UNIVERSIDADE DO VALE DO TAQUARI 

CURSO DE DESIGN DE MODA 

 

 

 

 

 

 

O ENCONTRO DAS SOMBRAS: MODA E ARQUÉTIPOS NA 

CONSTRUÇÃO DO FIGURINO DE CISNE NEGRO 

 

 

Manuela Lisot 

 

 

 

 

 

Lajeado, novembro de 2019.



 
 

Manuela Lisot  

   

  

  

  

  

  

O ENCONTRO DAS SOMBRAS: MODA E ARQUÉTIPOS NA 

CONSTRUÇÃO DO FIGURINO DE CISNE NEGRO 

  

Trabalho de conclusão de curso, do Curso 

Superior de Tecnologia em Design de Moda, da 

Universidade do Vale do Taquari – Univates, 

apresentado como requisito parcial para a 

obtenção do título de tecnóloga em Design de 

Moda. 

  

Orientadora: Profa. Ma. Josiane Andréia da 

Costa 

 

 

 

 

 

Lajeado, novembro de 2019.



 
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

“Se eu tivesse um mundo só meu, tudo seria um absurdo. Nada 

seria o que é, porque tudo seria o que não é. E, ao contrário, o que 

é, não seria. E o que não seria, seria. Entende?” 

Lewis Carroll 

 

 



 
 

 

 

 

 

 

 

O ENCONTRO DAS SOMBRAS: MODA E ARQUÉTIPOS NA 

CONSTRUÇÃO DO FIGURINO DE CISNE NEGRO 

Manuela Lisot
1
  

Josiane Andréia da Costa2
 

 

 

Resumo: O artigo aqui delineado apresenta uma análise dos arquétipos presentes no filme Cisne Negro. Com 

base no figurino e na narrativa do filme, buscou-se analisar como os arquétipos aparecem tornando visível a 

dualidade da personagem principal. Nina é uma bailarina que aparenta infantilidade e inocência, porém, para 

interpretar o cisne negro em uma peça da companhia onde dança, precisa se conectar com seu lado sombrio. 

Tendo como objetivo a análise de como a Sombra dos arquétipos se apresenta caracterizando a dubiedade da 

personagem, o estudo fundamentou-se nas linguagens da moda, nos princípios do Design e na presença dos 

arquétipos do Inocente, do Amante e do Fora-da-Lei. Por meio de pesquisa qualitativa de cunho interpretativo 

por intermédio de pesquisa bibliográfica, verificou-se que as características sombrias da personagem principal, 

apesar de serem reveladas somente no final do filme, são reveladas por meio do figurino desde o início da 

narrativa. Os resultados das análises da pesquisa deram subsídios técnicos e serviram de inspiração para a 

criação de uma coleção de moda para uma marca que tem a criatividade e a irreverência como base em suas 

coleções, assim como pretende contar histórias traduzindo aspectos da sociedade.  

 

Palavras-chave: Design de moda. Arquétipos. Cisne Negro. 

Abstract: This article presents an analysis of the archetypes present in the movie Black Swan. Based on the 

movie’s costuming and narrative, it seeks to analyze how the archetypes emerge making visible the dualism of 

the main character. Nina is a ballerina who appears to be innocent and infantilized, however, in order to interpret 

the black swan in a play from the company where she dances, she needs to connect with her dark side. Aiming 

the analysis of how the Shadow of the archetypes comes to light featuring the character’s dubiety, the study is

                                                
1
 Graduanda do curso superior de Tecnologia em Design de Moda Universidade do Vale do Taquari – Univates. 

manuelalisot@gmail.com 
2
 Orientadora. Mestre em Design, Educação e Inovação com linha de pesquisa em Moda pelo Centro 

Universitário Ritter dos Reis – Uniritter; Bacharel em Design Universidade do Vale do Taquari – Univates. 

Coordenadora do curso superior de Tecnologia em Design de Moda Universidade do Vale do Taquari – 

Univates. josic@univates.br 



5 
 

based on the fashion languages, on the principles of Design and on the presence of the Innocent, the Lover and 

the Rebel’s archetypes. By means of a qualitative research of an interpretative nature through bibliographical 

research, it was verified along this study that the character’s darker characteristics, although being unveiled only 

by the end of the plot, appear through the costuming since the  beginning. Lastly, the results of this research 

bring technical allowances and serve as inspiration for the creation of a fashion collection headed to a brand that 

has creativity and irreverence as a basis for its collections, just as it intends to tell stories communicating aspects 

of the society.  

 

Keywords: Fashion Design. Archetypes. Black Swan.  

 

 

1. INTRODUÇÃO 

 

Os arquétipos, conceitos criados por Carl Gustav Jung (1875-1961), são estruturas 

psíquicas hereditárias, ou seja, imagens que existem na psique de todo ser humano e que 

podem ser representados e vividos tanto por indivíduos quanto por personagens em histórias 

fictícias. Muitas obras artísticas (como filmes, livros, contos etc.) apropriam-se dos 

arquétipos, consciente ou inconscientemente, para criar personagens mais próximos da 

realidade fazendo com que o público identifique-se a eles e causando uma impressão mais 

vívida, afinal a ideia que o arquétipo representa já existe na psique do público.  

O filme Cisne Negro é um exemplo dessa apropriação. Cisne Negro é um filme de 

2011, dirigido por Darren Aronofsky que conta a história de Nina, uma bailarina que é 

escalada para o papel principal da peça “Lago dos Cisnes”, a mais importante da companhia 

onde trabalha. Ao precisar interpretar ambos cisne branco e cisne negro nessa peça, a 

personagem passa por transformações psicológicas que criam o enredo de suspense da obra. 

Os arquétipos são importantes na construção da dualidade na narrativa do filme, bem 

como na construção do figurino. São utilizadas várias linguagens para contar a história e, 

dentre elas, a linguagem da moda, afinal, com o figurino é possível evidenciar as 

características dos arquétipos por meio do nosso sentido mais apurado, a visão. Mas como é 

feita essa união entre moda e arquétipos a fim de tornar clara a mensagem de dualidade 

proposta pelo filme? 

O presente estudo tem como objetivo analisar como cada arquétipo é evidenciado no 

filme, por meio do figurino, linguagens da moda e, também da narrativa, além de identificar o 

aspecto mais relevante dos arquétipos e evidenciar como a fusão desses aspectos possibilita o 

auge do filme – que é o momento em que a personagem faz a performance “perfeita”.  



6 
 

O estudo se justifica pela criação de subsídios para o desenvolvimento de uma coleção 

de moda que busca referências na narrativa de Cisne Negro, seja no âmbito da moda, seja no 

âmbito da psicologia, com foco na dualidade presente na personagem principal, Nina. 

A pesquisa, caracterizada como qualitativa (BAUER; GASKELL, 2002) de caráter 

crítico/interpretativo (SANTOS, 2008) teve como procedimento metodológico a revisão 

bibliográfica para o entendimento dos arquétipos (JUNG, 2000), para o reconhecimento das 

linguagens da moda (JONES, 2011) e para a aplicação dos princípios e elementos do design 

no figurino (BATTISTI, 2009).  

No capítulo 2, será abordada a teoria do inconsciente coletivo e dos arquétipos, assim 

como sua atuação na psique do ser humano. No terceiro capítulo, será feito um resumo da 

história do filme Cisne Negro, focando em aspectos que serão importantes para a análise do 

figurino, o que dá abertura para o capítulo 4, onde será discorrida a importância da linguagem 

da moda e seus principais elementos e características quando abordados no meio 

cinematográfico. O capítulo 5 é dividido em três partes onde, respectivamente, será pontuada 

a análise do figurino do cisne branco e do cisne negro e os arquétipos presentes neles e, por 

fim, será feita uma análise de como as Sombras dos arquétipos atuam de forma a potencializar 

o ápice da história.  

 

2. O PODER DOS ARQUÉTIPOS 

O inconsciente coletivo é a camada da psique onde são “depositados” traços de 

memórias herdados do passado ancestral do ser humano (MEDNICOFF, 2008). É considerado 

por Carl Gustav Jung (2000) uma camada mais profunda do inconsciente pessoal sobre a qual 

este repousa e na qual residem os traços funcionais, tais como imagens virtuais, que são 

comuns a todos os seres humanos. É no inconsciente coletivo que se formam estruturas 

chamadas de arquétipos. 

Na teoria analítica de Carl Gustav Jung (1875-1961), os arquétipos são estruturas 

psíquicas, imagens ou ideias do inconsciente coletivo que existem desde os primórdios da 

humanidade e têm influência na psique de cada um. Eles são externalizados por meio de 

comportamentos e situações, imagens e percepções, porém estes são apenas representações 

conscientes, pois os arquétipos “não são possíveis de materialização, mas de representação 

simbólica” afirma Mednicoff (2008, p.64).  



7 
 

Além disso, cada arquétipo possui uma Sombra, que é caracterizada como o lado não-

aceito do arquétipo. A Sombra nem sempre é ruim, mas é aquilo que é negado pelo arquétipo, 

é o não-ser, as características não reconhecidas conscientemente mas que possuem grande 

influência, principalmente quando não aceitas, pois assim, agem de forma inconsciente por 

meio do comportamento (MEDNICOFF, 2008). Segundo Jung apud Mednicoff (2008, p.73) a 

sombra é definida como “a coisa que uma pessoa não tem desejo de ser”. Assim, a Sombra 

representa os conteúdos inconscientes que não são diretamente experimentados pelo ego
3
 e, 

desta forma, são projetados nos outros (STEIN, 2000).  

Mark e Pearson (2016) identificam os principais arquétipos de Jung e os descrevem 

sob a óptica da comunicação. Segundo as autoras cada arquétipo possui três níveis e uma 

Sombra, que é o lado não-aceito do arquétipo. O cinema é uma das mídias que se apropria 

desse poder psíquico envolto nos arquétipos por meio de seus níveis, para construir a narrativa 

dos seus personagens, construindo imagens e mensagens facilmente traduzidas pelo 

inconsciente coletivo. 

 

3. A DUALIDADE DOS CISNES  

O filme Cisne Negro (2011), dirigido por Darren Aronofsky é baseado na clássica 

história “Lago dos Cisnes”, um balé dramático composto pelo compositor russo Piotr Ilitch 

Tchaikovsky em 1877. Nessa história, uma princesa é enfeitiçada por um mago para tornar-se 

cisne e, a única coisa que pode quebrar o feitiço é o amor verdadeiro. A princesa conhece um 

príncipe por quem se apaixona, porém, sua irmã gêmea do mal o engana e ele fica com a irmã 

errada, fazendo com que a princesa, desolada, acabe se matando.  

Essa história é completamente entrelaçada com a história do filme e, em seu 

desenrolar, os personagens se fundem criando uma nova versão do mesmo drama. Podemos 

perceber isso, principalmente, na personalidade dual que cada personagem apresenta, afinal, 

as gêmeas da história original representam uma mesma pessoa, na qual existem duas 

personalidades distintas que competem uma com a outra - o cisne branco e o cisne negro -, 

assim como em Nina (Natalie Portman), a personagem principal do filme de 2011. 

                                                
3
 Ego, na teoria analítica, é considerado o centro da consciência que é a estrutura que mais se aproxima da 

realidade do sujeito, ou seja, do mundo externo.  



8 
 

Nina é uma bailarina extremamente contida e auto exigente que, ao ser escalada para 

ser a Rainha dos Cisnes na peça principal da companhia onde ela dança, precisa interpretar, 

além do cisne branco, também o cisne negro. Desde o começo, Thomas - que é o diretor 

artístico da peça - afirma que Nina é perfeita para realizar o cisne branco, pois ela demonstra 

delicadeza e tem movimentos coordenados que são as características necessárias para dar vida 

a esse personagem. Porém, seu desafio é transformar-se no cisne negro, personagem cujas 

características são a naturalidade dos movimentos, a sedução, a perversão e a maldade. Para 

realizar esse personagem, Nina precisa “se soltar” (“let it go” é a frase que Thomas usa para 

encorajá-la) e deixar de ser contida, libertando seu lado sedutor.  

A dualidade, que é tão bem representada em Nina por meio dos cisnes, é também a 

identidade de outros personagens.  Na primeira cena em que Thomas aparece, quando todas as 

bailarinas estão ensaiando, ele começa a resumir a peça “Lago dos Cisnes” para elas e, nesse 

momento, seu rosto é focado junto a seu reflexo no espelho, fazendo com que ambos fiquem 

na tela no exato momento em que ele diz “cisne branco e... cisne negro”.  

Esse detalhe é importante, pois esse personagem representa tanto o mago que enfeitiça 

a princesa, na história original, quanto o príncipe. Thomas precisa transformar Nina: ele é o 

mago que a transforma e o príncipe que a seduz (e é seduzido pelo cisne negro). Na cena em 

que eles ficam sozinhos na sala de ensaio, ele a pega para dançar e diz “eu sou o príncipe, 

você é a princesa”. Então, começa a guiá-la e a tocá-la, seduzindo-a e, quando percebe que ela 

está se entregando, para bruscamente e diz que, para ela interpretar o cisne negro, é o 

contrário que precisa acontecer, ou seja, ela precisa seduzi-lo.  

O filme Cisne Negro relata essa transformação da personagem principal, transcorrendo 

por conteúdos psicológicos que evidenciam a dualidade da personagem, assim como a 

dualidade metaforicamente representada na história original do “Lago dos Cisnes”. As 

linguagens semióticas são utilizadas para narrar o processo ao qual Nina é submetida para 

deixar emergir seu “outro lado”, a Sombra, os conteúdos inconscientes e transformar-se no 

cisne negro.   

 

4. AS LINGUAGENS DA MODA E A CONSTRUÇÃO DO FIGURINO 



9 
 

A moda é, tanto social quanto psicologicamente, uma representação do 

comportamento, como afirma Braga (2007). Ela é um fenômeno que abrange a linguagem, os 

artistas, as obras culturais, as ideias e gostos, além de ser carregada de conceitos e conteúdos 

expressivos que retratam o momento em que ela foi criada. A moda sempre foi uma forma de 

arte, um reflexo dos tempos e espaços, além de ser uma forma de demonstrar sentimentos, de 

esculpir e retratar o contexto social (SANTOS; SANTOS, 2010). 

Ao analisar a história da indumentária, Patrícia da Silva Stefani (2005) salienta que a 

vestimenta surgiu como um adorno, ou seja, é uma forma de criar significação. Assim, a moda 

é, muito além de seus aspectos funcionais, uma expressão subjetiva, seja de um indivíduo, de 

uma sociedade, de uma cultura ou de uma estória.  

Apesar de não possuírem o mesmo significado, tanto a moda quanto o figurino estão 

relacionados ao cinema. Enquanto a moda reflete a sociedade, a cultura e o momento 

histórico, além de ter se tornado uma fonte comercial no meio cinematográfico, o figurino 

reflete o perfil psicológico de cada personagem, revela a época e o local da trama e, portanto, 

é uma representação dos signos do enredo (BATTISTI, 2009). O figurino, dessa forma, é a 

roupa utilizada para contar uma estória. No cinema, no teatro e em toda dramaturgia, a roupa 

traduz as características de cada personagem. Ao se referir ao personagem, Battisti (2009, 

p.02) afirma que “antes mesmo de falar, o seu corpo e sua roupa falam primeiro”, portanto a 

linguagem da moda é de extrema importância na construção de uma narrativa.  

O uso dos elementos do design é de grande importância para se criar uma narrativa por 

meio do figurino, pois a mistura desses elementos pode causar uma reação, seja ela explícita 

ou subliminar (JONES, 2011). Dentre os principais elementos estão silhueta, linha e textura 

que, combinados, podem despertar diferentes interpretações. 

Além dos elementos do design, outra forma de linguagem transmitida pela moda são 

os princípios do design. Os princípios são a forma como os elementos podem ser usados, 

sendo eles a repetição, ritmo, gradação, radiação, contraste, harmonia, equilíbrio e proporção. 

O conjunto dessas expressões estéticas pode ajustar o foco, os efeitos e a mensagem que se 

quer transmitir por meio da roupa (JONES, 2011).   

O filme Cisne Negro utiliza dessas linguagens na sua narrativa, especialmente na 

representação do duplo. Características antagônicas aparecem tanto na narrativa quanto na 

indumentária e especialmente nas cores, como por exemplo, o branco e o rosa aparecem 



10 
 

muito no filme em oposição ao preto. Para Eva Heller, autora do livro “A Psicologia das 

Cores” (2013), cada cor pode ser associada a um sentimento e, consequentemente, pode ter 

efeitos nas pessoas. Heller fez uma pesquisa com 2 mil pessoas na Alemanha, em que todos 

relacionaram as cores com sentimentos e qualidades e, por meio do simbolismo psicológico e 

da tradição histórica, a autora traçou os significados universais de cada cor.  

Todas essas formas de linguagem, quando em conjunto, reforçam o poder dos já 

citados arquétipos. Estes, agindo de forma inconsciente, são utilizados para construir a 

narrativa, como no filme Cisne Negro, objeto do presente estudo.  

 

5. OS ARQUÉTIPOS NO FIGURINO: A CONSTRUÇÃO DAS MENSAGENS EM 

“CISNE NEGRO” 

Para a análise da construção das mensagens de Cisne Negro por meio do figurino, 

no capítulo 5.1 verifica-se a presença do arquétipo do Inocente na personagem Nina e em 

sua identificação com o cisne branco, personagem que precisa interpretar na peça “Lago 

dos Cisnes”. Além da análise do figurino que evidencia características do Inocente, traça-

se alguns conteúdos psíquicos da personagem que revelam sua relação com o cisne branco 

e com o arquétipo em questão. 

Os arquétipos do Amante e do Fora-da-Lei são identificados no cisne negro que 

também é parte da psique de Nina. No capítulo 5.2, discorre-se sobre as características que 

evidenciam esses arquétipos, tanto no figurino quanto em atitudes e decisões da personagem. 

A Sombra de cada arquétipo analisado nos itens 5.1 e 5.2 têm grande relevância no 

desenrolar da história de Cisne Negro, pois é quando cada Sombra fica mais evidente que a 

transformação do cisne branco em cisne negro acontece, portanto, no capítulo 5.3, analisa-se 

como e quando as Sombras aparecem de forma mais visível e como o encontro de uma com a 

outra possibilita o ápice da história. 

5.1 CISNE BRANCO E O ARQUÉTIPO DO INOCENTE 

Nina é uma personagem extremamente contida e ingênua. Desde a primeira cena na 

qual ela aparece em seu quarto todo cor-de-rosa com animais de pelúcia ao fundo, percebe-se 

o quanto a personagem é infantilizada. Ela vive pela sua carreira no balé e não aparenta ter 



11 
 

vida social. Nina reflete gentileza e inocência e não demonstra ter amizades com outras 

dançarinas, sendo que sua única relação pessoal é com sua mãe, com a qual ela mora e que a 

trata como criança. Assim, pode-se associar Nina ao arquétipo do Inocente. 

Mark e Pearson (2016) caracterizam o arquétipo do Inocente como alguém utópico 

que busca pela perfeição, por um mundo justo onde todos podem ser felizes. Associados ao 

Inocente estão a esperança, a bondade, a simplicidade e a pureza. A ingenuidade do Inocente 

tem uma qualidade infantil que busca pelo mundo dos sonhos e fantasias, o que explica o 

ambiente do quarto de Nina. 

O apelo do Inocente é a perfeição, sendo que para esse arquétipo, perfeição significa 

pureza e bondade (MARK; PEARSON, 2016). Em uma cena na qual Nina decide pedir a 

Thomas - o diretor artístico - para que a escolha como Rainha dos Cisnes, ele admite que ela é 

perfeita para o cisne branco, pois tem os movimentos controlados e leves, porém não é boa 

para o cisne negro. Nina responde a isso com a frase: “eu só quero ser perfeita”.  

O Inocente aparece, especialmente, no figurino da personagem, afinal, a vestimenta é a 

primeira linguagem na qual se repara, sendo que ela tem o poder de contar a história ainda 

antes da narrativa (BATTISTI, 2009). O figurino de Nina, na maior parte do filme, é baseado 

em tons pastel
4
, principalmente o rosa.  

Segunda Eva Heller (2013) a cor rosa é, muitas vezes, vista como um meio-termo 

entre o branco e o vermelho, os quais são contrários psicológicos, porém Heller afirma que o 

rosa tem caráter próprio e representa a cortesia, sentimentalidade e simboliza a força dos 

fracos. A autora diz ainda que não existe nenhum sentimento ruim atribuído a essa cor.  

Essa cor simboliza a delicadeza e a inocência, muitas vezes sendo associada ao infantil 

e ao mundo feminino. Além disso, o rosa sempre tem relação com o mundo dos sonhos, das 

fantasias, da alegria e dos confeitos doces. O ditado “pense cor-de-rosa” se refere a viver uma 

vida otimista (HELLER, 2013) e a expressão popular “mundo cor-de-rosa” faz alusão a um 

mundo perfeito. 

A autora também afirma que os tons pastel passaram a ser utilizados pela corte 

francesa na época que conhecemos como Rococó (1720- 1775), pois esses tons simbolizavam 

                                                
4
 Os tons pastel simbolizam limpeza e pureza, tendo sido introduzidos à moda pela aristocracia francesa na 

época conhecida como Rococó para mostrar que a realeza não se envolvia com o trabalho sujo. 



12 
 

suavidade e limpeza demonstrando que a aristocracia não se envolvia com o trabalho sujo 

(HELLER, 2013). A imagem 1 mostra Nina com o figurino que aparece durante a maior parte 

do filme em que ela não está dançando.  

Imagem 1 - Nina, interpretada por Natalie Portman. 

 

Fonte: Pinterest
5
 (2019). 

Todas as peças em tons pastel simbolizam a limpeza e consequentemente a pureza 

representadas pela personagem. Além das cores, pode-se perceber outros elementos do design 

que, segundo Sue Jenkyn Jones (2011), podem ser utilizados para passar uma mensagem, 

como a silhueta e a textura.  

A silhueta, apesar do uso do casaco alongado, é apresentada com a cintura marcada, o 

que representa a linguagem da feminilidade (JONES, 2011), gênero associado à inocência. 

Quanto à textura, os tecidos pesados de inverno, como a lã vista no sobretudo, dão 

inflexibilidade a quem os usa, o que remete aos movimentos do cisne branco que são 

coordenados e suaves, porém austeros.  

Além disso, a grande quantidade de botões, em linha reta, é uma forma de representar 

rigidez (JONES, 2011), característica marcante em Nina. Os botões podem também ser 

interpretados como uma forma de manter a personagem “fechada” e escondida, o que 

metaforicamente, remete à repressão do lado obscuro (cisne negro) de Nina.  

                                                
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No mesmo figurino, o lenço envolto ao pescoço é o que mais chama a atenção. Essa 

peça, na cor branca, quebra a uniformidade do todo, pois o rosa em tom pastel e os tons de 

cinza parecem “apagados”, enquanto o branco chama a atenção. Toby Fisher-Mirkin (2001) 

afirma que a cor branca representa fragilidade e pureza e, quando usado na vestimenta, passa 

a mensagem de inocência, o que ressalta mais uma vez o arquétipo do Inocente. Heller (2013) 

complementa que o branco está associado às virtudes e ao bem, sendo o oposto do preto, que 

é associado ao mal. A autora também diz que o branco está associado à perfeição. Ademais, 

as plumas utilizadas na composição da peça podem ser facilmente associadas ao cisne branco. 

A Imagem 2 é outro exemplo de como os tons pastel são utilizados para enfatizar a 

pureza da personagem. Nesse figurino, vê-se as cores rosa e azul. O primeiro já foi 

caracterizado, porém o azul, sendo a cor mais fria de todas, simboliza o vazio e o gélido 

(HELLER, 2013). Isso pode representar o quanto Nina é afastada de seu lado sombrio e 

“quente”, no sentido metafórico da palavra, tornando-se fria com outros personagens, 

especialmente quando se trata de sexualidade.  

Imagem 2 - Nina em cena de ensaio para a peça “Lago dos Cisnes”. 

  

Fonte: Pinterest
6
 (2019). 

 Heller (2013, p. 52) também diz que “o azul é a cor de todas as ideias cujas 

realizações se encontram distantes”, o que remete à busca pela perfeição tão almejada pela 

personagem. Além disso, o azul contrasta com o rosa em seu significado, pois enquanto o rosa 

                                                
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é inocência infantil e feminilidade, o azul é vazio, porém, juntos, eles criam uma atmosfera de 

limpeza e pureza.  

Além disso, é importante observar a silhueta e a textura do figurino que, também são 

elementos do design. Sue Jenkyn Jones (2011) caracteriza esse decote visto na imagem como 

“Princesa”. O próprio nome traz à tona a ideia de delicadeza, inocência e feminilidade. E a 

textura do bolero e da saia, em um tecido com transparência, traz à composição do look a 

leveza (JONES, 2011), característica da inocência do cisne branco.  

Mark e Pearson (2016) classificam três níveis para o arquétipo do Inocente, sendo que 

Nina pode ser identificada no primeiro. As autoras descrevem nesse nível as características de 

simplicidade infantil, ingenuidade, dependência e obediência, as quais podem ser vistas na 

personagem.  

As características de simplicidade infantil e ingenuidade aparecem tanto no figurino, 

quanto nas atitudes e no próprio quarto de Nina. Já as características de dependência e 

obediência são percebidas, especialmente, na relação que Nina tem com sua mãe e, também, 

com Thomas. Há três cenas especialmente significativas que ilustram o quanto Nina é 

infantilizada e tratada como criança pela mãe. A primeira é quando sua mãe tira suas roupas 

para ver em suas costas se ela está se arranhando; a segunda é quando ela corta suas unhas 

com uma tesoura para que ela pare de arranhar-se e, a terceira, é quando Nina está se 

masturbando em sua cama e se assusta ao ver que sua mãe está sentada na poltrona em seu 

quarto, dormindo.  

A sexualidade de Nina é muito importante na análise da personagem, pois é o que 

simboliza com mais veemência o último nível do arquétipo do Inocente descrito por Mark e 

Pearson (2016), que é a Sombra. A Sombra do arquétipo do Inocente tem como principais 

características a negação e a repressão (MARK; PEARSON, 2016). Quando Thomas tenta 

conversar com Nina sobre sexo, ela demonstra o quanto o assunto a assombra. As cenas em 

que ela se masturba, a cena em que Thomas a seduz e as cenas em que ela vê Lily com algum 

homem, despertam em Nina um olhar amedrontado.  

As cenas em que ela se masturba são particularmente significativas. Na primeira, Nina 

se assusta ao perceber que sua mãe está ali, no quarto, dormindo ao lado da cama. Na segunda 

cena, ela está na banheira e, também assusta-se, quando abre os olhos e vê a si mesma por 

cima dela, com um sorriso irônico. Ambas as cenas representam o quanto Nina, de certa 



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maneira, desaprova o que ela mesma está fazendo, pois há alguém “observando” que a força a 

parar. Contraditoriamente, na segunda cena, a imagem dela mesma que ela enxerga quando 

fica por baixo da água, é aquele lado desejante - o cisne negro – que aparece no momento em 

que ela se toca. Ou seja, por baixo da água, o que ela vê é o reflexo de si mesma. 

Essas cenas simbolizam a repressão da personagem em relação à sua sexualidade, 

afinal, sendo o Inocente infantilizado e ingênuo, não deveria apresentar características como 

essa. Nina nega desejos que, por seu julgamento inocente, são impróprios e a mera ideia de ter 

esses desejos a assusta. O figurino visto na imagem 2, onde predomina o tom de azul claro, 

pode simbolizar o vazio que a personagem encontra quando é instigada a olhar para seu 

desejo. Desejo este que é negado, pois para o Inocente, não deveria existir.  

O cisne branco da história original “Lago dos Cisnes” é um ser puro que vive 

plenamente o arquétipo do Inocente, sonhando com a felicidade do amor verdadeiro e 

esperando para ser resgatado por seu príncipe (BALLET, 2016). Essa história é revivida por 

Nina, que também vive o Inocente, porém o cisne branco é apenas uma parte de sua psique, a 

parte que sonha com a perfeição e reprime tudo o que pode impedi-la de atingir esse ideal. O 

porém é que essa própria repressão é o que permite ao outro lado - cisne negro - destruí-la. 

Paradoxalmente, a perfeição que ela busca é esse oposto que, para existir, precisa aniquilar o 

cisne branco.  

5.3 CISNE NEGRO E OS ARQUÉTIPOS DO AMANTE E DO FORA-DA-LEI 

O cisne negro, no filme, representa o desejo de Nina, o que ela gostaria de ser. Isso é 

especialmente simbolizado por meio dos significativos espelhos que aparecem no filme. 

Segundo Bruna Robalo (2012), a imagem no espelho representa a alma humana, sendo um 

conceito primitivo que acompanha o inconsciente coletivo. Assim, o reflexo do espelho se 

torna uma parte da personalidade de Nina, parte de sua alma que ela não aceita, mas 

contraditoriamente, deseja e, justamente por isso, essa imagem a assusta.  

Todo o desejo de Nina é refletido na personagem Lily (Mila Kunis), a qual possui 

todas as características que Nina nega, ou seja, o cisne negro. Desde o primeiro momento em 

que Nina vê Lily, esta parece ser um reflexo. Em uma das primeiras cenas do filme, Nina está 

no metrô indo para a companhia onde trabalha. Pouco à frente dela, através de outras pessoas, 

Nina vê alguém exatamente igual a ela, de costas e, todo movimento que faz, essa outra a 

imita. A única diferença é que Nina veste o casaco rosa enquanto a outra está de roupas 



16 
 

pretas. Logo depois, na companhia de balé, descobre-se que essa pessoa que estava no metrô é 

Lily, uma nova bailarina que acabou de ser escalada para trabalhar ali. 

Heller (2013) caracteriza o preto como a cor do poder, da violência e da morte. A cor 

preta é reconhecida por muitos como uma não-cor, a escuridão, a falta de luz. A autora ainda 

diz que o preto é a cor da negação, pois transforma todas as representações positivas de outras 

cores em seu oposto negativo, como por exemplo, o vermelho que, sozinho representa o amor, 

porém vermelho e preto juntos representam o ódio. Assim como o preto e o branco 

representam o bem e o mal. 

A personagem Lily aparece em todas as cenas vestindo peças pretas, afinal ela é a 

negação de Nina, o oposto negativo que só aparece na escuridão, ou seja, no inconsciente da 

personagem. Metaforicamente, ela é a Sombra de Nina e, por isso, aparece como seu reflexo 

onde a única diferença é a cor da roupa. A cena no metrô exemplifica isso. 

Além do preto, quase todos os figurinos de Lily possuem algum detalhe na cor cinza 

(imagem 3). O cinza simboliza todos os sentimentos sombrios como a tristeza, a solidão e o 

vazio, além de representar o terrível e o cruel (HELLER, 2013). Isto é, o preto mostrado no 

look da imagem 3 simboliza a sombra de Nina, a negação, enquanto o cinza representa os 

sentimentos que são negados, especialmente a crueldade.  

Imagem 3 - Lily, interpretada por Mila Kunis. 

 

Fonte: Pinterest
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 (2019).  

                                                
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O comportamento transgressor está na base do arquétipo bíblico de Lillith, cujo nome 

se parece com Lily (GEBRA, 2011). Em seu estudo “A desmontagem do ser humano e as 

técnicas do romance moderno no cinema: o duplo em Cisne Negro de Darren Aronofsky”, 

Gebra afirma:  

Mais significativo ainda na construção identitária de Nina é sua relação de temor e 

fascínio por Lilly, personagem com desenvolvida sexualidade. É visível o contraste 

na caracterização de ambas as personagens. (GEBRA, 2011, p. 45). 

Pensando em Lily como um reflexo do que Nina deseja ser, pode-se identificá-la no 

arquétipo do Amante descrito por Mark e Pearson (2016). O Amante é sedutor e busca 

experimentar o prazer sensual. Em toda relação - seja amizade ou relação romântica - o 

Amante espera o reconhecimento, ser amado pelo outro e consegue isso por meio da sedução 

(MARK; PEARSON, 2016). Lily fala sobre sexo abertamente, é espontânea e possui 

características necessárias para a desenvoltura do cisne negro na peça de balé, pois tem 

movimentos naturais e sensuais.  

Quando Lily e Nina saem juntas e vão para um bar - por convite de Lily - é ela quem 

atrai a atenção masculina, de forma sexual. Lily se veste de forma sensual e interage com dois 

homens esforçando-se para envolver Nina na situação. Sua desinibição e naturalidade são 

características do Amante diante das quais Nina demonstra sentir-se assombrada e, de certa 

forma, com inveja.  

Além do arquétipo do Amante, pode-se identificar Lily, principalmente ao arquétipo 

do Fora-da-Lei. Esse é o arquétipo mais visível e presente na jornada da personagem, pois é 

possível ver os três níveis presentes em sua personalidade e atitudes, assim como a Sombra 

que é o último nível.  

No nível 1, Mark e Pearson (2016, p.137) afirmam que o arquétipo dissocia-se dos 

valores da sociedade, sendo que “foge diante dos comportamentos e da moralidade 

convencionais”. Lily demonstra não ter respeito nenhum pelas regras quando se encontra 

sozinha com Nina na sala de ensaio e fuma um cigarro. Nina a repreende, alegando que é 

proibido fumar neste local, porém, Lily replica que nenhuma delas precisa contar. Além disso, 

quando estão no bar, Lily oferece drogas a Nina e mostra que tem em sua bolsa uma caixinha 

cheia de comprimidos e fica surpresa ao descobrir que Nina sequer sabe o que são.  

Quando Nina vai ao banheiro, Lily coloca um comprimido em sua bebida e Nina vê. 

No momento confuso da festa, ela toma mesmo assim e, no dia seguinte, quando chega 



18 
 

atrasada para o ensaio, interroga Lily sobre ter colocado algo em sua bebida, como se não 

tivesse percebido. Esse acontecimento é importante, pois mostra a dualidade de Nina, o desejo 

inconsciente, pois ela sabe que há algo na bebida, mas finge (para si mesma) que não vê e a 

bebe. Seu desejo pelo comportamento transgressivo, moralmente errado ou mal fica visível 

nesse fato.  

No nível 2, o Fora-da-Lei comporta-se de modo destruidor e chocante (MARK; 

PEARSON, 2016). Quando esse nível fica visível em Cisne Negro, já não é possível 

diferenciar de forma concreta as personagens Lily e Nina, pois elas começam a fundir-se 

numa só. A cena de sexo entre as duas - onde não fica claro se é real ou se é uma alucinação 

de Nina - é chocante de forma sensual e quem “guia” a relação é, obviamente, Lily. Durante a 

relação, Nina vê a tatuagem em forma de asas negras nas costas de Lily movendo-se e, no 

fim, quando ela levanta já não é mais Lily e, sim, Nina, vestindo preto, com um olhar de 

maldade que coloca um travesseiro sobre o rosto da outra Nina como se a fosse sufocar e ela 

só desperta no dia seguinte.  

O comportamento destruidor é percebido quando Nina alega que Lily está tentando 

tomar seu lugar como Rainha dos Cisnes, ou seja, ela está tentando destruí-la. Nina diz que 

Lily colocou a droga em sua bebida e que está tendo relações com o diretor para conseguir 

tomar seu lugar e, inclusive presencia uma relação entre os dois. Porém, também não fica 

claro se isso tudo é real ou não. 

A destruição também aparece na própria Nina consigo mesma, pois as costas 

arranhadas e as unhas machucadas que aparecem sem ela se lembrar de onde vieram, podem 

representar tanto uma forma de o cisne negro estar destruindo o cisne branco, 

metaforicamente, como também, podem simbolizar a negação, especialmente na cena da 

masturbação, onde a unha de Nina aparece sangrando. O sangue mostra que o cisne branco, 

por meio de atos que somente o Amante pode cometer, está sendo destruído. E o fato dela não 

lembrar representa a negação.  

No nível 3, o Fora-da-Lei torna-se rebelde ou revolucionário (MARK; PEARSON, 

2013). Isso é mostrado em Nina nas cenas finais, quando se rebela contra as vontades de sua 

mãe, confrontando-a e até mesmo machucando-a. Nina joga no lixo todos os animais de 

pelúcia de seu quarto, ela e sua mãe discutem, pois a mãe não quer mais que ela participe da 

peça de balé. Em um diálogo emblemático do filme, ela pergunta a Nina: “onde está minha 



19 
 

menina doce?”, ao que a filha responde: “ela se foi!”. Nina expulsa a mãe de seu quarto, 

tranca-se nele e tem uma alucinação na qual suas pernas transformam-se em pernas de cisne, 

de suas costas pode-se ver penas negras saindo dos machucados e, assim, ela desmaia, 

acordando somente para o dia do espetáculo. Metaforicamente, o cisne negro que sai pelos 

machucados de Nina, está destruindo o cisne branco.  

Quando chega à companhia para dançar já demonstra atitude totalmente diferente, 

agressiva e confiante, confrontando Thomas que, como ela chegou atrasada, alega já ter 

pedido para Lily a substituir. Nina responde de forma indiferente e decidida, vai ao camarim e 

começa a se preparar para a peça.  

As características do Amante e do Fora-da-Lei são tudo aquilo que Nina reprime, ou 

seja, simbolizam a negação, sendo assim, a Sombra do Inocente. E é durante o espetáculo que 

acontece o ápice do filme, o último nível do Amante e do Fora-da-Lei, onde se encontram as 

Sombras dos arquétipos que permitem a transformação do Cisne Negro.  

5.4 O ENCONTRO DAS SOMBRAS 

Segundo Elizabeth Mednicoff (2008), todos os conflitos vivenciados pelas pessoas 

possuem origem em duas pulsões opostas (neste caso, arquétipo e sombra) que, na teoria 

analítica de Jung, são descritas como forças antagônicas, as quais possibilitam transformação 

somente quando se confrontam e quanto maior a tensão, maior será a energia liberada. Os 

opostos têm função reguladora, pois “quando eles se manifestam até o extremo, tendem a se 

transformar no outro”, diz Mednicoff (2008, p.46). 

O cisne branco e o cisne negro são opostos vivendo em uma mesma personagem e é 

justamente na tensão do encontro entre essas duas forças contrárias que um transforma-se no 

outro. Fernando de Moraes Gebra afirma que: 

No enfoque microscópico, importante para se entender o filme Cisne negro, [...] 

amplia-se uma parte da personagem. Esta não é mais vista na sua dimensão plástica, 

com todos os contornos definidos, como era comum no romance tradicional; apenas 

uma porção dessa personagem é ampliada nesse tipo de enfoque: trata-se da sua vida 

psíquica, das experiências de seu inconsciente individual e, em alguns casos, das 

estruturas arquetípicas. (GEBRA, 2011, p. 39). 

Isso significa que o cisne branco e o cisne negro são, metaforicamente, partes da 

psique de Nina que se externalizam no filme em imagens e situações que não se provam 



20 
 

claramente reais ou delírios da personagem. É necessário observar as imagens do filme como 

imagens da mente de Nina, ou seja, como os arquétipos representam seu conteúdo psíquico. 

A Sombra do Amante - ou seja, o último nível do arquétipo - é caracterizada por 

sentimentos de inveja, obsessão e promiscuidade (MARK; PEARSON, 2016). A atitude de 

Lily pode ser considerada promíscua, especialmente aos olhos do Inocente. Porém, essa 

característica é vista também em Nina, na noite em que ela usa drogas. Quando chega em casa 

nessa noite, sua mãe a questiona sobre onde esteve e Nina responde de forma irônica, dando a 

entender que teve relações com dois homens. Nesse momento, a câmera está focada em Nina 

na entrada da casa, onde há vários espelhos e o reflexo de Lily aparece em um deles, porém, 

não se sabe se a Lily que está ali é real ou não, pois ela não interage com a mãe de Nina, 

sendo que ela pode representar o reflexo de Nina nesse momento, vivendo o Amante. 

Quando a Sombra do Amante e do Inocente se encontram é que Nina demonstra de 

forma mais clara sua constante transformação no cisne negro. Assim que Nina se assusta na 

cena em que se masturba na banheira (o Amante), ela percebe que há sangue na água e que 

seus dedos estão sangrando. Quando se olha no espelho, percebe que estava arranhando suas 

costas. Esse detalhe tem vários significados, pois além do fato de que o local machucado em 

suas costas é onde normalmente estão as asas em seres mitológicos, sabe-se também que o 

sangue representa a morte, o que significa a morte do cisne branco e, também, a renovação, 

afinal a morte do cisne branco representa a transformação em cisne negro. E é por meio do 

desejo sexual simbolizado na cena (característica do Amante) que Nina mata, 

metaforicamente, o cisne branco, ou seja, o ato de se arranhar sem perceber é uma forma de 

destruir o Inocente/cisne branco. Além disso, o medo e o susto de Nina refletem a Sombra do 

Inocente, isto é, a repressão e negação do desejo sexual. 

Já em sua relação com Lily é que se pode ver a inveja e a obsessão. Em muitas cenas, 

Nina observa Lily com uma expressão de medo e quando ela alega que Lily está tentando 

“roubar seu lugar”, fica claro que o que acontece é o oposto: Nina é quem deseja ser como 

Lily, estar em seu lugar de Amante, de espontaneidade, ou seja, de cisne negro. A relação 

sexual entre as duas é prova da obsessão de Nina, afinal o enredo aparenta que aquilo não 

aconteceu e foi somente uma alucinação vivida por Nina. 

O comportamento criminoso ou prejudicial é o que caracteriza a Sombra do Fora-da-

Lei (MARK; PEARSON, 2016). A Lily que fuma onde é proibido e usa drogas é expressão 



21 
 

desse comportamento, porém ele é muito mais visível na própria Nina quando esta engana a si 

mesma e aceita a bebida onde sabe que há drogas. Na história original de Tchaikovsky, o 

cisne negro destrói o cisne branco, portanto a Lily/Nina que tenta destruir o Inocente, ou seja, 

o cisne branco, também representa o comportamento criminoso. 

Esse comportamento perverso é muito visível nos significativos espelhos que 

aparecem durante todo o filme e enfatizam a dualidade da personagem. Fernando de Moraes 

Gebra (2011, p.47) afirma que quando o espelho ou a sombra se deslocam do sujeito, em 

obras cinematográficas, “[...] esse elemento (espelho ou sombra) passa a atuar como um duplo 

perseguidor do sujeito”. Em vários momentos, percebe-se que a imagem vista pela 

personagem no espelho a observa, ou seja, é seu oposto, o Cisne Negro que, ao ser negado e 

não aceito, lhe causa assombro. A Sombra do arquétipo representado pelo cisne branco 

encontra nos espelhos a Sombra dos outros arquétipos aqui abordados, pois as imagens que 

Nina vê neles são imagens diferentes dela mesma. 

Imagem 4 - Nina no último ensaio antes do espetáculo.  

   

Fonte: Pinterest
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 (2019). 

Na imagem 4 pode-se perceber a expressão de assombro no rosto “real” da 

personagem, enquanto o reflexo no espelho a observa pelas costas, com uma expressão 

perversa.  Além disso, as peças superiores do figurino que aparecem na imagem têm um 

significado importante. O branco, símbolo da inocência, fica por baixo, como se ainda 

estivesse visível, porém, sendo sobreposto pelo cinza que, como já mencionado, representa os 

sentimentos sombrios, isto é, a Sombra. O bolero, item comumente utilizado por bailarinas, 

esconde grande parte do top branco, o qual possui um decote que denota sensualidade. É o 

mesmo decote denominado por Jones (2011) de “princesa”, porém a sobreposição do bolero 

dá um tom de mistério ao look. A mistura desses elementos também conota à dualidade. 

                                                
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22 
 

Há uma cena, logo no começo do filme, onde Nina está caminhando sozinha em uma 

rua estreita e vê ao longe uma pessoa que lhe desperta expressões de medo, caminhando em 

sua direção. Quando essa pessoa chega perto, percebe-se que é ela mesma, Nina, usando 

roupas pretas e com uma expressão totalmente diferente em seu rosto (Imagem 5). 

Imagem 5 - Cena de encontro simbólico entre o cisne branco e o cisne negro.  

  

Fonte: Pinterest
9
 (2019). 

Enquanto Nina tem o cabelo preso em um penteado perfeito e uma postura rígida, 

além da expressão de medo, a outra tem o cabelo solto de forma sensual e a olha com 

maldade, como se a estivesse desafiando. O contraste na cor das roupas representa os opostos 

entre o bem e o mal, o Inocente e o Amante, o cisne branco e o cisne negro. O cachecol que 

Nina está usando enfatiza sua rigidez e a mantém “presa” nesse look, escondendo seu 

pescoço; enquanto a outra Nina possui um decote que deixa parte de sua pele exposta, 

denotando sensualidade. Nesse momento, a transformação do cisne branco em cisne negro já 

é exposta, porém é no final do filme, nos últimos minutos, que essa transformação chega ao 

ápice. Em um dos últimos ensaios, o figurino de Nina já demonstra grande diferença (Imagem 

6). 

 

 

 

 

 

                                                
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Imagem 6 - Nina em um dos últimos ensaios antes do espetáculo.  

   

Fonte: Pinterest
10

 (2019).  

Os tecidos ainda são leves e suaves, porém a transparência da saia dá ao figurino uma 

aparência sensual, remetendo ao arquétipo do Amante, que já aparece de forma mais clara na 

personagem. O top branco fica quase escondido, mostrando que o cisne branco, ou seja, o 

Inocente já está quase, metaforicamente, destruído. Além disso, a cor principal do look, que é 

o cinza, simboliza a Sombra – nesta cena, do Amante e do Inocente – pois é nesse momento 

que Nina vê Lily em uma relação sexual com Thomas, a qual provavelmente também não é 

real, pois ao se assustar, Thomas e Lily se transformam no mago da história original e na 

própria Nina, com as mesmas características que ela apresenta na imagem 5. Nesse momento, 

a promiscuidade é característica da cena, além da inveja que Nina sente de Lily/Nina por ela 

estar realizando seus desejos sexuais e, ao mesmo tempo, vê-se a Sombra do Inocente na 

forma como a personagem se assusta com a cena, negando esses desejos. 

Durante o espetáculo do “Lago dos Cisnes”, entre as trocas dos figurinos oficiais do 

cisne branco e do cisne negro, o Fora-da-Lei alcança sua jornada final e, quando sua Sombra 

realiza o último ato - comportamento criminoso – Nina finalmente incorpora o cisne negro e 

consegue realizar a performance do personagem. 

Quando chega ao local do espetáculo atrasada e descobre que Thomas pediu a Lily 

para substituí-la, Nina vai direto ao camarim e começa a se preparar para dançar o cisne 

                                                
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branco. Thomas entra com ela e diz algo muito significativo: “a única pessoa que está no seu 

caminho é você mesma.” (imagem 7, tradução livre da autora). 

Imagem 7 - No camarim, durante a apresentação.  

  

Fonte: Pinterest
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 (2019). 

 Durante uma das primeiras cenas do espetáculo como cisne branco, Nina cai enquanto 

dança com o bailarino que representa o príncipe. Ela sai chorando e alegando que o bailarino 

a derrubou propositalmente, pois tem uma relação com Lily e foi ela quem o pediu para fazê-

lo. Esse fato se entrelaça com a história original, quando o príncipe é enganado pelo cisne 

negro e trai o cisne branco despontando, assim, sua destruição. 

Quando chega ao camarim, ainda chorando, encontra Lily em seu lugar, com o 

figurino do cisne negro. Lily começa a falar de forma ameaçadora, dizendo que tomará seu 

lugar no espetáculo. As duas entram em uma briga física, em que Nina empurra Lily contra o 

espelho, quebrando-o. Isso possui uma simbologia muito importante, pois o espelho quebrado 

representa a “rachadura” na psique
12

. De repente, Nina já não vê Lily, mas a si mesma e, ao 

ser confrontada pela própria imagem que diz “esta é minha vez”, ela pega um caco do espelho 

quebrado e o empurra no estômago da outra, repetindo: “não! Esta é minha vez!”. Ao dizer 

isso, seus olhos ficam vermelhos e sua expressão muda completamente.  

Então, ela esconde o corpo de Lily, troca o figurino para o de cisne negro e sobe ao 

palco, numa dança que apresenta sua transformação. Seu rosto está diferente, seus 

movimentos são mais naturais e, finalmente, o cisne negro emerge. Ela realiza uma 

performance perfeita. Ao sair do palco, encontra Thomas e o beija, de forma inesperada e 

sensual. 

                                                
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 Para Robalo (2012), a sombra e a imagem do espelho, na literatura e no cinema, têm muitas vezes o mesmo 

significado, sendo ele a representação da alma humana. Portanto, o espelho quebrado pode representar 

metaforicamente a rachadura da alma humana ou do que ela simboliza.  



25 
 

Imagem 8 - Nina com o figurino do Cisne Negro, durante a performance.  

  

Fonte: Pinterest
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 (2019). 

Ao voltar ao camarim e trocar o figurino novamente para o de cisne branco, ela 

percebe que a Lily “morta” não está ali e que não há sangue como antes havia visto. E, não 

entendendo o que aconteceu, ela olha para seu estômago - já vestida de cisne branco - e tira 

dali o caco de espelho. Ou seja, essa quebra na psique de Nina foi todo o processo que a levou 

a transformar-se no cisne negro e, ao dispor-se a matar alguém, quem ela matou foi o cisne 

branco, a Nina contida e reservada e perfeita. Assim, sendo induzida pela irmã malvada (seu 

reflexo), Nina tira a própria vida, como faz o cisne branco na história original.  

É nessa cena que se pode ver o comportamento criminoso do Fora-da-Lei, isto é, o 

último nível de sua jornada. Nina não matou Lily na vida real, pois Lily não estava ali de 

verdade, porém, quando se dispõe a matar alguém, atinge a situação máxima da quebra de 

regras, da Sombra do arquétipo.  

O encontro das Sombras se dá nessas últimas cenas, onde é possível ver todas as suas 

características de forma clara. A negação e repressão do Inocente aparecem quando 

Nina/cisne branco vê Lily tocando o bailarino que a derrubou e isso lhe causa medo e, nessa 

mesma cena, esse medo também representa a inveja do Amante. O encontro dessas Sombras 

causa a tensão entre as duas no camarim, o que leva ao comportamento criminoso do Fora-da-

Lei e, assim, o confronto entre forças antagônicas torna possível a transformação de Nina 

                                                
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naquilo que ela desejava desde o começo: realizar uma performance perfeita, para a qual ela 

precisava confrontar seu lado indesejado e negado e transformar-se nele.  

Imagem 9 – Nina na última cena do filme. 

  

Fonte: Pinterest
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 (2019). 

A cena final do filme (imagem 9) é o ápice da história do “Lago dos Cisnes”, quando o 

cisne branco tira a própria vida ao perceber que sua irmã malvada conseguiu roubar seu lugar. 

Com o encontro das Sombras, o cisne negro finalmente toma seu lugar na psique de Nina, 

destruindo o cisne branco. Sendo ambos parte da mesma personagem, ao mesmo tempo em 

que é um que destrói o outro, paradoxalmente, é o próprio cisne branco que comete suicídio, 

como em “Lago dos Cisnes”. E, assim, ao destruir a si mesmo, é atingida a busca por 

perfeição do Inocente, a performance perfeita que Nina almeja desde o começo. Nina, no 

último ato, diz: “Perfeito. Foi perfeito” (tradução livre da autora). 

 

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS 

A moda é uma linguagem não-verbal cujo desígnio é transmitir mensagens que podem 

revelar desejos, anseios e características por meio dos elementos que a constituem. Quando 

aplicada ao figurino, a moda pode contar a história do personagem, revelando detalhes 

simbólicos que representam sua personalidade. Os arquétipos representam um dos elementos 

que são muito utilizados na moda para se criar personagens.  

                                                
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No filme Cisne Negro, constata-se por meio do estudo dos arquétipos do Inocente, do 

Amante e do Fora-da-Lei - analisados nos itens 5.2 e 5.3 deste artigo - que arquétipos cujas 

características são opostas narram a trajetória do cisne branco e do cisne negro, porém, é na 

oposição dos arquétipos e no contraste entre arquétipos e Sombras que a história se desenrola 

e sua essência paradoxal torna-se visível.  E o figurino é utilizado para narrar essa história, 

por meio da silhueta, das formas, da textura, dos tecidos, das repetições e das cores. Todos 

esses elementos são usados para construir um figurino que revela a história antes mesmo dela 

ser contada, caracterizando de forma simbólica a personalidade da personagem, assim como 

desejos e anseios que ainda não foram mostrados ou revelados.  

Por meio do estudo presente neste artigo, detém-se atributos para criação de uma 

coleção de moda com base na narrativa retratada e nos personagens do cisne branco e do cisne 

negro. As cores preto e branco simbolizam a dualidade e, com base no estudo psicológico das 

cores, são elementos essenciais na construção da coleção. Além disso, tons de rosa são 

utilizados para simbolizar características dos arquétipos, assim como o rosa em tom pastel 

usado no figurino do filme, que representa a inocência infantil do cisne branco e o rosa 

shocking, que representa uma feminilidade mais sedutora, caracterizando o arquétipo do 

Amante.  

Os elementos e princípios do design são imprescindíveis para a criação da coleção, 

pois como estudados neste artigo, narram a trajetória dos arquétipos, assim como revelam a 

personalidade das personagens. A silhueta variada entre peças bem marcadas na cintura e 

peças amplas simbolizam também a ambiguidade da narrativa, sendo que as primeiras 

representam feminilidade e ao mesmo tempo sedução, enquanto as peças amplas tentam 

esconder, de forma simbólica, as características que não querem ser reveladas pelo Inocente, 

ou seja, sua negação. A repetição das listras em preto e branco, além da dualidade, cria a 

ilusão óptica de alongamento e, ao mesmo tempo, causa contraste.  

As texturas e tecidos, assim como no filme, tentam simbolizar leveza e suavidade em 

alguns momentos, dando um ritmo aos looks que remetem à pureza do cisne branco, enquanto 

outros tecidos mais pesados remetem à personalidade transgressora do cisne negro.   

Esses elementos tornam possível a criação de uma coleção para quem se identifica, 

consciente ou inconscientemente, com a ambiguidade e dualidade características do cisne 

branco e do cisne negro. Além do simbolismo paradoxal do que define esses personagens, a 



28 
 

ideia de Sombra estudada neste artigo revela a importância de se olhar para o que é ambíguo e 

compreender que ambos os lados - bem e mal, força e fraqueza - se complementam e que é 

justamente o paradoxo de forças antagônicas que torna possível o equilíbrio.  

 

8. REFERÊNCIAS  

BALLET clássico: conheça o fascinante “O Lago dos Cisnes”. Mundo Dança. 23 jun. 2016. 

Disponível em < http://blog.mundodanca.com.br/2016/06/23/ballet-classico-conheca-o-

fascinante-o-lago-dos-cisnes/> acesso em 25 de out. de 2019. 

BATTISTI, Francisleth Pereira. Moda e figurino: unilateralidade. In: ENCONTRO 

PARANAENSE DE MODA, DESIGN E NEGÓCIOS, I., 2009, Maringá, Paraná. Anais... 

Maringá: Historiografia e Cultura, 2009. Disponível em: Acesso em: 31 ago. 2019. 

BAUER, Martin W. e GASKELL, George. Pesquisa qualitativa com texto, imagem e som – 

um manual prático. Petrópolis/RJ: Editora Vozes, 2002. 

BRAGA, João. Reflexões sobre moda – Volume II. São Paulo: Editora Anhembi Morumbi, 

2007. 

GEBRA, Fernando de Moraes. A desmontagem do ser humano e as técnicas do romance 

moderno no cinema: o duplo em Cisne Negro de Darren Aronofsky. Revista Literatura em 

Debate, v. 5, n. 8, p. 36 a 57, jan.-jul., 2011. Universidade Federal do Pará. Disponível em 

<http://revistas.fw.uri.br/index.php/literaturaemdebate/article/view/580>  acesso em 5 de nov. 

de 2019. 

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