CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIVATES 

CURSO DE GRADUAÇÃO EM LICENCIATURA DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS 

 

 

 

 

 

 

 

O USO DE ATIVIDADES PRÁTICAS NO ENSINO DE CIÊNCIAS: NA 

BUSCA DE MELHORES RESULTADOS NO PROCESSO ENSINO 

APRENDIZAGEM 

 

 

 

 

Fabíola de Souza Cardoso 

 

 

 

 

 

 

 

 

Lajeado, dezembro de 2013



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Fabíola de Souza Cardoso 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O USO DE ATIVIDADES PRÁTICAS NO ENSINO DE CIÊNCIAS: NA 

BUSCA DE MELHORES RESULTADOS NO PROCESSO ENSINO 

APRENDIZAGEM 

 

 

 

Monografia apresentada no Curso de Graduação em 

Ciências Biológicas, do Centro Universitário 

UNIVATES para fins avaliativos da obtenção do 

título de Licenciatura em Ciências Biológicas. 

 

Orientadora: Profa. Ma. Temis R. J. Bohrer 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Lajeado, dezembro de 2013 

 



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AGRADECIMENTOS 

 

  

 Ao longo da minha vida acadêmica, muitas pessoas se fizeram presente e importantes 

em minha vida, essenciais para eu ter chegado até o dia de hoje.  

 Gostaria de nesse momento agradecer aos que muito me ajudaram a crescer: 

 A Deus, por me abençoar, iluminar e amparar nos momentos difíceis, me dando força 

para superar as dificuldades, mostrando os caminhos certos. 

 Aos meus pais e irmã, que sempre me apoiaram e incentivaram aos estudos, com 

muito amor, carinho e dedicação, sempre acreditando que eu sou capaz. 

 Ao Daniel, pelo apoio, amor, carinho, compreensão e principalmente pela paciência 

nos momentos de desespero. 

 A todos os professores e colegas Univates, pelos risos e choros, pelo companheirismo 

durante todo o curso e pela amizade que ficará para sempre.   

 A direção e professores da escola que participou da pesquisa, em especial a Professora 

Mara Regina Arend, quem cedeu as aulas para o desenvolvimento dos trabalhos. 

 Em especial a minha orientadora Professora Mestre Temis R. J Bohrer, pelo presente 

de ter me aceitado como orientanda, por confiar em meu trabalho, pela disponibilidade, pela 

paciência ao conduzir-me pelo caminho da ciência e da licenciatura.  

 

Muito obrigada! 



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RESUMO 

 

 

As atividades práticas são uma forma educativa que estimula a criatividade, a crítica e 

reflexão no processo de ensino e aprendizagem, proporcionando um aprendizado mais 

significativo aos discentes. O educador é ativamente participativo como estimulador e 

mediador do processo, promovendo situações de aproximação à crítica do aluno com a 

realidade. Esta monografia visou avaliar se o uso de Atividades Práticas promove um melhor 

desempenho na aprendizagem do conteúdo de Misturas, em turmas de 8ª série (9º ano) de 

uma Escola Pública Estadual da cidade de Lajeado-RS. Este estudo quali-quantitativo 

comparou o desenvolvimento da aprendizagem sobre Misturas dos alunos submetidos 

inicialmente a uma metodologia mais tradicional, através da prática de leitura de textos e 

aplicação de questionários de fixação e no momento seguinte utilizou-se uma metodologia 

mais fundamentada no construtivismo, através da aplicação de uma atividade prática. O 

levantamento dos dados foi feito por meio da média dos resultados de testes aplicados nos 

alunos sobre o conteúdo trabalhado, antes e após a aplicação da atividade prática. A pesquisa 

revelou que a atividade prática, trabalhada em conjunto com a teoria, propicia uma 

aprendizagem mais significativa, bem como estimula o aluno a realizar tarefas, a ser mais 

ativo e autônomo durantes as atividades em sala de aula. 

 

 

Palavras-chave: Atividades práticas. Ensino de Misturas. Aula de ciências. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 



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LISTA DE GRÁFICOS 

 

 

 

 
Gráfico 1 - Questão 1 (A e B) - Conceitos e exemplos de Misturas................................. 28 

Gráfico 2 - Questão 2 ( A a J) - Classificação dos elementos em homogêneos, 

heterogêneos ou substância............................................................................................... 

 

 

29 

Gráfico 3 - Questão 3 (de A a F) - Análise de fases e componentes dos 

sistemas.............................................................................................................................. 

 

 

30 

Gráfico 4 - Questões 4 e 5 – Dissertativas........................................................................ 31 

Gráfico 5 - Questões 6 e 7 – Dissertativas........................................................................ 32 

Gráfico 6 – Questões Objetivas 8, 9, e 10 ........................................................................ 34 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 



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SUMÁRIO 

 

 

 

 
1. INTRODUÇÃO.............................................................................................................. 7 

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA................................................................................ 10 

2.1 Ciências na 8ª série/9º ano........................................................................................... 11 

2.2 As principais Metodologias de Ensino........................................................................ 13 

2.3 Atividades práticas em sala de aula............................................................................ 16 

2.4 Caracterização da Escola e dos Alunos...................................................................... 20 

2.5 Características da turma.............................................................................................. 21 

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS................................................................. 22 

3.1 Tipo de pesquisa........................................................................................................... 22 

3.2 Coleta dos dados........................................................................................................... 23 

3.3 Análise dos dados......................................................................................................... 25 

4 INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS................................................................... 27 

4.1 Avaliação da média dos resultados dos testes............................................................ 27 

4.2 Avaliação da reação dos alunos frente às propostas apresentadas.......................... 35 

5 CONCLUSÃO................................................................................................................. 38 

REFERÊNCIAS................................................................................................................. 40 

APÊNDICES....................................................................................................................... 44 

 
 



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1 INTRODUÇÃO 

 

 

O papel da escola constitui-se em preparar o aluno para as diversas situações da vida, 

porém atualmente a educação está sendo muito comentada, pois há alguns anos, e cada vez 

mais, vem se buscando alternativas de tornar os métodos de aprendizagem mais significativos, 

que promovam a autonomia das pessoas e, principalmente, desperte o interesse dos estudantes 

em aprender. 

 Para tanto, se faz necessário à utilização de diferentes métodos e estratégias para o 

desempenho do processo de ensino-aprendizagem, interligando os conteúdos abordados em 

sala de aula, às vivências dos alunos e com os avanços tecnológicos. 

 A Metodologia Tradicional de Ensino ainda está muito enraizada nas escolas, devido 

ao fato de ter sido o pilar para tantos outros métodos de ensino, e por ainda apresentar grande 

significância no processo de ensino e aprendizagem. É neste método que o professor, 

aparentemente, adquire melhor controle sobre a turma e os conhecimentos são transmitidos 

historicamente pelo professor.  

 A ideia construtivista de ensino abrange uma grande variedade de aulas, 

principalmente aquelas que envolvem o aluno diretamente com o conhecimento, onde se 

valorizam os conhecimentos prévios e se coloca o aluno frente a frente com os objetos em 

estudo. 

 A escola de hoje é uma mescla entre estas duas metodologias, e muitos acreditam que 

esta possa ser uma grande parceria, uma vez que a prática sem o envolvimento da teoria, não 

tem tanta significância. Obvio que o método tradicional aplicado hoje já sofreu muitas 

alterações, a sala de aula é muito mais flexível, e o contato professor-aluno muito mais 



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próximo. 

 Atividades práticas podem ser grandes aliadas no momento de apresentar um assunto, 

reforça-lo ou torná-lo mais significativo. Ela pode ser uma prática investigativa ou dirigida, 

ambas apresentam contribuição à aprendizagem. 

 Os autores Ataide e Silva (2011, p. 175) defendem que para uma aula prática ser 

desenvolvida, não é necessária a utilização de um laboratório completo, pois com certeza a 

atividade se tornará muito mais significativa, se o aluno a realizar utilizando materiais que 

estão ao seu alcance no dia a dia, uma vez que as atividades desenvolvidas na escola não tem 

a mesma função das realizadas por um cientista. 

 Diante disso o professor tem a importante função de planejar atividades práticas para 

facilitar a compreensão dos conteúdos teóricos aos alunos, estimulando-os a questionar, 

responder e observar. Até mesmo quando aplicada após a teoria, a prática serve para reforçar 

ou provar o que foi exposto. Leite et.al (2005, p.03), destaca que quando a atividade prática 

compreende um conteúdo já trabalhado em sala de aula, o aluno tende a ampliar sua reflexão 

sobre os fenômenos que acontecem à sua volta e isso pode gerar, consequentemente, 

discussões durante as aulas fazendo com que os alunos, além de exporem suas ideias, 

aprendam a respeitar as opiniões de seus colegas de sala. 

 Segundo Piaget, os estudantes adquirirem muito mais conhecimento através de 

situações concretas, e as experimentações constituem um grande instrumento de 

aprendizagem, pois através delas os alunos observam, pensam e agem.  Cruz (2008, p.6) já 

defendia que não deve se tratar de apresentar experimentações prontas, aonde o aluno irá 

somente seguir etapas pré-determinadas, repetindo receitas, deve-se sim, propiciar situações-

problema na qual ele irá formular hipóteses com oportunidade de testá-las. 

 O uso de atividades práticas promove maior interação entre professor e alunos, e o 

aprendizado tornam-se muito mais significativo, e consequentemente aumentam a satisfação 

do aluno em querer aprender. Um aluno que tem um bom desempenho na escola, 

automaticamente terá uma maior autoestima. 

 Este trabalho visou mostrar que, o uso de atividades práticas em sala de aula, 

acrescentadas aos conteúdos, promovem um melhor desempenho na aprendizagem, neste caso 

do conteúdo de Misturas, em turmas de 8ª série (9º ano) do Ensino Fundamental. 



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 A escolha de trabalhar com alunos de 8ª série (9º ano) do Ensino Fundamental, deu-se 

devido ao fato de que os conhecimentos trabalhados pelos professores, na disciplina de 

ciências, desta série, são específicos das áreas de Física e de Química, e provocam dificuldade 

devido ao alto índice de complexidade e especificidade de alguns conteúdos 

quando comparados ao grau de escolaridade e necessidades dos estudantes em questão. 

 O conteúdo sobre Misturas serve como alicerce da disciplina de química, e por isto foi 

escolhido para ser desenvolvido de maneira mais significativa através deste estudo de 

pesquisa, uma vez que ele é, e será de suma importância no Ensino Médio e também na vida 

dos estudantes. 

 Para o desenvolvimento desta pesquisa, foi aplicado o conteúdo sobre Misturas a um 

grupo de alunos, primeiramente com métodos tradicionais, utilizando-se somente leituras e 

fixação através de exercícios, e após acrescentando uma atividade prática, como método 

construtivista. A análise dos resultados se deu a partir da comparação do nível de aprendizado 

de um teste escrito, aplicado antes e após a atividade prática.  

 O uso de atividades práticas relacionadas aos conteúdos teóricos no ensino de ciências 

motiva os alunos, incentiva aos estudos, e viabiliza uma aprendizagem mais prazerosa e 

significativa. A aplicação deste tipo de atividades depende da iniciativa do professor, uma vez 

que os alunos estão sempre abertos a novos métodos de fugir da monotonia da sala de aula. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 



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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 

  

 A sociedade, ao longo do tempo, vem conduzindo a trajetória da Educação, operando 

diretamente sobre a evolução das Instituições de Ensino. É imprescindível que a escola esteja 

preparada para lidar com questões sociais, conforme Bauman (2001) estaríamos hoje, 

vivenciando uma sociedade líquida, caracterizada pela dificuldade em manter suas formas e 

estabilidade e por alicerçar-se em construções e desconstruções permanentes, sofrendo 

metamorfoses constantes. Mas como a escola poderá se firmar dentro deste contexto? As 

escolas de Ensino Básico tem a função de estimular o desenvolvimento das habilidades dos 

estudantes de sentir, pensar e agir, sendo o professor o grande intermediador desses processos. 

Nesse sentido, para Bertel (2011), o professor deve seguir as perspectivas dos alunos, deve 

acolher seus pensamentos, sentimentos e ações. Sabemos que para atingirmos estas intenções 

devemos focar nos objetivos de ensino, através do planejamento escolar, do trabalho coletivo 

entre professores e alunos e da boa relação entre equipe diretiva e pedagógica. 

 Rodrigues et.al (2011), relata que a metodologia tradicional, centrada na preocupação 

com o “ensinar”, continua predominando nas práticas pedagógicas, apesar do notável avanço 

de metodologias mais modernas, centradas na preocupação com a “aprendizagem”, tendo 

como foco o aluno. 

  Segundo Leão (1999) não há um consenso quanto aos procedimentos a serem adotados 

na sala de aula, uma vez que a abordagem tradicional valoriza o emprego de métodos ou 

técnicas rígidas de ensinar, enquanto a abordagem construtivista tenta romper com este rigor, 

seguindo uma metodologia coerente e alinhada com a proposta construtivista. 

 Marilene L. Wall (2008) destaca em seus estudos, que as ações educativas que 

desenvolvemos e a metodologia que utilizamos podem ajudar os alunos a se libertarem de 

valores e crenças, que os impossibilitam de desenvolverem-se enquanto seres humanos, e dos 



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meios didáticos que tenham por intenção manter os alunos em situação de dependência, 

tornando os mesmos manipulados, sujeitos à normas e regras injustas. 

 Em escolas públicas, muitas vezes, é preciso lidar com uma realidade que nem sempre 

favorecem a aprendizagem como, salas superlotadas, alunos desinteressados, pais que não 

participam da vida escolar de seus filhos, precárias condições financeiras e materiais dos 

centros de ensino. Então, aos professores resta buscar metodologias, ou apenas atividades 

alternativas que tornem suas aulas mais atrativas, com alunos mais motivados e participativos. 

 As atividades práticas veem ao encontro desta crescente necessidade de se criar 

condições favoráveis ao aprendizado e ao desenvolvimento do potencial individual do 

estudante e do grupo. 

 Porém Cruz (2008), diz que não há necessidade de laboratório e materiais sofisticados 

para a realização de muitas experimentações, sabe-se que algumas precisam de reagentes, 

materiais de segurança e ambiente mais controlado e seguro, porém, podemos utilizar 

materiais alternativos na ausência do ideal.  

 Os professores devem buscar estas atividades experimentais, pois estas ativam de 

forma significativa a curiosidade do estudante, conduzindo-o a comprometer-se com seu 

aprendizado. 

  

2.1 Ciências na 8ª série/9º ano 

 

 O ensino de ciências vem sendo alvo de estudos, principalmente nas últimas décadas, 

explorando-se mais a questão prática e tecnológica aplicadas neste ensino. 

  Segundo os PCN, a Ciência nas séries fundamentais objetiva mostrar um corpo de 

conhecimentos importantes para a compreensão do mundo e das transformações que nele 

ocorrem, percebendo o homem como parte integrante do universo 

 No entanto, cabe à escola definir os conteúdos essenciais e a escolha de metodologias 

apropriadas a realidade do estudante, pois os conteúdos de Ciências do 9º ano divergem, 

abruptamente, dos demais trabalhados nos anos anteriores.  



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 As Ciências no Ensino Fundamental é uma disciplina ampla, que se divide em 

conhecimentos da área de biologia, de física e de química, com fundamento experimental. 

 Até o 8º ano do Ensino Fundamental os assuntos desenvolvidos são ligados 

principalmente à área da Biologia. No 9º ano deste Ensino se trabalham os conteúdos mais 

específicos de Química e Física, como afirmação a seguir: 

 [...] preservam-se duas tradições herdadas das décadas anteriores e que 

contradizem o alardeado princípio da interdisciplinaridade.  A primeira delas 

é que, nas quatro séries iniciais, ocorre incidência predominante e 

relativamente constante dos temas: seres vivos, meio ambiente, recursos 

naturais, corpo humano e saúde e bem estar. A segunda é que, nas quatro 

séries finais, há predominância de diferentes campos de conhecimento em 

cada série: na 5ª série, Geociências [...]; na 6ª e 7ª Séries, Biociências; na 8ª 

Série, Física e Químicas tratadas em blocos independentes. (AMARAL, 

2000, p.223) 

A grande maioria dos livros didáticos de Ciências para o 9º ano traz unidades 

exclusivas aos conteúdos de Química e Física, sendo estes conteúdos herdados dos propósitos 

do ensino de meados do século XX, quando até então houve, oficialmente, a predominância 

do modelo tradicional de ensino caracterizada pela transmissão-recepção de informações 

(MILARÉ, 2008). 

  “A área de Ciências Naturais é apresentada dentro de uma tradição consagrada, na 

qual o mundo natural é estudado de forma fragmentada, como uma sucessão linear de 

conteúdos isolados” (Lottermann, 2012, p.02). 

 Na maioria das escolas, cada um dos temas, química e física, são trabalhados em 

semestres separados, e desvinculados de todos os demais temas já estudados na disciplina. Em 

alguns casos, ainda as escolas possuem dois professores, cada um deles especializado em uma 

das disciplinas. Os conteúdos, em geral, são os mesmos do Ensino médio, muito extensos e 

pelo curto prazo, trabalhados muito superficialmente. Juntando todos estes fatores, os alunos 

ficam expostos a uma nova visão e prática da disciplina, o que, na maioria das vezes acarreta 

grande dificuldade do desenvolvimento da aprendizagem e baixo rendimento do aluno.  

 As autoras Zanon e Palharini (1995), ressaltam que não são recentes as preocupações 

em relação à ineficiência da formação em química ao longo do ensino fundamental, na 

maioria das escolas a química é resumida a conteúdos, o que tem gerado uma carência 

generalizada de familiarização com a área, uma espécie de analfabetismo químico que deixa 

lacunas na formação dos cidadãos e cidadãs. 



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O uso de atividades práticas no Ensino Fundamental vem sendo inserido 

gradativamente, colaborando para a familiarização do aluno com o conteúdo. Rosito (2003) 

destaca que a utilização de atividades experimentais é essencial para a aprendizagem 

científica, pois é um conjunto de conhecimentos individuais ou específicos que constituem 

uma série de aquisições vantajosas ao aluno. 

 Milaré (2008, p. 27) lembra que “devido ao grau de complexidade e de abstração que 

alguns conteúdos de Química podem alcançar, é necessário que o professor tome cuidado na 

abordagem destes assuntos no Ensino Fundamental”. O docente deve esperar de seus alunos 

apenas o início do desenvolvimento de um “pensamento químico” e não força-los a 

compreender e memorizar detalhes complexos. 

 Entre todos os assuntos abordados em Química na 8ª série/ 9º ano, o conteúdo de 

misturas é um deles, e tem ampla relação com os demais conteúdos da disciplina, bem como a 

muitos outros temas do cotidiano. Assim, eles são a base para o estudo de propriedades, 

constituição e transformação de materiais e substâncias, que correspondem aos objetos e aos 

focos de interesse da química como ciência e componente curricular (Lacerda et al., 2012).  

 Milaré e Alves Filho defendem que em Ciências do Ensino Fundamental, o papel do 

estudo da Química é o de criar suporte e ajudar a responder questões necessárias na 

complementação dos conhecimentos ensinados, e nessa perspectiva os conhecimentos 

químicos deveriam ser inseridos como ferramenta para a compreensão de temas ou situações 

vivenciadas pela sociedade. 

 Devemos, como professores, apresentar aos estudantes a ideia de ciência, como um 

processo permanentemente em construção, pois historicamente a Química apresenta um 

caráter de ciência investigativa. 

  

2.2 As principais Metodologias de Ensino 

 

 O mundo está em constante mudança, e com ele as pessoas. Os jovens de hoje 

convivem com tecnologias muito diferentes das de antigamente, estão expostos a informações 

distintas. As formas de chegar até o conhecimento hoje são muito mais rápidas e dinâmicas.  



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No passado se adquiria o conhecimento escolar de forma tradicional, quem era o centro do 

conhecimento, era o professor, ele escolhia a forma que iria ensinar seus alunos, e estes se 

portavam de maneira exemplar, pois o aprendizado dependia somente do seu esforço e 

dedicação. 

 Leão (1999, p 188) cita que o “ensino tradicional foi um dos principais a influenciar a 

prática educacional formal, bem como o que serviu de referencial para os modelos que o 

sucederam, e que ele ainda continua em evidência, mesmo sofrendo muitas modificações ao 

longo da história”. Neste mesmo sentido, Rodrigues et.al (2011), relata que a didática 

tradicional, centrada na preocupação com o “ensinar”, continua predominando nas práticas 

pedagógicas, apesar do notável avanço da didática moderna, centrada na preocupação com a 

“aprendizagem”. 

A abordagem tradicional do ensino parte do pressuposto de que a inteligência 

é uma faculdade que torna o homem capaz de armazenar informações, das 

mais simples as mais complexas. Nessa perspectiva é preciso decompor a 

realidade a ser estudada com o objetivo de simplificar o patrimônio de 

conhecimento a ser transmitido ao aluno que, por sua vez, deve armazenar 

somente os resultados do processo. (LEÃO, 1999, p.190) 

 No método Tradicional de Ensino, conforme coloca Rodrigues et.al (2011), o professor 

é responsável por transmitir, orientar, instruir e mostrar. É ele quem avalia e dá a última 

palavra, ocupando lugar central na sala de aula e assume na maioria das vezes, uma postura 

autoritária. Já o aluno, é um elemento passivo, que deve ouvir decorar e obedecer, que reage 

somente a perguntas do professor, ouvindo tudo em silêncio, realizando exercícios e 

atividades limitadas, sem participação na construção do conhecimento adquirido.  

 Camargo (2011, p.6) associa o aluno tradicional, no início da vida escolar, à “copo 

vazio”, no qual aos poucos e gradativamente serão preenchidos de informações fornecidas 

pelos adultos que já são detentores do conhecimento. 

 Outra característica marcante nesta metodologia é a organização física da sala de aula, 

onde as classes são distribuídas em colunas, e bem ao centro fica a mesa do professor, 

proporcionando ampla visão da sala de aula, evidenciando sua autoridade. 

 O método de ensino tradicional é concebido através da transmissão de conhecimento 

de conteúdos já determinados previamente pelo programa de ensino. Um aspecto importante, 

é que esta metodologia se preocupa em transmitir os conhecimentos acumulados pela 

humanidade, possibilitando que todo um cultural seja objeto de aprendizagem. Assim, para 



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ensinar, bastava o professor saber o conteúdo a ser ensinado e algumas técnicas pedagógicas. 

(MARCONDES, 2008) 

 Santos (2001) ressalta que na Metodologia Tradicional os alunos pouco se manifestam 

e são condicionados a “dar a resposta certa”, e não a discutir ou levantar hipóteses. 

 Camargo (2011, p.7) também caracteriza o ensino tradicional como “um método que 

tem como base a aula expositiva e as demonstrações do professor à classe, como uma 

cerimônia num auditório repleto de espectadores ouvintes passivos, porque o professor já traz 

o conteúdo pronto”. 

 Ao fazermos um comparativo entre o método tradicional e construtivista não devemos 

atribuir adjetivos como atraso e progresso, respectivamente, devemos sim, buscar com bom 

senso e responsabilidade a melhor forma de promover o aprendizado dos alunos. Na escola, o 

professor é o grande intercessor desse trabalho, podendo contribuir tanto na estimulação da 

autonomia do grupo como também na manutenção de comportamentos de apatia e 

inexpressividade dos alunos.  

 Os novos métodos de ensino começaram a surgir com Rousseau, no século XVIII, e 

foi ampliado no século XX, pelo movimento da Escola Nova. (RODRIGUES et al., 2011) 

 Neste século podemos destacar vários estudiosos que podem ser classificados como 

teóricos do construtivismo. Krasilchik (2004) destaca como principais idealizadores, Jean 

Piaget, Henri Wallon, Vigotsky, Leontiev, Luria e Emília Ferreiro. 

 Coll (2006) defendem a ideia de que o Construtivismo não é uma teoria, e sim um 

referencial que integra contribuições diversas, sem um „livro de receitas”, mas com um 

conjunto articulado de princípios, onde os referenciais e teorias servem como um marco ou 

guia, e não para determinar a ação. 

 Krasilchik (2004) diz que o construtivismo não é, num sentido mais amplo, uma teoria 

da educação, como também não é estritamente uma metodologia de ensino, e sim uma 

concepção teórica acerca de como o homem chega ao conhecimento. 

 O enfoque construtivista, para Souza (2006), enfatiza a construção de novo 

conhecimento e maneiras de pensar mediante a exploração e a manipulação ativa de objetos e 

ideias, tanto abstratas como concretas, e explicam a aprendizagem através das trocas que o 

indivíduo realiza com o meio. 



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 Contrariando as ideias tradicionais, a proposta construtivista entende que “o 

conhecimento se dá de dentro para fora dos indivíduos e em construção contínua de ações 

sucessivas, exercidas pelo sujeito sobre o objeto, isto é, o conhecimento se forma e evolui 

através de um processo de construção que o próprio sujeito faz em cima do objeto 

constantemente” (Camargo 2011, p. 8). 

 O professor construtivista propõe ações de aprendizagem significativas, e trabalha as 

dificuldades do aluno, é aberto ao diálogo, tornando-se um facilitador da aprendizagem. 

Agora o aluno é o centro do aprendizado. 

 No método Construtivista de ensino, o professor passa a ser o orientador da 

aprendizagem de alunos ativos, sujeitos da ação, e em contato com aspectos culturais, que 

segundo Solé e Coll (1996), são fundamentais para o desenvolvimento pessoal do aluno. 

 Nesta metodologia, o professor é uma espécie de guia, que norteia o aprendizado do 

aluno. 

A prática de sala de aula dever ter um norte, uma orientação, e isso não é deixar de 

ser construtivista. Ao contrário, as orientações metodológicas baseadas nas teorias 

construtivistas devem explicar não apenas os detalhes das técnicas utilizadas, mas 

principalmente, justifica teoricamente como se chegou até essas técnicas, quais são 

os objetivos em relação à aprendizagem e suas prováveis consequências em termos 

pedagógicos (LEÃO, 1999, p.20). 

Porém, apesar do sucesso do uso desta metodologia diferenciada, elas ainda não estão 

sendo adotadas pela maioria dos docentes, justificada, na maioria das vezes pela falta de 

conhecimento, de tempo, ou ainda de recursos. 

 

2.3 Atividades práticas em sala de aula 

 

 Para o ensino de ciências, as atividades práticas, incluindo a experimentação, exercem 

um papel fundamental na aprendizagem dos alunos, pois possibilitam a melhor compreensão 

de seus conteúdos. 

 Andrade e Massabni (2011, p. 840) definem atividades práticas como “aquelas tarefas 

educativas que requerem do estudante a experiência direta com o material presente 

fisicamente, com o fenômeno e/ou com dados brutos obtidos do mundo natural ou social”. 



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 Os autores Andrade e Massabni (2011) ressaltam ainda que na atividade prática, a 

experiência física deve necessariamente ocorrer para que o estudante tenha possibilidade de 

abstrair informações do objeto ou fenômeno estudado, sejam elas confirmações de 

informações anteriores ou novas informações que a experiência propicia.  

 Ao contrário da aprendizagem mecânica, as atividades práticas, quando bem aplicadas, 

utilizam a problematização e o raciocínio como estratégias, formando sujeitos motivados, com 

competências éticas, políticas e sociais, dotados de raciocínio crítico e responsabilidade. 

O estudante precisa assumir um papel cada vez mais ativo, descondicionando-se da 

atitude de mero expectador de conteúdos, buscando efetivamente conhecimentos 

relevantes aos problemas e aos objetivos da aprendizagem (MITRE et.al, 2008, 

p.2137). 

 As atividades práticas colocam os alunos diante de situações e desafios que mobilizam 

seu potencial intelectual, enquanto estuda para compreendê-los ou melhorá-los. 

 Paulo Freire (2005) cita que a problematização opõe-se ao ensino tradicional por não 

operar na lógica da transferência de informações ou conhecimentos, mas em movimentos que 

criam possibilidades para sua produção ou construção. 

 Para Piaget (1972), os estudantes adquirirem muito mais conhecimento através de 

situações concretas, e as experimentações constituem um grande instrumento de 

aprendizagem, pois através delas os alunos observam, pensam e agem.  

 Cruz (2008) destaca que nas Diretrizes Curriculares consta que as atividades 

experimentais estão presentes no ensino de Ciências desde sua origem e são estratégias de 

ensino fundamentais, pois podem contribuir para a superação de obstáculos na aprendizagem 

de conceitos científicos, não somente por propiciar interpretações, discussões e confrontos de 

ideias entre os estudantes, mas também pela natureza investigativa. 

 Constata-se diversas limitações quanto ao uso de atividades práticas em sala de aula, 

dentre os quais, podemos citar a influência de preconceitos pedagógicos tradicionais, a falta 

de preparo dos docentes e as exigências do sistema educacional vigente. Apesar disso, 

percebe-se que muitos docentes, preocupados com a aprendizagem de seus alunos, vêm 

inovando suas práticas, fazendo suas aulas diferenciadas, tornando-se profissionais envolvidos 

com a constante busca de inovações no processo de ensino-aprendizagem.  

 



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Dentre as condições para que ocorra a aprendizagem significativa, as atividades 

práticas e experimentais, voltada para o cotidiano do aluno, para as situações 

vivenciadas por ele, aparecem como uma estratégia capaz de motivar o educando a 

querer aprender, a perceber a importância do aprendizado e se utilizado de forma 

adequada, se torna um material potencialmente significativo para a aprendizagem 

efetiva (MERAZZI; OAIGEN, 2008, p.70). 

 A realização de atividades práticas em sala de aula propicia de forma diferenciada 

subsídios ou reforços aos conhecimentos dos alunos proporcionando uma participação ativa 

no ato de aprender. Porém, algumas regras deverão ser observadas: 

As atividades têm que estar relacionadas a conteúdos procedimentais, atitudinais e 

conceituais. Devemos nos preocupar com a veracidade dos conceitos que estão 

sendo passados, da mesma forma com os conteúdos procedimentais, como: métodos 

para o trabalho de investigação; técnicas gerais de estudo; estratégias de 

comunicação; estabelecimento de relações entre os conceitos e destrezas manuais. 

Em relação a estes conteúdos o aluno é convidado a refletir sobre qual o motivo de 

realizar certas ações. Quanto aos conteúdos atitudinais, referimo-nos aos 

sentimentos, valores que os alunos atribuem a determinados fatos, normas, regras, 

comportamentos e atitudes e tudo isto depende da postura do professor, sua 

coerência e adequação. (CRUZ, 2008, p.8)  

 Krasilchik (2004) refere-se às aulas práticas como aquelas que permitem aos alunos ter 

contato direto com os fenômenos, manipulando os materiais e equipamentos e observando. 

Para Leite e colaboradores (2005) as aulas práticas podem ajudar no desenvolvimento de 

conceitos científicos, e que podem servir de estratégia para auxiliar o professor a retomar um 

assunto já abordado, construindo uma nova visão sobre um mesmo tema, ampliando a 

reflexão, gerando discussões, além de promover o respeito às opiniões dos colegas de sala. 

 As atividades práticas, realizadas após uma aula teórica, são compreendidas como uma 

forma de “aplicação” ou “prova” dos conhecimentos aprendidos, atuando como complemento 

da aula teórica. As atividades práticas permitem aprendizagens que a aula teórica, apenas, não 

permite, e segundo Andrade e Massabni (2011), é compromisso do professor, e também da 

escola, dar esta oportunidade para a formação do aluno conforme defendem. 

 Rosito (2003) entende que as atividades experimentais não devem ser desvinculadas 

das aulas teóricas, das discussões em grupos e de outras formas de aprender, que o que foi 

exposto em aula e o que foi feito em laboratório devem constituir algo que se complementa. 

Esta autora enfatiza que atividades práticas experimentais sem vínculo com a fundamentação 

teórica não passam de ativismo. 

 Carmem (2000) define a atividade prática como qualquer atividade desenvolvida, na 

qual o aluno precise empregar procedimentos para chegar a um resultado. Sendo assim, as 



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atividades experimentais podem ser consideradas atividades práticas, mas elas não se 

restringem apenas a procedimentos, há também um planejamento, controle e reflexão que vão 

além de simplesmente observar o fenômeno ocorrendo. 

 Andrade e Massabni (2011) ressaltam que as atividades práticas são uma das formas 

de trabalho do professor, e querer utilizá-las, ou não, é uma decisão pedagógica que não 

depende apenas da boa vontade do docente, seu preparo ou condições dadas pela escola. 

Cruz (2008) sugere aos professores usarem sua criatividade, utilizar materiais de baixo 

custo, sucatas e até mesmo recursos próprios para a aquisição de materiais a fim de oferecer 

aulas mais atrativas no que tange a experimentação. 

 “Se o professor valoriza as atividades práticas e acredita que elas são determinantes 

para a aprendizagem de Ciências, possivelmente buscará meios de desenvolvê-las na escola e 

de superar eventuais obstáculos “(ANDRADE; MASSABNI, 2011, p.836). 

 Wall, Prado e Carraro (2008), dizem que o professor deve reconhecer a 

intencionalidade pedagógica que orienta suas ações e valorizar os interesses e curiosidades 

dos alunos, ao mesmo tempo em que fornece meios para a conquista das competências 

esperadas na disciplina. 

 O professor tem a função de planejar atividades práticas para facilitar a compreensão 

dos conteúdos teóricos aos alunos, estimulando-os a questionar, responder, observar, explorar, 

analisar, comparar e compreender a situação problema, levando ao desenvolvimento de novos 

conhecimentos, uma vez que o acesso ao conhecimento novo ocorre a partir do pré-existente. 

 As aulas práticas proporcionam momentos de interação entre professor e alunos, em 

que o último, não é somente o receptor do conhecimento. As aulas tomam outro foco, não 

somente o de transmitir informações. Assim, supõe-se, que quando você participa, adquire-se 

muito mais conhecimento do que apenas com a transmissão de informações, através de aulas 

tradicionais. 

 A atividade prática tem grandes atrativos para os alunos e tem-se apresentado como 

um instrumento válido para o incremento da capacidade de aprendizado dos alunos, 

estreitando as relações entre professor e aluno. 

 No entanto, o uso de atividades práticas em sala de aula, especificamente no ensino de 



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ciências, ainda é escasso na maioria das escolas, dificultando com isto, a compreensão e a 

construção do conhecimento. A ausência de práticas relacionadas aos conteúdos teóricos no 

ensino de ciências muitas vezes promove no aluno insatisfação e desmotivação gerando 

consequentemente um bloqueio que inviabiliza a aprendizagem. “O professor deve priorizar a 

aprendizagem significativa dos conteúdos e para isso deverá se valer de encaminhamentos 

metodológicos que utilizem recursos diversos, planejados com antecedência, para assegurar a 

interatividade no processo ensino-aprendizagem” (CRUZ, 2008, p.4). 

 

2.4 Caracterização da Escola e dos Alunos 

 

 O estudo foi desenvolvido em uma Escola Estadual, localizada na cidade de Lajeado-

RS. A instituição atende aproximadamente 500 estudantes da Educação Infantil ao Ensino 

Médio, todos moradores do entorno escolar, sendo estes distribuídos nos turnos da manhã, 

tarde e noite. A escola oferece ainda o Programa Mais Educação, que atende os alunos no 

turno inverso, proporcionando atividades diversificadas e aulas de reforço, e o Programa 

Escola Aberta à Cidadania, que funciona aos finais de semana, oferecendo gratuitamente 

oficinas variadas aos moradores da comunidade.  

 A escola esta inserida em um bairro com alta taxa de criminalidade, com baixos 

índices socioeconômicos, com padrão urbanístico bastante precário atribuindo uma baixa 

qualidade de vida aos seus moradores.  A comunidade escolar enfrenta conflitos como uso e 

tráfico de drogas e violência familiar. Estas condições implicam em um público de alunos 

muito variado, a maioria deles com condições desfavoráveis de aprendizagem, envolvidos 

com trabalho informal ou em atividades domésticas, refletindo nos baixos resultados escolares 

e no alto índice de evasão escolar. 

 Lima (2005) ressalta que dificuldades do cotidiano escolar, reprovação, dificuldades 

no desempenho e nas relações interpessoais, são fatores importantes para explicar o baixo 

rendimento ou a não permanência deles na escola. 

 Apesar de todos os conflitos, a escola trabalha com muitos projetos visando qualificar 

as aulas e estimular a permanência dos alunos na escola, com a consciência de que só assim 

poderão adquirir o conhecimento para tornarem-se cidadãos com autonomia e de sucesso. 

 



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2.5 Características da turma 

 

 Os alunos que participaram da pesquisa estão cursando o 9º ano, sendo todos egressos 

da 7ª série ou 8ºano do Ensino Fundamental, não sendo nenhum deles repetentes.  

 O grupo associado à pesquisa foi de 32 alunos de idades variando entre 14 e 16 anos, 

sendo 12 do sexo masculino e 20 do sexo feminino. A idade elevada dos estudantes 

demonstra ter havido reprovação, de alguns alunos, em pelo menos em uma das séries 

cursadas anteriormente. Segundo dados do senso escolar de 2012, fornecidos pela secretaria 

da escola, esta é uma situação comum na escola, principalmente nas séries finais do Ensino 

Fundamental e no Ensino Médio. 

 O grupo estudado se relaciona muito bem entre si, são unidos, provavelmente por 

morarem na mesma comunidade e pela maioria terem sido colegas durante todo o ensino 

fundamental. Esta característica também é caracterizada pelo autor Lima (2005, p.05), onde 

cita que “a sala de aula representa para os jovens um lugar de encontro, um dos poucos em 

que podem ir e vir, um espaço privilegiado de socialização, e esta cumpre parte de sua missão 

ajudando crianças e jovens a conviver, a aprender, e passar do mundo infantil e juvenil para o 

mundo adulto”. 

 Porém uma característica marcante da turma é a de não terem o hábito de estudar em 

casa, nem de realizar tarefas escolares, como os temas, apresentando grande desinteresse em 

estudar. Esta constatação, também é enfatizada por Prediger, Berwanger e Mors (2009), pois o 

desinteresse, bem como a falta de motivação e de participação dos alunos nas atividades 

escolares se constituiu como uma das questões que atualmente mais causa preocupação entre 

os educadores brasileiros. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 



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3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 

 

 

3.1 Tipo de pesquisa  

  

 O presente estudo caracteriza-se como uma pesquisa quali-quantitativa, sendo, a 

pesquisa qualitativa diferenciada por demonstrar que a realidade e o sujeito são elementos 

indissociáveis necessitando considerar suas particularidades individuais ou de seus grupos. 

Para complementar o trabalho, utilizou-se a pesquisa quantitativa, buscando caracterizar 

estatisticamente a aprendizagem do grupo de alunos em estudo. 

  Esta pesquisa foi de cunho exploratório descritivo, uma vez que tratou da verificação 

de um assunto já conhecido, e visou proporcionar uma melhor compreensão e aceitação do 

tema estudado. Seguindo os padrões de Gil (2006), Leopardi (2002) e Malhotra (2006) aput 

Chemin (2012), foi feita a análise de referências bibliográficas já existentes e o levantamento 

dos dados de testes padronizados, aplicados antes e após o uso da Atividade Prática. Também 

foram observadas, registradas e analisadas as reações dos alunos frente aos métodos 

utilizados.   

 Tendo em vista que a pesquisadora foi agente ativa, e os procedimentos adotados 

foram a comparação da evolução dos alunos frente à aplicação de dois métodos de ensino 

diferentes, o primeiro, seguindo o padrão Tradicional de ensino, e o segundo buscando um 

padrão Construtivista de ensino-aprendizagem, aplicadas em sequencia, para medir o 

desempenho dos alunos, a pesquisa classifica-se como experimental transversal.  



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3.2 Coleta dos dados 

 

 A pesquisa foi desenvolvida e aplicada pela própria Professora/Pesquisadora, em 

alunos de 8ª série (9º ano) do Ensino Fundamental de uma escola pública estadual do 

município de Lajeado/RS. A escola está localizada em um bairro de classe muito baixa e 

atende em média 500 alunos de pré- escola ao 3º ano do Ensino Médio, sendo mantida com o 

auxílio da Secretaria Estadual de Educação do estado do Rio Grande do Sul.  

 Aplicou-se a todos os alunos o mesmo método e etapas de pesquisa, necessitando 

cinco encontros para sua execução, sendo estes caracterizados por um período de aula. 

Na primeira aula (um período) os conteúdos sobre Misturas e Tipos de Misturas foram 

apresentados aos alunos através da leitura de um texto com apenas conceitos específicos 

(APÊNDICE A), sendo este lido oralmente por alunos escolhidos pela 

professora/pesquisadora. Durante as leituras ocorreram somente pequenas explicações sobre 

os termos não compreendidos.  

No encontro seguinte (um período), entregou-se uma lista contendo 15 questões 

objetivas sobre o assunto (APÊNDICE B) sendo estes corrigidos oralmente, logo em seguida, 

com o auxilio da professora/pesquisadora.  

 Na terceira aula (um período), os alunos realizaram uma avaliação descrita 

(APÊNDICE C), com 10 questões, sendo 4 objetivas e 6 dissertativas sobre o conteúdo 

apresentado na aula anterior.  Estas três aulas (três períodos) iniciais serviram para 

caracterizar e avaliar a forma Tradicional de Ensino. 

 Na quarta aula (um período), aconteceu a aplicação de uma Atividade Prática. Foi 

proposto ao grupo uma prática sobre Classificação de Misturas, a turma foi dividida em 

duplas, onde cada uma realizou diferentes atividade prática, todas elas mediadas pela 

professora através de problematizações sobre o conteúdo. Os passos para o desenvolvimento 

das práticas encontram-se descritos abaixo. 

CLASSIFICAÇÃO ENTRE AS MISTURAS 

*Material para cada dupla:  



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- 10 copos descartáveis e transparentes; 

- 10 colheres plásticas descartáveis; 

- etiquetas adesivas; 

- toalhas de papel; 

*Material para o uso coletivo da turma: 

- sal 

- vinagre 

- limão 

- azeite 

- areia lavada 

- açúcar 

- café 

- farinha de trigo 

- água potável 

- leite 

*Procedimentos: 

1) Dividir a turma em duplas. Cada uma fica responsável em preparar misturas conforme a 

problematização descrita abaixo: 

MISTURA 01: mistura homogênea utilizando dois ingredientes 

MISTURA 02: mistura homogênea utilizando três ingredientes 

MISTURA 03: mistura heterogênea de duas fases, utilizando dois ingredientes 

MISTURA 04: mistura heterogênea de duas fases utilizando três ingredientes 



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MISTURA 05: mistura heterogênea de três fases utilizando três ingredientes 

MISTURA 06: mistura heterogênea de três fases utilizando quatro ingredientes 

MISTURA 07: mistura que comprove que o leite é heterogêneo 

MISTURA 08: mistura com o maior número de fases possível com os ingredientes disponíveis. 

2) Identificar os frascos com as misturas com o número de componentes e o número de fases. 

3) Identificar quais dos ingredientes apresentados é soluto, e quais são solventes. 

4) Descrever no caderno específico, passo a passo a experiência realizada, classificando 

cada mistura produzida. 

5) Apresentar oralmente aos colegas os resultados encontrados. 

 Todos os alunos presentes realizaram a atividade prática e registraram seu 

desenvolvimento, passo a passo, no caderno de Ciências/Química utilizando suas palavras, 

conforme seu entendimento. 

 No último encontro, aula de número 5 (um período), os alunos foram submetidos a um 

novo teste, igual ao aplicado no terceiro encontro (APÊNDICE C). Com relação aos testes, 

vale a pena salientar que ambos apresentavam questões que foram trabalhadas de forma 

teórica, através da leitura do texto. Sendo que o as questões foram reforçadas na realização da 

atividade prática, podendo-se assim analisar melhor o resultado da aplicação da metodologia 

construtivista. 

 

3.3 Análise dos dados 

 

 As técnicas de análise de dados passaram pelo processo de observação da reação dos 

alunos, durante o desenvolvimento das atividades, interesse e satisfação dos mesmos perante a 

aula apresentada, bem como dos registros produzidos por eles (caderno, atividades, etc.), e a 

comparação entre a média dos questionários, aplicados antes e após a realização da aula 

prática. Foi feita uma análise descritiva dos resultados quantitativos e qualitativos, a partir dos 



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dados obtidos. 

 A reação dos alunos frente às atividades propostas foi registrada após o 

desenvolvimento das mesmas, pela professora/pesquisadora, em forma de relato. 

 A comparação dos resultados dos testes foi feita através da tabulação das notas 

atribuídas de cada aluno, calculando-se a média destas notas, chegando-se a um resultado 

final de avanço ou não, da qualidade da aprendizagem. 

 A apresentação da pesquisa deu-se por meio de tabelas, gráficos e em um texto 

expositivo e analítico.  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 



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4 RESULTADOS E DISCUSSÕES 

 

  

 Os dados obtidos foram organizados do acordo com a média das provas aplicadas e 

conforme o comportamento apresentado pelos alunos. 

 O resultado das avaliações foi classificado em percentual de questões corretas (C), 

incorretas (I), parcialmente corretas (P/C) e não respondidas (N/R), e organizado em gráficos. 

A partir da análise destes, chegou-se aos resultados descritos a seguir. 

 

4.1 Avaliação da média dos resultados dos testes 

 

 A primeira questão dissertativa solicitava aos alunos que caracterizassem e citassem na 

letra “a” exemplos de Misturas Heterogêneas e na alternativa “b” exemplos de Misturas 

Homogêneas (GRÁFICO 1). Nesta questão observou-se que os alunos apresentaram melhores 

resultados após as atividades práticas, aumentado o número de acertos e diminuído 

significativamente o número de questões não respondidas da prova 1 para a prova 2. O 

número de questões incorretas não variou muito, principalmente na letra “b”, porém, 

aumentaram as tentativas de acerto, fato este comprovado pelo índice de questões 

parcialmente corretas, que não ocorreu na prova 1 e aumentou na prova 2.  

 O aumento de questões incorretas poderia atribuir-se com a maior disponibilidade do 

aluno em tentar responder a questão. Apesar de terem respondido incorretamente, ainda assim 



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mostra que a aplicação da atividade prática, foi significativa, servindo de estímulo para a 

realização da prova, como corrobora a afirmação de Silva et al. (2009) de que a percepção da 

motivação dos alunos ao participarem da atividade reafirma o quanto é fundamental a 

aplicação de atividades dinâmicas no processo ensino-aprendizagem. 

 

Gráfico 1 - Questão 1 (A e B) - Conceitos e exemplos de Misturas  

 
Fonte: Da autora 

 Andrade e Massabni (2011) destacam que as atividades práticas possivelmente 

incentivam o gosto pela área, sendo comum a satisfação dos estudantes em participarem delas. 

Portanto alunos satisfeitos esforçam-se mais na realização de atividades, apresentando 

melhores rendimentos, conforme os resultados apresentados na questão 1. 

 Conforme Merazzi e Oaigen (2008) quando o aluno percebe que está aprendendo, se 

sente motivado, e com isso ganha mais interesse em continuar desenvolvendo as atividades. 

 A questão de número 2 (GRÁFICO 2) solicitava que os alunos caracterizassem alguns 

elementos em: Misturas Heterogêneas, Misturas Homogêneas ou Substâncias. Neste caso não 

ficou claro um melhor desempenho dos alunos, acredita-se que isto ocorreu, devido aos itens 

apresentados nesta questão, terem sido trabalhados somente no método tradicional de ensino, 

durante a leitura do texto ou na resolução dos exercícios, não sendo enfatizados na atividade 

prática aplicada, como por exemplo, a letra “j” que se manteve com 70,58% de erro na prova 

2. 

 A letra “f” desta questão, também apresentou alto índice de erro, mantendo-se na casa 

dos 58%, mesmo na segunda prova. Esta tratava de identificar o petróleo como uma Mistura 

20,34% 

10,53% 

0% 

60,77% 

39,95% 

28,71% 

13,64% 
17,70% 17,71% 

26,08% 

0% 

56,22% 

39,95% 

31,34% 

9,10% 

19,62% 

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

C I P/C N/R C I P/C N/R

MÉDIA DA PROVA 1 MÉDIA DA PROVA 2

A - Mistura Heterogênea B - Mistura Homogênea



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Homogênea. Apesar de o assunto ter sido comentado oralmente durante a atividade prática, a 

maior parte dos alunos não acertou, fato este, relacionado a possível dificuldade de abstração 

de conteúdo. 

Gráfico 2 - Questão 2 ( A a J) - Classificação dos elementos em homogêneos, heterogêneos ou 

substância

 
Fonte: Da autora 

 No ensino de Ciências, estas questões podem ser percebidas pela dificuldade do aluno 

em relacionar a teoria desenvolvida em sala com a realidade a sua volta, não reconhece o 

conhecimento científico em situações do seu cotidiano, os estudantes aprendem melhor 

quando participam ativamente das atividades de ensino (WILSEK;TOSIN, 2012, p.26). 

 Lacerda et.al (2010) já verificou em suas pesquisas sobre química,  que normalmente 

os alunos apresentam problemas no entendimento dos termos substância e mistura e na 

distinção entre mistura homogênea e heterogênea. Atribuindo esta dificuldade, aos diferentes 

significados dos termos no cotidiano: substância é tida como sendo sinônimo de coisa, 

material e elemento e mistura sugere um procedimento comumente usado pelos alunos desde 

a sua infância: o ato de misturar coisas. 

 Vale a pena lembrar, que mais uma vez, o número de questões não respondidas 

diminuiu, passando para menos de 10% na segunda prova, evidenciando as tentativas dos 

estudantes em completar a questão. 

 A letra “i” foi a que obteve maior destaque no aumento do índice de acertos passando 

de 39,24% na prova 1 para 66,03% na prova 2. Esta questão tratava da classificação do solo, e 

mesmo o assunto sendo discutido somente oralmente na atividade prática, eles 

compreenderam muito bem, acredita-se que isto se deu pelo fato do assunto solo despertar o 

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60%

70%

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C I N/R C I N/R

MÉDIA DA PROVA 1 MÉDIA DA PROVA 2

A - H2O sem gás

B - H2O com gás

C - H2O dest.

D - Granito

E - Sangue

F- Petróleo

G - H2O e álcool

H - Diamante

I - Solo

J- Aço



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interesse da maioria da turma, pois boa parte dos alunos participou da discussão deste tema. 

 A questão 3 (GRÁFICO 3) apresentava quatro tipos de sistemas, onde os alunos 

deveriam indicar as fases e os componentes destes. Nesta atividade, observa-se mais uma vez, 

o aumento geral no número de acertos e a diminuição no número de questões não 

respondidas. Esta questão apresentava a maioria dos sistemas de misturas, com componentes 

manuseados na atividade prática, comprovando a eficácia de utilizar elementos concretos no 

processo de ensino, como defende Rodrigues et.al (2011), que recursos como estes 

diversificam a prática pedagógica e promovem uma efetiva interação dentro do contexto 

escolar, contribuindo, portanto, para a eficácia dos resultados pretendidos. 

 A letra “a‟ tratava de identificar o número de fases de um sistema formado por água, 

sal e azeite, apesar dos alunos terem manuseado estes ingredientes na atividade prática, o 

índice de questões incorretas ainda manteve-se alto, diminuindo apenas 3,84% da prova 1 

para a prova 2. A média de respostas certas desta questão, também não aumentou muito em 

relação à prova 2, aumentando pouco mais de 13%. Acredita-se que este fato tenha ocorrido 

porque durante a atividade prática, na maioria das vezes, os alunos utilizaram o sal em 

abundância, o que fazia com que a mistura (água e sal) saturasse, apresentando duas fases. 

Mesmo este fato tendo sido ressaltado durante a aula prática, muitos alunos ainda 

classificaram o sistema apresentado na prova, como contendo 3 fases. 

 

Gráfico 3 - Questão 3 (de A a F) - Análise de fases e componentes dos sistemas  

 

Fonte: Da autora 

*Fases = azeite + H2O + sal.    **Componentes = azeite + H2O + sal.  

*** Fases = H2O + álcool + azeite.    ****Fases = gelo +H2O + óleo.  

*****Componentes = gelo + H2O + óleo.   ******Fases = sal + H2O + limalha de ferro. 

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

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80%

C I N/R C I N/R

MÉDIA DA PROVA 1 MÉDIA DA PROVA 2

Letra A- *

Letra B - **

Letra C- ***

Letra D - ****

Letra E - *****

Letra F - ******



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 A letra “c” sofreu grande distinção dos resultados na prova 2, aumentou o índice de 

acertos de 39,23% na prova 1 para 73,93% na prova seguinte, demonstrando um decréscimo 

do número de erros e também de questões não respondidas. Atribui-se isto ao fato do sistema 

de misturas apresentado, H2O + álcool + azeite, ter sido manuseado na atividade prática, por 

praticamente todos os alunos. 

 Outro fato que tem destaque no gráfico é a letra “e”, esta tratava da identificação do 

número de componentes de um sistema formado por gelo, água e óleo. Esta questão foi a que 

apresentou menor aumento no índice de acertos, portanto acredita-se que esta turma possa ter 

deficiências do conteúdo de Estados Físicos, pois identificaram o gelo e água como sendo 

componentes diferentes do sistema. Lacerda et. al (2010) cita que os alunos geralmente 

associam substância à fase, ou seja, para eles, se há duas fases, então há duas substâncias.  

 A questão 4 (GRÁFICO 4) solicitava que os alunos explicassem se a água potável é ou 

não quimicamente pura. A média de acertos passou de 22,25% na prova 1, para 58,14% na 

prova 2,  o número de questões não respondidas baixou mais de 13%, e o número de 

incorretas baixou 22,72%. 

 

Gráfico 4 - Questões 4 e 5 - Dissertativas 

 
Fonte: Da autora. 

*Água potável é pura? 

** O ar que respiramos é puro? 

 

 Cruz (2008, p.06) cita o conceito de Piaget, onde este fala que os alunos adquirem 

conhecimentos através de situações concretas e que as experimentações constituem um grande 

22,25% 

57,41% 

0% 

20,34% 

58,14% 

34,69% 

0% 

7,18% 

44,50% 

14,36% 

7,18% 

33,97% 

41,87% 

28,71% 

7,18% 

22,25% 

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

C I P/C N/R C I P/C N/R

MÉDIA DA PROVA 1 MÉDIA DA PROVA 2

Questão 4 - *

Questõa 5 - **



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instrumento de aprendizagem, pois através delas os alunos observam, pensam e agem e 

havendo uma maior consolidação dos conteúdos, e obtendo melhores resultados. 

 A questão de número 5 (GRÁFICO 4), também dissertativa, pedia que o aluno 

justificasse se o Ar que respiramos é puro ou não. O número de acertos não apresentou 

diferenças significativas de uma prova para a outra, o número de questões parcialmente 

corretas continuou 7,18%, a porcentagem de incorretas dobrou, e o número de questões não 

respondidas diminuiu pouco mais de 11%. A este fato se atribuiu a falta de ênfase sobre o 

assunto “ar” na atividade prática, aliada ao conceito preexistente “ar puro que respiramos”, 

muito citado no cotidiano, o que provavelmente contribuiu para que os alunos não 

considerassem o fato da existência de partículas poluidoras misturadas ao ar. 

 

Gráfico 5 - Questões 6 e 7 - Dissertativas 

 
Fonte: Da autora 

*Qual é o soluto e o solvente na mistura de água com açúcar? 

** A água mineral natural é uma mistura ou substância? 

 

 Observou-se aumento do desempenho dos estudantes na questão 6 (GRÁFICO 5), que 

solicitava a identificação do soluto e do solvente em uma mistura de água com açúcar. Na 

segunda prova, o número de acertos aumentou e a porcentagem de incorretas e de não 

respondidas diminuíram, isto se atribuiu ao fato dos alunos terem manipulado estes 

ingredientes na atividade prática, e terem sido motivados a discutirem sobre a função do 

soluto e do solvente, conforme reforçam Merazzi e Oaigen (2008, p.73) “as atividades 

práticas, voltadas para o cotidiano, constituem-se em uma ferramenta que favorece a 

aprendizagem, pois, tornam o ensino de Ciências mais interessante, aproximando os 

32,06% 

38,52% 

29,43% 

57,41% 

30,15% 

12,44% 

36,60% 

16,99% 

46,41% 48,33% 

16,27% 

35,41% 

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

C I N/R C I N/R

MÉDIA DA PROVA 1 MÉDIA DA PROVA 2

Questão 6 - *

Questão 7 - **



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conteúdos da vivência do educando, visando à aplicabilidade do conhecimento”. 

 Em estudos correlatos Bueno et.al  (2008, p.4) percebeu que a dificuldade dos alunos 

em compreender conteúdos Química, pode ser superada/minimizada através da utilização de 

aulas experimentais, que auxiliam na compreensão dos temas abordados e em aplicações no 

cotidiano, já que proporcionam uma relação entre a teoria e a prática. 

 Na questão 7 (GRÁFICO 5) era apresentado o rótulo de uma garrafa de água mineral 

natural, com a tabela de composição da mesma, os alunos deveriam explicar se o produto 

apresentado era uma substância ou uma mistura.  

 Mais uma vez ficou provada a dificuldade de abstração dos alunos, quanto a conteúdos 

comentados somente de forma oral, pois os resultados, obtidos na segunda prova, pouco se 

alteraram em relação à primeira. Moraes (2003, p.111) explica que „aprender ciências de 

modo efetivo exige que os alunos tenham desenvolvido estruturas cognitivas do pensamento 

formal. Que na concepção piagetiana, é o último estágio do desenvolvimento da inteligência. 

 De acordo com os autores Belo e Brandalise (2011), a aprendizagem significativa 

ocorre quando uma nova informação está relacionada com conceitos relevantes, preexistentes 

na estrutura cognitiva do aprendiz.  

 A questão 8 objetiva (GRÁFICO 6), onde o aluno deveria assinalar a alternativa que 

apresentasse a classificação incorreta do sistema apresentado, neste caso o Leite que foi 

apresentado como Homogêneo. Apesar do leite ter sido manipulado na atividade prática, e 

coalhado com a adição de vinagre ou limão, os resultados da prova 2 não foram totalmente 

satisfatórios, com o índice de questões incorretas mantido acima de 70%. 

 A atividade 9 (GRÁFICO 6) solicitava que o aluno assinalasse a alternativa que 

classificasse corretamente o granito, quanto a sua composição. Mais uma vez o nível de 

questões incorretas manteve-se alto, chegando inclusive a reduzir o número de acertos da 

segunda prova. Esta questão foi trabalhada somente no método tradicional de ensino, nos 

primeiros encontros, não sendo revista, nem comentada na atividade prática. Acredita-se que 

isto ocorreu por que os estudantes não tem o hábito de estudar em casa, e, portanto, se o 

conteúdo não for trabalhado de forma bem significativa, na sala de aula, não será bem 

abstraído pelos alunos. 

 



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 Quanto a isto Koga (2012, p.2) diz: 

[...] que boa parte dos alunos não estuda e se o faz é somente no  período  de provas, 

motivados pelas notas e pela cobrança dos pais e professores. Ambos são motivos 

externos que nem sempre favorecem o aprendizado e a autonomia, pois não 

desenvolvem uma elaboração própria acerca dos conteúdos estudados. 

 Na questão 10 (GRÁFICO 6), também objetiva, a evolução dos alunos na segunda 

prova, foi um pouco mais evidente apesar do número de questões incorretas, manter-se alto. A 

atividade apresentava um sistema formado por água, álcool, areia, óleo e pó de ferro, e os 

alunos deveriam assinalar a alternativa que indicasse o número de fases desta mistura. Este 

caso provou mais uma vez, que a atividade prática proporcionou melhor desempenho, uma 

vez que a maior parte dos ingredientes apresentados foi manipulado pelos alunos na aula 

prática, onde se deu um grande enfoque na identificação de fases e componentes das misturas. 

 

Gráfico 6 – Questões Objetivas 8, 9, e 10  

 
Fonte: Da autora 

* Relacionar o tipo de mistura a sua classificação quanto ao nº de fases.  

** Classificação do granito quanto a sua composição química.  

*** Quantas fases ocorrem na mistura de  H2O + álcool + areia + óleo + pó de ferro 

 

 Portanto quando uma metodologia de ensino estabelece “pontes” entre o conhecimento 

que os alunos já sabem e o novo conhecimento, propicia uma aprendizagem significativa, o 

que leva os alunos a fixarem muito mais o conteúdo que aprenderam (MOREIRA e MASINI, 

2011). 

 Aprovamos a ideia de Leão (1999, p.204) de que “não há receitas prontas para se 

trabalhar em sala de aula. Cada escola deve procurar um caminho para possibilitar a aquisição 

22,25% 

75,12% 

2,64% 

29,43% 

70,58% 

0% 

41,87% 

55,51% 

36,60% 

60,77% 

27,52% 

65,31% 

7,18% 

51,67% 

45,70% 

2,63% 

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

C I N/R C I N/R

MÉDIA DA PROVA 1 MÉDIA DA PROVA 2

Questão 8 - *

Questão 9 - **

Questão 10 - ***



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dos conteúdos curriculares à sua clientela”. 

 

4.2 Avaliação da reação dos alunos frente às propostas apresentadas 

 

 O grupo de alunos foi bem diversificado, verificaram-se alguns alunos muito 

interessados na aula, que ficavam atentos aos comentários, e questionavam alguns conceitos 

desconhecidos do vocabulário da turma. Observou-se também, alunos que não estavam 

interessados, pois não acompanharam a aula de forma participante, e facilmente se desviavam 

a assuntos laterais. Inicialmente o grupo se mostrou mais resistente às propostas apresentadas, 

porém já no segundo encontro estavam bem mais a vontade na presença da 

professora/pesquisadora. 

 Durante a leitura do texto, os alunos mantiveram-se tranquilos, e as intervenções com 

perguntas foram poucas, somente aconteceram quando se tratavam de termos ainda não 

conhecidos pela turma, como quartzo, por exemplo. 

 Após a leitura, foram aplicados os exercícios, que foram resolvidos individualmente. 

Neste momento, a professora/pesquisadora precisou interferir várias vezes, explicando a 

ordem dos exercícios. Isto provou a grande deficiência dos alunos na interpretação das 

questões. 

 Os exercícios foram corrigidos oralmente, a professora/pesquisadora lia o exercício, e 

solicitava que algum aluno falasse sua resposta. Somente uma pequena parte dos alunos 

mostrou-se disposta em responder, precisando um pouco de insistência para que os demais 

expusessem sua resposta. 

 No segundo encontro, realizaram a Prova 1. Cada aluno resolveu sua prova 

individualmente e à medida que iam terminando, entregavam, aguardavam em silêncio e em 

seus lugares, o término das atividades por parte de seus colegas. Não houve questionamentos 

durante a prova. 

 No terceiro encontro, realizou-se a atividade prática, inicialmente a professora fez 

algumas perguntas sobre as aulas anteriores, recapitulando assim o conteúdo aprendido. Após 



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apresentar os materiais para a atividade prática, aos alunos, a professora/pesquisadora 

distribuiu os itens a cada dupla e deixou no centro da sala, os materiais de uso coletivo, os 

componentes para as misturas. 

Krasilchik (2008), afirma que as aulas práticas estimulam o interesse dos alunos, 

proporcionando aos mesmos a oportunidade de formular hipóteses, controlar e manipular 

materiais, interpretar dados obtidos, vivenciar metodologia científica, e isso faz com que eles 

se sintam motivados a buscar respostas, o que é de extrema importância no processo da 

aprendizagem. 

 Na medida em que as professora solicitava um tipo de mistura, os alunos se 

levantavam e iam até o centro da sala prepará-la, em seguida retornavam aos seus lugares, 

registravam a ação no caderno, classificavam a mistura e os componentes. Após todas as 

misturas classificadas, cada dupla apresentou uma delas, oralmente aos colegas, que 

avaliavam se a mistura estava correta ou não. 

 Neste momento, observou-se grande empolgação dos alunos em realizar a tarefa, todos 

estavam alegres e se divertiam com a atividade. Seguidamente a professora/pesquisadora era 

solicitada para esclarecer dúvidas, sobre a coerência das misturas preparadas e as 

classificações dadas. Quando isto ocorria a professora/pesquisadora respondia com outra 

pergunta, fazendo assim com que os alunos repensassem a classificação e chegassem a uma 

conclusão. 

 Segundo Leite et.al (2005) as aulas práticas funcionam como uma ótima ferramenta 

para despertar o interesse dos alunos em aprender,  gera curiosidade e um sentimento de 

satisfação nos mesmos. 

 Ao fim dos testes e da apresentação oral, o grupo estava tão empolgado, que solicitou 

a professora/pesquisadora, se cada dupla poderia criar uma mistura, que ainda não tivessem 

sido feita por eles. Autorizados eles criaram misturas bizarras, e após socializaram com os 

colegas, interagindo em outras duplas. Este momento foi de intensa alegria e descontração 

nesta turma. 

 Já diziam Merazzi e Oaigen (2008) que as atividades práticas e experimentais, 

voltadas para o cotidiano do aluno e para as situações vivenciadas por ele, como uma 

estratégia capaz de motivar o educando a querer aprender, a perceber a importância do 



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aprendizado e se utilizado de forma adequada, se torna um material potencialmente 

significativo para a aprendizagem efetiva. 

 Wilsek e Tosin (2012) defendem que uma escola onde o aluno passa efetivamente a 

fazer parte do processo de aquisição do conhecimento torna-se agradável, instigadora, um 

lugar onde o aluno vai poder utilizar seus talentos e além de aprender conhecimentos, vai 

associá-los à sua vida.   

   No último encontro, aconteceu a prova 2, o tempo para solucionar as questões, foi 

praticamente o mesmo, porém alguns alunos demoraram mais para entregar a prova, acredita-

se que é devido ao fato dos alunos estarem mais motivados a tentarem responder, de forma 

correta, todas as questões.  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 



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5 CONCLUSÃO 

 

 

 A pesquisa buscou verificar se o uso de atividades práticas melhorava ou não o 

desenvolvimento da aprendizagem dos alunos. Segundo os resultados obtidos, pode-se 

constatar que o uso de atividades práticas acrescenta qualidade no aprendizado dos estudantes, 

torna as informações mais significativas e estimula o aluno na realização de tarefas. 

 Verificou-se, nas avaliações aplicadas, que os alunos tiveram um melhor desempenho 

nas questões que foram trabalhadas, além da forma tradicional, com a atividade prática, 

obtendo um maior número de acertos na segunda prova. 

 As questões trabalhadas somente através da leitura oral do texto e na execução dos 

exercícios, não demostraram grande eficiência no processo de ensino e de aprendizagem, 

porém, em algumas questões, mesmo após a aplicação da prática, obteve-se respostas 

incorretas. A partir disto, constatamos também que os estudantes não possuem o hábito de 

rever a matéria ou estudar em casa.  

 De um modo geral observou-se que após a atividade prática, os alunos sentiram-se 

muito mais motivados, pois em todos os casos, o número de questões não respondidas 

diminuiu significativamente, mostrando que os alunos tentaram responder as questões 

propostas, o que é um ponto muito positivo, pois os alunos de hoje apresentam um alto grau 

de desânimo e desinteresse em sala de aula. 

 Quanto à atitude dos alunos, frente à aula prática, notou-se que esta proporcionou um 

momento de descontração, os alunos mostraram-se muito a vontade desenvolvendo a 

atividade, debatiam e discutiam os resultados, bem como a melhor maneira de completá-los, 



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fato este que não foi percebido durante a leitura dos textos e na realização dos exercícios 

seguindo-se mais o método tradicional de transmissão do conteúdo. 

 Este trabalho possibilitou comprovar que, quando se acrescenta atividades práticas no 

cotidiano escolar, as aulas tornam-se mais atrativas, os alunos sentem-se mais alegres, e 

consequentemente a aprendizagem torna-se muito mais significativa, obtendo-se assim, 

alunos mais empenhados, motivados e na busca de melhores resultados na sua aprendizagem. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 



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APÊNDICES 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 



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APÊNDICE A – Texto explicativo sobre Misturas e Tipos de Misturas 

 

MISTURAS 

 Chamamos de misturas o conjunto formado por mais de um tipo de substância. 

 O leite e o ar atmosférico, por exemplo, não é uma substância, e sim uma mistura, pois 

nele há diversos tipos de moléculas diferentes.       

 

 

SUBSTÂNCIA E MISTURA 

 Consideremos a água destilada como um exemplo de substância. Ao nível do mar, 

pressão de 1 atm, seu ponto de ebulição é 100 ºC e seu ponto de solidificação é 0 ºC. 

Mas não seria correto nos referirmos à água da chuva, do mar, à água mineral, da torneira, à 

água potável ou de um rio como sendo substâncias. Na realidade essas águas possuem outras 

substâncias dissolvidas nelas. Por exemplo, a água do mar contém vários sais, como o sal de 

cozinha (cloreto de sódio - NaCl), que pode ser extraído dela por evaporação e cristalização. 

O correto seria dizermos que elas são misturas. Uma amostra de água ao nível do mar não 

solidifica a 0 ºC e não ferve a 100ºC, isso por que não é pura, é uma mistura. 

 A água pura é um exemplo de Substância composta, ou seja, é formada por moléculas 

com mais de um tipo de elemento, é uma substância constituída só de moléculas de H2O. Mas 

também existem substâncias simples, como o gás oxigênio (O2), que é formado por apenas 

um tipo de elemento. 

 Não existem duas substâncias que tenham todas as propriedades exatamente iguais. 

Veja mais alguns exemplos de substâncias: álcool etílico anidro (sem água), gás carbônico, 

cloreto de sódio, mercúrio, iodo, ouro, silício, gás nitrogênio, gás hélio e ferro. 



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 A composição química de uma mistura é variável, ela pode conter quantias diferentes 

de cada molécula. Por exemplo, existem mares mais salgados do que outros, com diferentes 

porcentagens de água e de sal. Outro exemplo, o álcool hidratado, tem a sua densidade 

variando de acordo com a porcentagem de álcool etílico e de água que constitui a mistura. 

SUBSTÂNCIA: tem composição química definida, representada por uma fórmula, 

formada por um único tipo de partícula. 

MISTURA: tem composição química variável, não representada por uma fórmula, 

formada um duas ou mais partículas diferentes. 

Algumas misturas são tão importantes que possuem nome próprio. Exemplos:  

 Ar atmosférico: mistura de 78% gás nitrogênio, 21% gás oxigênio e 2% de 

outros gases; 

 Gasolina: mistura de hidrocarbonetos ( substâncias formadas por oxigênio e 

carbono); 

 Álcool hidratado: mistura de 96% álcool etílico e 4% água; 

 Aço inoxidável: mistura de ferro, carbono níquel e cromo; 

 Cimento: mistura de calcário e argila. 

 

SISTEMA, FASE DE UM SISTEMA E CLASSIFICAÇÃO 

 Um sistema é uma parte do universo que se deseja observar ou considerar. Por 

exemplo, um copo com água, um recipiente com uma mistura qualquer e um pedaço de 

madeira. 

 Um sistema pode ser constituído de uma ou mais fases. Mas o que se entende por fase 

de um sistema? 

 Considere os três exemplos de sistema a seguir: 

I    II    III 

I   

  Nos sistemas I e II todo o conjunto apresenta aspecto visual uniforme, mesmo se 

observado ao microscópio. A esse aspecto visual uniforme dá-se o nome de fase. 



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 Num sistema constituído por apenas uma fase, as propriedades físicas e químicas se 

mantém constantes, não importando a porção considerada. 

 O sistema III apresenta dois aspectos visuais uniformes: um constituído pela água e 

outro, pela areia. Dizemos que esse sistema apresenta duas fases: a água e o óleo. 

 O sistema I possui apenas uma fase; dizemos que ele é monofásico, ou seja, formado 

por uma única substância. 

 O sistema II também possui uma fase; ele é formado por duas substâncias: uma líquida 

e uma sólida, que está dissolvida. 

 O sistema III possui duas fases; dizemos que ele é bifásico. Ele é formado por duas 

substâncias imiscíveis, isto é, que não se misturam: a água e o óleo. 

 Os sistemas monofásicos são classificados como homogêneos, e os polifásicos (mais 

de uma fase), como heterogêneos. 

 Os sistemas homogêneos, quando constituídos por duas ou mais substâncias 

perfeitamente miscíveis uma nas outras, formam misturas homogêneas denominadas 

soluções. O álcool hidratado é uma mistura homogênea, pois apresenta uma única fase. 

Outros exemplos de misturas homogêneas são o soro caseiro, o soro fisiológico, a gasolina, o 

vinagre, a água salgada etc. 

 Nas soluções de um sólido em um líquido, o sólido é denominado soluto e o 

líquido é denominado solvente. De acordo com a capacidade de dissolver-se do soluto, 

ele pode ser muito ou pouco solúvel.  

 Os sistemas heterogêneos, quando constituídos por duas ou mais substâncias 

imiscíveis umas nas outras, formam misturas heterogêneas. Exemplo: água e óleo, gasolina e 

água, areia e sal, limalha de ferro e açúcar, areia óleo e água, quartzo, a própria areia, a 

madeira, o sangue, o leite, água com gás, entre outros. 

 Talvez você esteja se perguntando: mas, o leite e o sangue são 

homogêneos?! Na realidade, eles parecem ter uma única fase a olho 

nu; porém, os cientistas basearam esse conceito em dois aparelhos 

sofisticados: o ultramicroscópio e a ultracentrífuga. 

 Se usarmos um ultramicroscópio para visualizar o álcool 

hidratado e o sangue, observaremos que o álcool hidratado é 

totalmente uniforme, enquanto que o sangue apresenta aspecto 

desigual, sendo, portanto, constituído de mais de uma fase. Além 



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disso, se usarmos uma ultracentrífuga, veremos que haverá uma separação no caso do sangue, 

como mostra a imagem a seguir: 

 Na natureza, a grande maioria são misturas e não substâncias. Veja alguns exemplos 

de misturas: 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 



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APÊNDICE B – Exercícios sobre Misturas e tipos de Misturas 

 

EXERCÍCIOS SOBRE MISTURAS 

 

1) Sistema que apresenta propriedades diferentes de ponto para ponto é:  

a) indiferente. 

b) homogêneo. 

c) complicado.  

d) Heterogêneo 

 

2) O que se entende por fase?  

a) Um verbo da língua portuguesa.  

b) Uma ordem. 

c) Partes heterogêneas de um sistema homogêneo.  

d) Partes homogêneas de um sistema heterogêneo. 

 

3) Classifique os sistemas abaixo em:  

   1 – homogêneo   2 – heterogêneo  

a) (    ) água com pouco 

sal  

b) (    ) ar atmosférico  

c) (    ) água do mar  

d) (    ) água pura 

(destilada)  

e) (    ) água com excesso 

de açúcar  

f) (    ) um recipiente contendo 

diversos gases  

g) (    ) álcool com éter  

h) (    ) gasolina com querosene  

i) (    ) quartzo  

j) (    ) diversos gases misturados  

 

4)  Quanto ao número de fases, classifique os sistemas abaixo em:  

   1 – monofásico   2 – polifásico  

a) (    ) água + ar  

b) (    ) vidro + água + óleo  

c) (    ) leite  

d) (    ) pólvora  

e) (    ) vinho  

f) (    ) gasolina + querosene  

g) (    ) quartzo  

h) (    ) água + éter + álcool  

i) (    ) água com excesso de sal  

j) (    ) uma mistura homogênea  

 



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5) O sistema água + gelo apresenta:  

a) uma fase. 

b) duas fases.  

c) três fases.  

d) nenhuma fase.  

 

6)  Sabemos que o ar atmosférico é formado de oxigênio, nitrogênio e outros 

gases; então podemos concluir que, quanto ao número de fases, o ar é:  

a) bifásico. 

b) trifásico.  

c) tetrafásico.  

d) monofásico. 

 

7) Quais as características de uma mistura heterogênea?  

a) É formada de uma só substância composta.  

b) É formada de diversas substâncias simples.  

c) Apresenta propriedades diferentes de ponto para ponto.  

d) Apresenta moléculas quimicamente desiguais.  

e) c e d estão corretas. 

 

8) São dados três sistemas: 

A: óleo, água e gelo; 

B: óleo, água gaseificada e gelo; 

C: óleo, água e granito. 

  O número de fases de cada sistema é respectivamente: 

a) 3, 4 e 5; 

b) 3, 3 e 5; 

c) 3, 3 e 3; 

d) 3, 4 e 3; 

e) 3, 4 e 4

9) Representa uma mistura heterogênea o sistema: 

a) gasolina e água. 

b) álcool e água. 

c) gasolina e álcool. 

d) água e sal de cozinha. 

e) açúcar e água. 

 

 

 

 



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10) Considere os sistemas materiais abaixo indicados: 

Sistema         

I         Água e óleo 

II        Areia e álcool 

III       Água e sal de cozinha 

IV       Água e álcool 

V        Gás carbônico e oxigênio 

Analise a alternativa que apresenta apenas sistemas homogêneos. 

a) Somente I e III      

b) Somente I e II      

c) Somente lII e V      

d) Somente I, III e IV      

e) Somente III, IV e V

 

11) Um sistema formado por água, açúcar dissolvido, álcool comum, limalha de 

ferro e carvão apresenta: 

a) 1 fase   

b) 2 fases       

c) 3 fases        

d) 4 fases     

e) 5 fases 

 

12) Com relação ao número de fases, os sistema podem ser classificados como 

homogêneos ou heterogêneos. Todas as alternativas correlacionam, 

adequadamente, o sistema e sua classificação exceto: 

a)   Água de coco/ heterogêneo     

b)    Água do mar filtrada / 

homogêneo      

c) Laranjada / heterogêneo 

d) Leite / homogêneo                 

e) Poeira no ar /heterogêneo 

 

13) Assinale (V) para as afirmações verdadeiras e (F) para as falsas. 

a) ( ) O ar atmosférico é uma substância pura. 

b) ( ) O sangue é uma mistura. 

c) ( ) Uma solução de açúcar é uma mistura. 

d) ( ) O oxigênio e o ozônio são substâncias distintas, embora 

constituídas por átomos de um mesmo elemento químico. 

e) ( ) A matéria que contém três tipos de molécula é uma substância 

composta. 



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f) ( ) A matéria que contém apenas um tipo de molécula é uma 

substância simples, mesmo que cada molécula seja formada por dois átomos 

diferentes. 

 

14)  Assinale a alternativa onde aparece um sistema homogêneo: 

a) vapor d‟água e gás carbônico; 

b) areia e chumbo; 

c) gelo e solução aquosa de sal de cozinha; 

d) carvão e enxofre;

e) álcool e areia. 

 

 

15) Um sistema contendo uma mistura: 

a) Nunca pode ser monofásico 

b) É sempre monofásico 

c) Pode apresentar uma ou mais fases 

d) É sempre polifásico 

f)         É monofásico se for formado por líquidos imiscívei



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APÊNDICE C – Avaliação sobre Misturas e tipos de Misturas 

 

 

AVALIAÇÃO CIÊNCIAS – 8ª SÉRIE 

MISTURAS 

Data:......................................................Número de acertos:..................................... 

 

1) As substâncias que constituem um mistura não se combinam entre si. Cada 

substâncias conserva suas propriedades específicas. As misturas podem ser heterogêneas ou 

homogêneas. 

a) O que é uma mistura heterogênea? Cite dois exemplos. 

 

 

 

b) O que é uma mistura homogênea? Cite dois exemplos. 

 

 

 

2) Escreva a classificação de cada item a seguir em mistura homogênea, mistura 

heterogênea ou substância. 

a) Água mineral filtrada e sem gás: 

b) Água gaseificada: 

c) Água destilada: 

d) Granito: 

e) Sangue: 

f) Petróleo: 

g) Água e álcool: 

h) Diamante: 

i) Solo: 

j) Aço: 

 

 

 



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3) Com base nos seguintes dados, responda: 

I – azeite + água + sal 

II – água + álcool + areia 

III – gelo + água + óleo 

IV – sal + água + limalha de ferro 

 

a) Quantas fases há no sistema I? Quais são? 

 

 

b) Quantos componentes há no sistema I? Quais são eles? 

 

 

c) Quantas fases há no sistema II? Quais são? 

 

 

d) Quantas fases há no sistema III? Quais são? 

 

e) Quantos componentes há no sistema III? Quais são eles? 

 

 

f) Quantas fases há no sistema IV? Quais são? 

 

 

4) A água potável pode ser considerada quimicamente pura? 

 

 

 

5) Você já ouviu falar na expressão “ar puro”?  O ar que respiramos é uma substância 

pura? Justifique: 

 

 

 

6) Em uma mistura de açúcar e água, quem é o soluto? E quem é o solvente? Justifique: 

 

 



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7) Observe a figura do rótulo de um produto: 

 

O produto representado é uma mistura ou uma substância? Justifique sua resposta. 

 

 

 

8) Com relação ao número de fases, os sistemas podem ser classificados como 

homogêneos ou heterogêneos. Todas as alternativas correlacionam adequadamente o sistema e 

sua classificação, exceto: 

a) Água de coco/ heterogêneo 

b) Água do mar filtrada/ 

homogêneo 

c) Laranjada/ heterogêneo 

d) Leite/homogêneo 

9) O granito consiste em quatro minerais: feldspato, magnetita, mica e quartzo. Se um 

desses minerais pode ser separado dos demais, pode-se afirmar que o granito é: 

a) um elemento 

b) uma substância simples 

c) uma substância composta 

d) um composto iônico 

e)  uma mistura 

 

 

10) Um sistema formado de água, álcool, areia, óleo e pó de ferro apresenta: 

a) três fases 

b) cinco fases  

c) quatro fases  

d) duas fases 



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