CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIVATES 

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO 

 

 

 

 

 

 

ANÁLISE ECONÔMICA PARA MAXIMIZAÇÃO DA RENTABILIDADE 

EM UMA PROPRIEDADE RURAL NO VALE DO TAQUARI/RS 

 

 

Douglas Jacó Sulzbach 

 

 

 

  

 

 

 

Lajeado, novembro de 2015. 



   

 

 

Douglas Jacó Sulzbach 

 

 

 

 

 

 

 

ANÁLISE ECONÔMICA PARA MAXIMIZAÇÃO DA RENTABILIDADE 

EM UMA PROPRIEDADE RURAL NO VALE DO TAQUARI/RS 

 

 

Monografia apresentada na disciplina de 

Trabalho de Curso II, do Curso de 

Administração, do Centro Universitário 

Univates, como parte da exigência para a 

obtenção do título Bacharel em Administração. 

Orientador: Prof. Ms. Ilocir José Führ 

 

 

 

Lajeado, novembro de 2015.



   

 

 

 AGRADECIMENTOS 

Primeiramente а Deus que permitiu que tudo isso acontecesse ao longo de 

minha vida, não somente nestes anos como universitário, mas em todos os 

momentos. 

Agradeço meus pais, pelo amor, incentivo е apoio incondicional, que nos 

momentos de minha ausência dedicados ao estudo superior, sempre fizeram entender 

que о futuro é feito а partir da constante dedicação no presente. 

A minha esposa, que se dedicou e me apoiou em todos as ocasiões e pela 

compreensão em todos os momentos em que estive distante ou ausente. 

Ao meu orientador Prof. Ms. Ilocir José Führ, pelo suporte no pouco tempo que 

lhe coube, pelas suas sugestões е incentivos. 

Agradeço а todos os professores por terem me proporcionado о conhecimento 

não apenas racional, mas а manifestação do caráter е afetividade da educação no 

processo de formação profissional. 

A esta universidade, seu corpo docente, direção е administração que 

oportunizaram um horizonte superior. 

A todos os demais que de alguma forma contribuíram e fizeram parte da minha 

formação, о meu muito obrigado. 

 



   

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

“Talvez não tenha conseguido fazer o melhor, mas lutei para que o melhor 

fosse feito. Não sou o que deveria ser, mas Graças a Deus, não sou o 

que era antes” (MARTHIN LUTHER KING). 



 

 

 RESUMO 

A administração financeira faz referência a todas as ações e procedimentos 
administrativos, visando maximizar a rentabilidade das atividades. Assim, objetivou-
se com esta pesquisa, realizar a análise econômica das atividades produtivas de uma 
propriedade rural situada no Vale do Taquari/RS, visando à maximização da 
rentabilidade. A propriedade rural, objeto deste estudo, tem como suas principais 
atividades a pecuária leiteira e a agricultura de milho e soja, o quais são negociados 
com a cooperativa beneficiadora e empresas do ramo cerealista, respectivamente. 
Para tanto, no desenvolvimento da pesquisa, foram abordados conceitos de 
especialistas da área financeira, gestão do agronegócio, custos, receitas, e análise de 
indicadores econômicos. Ao mesmo tempo, o estudo tem como propósito atender 
objetivos específicos, como levantar a utilização dos fatores de produção por cada 
uma das atividades, assim como sua capacidade de produção; mensurar as receitas, 
custos operacionais e margens de cada atividade; verificar a participação de cada 
uma das atividades nos resultados econômicos da propriedade rural; calcular a partir 
dos resultados, os índices de rentabilidade e as margens econômicas pelos fatores 
de produção de cada atividade; identificar a partir dos resultados econômicos, a 
combinação das atividades desenvolvidas para maximização da rentabilidade. Para 
isso, utilizou-se para a coleta de dados a pesquisa exploratória e descritiva de forma 
aplicada, com abordagem quantitativa, por meio da análise documental, bibliografia e 
estudo de caso. Para análise dos dados realizou-se processamento eletrônico dos 
dados, bem como a análise dos índices de rentabilidade, considerando a margem 
bruta, a margem líquida como indicadores de eficiência econômica. Concluiu-se que 
a adequada apropriação dos fatores produtivos da propriedade rural promoveu 
aumento de 19% na rentabilidade e aumento de R$ 32.307,93 na margem líquida. 

Palavras-chave: Administração financeira. Gestão rural. Fatores de produção. 
Análise econômica.  



 

 

   LISTA DE QUADROS 

Quadro 1 - Funções da administração financeira ...................................................... 22 

Quadro 2 - Estrutura do custo de produção sugerido por Matsunaga ....................... 33 

Quadro 3 – Estrutura dos fatores de produção. ........................................................ 56 

 



 

 

LISTA DE TABELAS 

Tabela 01 - Recursos disponíveis para cada uma das atividades econômicas na 

propriedade rural ....................................................................................................... 61 

Tabela 02 - Renda bruta, custo operacional efetivo e custo operacional total da 

produção leiteira, no período de setembro 2014 a setembro de 2015. ..................... 65 

Tabela 03 - Renda bruta, custo operacional efetivo e custo operacional total da 

produção de milho , nas safras 2014/2015................................................................ 67 

Tabela 04 - Renda bruta, custo operacional efetivo e custo operacional total da 

produção de soja , na safra 2014/2015. .................................................................... 69 

Tabela 05 - Renda bruta, custos operacionais, margens e lucratividade das atividades 

econômicas desenvolvidas na propriedade rural. ..................................................... 71 

Tabela 06 - Índices econômicos por fator de produção referentes às atividades 

econômicas praticadas na propriedade rural. ............................................................ 74 

Tabela 07 – Variações nos valores e índices econômicos da atividade leiteira. ....... 79 

Tabela 08 – Variações nos valores índices econômicos da agricultura de soja. ....... 80 

Tabela 09 – Variações nos valores e índices econômicos da propriedade rural, a partir 

das atividades econômicas. ...................................................................................... 81 



 

 

LISTA DE GRÁFICOS 

Gráfico 01 - Distribuição atual das áreas produtivas (hectares) da propriedade rural, 

às atividades econômicas. ........................................................................................ 61 

Gráfico 02 - Distribuição atual do patrimônio (R$) da propriedade rural. .................. 62 

Gráfico 03 - Distribuição atual da mão-de-obra (horas/ano) da propriedade rural às 

atividades econômicas. ............................................................................................. 63 

Gráfico 04 - Participação das atividades produtivas nos resultados econômicos da 

propriedade rural. ...................................................................................................... 73 

Gráfico 05 - Proposta para nova distribuição dos fatores de produção para a 

propriedade rural ....................................................................................................... 76 

 



 

 

LISTA DE ABREVIATURAS 

COE – Custo operacional efetivo 

CONAB – Companhia Nacional de Abastecimento 

COT – Custo operacional total 

CT- Custo total 

HA - Hectares 

HRS - Horas 

MB – Margem bruta 

ML – Margem líquida 

RB –Renda bruta 

RBT – Renda bruta total 

RS – Rio Grande do Sul 

R$ - Reais



 

 

SUMÁRIO 

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 12 

1.1 Delimitação do estudo ...................................................................................... 13 

1.2 Problema de pesquisa ...................................................................................... 14 

1.3 Objetivos ............................................................................................................ 16 

1.3.1 Objetivo geral.................................................................................................. 16 

1.3.2 Objetivos específicos ..................................................................................... 16 

1.4 Justificativa ........................................................................................................ 16 

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................. 19 

2.1 Administração financeira .................................................................................. 19 

2.2 A função do administrador financeiro ............................................................. 21 

2.3 Gestão Rural ...................................................................................................... 23 

2.3.1 Fatores limitantes à gestão rural .................................................................. 24 

2.4 Definição das receitas ....................................................................................... 25 

2.5 Classificação de receitas .................................................................................. 26 

2.5.1 Fatores que afetam o preço ........................................................................... 27 

2.6 Gerenciamento de Custos de produção .......................................................... 28 

2.7 Definição do custo de produção ...................................................................... 30 

2.7.1 Custos diretos e indiretos ............................................................................. 31 

2.7.2 Custos fixos e variáveis ................................................................................. 32 



 

 

2.7.3 Classificação de custos operacionais .......................................................... 32 

2.7.4 Depreciação de recursos ............................................................................... 34 

2.7.5 Critérios de rateio ........................................................................................... 35 

2.8 Análise econômica no agronegócio ................................................................ 36 

2.8.1 Indicadores econômicos ............................................................................... 38 

2.8.2 Análise de indicadores financeiros .............................................................. 40 

2.9 Organização da empresa agrícola ................................................................... 41 

2.9.1 Relação entre linhas de exploração .............................................................. 41 

2.10 Mix de atividades produtivas ......................................................................... 42 

3 MÉTODO ................................................................................................................ 45 

3.1 Definição da pesquisa quanto aos seus objetivos ......................................... 45 

3.2 Definição da pesquisa quanto à natureza de abordagem .............................. 46 

3.3 Definição da pesquisa quanto à forma de abordagem .................................. 46 

3.4 Definição da pesquisa quanto aos procedimentos técnicos ........................ 48 

3.5 Unidade e sujeito de análise ............................................................................ 49 

3.6 Coleta de dados ................................................................................................. 50 

3.6.1 Fontes de dados primários ............................................................................ 50 

3.6.2 Fontes de dados secundários ....................................................................... 51 

3.7 Análise de dados ............................................................................................... 52 

3.8 Limitações do método ...................................................................................... 53 

4 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA E DO SETOR .............................................. 54 

4.1 História ............................................................................................................... 54 

4.2 A empresa rural ................................................................................................. 55 

4.3 Características peculiares do setor agronegócio........................................... 57 

4.4 Macroambiente do agronegócio ...................................................................... 58 

5 LEVANTAMENTO E ANÁLISE DOS RESULTADOS ........................................... 60 



 

 

5.1 Disponibilidade e utilização dos fatores de produção pelas atividades 
econômicas .............................................................................................................. 60 

5.2 Receitas, custos operacionais e margens das atividades ............................. 64 

5.2.1 Atividade leiteira ............................................................................................. 65 

5.2.2 Agricultura de milho ....................................................................................... 67 

5.2.3 Agricultura de soja ......................................................................................... 69 

5.3 Participação das atividades nos resultados econômicos ............................. 70 

5.4 Índices de rentabilidade e margens econômicas das atividades pelos 
fatores de produção ................................................................................................ 73 

5.6 Combinação das atividades para maximização da rentabilidade ................. 76 

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 82 

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 84 

APÊNDICES ............................................................................................................. 87 

 

 



 

 

1 INTRODUÇÃO 

No atual cenário econômico, cada vez mais, a globalização das atividades 

empresariais e a competitividade no mercado tornam-se fatores limitantes à 

sobrevivência e desenvolvimento dos empreendimentos. Nos últimos tempos, 

mudanças ocorridas na economia ressaltaram ainda mais a importância e a 

necessidade dos negócios contarem com administradores capazes de desenvolver 

estratégias competitivas e apresentarem resultados.  

A exemplo dos demais segmentos empresariais, o agronegócio, mais 

especificamente a propriedade rural, também sofre os efeitos deste cenário de 

redução das margens de lucro. Isso, deve-se principalmente ao fato de estar inserida 

em um macroambiente com variáveis que influenciam suas atividades e seus 

resultados, acompanhado do pequeno poder de negociação no mercado, fazendo 

com que a propriedade administre apenas as variáveis que estão sob o seu controle. 

Com base nisso, dados do Centro de Estudos Avançados em Economia 

Aplicada (CEPEA, 2014) indicam que, com as margens estreitas, sobreviverão no 

agronegócio, as propriedades que trabalharem com gestão profissional, aqueles que 

mantiverem positiva a relação entre receita e custos. Para superar esse impacto 

econômico, a propriedade rural, deve contar, sobretudo, com uma gestão financeira 

eficiente, a qual busque por ações que possam contribuir para aumento das margens. 

Visando a eficiência na gestão financeira, cita-se Wernke (2008), que descreve 

a gestão financeira num conjunto de técnicas e métodos que servem para gerenciar 

os recursos financeiros de um negócio, com objetivo de maximizar a geração de lucros 

do mesmo. Ela caracteriza-se em parte pelas ações e procedimentos administrativos 



13 

 

  

relacionados com o planejamento, análise e controle para geração de resultados 

financeiros e econômicos.  

Análises econômicas são efetivas para estas decisões, as quais produzem a 

capacidade financeira de sustentação do negócio. Manter um controle rígido dos 

valores, com o registro contínuo das movimentações financeiras e quantificação dos 

custos e receitas, gera conhecimento para utilização de maneira inteligente os 

recursos da mesma, a qual deve ser realizada para a continuidade das atividades. 

Isso, possibilita ao empresário rural, ou administrador financeiro, planejar, com 

adequada margem de segurança, as operações financeiras de um determinado 

período.  

Com base nisso, por serem ferramentas fundamentais para a tomada de 

decisão, o presente estudo tem como propósito evidenciar a importância da gestão 

financeira, e através da análise do desempenho econômico das atividades da 

propriedade rural, estabelecer quais as possibilidades de combinação das atividades 

econômicas para a maximização dos resultados de uma propriedade rural através da 

eficaz utilização de seus recursos. 

 

1.1 Delimitação do estudo 

O presente estudo restringe-se a área de finanças empresariais, o qual consiste 

em um estudo de caso, que, como qualquer outro estudo nessa área, procura o melhor 

e mais eficiente processo de captação e alocação de recursos de capital. Aborda 

assuntos que compreendem a importância de empreendimentos do agronegócio 

exercerem uma gestão financeira eficaz, por meio da avaliação dos índices 

econômicos e produtivos, das atividades econômicas. 

 



14 

 

  

Desse modo, o estudo teve como objeto de pesquisa uma propriedade rural, 

inserida na classe de agricultura familiar1, localizada no interior do município de 

Estrela, Vale do Taquari – RS, a qual limita-se à produção leiteira e de cereais milho 

e soja. Estes por sua vez são negociados com a indústria cooperativa beneficiadora e 

cerealistas respectivamente, e por tratarem-se de produtos commodities2, sofrem 

diretamente variações nos preços pagos no mercado, pelas flutuações cambiais de 

moeda e de acordo com a sua demanda mundial, relacionada a oferta no período. 

A coleta dos dados para realização da pesquisa contemplou os períodos de 

setembro de 2014 a setembro de 2015 para a atividade leiteira e as safras 2014/2015 

para agricultura de soja e milho, tendo como foco a área financeira do das atividades 

econômicas. O levantamento, apesar de abordar períodos diferentes para as 

atividades, quantificou a capacidade de geração de resultados de ambas atividades 

em 1 (um) ano, isto é, desde o início do cultivo até se obter a colheita e a 

comercialização dos produtos da atividade (CREPALDI, 1998). 

Para desenvolver o presente estudo, foram utilizadas bibliografias de autores 

que abordam assuntos como, administração financeira, gestão do agronegócio, 

custos, receitas e indicadores econômico. 

 

1.2 Problema de pesquisa 

O segmento rural, atualmente considerado um dos mais importantes na 

economia brasileira, é responsável pela exploração das terras para a produção de 

alimentos. Além disso, possui um macroambiente instável, devido os preços de 

                                            

1 Agricultura familiar desenvolve atividades econômicas no meio rural, devendo possuir propriedade 
rural com até 4 módulos fiscais, utilizar predominantemente mão de obra da própria família nas 
atividades econômicas de propriedade, e possuir a maior parte da renda familiar proveniente das 
atividades agropecuárias desenvolvidas no estabelecimento rural (BRASIL, 2006). 

2 Commodities (ingl) (plu) é um termo utilizado para designar mercadorias em estado bruto ou produto 
básico de importância comercial, como café, cereais, algodão etc., cujo preço é controlado por bolsas 
internacionais (MICHAELIS, 2012). 



15 

 

  

insumos e dos produtos comercializados variarem conforme a oferta e demanda de 

mercado e de acordo com a valorização da moeda. 

Através da globalização, os mercados mundiais originaram um novo ambiente 

de negócios onde a informação é a principal ferramenta. Infelizmente, o produtor rural 

muitas vezes não apresenta conhecimento e sequer utiliza algum tipo de controle 

gerencial em sua propriedade. 

Problemas em uma propriedade rural podem ser provocados por razões que 

envolvem escolhas inadequadas nas bases de negócios, ou pela forma como são 

utilizados os recursos desta. Da mesma forma, problemas ainda podem ocorrem por 

insuficiência de recursos financeiros, humanos, materiais, ou organizacionais na 

execução das tarefas (CREPALDI, 1998). 

Atualmente, com a inserção de novas tecnologias agrícolas, a expansão das 

áreas cultiváveis e o aumento da produtividade, principalmente o pequeno produtor 

rural, muitas vezes trabalha com a escassez desses recursos. Dessa forma, enfatiza-

se que estes estejam sempre se aperfeiçoando, para que se obtenha um melhor 

retorno sobre o capital investido. 

Ainda, devido suas particularidades, a produção na atividade agropecuária 

exige que produtores rurais tomem decisões racionais a respeito da utilização eficiente 

dos fatores produtivos. Esse processo reflete diretamente no seu custo total, que, por 

sua vez, impacta nos resultados da atividade. Logo, sua atenção deve estar voltada 

para os processos produtivos e ações gerenciais, visando a maximização dos 

resultados econômicos de sua propriedade. 

A propriedade rural atualmente conta com mais de uma atividade produtiva que 

compartilham os recursos entre elas, porém não possui informações, tampouco uma 

análise econômica quanto aos resultados obtidos por essa combinação e distribuição 

de recursos entre as atividades. Deste modo, objetivou-se neste trabalho a realização 

de uma análise econômica das atividades produtivas de uma propriedade rural situada 

no Vale do Taquari/RS, visando à maximização da rentabilidade. 



16 

 

  

1.3 Objetivos 

Os objetivos são divididos em geral e específicos. 

 

1.3.1 Objetivo geral 

Realizar a análise econômica das atividades produtivas de uma propriedade 

rural situada no Vale do Taquari/RS, visando à maximização da rentabilidade. 

 

1.3.2 Objetivos específicos 

 Levantar a utilização dos fatores de produção por cada uma das atividades 

econômicas, assim como sua capacidade de produção; 

 Mensurar as receitas, custos operacionais e margens de cada atividade; 

 Verificar a participação de cada uma das atividades nos resultados econômicos 

da propriedade rural; 

 Calcular a partir dos resultados, os índices de rentabilidade e as margens 

econômicas, pelos fatores de produção de cada atividade; 

 Identificar a partir dos resultados econômicos, a combinação das atividades 

desenvolvidas para maximização da rentabilidade. 

 

1.4 Justificativa 

Estando o cenário econômico afetando a todos os segmentos, inclusive o 

agronegócio, é necessário que se faça uma gestão com dados e informações de 

qualidade para reduzir-se os dissabores que a economia prega. Ressalta-se então a 

importância da gestão financeira e análise econômica da propriedade rural, por 

intermédio do cálculo dos custos de produção e das medidas de resultado econômico, 

para maximização dos resultados. 



17 

 

  

Com base em dados do Milkpoint (2015), de acordo com analistas do segmento 

do agronegócio, esse é um ano complicado para a economia brasileira, a qual acaba 

se refletindo no setor lácteo e cerealista. Hoje, com a forte desvalorização do Real no 

mercado internacional, tendem o aumento de custos de produção ao longo do ano, já 

que insumos de produção estão direta ou indiretamente ligados ao dólar. Esse 

aumento do custo em reais, convertido em inflação, implicará diretamente no consumo 

e produção, pois o consumidor perde o poder de compra o e os negócios o poder de 

geração de caixa, sendo assim, alterando os princípios do mercado e exigindo 

capacidade analítica e crítica dos administradores financeiros. 

Segundo especialista do segmento, este é um momento considerado crítico 

para as atividades. Desse modo, a importância do assunto em questão deve-se ao 

benefício que a gestão financeira traz, ao administrar os recursos para geração de 

resultados financeiros e econômicos. A análise econômica oferece ao produtor meios 

para decidir, por exemplo, entre a alternativa de aumentar o número de animais de 

reposição, comprá-los no mercado ou terceirizar sua criação; ou, ainda, produzir os 

alimentos, comprá-los no mercado ou terceirizar sua produção.  

Portanto, não somente a propriedade rural em estudo, mas a todos os 

negócios, independentemente de seu segmento de atuação, o benefício é visível, uma 

vez que, não há como uma empresa sobreviver. Para isso, enfatiza-se a citação de 

Barros e Fernandes (2012) apud Lopes et al. (2004), os quais consideram que analisar 

economicamente uma atividade gera conhecimento para utilização de maneira 

inteligente e econômica os fatores de produção (terra, trabalho, capital). 

Para o acadêmico, não apenas por exigência curricular, o tema abordado no 

presente estudo tornou-se de grande importância para ampliação e aprimoramento de 

seus conhecimentos, principalmente com relação a área financeira, mais 

especificamente a análise econômica do negócio, o qual ao longo da jornada de 

estudante teve afeição, devido a sua identificação com o mesmo. Deve-se também ao 

envolvimento diário do acadêmico com o problema relatado ao longo do estudo, o qual 

fez com que percebesse e tivesse a iniciativa de buscar uma solução e aperfeiçoar o 

desempenho do mesmo. 



18 

 

  

Para a propriedade rural, este estudo teve como um dos principais desafios, 

despertar e estimular a visão gerencial da atividade rural, fazendo com que todos 

vejam a necessidade do profissionalismo. Um dos fatores críticos que determinam o 

sucesso do negócio é a tomada de decisões, ao elaborar um controle, o 

empreendedor terá maior visão do negócio, ou seja, uma ideia de como a situação 

financeira estará nos próximos períodos. Com essas informações, será possível 

antecipar algumas decisões importantes como a redução de despesas sem o 

comprometimento do lucro, o planejamento de investimentos, e outras medidas para 

que possíveis dificuldades financeiras possam ser evitadas ou minimizadas.  

Para o mundo acadêmico a possibilidade de aplicar os conhecimentos e 

experiências adquiridas em sua jornada profissional e universitária, foi uma 

oportunidade de retribuir e contribuir para o maior desenvolvimento do tema abordado 

ao longo do estudo, da gestão e controle financeiro. 

De fato, não se localizou um número expressivo de publicações relacionadas 

aos resultados econômicos das explorações leiteiras e cerealistas em uma 

propriedade rural, sendo, dessa forma, importante a disseminação desse tema para 

contribuição efetiva nas atividades.  

No capítulo 2 será desenvolvida a fundamentação teórica referente ao tema 

abordado no estudo, o qual contempla alguns dos principais aspectos referentes a 

administração financeira e o segmento agronegócio. 



19 

 

 

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 

O embasamento teórico consiste em uma análise bibliográfica, a qual tem como 

objetivo apresentar as principais ideias, conceitos e definição dos diversos termos 

relacionados ao estudo, como, administração financeira, gestão rural, e avaliação 

econômica. 

 

2.1 Administração financeira 

A administração financeira consiste em um conjunto de conceitos que ajudam 

a organizar o pensamento das pessoas sobre como alocar recursos escassos ao 

longo do tempo e um conjunto de modelos quantitativos para avaliar alternativas de 

captação, aplicação e distribuição eficiente dos recursos, para que seja possível a 

tomada de decisões, fazendo com que empresa opere de acordo com os objetivos e 

metas propostas pelos gestores. (ZDANOWICZ, 2000). 

Gitman (2010, p. 4), propõe outro conceito para finanças, podendo-se definir 

como “a arte e ciência de administrar o dinheiro”, onde praticamente todos os 

indivíduos e organizações estão envolvidos em processos de transferência de 

dinheiro. Para Assaf Neto e Silva (2002, p. 32), “a administração financeira é um 

campo de estudo teórico e prático que objetiva, essencialmente, assegurar um melhor 

e mais eficiente processo empresarial de captação e alocação de recursos de capital”. 

De acordo com Cherobim, Lemes Jr. e Rigo (2005, p. 6), “a administração 

financeira envolve basicamente a gestão de recursos financeiros. Como obter esses 



20 

 

  

recursos e onde aplica-los, é a atividade principal do administrador financeiro”. A 

obtenção desse recurso diz respeito a decisão de financiamento, e sua utilização, à 

decisão de investimento. 

Administração Financeira objetiva maximizar a riqueza dos acionistas da 
empresa, sendo o administrador financeiro o principal responsável pela 
criação de valor da empresa. Dentre as inúmeras atividades desempenhadas 
por esta função, pode-se elencar as decisões estratégicas, como a seleção 
de alternativas de investimentos e as decisões de financiamento de longo 
prazo, além das operações de curto prazo, como a gestão do caixa, o 
gerenciamento do risco, etc. (CHEROBIM; LEMES JR; RIGO, 2005, p. 4).  

De fato, a administração financeira pode ser exercida e aplicada em 

organizações de todos os tipos, tem como finalidade administrar recursos financeiros, 

para maximizar a riqueza dos acionistas, com relação a remuneração de seu capital, 

sob forma de dividendos. (CHEROBIM; LEMES JR.; RIGO; 2005; GITMAN, 2010). 

Para Gitman (2010), as atividades do administrador financeiro devem ser 

realizadas de modo que se atinjam todos os objetivos dos acionistas. Desse modo, 

uma vez que, o principal objetivo da empresa é a maximização dos lucros, o 

administrador financeiro deve tomar decisões que gerem o maior retorno possível. Na 

mesma linha de pensamento, Zdanowicz (2000) explica que o princípio da 

administração financeira é dispor os valores monetários necessários para saldar em 

tempo hábil compromissos assumidos com terceiros e maximizar os lucros. 

Porém, para Cherobim, Lemes Jr. e Rigo (2005, p. 4) “a maximização dos 

lucros, tida a muito tempo como o objetivo principal da empresa, é objetivo impreciso, 

pois ações tomadas para maximizar o lucro atuais podem diminuir os lucros futuros e 

vice-versa”. Da mesma maneira, Gitman (2010) diz que a maximização dos lucros não 

é um objetivo razoável para a administração, pois não aborda três fatores que são: a 

distribuição dos resultados no tempo, os fluxos de caixa disponíveis aos acionistas e 

o risco. 

 



21 

 

  

2.2 A função do administrador financeiro 

Uma das principais tarefas do administrador financeiro é criar valor para as 

atividades de financiamento, investimento e gestão de liquidez, ou seja, questões 

financeiras da empresa. O mesmo, também, tem o objetivo de criar valor para a 

empresa, como, comprar ativos que produzam mais caixa do que custam e vender 

obrigações ou ações que proporcionem mais caixa que custam.  

Ainda, a extensão e importância da função financeira dependem, em grande 

parte, do tamanho da empresa. Em pequenas e médias empresas a função financeira 

é geralmente realizada pelo departamento de contabilidade. A medida que a empresa 

cresce, a importância da função financeira leva à criação de um departamento 

separado (ROSS; WESTERFIELD; JAFFE, 2002). 

Para Cherobim, Lemes Jr. e Rigo (2005, p. 6), “o administrador financeiro é 

responsável pela captação de fundos de curto prazo necessário às atividades diárias 

da empresa, e pela captação de recursos de longo prazo, necessários ao 

financiamento da expansão das atividades da empresa”. No quadro 1 é possível 

observar as principais funções da administração financeira que são agrupadas em 

tesouraria e controladoria, as quais são exercidas pelo gerente financeiro e pelo 

controller, respectivamente. O exercício das funções citadas abaixo, irá depender das 

necessidades de cada empresa em específico. 

Para Gitman (2010), as atividades citadas acima como sendo de 

responsabilidade do controller e do tesoureiro estão ligadas, e muitas vezes, se 

sobrepõem, sendo difícil distinguir entre administração financeira e contabilidade. No 

entanto, a ênfase no fluxo de caixa e tomada de decisões, são respectivamente as 

duas diferenças entre as atividades de controladoria e finanças que podem ser 

destacadas. Com relação a tomada de decisões de ambos, o autor explica que o foco 

dos contadores está voltado para a coleta e apresentação de dados, enquanto o 

administrador financeiro está focado na análise desses dados financeiros para 

posterior tomada de decisões, baseando-se nos retornos e riscos existentes. 

(GITMAN, 2010). 



22 

 

  

Quadro 1 - Funções da administração financeira 

TESOURARIA CONTROLADORIA 

Administração de caixa Administração de custos e preços 

Administração de crédito e cobrança Auditoria interna 

Administração do risco Contabilidade 

Administração de câmbio Orçamento 

Decisão de financiamento Patrimônio 

Decisão de investimento Planejamento tributário 

Planejamento e controle financeiro Relatórios gerenciais 

Proteção de ativos Desenvolvimento e acompanhamento  

Relações com acionistas e investidores de sistemas de informação financeira 

Relações com bancos   

Fonte: Cherobim, Lemes Jr. e Rigo (2005, p. 5) 

 Para Antunes, Flores e Ries (2006), na gestão rural a necessidade de controlar 

e gerenciar as atividades desenvolvidas dentro de uma propriedade do setor 

agropecuário é cada vez maior. Desse modo, cabem ao gestor rural, conforme 

Crepaldi (1998), as seguintes tarefas: 

 Decidir sobre o que produzir, com base nas condições atuais de mercado e dos 

recursos naturais de sua propriedade; 

 Decidir sobre quanto produzir, considerando a quantidade de terras produtivas 

disponíveis, e ainda o capital e mão-de-obra que pode empregar; 

 Decidir como vai produzir, a tecnologia que vai empregar, mecânica ou não, 

tipos e quantidades de fertilizante a aplicar, formas de combater pragas, etc.; 

 Controlar as ações a serem desenvolvidas, verificando se as práticas agrícolas 

recomendadas estão sendo aplicadas corretamente em seu devido tempo;  

 Avaliar os resultados obtidos medindo os lucros e prejuízos e analisando quais 

as razões que levaram a estes. 

 



23 

 

  

2.3 Gestão Rural 

A gestão rural caracteriza-se pelo conjunto de atividades que promovem a 

tomada de decisões ao nível de sua unidade de produção, com a finalidade de obter 

o melhor resultado econômico, mantendo a produtividade da terra. Para isso, o 

conhecimento das condições de mercado e dos recursos oferecem ao produtor rural 

as informações necessárias para o desenvolvimento de sua atividade econômica 

(CREPALDI, 1998). 

Na agricultura, a administração do empreendimento rural exige tecnologia e 
conhecimentos para lidar com os riscos e incertezas próprias do setor (clima, 
política, economia, legislação, etc.), a instabilidade da renda em razão da 
produtividade e preços internos e externos, as características de oligopólio e 
oligopsônio no comércio e indústria que se relacionam com a agricultura, as 
variações de preços e as dificuldades de comercialização na safra, o crédito 
muitas vezes problemáticos, a perecibilidade dos produtos agrícolas, além da 
própria complexidade da produção agrícola (local, tempo, espaço, clima, meio 
ambiente, solo, etc.) (CONAB, 2010). 

Segundo Hoffmann et al. (1984) “a administração rural é o estudo que 

considera a organização e operação de uma empresa agrícola visando ao uso mais 

eficiente dos recursos para obter resultados compensadores e contínuos. ” Segundo 

o autor, a administração rural visa responder a questões como: 

 Combinação de culturas e/ou criações a serem exercidas; 

 Definir o nível de produção conforme a quantidade de recursos a ser utilizada 

por hectare ou por animal; 

 Melhores práticas a serem adotadas nas culturas e criações. 

 O melhor tamanho da propriedade ou de linha de exploração. 

Ainda, Hoffmann et al. (1984) citam que a administração rural aborda a forma 

de obter a combinação mais lucrativa dos diversos fatores empregados na produção 

e orientar qual atividade econômica contribuirá no aumento dos lucros da propriedade 

rural. 

Pelo fato da maior parte das decisões serem medidas em termos financeiros, o 

empresário rural deve desempenhar a função de administrador financeiro de seu 

empreendimento. As finanças fornecem um mapa com números e análises que 

ajudam no planejamento, na solução de problemas e nas tomadas de decisões. Dessa 



24 

 

  

forma, o controle dos resultados deve permitir a identificação dos problemas 

operacionais e avaliação de desempenho de cada unidade estratégica de produção 

(CREPALDI, 1998). 

Barros, Monteiro e Prado (2011) ressaltam a importância da propriedade rural 

ser vista como um negócio que obrigatoriamente deve buscar gerar renda. O 

empresário rural deve buscar a viabilidade econômica do negócio, e saber que só 

atingirá esse objetivo com uma gestão de qualidade, que necessita de metas claras, 

investimento em tecnologia e controle das informações. 

 

2.3.1 Fatores limitantes à gestão rural 

Apesar da importância, de acordo com Godinho (2015), considera-se baixo o 

uso da gestão em propriedades rurais. As consequências da falta de gestão ou a 

necessidade dela, são pontos importantes a serem observados, pois são poucas as 

propriedades onde encontra-se realmente sua aplicação. 

Ainda, Godinho (2015) afirma que para a gestão acontecer na prática, é 

necessário o uso adequado de ferramentas administrativas, e acima de tudo tomar 

decisões que propiciem o alcance dos resultados esperados pela empresa. Porém, 

segundo o autor, existem vários fatores limitantes ao desenvolvimento da gestão rural 

no Brasil, os quais se destacam: 

 Dificuldade de compreensão do quadro teórico e metodológico do processo de 

gestão rural no país, tanto por parte dos produtores como por parte dos 

profissionais que trabalham com assistência técnica e extensão rural. 

 Certa desconfiança, por parte dos produtores e até dos técnicos, quanto à 

necessidade e a eficácia de se usar um processo de gestão mais acurado, 

envolvendo, por exemplo, o planejamento formal para ações de longo prazo ou 

o controle individualizado do fluxo de caixa das atividades existentes. Essa 

atitude negativa pode estar relacionada a vários fatores não controláveis que 

afetam o resultado econômico das empresas rurais e dificulta o seu processo 

administrativo. 



25 

 

  

 Maior custo dos serviços de uma assistência agropecuária mais abrangente 

(englobando técnicas de gestão) e carência no mercado de profissionais 

relativamente autônomos, sem vínculo com empresas que mantêm relações 

comerciais com os produtores rurais, e dispostos a assumir algumas funções 

de cunho administrativo junto às empresas rurais. 

 Alto custo para se implantar sistemas de registro contábil, principalmente pelo 

esforço necessário à coleta de dados precisos em condições a campo e, 

dificuldades para se gerar e interpretar as informações relevantes ao processo 

decisório nas empresas rurais. 

Garantir o existo na gestão da propriedade rural, requer que os objetivos do 

produtor rural estejam bem claros. O simples uso de ferramentas administrativas não 

garante de fato a eficácia na gestão. É necessário que todas as pessoas envolvidas 

no negócio devam, juntas, buscar as melhores alternativas para alcançar estes 

objetivos, com um bom planejamento e fundamento em dados e informações de 

qualidade (GODINHO, 2015). 

 

2.4 Definição das receitas 

Receitas caracterizam-se por valores monetários gerados para a propriedade 

rural após a comercialização de um produto advindo das atividades produtivas. 

Antunes, Flores e Ries (2006) explicam que na avaliação econômica das 

atividades, a remuneração destas pode não ser recebida no seu período de 

elaboração, mesmo com o encerramento do seu ciclo produtivo. Pelo fato do valor real 

dos produtos variar conforme as oscilações no mercado, o produto após elaborado, 

tende a ser armazenado e comercializado posterirormente, ao apresentar tendência 

de valorização no mercado. Logo, deve-se basear no momento atual e conhecer os 

ciclos de variações de valor dos produtos antes de avaliar seu valor. 

De acordo com os autores, pelo fato da alta variação do valor dos produtos 

comercializados, não há necessidade de fixar um valor determinado ao produto para 

avaliar sua viabilidade econômica, deve-se encontrar curvas de oscilação do preço do 



26 

 

  

produto, o qual é o ponto de máxima viabilidade econômica da atividade. Para que 

isso seja real, o produtor deve poder vender seus produtos neste ponto determinado 

(ANTUNES, FLORES E RIES, 2006). 

Segundo Antunes, Flores e Ries (2006), quando deseja-se analisar e avaliar o 

desempenho econômico de duas atividades distintas, para decidir em qual delas 

torna-se mais economicamente viável investir, de nada adianta conhecer-se apenas 

os custos de produção. Portanto, de acordo com seu preço de venda, precisa-se dos 

volumes de receitas que cada atividade produz. 

Antunes, Flores e Ries (2006) citam alguns critérios que devem ser tomados 

para avaliação econômica entre as atividades produtivas, ressaltando que o padrão 

de comparação deva ser o mesmo: 

 Média anual de comercialização de cada um dos produtos produzidos pela 

propriedade rural; 

 Valor de pico de cada um desses produtos; 

 Valor mínimo de cada produto. 

 

2.5 Classificação de receitas 

Conforme Antunes, Flores e Ries (2006), as receitas são classificadas em 

receitas diretas, receitas indiretas e receitas derivadas. 

 As receitas diretas estão relacionadas diretamente com a venda dos produtos 

da atividade, e não são necessárias aplicações de rateios para sua utilização 

em análises econômicas; 

 As receitas indiretas, são aquelas que não podem ser apropriadas diretamente 

em uma só atividade, pois não provem apenas desta e sim da venda de bens 

ou movimentação comercial realizada; 

 As receitas derivadas, caracterizam-se por vantagens que determinada 

atividade produtiva obtêm como subproduto de outras atividades, as quais são 

fáceis de serem identificas, porém difíceis de serem quantificadas. Exemplo: 



27 

 

  

o Utilização de subprodutos de lavouras por atividades de pecuária; 

o Utilização de dejetos de animais para fertilizante de lavouras; 

o Utilização da palhada de uma lavoura de soja ou milho. 

 

2.5.1 Fatores que afetam o preço 

Para entender o processo de formação dos preços, Antunes, Flores e Ries 

(2006) citam abaixo os fatores que os afetam diretamente e indiretamente: 

 Relação de oferta e demanda interna e externa; 

 Atuação do mercado doméstico; 

 Concorrência e competitividade nacional e internacional; 

 Impostos recorrentes e carga tributária; 

 Classificação dos produtos; 

 Nível de renda; 

 Políticas agrícolas; 

 Barreiras alfandegárias; 

 Armazenagem e transporte; 

 Preços dos produtos concorrentes; 

 Taxas de juros e câmbio; 

 Estrutura portuária; 

 Aspectos climáticos.                           

A partir desses fatores, é possível compreender que produtores rurais, de forma 

individual, não podem afetar os preços de venda de seus produtos. Devem buscar 

formas de aumentarem seus lucros pela redução de custos e pela melhoria da 

eficiência tecnológica. 

 



28 

 

  

2.6 Gerenciamento de Custos de produção 

A análise econômica da empresa rural, por intermédio do cálculo dos custos de 

produção e das medidas de resultado econômico, é um forte subsídio para o produtor 

fundamentar as decisões a serem tomadas (BORGES, 2006). Logo, a importância do 

estudo do custo de produção, conforme com Barros e Fernandes (2012) apud Reis 

(1999), é um dos assuntos de maior importância na economia, pelo fato de fornecer 

indicativo para escolha das linhas de produção visando melhorar os resultados 

econômicos. 

De acordo com Conab (2010) apud Reis (2007), os custos de produção podem 

ser utilizados para a análise econômica simplificada, como ferramenta para analisar 

quais atividades estão obtendo retornos maiores, menores ou compatíveis com as 

melhores alternativas de emprego do capital.  

A apuração dos custos de produção tem sido utilizada para diferentes 

finalidades, tais como: estudo da rentabilidade da atividade; redução dos custos 

controláveis; planejamento e controle das operações da atividade; identificação e 

determinação da rentabilidade do produto; identificação do ponto de equilíbrio da 

atividade; e instrumento de apoio ao produtor no processo de tomada de decisões 

seguras e corretas (LOPES; CARVALHO, 2000). 

O estudo do custo de produção é um dos assuntos mais importantes da 
microeconomia, pois fornece ao empresário um indicativo para a escolha dos 
processos produtivos a serem adotados e seguidos, permitindo à empresa 
dispor e combinar os recursos utilizados na produção, visando apurar 
melhores resultados econômicos (COSTA; DANTAS; SANTOS, 2012). 

Porém, existem ainda produtores rurais que não conhecerem seu custo de 

produção. Barros (2013b) cita alguns motivos: 

 Falta de conhecimento técnico para calcular o custo de forma correta, onde são 

realizados os cálculos sem contemplar todos os itens que o compõe e dessa 

forma, o custo acaba sendo subestimado. 

 Dificuldade em sistematizar formas de coleta de dados no campo e registro. 

 Dificuldade em classificar os custos de acordo com as diversas metodologias 

que podem ser empregadas e o rateio de custos que precisa ser realizado 



29 

 

  

quando há mais de uma atividade na propriedade. 

 Dificuldade de interpretação dos resultados. Depois de todos os dados 

coletados, registrados, classificados, cálculo efetuados, o que fazer com os 

resultados? Como analisar? Que conclusões podem ser tiradas? 

 Desmotivação. Isso pode ocorrer especialmente quando não se encontra uma 

ferramenta prática para registro, cálculos e análises, e então a tarefa torna-se 

árdua e deixa de ser executada. 

Em contrapartida, Barros (2013b) apresenta as vantagens da persistência e 

organização do gerenciamento de custos de produção. 

 Formação de preços de produtos: ao saber o custo de produção, há melhor 

condição para definir os preços que podem ser aplicados a propriedade e 

repensar estratégias quando não atingidos. 

 Melhor conhecimento do sistema produtivo através da identificação das 

atividades, tarefas e recursos necessários para executá-las. 

 Avaliação e seleção do emprego ou adoção de novas tecnologias através da 

avaliação o impacto das tecnologias no custo de produção, propiciando maior 

segurança na tomada de decisão. 

 Redução dos custos controláveis para se evitar desperdícios. 

 Identificação do ponto de equilíbrio: quantas unidades de produção são 

necessárias para cobrir os custos de produção. 

 Avaliação da atividade em cálculos de lucratividade e rentabilidade: os dados 

contribuem para avaliação da viabilidade econômica. 

 Gerenciamento da atividade: ter as informações nas mãos para definir as 

ações. 

 Avaliação de riscos: avaliar os riscos e com isso planejar estratégias. 

Diante de tantas finalidades é evidente que há necessidade de se conhecer os 

custos de produção, a fim de poder controlá-los. As vantagens apresentadas acima 

devem servir de motivação à produtores rurais (BARROS, 2013b). 

 



30 

 

  

2.7 Definição do custo de produção 

O cálculo do custo de produção em um empreendimento, busca dar suporte a 

decisões gerenciais de curto prazo, medir a sustentabilidade de um empreendimento 

em longo prazo, medir a capacidade de pagamento, definir a viabilidade econômica 

de uma tecnologia alternativa, subsidiar propostas ou implementar políticas agrícolas, 

entre outras possibilidades (BARROS, 2013a apud CANZIANI, 1999).  

Para Lopes et al. (2004), os dados obtidos da apuração dos custos de produção 

têm sido utilizados para estudos de rentabilidade das atividades; redução dos custos 

controláveis; planejamento e controle das operações do sistema de produção; 

identificação do ponto de equilíbrio do sistema de produção de leite; e instrumento de 

apoio ao produtor no processo de tomada de decisões. 

Conab (2010, p.15) apud Reis (2007) especificam o custo de produção como 

“a soma dos valores de todos os recursos (insumos e serviços) utilizados no processo 

produtivo de uma atividade agrícola, em certo período de tempo e que podem ser 

classificados em curto e longo prazo”. Logo, a estimativa dos custos está ligada à 

alocação eficiente dos recursos produtivos e ao conhecimento dos preços destes 

recursos.  

Para Matsunaga (1976, p. 128): 

A análise dos componentes dos custos faz-se necessária, então, tendo em 
vista que a decisão do empresário em permanecer ou não numa atividade 
onde seus custos são superiores ao preço do produto, se fundamenta no 
montante dos custos variáveis. Teoricamente, desde que o preço do produto 
cubra o custo variável médio, o produtor tem condições de continuar 
produzindo, a curto prazo. 

O custo econômico considera os custos explícitos, que se referem ao 

desembolso em dinheiro efetivamente realizado pela propriedade, e os custos 

implícitos considerados como os encargos devidos a fatores pertencentes a 

propriedade, isto é, dizem respeito àqueles para os quais não ocorrem desembolsos 

efetivos, como é o caso da depreciação, que se refere ao valor que um determinado 

fator poderia receber em algum uso alternativo (CONAB, 2010 apud CASTRO et al., 

2009; MATSUNAGA et al. 1976). 



31 

 

  

Conforme Barros (2013a), é possível obter os custos de produção após a 

ocorrência dos processos produtivos (a posteriori), ou antes da ocorrência dos 

processos produtivos (a priori). Dessa forma, a posteriori, o custo é obtido após o 

processo produtivo, ou seja, a informação dos custos realmente foi levantada na 

propriedade rural. Por meio desta, possibilita-se o cálculo da rentabilidade das 

atividades econômicas analisadas, suas reais causas e consequências, além de servir 

de apoio para o próximo planejamento (BARROS, 2013a). 

Já, a priori, estima-se o custo de produção antes que o processo produtivo 

ocorra. Utilizados principalmente para previsões de cenários futuros e elaboração de 

fluxo de caixa, estima-se o custo com base no resultado atual da propriedade. Estas 

estimativas, auxiliam na tomada de decisão entre atividades econômicas, identificação 

das atividades mais lucrativas, ou como embasamento técnico para definições de 

alguns itens de política agropecuária (BARROS, 2013a). 

Portanto, Barros (2013a) aponta que ambos cálculos para obtenção dos custos, 

antes ou depois do processo produtivo, são válidos, e salienta que a estimativa a ser 

feita deve ser bem avaliada e dispor de meios concretos para esta, pois possíveis 

erros trarão diferenças nas análises posteriores.  

 

2.7.1 Custos diretos e indiretos 

Custos diretos variam proporcionalmente de acordo com a quantidade 

produzida e podem ser diretamente (sem rateio) apropriados aos produtos agrícolas, 

bastando existir uma medida de consumo (quilos, horas de mãos-de-obra ou de 

máquina, força, etc.). Diferente dos custos diretos, os custos indiretos passam por 

algum critério de rateio ou estimativa para serem apropriados em diferentes produtos 

agrícolas (CREPALDI, 1998). 

 



32 

 

  

2.7.2 Custos fixos e variáveis 

Os custos de produção são divididos em dois tipos. Custos fixos são aqueles 

cujo total não varia proporcionalmente ao volume produzido, porém são fixos dentro 

de uma determinada faixa de produção podendo variar de acordo com grandes 

oscilações no volume de produção agrícola. Já, os custos variáveis são aqueles cujo 

total varia proporcionalmente ao volume produzido, ou seja, à medida que aumenta 

ou diminui a produção agrícola, os custos oscilam para mais e para menos, 

respectivamente (CREPALDI, 1998). 

Os custos variáveis totais são a parcela dos custos totais que dependem da 
produção e por isso mudam com a variação do volume de produção. 
Representam as despesas realizadas com os fatores variáveis de produção. 
Na contabilidade empresarial, são chamados de custos diretos. Os custos 
fixos totais correspondem às parcelas dos custos totais que independem da 
produção. São decorrentes dos gastos com os fatores fixos de produção. Na 
contabilidade privada, são chamados de custos indiretos (CONAB, 2010 apud 
VASCONCELOS; GARCIA, 2004). 

Conforme Conab (2010), os custos variáveis são compostos por despesas de 

custeio, despesas de venda e administrativas e despesa financeira. Da mesma forma, 

os custos fixos são compostos pela depreciação do capital fixo e demais custos fixos 

envolvidos na produção e remuneração dos fatores terra e capital fixo. 

 

2.7.3 Classificação de custos operacionais 

Dificuldades encontradas para avaliar a parcela dos custos fixos nas atividades 

produtivas fizeram com que Matsunaga (1976), adequasse uma estrutura de custo de 

produção que fosse a mais objetiva e de acordo com os conceitos teóricos de custo.  

O custo operacional, que é o custo de todos os recursos que exigem 
desembolso monetário por parte da atividade produtiva para sua 
recomposição, incluso a depreciação; e a sua finalidade na análise é a opção 
de decisão em casos em que os retornos financeiros sejam inferiores aos de 
outras alternativas, representadas pelo custo de oportunidade (CONAB, 2010 
apud REIS, 2007). 

Dessa forma, criou-se se o custo operacional (Quadro 2) que se difere do 

conceito clássico de custos fixos e variáveis. O principal objetivo do custo operacional 



33 

 

  

é ser um indicador, o mais preciso possível, das decisões de produção, evitando-se 

cálculos baseados em avaliações subjetivas. 

Quadro 2 - Estrutura do custo de produção sugerido por Matsunaga. 

 

 

 

    

 

    

     

     

     

     

     

     

Fonte: Adaptado, Matsunaga et al. (1976). 

O custo operacional efetivo (COE), refere-se apenas aos gastos efetivamente 

realizados na condução da atividade, caracterizado pelo custo total sem o custo de 

depreciação, pró-labore e os custos de oportunidade do capital investido, terra e da 

atividade. São os gastos de custeio da atividade e, normalmente, implicam em 

desembolso do produtor (alimentos, mão-de-obra, fertilizantes, sementes, 

medicamentos, energia, combustível, manutenção, impostos e taxas, assistência 

técnica, etc.) (BARROS, 2013a apud LOPES et al., 1999; BORGES, 2006). 

De acordo com Borges (2006), o custo operacional total (COT) corresponde ao 

custo operacional efetivo mais as depreciações do capital imobilizado em benfeitorias, 

máquinas, equipamentos, e os custos correspondentes a mão-de-obra familiar, que 

apesar de não remunerada, realiza serviços básicos imprescindíveis ao 

desenvolvimento da atividade (MATSUNAGA et al., 1976). 

O custo total (CT) engloba o custo operacional total mais a remuneração do 

capital investido, remuneração da terra e remuneração da atividade. Em outras 

palavras, é a soma de todos os custos para produzir determinada quantidade de 

produtos. Por exemplo: soma dos custos fixos totais, custos variáveis totais e custos 



34 

 

  

de oportunidade da produção total de leite, ou produção total de milho (BARROS, 

2013; BORGES, 2006; CREPALDI, 1998). 

A utilização da metodologia proposta por Matsunaga et al. (1976), evita o uso 

de cálculos baseados em avaliações subjetivas, pois o principal objetivo do custo 

operacional é ser um indicador. Como o maior problema está na determinação dos 

custos fixos, este permite uma análise mais precisa do resultado econômico da 

empresa como um todo. 

De acordo com Barros (2013), a não contabilização por completo dos custos 

das atividades econômicas da propriedade rural, resultam em informações 

inconsistentes para escolha de um determinado sistema de produção, por serem 

subestimados ou superestimados, os índices para a análise econômica. 

 A não utilização de custos de oportunidade na metodologia proposta por 

Matsunaga et al. (1976), isto é, a renda dos fatores fixos, consideradas aqui como 

remuneração esperada sobre o capital fixo e sobre a terra, justifica-se a insuficiência 

de alternativas de trabalho. O produtor rural sabe fazer somente aquilo que está 

fazendo, seu custo de oportunidade é muito baixo, e esse custo reduz muito quando 

há desemprego na economia, devendo-se dessa forma ser desconsiderado, a fim de 

promover a permanência de alguns produtores na atividade.  

 

2.7.4 Depreciação de recursos 

 A depreciação representa o esgotamento e desgaste de um bem, ou seja, 

refere-se ao valor monetário que os bens da propriedade perdem por sua utilização 

nas atividades produtivas ao longo do tempo. (CREPALDI, 1998; ANTUNES, FLORES 

e RIES, 2006). 

Considera-se a depreciação dos recursos utilizados na produção, um dos 

fatores que impactam os custos de produção. Mesmo sendo classificados como 

custos fixos, são componentes do custo total que influenciam tomadas de decisão das 

empresas (CONAB, 2010 apud OLIVEIRA NETO; JACOBINA; FALCÃO, 2008).  



35 

 

  

Conforme Lopes e Carvalho (2000), o método mais simples para se calcular a 

depreciação de um bem é o chamado linear, que consiste na seguinte fórmula: 

𝐷𝑒𝑝𝑟𝑒𝑐𝑖𝑎çã𝑜 =
𝑉𝑖−𝑉𝑓

𝑁
, onde: 

Vi – Valor inicial do bem; 

Vf – Valor final ou valor de sucata do bem; 

N – Vida útil estimada do bem (anos). 

Para o cálculo do valor residual utiliza-se um percentual de 20% do valor do 

bem novo, conforme Lopes et al. (2004). De acordo com Lopes e Carvalho (2000), ao 

não existirem informações referentes ao valor e data de aquisição dos bens, devem 

ser realizadas estimativas do valor atual e vida útil restante em função do estado de 

conservação, ou de acordo com o valor de mercado descontando-se o tempo de uso. 

Não se considera a depreciação de matrizes, uma vez que o sistema avalia o 

custo de produção da atividade como um todo e os custos de cria e recria de fêmeas 

de reposição, assim como os de manutenção de vacas secas também foram 

contemplados. Em outras palavras, ocorre a reposição dos animais ao final de sua 

vida útil (LOPES et al., 2004). 

 

2.7.5 Critérios de rateio 

Conforme Matsunaga et al. (1976, p. 133), “todos os itens que são comuns à 

empresa agrícola devem ser rateados proporcionalmente, segundo um critério [...]. ” 

Todos os valores ligados a mais de uma atividade produtiva, como por exemplo, custo 

de depreciação, consumo de combustível e manutenção de máquinas e 

equipamentos, e que foram gerados por mais de atividade, devem passar por um 

critério de rateio (ANTUNES; FLORES; RIES, 2006). 

Para Antunes, Flores e Ries (2006), o rateio baseia-se em métodos e fórmulas 

para de dividir os custos, desembolsos e receitas, entre as atividades produtivas 



36 

 

  

realizadas na propriedade rural. Dessa forma, os valores são alocados da melhor 

forma possível, porém com margem de erro aceitável, fazendo com que as despesas 

e receitas sejam atrelados de forma mais justa à cada. 

Conforme Antunes, Flores e Ries (2006), existem 5 tipos de critérios de rateio 

para serem utilizados, e dentre estes, explana-se o critério de rateio por área utilizada 

em cada atividade produtiva. Este por sua vez, considera a divisão proporcional à área 

utilizada para desempenho de cada atividade produtiva envolvida nos negócios da 

propriedade rural. 

 

2.8 Análise econômica no agronegócio 

A análise econômica da atividade mediante o custo de produção e de 

indicadores de eficiência econômica, como a margem bruta, margem líquida e 

resultado (lucro ou prejuízo), é um forte subsídio para a tomada de decisão. Justifica-

se o cálculo dos vários indicadores econômicos, porque eles têm maior ou menor 

importância dependendo do prazo de tempo (curto, médio ou longo) em questão. 

(GODINHO, 2015). 

Para Barros e Fernandes (2012) apud Lopes et al. (2004), analisar 

economicamente uma atividade gera conhecimento para utilização de maneira 

inteligente e econômica os fatores de produção (terra, trabalho, capital). A partir disso, 

torna-se possível localizar pontos de estrangulamento, para assim ter informações 

suficientes a ponto de atingir os seus objetivos de maximização de lucros ou 

minimização de custos. 

De acordo com Antunes, Flores, Ries e (2006), a análise econômica tem como 

objetivo demonstrar as condições econômicas das atividades agrícolas da 

propriedade rural, quanto a realização de custos, receitas e lucros, determinando 

pontos e valores corretos de alocação dos recursos necessários. Quando o resultado 

das atividades cobre todos os custos, inclusive o de oportunidade sobre o capital 

investido, remuneração das atividades e remuneração da terra, há lucro econômico 

total da atividade produtiva (ANTUNES; FLORES; RIES, 2006). 



37 

 

  

A devida caracterização de um sistema de produção é o primeiro passo antes 

do início da avaliação econômica. O processo produtivo deve ser descrito 

detalhadamente para identificação de todos os componentes dos fatores de produção 

envolvidos na atividade (BARROS; FERNANDES, 2012). 

Barros (2014) e Hoffmann et al. (1984), classificam os fatores que influem no 

resultado econômico da propriedade rural em dois grandes grupos: externos e 

internos. Fatores externos são aqueles que estão além do alcance da propriedade, e 

sobre os quais o proprietário não tem controle. Dessa forma, o proprietário precisa 

saber identifica-los para trabalhar sob sua influência da melhor maneira possível. 

Pode-se citar como fatores externos: 

 Condições climáticas; 

 Políticas governamentais; 

 Legislação vigente; 

 Preço de insumos; 

 Preço pago ao produtor; 

 Transporte; 

 Política de crédito rural; 

 Disponibilidade de assistência técnica especializada, dentre outros. 

Fatores internos são aqueles que estão sob controle do proprietário e para os 

quais há ferramentas de monitoramento para avaliação e análise sobre necessidade 

de mudança. Pode-se citar como fatores internos: 

 Produtividade; 

 Eficiência técnica; 

 Investimento em tecnologia; 

 Sistema de gestão; 

 Combinação das linhas de exploração; 

 Mão de obra qualificada. 

Dessa forma, segundo Barros e Fernandes (2012), no mapeamento do 

processo produtivo, identificam-se os insumos necessários, a mão-de-obra 



38 

 

  

despendida, seja operacional ou gerencial, e a necessidade do uso de máquinas e 

equipamentos. Depois de mapeado o processo, ainda há necessidade de realizar um 

levantamento da propriedade como um todo: impostos e taxas diversas e os custos 

fixos gerados. 

Por fim, Barros e Fernandes (2012), afirmam que a avaliação econômica, além 

de ser utilizada para projetos de implantação de uma atividade, deve ser realizada 

para propostas de mudanças ou aquisição de novas tecnologias, devendo-se tornar 

rotina, visando a constante revisão da rentabilidade da atividade. 

 

2.8.1 Indicadores financeiros 

Segundo Crepaldi (1998), ao possuir índices econômicos da propriedade rural, 

o empresário rural tem informações suficientes para analisar as causas que levam seu 

negócio a ter um determinado desempenho. 

O custo médio unitário, refere-se ao custo de produção de uma unidade ou 

serviço obtido pela divisão do custo total de produção (CT) pela quantidade de produto 

produzida, ou seja, no caso da produção de leite, dividimos o custo total pela 

quantidade total de leite produzida (BARROS, 2013; CREPALDI, 1998).  

Determina-se a renda bruta (RB) multiplicando o preço do produto pela 

respectiva quantidade vendida em determinado período. Assimila-se que somente a 

análise da renda bruta não é conclusiva o bastante para tomada de decisão, pois nem 

sempre as atividades econômicas que apresentam maior renda bruta são as melhores 

do ponto de vista econômico. Dessa forma, torna-se importante comparar os custos 

associados, ou seja, o montante investido na produção (BARROS, 2013). 

A margem bruta (MB) indica o percentual corresponde à receita bruta 

descontando-se o custo operacional efetivo (COE). Dessa forma, quando a margem 

bruta positiva significa que a exploração está se remunerando e sobreviverá pelo 

menos no curto prazo. Quando a margem bruta for negativa, significa que a atividade 



39 

 

  

está comprometida, pois os custos operacionais efetivos são maiores do que a receita 

bruta (BORGES, 2006; CREPALDI, 1998). 

Conforme Gitman (2010), a margem de lucro bruto mede a porcentagem de 

cada unidade monetária de vendas que permanece após a empresa deduzir o valor 

dos bens vendidos. Quanto maior a margem de lucro bruto, menor o custo das 

mercadorias. 

A margem líquida (ML) indica a sobra de receita líquida, correspondendo à 

receita bruta menos o custo operacional total (COT). Dessa forma, quando a margem 

líquida é negativa, significa que o produtor pode não abandonar a atividade, desde 

que o mesmo concorde em trabalhar por um pró-labore menor que o considerado no 

cálculo do custo e, ou, não consegue cobrir a depreciação do capital investido. A 

continuidade da margem líquida negativa leva ao empobrecimento do produtor 

(BORGES, 2006; CREPALDI, 1998). 

Para Gitman (2010) a margem de lucro líquido mede a porcentagem de cada 

unidade monetária de vendas após a dedução de todos os custos e despesas. Quanto 

mais elevada a margem de lucro líquido de uma empresa, melhor. 

O lucro corresponde à renda bruta menos o custo total (CT). Dessa forma, lucro 

positivo, é sinônimo de atividade estável e com possibilidade de expansão. Já, com 

lucro negativo, porém, com a margem bruta positiva, pode-se concluir que a atividade 

sobreviverá por determinado período, embora com um problema crescente de 

descapitalização. A perpetuação do lucro negativo torna a atividade não atrativa 

(BORGES, 2006). 

A lucratividade representa o percentual entre a divisão da margem líquida pela 

renda bruta da atividade, isto é, representa o quanto um produto deixa de resultado 

em relação ao seu preço de venda e seus custos de produção. A lucratividade 

depende do preço do leite, preços dos insumos e quantidade produzida em relação 

às quantidades usadas dos fatores de produção, ou seja, sua produtividade. 

Conforme Crepaldi (1998), o índice de rentabilidade da propriedade rural 

caracteriza-se como um dos mais significativos, pois este sintetiza o desempenho da 



40 

 

  

propriedade rural em termos de resultado e a eficiência com que o negócio está sendo 

administrado. Desse modo, o percentual de rentabilidade encontra-se dividindo a 

margem líquida pelo patrimônio líquido da propriedade rural. 

 

2.8.2 Análise de indicadores financeiros 

Lampert (2003) relata as diferentes situações em que as propriedades rurais 

podem estar inseridas, ao verificar suas medidas de desempenho: 

 ML > 0 e MB > 0: a RBT da exploração é maior que o custo total. A atividade 

está atraindo investimento, pois está remunerando o capital nela investido mais 

do que a melhor alternativa. É o lucro supernormal ou econômico. 

 ML = 0 e MB > 0: a RBT da atividade é igual ao custo total. Situação de 

estabilidade, já que a remuneração do capital é igual à remuneração da melhor 

alternativa. O lucro é normal. 

 ML < 0 e MB > 0: a RBT é menor que o custo total, cobrindo os custos variáveis 

e parte dos custos fixos. Está havendo descapitalização a longo prazo, pois, à 

medida que se esgota a vida útil dos ativos fixos, o empresário consegue repor 

apenas uma parte deles. Caracteriza-se por prejuízo econômico. 

 ML < 0 e MB = 0: a RBT cobre apenas os custos variáveis. Nesse caso, a 

descapitalização é mais rápida, visto que não haverá condições de repor o 

capital fixo consumido. Está no limite entre o prejuízo econômico e o prejuízo 

financeiro. 

 ML < 0 e MB < 0: a RBT não cobre nem os custos variáveis, ou seja, está dando 

prejuízo financeiro. A descapitalização se dará no curto prazo. A atividade só 

será mantida mediante subsídio externo. Nesse caso, o abandono da atividade 

reduzirá o prejuízo pela inexistência de custos variáveis. 

As medidas de desempenho podem ser ainda segmentadas em indicadores 

econômicos. Esses indicadores são interessantes quando deseja-se comparar 

atividades econômicas, as convertendo em unidades relativas como, MB/hectare, 

ML/hectare, MB/horas, ML/horas. 



41 

 

  

2.9 Organização da empresa agrícola 

A organização da empresa agrícola ou propriedade rural refere-se à 

combinação das atividades econômicas desenvolvidas em função dos fatores de 

produção, de maneira que aproveite da melhor maneira possível a terra, as 

benfeitorias, as máquinas e implementos, e a mão-de-obra. Como exemplo de 

organização, destaca-se a cultura de cereais em sucessão, ou seja, de forma continua 

as duas culturas utilizam a terras e máquinas para sua execução. Dessa forma, não 

há ociosidade na utilização desses fatores de produção (CREPALDI, 1998). 

Conclui-se que o manejo da propriedade é um conjunto de medidas a serem 

tomadas para que as atividades sejam realizadas a tempo e de maneira eficiente. 

Manejos agrícolas que poderão ser realizados: data do plantio, data da colheita, área 

plantada, quantidade colhida, semente utilizada para o plantio, histórico da plantação, 

preparo do solo, controle de defensivos, fertilizantes, controles de pragas e doenças, 

clima/tempo, mão de obra e muito mais. 

Manejos pecuários que poderão ser realizados: Genealogia, participações em 

exposições, pastagens, coberturas, controle sanitário, mão de obra, consumo de 

rações, produção de ovos, produção de leite, produção de lã, produção de carne, 

abates, controle de peso, controle de tanques de peixes, mortalidades, registros dos 

animais e muito mais. 

O aumento produtivo de uma propriedade rural segundo Hoffmann (1984) é 

plausível através da extensão, isto é, aumento da área total produtiva, ou através da 

intensificação que se refere ao aumento do volume de negócios na mesma área. 

Dessa forma, a intensidade de exploração fazer referência a quantidade de mão-de-

obra e capital aplicados a cada unidade de terra da propriedade rural. 

 

2.9.1 Relação entre linhas de exploração 

Segundo Hoffman (1984), as atividades agrícolas podem ser divididas em três 

linha de exploração: 



42 

 

  

 Linhas de exploração competidoras são aquelas que requerem no mesmo 

período o uso de certos recursos, como mão-de-obra, terra, capital, etc. 

Conforme a quantidade de recursos disponíveis para cada atividade, o 

aumento de uma só pode ser conseguido diminuindo a produção da outra. 

 Linhas de exploração complementar é aquela que fornece material ou serviço 

para outra, isto é, o aumento na produção de um produto contribui para 

aumentar a produção do outro. 

 Ainda, após serem escolhidas as linhas de exploração, o produtor rural deve 

verificar se existem recursos não utilizados que possam ser integrados em uma 

linha suplementar, a qual não venha a interferir na produção das linhas de 

exploração já escolhidas.   

  

2.10 Mix de atividades produtivas 

Devido ao fato de uma propriedade geralmente possuir mais de uma atividade 

econômica para sua subsistência, chega-se a um momento onde os fatores de 

produção tornam-se pontos limitantes ao seu desenvolvimento. Essa situação exige 

que o produtor rural tome decisões que levem em consideração alternativas racionais, 

isso é, escolher a melhor opção entre as atividades desenvolvidas, considerando 

algumas preferências, com vista a maximizar algumas variáveis como o bem-estar ou 

a satisfação. Dessa forma, isso permitirá ao produtor rural um critério estável, a partir 

do qual decide sua atuação diante de cada situação (CONAB, 2010 apud CASTRO, 

1988). 

Conforme Crepaldi (1998), o produtor rural vem reduzindo a diversificação de 

atividades em sua propriedade, dedicando-se apenas a uma ou duas espécies. Isso 

deve-se a motivação de buscar maior qualidade em seus produtos, visando a um 

mercado na qual receba um melhor preço. Porém, a exploração de mais de uma 

atividade econômica constitui em uma melhor aplicação dos fatores de produção, 

como o aproveitamento da terra, distribuição do trabalho durante todo o ano e 

aplicação do capital nas atividades. Consequentemente o produtor rural permanece 

menos sujeito às eventualidades que possam vir a ocorrer nas atividades. 



43 

 

  

De acordo com Antunes, Flores e Ries (2006, p. 48) “a segurança da empresa 

rural depende da correta relação de importância econômica entre as diferentes 

atividades produtivas desenvolvidas. ” Dessa forma, a interpretação das informações 

obtidas através da análise econômicas das atividades, tem como objetivo básico 

otimizar as atividades rentáveis e eliminar aquelas que não trazem retorno econômico 

real a empresa rural. 

Conforme Hoffmann (1984), pode-se utilizar alguns valores para mensurar o 

grau de diversificação da propriedade rural, que são: 

 Número de linhas de exploração, quando não há grandes diferenças entre 

estas; 

 Porcentagem do fator terra distribuído a cada atividade; 

 Percentual do fator trabalho/homem dedicado às atividades; 

 Percentual da renda bruta proveniente de cada atividade explorada. 

Conforme Antunes, Flores, Ries (2006), ao tratar de aumento de rentabilidade 

e acúmulo de riquezas deve-se pensar no longo prazo, nas diferentes realidades e 

cenários econômicos, buscando-se balancear risco e rentabilidade. Abaixo, 

destacam-se alguns pontos relacionados ao mix de atividades a serem observados: 

 Não a monocultura: a propriedade rural não deve contar apenas com uma 

atividade econômica, por melhor e mais rentável que a mesma seja, pelo fato 

de servir de alternativa para captação de recursos caso a outra venha a passar 

por crises. 

 Um é pouco, dois é bom, três é muito bom, quatro é demais: a diversificação 

deve ser feita de maneira consciente sem que haja perda de qualidade e 

consequentemente perdas econômicas de escala e de inter-relação entre as 

atividades.  

 Capacidade integrada de suporte: na escolha entre as atividades econômicas, 

fundamenta-se que haja capacidade mínima de suporte econômico das 

atividades, que passam por crises pelas atividades que vão bem.  

 Grau de risco técnico da atividade: significa levar em consideração possíveis 

perdas por chuvas, pestes, secas, etc., nas atividades, no momento de compor 



44 

 

  

o mix de atividades. Considera-se a possibilidade de mesclar atividades de alto 

risco e maior rentabilidade, com atividades de menor risco e menor 

rentabilidade.  

No capítulo 3 será descrito o método de pesquisa referente ao tema abordado 

no estudo, o qual contempla as técnicas de pesquisa, procedimento de coleta e 

análise de dados, assim como suas limitações. 



45 

 

 

3 MÉTODO 

O presente capítulo apresenta a metodologia de pesquisas que foi utilizada 

neste estudo. Descreve também os objetivos da pesquisa, natureza de abordagem, 

procedimentos técnicos e sujeitos, assim como as etapas da coleta e análise dos 

dados, e, por fim, as limitações do método. 

 

3.1 Definição da pesquisa quanto aos seus objetivos 

Todas as pesquisas possuem objetivos, os quais de acordo com Gil (2010), 

podem ser classificados como exploratórios, descritivos e explicativos. 

Vergara (2010) e Gil (2010), esclarecem que a pesquisa exploratória é 

realizada onde há pouco conhecimento acumulado e sistematizado, e tem como 

propósito tornar o problema mais explícito. Desse modo, o estudo realizado 

caracteriza-se como exploratório, o qual proporciona maior familiaridade com o 

problema em questão, e ainda busca encontrar soluções, tornando o tema do estudo 

mais explícito para o pesquisador.  

Explorar um assunto significa reunir mais conhecimento e incorporar 
características inéditas, bem como buscar novas dimensões até então não 
conhecidas. O estudo exploratório apresenta-se como um primeiro passo no 
campo científico, a fim de possibilitar a realização de outros tipos de pesquisa 
acerca do mesmo tema, como a pesquisa descritiva e explicativa. (BEUREN, 
2006, p. 81). 

De acordo com Malhotra (2001), a pesquisa exploratória se caracteriza pela 

flexibilidade e versatilidade com respeito aos métodos, pois não são empregados 

procedimentos formais de pesquisa como, questionários estruturados, grandes 



46 

 

  

amostras e planos de amostragem. Os pesquisadores estão sempre alertas para 

novas ideias e dados, podendo-se mudar o foco da investigação constantemente a 

medida que são descobertos novos dados.  

Também, a pesquisa pode ser classificada como descritiva, pois além de 

possuir objetivos bem definidos, estabelece correlações entre variáveis e define sua 

natureza. Malhotra (2001), afirma que o objetivo da pesquisa descritiva é descrever 

as características de grupos relevantes, estimar a porcentagem de unidades em uma 

população especifica com determinado comportamento, determinar as percepções de 

características de produtos e fazer previsões específicas. Em resumo, a pesquisa 

descritiva, ao contrário da exploratória, é marcada por em enunciado claro do 

problema e necessidades detalhadas de informações. 

 

3.2 Definição da pesquisa quanto à natureza de abordagem 

 De acordo com Vergara (2010) a pesquisa aplicada consiste na necessidade 

de resolver problemas reais, mais imediatos ou não. Tem, portanto, finalidade prática 

e efetiva. 

Quanto a natureza, a presente pesquisa foi classificada como aplicada, pois 

visa gerar conhecimentos para a aplicação prática, voltados a solução de problemas 

específicos da realidade, o qual objetiva gerar conhecimento para aplicação prática 

dirigidos à solução de problemas específicos. Envolve verdades e interesses locais. 

 

3.3 Definição da pesquisa quanto à forma de abordagem 

 Abordagem quantitativa e qualitativa são dois métodos diferentes pela sua 

sistemática, e, principalmente, pela forma de abordagem do problema que está sendo 

objeto de estudo, precisando, dessa maneira, estar adequada ao tipo de pesquisa que 

se deseja desenvolver (OLIVEIRA, 1999). 



47 

 

  

O método qualitativo se difere do quantitativo pelo fato de não empregar dados 

estatísticos, não há pretensão de numerar ou medir unidades, proporcionando melhor 

visão e compreensão do problema, a interpretação dos fenômenos e a atribuição de 

significados são básicas no processo de pesquisa qualitativa. A pesquisa quantitativa, 

por outro lado, procura quantificar os dados e aplica alguma forma de análise 

estatística. Entretanto, é a natureza do problema ou seu nível de aprofundamento que 

irá determinar a escolha do método (MALHOTRA, 2001; OLIVEIRA, 1999). 

Desse modo, o problema abordado pelo estudo requer uma abordagem 

quantitativa, justificando-se pelo emprego de instrumentos estatísticos, como 

percentagem, médias, medianas, desvio padrão, etc., para o tratamento dos dados 

referentes a gestão financeira da propriedade rural em estudo. Como forma de 

abordagem complementar, utilizou-se pesquisa qualitativa em função da questão-

problema a investigar, sendo este importante no aprofundamento das questões 

relacionadas a gestão financeira da propriedade, seja no âmbito teórico ou prático. 

 Conforme Oliveira (1999), o método quantitativo é muito utilizado no 

desenvolvimento das pesquisas descritivas, na qual se procura descobrir e classificar 

a relação entre variáveis, assim como na investigação da relação de causalidade entre 

os fenômenos: causa e efeito. Representa uma forma de garantir resultados precisos, 

evitando distorções de análise e interpretação.  

Já as pesquisas qualitativas, conforme Oliveira (1999),  possuem facilidade de 

poder: descrever a complexidade de uma determinada hipótese ou problema; analisar 

a interação de certas variáveis; compreender e classificar processos dinâmicos 

experimentados por grupos sociais; apresentar contribuições no processo de 

mudança, criação ou formação de opiniões de determinado grupo; e permitir, em 

maior grau de profundidade, a interpretação das particularidades dos comportamentos 

ou atitudes dos indivíduos. 

 



48 

 

  

3.4 Definição da pesquisa quanto aos procedimentos técnicos 

Para que seja possível avaliar a qualidade dos resultados obtidos na pesquisa, 

conforme Gil (2010), é necessário informar de que maneira e quais os procedimentos 

adotados para obtenção e análise dos dados respectivamente. 

Desse modo, o presente estudo adotou como procedimentos técnicos a 

pesquisa documental, pesquisa bibliográfica e estudo de caso. Documental, pelo fato 

de serem utilizados como fontes de pesquisa documentos internos e relatórios de 

consultoria privada, não disponíveis para consulta pública; bibliográfica, por haver a 

utilização de materiais acessíveis ao público, como livros e artigos; estudo de caso, 

pelo fato do estudo analisar em específico o caso da propriedade rural (VERGARA, 

2010). 

De acordo com Oliveira (1999, p. 119), “a pesquisa caracteriza-se como 

bibliográfica, pois tem por finalidade conhecer as diferentes formas de contribuição 

científica que se realizam sobre determinados assuntos”, e é utilizada para elaboração 

do aprofundamento teórico, servindo de guia referencial a toda pesquisa. A pesquisa 

bibliográfica é desenvolvida a partir de material já elaborado, constituído 

principalmente de livros e artigos científicos, e fornece ferramentas para qualquer 

outro tipo de pesquisa. Tem como vantagem permitir ao investigador a apuração de 

fenômenos de maneira muito mais ampla e rápida, porém, deve-se ter cuidado com 

relação a qualidade e confiança dos dados coletados (GIL, 2010; VERGARA, 2010). 

A pesquisa documental constitui um dos delineamentos mais utilizados em 

pesquisas, e é empregada em praticamente todas as ciências sociais. A análise 

documental, realiza-se em documentos conservados em órgãos públicos e privados 

de qualquer natureza e elaborados com finalidades diversas, sendo capaz de 

comprovar algum fato ou acontecimento (GIL, 2010; VERGARA, 2010). 

A pesquisa documental vale-se de materiais que ainda não receberam 
nenhuma análise aprofundada. Esse tipo de pesquisa visa, assim, selecionar, 
tratar e implementar a informação bruta, buscando extrair dela algum sentido 
e introduzir lhe algum valor, podendo, desse modo, contribuir com a 
comunidade cientifica a fim de que outros possam voltar a desempenhar 
futuramente o mesmo papel. (BEUREN, 2006 apud SILVA; GRIGOLO, 2002).  



49 

 

  

A pesquisa caracteriza-se, também, como estudo de caso, pois é realizada em 

um local único, com objetivo de realizar uma análise mais profunda da empresa, sendo 

que seus resultados não necessariamente podem ser aplicados em outras 

organizações. O estudo de caso é destinado a uma unidade entendida como empresa, 

família, produto, etc., é caracterizado pelo estudo profundo e exaustivo de um ou de 

poucos objetos, de maneira a permitir o seu conhecimento amplo e detalhado (GIL, 

2010; VERGARA, 2010).  

Conforme Yin (2010, p. 43), o estudo de caso “como outros métodos, é uma 

maneira de investigar um tópico empírico seguindo um conjunto de procedimentos 

preespecificados”. O método do estudo de caso é utilizado para contribuir ao nosso 

conhecimento dos fenômenos individuais e permite que os investigadores retenham 

as características holísticas e significativas destes, não permitindo a generalização de 

seus resultados, pois as conclusões de um estudo de caso são válidas, geralmente, 

só para o objeto em particular. Para o autor, o estudo de caso tanto pode se trabalhar 

com evidência quantitativa como qualitativa, em pesquisas exploratórias investigando 

situações onde limites não estão claramente definidos e pesquisas descritivas 

analisando situações em que está sendo realizada determinada investigação. 

 

3.5 Unidade e sujeito de análise 

A definição da unidade em um estudo de caso irá depender do escopo da 

pesquisa, voltando-se a um indivíduo, um grupo, uma organização ou um fenômeno 

(GIL, 2010). 

Nesse caso, para a realização do presente estudo, utilizou-se como unidade de 

análise e pesquisa uma propriedade rural localiza na cidade de Estrela, interior do 

Vale do Taquari, Rio Grande do Sul. Como sujeito de pesquisa, foram selecionados o 

proprietário da propriedade rural, responsável por todo o controle financeiro da 

mesma, e o técnico agrícola responsável pela validação da formulação da ração. De 

acordo com Vergara (2010), sujeitos de pesquisa são as pessoas que fornecerão os 

dados necessários para a pesquisa.  



50 

 

  

3.6 Coleta de dados 

O leitor deve ser informado da maneira pela qual foram obtidos os dados 

necessários para responder ao problema, e assim, alcançar os objetivos do estudo. A 

coleta de dados define-se como a etapa da pesquisa em que se começa a aplicação 

dos instrumentos elaborados e das técnicas escolhidas para efetuar a coleta dos 

dados previstos. As fontes de coleta de dados podem ser divididas em fontes primárias 

e fontes secundárias (VERGA, 2010; LAKATOS; MARCONI, 2010). 

 

3.6.1 Fontes de dados primários 

 Segundo Malhorta (2001), dados primários são gerados pelo pesquisador, e 

tem como finalidade específica, a solução dos problemas em pauta. Para Lakatos e 

Marconi (2010), as fontes primárias são representadas pela observação, entrevista, 

questionário ou formulário. Logo, como fonte de coleta de dados primários, será 

utilizada a entrevista não estruturada, como forma de poder aprofundar a pesquisa, e 

a observação participante in loco. 

Conforme Lakatos e Marconi (2010), a entrevista é considerada um 

procedimento para coleta de dados, onde há o encontro entre duas pessoas, a fim de 

que uma delas obtenha informações a respeito de determinado assunto, mediante 

uma conversação de natureza profissional e tem como objetivo principal a obtenção 

de informações do entrevistado, sobre determinado assunto ou problema. Desse 

modo, de acordo com as autoras, o presente estudo adota a entrevista não estruturada 

e não dirigida, onde se há total liberdade por parte do entrevistado e do entrevistador 

a falar sobre determinado assunto. 

A observação é o elemento básico de investigação cientifica, e tem como 

função a captação de informações e exame de fatos que deseja-se compreender. 

Dessa forma, a pesquisa adota, também, a observação participante, a qual, segundo 

Lakatos e Marconi (2010) “consiste na participação real do pesquisador na 

comunidade ou grupo. Ele incorpora ao grupo, confunde-se com ele. Fica tão próximo 



51 

 

  

quanto um membro do grupo que está estudando e participa das atividades normais 

deste”.  

 

3.6.2 Fontes de dados secundários 

Entre os dados secundários classificam-se todos os dados que já foram 

coletados para objetivos que não os do problema em pauta, ou seja, para fins 

diferentes do problema em questão. Os dados secundários geralmente são de fácil 

acesso e estão disponíveis a respeito de assuntos para os quais não serão viáveis a 

uma empresa coletar dados primários. Porém, como os dados secundários foram 

coletados unicamente para o problema em questão, sua utilidade pode limitar-se a 

diferentes situações, podendo não serem exatos ou não estarem completamente 

atualizados no momento de seu uso. Uma solução, é encontrar várias fontes de dados 

e compará-las (MALHOTRA, 2001). 

Como fontes internas para coleta de dados secundários, realizou-se uma 

pesquisa documental, onde serão consultados registros de vendas da propriedade, 

no período de setembro/2014 a setembro/2015 para a atividade leiteira, e as safras 

2014/2015 para a agricultura de soja e milho considerando-se o volume e 

sazonalidade, ou seja, períodos com maior ocorrência, registros de compras e 

registros contábeis, como notas fiscais, extratos bancários e contracheques. 

Certamente, nesses locais serão encontradas todas as movimentações financeiras 

realizadas pela propriedade no período de tempo analisado pelo estudo. 

Como fontes externas para coleta de dados secundários, realizou-se uma 

pesquisa bibliográfica, onde consultaram-se pesquisas realizadas na mesma área 

abordada pelo estudo, trabalhos acadêmicos relacionados, como artigos e 

monografias, institutos de pesquisa, revistas especializadas no ramo de atuação da 

propriedade e livros. 

As pesquisas bibliográfica e documental justificam-se, à medida que 

contribuirão para o levantamento de todas as informações necessárias à análise 

econômica da propriedade rural. 



52 

 

  

3.7 Análise de dados 

Para Gil (2010, p. 122), ao contrário de outros delineamentos, “a análise e 

interpretação é um processo que nos estudos de caso se dá simultaneamente à sua 

coleta, iniciando a análise logo a primeira entrevista, ou observação ou primeira leitura 

de um documento.” A mesma envolve a descrição dos procedimentos a serem 

adotados tanto para a análise quantitativa (por meio de procedimentos estatísticos) 

quanto qualitativa ou uma combinação quali-quantitativa.  

Neste estudo, de acordo com os instrumentos de análise utilizados, os dados 

foram tratados de maneira quantitativa através da análise descritiva e análise 

documental, buscando responder os objetivos propostos pelo estudo. Dessa forma, 

os dados, índices produtivos e econômicos, foram levantados e comparados por meio 

de análises descritivas utilizando-se o software Microsoft Excel, agrupados em tabelas 

e explanados em gráficos, objetivando realizar melhor comparação, discussão e 

apresentação dos resultados. 

Após obter-se conhecimento dos resultados da pesquisa, realizam-se 

interpretações sobre as informações obtidas com relação a fundamentação teórica, 

de forma sintética e de maneira clara e acessível. Conforme Beuren (2006), os 

estudos que envolvem dados quantitativos requerem análise descritiva, a qual procura 

descobrir e investigar a relação entre variáveis e descobrir as características de um 

fenômeno. Portanto, o estudo busca apenas apresentar e analisar de forma 

quantitativa os dados financeiros coletados através da documentação. 

Com relação a análise documental, Beuren (2006) à explana como uma técnica 

exploratória para abordar, novamente, tanto dados qualitativos como quantitativos, 

utilizando-se de informações coletadas em documentos e materiais escritos. De 

acordo com o autor, a análise documental primeiramente deve caracterizar os 

documentos que serão utilizados ou selecionadas e posteriormente realizar a análise. 

 



53 

 

  

3.8 Limitações do método 

As limitações do método existem e fazem parte de praticamente todos os 

estudos de pesquisa. Para Gil (2010) a limitação do método de estudo de caso se dá 

pela impossibilidade de generalização dos resultados obtidos por este delineamento. 

Do mesmo modo, Vergara (2010) explica que todos os métodos de pesquisa 

apresentam limitações, e deve ser considerada a antecipação das mesmas antes das 

críticas que o estudo poderá sofrer e, dessa forma, apontar limitações que o método 

escolhido oferece, mas que ainda assim é considerado como melhor método para o 

estudo. 

Assim sendo, o método escolhido para o estudo apresenta limitações com 

relação a coleta dos dados, onde o entrevistado, por sua vez, pode fornecer respostas 

falsas, que não traduzam suas opiniões reais, por medo, ou por influência do próprio 

entrevistador por não lhe transmitir a confiança necessária. Na análise documental, 

pelo não conhecimento e falta da origem de determinadas movimentações financeiras 

realizadas no período de pesquisa. 

Por tratar-se de um caso particular o mesmo não poderá ser aplicado a outra 

propriedade rural, isto é, o estudo serve exclusivamente para a situação analisada na 

propriedade rural. 

Outra limitação a considerar é o tempo de acompanhamento do estudo, pois o 

mesmo pode não ser suficiente para projeção de dados relevantes ao estudo realizado 

e pela alta volatilidade dos preços de insumos e produtos comercializados pela 

propriedade rural. Dessa forma não é possível realizar uma projeção de longo prazo 

pelo fato das constantes transformações no cenário atual e pelo curto período de 

análise.  

O capítulo 4 abordará a caracterização da propriedade rural em estudo, assim 

como um pouco da história, definição da empresa rural, macro ambiente e 

características peculiares do setor. 



54 

 

 

4 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA E DO SETOR 

O presente capítulo possui como objetivo apresentar algumas informações 

relevantes sobre a propriedade rural em estudo e algumas características do setor, no 

qual a mesma está inserida. 

 

4.1 História 

A propriedade rural abordada neste trabalho encontra-se situada no interior do 

município de Estrela, Vale do Taquari, Rio Grande do Sul, a qual possui como principal 

fonte de renda a produção de leite e cereais, milho e soja. 

A história da propriedade rural começou a cerca de 30 anos, com uma pequena 

produção de leite, cerca de 50 litros/dia, e produção praticamente para subsistência, 

com gado leiteiro não especializado e sem nenhum tipo de assistência técnica ou 

trabalho de gestão. Com relação a utilização da terra e mão-de-obra, na época com 

11 hectares e 2 pessoas, eram totalmente destinados para a atividade leiteira. 

A decisão de investir na produção e tecnificação da atividade foi graças ao 

aumento da mão-de-obra e com base em incentivos da cooperativa captadora, a qual 

entrou com empréstimo de recursos, serviços de assistência técnica, insumos e 

cursos de capacitação para dar incremento as atividades. 

Então, com planos para o aumento da produtividade, decidiram, após visitar 

várias propriedades, pela construção de um galpão free stall, que foi concretizado em 

1999. Na sequência, foram construídas ampliações para o galpão, que atualmente 



55 

 

  

possui capacidade para alojar 160 animais. Com várias mudanças de manejo e 

instalações, a produção leiteira da propriedade saltou para 2500 litros/dia, média anual 

de 2014. 

Da mesma forma, com incentivos e tecnificação, a produção de milho da 

propriedade sofreu algumas alterações, com relação ao uso de tecnologias e insumos 

de maior qualidade. A atividade que antes era destinada exclusivamente a 

alimentação dos animais em forma de silagem, ao passar dos anos, ao ampliar a área 

para produção através do arrendamento de terras e aliado as mudanças realizadas, o 

produtor intensificou o plantio do milho, passando a utilizar o excedente da produção 

para comercialização em forma de grãos.  

A agricultura de soja foi incrementada no mix de atividades da propriedade mais 

atualmente, devido a oportunidade de arrendamento de terras. A mesma consolidou-

se na propriedade devido aos bons resultados obtidos e pelo ótimo momento vivida a 

soja na economia global. 

Portanto, hoje a propriedade possui 4 pessoas envolvidas em todas as suas 

atividades econômicas. Estas são exercidas numa superfície total de 50 hectares de 

terra produtivas cultivadas em duas safras, divididos em área própria de 22 hectares 

e 28 hectares de terras arrendadas, os quais são utilizados na sua totalidade para 

produção de grãos e alimentos para os animais de produção. 

 

4.2 A empresa rural 

Conforme Crepaldi (1998, p. 54), “a atividade agropecuária, por suas múltiplas 

atividades e volume financeiro das operações, constitui-se na realidade em empresa, 

apesar de nem sempre estar formalmente assim denominada e estruturada”. 

A atividade fundamental da empresa é a produção, que consiste na utilização 

dos fatores produtivos, que são pessoas ou qualquer coisa capaz de acrescentar valor 

às matérias primas em algum momento do processo produtivo, e dos recursos 

intermediários, que são utilizados para a produção de bens e serviços finais, pelo 



56 

 

  

emprego basicamente do trabalho e do capital, para obter bens e serviços (CONAB 

2010, apud MOCHÓM, 2007; IGLESIAS, 1988). 

Na empresa rural são exercidas atividades agrícolas, zootecnias e florestais, 

das quais exploram a sua capacidade produtiva, e tem como finalidade obtenção de 

riquezas aos seus proprietários. Estas atividades são integradas por um conjunto de 

recursos, a terra, o capital e o trabalho (Quadro 3), denominados fatores da produção. 

Para o autor, o fator de produção mais importante é a terra, pois na terra se aplicam 

os capitais e se trabalha para obter produção (CREPALDI, 1998; MARION, 2005).  

Quadro 3 – Estrutura dos fatores de produção. 

Fonte: (HOFFMANN, 1984).  

Dentre os fatores, Crepaldi (1998) destaca a necessidade de se conhecer as 

características, as quantidade e valor de cada bem que constitui o capital da 

propriedade, como, por exemplo, as bem feitorias, os animais e máquinas. Como 

estes permanecem em uso na propriedade durante vários anos são denominados 

capital fixo, já os insumos e produtos que são utilizados para a produção e 

desaparecem dentro de um curto período são denominados capital circulante.  

O fator trabalho é caracterizado pelo conjunto de atividades desempenhadas 

pelo homem. Além da execução das práticas agrícolas, adentra a gestão do negócio, 

onde cabe ao gestor a função de coordenar as atividades dos demais trabalhadores 

e a combinação de todos os fatores de produção, com a finalidade de obter resultados 

Fatores de produção

Terra

Trabalho

Executivo

Administrativo

Capital

Capital fixo

Capital circulante



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econômicos satisfatórios e manter elevada produtividade destes. Para isso, o gestor 

deve buscar a combinação das atividades desenvolvidas em função das 

características dos fatores de produção existentes na propriedade. (CREPALDI, 1998) 

 

4.3 Características peculiares do setor agronegócio 

O setor agronegócio se difere de outros setores da economia e apresenta 

características peculiares que, de modo geral, são válidas não somente para o país, 

mas para todos os países. 

Abaixo, conforme Crepaldi (1998), apresentam-se as principais características 

do setor: 

 Dependência do clima: É a característica mais citada por estudiosos do 

segmento, pois o clima condiciona a maior das explorações agropecuárias 

determinando épocas de plantio, tratos culturais, colheitas, escolha de 

variedades e espécies, vegetal e animal. 

 Correlação tempo de produção versus tempo de trabalho: O processo produtivo 

agropecuário desenvolve-se, em algumas de suas fases, independentemente 

de existência do trabalho físico imediato. Em outros setores da economia, 

somente o trabalho modifica a produção de determinado bem e é sempre igual 

ao tempo de trabalho consumido na obtenção do produto final. 

 Dependência de condições biológicas: O ciclo de produção agropecuário está 

relacionado as condições biológicas que determinam a irreversibilidade deste 

ciclo produtivo, ou seja, não é possível alterar a sequência de produção, como, 

por exemplo, interromper o desenvolvimento de uma lavoura de milho para se 

obter soja. Por outro lado, pesquisas e trabalhos realizados, vem trazendo 

espécies animais e variedades vegetais mais precoces e produtivas, mas, 

ainda assim, sujeitas às condições biológicas. 

 Terra como participante da produção: Na agropecuária, a terra não é somente 

um suporte para o estabelecimento de atividades produtivas, ela participa 

diretamente no ciclo produtivo. Assim, destaca-se a importância de análises 



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químicas, físicas, biológicas e topográficas.   

 Incidência de riscos: Toda e qualquer atividade econômica está sujeita a riscos 

e na agropecuária os riscos assumem maior proporção,