CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIVATES 

CURSO DE ENGENHARIA DA COMPUTAÇÃO 

PROJETO E DESENVOLVIMENTO DE UMA PLATAFORMA DE 

ROBÓTICA EDUCACIONAL PARA ENSINO MÉDIO 

Mateus Ohse 

Trabalho de conclusão de curso 

apresentado ao Centro Universitário 

UNIVATES para a obtenção de título de 

Bacharel em Engenharia da Computação. 

Orientador: Ronaldo Hüsemann 

Lajeado, dezembro de 2007. 



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RESUMO 

 

 

 

O presente trabalho apresenta o desenvolvimento de uma plataforma de controle para 
robótica educacional para ensino tecnológico, cuja finalidade é prover o controle 
microcontrolado de robôs. Com base na análise de tecnologias atualmente disponíveis para os 
mercados de robótica educacional e de competição, foi desenvolvida uma plataforma de 
controle que suporta os principais recursos demandados por aplicações deste tipo. A placa 
desenvolvida inclui entradas analógicas para sensores, entradas ou saídas digitais para 
sensores ou atuadores tipo liga/desliga e saídas para acionamento e controle de velocidade de 
motores de corrente contínua. A plataforma contém ainda suporte a interrupções, 
comunicação serial e/ou USB para programação e, além da alimentação principal, 
alimentação de backup, ambas monitoradas. Uma aplicação didática foi montada a fim de 
validar a plataforma em condições reais de operação. 

 
PALAVRAS-CHAVE: robótica educacional, ensino tecnológico, plataforma 
microcontrolada. 



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ABSTRACT 

 

 

 

This document presents the development of a control platform for educational 
robotics, which allows microcontrolled control of robots. After analysis of currently available 
technologies for educational and competition robotics markets was designed a control 
platform containing the most important functionalities for those applications. The developed 
board includes analog inputs for sensors, digital input/output for sensors and actuators and 
PWM outputs for DC motors control. The platform also has interrupts, serial and USB 
communications and two monitored power sources (main and backup). An educational 
application was developed to validate the platform in real operational conditions. 
 
KEYWORDS: educational robotics, technological education, microcontrolled platform. 



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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 

 

 

 

A/D Analógico/Digital 

CC Corrente Contínua 

CCD Charged Couple Device 

CCS Custom Computer Service 

CPU Central Processor Unit 

D/A Digital/Analógico 

DC Direct Current 

DSP Digital Signal Processor 

FIRST For Inspiration and Recognition of Science and Technology 

GND Ground 

GPL General Public License 

I/O Input/Output 

ICSP In-Circuit Serial Programming 

JTAG Joint Test Action Group 

LDR Light Dependent Resistor 

LED Light Emissor Diode 

MIPS Milhões de instruções por segundo 

MIT Massachusetts Institute of Technology 

NASA National Aeronautics and Space Administration 

NQC Not Quite C 

PC Personal Computer 

PCI Placa de Circuito Impresso 

PCN Parâmetros Curriculares Nacionais 



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PIR Passive infrared sensor 

PWM Pulse Width Modulation 

RAM Random Access Memory 

ROM Read Only Memory 

SMD Surface Mounting Device 

SRAM Static Random Access Memory 

TCP/IP Transmission Control Protocol/Internet Protocol 

TQFP Thin Quad Flat Pack 

TTL Transistor–Transistor Logic 

UART Universal Asynchronous Receiver Transmitter 

USB Universal Serial Bus 

 

 



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LISTA DE FIGURAS 

 

 

 

FIGURA 1: Robô mecânico utilizado na peça teatral R.U.R. Fonte: Currie, 2007. ................15 

FIGURA 2: Aplicações atuais de robótica: a) à esquerda, o primeiro robô cirurgião a ser 

utilizado no Brasil e b) à direita, robôs da empresa ABB, utilizados para soldagem. Fontes: 

Santa Lúcia, 2007 e ABB, 2007. ..............................................................................................17 

FIGURA 3: Robôs humanóides: a) QRIO  b) Asimo  c) PINO. Fontes: Sony, 2007; Honda, 

2007 e Kitano, 2007. ................................................................................................................18 

FIGURA 4: Diagrama de blocos de um robô. ..........................................................................19 

FIGURA 5: Módulo de controle MC2 da empresa PNCA.......................................................28 

FIGURA 6: Diagrama de blocos da CPU Robótica Fácil da empresa Symphony...................29 

FIGURA 7: Plataforma Gogo Board, na versão 3.0.................................................................29 

FIGURA 8: Plataforma Handy Board, do MIT........................................................................30 

FIGURA 9: RCX, o “tijolo programável” da LEGO ...............................................................31 

FIGURA 10: NXT, sucessor do RCX, da LEGO.....................................................................31 

FIGURA 11: Plataforma de controle ROBO INTERFACE, da alemã Fischertechnik............32 

FIGURA 12: RC (Robot Controller), da americana Inovation FIRST Robotics. ....................33 

FIGURA 13: PIC24FJ128GA006. ...........................................................................................42 

FIGURA 14: Utilização dos pinos. ..........................................................................................44 

FIGURA 15: Circuito de alimentação da plataforma...............................................................47 

FIGURA 16: Circuito de PWM................................................................................................48 

FIGURA 17: Circuito de I/O. ...................................................................................................49 

FIGURA 18: Entradas analógicas. ...........................................................................................50 

FIGURA 19: Comunicação serial RS-232. ..............................................................................51 

FIGURA 20: Circuito de gravação ICSP. ................................................................................52 

FIGURA 21: Esquemático e placa de circuito impresso do primeiro protótipo. .....................54 



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FIGURA 22: Foto do primeiro protótipo. ................................................................................54 

FIGURA 23: Esquemático do segundo protótipo. ...................................................................55 

FIGURA 24: Placa de circuito impresso do segundo protótipo. ..............................................55 

FIGURA 25: Foto do segundo protótipo..................................................................................56 

FIGURA 26: Circuito final da plataforma................................................................................57 

FIGURA 27: Placa de circuito impresso da plataforma. ..........................................................58 

FIGURA 28: Foto da placa de circuito impresso da plataforma. .............................................59 

FIGURA 29: Plataforma pronta, montada em PCI. .................................................................60 

FIGURA 30: Circuito do sensor para detecção da linha. .........................................................62 

FIGURA 31: Circuito do robô seguidor de linha. ....................................................................63 

FIGURA 32: Plataforma aplicada em robô seguidor de linha. ................................................63 

FIGURA 33: Exemplo de PWM. .............................................................................................66 



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LISTA DE TABELAS 

 

 

 

TABELA 1: Comparação entre as principais características dos módulos de robótica 

avaliados ...................................................................................................................................34 

TABELA 2: Ligação dos pinos do microcontrolador na plataforma. ......................................44 

 



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SUMÁRIO 

 

 

 

1 Introdução.........................................................................................................................12 

2 Revisão Bibliográfica .......................................................................................................14 

2.1 Robótica........................................................................................................................14 

2.1.1 História da Robótica .................................................................................................15 

2.1.2 Aplicações ................................................................................................................16 

2.2 Detalhamento de um Robô ...........................................................................................17 

2.2.1 Tipos de Robôs .........................................................................................................17 

2.2.2 Diagrama funcional ..................................................................................................18 

2.2.2.1 Plataforma de controle..............................................................................................19 

2.2.2.2 Sensores ....................................................................................................................20 

2.2.2.2.1 Sensores passivos .................................................................................................21 

2.2.2.2.2 Sensores ativos .....................................................................................................21 

2.2.2.3 Módulo de condicionamento de sinais .....................................................................21 

2.2.2.4 Atuadores..................................................................................................................22 

2.2.2.4.1 Solenóides.............................................................................................................22 

2.2.2.4.2 Motores CC ..........................................................................................................22 

2.2.2.4.3 Motores CC sem escovas (brushless)...................................................................23 

2.2.2.4.4 Motores de passo ..................................................................................................24 

2.2.2.4.5 Atuadores hidráulicos e pneumáticos ...................................................................24 

2.2.2.5 Módulos de potência.................................................................................................24 

2.2.2.6 Baterias .....................................................................................................................25 

3 Contextualização do Projeto.............................................................................................26 

3.1 Educação Tecnológica..................................................................................................26 

3.2 Robótica Educacional ...................................................................................................27 



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3.3 Cenário Atual................................................................................................................27 

3.3.1 Módulo de Controle MC2 ........................................................................................28 

3.3.2 CPU Robótica Fácil ..................................................................................................28 

3.3.3 Gogo Board 3.0 ........................................................................................................29 

3.3.4 The Handy Board .....................................................................................................30 

3.3.5 RCX..........................................................................................................................30 

3.3.6 NXT Intelligent Brick...............................................................................................31 

3.3.7 Fischertechnik ROBO INTERFACE .......................................................................32 

3.3.8 IFI Robotics Robot Controller..................................................................................32 

3.4 Comparativo de recursos de plataformas comerciais ...................................................33 

4 Definição do sistema ........................................................................................................36 

5 Análise das tecnologias de microcontroladores................................................................38 

5.1.1 Microcontroladores Atmel........................................................................................38 

5.1.2 Microcontroladores Freescale...................................................................................39 

5.1.3 Microcontroladores Microchip .................................................................................39 

5.1.4 Microcontroladores Texas Instruments ....................................................................40 

5.1.5 Microcontroladores Zilog .........................................................................................40 

6 Definição da arquitetura ...................................................................................................41 

7 Projeto do circuito ............................................................................................................43 

7.1 Pinagem do microcontrolador ......................................................................................43 

7.2 Alimentação..................................................................................................................47 

7.3 PWM.............................................................................................................................48 

7.4 Entradas e saídas digitais (I/O).....................................................................................49 

7.5 Entradas analógicas ......................................................................................................49 

7.6 RS-232..........................................................................................................................50 

7.7 USB ..............................................................................................................................51 

7.8 Circuito de Gravação ICSP...........................................................................................51 

8 Montagem de protótipos...................................................................................................53 

8.1 Primeiro Protótipo ........................................................................................................53 

8.2 Segundo Protótipo ........................................................................................................55 

9 Desenvolvimento da placa de circuito impresso ..............................................................57 

9.1 Layout ...........................................................................................................................57 

9.2 Montagem.....................................................................................................................59 

10 Aplicação de validação.................................................................................................61 



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10.1 Hardware ......................................................................................................................61 

10.2 Software........................................................................................................................64 

11 Conclusões e Trabalhos futuros....................................................................................67 

BIBLIOGRAFIA......................................................................................................................68 



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1 Introdução 

 

 

 

A área de robótica, que engloba diferentes áreas exatas, como informática, eletrônica, 

mecânica e controle, tem crescido muito nos últimos anos, não somente para aplicações 

industriais como também para educacionais. Nessa tecnologia, elementos eletromecânicos 

formam conjuntos capazes de desenvolver tarefas mecânicas ou mesmo simular o 

comportamento humano. Para tanto os componentes empregados (motores, sensores, pistões, 

etc.) devem ser precisamente controlados através de uma plataforma ou placa principal 

microcontrolada. Esta placa microcontrolada, de forma geral, realiza o controle dos diferentes 

acionamentos necessários para uma dada aplicação com base na avaliação do programa 

desenvolvido pelo operador, bem como das leituras realizadas por sensores. 

O objetivo deste trabalho foi projetar e desenvolver uma plataforma microcontrolada, 

utilizando um microcontrolador de baixo custo, interfaces de entrada e saída digitais, entrada 

analógica e saída para controle de motores de corrente contínua. Todos componentes 

utilizados no projeto são de fácil aquisição e montados sobre um mesmo módulo integrado 

(placa de circuito impresso única), permitindo utilização facilitada por alunos de Ensino 

Médio e Técnico em atividades didáticas de robótica.  

O presente trabalho se insere como um projeto de desenvolvimento próprio de uma 

plataforma didática para ensino de robótica em escolas de Ensino Médio e Técnico. Na fase 

inicial do trabalho, são apresentadas as principais alternativas tecnológicas disponíveis para 

este mercado. Este estudo foi utilizado para definir a arquitetura adotada para o sistema, 

enfocando basicamente a parte de hardware. Etapas de potência não estão previstas neste 

projeto, mas os sinais gerados são padronizados, para permitir interconexão direta com os 

módulos de potência existentes no mercado. 

O produto desenvolvido neste trabalho tem a pretensão de promover a melhoria da 

formação de alunos técnicos e de ciência de nível médio pela maior flexibilidade na 



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realização de experiências práticas e didáticas. Além disso, pode contribuir para o 

desenvolvimento tecnológico nacional, pois atualmente produtos deste tipo são, na sua 

maioria importados, o que dificulta a aquisição e mesmo acompanhamento do material de 

apoio (para alunos de ensino médio a língua estrangeira pode significar uma grande barreira). 

O produto gerado, tendo características compatíveis e preço de comercialização 

inferior ao dos concorrentes importados, pode aumentar a participação de escolas e institutos 

técnicos na implantação de projetos na área da eletrônica e robótica, o que pode ter impacto 

direto na formação de profissionais e desenvolvimento de tecnologia no país. 

Inicialmente, no Capítulo 2, é realizada uma Revisão Bibliográfica sobre os assuntos 

envolvidos no trabalho. No Capítulo 3 é feito um estudo de mercado das plataformas 

existentes e atualmente disponíveis para Robótica Educacional. Com base neste estudo, no 

Capítulo 4 são definidos os requisitos mínimos necessários à plataforma a ser desenvolvida. 

Após estas definições, no Capítulo 5 é realizado um estudo dos microcontroladores 

atualmente disponíveis no mercado e que atendam aos requisitos. No Capítulo 6 é definido o 

microcontrolador a ser usado no projeto, baseado nos estudados no capítulo anterior. Após as 

definições dos requisitos e do microcontrolador, no Capítulo 7, são projetados os circuitos 

envolvidos na plataforma. O Capítulo 8 trata dos protótipos montados durante o 

desenvolvimento do projeto, enquanto no Capítulo 9 é apresentado o desenvolvimento da 

versão final da placa de circuito impresso da plataforma. No Capítulo 10 é mostrado uma 

aplicação para a validação da plataforma. O Capítulo 11 trata da conclusão e trabalhos 

futuros, sugerindo possíveis recursos que podem ser incorporados à plataforma.



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2 Revisão Bibliográfica 

 

 

 

2.1 Robótica 

 

A simples palavra robô desperta fascínio nas pessoas, principalmente devido a tantos 

filmes, jogos e livros de ficção científica empregados como forma de entretenimento pela 

sociedade desde a década de 50. Como exemplo deste fascínio, pode-se destacar a grande 

popularidade observada em feiras e exposições ao se utilizar de demonstrações que empregam 

robôs sejam eles humanóides ou não.  Neste campo, o Japão, sem dúvida, é um dos países que 

mais difunde esta cultura (Robot Museum, 2006). 

O termo robô, entretanto é bem mais amplo. Existem várias definições para robô e 

robótica, dependendo da área em que estes conceitos são aplicados ou estudados. Uma 

dificuldade para esta definição se dá pelo fato da robótica ser uma área multidisciplinar, 

englobando pelo menos três áreas distintas: mecânica, eletricidade e computação. Algumas 

aplicações mais robustas incluem adicionalmente a área de controle  

Atualmente as máquinas criadas desta integração multidisciplinar, os robôs, têm sido 

largamente utilizadas no setor industrial, principalmente em empresas montadoras de 

produtos ou equipamentos. Em sua grande maioria representam robôs manipuladores 

reprogramáveis, capazes de operar sobre ferramentas de solda, pintura ou mesmo 

manipulação de peças em uma linha de produção (García, 2001). 

Na área residencial, robôs têm sido idealizados para prestar apoio a tarefas do dia-a-

dia como aspirar pó, lavar ou mesmo cozinhar (Gates, 2006).  Robótica tem sido empregada 

em diversas outras aplicações como transporte, segurança, manipulação de artefatos 

explosivos e exploração espacial como será visto a seguir (McComb e Predko, 2006). 



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Estas diferentes aplicações, cada vez mais próximas de nossas vidas, servem de 

motivação para se acrescentar a robótica no currículo de escolas de ensino médio e 

profissionalizante. 

 

 

2.1.1 História da Robótica 

 

Máquinas automáticas são almejadas e idealizadas desde tempos remotos. Na Grécia 

antiga (século IV a.C.) o filósofo Aristóteles escreveu: "Se toda ferramenta, quando ordenada, 

ou mesmo por vontade própria, fizesse o trabalho para qual foi feita, então, não seriam 

necessários trabalhadores nem escravos”. Pode-se dizer que os primeiros inventos de 

máquinas automáticas começaram a ser construídos nessa época, mas eram muito primários. 

Foi a partir do século XVIII, com o advento da revolução industrial, que o aparecimento de 

autômatos começou a se tornar uma realidade. Máquinas a vapor, alimentadas com carvão, 

foram criadas para os mais diversos fins, desde a produção industrial em série, até 

entretenimento em shows públicos de teatro e circense (Pazos, 2002). 

Curiosamente, a palavra “robô” surgiu em 1921, em uma peça de teatro. A peça 

chamava-se “R.U.R. (Rossuum's Universal Robots)”, do escritor tcheco Karel Čapek. A peça 

se passa em uma fábrica de servos humanóides (Figura 1), os quais são chamados robôs. Josef 

Čapek (irmão de Karel) foi responsável pela criação do nome “robô” e usou a palavra tcheca 

“robota”, que significa escravo, para designar os humanóides da obra (Kurfess, 2000). 

 

 
FIGURA 1: Robô mecânico utilizado na peça teatral R.U.R. Fonte: Currie, 2007. 

 



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Mais tarde, em 1950, o famoso escritor de ficção científica Isaac Asimov, em sua 

compilação de obras “Eu, Robô”, usa, pela primeira vez, o termo robótica para designar a 

ciência que estuda os robôs (Asimov, 1950). 

Já na década de 60, os primeiros braços robóticos foram produzidos para serem 

utilizados em trabalhos perigosos nas indústrias, procurando afastar o trabalhador de áreas de 

risco. Esses manipuladores não eram muito diferentes dos utilizados nas indústrias hoje em 

dia. Tratavam-se de soluções que empregavam acionamentos hidráulicos ou elétricos, 

controlados por computadores. 

Hoje em dia, com os computadores com cada vez maior capacidade de processamento 

e freqüência de operação, a robótica tornou-se um ramo em grande expansão. A computação 

permite sistemas cada vez mais avançados, e o desenvolvimento de áreas complexas como 

inteligência artificial, visão computacional, reconhecimento e síntese de voz (Gudwin, 2005).  

 

 

2.1.2 Aplicações 

 

Atualmente os robôs são utilizados nas mais diversas áreas da sociedade. Robôs estão 

sendo projetados para trabalhar nas residências para efetuar tarefas domésticas, divertimento e 

proteção; nos hospitais para cuidar de pacientes ou mesmo atuar em cirurgias de precisão 

(Figura 2a); nas indústrias, para produzir itens padronizados com qualidade e velocidade 

(Figura 2b) e até em outros planetas para explorar, filmar e coletar amostras. 

A maioria dos robôs ainda está na indústria (cerca de 90%), principalmente na 

automobilística. Manipuladores automatizados são utilizados em todas as etapas de produção 

de um carro, atingindo níveis de produção que nenhum ser humano jamais atingiria (Pazos, 

2002). 

 Entretanto, o mercado de robôs em outras áreas está crescendo vertiginosamente. 

Como exemplo os robôs AIBO, da Sony, e Asimo, da Honda, foram projetados e têm sido 

continuamente aperfeiçoados para atender ao mercado de brinquedos e entretenimento. AIBO 

é um cão companheiro, e Asimo, um humanóide, que se apresenta em shows e feiras 

(McComb e Predko, 2006).  

Há, claro, vários robôs com fins didáticos e educacionais, e escolas e universidades do 

mundo inteiro estão, cada vez mais, interessadas nesse novo nicho (Mehl, 2002). 



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FIGURA 2: Aplicações atuais de robótica: a) à esquerda, o primeiro robô cirurgião a ser utilizado 

no Brasil e b) à direita, robôs da empresa ABB, utilizados para soldagem. Fontes: Santa Lúcia, 2007 e 

ABB, 2007. 

 

 

2.2 Detalhamento de um Robô 

 

 

2.2.1 Tipos de Robôs  

 

Existem várias classificações para os robôs, e elas podem muitas vezes acabar gerando 

confusão, pois não são de fato excludentes. Estas várias classificações distintas se dão 

principalmente pelo fato de que diferentes mercados têm visões diferentes sobre o que é 

exatamente um robô. Pode-se, entretanto classificar os robôs, em linhas gerais, como 

manipuladores, móveis ou humanóides. 

Os robôs manipuladores têm sua funcionalidade ligada a braços mecânicos estáticos 

(capazes de realizar movimentos limitados na extensão de seus braços), sendo utilizados, 

geralmente, na indústria e programados para fazer sempre a mesma seqüência de movimentos, 

comum para tarefas de produção serial. 

Os robôs móveis são aqueles capazes de se locomover como um todo por um trajeto 

delimitado ou mesmo em uma área desconhecida, ou seja, são dotados de algum meio de 

locomoção, com mecanismo de acionamento, alimentação e controle embarcados. Geralmente 

são robôs complexos, pois necessitam de sensores para navegação e um sistema próprio de 



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controle. Exemplos altamente complexos destes robôs são o Opportunity e o Spirit, dois robôs 

da NASA enviados a Marte em 2003. 

Robôs humanóides, também chamados de andróides, são robôs que imitam a forma 

humana (bípedes, com dois braços e sistema de visão na cabeça). Exemplos de robôs 

humanóides são o QRIO (Figura 3a), da Sony, que é capaz de dançar, correr e subir e descer 

escadas; o Asimo (Figura 3b), da Honda, atualmente considerado o robô mais desenvolvido já 

criado, capaz de correr, dançar, subir e descer escadas e reconhecer vozes e rostos; e o PINO 

(Figura 3c), fruto de um desenvolvimento de código livre seguindo a filosofia da GPL 

(General Public License). 

 

        a)   b)   c)   

FIGURA 3: Robôs humanóides: a) QRIO  b) Asimo  c) PINO. Fontes: Sony, 2007; Honda, 2007 e Kitano, 2007. 

 

 

2.2.2 Diagrama funcional  

 

Conforme já comentado existem diferentes aplicações e condições de operação de um 

robô, o que faz também com que seus projetos sejam distintos. Por exemplo, um robô 

manipulador usado para pintura de chassis de veículos tem características funcionais e 

operativas bastante distintas de um robô humanóide capaz de guiar uma bicicleta. 

De uma forma simplificada, entretanto existem características básicas comuns, que 

podem ser utilizadas para descrevê-los genericamente. Isto é apresentado de forma resumida 



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na Figura 4. O diagrama apresentado na figura foi montado com base nas estruturas descritas 

em McComb e Predko (2006) e Meggiolaro (2006). 

 

 
FIGURA 4: Diagrama de blocos de um robô. 

 

A seguir cada um destes módulos internos do diagrama será apresentado com maior 

detalhamento. 

 

 

2.2.2.1 Plataforma de controle 

 

Módulo principal do sistema, que é responsável por controlar o funcionamento do 

robô, a partir de um programa especialmente desenvolvido para o mesmo. Entre suas funções 

está ler entradas dos sensores, processá-las, determinar ações e controlar os circuitos de 

movimentação ou sinalização (atuadores) (Nogueira, 2002).  

O elemento fundamental da plataforma de controle é o microprocessador ou 

microcontrolador. Um microprocessador genericamente incorpora uma CPU (unidade central 

de processamento) e uma memória interna para armazenamento de informações temporárias. 

Os microcontroladores, além disso, integram na mesma pastilha de silício diversas outras 

funcionalidades também importantes, como memória ROM (memória somente de leitura) ou 

Sensores 
Digitais 

Bateria 
Secundária 

Atuadores 

Bateria 
Principal 

Proteção 
(Fusíveis) 

Plataforma de 
 Controle 

Sensores 
Analógicos 

Módulos de 
Condicionamento 

de Sinal 

Legenda: 
 
 Sinal 
 

 Potência 

Módulos de 
Potência 



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FLASH para gravação de código, portas de I/O (entrada/saída), interfaces de comunicação 

serial e paralela, temporizadores (timers) e, algumas vezes, outros periféricos como 

conversores analógico-digital (A/D) e digital-analógico (D/A). Assim sendo, os 

microcontroladores se mostram mais adequados, permitindo placas menores capazes de 

carregar, guardar e rodar programas diretamente no chip do microcontrolador (Iovine, 2004). 

A placa de controle de um robô está fortemente ligada ao conceito de realimentação. A 

realimentação, em inglês feedback, se baseia na coleta de dados internos de um sistema ou do 

ambiente externo onde o mesmo se encontre, a fim de otimizar uma tomada de decisão. Estes 

dados são capturados através de sensores e enviados ao sistema de controle do robô. Numa 

analogia, a realimentação empregada para controle de um robô segue o mesmo princípio de 

funcionamento dado pelos sentidos (visão, audição, tato, olfato e paladar), que são usados 

para orientar os atos dos humanos. Considerando isso, quanto mais sensores um robô tiver, 

teoricamente, melhor ele irá agir e reagir às mudanças do ambiente. É claro que quanto mais 

sensores, maior será a quantidade de sinais (dados) entrando no sistema e uma maior 

capacidade de processamento será exigida (McComb e Predko, 2006). 

 

 

2.2.2.2 Sensores 

 

O sistema de controle de um robô se baseia em sensores, que são elementos capazes de 

perceber e medir informações externas como luminosidade, distância, temperatura, 

deslocamento, etc. Existem basicamente dois tipos principais de saída de sensores: digital 

(com duas opções: ativo ou não) e analógico, cujo valor de saída varia dentro de uma faixa de 

valores. Normalmente os sensores digitais podem ser lidos diretamente pelo 

microcontrolador. Sensores analógicos freqüentemente exigem circuitos adicionais de 

condicionamento de sinais e filtragem antes de serem aplicados para leitura. 

Miles e Carrol (2002) aprofundam a classificação dos sensores, dividindo-os entre 

passivos e ativos. 

 

 

 



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2.2.2.2.1 Sensores passivos 

 

Sensores passivos monitoram alguma condição do ambiente. Eles não introduzem 

nada ao ambiente; eles simplesmente captam o que está acontecendo em volta, logo, não 

necessitam de alimentação. Um termômetro ou uma fotocélula são exemplos de sensores 

passivos usados no dia-a-dia. Outro tipo de sensor passivo é o sensor infravermelho passivo 

(PIR), algumas vezes chamado sensor piroelétrico. Estes sensores são comumente usados para 

detectar a presença de uma pessoa e a partir desta informação ativar um circuito. 

Os sensores passivos mais complexos são as câmeras CCD, que são usadas para 

“visualizar” o ambiente. Câmeras CCD fazem partes de sistemas de visão (Miles e Carroll, 

2002). 

 

 

2.2.2.2.2 Sensores ativos 

 

Sensores ativos freqüentemente emitem algum som ou luz, captam o retorno, e 

analisam como a energia emitida reage com o ambiente, necessitando, para isso, alimentação. 

Alguns exemplos deste tipo de sensor são sonar, laser e detectores reflexivos de 

infravermelho (Miles e Carroll, 2002). Exigem maior complexidade operacional para sua 

adequada interpretação como a manutenção de valores estáveis de referência analógicos (para 

conferir amplitude de leitura) e/ou temporais (para conferir tempo de resposta). 

 

 

2.2.2.3 Módulo de condicionamento de sinais 

 

Este módulo que trata sinais provenientes de sensores analógicos tem função de ajustar 

os valores lidos para uma faixa de valores desejada. Dentre suas funções estão linearização de 

curvas, remoção de ruído, ajuste de ganho, entre outras. 

 

 

 



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2.2.2.4 Atuadores 

 

Os atuadores são responsáveis pela transformação dos comandos gerados pela placa de 

controle em movimentos do robô. A grande maioria das implementações conta com motores 

elétricos associados a algum sistema de transmissão convencional (engrenagens, alavancas, 

correias, etc.). Alguns casos, porém, utilizam atuadores hidráulicos, pneumáticos, ligas com 

memória de forma e outros atuadores flexíveis (Soares, 2003). A utilização de certo atuador 

depende do tipo de movimento, condições e ambiente de operação, precisão requerida e 

custos de implementação envolvidos (Barros, 2002). 

 

 

2.2.2.4.1 Solenóides 

 

Solenóide é o tipo mais básico de atuador eletromagnético. O conceito do solenóide 

linear consiste no uso de uma bobina fixa em ferro ou aço, e um êmbolo magnético móvel. A 

parte do êmbolo é que se recolhe para dentro da estrutura conforme a energização. 

Quando a corrente flui através da bobina, um campo magnético é gerado. A estrutura 

serve para concentrar o campo magnético para que o máximo da força magnética seja 

exercida no êmbolo. A força magnética faz com que o êmbolo seja atraído para dentro da 

estrutura.  

O campo magnético em torno da bobina causará movimento puxando o êmbolo para o 

centro da bobina. Quando não há corrente circulando na bobina, o êmbolo está “solto” e, para 

retornar à posição inicial, deve-se usar uma mola (Kurfess, 2000). 

 

 

2.2.2.4.2 Motores CC 

 

Motores CC (corrente contínua) convertem a corrente elétrica em movimento 

mecânico de rotação. Os motores de corrente contínua são dispositivos cuja potência depende 

da tensão aplicada e também da sua construção. 



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Quando carregamos um motor, sua rotação diminui e com isso a intensidade da 

corrente aumenta, tentando retomar a rotação normal e elevando-se assim a potência que ele 

consome. 

Sob carga constante, a potência consumida aumenta com a tensão de um modo mais 

ou menos linear, juntamente com a corrente e a sua velocidade de rotação. A maneira mais 

simples de se controlar a velocidade de um motor CC é modificando-se a corrente que passa 

através dele por meio de algum tipo de dispositivo externo (Braga, 2002). 

Motores CC permitem movimentos suaves e alto pico de torque e podem ser usados 

para velocidades mais altas do que outros motores, mas para operar de forma estável exigem 

um sinal de realimentação (Kurfess, 2000). 

 

 

2.2.2.4.3 Motores CC sem escovas (brushless) 

 

Um motor CC sem escovas é muito parecido com um motor CC montado de forma 

invertida, porque o rotor (parte girante do motor) contém um imã permanente e o estator 

(parte estática do motor) contém as bobinas. As bobinas são comutadas eletronicamente, 

então o comutador mecânico de escovas (usado nos motores CC comuns) não é mais 

necessário.  

Motores CC sem escovas são comumente usados em aplicações robóticas por causa de 

sua capacidade de atingir altas velocidades, alta eficiência, e baixa manutenção em 

comparação a motores CC comuns. Eles são capazes de atingir altas velocidades por causa da 

eliminação do comutador mecânico. Eles são mais eficientes porque o aquecimento das 

bobinas, no estator, pode ser dissipado mais rapidamente no chassi do motor. E, finalmente, 

ele requer menos manutenção porque não tem escovas, que requerem trocas periódicas. No 

entanto, o custo total do sistema para motores sem escovas é maior do que para motores 

comuns, devido à complexidade do comutador eletrônico (Kurfess, 2000). 

 

 

 

 



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2.2.2.4.4 Motores de passo 

 

Motores de passo convertem pulsos elétricos em movimento mecânico discreto. Eles 

estão disponíveis para propósitos rotacionais ou lineares, mas os rotacionais são os mais 

comuns. Para os motores de passo rotatórios, cada passo corresponde a certo número de graus 

de rotação. A quantidade de pulsos elétricos determina o número de passos, enquanto a 

freqüência dos pulsos controla a velocidade do motor de passo. Não é necessário nenhum 

sensor para sua operação e eles se encaixam bem na utilização em aplicações de 

posicionamento, além de serem fáceis de usar (Scherz, 2006; Kurfess, 2000). 

 

 

2.2.2.4.5 Atuadores hidráulicos e pneumáticos 

 

Atuadores hidráulicos são freqüentemente usados como juntas ou “pernas” em 

aplicações robóticas que requerem a capacidade de levantar grandes cargas. Atuadores 

hidráulicos geram movimento mecânico através do controle de vazão ou pressão de um fluído 

incompressível. Pelo fato de o fluído ser incompressível, estes atuadores podem ser usados 

em aplicações de força, posicionamento, e controle de velocidade. Outra opção útil, quando 

trabalhando com hidráulica, é que amortecimento mecânico pode ser incorporado ao projeto. 

Atuadores pneumáticos são similares aos hidráulicos, no ponto que ambos usam 

fluído. A diferença é que nos pneumáticos é utilizado um fluído compressível, como ar 

comprimido. A capacidade de carga dos atuadores pneumáticos é menor do que dos 

hidráulicos, pois eles trabalham com pressões mais baixas. No entanto, os atuadores 

pneumáticos têm a vantagem de ter tamanho e peso relativamente menores. Eles também são 

menos complexos, pois o ar utilizado em um cilindro pode ser liberado ao ambiente através de 

uma válvula e não precisa de uma linha de retorno (Kurfess, 2000). 

 

 

2.2.2.5 Módulos de potência 

 

Os módulos de potência servem para acionamento dos atuadores. Eles recebem um 

sinal de baixa intensidade da plataforma de controle e o amplifica. Para essa amplificação eles 



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devem ser ligados à bateria principal. Há diversas marcas e modelos disponíveis no mercado, 

dependendo da tensão e corrente de trabalho do atuador. Módulos comerciais suportam 

correntes de saída de algumas unidades a centenas de ampéres, dependendo do tipo de 

acionamento a ser realizado (Meggiolaro, 2006). 

 

 

2.2.2.6 Baterias 

 

Baterias são utilizadas para alimentação de robôs móveis, e, geralmente, representam a 

parte mais pesada no robô. As baterias devem ser ligadas ao circuito através de fusíveis ou 

disjuntores, para proteção em caso de curto-circuito ou sobrecarga. A bateria secundária, 

geralmente, não alimenta etapas de potência, servindo apenas para que não haja a perda do 

controle sobre o robô em caso de falta da bateria principal. Os principais tipos de baterias são: 

chumbo-ácido, níquel-cádmio, níquel-hidreto metálico, alcalina e de lítio (Meggiolaro, 2006). 



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3 Contextualização do Projeto 

 

 

 

3.1 Educação Tecnológica 

 

Pode-se dizer que o século passado se distinguiu dos demais pela incrível velocidade 

dos avanços tecnológicos e das transformações que os mesmos introduziram na sociedade. 

Em nossos dias, a quantidade de equipamentos que envolvem tecnologia de todos os tipos que 

usamos, e dos quais dependemos, é imensa. 

Esta característica tão importante acabou causando impacto também na formação das 

pessoas, que passaram a incorporar em seus currículos o ensino de tecnologia. 

Apesar disso, grande parte das escolas ainda ensinam ciências de forma tradicional, 

com visão teórica e generalista, deixando as aplicações, que representam de fato a tecnologia, 

para faculdades ou escolas de nível Técnico ou Superior.  

Com o passar do tempo, esta metodologia tem se alterado, sendo adotado o conceito 

da educação tecnológica. O objetivo da educação tecnológica é preparar os alunos, desde as 

séries iniciais, para aplicações práticas das matérias de ciência estudadas. Isso tem 

contribuição direta no aumento de conhecimento dos estudantes como um todo e na melhor 

adequação do currículo de profissionais da área tecnológica, que poderão ingressar 

diretamente do ensino médio para as faculdades de engenharia e computação (Braga, 2007). 

 

 

 

 



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3.2 Robótica Educacional 

 

A Robótica Educacional representa o uso da robótica como ferramenta para ensinar 

tecnologia. Desde 2000, com os novos PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais), que dizem 

que a formação do aluno deve ter como alvo principal a aquisição de conhecimentos básicos, 

a preparação científica e a capacidade de utilizar as diferentes tecnologias relativas às áreas 

das ciências, as escolas estão buscado ferramentas para isto (Santos, 2006). Então as 

instituições de ensino no Brasil estão incrementando cada vez mais seus currículos com 

projetos educacionais que fazem uso de kits e ferramentas de robótica. 

Em contrapartida, o estudo da robótica tem sido realizado, ainda, com baixa 

intensidade em nosso país. O principal fator que limita a implementação da robótica nas 

escolas está no alto custo da montagem de um laboratório de robótica (Mehl, 2002). 

 

 

3.3 Cenário Atual 

 

O ensino técnico de nível médio ou mesmo profissionalizante tem crescido bastante 

nos últimos anos no Brasil. Neste cenário, a introdução de atividades práticas de física, 

eletrônica e robótica têm transformado o modelo educacional tradicional, baseado em aulas 

expositivas, para um modelo mais dinâmico e participativo, onde teoria e prática se 

complementam. Como exemplo disso pode-se destacar os campeonatos de robótica tipo 

competições FIRST (FIRST, 2007), futebol de robôs e guerra de robôs (Guerra de Robôs, 

2007). 

Para fins educacionais, normalmente as escolas adquirem plataformas didáticas 

comerciais, que já contam com material de apoio e roteiros de atividades. Estas plataformas 

são modulares, de forma a possibilitar que diversas experiências distintas possam ser 

realizadas apenas inserindo-se ou removendo-se módulos específicos. Esta característica é 

muito importante, pois permite maior flexibilidade, promovendo o conhecimento e a 

criatividade dos alunos. 

A seguir é apresentado, de forma resumida, um levantamento de algumas plataformas 

atualmente disponíveis no mercado nacional e internacional, baseado nas informações 

técnicas contidas nas documentações dos equipamentos. 



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3.3.1 Módulo de Controle MC2 

 

Fabricada pela empresa nacional PNCA Robótica e Eletrônica (Figura 5), é 

programada em uma linguagem própria chamada LEGAL. Possui como características 

principais: quatro entradas digitais e quatro analógicas. Possui também quatro saídas para 

acionamento de servomotores e mais duas saídas de potência para acionamento direto de 

cargas. Atualmente é vendida como um pacote fechado que inclui os módulos citados (PNCA, 

2007).  

 

 
FIGURA 5: Módulo de controle MC2 da empresa PNCA. 

 

 

3.3.2 CPU Robótica Fácil 

 

Também de fabricação nacional, da Symphony Robótica Educacional, esta plataforma 

(Figura 6) tem como CPU principal um microcontrolador Atmel Atmega8, rodando a 8 MHz. 

Pode ser programada em C para Atmega8 ou ainda em BASIC. Possui oito entradas ou saídas 

digitais, compartilhadas com seis entradas analógicas. Possui também quatro saídas de 

potência para acionamento direto de cargas (até 0,6 A), uma saída e uma entrada serial a nível 

TTL, porta USB 1.1, PS/2 e suporte a TCP/IP opcional (Symphony, 2007). 

 



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FIGURA 6: Diagrama de blocos da CPU Robótica Fácil da empresa Symphony. 

 

 

3.3.3 Gogo Board 3.0 

 

Plataforma mantida pelo MIT (Massachusetts Institute of Technology) como 

plataforma didática de bancada (Figura 7). Não é fabricada nem vendida, mas seus esquemas 

podem ser baixados gratuitamente da Internet. É programado em Cricket Logo, que é uma 

variante, desenvolvida também pelo MIT, da linguagem LOGO ou em C para PIC (CCS, 

2007). Possui como CPU um microcontrolador PIC16F877, da Microchip, rodando a 20 

MHz. Possui oito entradas ou saídas digitais compartilhadas com quatro saídas para 

servomotores e comunicação serial (MIT, 2007). 

 

 

FIGURA 7: Plataforma Gogo Board, na versão 3.0. 

 



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3.3.4 The Handy Board 

 

Trata-se de outra plataforma não comercial desenvolvida pelo MIT (Figura 8) mais 

completa e complexa que a Gogo Board e fabricada por muitas empresas estrangeiras. Seus 

esquemas e aplicações podem ser encontrados no site do projeto. Possui microcontrolador 

MC68HC11, da Motorola, rodando a 2 MHz. Pode ser programada em Interactive C, do MIT, 

ou qualquer outra linguagem suportada pela família HC11. Possui 32 kB de memória RAM 

para programa, quatro saídas de potência para até 1 A e display de cristal líquido. Possui 

ainda sete entradas analógicas e nove entradas digitais (MIT, 2007). 

 

 

FIGURA 8: Plataforma Handy Board, do MIT. 

 

 

3.3.5 RCX 

 

O “tijolo programável” da fabricante de brinquedos LEGO (Figura 9) é amplamente 

difundido e utilizado no mundo inteiro. Seu processador é um Hitachi H8, com 32 kB de 

RAM, tendo compilador para várias linguagens, entre elas NQC (Not Quite C) e Robolab, 

linguagem gráfica da própria LEGO. Possui três entradas para os sensores da linha LEGO e 

três saídas, além de comunicação serial via infravermelho. Está sendo descontinuado e 

substituído pelo NXT. No Brasil encontra-se a venda na empresa Edacom, representante 

oficial da LEGO no Brasil (LEGO, 2007). 

  



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FIGURA 9: RCX, o “tijolo programável” da LEGO 

 

 

3.3.6 NXT Intelligent Brick 

 

Sucessor do RCX, esta plataforma (Figura 10) possui como microcontrolador principal 

um ARM7 de 32 bits, 256 kB de memória FLASH e 64 kB de RAM. Possui porta USB 2.0, 

comunicação Bluetooth e display de cristal líquido. Possui ainda quatro entradas para os 

sensores LEGO e três saídas. Ainda sem previsão para lançamento no Brasil, é 

comercializado, pelo site americano da LEGO (LEGO, 2007). 

 

 

FIGURA 10: NXT, sucessor do RCX, da LEGO.  

 

 



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3.3.7 Fischertechnik ROBO INTERFACE 

 

Fabricado pela empresa alemã Fischertechnik, esta plataforma (Figura 11) possui um 

microcontrolador de 16 bits e 128 kB de memória FLASH. Tem comunicação serial e USB. 

Possui ainda quatro saídas de potência com controle de velocidade por PWM para até 0,25 A, 

oito entradas digitais e quatro analógicas. A Fischertechnik no Brasil é representada pela Nek-

technik (Fischertechnik, 2007).  

 

 

FIGURA 11: Plataforma de controle ROBO INTERFACE, da alemã Fischertechnik. 

 

 

3.3.8 IFI Robotics Robot Controller 

 

Plataforma de controle oficial da FIRST Robotics Competition (Figura 12), é a 

plataforma mais completa disponível no mercado. É produzida e comercializada pela empresa 

americana Inovation FIRST Robotics e possui como microcontrolador principal um 

PIC18F8722, que pode ser programado em qualquer linguagem para PIC, inclusive a 

ferramenta gráfica EasyC, da Intelik. Possui 128 kB de memória FLASH para programa e 

comunicação serial nos padrões TTL e RS-232. Para acionamentos e interação tem 14 saídas 

PWM, 16 saídas para relés, 16 entradas ou saídas digitais e seis interrupções. Além disto, 

ainda possui entrada de alimentação para bateria principal e de backup e monitoramento do 

nível das baterias (IFI, 2007). 

 



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FIGURA 12: RC (Robot Controller), da americana Inovation FIRST Robotics. 

 

 

3.4 Comparativo de recursos de plataformas comerciais 

 

A tabela a seguir (Tabela 1) apresenta, de forma resumida, um estudo comparativo 

entre as principais opções de módulos de robótica educacional atualmente disponíveis no 

mercado. São descritas as principais características e recursos disponíveis de forma 

padronizada a fim de facilitar a identificação de vantagens de cada um, bem como as 

funcionalidades importantes de serem considerados para o protótipo proposto pelo autor. 



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TABELA 1: Comparação entre as principais características dos módulos de robótica avaliados 

Plataforma Processador Barramento Freqüência Memória I/O Entradas 

Analógicas 

Saídas de 

potência 

Comunicação Linguagem 

MC2 ND* ND ND ND 4 4 2 ND LEGAL 

Robótica 

Fácil 

Atmega8 8 bits 8 MHz ND 8 6 4 Serial, USB 
1.1, TCP/IP 

C, BASIC 

Gogo Board PIC16F877 8 bits 20 MHz ND 8 ND 4 Serial Cricket 
Logo, C 

Handy Board MC68H11 16 bits 2 MHz 32 kB (RAM) 9 7 4 ND Interactive 
C 

RCX Hitachi H8 8 bits 16 MHz 32 kB (RAM) - 3  
(ou 
digitais) 

3 Serial infra-
vermelho 

NQC, 
Robolab 

NXT ARM7 32 bits ND 256 kB 
(FLASH) 

- 4 
(ou 
digitais) 

3 USB 2.0, 
Bluetooth 

NBC, NXC 

ROBO 

INTERFACE 

ND 16 bits ND 128 kB 
(FLASH) 

8 4 4 Serial, USB ND 

IFI RC 2 x 
PIC18F8722 

8 bits 40 MHz 128 kB 
(FLASH) 

16 16 0 Serial (TTL e 
RS-232) 

EasyC 

*ND: Não disponível para consulta.



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Analisando os microcontroladores modernos percebe-se uma grande tendência da 

utilização de CPUs com barramento de 16 bits, em situações mais complexas, buscando-se 

maior velocidade de processamento, e custos cada vez mais reduzidos. Os microcontroladores 

com barramento de 8 bits, apesar de muito baratos, apresentam desempenho baixo, 

principalmente quando se deseja trabalhar com múltiplas entradas e saídas. Analisando a 

tabela comparativa, pode-se perceber que há uma tendência, principalmente pela relação entre 

o custo e o desempenho, ao desenvolvimento de plataformas usando microcontroladores de 

16 bits, ainda que plataformas com projetos a mais tempo no mercado continuem com 8 bits. 

Pode-se perceber também que o número médio de I/O’s nas plataformas é oito e que o 

mínimo de entradas analógicas é quatro (exceto RCX). Conexão do tipo USB é uma tendência 

de mercado, tanto que vários PCs (principalmente notebooks) são, atualmente, vendidos 

somente com esse tipo de comunicação serial. 

Em relação ao tipo de memória, a maioria dos produtos possui memória FLASH. A 

opção por este tipo se dá por não ser volátil, diferentemente das memórias RAM. Ou seja, 

permite gravação e leitura elétrica de informações, sem perda de dados mesmo após a 

interrupção da alimentação. Quanto à quantidade, nota-se que, as plataformas com memória 

FLASH têm, no mínimo, 32 kB, migrando para 128kB nas versões mais sofisticadas. 

Quanto à linguagem a ser utilizada, predomina a C e suas variantes, principalmente 

por ser uma linguagem de alto nível, mas que pode acessar funções de baixo nível. Também 

traz vantagem de ser altamente difundida na área técnica. 

Com base nessas análises e nas conclusões descritas, chegou-se à definição do sistema 

que segue. 



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4 Definição do sistema 

 

 

 

Comparando os produtos nacionais e os estrangeiros, percebe-se uma grande diferença 

na quantidade de recursos disponíveis. Percebe-se também, ainda hoje, uma pequena 

quantidade de produtos nacionais disponíveis. De uma forma geral, isso reflete uma carência 

no mercado brasileiro por produtos deste tipo. Baseando-se nesta carência de mercado e nos 

levantamentos feitos até o momento chegou-se a uma definição de arquitetura a ser seguida, 

que será a seguir descrita. 

Pelos motivos acima elencados, optou-se por utilizar uma CPU de 16 bits, que garanta 

maior eficiência e velocidade para o sistema proposto, além de um melhor custo/benefício em 

comparação aos microcontroladores de 8 e 32 bits. 

Previu-se uma demanda máxima de até 128 kB de memória FLASH para programa.  

Esta quantidade de memória é perfeitamente suficiente para a armazenagem de programas 

desenvolvidos para robôs construídos em práticas de Ensino Médio.  

A plataforma precisa ter dezesseis entradas ou saídas (I/O) digitais configuráveis, que 

permitam como entrada sinais provenientes de sensores digitais, teclados ou interruptores, e 

como saída, a ligação de relés, LEDs, entre outros. Caso, em alguma montagem, seja 

necessária uma quantidade maior de entradas ou saídas digitais, o aluno pode recorrer à 

técnica de multiplexação, aumentando assim a quantidade de I/Os. 

Além das saídas digitais, se fazem necessárias saídas especiais com recursos de 

controle de potência. Essas saídas, geralmente utilizadas para o controle de velocidade de 

motores de corrente contínua, são do tipo PWM (pulse width modulation ou modulação de 

largura de pulso). A plataforma deve ter oito saídas de sinais PWM, nas quais são ligados os 



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módulos de potência para motores de corrente contínua, possibilitando controle de 

velocidade. 

Para os sensores analógicos a plataforma tem oito entradas, onde poderão ser ligados 

potenciômetros, extensômetros, LDRs, e outros sensores analógicos, comumente usados na 

robótica para aquisição de dados externos. Para sensores mais complexos, onde se faz 

necessário o condicionamento de um sinal, módulos externos poderão ser utilizados. 

O programa desenvolvido pelo usuário deve ser baixado para a plataforma através de 

um gravador externo, não incorporado na plataforma. 

Para comunicação externa a plataforma possui uma conexão serial RS-232, e uma 

segunda conexão serial, prevista para possível conexão USB (não incluso atualmente na 

placa). 

Outra característica da plataforma é a modularidade. Todos os motores, lâmpadas, 

solenóides, motores de passo, e outras saídas, são acionados através de módulos ligados à 

plataforma. As saídas não fornecem corrente suficiente para acionamentos diretos, ou seja, 

não há etapas de potência na plataforma, reduzindo, com isto, custos de fabricação e tamanho 

físico. Esta modularidade também permite a integração de vários equipamentos de várias 

marcas, visto que a forma de comunicação é padrão e os módulos são facilmente adquiridos 

no mercado. 



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5 Análise das tecnologias de microcontroladores 

 

 

 

Atualmente, são muitas as opções de microcontroladores disponíveis no mercado, 

capazes de atender as especificações mínimas necessárias para a presente proposta (descritas 

no capítulo anterior). É apresentada abaixo uma descrição resumida das principais opções 

disponíveis, que foi obtida após um detalhado estudo sobre as principais tecnologias de 

microcontroladores, mostrando suas características técnicas e viabilidade de uso no projeto. 

Este estudo se fez necessário para validar a escolha da CPU como a mais adequada entre as 

várias disponíveis no mercado. 

 

 

5.1.1 Microcontroladores Atmel 

 

São duas as famílias de microcontroladores 16 bits da Atmel: a AT9x, baseada nos 

microcontroladores AVR e a AT8x, que se baseia na arquitetura dos microcontroladores 

8051. Os microcontroladores AT9x são voltados para o mercado de segurança, com 

características bastante próprias, como por exemplo, aceleradores criptográficos (Atmel, 

2007). Já a linha AT8x foi concebida como substituta da tecnologia MCS-51 de 8 bits, 

apresentando basicamente a mesma arquitetura interna, porém com o dobro da largura de bits. 

A família não possui memória FLASH, apenas memória ROM em alguns modelos, o que 

impede seu uso no presente projeto. 

 

 



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5.1.2 Microcontroladores Freescale 

 

A Freescale Semiconductor possui três famílias de microcontroladores 16 bits: 

56800/E, HC12 e HC16. Usando a busca paramétrica (Freescale, 2007) encontrou-se 16 

microcontroladores tecnicamente viáveis a serem utilizados no projeto. 

Os componentes da família 56800/E são processadores digitais de sinais (Digital 

Signal Processors) com um núcleo de 16 bits, principalmente voltados para o processamento 

matemático de grandes quantidades de dados, geralmente áudio ou vídeo. O custo deles é 

mais alto que microcontroladores comuns, por possuírem componentes de hardware interno 

dedicados.  

As famílias HC12 e HC16 da Freescale englobam microcontroladores de 16 bits 

projetados para substituir produtos no mercado de 8 bits. Podem operar com freqüências de 

até 25 MHz.  A família HC12 visa o mercado embarcado de pequeno porte e automotivo. Já a 

família HC16 visa aplicações de maior porte, pois possui uma arquitetura que permite 

operações de DSP e tratamento de grandes volumes de dados. 

 

 

5.1.3 Microcontroladores Microchip 

 

A Microchip possui três famílias de microcontroladores 16 bits: PIC24, dsPIC30 e 

dsPIC33. Analisando o catálogo de produtos (Microchip, 2007) e comparando com as 

características desejadas para o projeto, tem-se 26 microcontroladores disponíveis. A 

Microchip é concorrente direta da Freescale, sendo que as famílias dsPIC30 e dsPIC33 são 

DSPs (aplicações que exigem processamento digital de sinais), enquanto os componentes da 

família PIC24 são microcontroladores para uso genérico. Uma característica importante que 

vale salientar nos microcontroladores Microchip é a funcionalidade ICSP (In-circuit Serial 

Programming, ou programação serial em-circuito), que é uma técnica onde o 

microcontrolador é programado diretamente na placa onde está montado. 

 

 

 



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5.1.4 Microcontroladores Texas Instruments 

 

A família de microcontroladores de 16 bits da Texas Instruments é a MSP430. São 

microcontroladores de baixíssimo consumo, próprios para aplicações embarcadas. Um ponto 

fraco desta família, entretanto, é que a maioria dos dispositivos disponíveis possui pequena 

capacidade de memória FLASH. Apenas um microcontrolador MSP430 que possui 

capacidade de memória na ordem de 120 kB foi localizado (Texas Instruments, 2007). 

 

 

5.1.5 Microcontroladores Zilog 

 

Também a Zilog possui disponível uma linha de microcontroladores 16 bits. 

Analisando as características necessárias para o projeto tem-se duas famílias disponíveis: 

Z16F2810 e Z16F2811. Estas famílias contém 15 microcontroladores que podem ser usados 

no projeto (Zilog, 2007). A dificuldade de se encontrar pontos de venda e suporte para 

microcontroladores Zilog no mercado nacional foi considerado como fator negativo para 

escolha desta tecnologia. 

 



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6 Definição da arquitetura 

 

 

 

Com base no estudo de mercado apresentado no capítulo anterior, optou-se pelo 

PIC24FJ128GA006, da Microchip. Fatores importantes que levaram à escolha deste 

microcontrolador, além das características técnicas, foram a disponibilidade deste no mercado 

nacional, a facilidade de uso das ferramentas de desenvolvimento e o conhecimento e 

experiência prévia do autor com esta tecnologia de microcontrolador e suas ferramentas de 

desenvolvimento. 

O microcontrolador escolhido é uma CPU para uso genérico com barramento de 16 

bits, capaz de processar 16 milhões de instruções por segundo (MIPS) rodando a 32 MHz. 

Possui 128 kB de memória FLASH, em conformidade com o que foi definido como desejado 

para o projeto. Além da memória FLASH, possui 8 kB de memória SRAM. Tem 53 pinos que 

podem ser utilizados como I/O, dos quais 16 serão diretamente utilizados na plataforma. 

Possui 16 canais de conversão analógico-digital (A/D), sendo que oito serão utilizados para 

leitura de entradas analógicas. Em relação às saídas PWM, o microcontrolador possui 

internamente um total de cinco. Neste quesito para atender aos requisitos da proposta (o 

projeto demanda um total de oito canais PWM), serão utilizados implementações em software 

com programação de temporizadores para atualização de três pinos de I/O, constituindo os 

três sinais PWM faltantes. A disponibilidade de temporizadores para este fim é garantida, pois 

o microcontrolador possui cinco timers.  O microcontrolador possui ainda cinco pinos de 

interrupção, dos quais quatro serão utilizados. 

A comunicação é feita através de dois canais seriais (UART) disponíveis no 

microcontrolador, aos quais serão conectados circuitos de transceiver para implementação de 

interfaces USB e RS-232. A programação da memória pode ser feita de duas maneiras: 



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através de uma interface JTAG (Joint Test Action Group), ou através de ICSP (In-Circuit 

Serial Programming). Ambas as maneiras de programação são padrões de programação serial 

e não há a necessidade da retirada ou desligamento do microcontrolador do circuito para a 

gravação do mesmo. 

A alimentação deste microcontrolador deve ser entre 2 e 3,6 V, sendo que o 

encapsulamento é de montagem em superfície (SMD, surface mounting device), tendo 64 

pinos TQFP (thin quad flat pack) (Figura 13). 

 

 
FIGURA 13: PIC24FJ128GA006. 



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7 Projeto do circuito 

 

 

 

7.1 Pinagem do microcontrolador 

 

Conforme já comentado, o microcontrolador escolhido possui 64 pinos em 

encapsulamento TQFP. Na Figura 14 é apresentada a distribuição dos pinos do 

PIC24FJ128GA006 e a forma como estes foram empregados para os diferentes recursos 

do presente projeto. 

 



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FIGURA 14: Utilização dos pinos. 

 

Na tabela abaixo (Tabela 2) são descritas as ligações dos pinos na plataforma e suas 

funções. 

 

TABELA 2: Ligação dos pinos do microcontrolador na plataforma.  
Ligação Pino 

plataf. 

Pino 

PIC 

Função Descrição 

AD1 11 AN5 

AD2 12  AN4 

AD3 13 AN3 

AD4 14 AN2 

A/D 

AD5 17 AN6 

Entrada analógica. 



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AD6 18 AN7 

AD7 29 AN14 

AD8 30 AN15 

- 9 

- 25 

- 41 

Vss Pólo negativo (GND). 

- 10 

- 26 

- 38 

Vdd Pólo positivo (3,3 V). 

- 19 AVdd Pólo positivo para canais A/D (3,3 V). 

- 20 AVss Pólo negativo para canais A/D (GND). 

- 56 Vddcap Conexão para capacitor externo de 

filtragem. 

Alimentação 

- 57 ENVREG Habilita regulador de tensão interno. 

- 39 OSC1 Conexão de entrada do oscilador 

principal. 

Clock 

- 40 OSC2 Conexão de saída do oscilador 

principal. 

- 7 MCLR Master Clear Input. 

- 15 PGC1 Entrada de clock para gravação serial 

in-circuit. 

ICSP 

- 16 PGD1 Entrada de dados para gravação serial 

in-circuit. 

INT1 42 INT1 

INT2 43 INT2 

INT3 44 INT3 

Interrupção 

INT4 45 INT4 

Entrada de interrupção externa. 

IO1 47 RC13 

IO2 48 RC14 

IO3 59 RF1 

I/O 

IO4 35 RF6 

Entrada / Saída digital. 



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IO5 37 RG2 

IO6 36 RG3 

IO7 4 RG6 

IO8 5 RG7 

IO9 60 RE0 

IO10 61 RE1 

IO11 62 RE2 

IO12 63 RE3 

IO13 64 RE4 

IO14 1 RE5 

IO15 2 RE6 

IO16 3 RE7 

BAT1 21 AN8 Entrada analógica da tensão da bateria 

principal. 

BAT2 22 AN9 Entrada analógica da tensão da bateria 

secundária. 

- 23 RB10 

- 24 RB11 

- 27 RB12 

Monitor 

Baterias 

- 28 RB13 

Saída para LED’s de monitoramento 

de nível de bateria. 

PWM1 46 OC1 

PWM2 49 OC2 

PWM3 50 OC3 

PWM4 51 OC4 

PWM5 52 OC5 

Saída PWM. 

PWM6 53 RD5 Saída digital com PWM gerado com 

TIMER1. 

PWM7 54 RD6 Saída digital com PWM gerado com 

TIMER2. 

PWM 

PWM8 55 RD7 Saída digital com PWM gerado com 

TIMER3. 



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Reset - 7 MCLR Este pino é colocado em nível baixo 

para resetar. 

RS1 33 U1RX Receptor serial. RS-232 

RS2 34 U1TX Transmissor serial. 

USB1 32 U2TX Transmissor serial. USB 

(UART2) USB2 31 U2RX Receptor serial. 

 

 

7.2 Alimentação 

 

Os diferentes circuitos da placa levam à necessidade de pelo menos duas tensões de 

alimentação (3,3 V para o microcontrolador e 5 V para drivers e transceiver). Assim, o 

circuito de alimentação da placa emprega dois reguladores de tensão e capacitores para 

filtragem. Na prática, o microcontrolador será alimentado com tensão positiva de 3,3 V 

regulado por um LM1086-3.3. O outro regulador, LM7805, é utilizado para regular a tensão 

em 5 V que serve de alimentação para outros componentes da plataforma.  

Existem duas entradas para baterias: uma principal, com tensão nominal de 12 V, e 

uma secundária, onde deverá ser ligada uma bateria de 7,2 V. A bateria secundária somente 

irá alimentar a plataforma caso a primária fique descarregada. A Figura 15 mostra o circuito 

de alimentação. 

 

 
FIGURA 15: Circuito de alimentação da plataforma. 

 

 



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7.3 PWM 

 

O microcontrolador PIC24FJ128GA006 possui cinco geradores de PWM internos. São 

eles: OC1, OC2, OC3, OC4 e OC5, disponíveis nos pinos 46, 49, 50, 51 e 52, 

respectivamente. As outras três saídas (pinos 53, 54 e 55) terão os sinais PWM gerados por 

software usando temporizadores do microcontrolador.  

Para geração de sinais de saída compatíveis com outros equipamentos comerciais, foi 

empregado um array de oito transistores (ULN2803) com resistores pull-up de 10 kΩ, para 

elevar a tensão de saída dos PWMs de 3,3 V para 5V.  

A conexão externa é feita através de barras com oito conjuntos de três pinos cada, 

sendo um para o sinal de PWM, um para 5 V e um para o terra, padrão este utilizado no 

mercado de modelismo. Os dois pinos de alimentação (5 V) são utilizados, geralmente, para 

alimentar o circuito lógico do módulo de potência. A Figura 16 mostra o circuito de PWM. 

 

 
FIGURA 16: Circuito de PWM. 

 

 

 



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7.4 Entradas e saídas digitais (I/O) 

 

São 16 pinos que podem ser programados como entrada de sinal digital ou saída digital (0 

ou 1). São usados resistores de pull-up de 10 kΩ, que garantem como padrão na entrada o 

sinal da tensão de alimentação (3,3 V). A corrente máxima de saída dos pinos de I/O do 

microcontrolador é de 18 mA (Microchip, 2006). Sendo assim colocou-se um resistor de 

220Ω (calculado como R = 3,3 / 18m = 183,33 Ω) para limitá-la, evitando danos aos pinos. A 

conexão de cada I/O é feita com uma barra de pinos duplos, sendo um ligado ao pino e o 

outro ao negativo (GND). A Figura 17 mostra o circuito de I/O. 

 

 
FIGURA 17: Circuito de I/O. 

 

 

7.5 Entradas analógicas  

 

Para as oito entradas analógicas está prevista a conexão direta através dos pinos 11, 

12, 13, 14, 17, 18, 29 e 30. Nestes pinos há conversores analógico-digitais internos, de 10 bits 

de resolução. Não foram projetados filtros ou quaisquer circuitos de condicionamento de 

sinais neste projeto devido ao tempo limitado de execução. A Figura 18 mostra o circuito das 



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entradas analógicas. Procurou-se apenas reduzir no layout a distância entre os terminais do 

microcontrolador e o conector de entrada, procurando reduzir assim a incidência de ruídos. Os 

conversores internos trabalham na faixa de tensão de 0 a 3,3 V. 

 

 
FIGURA 18: Entradas analógicas. 

 

 

7.6 RS-232 

 

Para comunicação serial será usado o padrão RS-232, que é amplamente difundido no 

mercado. Para a conversão dos sinais TTL gerados pela UART (Universal Asynchronous 

Receiver Transmitter) do microcontrolador para o padrão RS-232 é utilizado o conversor 

MAX203, que dispensa o uso de componentes externos, reduzindo assim o tamanho da placa. 

A saída dos sinais RS-232 estará disponível em uma barra de dois pinos (Tx e Rx). A 

comunicação serial permite assim a ligação de dispositivos externos à plataforma, além da 

possibilidade de troca de dados entre duas plataformas. A Figura 19 mostra o circuito de 

comunicação RS-232. 

 

 



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FIGURA 19: Comunicação serial RS-232. 

 

 

7.7 USB 

 

O conversor USB (TUSB3410) não será montado na placa principal da plataforma. 

Este será montado de forma modular, em uma placa separada. Optou-se por essa forma de 

implementação para diminuir o tamanho, o peso e o consumo da plataforma. Tem-se 

disponível então a conexão UART2 do microcontrolador, através de dois pinos, os quais 

podem ser conectados ao módulo USB quando este se fizer necessário. 

 

 

7.8 Circuito de Gravação ICSP 

 

A memória FLASH do PIC24FJ128GA006 será gravada de forma serial através de 

três pinos (MCLR, PGC1 e PGD1) pelo método ICSP. Está previsto na plataforma um 

conector RJ-12, padrão utilizado nos gravadores da Microchip. Para gravação se faz 

necessário o uso de um gravador, disponível no mercado nacional. 



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O método de gravação ICSP exige ainda um circuito simples, com um resistor de 

10kΩ para pull-up no pino Vpp/MCLR. A Figura 20 apresenta o circuito implementado. 

 

 
FIGURA 20: Circuito de gravação ICSP. 



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8 Montagem de protótipos 

 

 

 

Durante o desenvolvimento e para testes de funcionamento e programação, foram 

montados dois protótipos, descritos a seguir: 

 

 

8.1 Primeiro Protótipo 

 

O primeiro protótipo montado consistia no circuito de filtragem da alimentação, clock, 

ICSP e três saídas de I/O. Foi utilizado somente para testes de gravação do gravador e do 

microcontrolador. Nesta etapa foi desenvolvido um programa que piscava LEDs colocados 

nas três saídas de I/O (RE0, RE1 e RE2) e, com isso, comprovava o funcionamento do 

gravador, do circuito de gravação, do circuito de clock e da alimentação do microcontrolador. 

Para a programação do protótipo foram utilizados dois compiladores de linguagem C: 

MPLAB C30 Compiler (Microchip, 2005) e o CCS C Compiler (CCS, 2007). Ambos os 

compiladores foram utilizados no ambiente de desenvolvimento MPLAB. O compilador 

MPLAB C30 é da própria Microchip, voltado para CPUs de 16 bits, sendo um compilador 

mais complexo, porém mais recente. Como tem menor tempo de mercado, traz uma biblioteca 

de funções mais limitada, o que acaba tornando a programação mais difícil. O compilador 

CCS C, da empresa Custom Computer Service Inc., possui uma biblioteca de funções bem 

mais elaborada, com recursos prontos para leitura A/D, programação dos TIMERs, 

comunicação serial, geração de PWM, e várias outras. Estas funções deixam a programação 

muito mais simples, preferível de ser aplicada a alunos de Ensino Médio.

 



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Para a gravação da plataforma foram testados dois gravadores ICSP: o MPLAB ICD2 

(Microchip, 2005) e o nacional Exsto ICD2 (Exsto, 2007). Ambos os gravadores funcionaram 

perfeitamente, sendo totalmente compatíveis com a plataforma. Para o gravador da Exsto foi 

necessária a montagem de um cabo adicional, pois o cabo que acompanha o gravador possui 

um conector diferente do utilizado na plataforma e no gravador da Microchip (RJ-12). 

 Na Figura 21 é apresentado o circuito e a placa do protótipo desenvolvido com a 

ferramenta Eagle, versão 4.16r2. A placa do primeiro protótipo (Figura 22) ficou com 51 x 83 

mm, e a alimentação teve de ser regulada em 3,3 V, visto que ela não possuía regulador de 

tensão. 

 
FIGURA 21: Esquemático e placa de circuito impresso do primeiro protótipo. 

 

 

FIGURA 22: Foto do primeiro protótipo. 



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8.2 Segundo Protótipo 

 

O segundo protótipo já se aproximava bastante da versão final, tendo todos os recursos 

previstos na plataforma e o tamanho de 100 x 160 mm. A Figura 23 apresenta o esquemático 

do segundo protótipo, enquanto a Figura 24 mostra a placa de circuito impresso desenvolvida 

para este protótipo. 

 

 
FIGURA 23: Esquemático do segundo protótipo. 

 

 
FIGURA 24: Placa de circuito impresso do segundo protótipo. 



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Com o segundo protótipo montado foi realizada uma série de testes de funcionamento, 

como leitura de canais A/D, temporizadores, geração de PWM, acionamento simultâneo e 

alternado de pinos de I/O, buscando-se validar o projeto. Durante esta fase perceberam-se 

algumas melhorias que poderiam ser feitas, como, por exemplo, a alocação de saídas I/O para 

indicação de carga das baterias através de LEDs bicolores. 

Outra modificação implementada com base nos testes foi a troca dos diodos zener dos 

pinos de I/O por resistores de pull-up de 10 kΩ . A Figura 25 é uma foto do segundo protótipo 

montado. 

 

 
FIGURA 25: Foto do segundo protótipo. 

 



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9 Desenvolvimento da placa de circuito impresso 

 

 

 

9.1 Layout 

 

Após a realização dos testes e a implementação das melhorias no circuito, foi realizado 

o roteamento do layout da placa de circuito impresso final da plataforma. Para o 

desenvolvimento do esquemático e roteamento da placa foi utilizado o software Eagle, versão 

4.16r2. A Figura 26 apresenta o circuito final e a Figura 27 mostra a versão final da placa 

desenvolvida para a plataforma. 

 

 
FIGURA 26: Circuito final da plataforma.



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FIGURA 27: Placa de circuito impresso da plataforma. 

 

A placa final ficou com 64 x 83 mm. Utiliza tecnologia dupla face com trilhas de 8 

mils (0,2 mm) de espessura, espaçamento entre trilhas de 8 mils, metalização, estanhamento e 

máscara de solda. Por questões de acabamento e confiabilidade, esta placa foi fabricada por 

uma empresa especializada. A Figura 28 é uma foto da placa produzida. 

 



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FIGURA 28: Foto da placa de circuito impresso da plataforma. 

 

 

9.2 Montagem 

 

A etapa seguinte engloba a soldagem dos componentes e montagem da plataforma. A 

seguir é apresentada a lista dos componentes eletrônicos utilizados na montagem. 

 

Semicondutores 
IC1 - PIC24FJ128GA006 - microcontrolador 
IC2 - LM1086-3.3 - regulador para 3,3V 
IC3 - MAX203 – conversor RS-232 
IC4 - LM7805 - regulador para 5V 
IC5 - ULN2803 – array de transistores 
D17 - 1N5400 – diodo de uso genérico para 3A 
D18 - 1N5400 – diodo de uso genérico para 3A 
LED1 - LED comum vermelho 5mm 
D1 - LED bicolor 5mm 
D2 - LED bicolor 5mm 
 
Resistores: 5% - 1/8W 
R7 a R22 - 220Ω 
R23 - 1kΩ 
R24 - 10kΩ 
R45 a R48 - 220Ω 
RN1 a RN3 - 10kΩ - rede resistiva de oito elementos 
 
Capacitores 
C6 - 1uF - eletrolítico 
C7 e C8 - 33pF - cerâmico 
C9 - 1uF - cerâmico 
C10 a C14 - 100n - cerâmico 
C16 - 100uF - eletrolítico 



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Conectores 
AD - Barra de pinos 8x2 
AL - Conector parafusável com três segmentos p/ bateria 
BAT – Barra de pinos 2x1 
INT – Barra de pinos 4x2 
IO - Barra de pinos 16x2 
J1 - Conector RJ-12 
PWM - Barra de pinos 8x3 
RS232 - Barra de pinos 2x1 
UART - Barra de pinos 2x1 
 
Q1 - 32MHz - oscilador 
RESET – chave push-button 

 

A Figura 29 mostra a plataforma pronta. 

 

 
FIGURA 29: Plataforma pronta, montada em PCI. 

 



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10 Aplicação de validação 

 

 

 

A fim de validar a plataforma de controle desenvolvida foi elaborada uma aplicação 

exemplo, que utiliza diversas funcionalidades da placa, tais como entradas analógicas, saídas 

digitais e acionamento PWM. 

 A aplicação escolhida é bastante tradicional para aulas práticas de robótica 

educacional, servindo como estudo de caso real para demonstração do funcionamento da 

plataforma. 

Trata-se de uma aplicação de um robô seguidor de linha. Nesta aplicação o robô, 

controlado pela plataforma desenvolvida, tem a tarefa de seguir uma linha preta em uma mesa 

branca. 

A seguir serão detalhadas as características de hardware e software montadas para 

desenvolver a aplicação citada. 

 

 

10.1 Hardware 

 

Para alimentação do robô foi utilizada uma bateria de 12 V / 6 A/h. O oscilador 

montado na plataforma foi de 32 MHz. Para a detecção da linha foram confeccionados 

sensores utilizando emissores e receptores de infravermelho. Os sensores utilizados foram o 

TIL32 (LED emissor infravermelho) e TIL78 (fotoreceptor). A fim de operar com sinais de 

3,3 V, compatível com o microprocessador da placa, foi utilizado o circuito abaixo (Figura 

30). O potenciômetro é de 10 kΩ. 

 



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FIGURA 30: Circuito do sensor para detecção da linha. 

 

Os sensores são ligados às entradas analógicas AN4 e AN5. São usados dois conjuntos 

de sensores (fotoemissor e fotoreceptor) a fim de detectar as bordas da direita e esquerda da 

linha a ser seguida. Desta forma o robô estará sempre andando centrado sobre a linha mestre. 

Conforme a cor da mesa (linha preta sobre um fundo branco) os sensores retornam à 

entrada um valor de tensão diferente.  

O acionamento do robô é feito através de dois motores controlados, através de um 

módulo de potência, por pinos de I/O da plataforma. A plataforma de potência utilizada foi 

montada para esta aplicação com um circuito simples de amplificação empregando um 

transistor TIP120 (Figura 31). Os pinos escolhidos para acionamento dos motores são RE7 e 

RE6. 

Foram utilizados na aplicação dois motores de 12 V, cujo consumo sem carga é de 150 

mA. Os motores foram retirados de impressoras a jato de tinta e em seus eixos foram 

colocadas reduções de 9:1. O tamanho dos motores é de 3,6 cm de diâmetro e 9 cm de 

comprimento. Os motores são da marca HP, modelo C2162-60006. 

Na montagem do robô, o sensor da esquerda foi ligado à entrada analógica AN5, e o 

da direita na entrada AN4. O motor da esquerda foi ligado à saída RE7, enquanto o da direita 

na saída RE6. 

 



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FIGURA 31: Circuito do robô seguidor de linha. 

 

A Figura 32 mostra o robô, com a plataforma, na pista. 

 

 
FIGURA 32: Plataforma aplicada em robô seguidor de linha. 

 

 



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10.2 Software 

 

A partir das definições de forma de conexão e pinagem envolvida na montagem 

mecânica, passou-se para a etapa de programação. A plataforma foi então programada, usando 

o compilador MPLAB C30 (Microchip, 2007), para que controlasse o robô da forma desejada, 

conseguindo assim atingir o objetivo. A seguir é apresentado o código-fonte do programa 

desenvolvido para o teste da plataforma com a aplicação de seguidor de linha. 

 

1 
2 
3 
4 
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6 
7 
8 
9 
10 
11 
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13 
14 
15 
16 
17 
18 
19 
20 
21 
22 
23 
24 
25 
26 
27 
28 
29 
30 
31 
32 
33 
34 
35 
36 
37 
38 
39 
40 
41 
42 
43 
44 

#include <p24FJ128GA006.h> 
#include <adc.h> 
 
int main(void) 
{ 
OC1CON = 0x0006;   // Aciona PWM1  
OC5CON = 0x0006;   // Aciona PWM5 
 
// Comum para todos os PWMs 
PR2 = 0x1869;   // Inicializa PR2 
T2CONbits.TON = 1;  // Inicia o TIMER2 
 
// Configuracao dos canais AD 
AD1CON1 = 0x80E4;     // Liga, com auto amostragem e auto conversao 
AD1CON2 = 0;  // AVdd, AVss, conversao para inteiro 
AD1CON3 = 0x1F05;  // Tad auto amostragem, Tad = 5*Tcy 
AD1PCFGbits.PCFG5 = 0; // Desabilita AN5 como entrada digital 
AD1PCFGbits.PCFG4 = 0; // Desabilita AN4 como entrada digital 
AD1CSSL = 0;  // Nenhuma entrada é auto escaneada 
 
// Configuracoes do TIMER1, usado para delay 
T1CON = 0x00;   // Desliga TIMER1 e reseta reg. de contole 
TMR1 = 0x00;  // Limpa o valor do registrador do TIMER1 
PR1 = 0x009F;  // Seta o registrador de Período 
IFS0bits.T1IF = 0; // Limpa a flag de estouro do TIMER1 
 
unsigned long v1, v2, temp; 
 
for(;;){ 
 
// Primeiro ADC - esquerda 
 AD1CHS = 5; 
 TMR1 = 0x00; 
 T1CONbits.TON = 1; 
 while (!IFS0bits.T1IF); 
 T1CONbits.TON = 0; 
 IFS0bits.T1IF = 0; 
 while(!AD1CON1bits.DONE);  //le valor do AD 
 v1 = (long) ADC1BUF0; 
 if (v1 > 0xfe)   //ta no preto 
  { 
   OC1RS = 0x1869; //tempo desligado 
   OC1R = 0x0000;  //tempo ligado 
  } 



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66 
67 
68 
69 
70 
71 
72 

  else    //ta no branco 
  { 
   OC1RS = 0x124E; //tempo desligado 
   OC1R = 0x061A; //tempo ligado 
  } 
 
// Leitura Segundo ADC - direita 
 AD1CHS = 4; 
 TMR1 = 0x00; 
 T1CONbits.TON = 1; 
 while (!IFS0bits.T1IF); 
 T1CONbits.TON = 0; 
 IFS0bits.T1IF = 0; 
 while(!AD1CON1bits.DONE);  //le valor do AD 
 v2 = (long) ADC1BUF0; 
 if (v2 > 0xfe)   // ta no preto 
  { 
   OC5RS = 0x1869; //tempo desligado 
   OC5R = 0x0000;  //tempo ligado 
  } 
  else    // ta no branco 
  { 
   OC5RS = 0x124E; //tempo desligado 
   OC5R = 0x061A;  //tempo ligado 
  } 
} 
return(0); 
} 

 

Os delays de 10 microssegundos (linhas 33 a 37 e 53 a 57, sendo que o TIMER1 foi 

utilizado para este delay) entre a seleção de uma entrada analógica (linhas 32 e 52) e a leitura 

do dado (linhas 38 e 58) são necessários para a estabilização do valor na entrada a ser lida 

pelo microcontrolador. 

Ao encontrar a linha preta com o sensor da esquerda, quando a leitura do A/D for 

muito alta (linha 40) a plataforma reduz a zero o PWM do motor esquerdo (linhas 42 e 43), o 

qual volta a ser ativado ao sair da linha (linhas 47 e 48). O mesmo acontece para o lado 

direito, mantendo-se assim em cima da linha guia. 

Para o acionamento dos motores foi utilizada a técnica de PWM, que consiste em 

modular a largura do pulso elétrico, controlando, assim a velocidade do motor, sem alterar 

significativamente seu torque. 

O princípio de funcionamento do PWM é a geração de um clock e a aplicação deste 

clock para o acionamento da carga. Este clock terá um ciclo ativo (duty cycle), que é a parte 

em nível alto do sinal, responsável pela entrega de potência à carga. Este ciclo ativo pode ser 

variado de 0% a 100%, variando, assim, a potência entregue à carga. Observando a Figura 30, 

a qual apresenta um exemplo de PWM, percebe-se que a tensão média (e a potência entregue 



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à carga) do último gráfico é maior que os dois outros. Então, com este PWM aplicado a um 

motor, a velocidade do último seria maior do que as dos outros dois anteriores (Valentine, 

1998). 

 

 
FIGURA 33: Exemplo de PWM. 

 

O PWM gerado para a aplicação foi de 2 kHz de clock, com ciclo ativo de 25%. Este 

valor de clock e ciclo ativo foram definidos empiricamente. No programa o clock é definido 

pelo valor do registrador PR2, que é calculado em função da freqüência do cristal do circuito 

e do prescaler do TIMER utilizado para o controle (Microchip, 2007), como no exemplo: 

Período do Clock = (PR2 + 1) * Período do ciclo ativo * Prescaler 

500 µs = (PR2 + 1) * 80 ns * 1 

PR2 = 6249 

O ciclo ativo é definido pelo valor de OC1R, e o valor de OC1RS define o valor de 

ciclo inativo (carga não alimentada). 

O sistema foi ensaiado em laboratório, respondendo e funcionando conforme o 

esperado.



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11 Conclusões e Trabalhos futuros 

 

 

 

O trabalho teve grande validade na formação acadêmica do autor, pois serviu para 

consolidar e aprofundar os conhecimentos em diversas áreas estudadas durante o curso de 

Engenharia da Computação. 

Para este trabalho foi necessário o projeto e desenho de esquemas eletrônicos e a 

geração e fabricação de placas de circuito impresso em softwares específicos. Também foi 

necessário o estudo de compiladores e ferramentas em C para programação em 

microcontroladores. 

A plataforma desenvolvida tem todas as características e recursos necessários para 

atingir os objetivos propostos, nas áreas de robótica educacional e robótica de competição.  

Alguns recursos ainda podem ser implantados, e como trabalhos futuros destacam-se, 

na parte de software, a criação de bibliotecas de funções para uso dos recursos da plataforma. 

Na parte de hardware alguns módulos como o módulo de comunicação USB, o gravador 

ICSP, módulos de potência e condicionamento de sinais de sensores, devem ser projetados e 

desenvolvidos. 



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