CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIVATES 

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS 

CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ESTUDO DE IMPLANTAÇÃO DE RODA DESSECANTE EM 

PROCESSO DE SECAGEM DE BALAS DRAGEADAS VISANDO 

AUMENTO DE CAPACIDADE PRODUTIVA E REDUÇÃO DO CUSTO 

 

Daniel Bortoli 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
 

 
 
 

Lajeado, novembro de 2015



Daniel Bortoli 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ESTUDO DE IMPLANTAÇÃO DE RODA DESSECANTE EM 

PROCESSO DE SECAGEM DE BALAS DRAGEADAS VISANDO 

AUMENTO DE CAPACIDADE PRODUTIVA E REDUÇÃO DO CUSTO 

 

 

 

Monografia apresentada na disciplina de 

Trabalho de Conclusão de Curso, do Curso 

de Engenharia Mecânica, do Centro 

Universitário UNIVATES, como exigência 

parcial para obtenção do título de Bacharel 

em Engenharia Mecânica.  

 

Orientador: Prof. Me. Daniel N. Lehn 

 

 
 
 

Lajeado, novembro de 2015 



Daniel Bortoli 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ESTUDO DE IMPLANTAÇÃO DE RODA DESSECANTE EM 

PROCESSO DE SECAGEM DE BALAS DRAGEADAS VISANDO 

AUMENTO DE CAPACIDADE PRODUTIVA E REDUÇÃO DO CUSTO 

 

 

A Banca examinadora abaixo aprova a Monografia apresentada na disciplina de 

Trabalho de Conclusão de Curso II, do Curso de Engenharia Mecânica, do Centro 

Universitário UNIVATES, como parte da exigência para a obtenção do grau em 

Bacharel em Engenharia Mecânica.  

 

Prof. Me. Daniel N. Lehn – orientador  

Centro Universitário UNIVATES 

 

Prof. Dr. Odorico Konrad 

Centro Universitário UNIVATES 

 

Prof. Ma. Manuela Gomes Cardoso 

Centro Universitário UNIVATES 

 
 

Lajeado, novembro de 2015



RESUMO 

O presente trabalho foi desenvolvido com ênfase nos fenômenos psicrométricos que 
tangem a troca de massa e energia do processo de drageamento de balas. O estudo 
foi desenvolvido em uma empresa do ramo alimentício do Vale do Taquari (RS), com 
objetivo de analisar o processo de drageamento de balas e projetar um conceito 
mais eficiente de secagem para o processo. O trabalho apresenta um novo conceito 
de preparação do ar de secagem utilizando um equipamento com roda dessecante. 
Desta forma busca-se melhorar o tempo de processo, qualidade dos produtos, 
eficiência energética da planta fabril e uma operação constante do processo, já que 
as variações de umidade e temperatura do ar ambiente são constantes. O 
referencial teórico abordou temas sobre secagem, psicrometria, rodas dessecantes 
e adsorção. O estudo foi baseado no atual equipamento de drageamento com 
sistema de desumidificação por refrigeração comparando o atual sistema com a 
implantação do equipamento com roda dessecante para avaliação de desempenho. 
Os resultados apresentados evidenciaram grande aplicabilidade do equipamento 
possibilitando aproximadamente 40% de redução no tempo de processo, e estes 
resultados estão de acordo com os objetivos propostos no tema deste trabalho, além 
de demonstrarem indícios positivos que podem resultar em ganhos expressivos para 
a empresa. 
 
Palavras-chave: Balas drageadas. Roda dessecante. Ar de secagem. 



ABSTRACT 

This work was developed with an emphasis on psychometric phenomena that 
concern the exchange of mass and energy drageamento process bullets. The study 
was developed in a food company Taquari Valley (RS), in order to analyze the 
drageamento process bullets and designing a more efficient concept for drying 
process. The paper presents a new concept of drying air preparation using 
equipment with a desiccant wheel. In this way we seek to improve the process of 
time, product quality, energy efficiency of the manufacturing plant and a steady 
operation of the process, since the moisture variations and ambient air temperature 
are constant. The theoretical framework addressed issues on drying, psychometrics, 
desiccant wheels and adsorption. The study was based on the current equipment 
drageamento-cooled dehumidification system. He compared the current system with 
equipment deployment with desiccant wheel for performance evaluation. The results 
presented showed great applicability of equipment enabling approximately 40% 
reduction in process time, and these results are consistent with the objectives 
proposed in the theme of this work, and demonstrate positive signs that can result in 
significant gains for the company. 
 
Keywords: Drageadas bullets. Desiccant wheel. Air drying.



LISTA DE ILUSTRAÇÕES 

LISTA DE FIGURAS 

Figura 1 - Processos de fabricação que exigem a etapa de drageamento ............... 12 

Figura 2 - Psicrômetro ............................................................................................... 18 

Figura 3 - Carta psicrométrica ................................................................................... 20 

Figura 4 - Roda dessecante ...................................................................................... 22 

Figura 5 - Entrada e saída do ar de secagem na drageadeira .................................. 28 

Figura 6 - Balanço de massa e energia do processo ................................................ 30 

Figura 7 - Comparativo de eficiência da roda verão/inverno ..................................... 38 

Figura 8 - Diagrama psicrométrico com as médias do processo real ........................ 40 

Figura 9 - Medições com termo higrômetro ............................................................... 41 

 

LISTA DE GRÁFICOS 

Gráfico 1 - Regressão linear da umidade absoluta do sistema ................................. 42 

 

 

 



LISTA DE TABELAS 

Tabela 1 - Médias do processo real .......................................................................... 39 

Tabela 2 - Medições com termo higrômetro .............................................................. 41 

Tabela 3 - Comparativo de tempo médio entre os processos ................................... 44 

Tabela 4 - Aumento de produtividade ....................................................................... 45 

 

 



LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 

ABICAB Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, 

Balas e Derivados 

L  Litro 

ACIL   Associação Comercial e Industrial de Lajeado 

CIH  Centro de Informações Hidrometeorológicas  

TBS  Temperatura de Bulbo Seco 

UR  Umidade Relativa 



SUMÁRIO 

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 10 
1.1 Definição do problema ...................................................................................... 11 
1.2 Justificativa do trabalho ................................................................................... 13 
1.3 Objetivos ............................................................................................................ 14 
 
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................. 16 
2.1 Secagem ............................................................................................................. 16 
2.2 Psicrometria ....................................................................................................... 17 
2.2.1 Temperatura de bulbo seco ........................................................................... 17 
2.2.2 Temperatura de bulbo úmido ........................................................................ 18 
2.2.3 Umidade absoluta .......................................................................................... 19 
2.2.4 Umidade relativa ............................................................................................. 20 
2.2.5 Temperatura de orvalho ou ponto de orvalho ............................................. 21 
2.3 Operação e funcionamento do sistema convencional de secagem de balas
 .................................................................................................................................. 21 
2.4 Caracterização do sistema dessecante ........................................................... 22 
2.4.1 Roda dessecante ............................................................................................ 22 
2.4.2 Adsorção ......................................................................................................... 23 
2.5 Trabalhos recentes ........................................................................................... 24 
 
3 METODOLOGIA .................................................................................................... 27 
3.1 Material ............................................................................................................... 27 
3.1.1 Carta psicrométrica ........................................................................................ 27 
3.1.2 Termo Higrômetro .......................................................................................... 27 
3.2 Método ................................................................................................................ 28 
 
4 ESTUDO DE IMPLANTAÇÃO DA RODA DESSECANTE .................................... 33 
4.1 Processo de drageamento ................................................................................ 33 
4.2 Preparação do ar de secagem do sistema atual ............................................. 34 
4.3 Roda dessecante ............................................................................................... 36 
4.4 Condição atual de secagem ............................................................................. 39 
4.5 Simulação de secagem utilizando roda dessecante ...................................... 43 
4.6 Comparativo de eficiência energética ............................................................. 44



4.7 Redução de tempo de processo x aumento de produtividade ...................... 45 
4.8 Payback do investimento ................................................................................. 46 
 
5 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 47 
 
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 49 
 
APÊNDICES ............................................................................................................. 52 
APÊNDICES A - Planilha de acompanhamento de drageamento de balas ........ 53 
APÊNDICES B - Valores médios do processo de drageamento ......................... 57 



10 
 

1 INTRODUÇÃO 

No ano de 2014, a Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, 

Amendoim, Balas e Derivados (ABICAB) divulgou o balanço do ano de 2013, onde 

apresentou um momento de certa estagnação da produção e consumo de balas e 

derivados. Em 2013 foram produzidos 533 mil toneladas de produtos, 0,7% acima do 

produzido em 2012, já o consumo obteve índice de aumento de 1,3%.  

Não obstante o cenário do mercado de balas demonstrar baixo crescimento, a 

empresa de alimentos envolvida no presente trabalho apresenta constante 

crescimento. No ano de 2014 obteve aumento de 30% no faturamento em relação 

ao ano anterior. Diga-se que esse resultado se deve a expansão da área de vendas 

e instalação de novas linhas produtivas com produtos inovadores de maior valor 

agregado. 

O mercado de balas é extremamente competitivo, onde o foco na redução de 

custos e otimização de processos é de vital importância para os resultados da 

empresa. Brondani e Santos (2003) destacam que uma organização produtiva deve 

buscar constantes adaptações nas organizações para que estas possam se manter 

no mercado. A organização produtiva parte de uma estratégia bem fundamentada 

que toma por base a melhoria contínua das atividades pertinentes às operações do 

processo. Segundo Costa Junior (2012) a melhoria contínua procura eliminar os 

problemas das organizações identificando os pontos de melhoria. 

Diante dessas premissas teóricas é possível aperfeiçoar os processos 

promovendo padronizações de pontos importantes, reduzindo custos de fabricação, 



11 
 

evitando desperdícios, reduzindo consumo de fontes energéticas, 

consequentemente melhorando a qualidade dos produtos. 

Em linhas gerais, a produção de balas e derivados é composta por uma série 

de processos sequenciais, onde cada etapa tem seu tempo de processo e cada 

processo tem suas particularidades. A otimização de tempos no processo é 

diretamente proporcional ao custo do produto. A redução de qualquer parcela de 

tempo pode gerar ganhos importantes e impactar de forma positiva nos resultados. 

Dessa forma, o estudo de formas para reduzir os tempos de processo e otimizá-los 

se faz necessário, aumentando a capacidade produtiva da empresa e reduzindo 

custos. 

 

1.1 Definição do problema 

O presente estudo será realizado em uma empresa alimentícia do Vale do 

Taquari (RS), que processa matérias primas para fabricação de balas de goma, 

pastilhas, balas de gelatina, chicles de bola, refresco em pó e marshmallows. A 

empresa é líder na produção de pastilhas na América Latina e segunda colocada no 

ranking Brasileiro na produção de balas de goma, comercializando seus produtos no 

mercado nacional e internacional, exportando para mais de 50 países.  

Em função do aumento de demanda e perspectivas favoráveis de incremento 

de produção de balas e chicles drageados, detectou-se a necessidade de aumentar 

a capacidade produtiva desses produtos.  

Destaca-se que o processo produtivo do setor de drageamento pode ocorrer 

de três formas conforme o Fluxograma da Figura 1. 



12 
 

Figura 1 - Processos de fabricação que exigem a etapa de drageamento 

 
Fonte: Elaborado pelo autor (2015). 

O primeiro processo diz respeito à produção de chicles recheados, onde se 

agregam os ingredientes dentro de um misturador sigma, após a massa segue para 

uma extrusora onde é injetado o recheio e moldado o chicle. Depois disso ele segue 

para o drageamento que consiste em um recobrimento do produto com inúmeras 

camadas de calda de açúcar. Em seguida ele é embrulhado na embalagem primária 

e posteriormente envasado em caixas. 

A segunda forma apresentada no fluxograma refere-se ao processo de 

fabricação de chicles comprimidos. As matérias primas são agregadas em um 

misturador sigma, comprimidas, uniformizadas, seguindo para o drageamento e 

envase. 

Por fim, a terceira forma apresentada diz respeito ao processo de fabricação 

de balas comprimidas, onde o açúcar é moído, granulado, passando por um 

processo de secagem onde é aromatizado. Depois, ele segue para a etapa de 

compressão, de onde parte para o drageamento e envase. 



13 
 

De acordo com a Figura 1 verifica-se que todos os processos divergem na 

etapa de drageamento. Esta etapa conta com dois equipamentos de 1800 litros de 

capacidade comprometidos pelos três turnos (24 horas/dia) de trabalho. Com base 

nisso verificou-se que o principal gargalo de produção é a etapa de drageamento, e 

que algumas medidas deveriam ser tomadas para aumentar a capacidade de 

produção neste setor. Para isso foram abordadas três hipóteses:  

� Comprar um novo equipamento de 1800L, gerando 50% de incremento 

na capacidade produtiva do setor; 

� Reformar um equipamento de 750L usado, gerando 20% de 

incremento na capacidade produtiva do setor; 

� Desenvolver um estudo de uma nova tecnologia que pudesse 

aumentar a eficiência dos equipamentos existentes na empresa. 

Foram analisados os valores envolvidos, tempo hábil de aquisição do 

equipamento de 1800L e de reforma do equipamento de 750L, e necessidades 

futuras de capacidades produtivas. Inicialmente a empresa optou pela reforma do 

equipamento de 750L. Mas em paralelo a isso se iniciou um estudo para otimização 

da eficiência do equipamento de 750L e também dos equipamentos de 1800L. 

Desse contexto, uma análise inicial indicou que uma das principais 

dificuldades enfrentadas pela equipe de produção era o controle da umidade do 

sistema de preparação de ar de secagem do equipamento. Com base nisso, optou-

se pelo estudo de implantação de uma roda dessecante para preparação do ar de 

secagem no processo de drageamento de balas e chicles. 

 

1.2 Justificativa do trabalho 

Dada à expressiva produção de balas e chicles do Vale e considerando o 

cenário em que a empresa está inserida, o estudo se justifica por estar relacionado 

às necessidades atuais e futuras da organização. Dessa forma, propor a 

implantação de um equipamento dessecante, com o objetivo de melhorar a 

preparação do ar de secagem do processo de drageamento, possibilita aumento da 



14 
 

capacidade produtiva, reduzindo assim o tempo de processo e de recursos 

energéticos necessários.  

Justifica-se assim, que a escolha pela utilização de um equipamento de roda 

dessecante para aumentar a eficiência do sistema de preparação de ar de secagem 

foi fundamentada pela hipótese de que com esta preparação de ar, o rendimento do 

drageamento seria superior comparado à tecnologia utilizada nos equipamentos 

atuais, além de evitar problemas de perda de produto por deficiência do atual 

sistema de preparação de ar. 

Destaca-se que o modelo de preparação do ar utilizado atualmente apresenta 

um rendimento irregular, onde sua eficiência depende das condições do ar 

ambiente. A empresa está situada em uma região de umidade relativa média alta. 

De acordo com o Centro de informações Hidrometeorológicas da Univates o CIH, as 

condições meteorológicas medidas em janeiro e fevereiro de 2015 tiveram média de 

umidade relativa de 79%. Esses altos valores prejudicam a condição do ar para 

secagem no drageamento, dificultando o controle das condições de operação de 

secagem, ocasionando aumento no tempo de processo, paradas de produção, e até 

perdas de produção gerando resíduos e problemas ambientais. 

 

1.3 Objetivos  

O objetivo geral do trabalho é melhorar o desempenho do sistema de 

preparação de ar de secagem no processo de drageamento de balas e chicles. Com 

a implantação desse equipamento busca-se melhorar o processo produtivo, 

aumentando sua eficiência e performance energética a fim de suprir as 

necessidades da empresa e proporcionar redução no custo do processo. 

Para atingir o objetivo geral, foram definidos os seguintes objetivos 

específicos: 

a) Estudar o processo de drageamento de balas e chicles; 



15 
 

b) Verificar as condições de entrada e saída de ar de secagem utilizadas 

no processo de drageamento atual em diferentes condições de ar 

atmosférico externo; 

c) Verificar parâmetros do sistema de preparação de ar da drageadeira 

existente de 1800 litros; 

d) Simular desempenho da roda dessecante no processo de preparação 

do ar de secagem; 

e) Comparar resultados obtidos entre a análise do sistema atual com o 

estudo de implantação do sistema dessecante (tempo, condições de 

secagem e consumo energético). 

f) Aumentar a produtividade no setor de drageamento. 

 



16 
 

2  FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 

Neste capítulo são apresentados os principais conceitos relacionados ao 

processo em estudo, psicrometria, secagem e princípios do sistema de roda 

dessecante, objetivando uma melhor compreensão dos assuntos relacionados no 

trabalho. 

 

2.1 Secagem 

De acordo com Blackadder e Nedderman (2004) secagem pode ser definido 

como o fenômeno de remoção de um líquido volátil de um sólido. Geralmente esse 

líquido volátil é água e o sólido possui certa porosidade como no caso da madeira ou 

tecido. Da Costa (2007) conceitua secagem como a operação de retirada de 

umidade dos materiais. Ele ressalta que a secagem é um dos processos mais 

utilizados na indústria, para equilibrar a umidade própria dos diversos materiais 

processados como, por exemplo, madeira, couro e celulose. A secagem também é 

utilizada para manter uma melhor conservação, como no caso de cereais, alimentos 

e materiais perecíveis.  

O processo de remoção de umidade dos alimentos retarda a reprodução de 

microrganismos diminuindo a deterioração dos mesmos. Se a água for removida, a 

vida útil de prateleira de alguns produtos agrícolas pode ser aumentada. A remoção 

da água também reduz os custos de armazenagem e transporte, diminuindo peso e 

volume final do produto. A qualidade dos produtos alimentícios desidratados 



17 
 

dependem das condições de secagem, tais como temperatura, taxa de fluxo de ar e 

umidade relativa. Várias tecnologias são utilizadas para secagem de alimentos cada 

uma com suas características próprias, mas com o mesmo objetivo. O sistema 

dessecante é utilizado para reduzir a umidade do ar e produzir condições ótimas de 

secagem independente das condições do ar ambiente (ATTKAN; KUMAR; YADAV, 

2014). 

 

2.2 Psicrometria  

Psicrometria é o estudo das misturas de gás e vapor, e o ar é a mistura de 

maior importância na indústria alimentícia, pois a partir dele são realizadas diversas 

operações como secagem e armazenamento (PARK et al., 2007). Segundo Silva e 

Silva (2007), psicrometria significa medição do “frio”, que vem do grego psychros, 

frio. O autor explica ainda que psicrometria é a moderna ciência que estuda as 

misturas de vapor d’água e ar, e que a quantidade de vapor d’água que um ar 

carrega tem grande influência em diversos processos inclusive no conforto humano. 

O ar é uma mistura mecânica de gases e vapor de água, e todo ar encontrado 

na atmosfera contém certa quantidade de água em sua composição. Essa 

concentração de água no ar é denominada umidade, ela vai se fazer presente com 

maior intensidade em regiões de grandes massas de água e em menor 

concentração em lugares áridos (DOSSAT, 2004). 

 

2.2.1 Temperatura de bulbo seco 

Temperatura de bulbo seco é a temperatura termodinâmica, ou seja, a 

temperatura real (BLACKADDER; NEDDERMAN, 2004). Dossat (2004) define 

temperatura de bulbo seco como sendo a temperatura medida por um termômetro 

comum. Destaca-se que durante a medição o bulbo deve ser protegido para evitar 

efeitos produzidos por conta de irradiação.  

A temperatura de bulbo seco é temperatura indicada real em um termômetro 

comum, ela está indicada no diagrama psicrométrico como eixo das abscissas. Com 



18 
 

a variação da temperatura de bulbo seco a entalpia que é o conteúdo de calor total 

da mistura do ar e vapor pode ser utilizada para determinar a quantidade de calor 

adicionada ou retirada de um volume ar. Um volume ocupado por um quilograma de 

gás seco mais qualquer vapor associado é denominado volume específico (SILVA; 

SILVA, 2007). 

 

2.2.2 Temperatura de bulbo úmido  

Temperatura de bulbo úmido é a diferença de temperaturas quando um 

material úmido for exposto a uma corrente de ar, tomando assim uma condição de 

temperatura inferior à temperatura do ar (BLACKADDER; NEDDERMAN, 2004). 

Conforme Silva e Silva (2007), a temperatura de bulbo úmido pode ser explicada 

através da utilização do psicrômetro. O psicrômetro consiste em dois termômetros, 

um deles possui uma mecha de algodão umedecida em torno do bulbo de mercúrio 

por onde passa ar, a temperatura registrada neste momento é a temperatura de 

bulbo úmido, o outro termômetro faz a medição real (temperatura de bulbo seco) 

para comparar os extremos. 

Figura 2 - Psicrômetro 

 

Fonte: Meteobadalona (2007, imagem digital). 

 



19 
 

Segundo Dossat (2004), tem-se a temperatura de bulbo úmido, quando a 

temperatura for medida com um termômetro de bulbo úmido, que nada mais é que 

um termômetro normal encerrado com um pano ou pavio umedecido. Para ter a 

medida de temperatura exata o pavio deve estar saturado de água limpa na 

temperatura de bulbo seco, pelo pavio deve passar ar a uma velocidade entre 1000 

e 2000 pés/min. Para simular essa condição de velocidade o termômetro pode ser 

girado com auxílio de uma corrente por um minuto, depois disso pode-se conferir a 

temperatura indicada pelo termômetro. 

 

2.2.3 Umidade absoluta 

Segundo Blackadder e Nedderman (2004), umidade absoluta é a mistura de 

gás-vapor, onde a mistura é a razão em massa entre o vapor e o gás não 

misturados. Utiliza-se o termo vapor para substâncias condensáveis e gás para 

substâncias não condensáveis. A umidade absoluta é uma razão entre massas 

sendo seu resultado adimensional, mas geralmente é representado por quilogramas 

(kg) de vapor (água) por kg de gás seco (ar seco). Costa (2007), explica que a 

umidade absoluta do ar saturado é a massa de vapor d’água que corresponde ao 

ponto de saturação do mesmo por unidade de volume. 

Umidade absoluta, também conhecida por umidade específica é a quantidade 

de vapor d’água contida em um quilograma de ar. Silva e Silva (2007) explicam que 

a escala vertical da direita da carta psicrométrica (FIGURA 3) marca a umidade 

absoluta do ar, em quilogramas de água por quilogramas de ar seco (kg/kg). 



20 
 

Figura 3 - Carta psicrométrica 

 
Fonte: Dossat, (2004). 

 

2.2.4 Umidade relativa 

Segundo Blackadder e Nedderman (2004), a razão entre a pressão parcial do 

vapor e a pressão de vapor saturado na mesma temperatura de bulbo seco 

denomina-se umidade relativa. Costa (2007) complementa que a quantidade de 

vapor d’água contido em uma dada condição de volume de mistura, dividido pela 

quantidade de vapor d’água que esse volume de mistura teria se estivesse saturado 

toma o nome de umidade relativa. 

Outra definição é fornecida por Silva e Silva (2007) onde umidade relativa é a 

relação de umidade contida em uma massa de ar e a máxima quantidade de 

umidade que esse ar pode conter a uma dada temperatura. 

 

 

 



21 
 

2.2.5 Temperatura de orvalho ou ponto de orvalho 

Blackadder e Nedderman (2004) comentam que quando uma mistura de gás-

vapor é resfriada, haverá condensação, a temperatura na qual o vapor contido em 

uma atmosfera se torna líquido, desprezando efeitos de supersaturação é 

denominado ponto de orvalho. 

Segundo Dossat (2004), quando o ar atinge a temperatura de saturação 

correspondente a pressão parcial do vapor d’água, o vapor d’água é saturado, essa 

temperatura de saturação é chamada de ponto de orvalho. Definição similar é obtida 

por Silva e Silva (2007), onde ponto de orvalho é a temperatura na qual a umidade 

relativa chega a 100%. Se a temperatura baixar além da temperatura de orvalho 

uma quantidade de água vai condensar, e isso significa que a massa de ar-vapor 

inicial vai perder vapor (água), modificando assim sua estrutura psicrométrica. 

 

2.3 Operação e funcionamento do sistema convencional de secagem de balas 

O sistema convencional para preparação do ar de secagem utilizado 

atualmente pela empresa é do tipo expansão indireta. De acordo com Silva e Silva 

(2007) esse processo pode ser descrito como um sistema evaporativo que absorve 

calor do ambiente de forma indireta através de um fluido secundário (frio). Esse tipo 

de sistema retrata a realidade atual de preparação do ar de secagem do processo 

de drageamento, onde um ventilador centrifugo succiona o ar pelo sistema de 

trocadores de calor (frio), que é responsável pela troca de temperatura e remoção de 

água do fluido do processo (ar de secagem), isso ocorre pelo fato do fluido de 

processo atingir seu ponto de orvalho e condensar.  

Grande parte dos evaporadores que são utilizados na refrigeração industrial, 

resfriam ar. A maioria dos sistemas de resfriamento de ar envolve a remoção de 

umidade por condensação da água contida no ar, quando o ar passa pelo trocador 

de calor (evaporador) sendo resfriado, sua temperatura cai e o ponto de orvalho é 

atingido, com isso a água da mistura condensa diminuindo a relação gás-vapor 

d’agua da mistura (STOECKER; JABARDO, 2002).  

 



22 
 

2.4 Caracterização do sistema dessecante 

 
2.4.1 Roda dessecante 

Segundo Zhang e Niu (2002), rodas dessecantes têm sido amplamente 

utilizadas para tratamento da umidade do ar e recuperação de entalpia. No primeiro 

caso, o ar de processo é seco após fluir através da roda, que gira continuamente 

entre o ar de processo e uma corrente de ar quente regenerativa. O ar seco pode 

ser usado diretamente, ou pode ser empregado para fazer o arrefecimento de outros 

processos psicrométricos. A Figura 4 mostra uma roda dessecante. 

Figura 4 - Roda dessecante 

 

Fonte: Munters (2015, imagem digital).  

A roda dessecante também é conhecida como roda de desumidificação ou 

desumidificador rotativo. Os principais componentes são: roda com material 

dessecante (matriz), motor e aquecedor de ar para reativação, motor de circulação 

do ar de processo e carcaça do equipamento. Uma correia e um moto-redutor 

promovem o giro da roda a uma determinada rotação. A carcaça do equipamento 

divide a roda em canais através de uma seção, separando a passagem de ar de 

processo e a passagem do ar de regeneração. O vapor de água é adsorvido pelo 

dessecante quando o ar úmido está passando pelo processo. Enquanto o ar 

aquecido pelo aquecedor flui através do lado de regeneração arrastando o ar 



23 
 

carregado de vapor d’água para fora do equipamento. O fluxo de ar pode ser contra 

corrente ou concorrente dependendo do arranjo. Quando não se tem a regeneração 

ativada por aquecedor o equipamento é chamado de roda dessecante passiva, roda 

de entalpia ou roda de energia rotativa (GE et al., 2007). 

Conforme Attkan, Kumar e Yadav (2014), desumidificador dessecante é um 

equipamento que remove a umidade do ar, mas sem fazer o arrefecimento do ar 

abaixo do seu ponto de orvalho. A corrente de ar passa pelo material dessecante e o 

vapor d’água contido na massa de ar é adsorvido pelo material dessecante. Ao 

passo que a adsorção do vapor d’água acontece, o material dessecante satura-se e 

é necessária a regeneração do mesmo. Os fluxos de processos e regeneração 

acontecem simultaneamente através de uma roda que gira. O ar de regeneração 

vem da mesma fonte que o ar de processo, sendo aquecido para reduzir a sua 

umidade relativa. O ar de processo deixa o desumidificador em uma condição mais 

seca e mais quente do que entrou. A principal diferença de desumidificadores 

dessecantes e desumidificadores baseados em princípios de refrigeração é que em 

vez do ar do processo sofrer uma brusca queda de temperatura para forçar a 

condensação do vapor d’água, os dessecantes absorvem a umidade do ar pelo 

processo adsortivo. 

 

2.4.2 Adsorção 

A adsorção é um importante processo para a desumidificação do ar 

atmosférico. Os adsorventes mais importantes usados são a sílica gel e a alumina 

ativada. A capacidade de um sólido adsorver vapor d’água de um fluido depende 

das características físicas, da composição do fluido, temperatura e pressão do 

processo e tempo de contato. O dessecante retém o vapor d’água do fluido, no 

momento que ele passa pelo dessecante até sua saturação. É preciso que o 

adsorvente seja reativado por meio de um leito rotativo, com uma corrente de ar 

aquecido a cerca de 130 ºC (COSTA, 1982). 

Conforme Santos (2005), adsorção é o fenômeno onde moléculas de um 

fluido concentram-se espontaneamente sobre uma superfície sólida. Os adsorventes 

ou dessecantes mais utilizados são: dióxido de silício (SiO2 – sílica gel), cloreto de 



24 
 

lítio (LiCl) e alumínia ativada (Al2O3). Essas substâncias são depositadas em um 

substrato de fibra de vidro, celulose ou alumínio. Para a reativação do dessecante 

pode ser utilizada energia calorífica por eletricidade (resistores elétricos), vapor 

d´água, ar quente ou outra fonte de calor. 

Segundo Leal (2009), a roda dessecante contém um único produto, o agente 

dessecante, que pode estar no estado sólido ou líquido. O dessecante sólido, 

atualmente é a solução utilizada pelos fabricantes desta tecnologia. Neste caso a 

roda dessecante que é uma espécie de colmeia, (material poroso), é impregnada 

pela aplicação do agente dessecante ou adsortivo que faz a remoção da umidade. 

Quando o agente dessecante é líquido ele é injetado em forma de spray na área 

onde o ar será tratado para remover umidade. A solução concentrada é circulada e 

aquecida por um fluxo de ar quente, obtendo-se assim uma reconcentração do 

líquido dessecante. Os agentes dessecantes são materiais inorgânicos e 

higroscópicos, ou seja, que retém a umidade. Sendo os mais utilizados: sílica gel, 

brometo de lítio, cloreto de lítio, brometo de cálcio, peneiras moleculares e silicato de 

titânio. Existem outras possibilidades, como polímeros orgânicos que ainda estão 

sendo estudados para uma possível utilização. A sílica gel e cloreto de lítio são 

compostos que têm uma grande capacidade de adsorção de vapor d’água presente 

no ar exterior, quando comparados aos outros dessecantes. Já os agentes 

dessecantes líquidos têm um maior grau de desumidificação se comparados aos 

sólidos. Entre eles há o glicol, brometo de lítio e soluções de cloreto de cálcio em 

água. No entanto estes agentes dessecantes requerem uma maior manutenção 

quando comparados com os no estado sólido. 

 

2.5 Trabalhos recentes  

Mandegari e Pahlavanzadeh (2009) comparam em seu estudo um processo 

comum de ar condicionado, utilizando o método de condensação do vapor d’agua do 

ar submetendo o mesmo a passar por um trocador, forçando-o a tingir seu ponto de 

orvalho, com o modelo de roda dessecante trabalhando com a adsorção do vapor 

d’agua. O estudo experimental analisou diversas situações de temperatura e 

umidade incluindo as extremas (úmido, seco, quente e frio). Os experimentos da 



25 
 

pesquisa evidenciaram um rendimento superior do sistema de roda dessecante, 

destacando a importância do processo de regeneração para o ciclo dessecante, 

onde se estabelece uma proporção direta de quanto mais eficiente à regeneração do 

adsorvente, mais eficiente é o sistema dessecante. Esse caso pode ser comparado 

ao presente estudo onde o sistema atual de drageamento utiliza o processo de 

trocador de calor frio para forçar condensação do ar e depois um trocador quente 

para equalizar a temperatura de processo e ajustar a umidade relativa do ar de 

secagem. 

Madhiyanon et al. (2006) utilizaram um sistema dessecante para análise de 

eficiência na secagem de pedaços de coco. A pesquisa comparou o método de 

secagem utilizando somente ar quente, uma mistura de ar quente e ar proveniente 

do processo de tratamento do ar utilizando roda dessecante. Foram analisadas cor, 

sabor e qualidade do produto, e de acordo com o trabalho, as condições do ar de 

secagem podem influenciar diretamente sobre as características referidas. Os 

resultados mostraram que o processo utilizando a mistura de ar quente e ar 

desumidificado apresentou uma eficiência 25% maior, pelo fato da sílica gel 

(adsorvente utilizado) retirar o vapor d’agua do ar de secagem. Porém o gasto 

energético utilizado foi maior devido ao processo de regeneração que necessita de 

calor para reativar a sílica gel. 

Já Antonellis, Joppolo e Molinaroli (2010) demonstraram através de 

simulações como a utilização de roda dessecante pode ser útil para a eficiência 

energética de um processo utilizando fontes renováveis. Os autores salientam que a 

energia de regeneração pode ser fornecida a partir de baixa entalpia como, por 

exemplo, de coletores solares, rejeito de calor de descargas de motores térmicos ou 

ainda de processos industriais como redes de vapor e retorno de condensado. 

Também podem reduzir a potência de máquinas de refrigeração em unidades de 

tratamento de ar uma vez que a roda dessecante retira o vapor d’agua do ar. Outra 

vantagem é a redução da presença de microorganismos como bactérias e fungos 

visto que a umidade é ausente. 

Giametta et al. (2012) aplicaram um sistema de roda dessecante utilizando 

sílica gel como adsorvente, para controlar o ambiente de uma sala para cura de 

secagem de queijo tipo scamorza. O objetivo foi controlar a temperatura e umidade 



26 
 

da sala para melhorar as condições de secagem do queijo através de um ambiente 

controlado, para potencializar a troca global de massa do queijo úmido com ar que 

estava em constante renovação através do sistema dessecante. Foram atingidos os 

melhores resultados no lote testado com 44 horas de processo. Nessa pesquisa, as 

principais características positivas foram na intensidade da coloração amarela, fator 

que influência diretamente na decisão de compra do consumidor e sabor do produto. 

Attkan, Kumar e Yadav (2014) utilizaram processo de secagem com roda 

dessecante para secar vegetais como espinafre, folhas de feno-grego, folhas de 

mostarda, hortelã, e coentro, com o objetivo reduzir e otimizar o tempo de secagem, 

prolongar a vida útil, visto que a umidade causa a deterioração destes produtos. 

Destaca-se que a remoção da umidade dos alimentos retarda muitas reações que 

deterioram os alimentos e a reprodução de microorganismos na atmosfera que os 

envolve. Assim, removendo-se a água do produto, pode-se aumentar seu tempo de 

prateleira, reduzir volumes e gastos com armazenagem, transporte e embalagem. O 

trabalho cita que o método mais comum de secagem utilizado no caso de vegetais é 

a exposição ao sol, mas ele tem interferência direta na coloração e qualidade do 

produto final, além de não ser um método higiênico. O estudo mostra a vantagem 

em utilizar o sistema dessecante para tratamento do ar de secagem onde o feno-

grego (material analisado) foi colocado em um leito e exposto a uma corrente de ar 

tratado ocorrendo assim troca de massa entre o material e o ar. No comparativo de 

resultados o sistema dessecante foi mais eficiente conservando a coloração e 

qualidade do feno-grego, e ainda podendo ser feito em qualquer momento do dia, 

pois não depende do sol. O sistema dessecante trabalha em qualquer situação 

independente das condições externas do ar, através de sistema de modulação do 

equipamento ele sempre entrega o ar tratado nas mesmas condições para o 

processo. 



27 
 

3 METODOLOGIA 

Neste capítulo, apresenta-se a metodologia utilizada para o desenvolvimento 

do trabalho, pretendendo-se abordar os principais assuntos que compõem o estudo, 

com ênfase no processo de secagem de balas comparando o sistema atualmente 

utilizado com o equipamento dessecante proposto, visando obter melhores 

resultados. 

 

3.1 Material 

 
3.1.1 Carta psicrométrica  

Um dos principais materiais de estudo é a carta psicrométrica. Através dela foi 

possível determinar as variáveis necessárias para o trabalho. Ela é uma importante 

ferramenta para analisar o comportamento das condições atmosféricas e entender a 

relação gás-vapor. 

 

3.1.2 Termo Higrômetro 

O Termo Higrômetro é uma ferramenta que serve para medir temperatura e 

umidade. No presente trabalho foi utilizado um Termo Higrômetro da marca Testo 

modelo 625. 



28 
 

3.2 Método  

O método aplicado no presente estudo será o comparativo, que segundo 

Roesch (2013), permite através da descrição paralela de cada caso estudado 

comparar as diferenças entre eles, demonstrando de forma clara os resultados 

obtidos na pesquisa.  

Através do método comparativo o estudo terá como objetivo verificar as 

condições do processo de secagem de balas drageadas com base no estudo de 

fenômenos psicrométricos que influem nos parâmetros de comportamento da 

mistura ar seco-vapor d’água (ar de secagem). Com isso o estudo propõe a 

comparação do atual sistema de preparação de ar e o novo sistema que inclui o 

equipamento dessecante. 

Para análise comparativa foram definidos alguns pontos para coleta de dados 

amostrais, como pode ser visto na Figura 5, onde na entrada do ar de secagem a 

própria drageadeira possui sensores de temperatura (TBS) e umidade relativa. Para 

a medição do ponto de saída do ar foi utilizado um Termo higrómetro. 

Figura 5 - Entrada e saída do ar de secagem na drageadeira   

 
Fonte: Elaborado pelo autor (2015). 



29 
 

As medições preliminares consideraram valores de temperatura em graus 

célsius (°C) e umidade relativa do ar em percentagem (%). Esses dados são 

suficientes para se obter todas as outras variáveis da condição de ar em um 

diagrama psicrométrico.  

Através das medições feitas no equipamento existente, obteve-se 

informações da atual condição de trabalho, estabelecendo a base para a 

comparação com as informações do estudo do equipamento dessecante obtidas 

com a Munters.   

Em cada ponto foram feitas varias coletas das medições de temperatura do ar 

e sua umidade relativa. Através destas medições, pode-se avaliar a média e o 

coeficiente de variação das amostras. Desta forma, tem-se a garantia de 

confiabilidade dos resultados visto que as medições de temperatura e umidade são 

importantes para realizar as conclusões do trabalho indicando se houve ou não 

melhoria no processo. As medições para o levantamento de dados do processo 

foram realizadas ao longo dos meses de agosto e setembro para evidenciar a 

diferença nas condições do ar de secagem que são influenciadas pelo ar externo do 

ambiente. Diferente do que acontece com o equipamento dessecante onde uma de 

suas maiores vantagens é a condição de entregar o ar de secagem para o processo 

sempre na mesma condição, independente das condições do ar atmosférico externo 

que nunca são iguais. Somente o fato de o processo receber sempre o ar nas 

mesmas condições, já é valido, visto que isso otimizaria a operação de secagem,  

padronizando a operação. 

Pretende-se, com a implantação do sistema dessecante, entregar o ar 

preparado para o processo com uma umidade absoluta de 2g de H�O/kg de ar seco 

independente da temperatura de processo que varia de acordo com o produto que é 

produzido. O sistema atual depende das condições do ar atmosférico externo, e tem 

sua eficiência prejudicada em virtude da variabilidade das condições atmosféricas 

(mudanças climáticas). Em dias de umidade do ar muito alta, o processo é 

prejudicado e perde eficiência (maior tempo de secagem). O processo de 

drageamento de um mesmo produto em condições extremas do ar ambiente externo 

pode variar com uma produtividade de 100 a 300 kg/h para um equipamento de 

1800 litros. Quanto mais constantes as condições do ar de secagem ao longo do 



30 
 

processo, assegura-se uma maior qualidade ao produto (padronização), permitindo 

assim uma programação de produção mais precisa, diminuindo o risco de perda de 

material por condições inadequadas do ar de secagem. 

Com os dados de temperatura e umidade medidos, será possível realizar um 

balanço global de massa e energia, identificando as correntes envolvidas no 

processo (ar atmosférico, ar tratado, ar de secagem e ar de saída da secagem, e 

correntes de materiais: bala e calda). 

Através do balanço de massa e energia do sistema, poder-se-á determinar o 

ganho ou não de eficiência energética do processo de secagem, conforme 

observado na Figura 6. Nesse aspecto o ar de secagem entra com temperatura ideal 

para garantir a qualidade do produto e umidade baixa para melhor eficiência de 

secagem; em paralelo, é feita a adição de calda com concentração de sólidos (ºBrix) 

em torno de 74% com temperatura aproximada de 90°C e exaustão do ar do 

processo onde a temperatura e umidade que saem são resultantes da combinação 

do ar de secagem e adição de calda. 

Figura 6 - Balanço de massa e energia do processo 

 
Fonte: Elaborado pelo autor (2015). 

Destaca-se também que o presente trabalho analisou as condições de 

temperatura, umidade e outros parâmetros do processo do ponto de vista produtivo 

(tempo de processo e qualidade do produto), em comparação com a estimativa de 

melhoria das condições de ar pela roda dessecante (simulação). Comparou-se a 



31 
 

eficiência do processo atual com o processo que inclui a roda como etapa de 

preparação do ar. Para o comparativo energético foram avaliados e comparados os 

recursos energéticos envolvidos no processo como potência dos trocadores de calor 

e energia elétrica (movimentação do ar) utilizada em cada caso. 

Para os comparativos foram feitos testes das condições psicrométricas do ar, 

nos pontos indicados na Figura 5, analisando a umidade absoluta do ar, para expor 

a real quantidade de água por quilograma de ar seco no processo atual, comparado 

com o processo utilizando roda dessecante.  

Outro ponto importante a ser medido e comparado é o tempo de processo, 

sendo o ciclo de drageamento composto por: injeção de calda sobre o produto, 

uniformização da calda sobre o produto e secagem. Nas duas primeiras etapas não 

é possível reduzir tempo de processo. O tempo de injeção determina a quantidade 

de calda a ser aplicada por camada de drageado, existindo uma medida certa para 

cada camada. O tempo de uniformização é a parte mais critica do ciclo, onde a calda 

irá envolver o produto. Caso isso não ocorra de maneira uniforme e coesa, podem 

ocorrer defeitos no produto como trincas, poros e gotas.   

Visto isso, a etapa do ciclo de drageamento a ser melhorada em função do 

tempo é a secagem, e o estudo do sistema de roda dessecante pode trazer uma 

redução deste tempo.  

Para fins de análise do estudo de implantação do equipamento dessecante no 

processo de drageamento foram coletadas informações pertinentes ao processo 

atual. Com essas informações foi possível fazer os cálculos e comparativos do atual 

sistema de secagem com um processo que inclui o equipamento dessecante. Foram 

coletados os seguintes dados: 

� Temperatura do ar de secagem; 

� Umidade relativa do ar de secagem; 

� Tempo de processo da batelada completa; 

� ºBrix da calda; 



32 
 

� Vazões de ar e calda; 

� Condições do ar externo ao processo (temperatura e umidade). 

Como parâmetro de análise, para a coleta de dados, foi escolhido o processo 

de dragemento de balas visto que se trata do produto de maior demanda e maior 

tempo de processo. Os dados de temperatura e umidade foram medidos pela 

própria drageadeira, uma vez que essa possui sensores de temperatura (TBS) e 

umidade relativa (%) no duto de entrada do ar de secagem. 

Observa-se que essas informações foram anotadas pelo operador da 

drageadeira durante todo processo, a cada 10 ciclos de drageamento, como pode 

ser visto no Apêndice A. O ºbrix da calda, peso inicial e final da batelada também 

foram anotados para confirmar os padrões estabelecidos pelo setor de qualidade da 

empresa. Para manter o controle das informações analisadas somente dados de 

bateladas completas foram utilizadas no trabalho. 

Portanto, as informações a serem analisadas pelo presente trabalho terão a 

função de comparar o sistema atual de secagem com a simulação do sistema 

utilizando roda dessecante, estimando a mudança na produtividade e a possível 

otimização da etapa de secagem. A redução e padronização do tempo de fabricação 

influenciam diretamente na produtividade e nos custos do processo. 



33 
 

4 ESTUDO DE IMPLANTAÇÃO DA RODA DESSECANTE 

Neste capítulo será abordado o desempenho do atual sistema de preparação 

de ar para a secagem do drageado. Para tal análise foram feitas diversas medições 

no processo. Estas medições são necessárias para o comparativo do atual sistema 

de preparação de ar com a implantação da roda dessecante. Os assuntos 

abordados neste capítulo vão ao encontro dos objetivos propostos no início do 

trabalho e também seguem a metodologia descrita no capítulo 3. 

 

4.1 Processo de drageamento 

O processo de drageamento se inicia com o abastecimento do núcleo da bala 

ou chicle na drageadeira. Sendo esses resultantes dos processos de compressão 

(bala e chicle comprimido) ou de processo de extrusão (chicle extrusado).  Paralelo 

a isso, ocorre à preparação da calda que posteriormente será adicionada junto ao 

processo, formando assim as camadas de drageado sobre a bala ou chicle.  

Quando o produto se encontra abastecido na drageadeira e a calda 

apresentar o teor adequado de sólidos (ºBrix) o processo pode ser iniciado. Na 

drageadeira os produtos giram dentro de um tambor rotativo, sendo que o mais 

importante nesse processo é que o produto tombe dentro do equipamento. A partir 

disso, a calda é aplicada sobre o produto por um tempo determinado. Nesse 

aspecto, observa-se que, a quantidade de calda aplicada é regulada pelo tempo de 

injeção, que é feita através de bicos injetores dentro da drageadeira. 



34 
 

Realizada a operação, o produto envolvido de calda entra em processo de 

padronização, que consiste na homogeneização da calda sobre o produto durante o 

tombamento do mesmo. Ressalta-se que isso é importante para garantir que todas 

as unidades de balas recebam a mesma quantidade de calda. A padronização no 

processo de dragemaneto é a etapa mais crítica do ciclo. É ela que determina a 

homogeneidade da quantidade de calda distribuída sobre a bala. A má distribuição 

da calda sobre a bala pode significar acúmulo de calda sobre o produto, formando 

gotas ou fazendo que as balas grudem uma nas outras. Pouca calda significa uma 

camada muito fina de drageado, podendo ocorrer trincas no produto final. 

Com as etapas de aplicação de calda e padronização sendo feitas 

adequadamente, a secagem entra no processo para fechar o ciclo. Após cessar o 

tempo de padronização, o ar de secagem entra no equipamento secando a 

atmosfera úmida do ambiente interno do equipamento. A etapa de secagem é a 

parte do processo que pode ser otimizada para fins de ganho de eficiência e 

qualidade do produto. 

Uma secagem eficiente com temperatura e umidade constantes permite uma 

maior precisão no processo, possibilitando aumento de produtividade. O sistema ar 

atmosférico – vapor d’água é extremamente dinâmico, levando a constantes 

mudanças no controle do ar, fazendo com que o processo atual seja instável e 

dependente das condições climáticas.  

 

4.2 Preparação do ar de secagem do sistema atual  

A preparação do ar de secagem no sistema atual parte do princípio de 

refrigeração, onde o ar é forçado a passar por um trocador de calor (frio) para forçar 

a condensação do vapor d’agua contido no ar, reduzindo o teor de umidade absoluta 

do ar. 

A variação da qualidade do ar de secagem do processo ocorre em virtude da 

condição de condensação que o trocador de calor disponibiliza para o sistema e 

depende das condições do ar que passa por ele sofrendo interferência direta da 

temperatura e umidade do ar empregado. Por mais que o ar de secagem trabalhe 



35 
 

em um ciclo fechado, ou seja, o ar que seca o produto retorna por dutos (mais 

úmido) passa por um filtro e pelo trocador de calor (condensando vapor d’água) e 

volta (mais seco) para secar o produto novamente. Mas durante o ciclo ele sofre 

algumas interferências por conta de o equipamento não ser totalmente hermético, 

com isso algumas renovações de ar acontecem prejudicando o controle do 

processo.  

O sistema de preparação de ar trabalha com trocadores de calor do tipo 

aletado, com expansão direta. Isso significa que fluido refrigerante (R-22) passa 

dentro dos tubos do trocador, fazendo com que o tubo atinja na sua parte externa 

uma temperatura capaz de forçar a condensação da umidade do ar que passa por 

ele (ponto de orvalho). Após a condensação de parte do vapor d’água do ar, este é 

succionado por um turbo ventilador e direcionado para o processo.  

Para análise de eficiência do processo foi utilizada a Equação 1 abaixo 

descrita: 

 ṁ� = ṁ�� ∗ (
� −

) (1) 

Onde: 

ṁ� - vazão mássica de água (kg/h) 

ṁ�� - vazão mássica de ar (kg/h) 


� - umidade absoluta do ar de exaustão da drageadeira (kg/kg) 



 – umidade absoluta do ar de secagem (kg/kg) 

Através da Equação 1 é possível obter a taxa de remoção de água do sistema 

(DOSSAT, 2004). Para obter as variáveis necessárias para aplicar na equação é 

preciso ter pelo menos duas informações que caracterizem as condições do ar. 

Através da utilização do diagrama psicrométrico, podem-se encontrar tais variáveis 

necessárias. No caso do presente trabalho foram coletadas junto ao processo 

temperatura de bulbo seco (TBS -°C) e umidade relativa (%) do ar.  



36 
 

4.3 Roda dessecante 

Diferente do sistema atual de preparação do ar de secagem, o sistema com 

roda dessecante além de utilizar princípios de refrigeração para forçar a 

condensação do vapor d’água contido no ar, ele utiliza uma roda de sílica com 

função adsorvente que gira lentamente (aproximadamente oito rotações por hora) 

para remover o vapor d’água do ar.  

Para garantir a integridade da roda o sistema deve captar sempre ar novo 

(externo da atmosfera), pois a utilização do ar de recirculação pode conter 

resquícios de particulado de açúcar do processo de drageamento. Mesmo passando 

esse ar por filtros, pequenas partículas podem permanecer no ar, além de se correr 

o risco do filtro poder furar ou rasgar. A roda se apresenta como uma espécie de 

colmeia, impregnada de sílica reforçada com fibra de vidro, retendo em sua 

superfície água na fase de vapor, caso partículas de açúcar sejam arrastadas pelo 

ar, estas ficarão aderidas na superfície da roda, prejudicando seu funcionamento.  A 

estrutura corrugada da colmeia forma canais uniformes e paralelos ao eixo da roda, 

permitindo o escoamento laminar da corrente de ar, de modo a proporcionar a 

máxima retenção de água com o mínimo de perda de carga para o sistema. Outra 

vantagem de utilizar ar atmosférico externo é em função da temperatura. Quanto 

mais baixa for a temperatura do ar de entrada no equipamento dessecante melhor 

será sua eficiência.   

O equipamento dessecante trabalha com um ventilador centrífugo 

succionando ar através dele. O primeiro estágio do equipamento é o pré-

resfriamento que tem função de forçar a condensação do vapor d’água e baixar a 

temperatura do ar antes que ele passe pela roda. Esse sistema de pré-resfriamento, 

nada mais é que um trocador de calor com tubos e aletas onde circula água 

glicolada (água + álcool). Essa água glicolada é fornecida por um chiller que é 

necessário para compor o sistema. O ar deve entrar na roda com uma temperatura 

baixa, em função do aquecimento forçado da sílica no processo de regeneração. 

Quando a sílica adsorve o vapor d’água do processo e gira a baixa rotação, outra 

parte da roda está recebendo ar quente na regeneração por outra fonte, através 

dessa corrente de ar quente o vapor d’água contido na sílica é forçado a evaporar. 

Esse aquecimento da sílica pode aumentar a temperatura do ar de processo de 



37 
 

20ºC a 30ºC dependendo da quantidade de vapor d’água a ser evaporada na 

regeneração.  

O fato de se utilizar sempre ar externo é vantajoso pela conservação da 

colmeia e temperatura de captação do ar. O ar de secagem que sai do ciclo de 

drageamento retornaria para a roda (conforme medições feitas no atual sistema) 

aproximadamente 30ºC. Na região onde a empresa fabricante de balas está situada 

eventualmente a temperatura ambiente ultrapassa essa temperatura. Quanto mais 

alta for a temperatura de entrada do ar no equipamento dessecante maior será a 

energia consumida pelo sistema de frio para reduzir essa temperatura. 

Como as condições do ar externo são sempre irregulares, o sistema de 

preparação de ar com roda dessecante tem como sua principal função retirar 

umidade e entregar para a secagem ar seco sempre nas mesmas condições. O ar 

externo que entra no equipamento, passa pelo pré-resfriamento e pela roda que 

retiram o vapor d’água do ar. O que controla a quantidade final de umidade absoluta 

resultante no ar de processo depois da passagem pela roda é a regeneração. Com a 

modulação da temperatura da corrente de ar utilizada para regenerar a sílica através 

do controle do seu ponto de saturação é possível equalizar a quantidade resultante 

de umidade absoluta do ar de secagem independente da temperatura que ele se 

encontra após passar pela roda. Depois da passagem do ar pela roda o 

equipamento ainda dispõe de um pós-resfriamento utilizado para reduzir a 

temperatura do ar e um pós-aquecimento, caso seja necessário aquecer o ar antes 

dele ser direcionado para a secagem.  

A seguir a Figura 7 mostra o comportamento do equipamento dessecante em 

uma situação climática de verão onde o ar atmosférico externo ao processo se 

encontra quente com um grau de umidade alto e uma situação de inverno onde a 

temperatura do ar atmosférico externo e a umidade são baixas. Na situação de 

verão pode se perceber que quando o ar entra no equipamento e passa pelo filtro 

representado entre os pontos A, B e C ele não sofre alterações na sua estrutura. 

Mas quando ele passa de C para D (trocador de calor frio) a uma redução de 

temperatura e umidade absoluta. Depois que ele passa pela roda (D para F) a 

temperatura aumenta e a umidade baixa mais ainda. Se a umidade baixar demais o 

ponto E serve de regulador, equalizando o ar bem seco com um ar mais úmido. 



38 
 

Observa-se que na condição de verão os trocadores de calor de pós resfriamento (G 

para H) e de pós aquecimento (H para I) não precisam despender de muita energia 

pois o ar já está quase na temperatura ideal para o processo.  

Já na situação de inverno com o ar mais seco nota-se que o trocador de calor 

de pré-resfriamento (entre C e D) está desligado, e ar só muda quando passa pela 

roda (D para F) baixando sua umidade absoluta e aumentando a temperatura. Nota-

se que depois de passar pela roda ele sofre nova mudança quando passa pelo 

trocador de pós aquecimento para atingir a temperatura necessária no processo.  

Esse comparativo é importante para resaltar a versatilidade do equipamento 

dessecante, e como são utilizados seus recursos para estabilizar diferentes 

condições de ar atmosférico.  

Figura 7 - Comparativo de eficiência da roda verão/inverno 

 

Fonte: Datasheet HCD-4500cfm Munters (2015). 

 



39 
 

4.4 Condição atual de secagem  

Durante os meses de agosto e setembro de 2015 foram coletados dados do 

processo de drageamento de balas para servirem como base do estudo referente ao 

presente trabalho. Para análise de desempenho de secagem foi utilizada a equação 

da taxa de remoção de água (EQUAÇÃO 1). Os valores de umidade absoluta (w) 

utilizados na Equação 1 foram obtidos com o diagrama psicrométrico através da 

média feita com os dados de temperatura e umidade relativa retirados do processo 

atual, foram utilizadas 16 amostras conforme Apêndice A. 

A vazão mássica de ar foi obtida através da medição da velocidade do ar no 

duto de entrada da drageadeira utilizando um termo anemômetro digital MDA-11 da 

marca Minipa. A velocidade (v) encontrada no duto de 0,4 metros de diâmetro (d) foi 

de 16,43 m/s. A partir da Equação 2 pode-se obter a área do duto, e com a equação 

03 a vazão (V) de ar de secagem. Com a vazão calculada de 2,064m³/s e massa 

especifica (ρ) do ar 1,2kg/m³, foi utilizada a Equação 4 para encontrar a vazão 

mássica (ṁ) de 2,477 kg/s (STOECKER; JABARDO, 2002). 

      � =
���

�
       (2) 

      � = � ∗ �      (3) 
ṁ�� = � ∗ �       (4) 

 

A Tabela 1 mostra as médias das variáveis do processo de drageamento. A 

temperatura (TBS) e umidade relativa (%) foram encontradas através da leitura dos 

sensores do duto de entrada do ar de secagem da drageadeira de 1800L, demais 

valores foram anotados pelo operador durante o processo conforme Apêndice A. 

Tabela 1 - Médias do processo real   

 Dados 
 Número 
de ciclos 

Tempo de 
aplicação 
calda (s) 

Tempo de 
distribuição 

(s) 

Tempo de 
secagem 

(s) 

Tempo 
total (s) 

Temperatura 
de secagem 

(ºC) 

Umidade 
relativa (%) 

Médias 92 9,7 119,8 380 46823 31,9 23,9 

Desvio 
padrão 

4,7 0,4 7,8 22,4 4337 0,5 1,9 

Fonte: Elaborado pelo autor (2015). 



40 
 

Utilizando os dados da Tabela 1 de temperatura média de secagem e 

umidade relativa no diagrama psicrométrico da Figura 8, foi encontrada a umidade 

absoluta de entrada.  

Figura 8 - Diagrama psicrométrico com as médias do processo real 

 
Fonte: Dossat (2015). 

A Figura 9 mostra como foram feitas as medições nos dutos de admissão e 

exaustão de ar da drageadeira. Esses dados foram coletados manualmente com uso 

de um termo higrômetro como mostra a figura, pois a drageadeira não possui 

sensores na exaustão.  



41 
 

Figura 9 - Medições com termo higrômetro  

 
Fonte: Elaborada pelo autor (2015). 

As medições (TABELA 2) de temperatura (TBS) e umidade relativa (%) são o 

resultado das medições feitas com o termo higrômetro (FIGURA 9). Com essas 

informações foi possível obter as variações de umidade absoluta entre 
�	e 
� do 

sistema.  

Tabela 2 - Medições com termo higrômetro 

Admissão Exaustão   
Ta  
(°C) 

Ura 
(%) 

Wa 
(g/kg) 

Te 
(°C) 

Ure 
(%) 

We 
(g/kg) 

Wa-We 
(g/kg) 

33,2 24,4 7,7 26,9 43,7 9,6 1,9 
32 23,2 6,8 26,9 42 9,3 2,4 
32,9 22,2 6,9 27 40,4 9,0 2,0 
33,2 24,4 7,3 29 37,1 9,2 1,9 
32,1 20,4 6,0 27,5 37 8,4 2,4 
32 22 6,5 27,6 39 9,0 2,4 
33,1 24 7,5 27 43,7 9,7 2,1 
34,6 27,2 9,3 29,4 41,3 10,6 1,2 
34,6 27,2 9,3 29,9 39,3 10,3 1,0 
35,3 27,4 9,8 32,7 34,5 10,7 0,8 
34,3 25,2 8,5 30,2 36,2 9,7 1,2 
34,4 26,3 8,9 29,8 37,8 9,9 0,9 
34,2 26,2 8,8 29,9 37,4 9,8 1,0 
34,6 25,3 8,7 30,9 35,1 9,8 1,1 
34,3 24,3 8,213 30,3 37,3 10,089 1,876 
33,2 23,1 7,332 28,5 37,6 9,153 1,821 
33,9 21,2 6,994 30,4 32,4 8,796 1,802 
34,2 21 7,045 30,8 32,4 9,100 2,055 
33,9 20,8 6,861 31 32,2 9,050 2,189 

Fonte: Elaborado pelo autor (2015). 



42 
 

A partir dos dados da Tabela 2 foi construído um gráfico de dispersão utilizando 

no Excel e traçado sobre ele uma linha de tendência para analise da regressão do 

gráfico. A linha de tendência gerada pelo software é representada por uma equação 

de segunda ordem, com ela foi possível projetar a umidade absoluta de saída (
�) do 

sistema para os valores médios encontrados no processo (TABELA 1).    

Gráfico 1 - Regressão linear da umidade absoluta do sistema 

 
Fonte: Elaborado pelo autor (2015). 

Utilizando as médias do processo da Tabela 1 na Equação 1, onde o TBS de 

31,96ºC e UR 23,94% representam uma umidade absoluta	(
�) de 7g/kg e a vazão 

mássica do ar (ṁ��) é 2,477kg/s. Para encontrar a umidade absoluta de exaustão 

(
�) é necessário utilizar a equação da reta de regressão. De acordo com Holffmann 

e Vieira (1987), variáveis podem ser relacionadas por meio de expressões 

matemáticas para estimar um valor desconhecido, desde que se conheçam outros 

valores relacionados ao caso (estes de mais fácil obtenção ou antecessores). 

Considerando duas variáveis geralmente X e Y, e atribuindo valores a elas em um 

gráfico, verificamos que elas pertencem a uma curva que representa um modelo 

matemático. O valor de R² ou coeficiente de determinação mede a proporção da 

variação total de Y pela variação em X. A interpretação do valor de R² remete a 

confiabilidade dos resultados que no caso do presente trabalho é de 89,6% 

(NEUFELD, 2003). 

y = -0,0036x2 + 0,5923x + 5,1486

R² = 0,8962

6,0

6,5

7,0

7,5

8,0

8,5

9,0

9,5

10,0

10,5

11,0

11,5

12,0

5,0 6,0 7,0 8,0 9,0 10,0 11,0

U
m

id
a

d
e

 a
b

so
lu

ta
 n

a
 e

x
a

u
st

ã
o

 W
e

 (
g

/k
g

)

Umidade absoluta na admissão Wa (g/kg)



43 
 


� = −�,����
�
� + �, ����
� + �, 
� �          (5) 

 

Aplicando 
� igual a 7,0g/kg na Equação 5 temos um 
� de 9,1g/kg. E 

aplicando esses valores na Equação 1 com as unidades de umidade absoluta em 

kg/kg temos: 

ṁ� = ṁ�� ∗ (
� −
�)     (1) 
ṁ� = �, �!! ∗ (�, ���
 − �, ��!) 

ṁ� = �, ����"#/% 
 

Considerando o valor acima aplicado em um ciclo de drageamento, onde a 

média do tempo de secagem do processo atual é de 380 segundos, podemos 

considerar que esse tempo médio (&') vezes a vazão mássica de água do ciclo é 

igual à quantidade de massa de água removida. 

  '�%%�	��	á#)�	��'*+,��	-*�	.,./* = ṁ� ∗ &'    (6) 
  '�%%�	��	á#)�	��'*+,��	-*�	.,./* = �, ���� ∗ � �  
   '�%%�	��	á#)�	��'*+,��	-*�	.,./* =1,97kg   
  

Comparando a quantidade de massa de água que entra no sistema com a 

aplicação da calda e o valor calculado da taxa de remoção de água (ṁ�) encontrado 

na Equação 6, temos que: A quantidade de massa de água relevante para a análise 

é oriunda da aplicação de calda com massa total de 723kg e ºBrix de 74%.Com isso 

pode-se dizer que 26% da massa de calda aplicada sobre a bala (723kg) são água, 

representando uma massa de 188kg. O processo de drageamento tem em média 92 

ciclos conforme tabela 3, portanto temos a aplicação de 2kg de água por ciclo, valor 

semelhante ao encontrado na Equação 6. 

 

4.5 Simulação de secagem utilizando roda dessecante 

Para a simulação de secagem utilizando a roda foi utilizada a equação da 

linha de tendência do gráfico de regressão. Com ela pode-se obter a projeção da 

umidade absoluta de saída do sistema de secagem considerando a entrada do ar de 

admissão com umidade absoluta de 2g/kg. Para fins de comparativo foi considerada 

no cálculo, a mesma vazão mássica para o ar de secagem (ṁ�� 2,477kg/s). Com 



44 
 

essas informações o objetivo foi encontrar o tempo necessário para remover a 

massa de 2kg de água por ciclo e encontrar um novo tempo total para o processo. 


� = −�, ����
�
� + �, ����
� + �, 
� �   (5) 

 
Aplicando a Equação 5 com 
� igual a 2g/kg temos que a 
� é 6,3g/kg. 

Utilizando esses dados na Equação 1, e considerando que a massa (') é igual a 

2kg de água e devem ser removidas por ciclo de drageamento temos que: 

ṁ� = ṁ�� ∗ (
� −
�) 
'

&
= ṁ�� ∗ (
� −
�) 

�

&
= �, �!! ∗ (�, ���� − �, ���) 

& = 
  % 
 

Com os dados da roda dessecante pode-se estimar um tempo de secagem de 

188 segundos por ciclo. Considerando o mesmo número de ciclos de drageamento 

por batelada e que os tempos de aplicação de calda e distribuição serão os 

mesmos. A Tabela 3 mostra uma redução de quase 5 horas no processo de 

dragemaneto comparando a roda com o sistema atual. 

Tabela 3 - Comparativo de tempo médio entre os processos 

  Total de 
camadas 

Tempo de 
secagem 

(s) 

Tempo de 
aplicação 

de calda (s) 

Tempo de 
distribuição 

(s) 

Tempo 
total(s) 

Tempo 
total (h) 

Sistema 
atual 

92 380 9,7 119,8 46874 13,02 

Roda 
dessecante 

92 188 9,7 119,8 29210 8,11 

Fonte: Elaborado pelo autor (2015). 

 
4.6 Comparativo de eficiência energética 

O comparativo de eficiência energética baseia-se no consumo de recursos 

utilizados para preparação do ar de secagem nos dois sistemas. Ambos os sistemas 

de preparação de ar utilizam geradores de frio e trocadores de calor, utilizam vapor 

sob pressão para aquecimento também com trocadores de calor e ventiladores 

centrífugos para movimentação do ar. Para o sistema de frio a roda utiliza água 



45 
 

glicolada refrigerada em um chiller e o sistema atual usa dois compressores 

alternativos com gás refrigerante R-22. A potência necessária para os trocadores de 

calor e ventiladores do equipamento dessecante somam 242,86kw (167kw 

refrigeração + 6,87kw ventiladores + 68,99kw aquecimento com vapor). Enquanto o 

sistema atual 211kw refrigeração + 5,5kw ventilador, a potência de aquecimento com 

vapor não foi obtida. Mas para um simples comparativo podemos assumir que 

ambos os sistemas tenham mesmo gasto energético, entretanto o sistema que 

utiliza a roda dessecante tem uma redução de aproximadamente 5 horas no 

processo, ou seja, são 5 horas de economia de energia.    

 

4.7 Redução de tempo de processo x aumento de produtividade 

Com dados da Tabela 5 pôde-se projetar o aumento de produtividade 

considerando a redução do tempo de processo. Para mensurar o aumento de 

produção foi utilizado como base o tempo de um ano de produção, com 12 meses, 

cada mês com 20 dias e 24 horas de trabalho por dia resultando um total de 5760 

horas por ano. Foi considerado 2 horas de setup entre as bateladas, e que cada 

batelada final de produção tem 1873kg. A Tabela 4 mostra o comparativo de 

produção do sistema atual com o sistema proposto pelo estudo utilizando o 

equipamento dessecante. O Comparativo mostra um aumento de 340.449kg de 

produto por ano (incremento de 32% na produtividade) considerando uma 

drageadeira de 1800 litros. 

Tabela 4 - Aumento de produtividade 

  

Tempo 
de 
proces- 
so (h) 

Setup 
(h) 

Proces-
so + 
Setup(h) 

Produ-
ção anual 
(h) 

Nº de 
batelas/ 
ano 

kg/batelada 
kg/batelada x nº 
bateladas 

Sistema 
atual 13,01 2 15,02 5.760 383 1.873 717.796 
Roda 
dessecante 8,11 2 10,11 5.760 569 1.873 1.065.737 
Fonte: Elaborado pelo autor (2015). 

Com o aumento de produção estimado em 347.941kg utilizando o mesmo 

tempo/ano de processo podemos estimar uma redução no custo do produto, pois o 

equipamento utilizado para produção é o mesmo. O setor de custos da empresa 



46 
 

fabricante de balas tem seus custos todos rateados por processo e informou que o 

processo de drageamento representa 23,1% do custo total do kg da bala. O kg de 

bala pronto custa R$ 15,15, logo o processo de drageamento tem um custo de R$ 

3,50/kg. Se considerarmos que para fazer 717.796kg de bala vezes R$ 3,50 custam 

R$ 2.512.286,00 por ano. E com o equipamento dessecante incluso no processo 

vamos ter o mesmo valor divido pela nova produção 1.065.737kg, isso resultará em 

um custo de R$ 2,35/kg.  

 

4.8 Payback do investimento 

Com a implantação do sistema de roda dessecante foi obtido à economia de 

R$ 1,15 por kg de bala, representando aproximadamente 32% de redução de custo. 

Para o calculo de payback o equipamento de roda dessecante foi orçado em R$ 

210.000,00 no mês de setembro de 2015. Utilizando a Equação 7, onde custo do 

equipamento é dividido pelo custo da economia por kg, pode-se obter a quantidade 

de quilos de bala necessária para cobrir o investimento. Aplicando a equação de 

payback, temos que é necessário produzir 182.608kg de bala para ter o retorno do 

investimento. 

0�12�." =
34567	87	9:4;<=>9?67

@A7?7>;=	<7B	CD
     (7) 

 
Para calcular o tempo do retorno do investimento é necessário utilizar a 

Equação 8 que divide a quantidade necessária para o retorno do investimento pela 

quantidade de balas produzida em um ano que é 1.065.737kg. 

0�12�."	&�'-* =
CD	89	E=F=	<=B=	<=GE=AC

HB784çã7	=?4=F
     (8) 

 
Com isso, temos que o retorno do investimento é de 0,17ano ou 2,04 meses. 

Um payback rápido indica que a implantação do equipamento dessecante é 

extremamente vantajoso para empresa, visto que passado o retorno do investimento 

o período seguinte será de ótimos resultados ara a empresa, obtendo com isso 

maior margem de lucro tornando-se mais competitiva e sólida.   



47 
 

5 CONCLUSÃO 

Através deste estudo pode-se afirmar que a melhoria contínua é de vital 

importância para o desenvolvimento das organizações. Oportunidades de melhorias 

surgem todos os dias nos mais diversos ambientes de trabalho, é preciso que as 

empresas identifiquem essas oportunidades e melhorem seus processos, a fim de 

reduzir o custo de seus produtos. 

O presente trabalho mostrou o comparativo entre o atual sistema de 

preparação do ar de secagem, e o estudo de implantação do equipamento de roda 

dessecante no processo de drageamento. A análise comparativa evidenciou que a 

implantação da roda dessecante provoca melhoria significativa no processo de 

drageamento, possibilitando um rendimento superior para o setor da empresa.  

Para composição do estudo foi necessário o acompanhamento de diversos 

ciclos de drageamento, através disso foi possível evidenciar detalhes do processo, 

os quais foram de extrema importância para execução do trabalho. Entende-se que 

as variações das condições do ar atmosférico externo influenciam no tratamento do 

ar de secagem do sistema atual visto seu princípio de funcionamento. 

Com base nas medições feitas no atual sistema foi possível simular a 

eficiência de secagem do equipamento de roda dessecante. Com o ar de secagem 

entrando na drageadeira com 2g de água por kg de ar seco, a simulação mostrou 

que o tempo de secagem foi reduzido em aproximadamente 50%. Com essa 

redução de tempo no processo projeta-se um incremento de produtividade de 32% 

considerando a implantação de um equipamento dessecante em uma drageadeira. 



48 
 

Assim sendo, a análise de payback mostrou que o retorno do investimento é 

de 2,04 meses, concluindo que o estudo tem alta aplicabilidade. Contudo pode-se 

afirmar que os estudos dos fenômenos de troca fundamentados por parâmetros 

psicrométricos são de grande importância no desempenho da secagem, reduzindo 

tempo e custo de processo e aumentando eficiência energética e produtividade. 



49 
 

REFERÊNCIAS 

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52 
 

APÊNDICES 



53 
 

APÊNDICES A - Planilha de acompanhamento de drageamento de balas 

Dados Produção 10 CAMADAS 20 CAMADAS 

Sabor Data  
to

ta
l 

ca
m

a
d

a
s 

B
R

IX
 d

a
 c

a
ld

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In
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T
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m

 

U
 a

r 
d

e
 

se
ca

g
e

m
 

Laranja 21/08/15 97 74 8,4 140 320 32,9 23 9 120 360 32,5 23 

Hortelã   25/08/15 92 74 8 180 280 33,1 26 8,8 120 380 32,6 22 

Tutti 

Frutti 27/08/15 93 74 9 180 300 33,8 22 10 180 370 32,8 29 

Morango 28/08/15 98 74 9 180 280 32,9 23 9,4 180 340 32,8 24 

Hortelã   01/09/15 91 74 8,3 180 300 32,6 25 8,6 120 360 30 28 

Laranja 03/09/15 95 74 8 180 280 32,5 22 9,5 180 380 32,2 22 

Cereja 08/09/15 97 74 8,5 180 280 32,4 18 9,3 140 340 31,4 22 

Tutti 

Frutti 08/09/15 95 74 8 180 300 33 25 8,8 120 360 31,1 26 

Maracujá 14/09/15 80 74 8,5 180 280 31,7 19 9,5 120 350 32,8 18 

Uva 15/09/15 92 74 8 180 280 32,2 22 9,5 120 350 31,1 24 

Maracujá 16/09/15 90 74 8 180 280 30,2 23 8,9 120 360 30,2 28 

Laranja 17/09/15 86 74 8,2 180 280 31,2 24 8,5 130 360 32,1 22 

Laranja 21/09/15 85 74 8,4 180 280 32,5 26 8,6 180 320 32,8 26 

Hortelã 22/09/15 89 74 8,3 180 280 31,9 25 8,5 140 340 32,1 23 

Menta 24/09/15 94 74 8 180 280 32,2 24 8,3 140 340 32,6 25 

Morango 25/09/15 95 74 8,3 180 280 32,5 21 8,5 140 360 31 23 

 
 
 



54 
 

30 CAMADAS 40 CAMADAS 50 CAMADAS 
d

o
sa

g
e

m
 

ca
ld

a
 (

s)
 

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m
 

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o

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m

 

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 (

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T
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ib

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o

  

T
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p

o
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se
ca

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m
 

T
 a

r 
se

ca
g

e
m

 

U
 a

r 
d

e
 

se
ca

g
e

m
 

10,2 160 380 32 24 9,8 120 400 32,2 24 10,4 120 400 31,5 24 

9 90 380 32,6 27 9,5 90 380 32,1 27 9,5 90 400 30,8 24 

10,2 140 400 30,5 24 10,5 120 450 31,6 23 10,4 90 450 32,2 26 

9,8 120 400 31,9 23 10 90 400 31,4 26 10 90 400 31,4 26 

9,8 90 400 32 25 10,2 90 400 32,1 26 10,5 120 380 32 27 

10 140 400 31 23 10,4 120 400 32,3 20 10,3 120 400 32 22 

10 120 400 32 22 9,6 120 420 32,6 22 9,6 90 420 31,9 22 

9,5 90 380 32,5 24 10,5 90 380 31,9 26 10,8 120 380 31 28 

9,8 90 360 32,1 19 10,2 120 380 31,4 18 11 90 340 31,9 20 

10 100 360 33,2 22 10,5 90 380 31,7 24 10,8 90 400 31,6 24 

9 90 370 27,3 22 9,5 90 370 28,9 22 9,5 90 370 33,9 20 

9,3 120 370 32,3 22 9,6 90 380 29,4 26 10,2 90 400 29,6 24 

9,4 140 370 32,6 26 10,2 90 380 31,9 27 10 90 420 33,7 27 

9 120 370 32,1 28 9,5 90 380 31,6 29 10 90 370 31,7 23 

8,7 120 360 31,7 25 9,6 90 420 31 26 9,4 90 430 31,1 27 

8,7 120 370 31,4 23 9,3 90 440 33,1 12 9,6 90 430 31,4 23 

 
 
 
 



55 
 

60 CAMADAS 70 CAMADAS 80 CAMADAS 
d

o
sa

g
e

m
 

ca
ld

a
 (

s)
 

T
e

m
p

o
 

d
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o

  

T
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m
p

o
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se
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m
 

T
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m

 

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 (

s)
 

T
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T
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se
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m
 

T
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m

 

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se
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m
 

d
o

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g

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m

 

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 (

s)
 

T
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m
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o

  

T
e

m
p

o
 d

e
 

se
ca

g
e

m
 

T
 a

r 
se

ca
g

e
m

 
U

 a
r 

d
e

 

se
ca

g
e

m
 

10,4 120 400 32,9 25 10,4 120 400 30,9 26 10,1 120 500 35,4 21 

9,8 90 400 30,7 26 10,2 120 400 31,8 29 10 120 400 33,1 22 

10,6 90 480 31,1 22 10,7 120 500 32,8 28 10,6 120 500 32,7 27 

10 140 400 32,7 24 10 140 360 32,9 25 10,4 120 380 32,9 28 

10,4 120 420 32,9 26 10 120 420 32,7 26 10 120 420 31,8 27 

10 120 420 31,4 21 10,2 120 420 32,9 21 10,3 120 380 32 25 

9,6 90 420 32,4 22 9,5 90 420 32,4 27 9,5 120 450 32,4 25 

10,6 120 400 31,2 28 10,6 120 360 32,1 26 10,4 130 360 32 20 

11,2 90 340 31,7 21 11,4 120 340 32,3 19 11,4 90 300 32,2 19 

10,6 120 460 31,9 25 10,4 120 380 32 24 10,4 120 360 32,1 24 

10 90 370 28,8 25 10,5 90 370 31,1 22 11 120 360 32,4 21 

10,5 90 400 29,8 26 10,5 90 370 32 22 10,3 90 380 30 15 

10,2 90 420 32,9 26 10,3 100 400 32,6 27 10,3 120 400 33 26 

10,2 90 370 31,9 26 10 120 380 33,2 26 10 120 400 32,4 26 

10 90 420 31,8 25 10,2 90 420 32,5 24 10,5 90 380 31,3 27 

9,6 90 430 31,7 21 9,3 90 430 33 28 10,5 90 400 30,7 22 

 
 
 
 



56 
 

90 CAMADAS 

d
o

sa
g

e
m

 

ca
ld

a
 (

s)
 

T
e

m
p

o
 

d
is

tr
ib

u
iç

ã
o

  

T
e

m
p

o
 d

e
 

se
ca

g
e

m
 

T
 a

r 
se

ca
g

e
m

 

U
 a

r 
d

e
 

se
ca

g
e

m
 

9,8 120 500 36,1 22 

9,8 120 400 32,8 29 

10,8 120 450 31,4 27 

10,4 120 400 32,5 24 

          

10,5 140 380 31 23 

9,5 120 450 31,8 27 

10,4 130 360 32,1 22 

          

10,6 120 340 32,1 24 

11,5 120 360 32,5 21 

10,2 120 360 30,3 25 

10,3 120 420 32,1 27 

10 120 420 32,3 26 

10,2 120 370 32,5 23 

10,8 120 380 32,2 21 

 
 
 
 



57 
 

APÊNDICES B - Valores médios do processo de drageamento 

 
 
 
 
 
 

Sabor Data 

Total 

camada

s 

Tempo 

total(s) 

Temp

o 

total 

(h) 

Tempo 

médio 

de 

secage

m 

Tempo 

médio 

de 

aplicaçã

o de 

calda 

Tempo 

médio de 

distribuiçã

o 

Temperatu

ra média 

do ar de 

secagem 

(ºC) 

Umidad

e 

Relativa 

média 

de 

secage

m (%) 

Laranja 

21/08/1

5 97 

53293,6

0 14,80 413,40 9,83 126,67 32,93 23,56 

Hortelã   

25/08/1

5 92 

46305,6

0 12,86 380,43 9,40 113,33 32,18 25,78 

Tutti 

frutti 

27/08/1

5 
93 

53270,4

0 
14,80 433,87 10,31 128,89 32,10 25,33 

Morang

o 

28/08/1

5 98 

50533,2

0 14,04 375,51 9,89 131,11 32,38 24,78 

Hortelã   

01/09/1

5 91 

47428,0

0 13,17 391,43 8,64 120,00 32,01 26,25 

Laranja 

03/09/1

5 95 

50544,5

0 14,04 384,21 9,91 137,78 31,92 22,11 

Cereja 

08/09/1

5 97 

51607,5

0 14,34 403,61 9,46 118,89 32,14 23,00 

Tutti 

frutti 

08/09/1

5 
95 

47198,0

0 
13,11 364,21 9,96 122,22 31,88 25,00 

Maracuj

á 

14/09/1

5 80 

36730,0

0 10,20 336,25 10,38 112,50 32,01 19,13 

Uva 

15/09/1

5 92 

45549,2

0 12,65 367,17 10,09 117,78 31,99 23,67 

Maracuj

á 

16/09/1

5 90 

42879,0

0 11,91 356,67 9,77 110,00 30,59 22,67 

Laranja 

17/09/1

5 86 

41912,2

0 11,64 366,98 9,70 111,11 30,74 22,89 

Laranja 

21/09/1

5 85 

43325,5

0 12,03 376,47 9,74 123,33 32,68 26,44 

Hortelã 

22/09/1

5 89 

44105,0

0 12,25 367,19 9,50 118,89 32,13 25,78 

Menta 

24/09/1

5 94 

47149,8

0 13,10 379,57 9,43 112,22 31,86 25,11 

Morang

o 

25/09/1

5 95 

48700,0

0 13,53 390,53 9,40 112,22 31,89 21,56 

Médias das 

variaveis do 

processo 

92 
46823,5

6 
13,01 380,47 9,71 119,81 31,96 23,94 

Desvio padrão 4,75 4337,44 1,20 22,46 0,40 7,85 0,57 1,93 



58 
 

 

 

Sabor

Data 

Drageame

nto

total 

camadas

Tempo 

total(s)

Tempo 

total (h)

Tempo 

médio de 

secagem

Aplicação 

média de 

calda (kg)

Tempo 

médio de 

aplicação 

de calda

Tempo 

médio de 

distribuição

Temperatura 

média do ar de 

secagem (ºC)

Umidade 

Relativa 

média de 

secagem 

(%)

Hortelã 21/08/15 84,00 37892,20 10,53 324,76 1,06 6,90 117,14 32,47 13,43

Laranja 21/08/15 97,00 53293,60 14,80 413,40 1,36 9,83 126,67 32,93 14,56

Hortelã  25/08/15 92,00 46305,60 12,86 380,43 1,32 9,40 113,33 32,18 16,78

Tutti frutti 27/08/15 93,00 53270,40 14,80 433,87 1,40 10,31 128,89 32,10 16,11

Morango 28/08/15 98,00 50533,20 14,04 375,51 1,44 9,89 131,11 32,38 15,78

Hortelã  01/09/15 91,00 47428,00 13,17 391,43 1,45 8,64 120,00 32,01 17,25

Laranja 03/09/15 95,00 50544,50 14,04 384,21 1,46 9,91 137,78 31,92 13,11

Cereja 08/09/15 97,00 51607,50 14,34 371,13 1,40 9,46 118,89 32,14 14,00

Tutti frutti 08/09/15 95,00 47198,00 13,11 364,21 1,45 9,96 122,22 31,88 16,22

Maracujá 14/09/15 80,00 36730,00 10,20 336,25 1,54 10,38 112,50 32,01 10,38

Uva 15/09/15 92,00 45549,20 12,65 367,17 1,46 10,09 117,78 31,99 14,44

Maracujá 16/09/15 90,00 42879,00 11,91 356,67 1,44 9,77 110,00 30,59 13,67

92,00 47480,30 13,19 374,92 1,40 9,54 122,85 32,20 14,76Médias das variaveis do 

processo