou em outra unidade, sendo as duas do mesmo CNPJ/CPF e 

na região de atuação da mesma concessionária). 

Os dados de consumo médio mensal de energia elétrica das duas áreas 

serão coletados nas faturas da concessionária, levando-se em consideração os 12 

últimos meses, que no caso compreenderá de agosto de 2018 a julho de 2019. 

Após, estas médias serão somadas, resultando assim num consumidor hipotético. 

Com os dados de consumo, serão verificados os dados das instalações a 

campo, contemplando as áreas dos telhados onde os módulos possam ser fixados, a 



      46 

distância entre o sistema instalado e quadro geral de distribuição da unidade 

consumidora, assim como também os ângulos azimutais e de inclinação dos 

telhados, de tal forma que se possa extrair o melhor aproveitamento da radiação 

solar, minimizando as perdas pelo sistema ser somente com os módulos fixos. 

Por final, também serão coletados os dados geográficos e climáticos das 

unidades consumidoras, como as coordenadas de localização, a radiação solar, que 

provavelmente deva ser a mesma devido as unidades estarem em regiões próximas, 

e a temperatura ambiental dos locais. 

Na Figura 15 pode-se observar o passo-a-passo da metodologia proposta 

neste trabalho. 

Figura 15 – Fluxograma sobre a metodologia proposta 

 

Fonte: do autor (2019). 

Em posse de todos os dados levantados, será possível realização dos 

projetos, onde serão determinadas as quantidades e potências dos equipamentos a 

serem instalados, como os módulos, o inversor e os acessórios de fixação dos 

módulos no telhado. Além disso, com o fluxograma da Figura 16, será possível 

decidir se a instalação será na área rural ou urbana. 

 

 



      47 

Figura 16 – Fluxograma sobre os projetos a serem analisados 

 

Fonte: do autor (2019). 

As simulações serão realizadas no software PVSOL Premium 2019, versão 

7.5, de propriedade de Valentin Energy Software, onde poderá ser verificada a 

posição solar ao longo do ano e o sombreamento sobre os módulos, resultando na 

capacidade de potência a ser gerada por cada sistema. 

Figura 17 – Alocação dos módulos sobre o telhado 

 
Fonte: do autor, extraído de simulação no software PVSOL (2019). 

 



      48 

Além do PVSOL, porém com menor intensidade no intuído apenas de 

acompanhar os dados dos projetos, foram realizadas simulações parciais no 

software Pvsyst, versão 6.83, onde assim como o primeiro, este era gratuito por 30 

dias como demonstração de produto por parte do fabricante. 

Figura 18 – Tela do projeto preliminar no software Pvsyst 

 
         Fonte: do autor, extraído de simulação no software Pvsyst (2019). 

Um bom projeto é, e sempre será, fundamental para determinar a viabilidade 

de uma instalação solar fotovoltaica. Em posse dos dois projetos elaborados e com 

uma boa análise financeira, é possível definir no próprio software o retorno sobre o 

investimento realizado e o fluxo de caixa acumulado ao longo dos anos. 

Para a elaboração da análise financeira, serão verificados junto às agências 

bancarias quais os modelos de financiamento para consumidores das zonas rural e 

urbana. Para o payback da análise financeira, será levado em conta as tarifas de 

energia elétrica e seus respectivos reajustes previstos anualmente. A taxa de 

reajuste a ser prevista, será de 5,2% ao ano, média Brasil 2019 (ANEEL, 2019). 

Serão inseridos ainda os custos de vida útil do sistema com a substituição de um 

inversor ao longo da vida útil dos módulos, de aproximadamente 25 anos, os valores 

gastos com manutenção de limpeza dos módulos a serem realizadas ao longo do 

tempo e as perdas de geração anual. 

 

 

 



      49 

Figura 19 – Fluxograma da análise financeira dos sistemas 

 

Fonte: do autor (2019). 

Colocando esta metodologia em prática, certamente este trabalho terá êxito, 

pois será possível concluir acertadamente o melhor local onde o projeto possa ser 

realizado. 



      50 

4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS 

Este capítulo irá abordar o desenvolvimento do trabalho exposto, com a 

elaboração dos dois projetos propostos e uma análise financeira para definir seus 

meios de financiamento. 

 

4.1 Projetos 

As duas unidades consumidoras consideradas estão localizadas no mesmo 

Município, em Arroio do Meio, com as seguintes localizações geográficas: 

29º33’00.9”S 51º58’05.0”O e 29º32’29.1”S 52º02’04.0”O. 

Para a definição dos projetos analisados, foram inicialmente verificadas as 

contas de energia elétrica para obtenção da média de consumo de cada unidade 

consumidora, somando ambas em um consumidor denominado hipotético. Os dados 

de consumo de energia elétrica foram obtidos diretamente das faturas de energia 

dos consumidores, através da média de consumo dos últimos 12 meses, em kWh, 

conforme consta na tabela a seguir. 

 

 

 

 



      51 

Tabela 01 – Consumo de energia das duas unidades consumidoras 

Mês/ano de 
consumo 

Unidade consumidora hipotética, 
em kWh 

Julho/2019 465 

Junho/2019 138 
Maio/2019 480 
Abril/2019 441 

Março/2019 217 
Fevereiro/2019 516 
Janeiro/2019 579 

Dezembro/2018 326 
Novembro/2018 470 
Outubro/2018 464 

Setembro/2018 1144 
Agosto/2018 380 

Total: 5620 

Média mensal 468,33 kWh 
     Fonte: do autor, extraído de faturas da RGE (2018-2019). 

Os valores de consumo médio que foram considerados no projeto tiveram a 

subtração de 100 kWh, isso devido a ambas as instalações serem com alimentação 

trifásica. Segundo a Resolução Normativa Nº 482 (ANEEL, 2012), instalações que 

geram energia elétrica no modo cativo, são taxadas pelas concessionárias com 100 

kWh, reduzindo para 50 kWh os consumidores com alimentação bifásica e 30 kWh 

os consumidores com alimentação monofásica. 

O Gráfico 03 apresenta a tarifa elétrica convencional aplicada pela 

concessionária da região de localização das unidades consumidoras e um 

comparativo entre a menor, maior e a média das tarifas aplicadas no estado do Rio 

Grande do Sul e a média aplicada a nível Brasil. 

 

 

 

 

 

 



      52 

Gráfico 03 – Tarifa convencional aplicada 

 

       Fonte: adaptado de ANEEL (2019). 

Para a projeção da potência instalada necessária a ser considerada na 

simulação com o software, que será demonstrada nas equações abaixo, foi utilizada 

a média mensal de radiação solar incidente sobre o Município de Arroio do Meio, 

conforme apresenta no gráfico a seguir, além do consumo hipotético da Tabela 01. 

Gráfico 04 – Radiação solar média para o Município de Arroio do Meio-RS 

 

Fonte: obtido com o software Sundata, disponível no website do CRESESB (2019). 

Antes de iniciar a simulação no software, foi necessário elaborar um ante-

projeto, a fim de verificar a quantidade aproximada de módulos fotovoltaicos e do 

inversor, assim como suas potências de geração. Este quantitativo é o que será 

informado ao software, onde após as simulações poderá ser verificado se o 

dimensionamento está de acordo ou necessita ajustes. 



      53 

Potência e definição da quantidade de módulos e inversores necessários: 

- Energia média dia = Energia média mensal / 30 (dias no mês) 

Energia média dia = 15,61 kWh/dia 

- Potência pico = Energia média dia / média radiação solar 

Potência pico = 15,61 / 4,34 = 3,6 kWp 

- Potência nominal do inversor = 03 kW 

- Eficiência média do inversor = 97% (0,97) 

- Potência do arranjo fotovoltaico = potência pico / eficiência média do 

inversor 

Potência do arranjo fotovoltaico = 3,6 kWp / 0,97 = 3711 Wp 

- Potência do módulo = 335 Wp 

- Quantidade de módulos para o SFCR = potência do arranjo fotovoltaico / 

potência de um módulo fotovoltaico 

Quantidade de módulos para o SFCR = 3711 / 335 = 11,1 = 12 módulos 

Na sequência foram analisadas as melhores estruturas (telhados) onde os 

módulos de cada sistema pudessem ser instalados. Na ocasião foram tomadas as 

notas das áreas úteis para a instalação dos módulos e a posição solar quanto ao 

ângulo azimutal e inclinação solar. 

Para a melhor eficiência na geração de energia, com a máxima captação da 

radiação solar pelos módulos fixos, o autor Villalva (2013) menciona que os módulos 

devem ter sua posição apontada o mais possível ao norte. Sendo assim, os ângulos 

destes projetos levam o telhado norte como referência para as inclinações azimutais. 

O Gráfico 05 representa a temperatura média mensal da região onde as 

unidades consumidoras estão localizadas. Na ocasião foram considerados os 

registros do Município de Lajeado, distante em 6 km com o Município de Arroio do 

Meio, entre os centros de ambos (© contribuidores do OpenStreetMap). Como no 



      54 

software os dados climatológicos da região não estão inseridos, foi necessário o 

cadastro dos mesmos, inserindo manualmente os dados da radiação solar 

(GRÁFICO 03) e da temperatura média (GRÁFICO 05). 

Gráfico 05 – Temperatura ambiental média mensal no Município de Lajeado 

 

Fonte: adaptado de Núcleo de Informações Hidrometereológicas Univates (2019). 

 

4.1.1 Projeto na área rural 

O projeto do sistema instalado na linha rural será demonstrado a seguir, nas 

imagens da simulação realizada no PVSOL. A melhor estrutura encontrada para a 

alocação dos módulos se deu na figura abaixo, com o telhado em telha fibrocimento 

em inclinação horizontal à 15 º e ângulo azimutal em 68 º oeste e área de 13 m² em 

cada aba. 

 

 

 

 

 



      55 

Figura 20 – Telhado de fibrocimento para fixação dos módulos na área rural 

 

Fonte: do autor (2019). 

Com o desenvolvimento no software é possível projetar a melhor disposição 

dos 12 módulos sobre o telhado para a máxima eficiência do sistema, levando em 

consideração também que os dois modelos de inversores orçados, possuem duas 

entradas MPPT’s, podendo se dividir a instalação em duas string’s. Sendo assim, o 

projeto resultou em 05 módulos no telhado sentido leste e 07 módulos no telhado 

sentido oeste, conforme consta nas duas próximas imagens. 

O software denomina como edifício a estrutura onde os telhados estão 

instalados e suas abas como “água leste” e “água oeste”, não sendo possível a 

alteração manual, conforme Figura abaixo. 

Figura 21 – Esquema elétrico da instalação PV na linha rural 

 

Fonte: do autor, extraído de simulação no software PVSOL (2019). 



      56 

No software PVSOL é possível simular o sombreamento dos módulos nos 365 

dias do ano, assim podendo ser verificada a perda de eficiência do módulo, em 

porcentagem, ao longo deste período. Porém a instalação na linha rural se dará em 

uma área livre, sem grandes objetos que possam interferir no sombreamento.  

As próximas duas figuras abaixo representam as simulações da projeção 

solar sobre os módulos fotovoltaicos, sendo no dia 1º de janeiro, às 06:10 horas, e 

no dia 16 de agosto, às 17:00 horas, respectivamente. 

Figura 22 – Simulação solar na zona rural, às 06:10 horas do dia 1º de janeiro 

 

Fonte: do autor, extraído de simulação no software PVSOL (2019). 

Figura 23 – Simulação solar na zona rural, às 17:00 horas do dia 16 de agosto 

 

Fonte: do autor, extraído de simulação no software PVSOL (2019). 

 

 



      57 

Figura 24 – Temperatura mensal simulada para os módulos 

 

Fonte: do autor, extraído de simulação no software PVSOL (2019). 

Na Figura 25 veremos a radiação solar simulada pela área dos módulos, 

denominada de “Irradiação sobre o plano inclinado”, sendo comparada ao longo do 

ano com a radiação inicialmente considerada e registrada no Gráfico 02 

anteriormente, denominada de “Irradiação sobre o plano horizontal”. Nela nota-se 

uma redução na incidência devido às alterações angulares dos módulos. 

 

 

 

 

 

 

 

 



      58 

Figura 25 – Radiação solar por área dos módulos 

 

Fonte: do autor, extraído de simulação no software PVSOL (2019). 

 

4.1.2 Projeto na área urbana 

O projeto do sistema instalado na área urbana que será demonstrado a 

seguir, também foi simulado no software PVSOL. Para esta unidade a única 

estrutura encontrada para a alocação dos módulos se deu na Figura 27, com o 

telhado em telha cerâmica plana-ondulada com inclinação horizontal de 25 º e 

ângulo azimutal em 56 º leste e área dos telhados em 15 m² na aba inferior e 24 m² 

na aba superior. 

 

 

 

 

 

 



      59 

Figura 26 – Telhado cerâmico para fixação dos módulos na área urbana 

   

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
Fonte: do autor (2019). 

Para este cenário também foi possível, com o desenvolvimento no software, 

projetar a melhor disposição dos 12 módulos sobre o telhado para a máxima 

eficiência do sistema, levando em consideração também que os dois modelos de 

inversores orçados possuem duas entradas MPPT’s, podendo se dividir a instalação 

em duas string’s. Sendo assim, o projeto resultou em 04 módulos no telhado inferior 

e 08 módulos no telhado superior, ambos no sentido nordeste, conforme consta na 

próxima figura. 

Figura 27 – Esquema elétrico da instalação PV na linha urbana 

 

Fonte: do autor, extraído de simulação no software PVSOL (2019). 

As Figuras 28 e 29 a seguir, representam as simulações da projeção solar 

sobre os módulos fotovoltaicos, sendo no dia 17 de janeiro, às 06:50 horas, e no dia 

08 de junho, às 15:40 horas, respectivamente. A figura 29 demonstra claramente a 



      60 

necessidade em se utilizar mais de um MPPT no projeto fotovoltaico, extraindo a 

máxima eficiência do sistema. 

Figura 28 – Simulação solar na zona urbana, às 06:50 horas do dia 17 de janeiro 

 

Fonte: do autor, extraído de simulação no software PVSOL (2019). 

Figura 29 – Simulação solar na zona urbana, às 15:40 horas do dia 08 de junho 

 
Fonte: do autor, extraído de simulação no software PVSOL (2019). 

As simulações também determinam a porcentagem de sombreamento de 

cada módulo, seja ela por objetos circundantes ou pelo próprio edifício onde estão 

instaladas, conforme pode-se verificar nas figuras a seguir para os dois telhados. 

 

 



      61 

Figura 30 – Projeção de sombra sobre os módulos, telhado superior 

 
         Fonte: do autor, extraído de simulação no software PVSOL (2019). 

Figura 31 – Projeção de sombreamento sobre os módulos, telhado inferior 

 
                          Fonte: do autor, extraído de simulação no software PVSOL (2019). 

Além das perdas por efeito Joule pela distância dos cabos, que para a 

simulação foi considerado 1%, o aquecimento do sistema devido à temperatura 

ambiental também irá influenciar na redução da eficiência do sistema. Na Figura 32 

abaixo está registrado pela simulação, a média mensal da temperatura em que os 

módulos irão trabalhar em comparação a temperatura média mensal do ambiente. 

 

 

 

 

   

 

 



      62 

Figura 32 – Temperatura mensal simulada para os módulos 

 

Fonte: do autor, extraído de simulação no software PVSOL (2019). 

Assim como na simulação do projeto para a área rural, na Figura 33 veremos 

a radiação solar simulada pela área dos módulos instalados no telhado da área 

urbana, também sendo comparada com a radiação inicialmente considerada e 

registrada no Gráfico 04. Ainda, da mesma forma, nota-se uma redução na 

incidência devido às alterações angulares dos módulos. 

 

 

 

 

 

 

 



      63 

Figura 33 – Radiação solar por área dos módulos 

 

Fonte: do autor, extraído de simulação no software PVSOL (2019). 

 

4.2  Análise de Payback 

Para o retorno sobre o investimento de ambos os projetos, levou-se em 

consideração o levantamento de dados de financiamento obtidos em três instituições 

bancárias, dois orçamentos de sistemas de geração de energia com a mesma 

potência gerada, as simulações realizadas no software PVSOL e também o cálculo 

de payback composto, conforme veremos a seguir. 

A tabela a seguir apresenta os dados levantados in loco em três instituições 

bancárias no Município de Arroio do Meio – RS, com informações sobre os tipos de 

financiamentos disponíveis para consumidores da área urbana e rural, sendo este 

último através do programa BNDES-Finame. 

 

 



      64 

Tabela 02 – Financiamentos bancários para sistemas fotovoltaicos 

Financiamento de sistema fotovoltaico 

Linha Banco A Banco B Banco C 

Rural 

- 3% a.a. Juros simples; 
- 0,5% taxa do projeto; 
- Taxa IOF (atual em 

0,38%); 
- Seguro dos equipamentos 
(1,5%); 

- Instalação onde o valor 
dos equipamentos 
ultrapassar os R$ 10 mil, 

precisa estar com os 
mesmos cadastrados no 
BNDS com código Finame 

e MDA. 

- Não possui linha especial 
para produtor rural. Os 
valores e taxas 

disponibilizadas são os 
mesmos que para o 
consumidor urbano. 

- 4,6% a.a Juros 
compostos; 
- 0,5% taxa do projeto; 

- Taxa IOF (atual em 
0,38%); 
- Seguro dos equipamentos 

(1,5%); 
- Necessidade dos 
equipamentos a serem 

utilizados no projeto, 
estarem cadastrados no 
BNDS com o código Finame 

MDA. 

Urbana 

- 60 parcelas reduzidas 
com taxa de 0,45% a.m.; 
- Taxa do CDI (atualmente 

em 0,49% a.m.); 
- Taxa IOF (atualmente 
0,38%). 

- até 72 parcelas fixas de 1,1 
a.m; 
- Taxa IOF. 

- Necessidade de seguro dos 
equipamentos instalados 
(1,5% sobre o valor dos 

equipamentos financiados). 

- Taxa de 3,3% a.m. para 
parcelas fixas; 
- Taxa de IOF. 

- até 72 parcelas reduzidas 
de 0,3% a.m.; 
- Taxa do CDI (atualmente 

em 0,49% a.m.); 
- Taxa IOF; 
- Necessidade de seguro dos 

equipamentos instalados 
(1,5% sobre o valor dos 
equipamentos financiados). 

Fonte: adaptado pelo autor, de entrevistas com agentes bancários, julho de 2019. 

Para obtenção das simulações dos financiamentos bancários, também foram 

utilizados dois orçamentos com duas empresas do ramo, conforme demonstrado nas 

Figuras 34 a 37. Os orçamentos considerados foram definidos para a mesma 

potência de geração, porém com duas marcas diferentes de equipamentos sendo 

com as mesmas características técnicas, possibilitando assim por parte do cliente 

definir qual a preferência. 

 

 

 

 



      65 

Figura 34 – Orçamento 01 para área urbana 

 
Fonte: Aldo Solar (2019). 

Figura 35 – Orçamento 02 para área urbana 

 
Fonte: Portal Solar (2019). 

 

 

 

 

 



      66 

Figura 36 – Orçamento 01 para área rural, com sistema nacionalizado 

 
Fonte: Aldo Solar (2019). 

Figura 37 – Orçamento 02 para área rural 

 
Fonte: Portal Solar (2019). 

Como na Figura 37, o orçamento 02 para a área rural não consta diferença de 

valor em comparação ao orçamento 02 para a área urbana, foi considerado para fins 

de projeção de financiamento o mesmo percentual de variação entre os orçamentos 

01, ou seja, um aumento de 27,8% para o financiamento do orçamento 02 para área 

rural. Esse aumento se dá em virtude da necessidade de registro de nacionalização 

dos equipamentos financiados por meio do BNDES via linha MDA/Finame para 

produtor rural (BNDES, 2015). 



      67 

Figura 38 – Orçamento inversor extra, considerado no projeto 

 
Fonte: Aldo Solar (2019). 

Com os dados obtidos das instituições bancárias e os orçamentos adquiridos, 

calcularam-se os valores a serem financiados com as taxas, na tabela abaixo. 

Tabela 03 – Valores a financiar entre bancos conforme o tipo de consumidor 

  

Tipo consumidor 

Rural Urbano 

Valor inicial  Valor inicial  

Orçamento 
01 

Orçamento 
02 

Orçamento 
01 

Orçamento 
02 

20.809,00 17.875,86 15.029,00 13.990,00 

Valor a 

financiar 
com banco 

A 

Taxa do projeto 104,05 89,38 Isento Isento 

Taxa CDI Isento Isento 73,64 68,55 

Taxa IOF 79,07 67,93 57,11 53,16 

Seguro dos 
equipamentos 

312,14 268,14 Isento Isento 

Valor total a financiar 21.304,26 18.301,31 15.159,75 14.111,71 

Valor a 

financiar 
com banco 

B 

Taxa do projeto Isento Isento Isento Isento 

Taxa CDI 101,96 87,59 73,64 68,55 

Taxa IOF 79,07 67,93 57,11 53,16 

Seguro dos 
equipamentos 

312,14 268,14 225,44 209,85 

Valor total a financiar 21.302,17 18.299,52 15.385,19 14.321,56 

Valor a 

financiar 
com banco 

C 

Taxa do projeto 104,05 89,38 Isento Isento 

Taxa CDI Isento Isento Isento Isento 

Taxa IOF 79,07 67,93 57,11 53,16 

Seguro dos 

equipamentos 
312,14 268,14 Isento Isento 

Valor total a financiar 21.304,26 18.301,31 15.086,11 14.043,16 

Fonte: do autor (2019). 

 



      68 

Os valores grifados em vermelho na Tabela 05 são os considerados para os 

financiamentos, após uma análise sobre o valor total a financiar de cada banco e as 

suas taxas disponibilizadas, constantes na Tabela 04. 

Para a obtenção dos resultados a serem obtidos nas simulações dos 

financiamentos, foram consideradas as Equações 06 e 07 constantes neste trabalho.  

As parcelas para ambos os financiamentos são demonstradas nas duas próximas 

tabelas a seguir, cujo orçamento utilizado foi o de menor valor para as duas áreas 

(ORÇAMENTOS 02). 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 



      69 

Tabela 04 – Financiamento urbano pelo banco A – Orçamento 02 

Juros Simples 
 

Mês Parcela Saldo devedor 

Valor Financiado [C] R$ 14.321,56 
 

27 R$ 460,16 R$ 15.185,25 

Taxa de juros mês [i] 1,100% 
 

28 R$ 460,16 R$ 14.725,09 

Quantidade de Prestações [n] 60  
29 R$ 460,16 R$ 14.264,93 

 
30 R$ 460,16 R$ 13.804,77 

Total de juros R$ 13.288,01 
 

31 R$ 460,16 R$ 13.344,61 

Valor da Prestação R$ 460,16 
 

32 R$ 460,16 R$ 12.884,45 

    
33 R$ 460,16 R$ 12.424,29 

Mês Parcela Saldo devedor 
 

34 R$ 460,16 R$ 11.964,13 

01 R$ 460,16 R$ 27.149,41 
 

35 R$ 460,16 R$ 11.503,97 

02 R$ 460,16 R$ 26.689,25 
 

36 R$ 460,16 R$ 11.043,81 

03 R$ 460,16 R$ 26.229,09 
 

37 R$ 460,16 R$ 10.583,65 

04 R$ 460,16 R$ 25.768,93 
 

38 R$ 460,16 R$ 10.123,49 

05 R$ 460,16 R$ 25.308,77 
 

39 R$ 460,16 R$ 9.663,33 

06 R$ 460,16 R$ 24.848,61 
 

40 R$ 460,16 R$ 9.203,17 

07 R$ 460,16 R$ 24.388,45 
 

41 R$ 460,16 R$ 8.743,01 

08 R$ 460,16 R$ 23.928,29 
 

42 R$ 460,16 R$ 8.282,85 

09 R$ 460,16 R$ 23.468,13 
 

43 R$ 460,16 R$ 7.822,69 

10 R$ 460,16 R$ 23.007,97 
 

44 R$ 460,16 R$ 7.362,53 

11 R$ 460,16 R$ 22.547,81 
 

45 R$ 460,16 R$ 6.902,37 

12 R$ 460,16 R$ 22.087,65 
 

46 R$ 460,16 R$ 6.442,21 

13 R$ 460,16 R$ 21.627,49 
 

47 R$ 460,16 R$ 5.982,05 

14 R$ 460,16 R$ 21.167,33 
 

48 R$ 460,16 R$ 5.521,89 

15 R$ 460,16 R$ 20.707,17 
 

49 R$ 460,16 R$ 5.061,73 

16 R$ 460,16 R$ 20.247,01 
 

50 R$ 460,16 R$ 4.601,57 

17 R$ 460,16 R$ 19.786,85 
 

51 R$ 460,16 R$ 4.141,41 

18 R$ 460,16 R$ 19.326,69 
 

52 R$ 460,16 R$ 3.681,25 

19 R$ 460,16 R$ 18.866,53 
 

53 R$ 460,16 R$ 3.221,09 

20 R$ 460,16 R$ 18.406,37 
 

54 R$ 460,16 R$ 2.760,93 

21 R$ 460,16 R$ 17.946,21 
 

55 R$ 460,16 R$ 2.300,77 

22 R$ 460,16 R$ 17.486,05 
 

56 R$ 460,16 R$ 1.840,61 

23 R$ 460,16 R$ 17.025,89 
 

57 R$ 460,16 R$ 1.380,45 

24 R$ 460,16 R$ 16.565,73 
 

58 R$ 460,16 R$ 920,29 

25 R$ 460,16 R$ 16.105,57 
 

59 R$ 460,16 R$ 460,13 

26 R$ 460,16 R$ 15.645,41 
 

60 R$ 460,13 R$ 0,00 

Fonte: do autor (2019). 

 

 

 



      70 

Tabela 05 – Financiamento rural pelo banco B – Orçamento 02 

Juros Simples 
 Mês Parcela Saldo devedor 

Valor Financiado [C] R$ 18.301,31 
 

Taxa de Juros ano [i] 3,300% 
 

27 R$ 355,35 R$ 11.726,58 

Taxa de juros mês [i] 0,275% 
 

28 R$ 355,35 R$ 11.371,23 

Quantidade de 
Prestações [n] 

60  
29 R$ 355,35 R$ 11.015,88 

 
30 R$ 355,35 R$ 10.660,53 

Total de juros R$ 3.019,72 
 

31 R$ 355,35 R$ 10.305,18 

Valor da Prestação R$ 355,35 
 

32 R$ 355,35 R$ 9.949,83 

    
33 R$ 355,35 R$ 9.594,48 

Mês Parcela Saldo devedor 
 

34 R$ 355,35 R$ 9.239,13 

01 R$ 355,35 R$ 20.965,68 
 

35 R$ 355,35 R$ 8.883,78 

02 R$ 355,35 R$ 20.610,33 
 

36 R$ 355,35 R$ 8.528,43 

03 R$ 355,35 R$ 20.254,98 
 

37 R$ 355,35 R$ 8.173,08 

04 R$ 355,35 R$ 19.899,63 
 

38 R$ 355,35 R$ 7.817,73 

05 R$ 355,35 R$ 19.544,28 
 

39 R$ 355,35 R$ 7.462,38 

06 R$ 355,35 R$ 19.188,93 
 

40 R$ 355,35 R$ 7.107,03 

07 R$ 355,35 R$ 18.833,58 
 

41 R$ 355,35 R$ 6.751,68 

08 R$ 355,35 R$ 18.478,23 
 

42 R$ 355,35 R$ 6.396,33 

09 R$ 355,35 R$ 18.122,88 
 

43 R$ 355,35 R$ 6.040,98 

10 R$ 355,35 R$ 17.767,53 
 

44 R$ 355,35 R$ 5.685,63 

11 R$ 355,35 R$ 17.412,18 
 

45 R$ 355,35 R$ 5.330,28 

12 R$ 355,35 R$ 17.056,83 
 

46 R$ 355,35 R$ 4.974,93 

13 R$ 355,35 R$ 16.701,48 
 

47 R$ 355,35 R$ 4.619,58 

14 R$ 355,35 R$ 16.346,13 
 

48 R$ 355,35 R$ 4.264,23 

15 R$ 355,35 R$ 15.990,78 
 

49 R$ 355,35 R$ 3.908,88 

16 R$ 355,35 R$ 15.635,43 
 

50 R$ 355,35 R$ 3.553,53 

17 R$ 355,35 R$ 15.280,08 
 

51 R$ 355,35 R$ 3.198,18 

18 R$ 355,35 R$ 14.924,73 
 

52 R$ 355,35 R$ 2.842,83 

19 R$ 355,35 R$ 14.569,38 
 

53 R$ 355,35 R$ 2.487,48 

20 R$ 355,35 R$ 14.214,03 
 

54 R$ 355,35 R$ 2.132,13 

21 R$ 355,35 R$ 13.858,68 
 

55 R$ 355,35 R$ 1.776,78 

22 R$ 355,35 R$ 13.503,33 
 

56 R$ 355,35 R$ 1.421,43 

23 R$ 355,35 R$ 13.147,98 
 

57 R$ 355,35 R$ 1.066,08 

24 R$ 355,35 R$ 12.792,63 
 

58 R$ 355,35 R$ 710,73 

25 R$ 355,35 R$ 12.437,28 
 

59 R$ 355,35 R$ 355,38 

26 R$ 355,35 R$ 12.081,93 
 

60 R$ 355,38 R$ 0,00 

Fonte: do autor (2019). 

Os valores das tabelas acima são referentes a dados coletados em 

determinado momento durante a realização deste trabalho, podendo sofrer 

alterações conforme definições de cada banco.  



      71 

4.3 Resultados 

Após o desenvolvimento dos projetos, seguindo a risca os detalhes das 

instalações e da climatologia, as orientações dos módulos, as simulações de 

sombreamento e as coletas de dados dos financiamentos com suas devidas 

projeções, chegou-se ao resultado do trabalho proposto. 

O Gráfico 06 resulta no payback para cada uma das áreas simuladas, com 

dois orçamentos diferentes e com as projeções dos financiamentos. 

Gráfico 06 – Retorno sobre os investimentos para as duas áreas 

  

       Fonte: do autor (2019). 

Os resultados acima referentes às 04 simulações diferentes realizadas 

definem que a melhor instalação com o melhor investimento é na área urbana, 

devido à nela ser o de menor payback. Como resultado da proposta deste trabalho 

realizado, o menor payback com a instalação financiada se deu em 07 anos e 06 

meses para o orçamento 01 e 06 anos e 08 para o orçamento 02, ficando a cargo do 

cliente a definição quanto a escolha da marca entre as duas orçadas. Lembrando 

que o estudo propôs o orçamento de duas marcas com as mesmas características 

técnicas, como forma de comparação orçamentária entre ambas. 

 



      72 

4.4 Análise de sensibilidade 

Os autores Silva e Belderrain (2005), afirmam que a análise de sensibilidade é 

uma técnica muito importante para a tomada de decisões, pois com ela pode-se 

examinar o impacto de algumas mudanças, em questão a simulação dos projetos, 

acarretadas com o refinamento de dados estimados, ou seja, esta análise é o nível 

de sensibilidade do sistema perante uma mudança. 

Desta forma, neste trabalho foram realizadas três alterações a fim de verificar 

a sensibilidade sobre o resultado final do menor payback resultante: alteração na 

inclinação do telhado em que são instalados os módulos fotovoltaicos em ambas as 

áreas tarifárias, e a diferença entre a tarifa de energia maior e menor praticada no 

Rio Grande do Sul, em comparação a da concessionária onde o consumidor da área 

urbana está instalado. 

O Gráfico 07, do tipo tornado, demostra as variações existentes com as três 

simulações de sensibilidade realizadas. 

Gráfico 07 – Payback sobre variação de dados no projeto 

 

        Fonte: do autor (2019). 

A primeira alteração foi simular o payback para ambas as áreas 

consumidoras, com uma estrutura de fixação dos módulos que fosse similar entre si. 

Foi optado por uma estrutura de 8,5 x 2,5 metros de área de fixação, com o ângulo 



      73 

azimutal em zero (apontando ao norte) e a inclinação da estrutura em 25º, conforme 

figura a seguir. 

Figura 39 – Simulação com mesmo telhado fixação para ambas as áreas 

 

Fonte: do autor, extraído de simulação no software PVSOL (2019). 

A segunda e terceira alterações foram simular o payback para o consumidor 

da área urbana, alterando os dados da tarifa de energia elétrica atual para as tarifas 

de menor e de maior valor aplicadas no estado do Rio Grande do Sul pelas 

Concessionárias e/ou Permissionárias. 

No gráfico foi tomado como base o menor payback resultante neste trabalho, 

03 anos e 11 meses, e com ele pode-se concluir alguns dados importantes, tais 

como: 

- Mesmos ângulos: o campo em azul informa que o resultado para a área 

urbana reduziu em 04 meses o retorno sobre o investimento, enquanto que o campo 

em verde para a área rural, a redução foi de 05 meses. Desta forma, o payback 

resultante continuaria sendo da instalação alocada na zona urbana, devido a tarifa 

de energia para esta área ser muito inferior; 

- Tarifa menor: se a unidade consumidora estivesse localizada na região de 

abrangência da menor tarifa registrada no estado, o investimento levaria mais tempo 

para obter o retorno, passando dos 03 anos e 11 meses, para 04 anos e 05 meses; 

- Tarifa maior: por outro lado, se a unidade consumidora estivesse alocada na 

região da maior tarifa, o retorno sobre o investimento teria seu tempo reduzido em 

04 meses. 



      74 

4.5 Discussões finais 

O presente trabalho que teve por objetivo projetar e analisar financeiramente 

dois sistemas de geração de energia solar fotovoltaica, além de se identificar em 

qual das áreas o recurso financeiro é mais bem alocado, pode ser replicado a outras 

regiões do estado, com diferentes tarifas de energia elétrica, porém sendo 

necessárias novas simulações de investimentos, conforme constatado também na 

análise de sensibilidade. 

As melhorias para uma maior eficiência dos sistemas é notório, porém com 

determinados investimentos sendo necessários. As perdas por efeito Joule através 

dos cabos de interligação dos módulos fotovoltaicos, caixas de junção e inversor, 

também podem ser reduzidas, com o dimensionamento mais aprofundado dos 

mesmos, buscando um grau maior de confiabilidade para a resistência aos raios UV 

e umidade, além de sua estabilidade térmica e claro, o atendimento as normas 

vigentes. 

Assim como verificado parcialmente na análise de sensibilidade, a alteração 

na orientação angular azimutal e de inclinação dos módulos também resulta em uma 

melhora no aumento da energia gerada, uma vez que os módulos ficam orientados 

de uma melhor forma ao sol, aumentando a radiação solar incidente sobre os 

mesmos. Porém se o desejo for ainda maior na eficiência do sistema, podem-se 

instalar seguidores solares com orientações para ambos os eixos, conforme visto no 

capítulo 2.6 deste trabalho. 

Finalizando, antes de qualquer alteração estrutural a ser feita, é preciso 

identificar o custo-benefício do mesmo, uma vez que em muitos casos o gasto com 

estas adequações é muito superior que a proporção de melhora na eficiência do 

sistema. Ainda, este trabalho poderá servir de base para futuras outras pesquisas na 

área da energia fotovoltaica, que vem se consolidando cada dia mais. 



      75 

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