CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIVATES 

CURSO DE ENGENHARIA AMBIENTAL 

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS 

 

 

 

 

 

 
 

 

 
AVALIAÇÃO DO PROCESSO DE TRATAMENTO DO TIPO FENTON 

EM POSTOS REVENDEDORES DE COMBUSTÍVEIS 

 

 

Maitê Joanella 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Lajeado, novembro de 2014 



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Maitê Joanella 

 

 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

 

 
AVALIAÇÃO DO PROCESSO DE TRATAMENTO DO TIPO FENTON 

EM POSTOS REVENDEDORES DE COMBUSTÍVEIS 

 

    

 

Monografia apresentada disciplina de 

Trabalho de Conclusão de Curso - Etapa II 

do Centro Universitário Univates, como parte 

da exigência para obtenção do título de 

Bacharel em Engenharia Ambiental. 

 

Orientadora: Profa.  Lucélia Hoehne 

 

 

 

 

Lajeado, novembro de 2014 



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 Maitê Joanella 

 

 

 

 
 

AVALIAÇÃO DO PROCESSO DE TRATAMENTO DO TIPO FENTON 

EM POSTOS REVENDEDORES DE COMBUSTÍVEIS 

 

 

A Banca examinadora abaixo aprova a Monografia apresentada na disciplina 

Trabalho de Conclusão de Curso II, na linha de formação específica em Engenharia 

Ambiental, do Centro Universitário UNIVATES, como parte da exigência para a 

obtenção do grau em Bacharel em Engenharia Ambiental. 

 

 

Profa.  Lucélia Hoehne – orientadora 

Centro Universitário UNIVATES 

 

 

Profa. Maria Cristina de Almeida Silva 

Centro Universitário UNIVATES 

 

 

Prof. Gustavo Reisdorfer 

Centro Universitário UNIVATES 

 
 
 
 
 
 

Lajeado, novembro 2014 

 

 



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Ao meu marido Fabricio Huber 

Ao meu filho David Joanella Huber 

A minha mãe Eunice Maria Bruinsma 



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AGRADECIMENTOS 

Quero agradecer primeiramente a Deus que me deu força, persistência, 

saúde e dedicação em toda esta longa caminhada.  

Dedico esta e todas as minhas demais conquistas a minha mãe Eunice, pela 

amizade, apoio e amor incondicional que sempre me fortalece. 

E o que dizer de você Fabrício. 

Agradeço à paciência, o incentivo, a força, o companheirismo que foi 

fundamental para esta conquista. 

E meu filho David, a coisa mais importante da minha vida!  

Valeu a pena esperar... Agora vamos colher juntos os frutos do nosso 

empenho! 

Esta vitória é nossa!  

A todos que direta ou indiretamente me ajudaram nesta caminhada, o meu 

muito obrigado. 



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RESUMO 

A contaminação da água subterrânea por hidrocarbonetos derivados de petróleo 
vem se tornando cada vez mais frequente em postos revendedores de combustíveis. 
O vazamento de combustíveis dos tanques de armazenamento e nas linhas de 
distribuição tem sido umas das principais fontes de contaminação deste tipo de 
poluente. A situação é preocupante, o que leva a serem tomadas medidas 
emergenciais, pois os poluentes podem atingir galerias de esgoto, redes de 
drenagem de águas pluviais, poços de abastecimento de água, lençol freático, além 
do solo. Neste contexto, o presente trabalho teve como objetivo, avaliar a eficiência 
do processo Fenton para remediação ambiental em postos revendedores de 
combustíveis, contaminados com hidrocarbonetos totais de petróleo. Dos meios 
subterrâneos impactados, água e solo sendo avaliados dois postos de combustíveis 
localizados no Estado do Rio Grande do Sul, sendo um deles localizado no 
município de Lajeado (Posto 1) e outro no município de Terra de Areia (Posto 2). 
Foram feitas coletas de solo local para as análises de pH, Ferro e Matéria orgânica. 
O solo do município de Lajeado apresentou os resultados de pH 5,74, Ferro 0,9 g/Kg 
e Matéria Orgânica 37,98 g. Entretanto, o solo do município de Terra de Areia 
apresentou os resultados de pH 6,87, Ferro 0,6 g/Kg e Matéria Orgânica 7,83 g. No 
posto 1, como a análise de ferro do solo apresentou-se de forma significativa, foi 
feita a injeção de somente de H2O2 diluído a 30 % no poço de remediação. Isto se 
deve ao fato que o H2O2 reage com todo o meio subterrâneo impactado (agua e 
solo). Desta forma, o Ferro presente no solo atua como catalisador, ocorrendo a 
reação Fenton, dispensando a utilização de Ferro solúvel. No Posto 2 em virtude da 
concentração de Ferro e Matéria organica no solo ser mais baixa, foi aplicado a 
quantidade de 3,7 L de H2O2 a 30 % 0,27 g/L de solução de sulfato de Ferro. Foram 
feitas analises da água subterrânea para os parâmetros de TPH, BTEX e PAH`s em 
ambos postos. Os resultados analíticos realizados mostraram que a aplicação de 
H2O2 no posto 1 reduziu significativamente alguns parâmetros mas e outros não 
houve alteração. Entretanto os resultados laboratoriais o solo deste local apresentou  
altos teores de mateira orgânica. Desta maneira, como a matéria orgânica do solo 
possui alta afinidade com a matéria orgânica dos contaminantes pode ter interferido 
na degradação dos poluentes comprometendo o resultado. Já no posto 2, todos os 
resultados reduziram de valor após a aplicação do Fenton. Desta forma conclui-se o 
processo oxidativo do tipo Fenton é eficiente na remoção de contaminação por 
Hidrocarbonetos Totais de Petróleo. Além disto, as características do solo de cada 
região interferem nas aplicações e devem ser analisadas antes de iniciar qualquer 
trabalho de remedição ambiental. 

 
Palavras-chave: Hidrocarbonetos. Postos de combustíveis. Contaminação de água 
e solo. Fenton. 

 

 

 



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ABSTRACT 

Groundwater contamination by hydrocarbons derived from oil has become 
increasingly common in jobs fuels resellers. The leak of fuel storage tanks and 
distribution lines have been one of the main sources of contamination of this type of 
pollutant. The situation is worrying, which leads to emergency measures are taken, 
because pollutants can reach galleries of sewage, stormwater drainage networks, 
water supply wells, groundwater, and soil. In this context, the present study aimed to 
evaluate process efficiency Fenton for environmental remediation, fuel dealers 
stations contaminated with hydrocarbons oil totals. Underground impacted media, 
water and soil were evaluated two fuel stations located in the State of Rio Grande do 
Sul, one of them being located in the municipality of Lajeado (Rank 1) and another in 
the city of Terra de Areia (Rank 2). Local soil samples were taken for analysis of pH, 
iron and organic matter. The soil of the municipality of Lajeado presented the results 
of pH 5.74, 0.9 g/Kg Iron and organic matter 37.98 g. However, the soil of sandy 
Land presented the results of pH 6.87, 0.6 g/Kg Iron and organic matter 7.83 g. 1 
post, as the analysis of soil iron performed significantly, was made the injection of 
dilute H2O2 only 30% at the well of remediation. This is due to the fact that the H2O2 
reacts with all the underground medium impacted (water and soil). In this way, the 
iron present in the soil acts as a catalyst, the Fenton reaction occurring, eliminating 
the use of soluble Iron. At 2:0 pm due to the concentration of iron in the soil to be 
lower, was applied to amount to 3.7 L of 30% H2O2 0.27 g/L solution of Iron sulfate. 
Groundwater analyses were made to the parameters of TPH, BTEX, PAH's in both 
posts. Analytical results carried out showed that the application of H2O2 in 1 post, 
significantly lowered some parameters but there was no change and others. However 
the lab results soil this site presented high levels of organic Materia.  As the organic 
matter of the soil has a high affinity for organic matter of contaminants may have 
interfered in the degradation of pollutants affecting the result. Already in 2 post, all 
results are down in value after application of Fenton. Thus concludes the oxidative 
process of type Fenton is efficient at removing Hydrocarbon contamination Oil totals. 
Furthermore, soil characteristics of each region interfere in applications and should 
be reviewed before starting any work on environmental remeasurement.  
 
 
Keywords: Hydrocarbons. Fuel stations. Water and soil contamination. Fenton. 



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LISTA DE FIGURAS 

Figura 1– Ilustração de jazida de petróleo ................................................................ 19 

Figura 2 – Estruturas químicas dos hidrocarbonetos ................................................ 20 

Figura 3 – Volume de água doce disponível no planeta ............................................ 27 

Figura 4- Contaminação do solo e água subterrânea ............................................... 29 

Figura 6 – Mapa geológico da região de Lajeado ..................................................... 39 

Figura 7 – Detalhamento da bacia hidrográfica ......................................................... 41 

Figura 8 – Caracterização do solo regional ............................................................... 43 

Figura 9 – Mapa hidrológico da região onde está localizado empreendimento ......... 45 

Figura 10 – Sondagem realizada no Posto 1 – Lajeado ............................................ 53 

Figura 11 – Sondagem realizada no Posto 2 – Terra de Areia.................................. 53 

Figura 12 – Detalhe das amostras de solo prontas para serem inseridas no forno 

mufla ......................................................................................................................... 56 

Figura 13 – Detalhe dos cadinhos sendo inseridos no forno mufla ........................... 56 

Figura 14 – Detalhe da chapa metálica contendo as amostras ................................. 57 

Figura 15 – Detalhe das amostras sendo filtradas .................................................... 57 

Figura 16 – Pesagem de solo utilizando a balanca de precisao................................ 58 

Figura 17 – Bateria de Sebelin com amostras de solo do solo de Lajeado ............... 58 

Figura 18 – Amostras de solo de Lajeado antes da titulação com sulfato ferroso..... 59 

Figura 19 – Amostras do solo de Lajeado apos a titulação com sulfato ferroso........ 59 

Figura 20 – Ilustração dos equipamentos utilizados para aplicação do Fenton em 

poço de remediação .................................................................................................. 61 

Figura 21 – Equipamento  utilizado para a aplicação da solução de peróxido de 

hidrogênio.................................................................................................................. 67 



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Figura 22 – Detalhe  da reação gerado no poço de remediação após a aplicação do 

peróxido de hidrogênio .............................................................................................. 67 

Figura 23 – Detalhe da coleta de amostra antes da aplicação do H2O2 .................... 68 

Figura 24 – Coleta de amostra depois da aplicação do H2O2 ................................... 68 

Figura 25 – Equipamento  utilizado para a aplicação da solução de peróxido de 

hidrogênio.................................................................................................................. 72 

Figura 26 – Detalhe  da reação gerado no poço de remediação após a aplicação do 

Fenton ....................................................................................................................... 72 

 



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LISTA DE TABELAS 

Tabela 1 – Caracterização dos tanques existentes ................................................... 48 

Tabela 2 – Caracterização dos poços de monitoramento existentes na área ........... 49 

Tabela 3 – Caracterização dos tanques existentes ................................................... 51 

Tabela 4 – Caracterização dos poços de monitoramento existentes na área ........... 52 

Tabela 5 – Resultados analíticos (µg/L) das coletas antes e posterior a aplicação de 

H2O2. ........................................................................................................................ 69 

Tabela 6 – Resultados analíticos (µg/L) das coletas antes e posterior a aplicação de 

Fenton ....................................................................................................................... 73 

Tabela 7 – Cronograma das atividades do trabalho de conclusão de curso durante o 

ano de 2014 ................................................................. Erro! Indicador não definido. 

 

 



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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 

°C Graus Celsius 

ABNT  Associação Brasileira de Normas Técnicas 

Al  Alumínio 

ANP  Agência Nacional do Petróleo 

BTEX  Benzeno, Tolueno, Etilbenzeno, Xilenos 

BTEX  etil-benzeno e xilenos 

C6H8O7  Ácido Citrico 

cal/g  Calorias por gramas 

CETESB  Companhia Ambiental do Estado de São Paulo 

CH4 Metano 

Cl  Cloro 

cm  Centímetros 

CO2  Dióxido de Carbono 

CORSAN Companhia Riograndense de Saneamento 

CRPM Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais 

DETRAN  Departamento Estadual de Transito 

EMBRAPA  Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária 

EPI’s Equipamentos de Proteção Individual 

Fe  Ferro 



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FEPAM  Fundação Estadual de Proteção Ambiental 

FeSO4 Sulfato Ferroso 

g/Kg gramas por quilogramas 

H  Hidrogênio 

H2O  Água 

H2O2  Peróxido de Hidrogênio 

HCl  Ácido Clorídrico 

HPA’s  Hidrocarbonetos Policíclicos Aromáticos 

IPCC Intergovenmental Panel On Climate Change 

K Potássio 

KCl  Cloreto de Potássio 

Km  Quilômetro 

Km²  Quilômetro quadrado 

KMnO4  Permanganato de Potássio 

L  Litro 

LMC Livro de Movimentação de Combustíveis  

Ltda  Limitada 

m  Metro 

m/Km Metros por quilometros 

m³  Metros Cúbicos 

mg  microgramas 

mm milimitros 

Mn  Manganês 

MnCl Cloreto de Manganês 

NBR Norma Brasileira 

O  Oxigênio 

OH  Radical Hidroxila 



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pH  Potencial Hidrogeniônico 

PM  Poço de Monitoramento 

POA  Processos Oxidativos Avançados 

PR  Poço de Remediação 

TCC Trabalho de Conclusão de Curso 

TPH  Hidrocarbonetos Totais de Petróleo 

μg/L  Microgramas por Litro  



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SUMÁRIO 

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 15 

1.1 Objetivos ............................................................................................................. 17 
1.1.1 Objetivos gerais ................................................................................................ 17 
1.1.2 Objetivos específicos........................................................................................ 17 

2 REFERENCIAL TEÓRICO ..................................................................................... 18 

2.1 O petróleo e os derivados ................................................................................... 18 
2.2 Gasolina .............................................................................................................. 21 
2.3 Óleo diesel .......................................................................................................... 22 
2.4 Hidrocarbonetos totais de petróleo e o meio ambiente ....................................... 23 
2.4.1 Poluição atmosférica ........................................................................................ 23 
2.4.2 Poluição do solo ............................................................................................... 25 
2.4.3 Poluição da água .............................................................................................. 26 
2.5 Contaminação em postos revendedores de combustíveis .................................. 28 
2.6 Técnicas de remediação ambiental ..................................................................... 31 
2.7 Oxidação química ................................................................................................ 32 
2.8 Processo Fenton ................................................................................................. 34 
2.9 Aplicações do Fenton .......................................................................................... 36 
2.10 Caracterização geológica regional do município de Lajeado/RS ...................... 37 
2.11 Caracterização hidrológica da região do município de Lajeado/RS .................. 40 
2.12 Caracterização geológica regional do município de Terra de Areia .................. 42 
2.13 Caracterização hidrológica regional do município de Terra de Areia/RS .......... 44 

3 METODOLOGIA ..................................................................................................... 46 

3.1 Descrição do Posto 1 .......................................................................................... 47 
3.1.1 Localização do Posto 1 .................................................................................... 47 
3.1.2 Caracterização da atividade do Posto 1 ........................................................... 47 
3.2 Caracterização do Posto 2 .................................................................................. 50 
3.2.1 Localização do Posto 2 .................................................................................... 50 
3.2.2 Caracterização da atividade do Posto 2 ........................................................... 50 
3.3 Descrição das etapas .......................................................................................... 52 
3.4 Coleta do solo local ............................................................................................. 53 
3.4.1 Análise do solo ................................................................................................. 54 
3.4.2 Análise do pH do solo....................................................................................... 54 
3.4.3 Análise de ferro do solo .................................................................................... 55 



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3.4.4 Análises de matéria orgânica ........................................................................... 57 
3.5 Coleta de água subterrânea antes e depois da aplicação do Fenton .................. 59 
3.6 Ajuste de pH ........................................................................................................ 60 
3.7 Aplicação do Fenton ............................................................................................ 60 

4 resultados e discussÕes ........................................................................................ 63 

4.1 Resultado das análises de ferro do solo ............................................................. 63 
4.2 Resultado das análises de matéria orgânica do solo .......................................... 64 
4.3 Resultados da aplicação de Fenton no Posto 1 .................................................. 66 
4.4 Resultados da aplicação de Fenton no Posto 2 .................................................. 71 

5 CONCLUSÃO ......................................................................................................... 76 

ANEXOS ................................................................................................................... 83 

 

 

 



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1 INTRODUÇÃO 

O petróleo é de grande importância econômica, social e ambiental, pois 

através deles são produzidos como os plásticos, as ceras, os solventes e óleos, 

além de ser uma das principais fonte energetica de combustível.  

Para haver a formação dos combustiveis fósseis, são necessárias condições 

ambientais e fisicas ideais que levam milhões de anos e, por isso são chamados de 

recursos naturais não renováveis. Tanto a produção quando a utilização destes 

combustíveis fósseis despertam as preocupações com os graves riscos ambientais. 

O petróleo é um conjunto de combinações complexas de hidrocarbonetos, 

sendo estes divididos em hidrocarbonetos alicíclicos, alifáticos e aromáticos além de 

algumas quantidades de oxigênio, nitrogênio, íons metálicos e compostos de 

enxofre. 

A contaminação por hidrocarbonetos totais de petróleo presentes na gasolina 

e óleo diesel oferecem riscos à saúde pública e ao meio ambiente. O vazamento e a 

contaminação nos postos revendedores podem ocorrer por diversos fatores, tais 

como falhas e rupturas em tanques e linhas de distribuição de combustíveis 

ocasionados pela corrosão ou solda realizada de maneira ineficiente, problemas de 

estanqueidade nas bombas e filtros de combustível, instalações/manutenções 

realizadas de forma incorretas, falhas e descuidos humanos, perda da vida útil dos 

tanques e linhas. 

Na ocorrência de contaminação uma das principais preocupações além do 

solo é a contaminação das águas subterrâneas, que por consequência podem 



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contaminar os aquíferos utilizados como fontes de abastecimento de água potável 

para a população. Em virtude disso, nos últimos anos, a procura por alternativas 

viáveis para a degradação dos hidrocarbonetos de contaminação por acidentes é 

cada vez maior. 

A utilização de processos químicos oxidativos para a remoção de 

contaminantes vem aumentando consideravelmente. Estes processos possuem a 

capacidade de um oxidante transformar substâncias orgânicas e inorgânicas.  

Entretanto, para a oxidação de um hidrocarboneto é necessário que o processo de 

oxidação faça uma ruptura das ligações químicas e a transferência de elétrons do 

contaminante para o oxidante, o que o processo de oxidação convencional não 

proporciona. 

Este processo de ruptura e transferência dos elétrons é conhecido como 

Processos Oxidativos Avançados (POA`s) que tem como objetivo gerar e utilizar o 

radical livre hidroxila a um forte agente oxidante, sendo capaz de transformar os 

compostos mais difíceis.  Embora os POA`s sejam eficazes em estudo de oxidação 

de laboratório elas possuem algumas limitações para a aplicação em campo. 

O processo Fenton tem sido bastante aplicado na descontaminação das 

águas subterrâneas, porém possuem variantes como a composição das matrizes do 

solo, limitando a sua eficácia. 

Neste contexto o presente trabalho tem como objetivo analisar a eficiência do 

processo Fenton, como método de remediação ambiental in situ de águas 

subterrâneas, em locais com solos argilosos e arenosos contaminados por 

hidrocarbonetos totais de petróleo.    

A proposta desta análise justifica-se porque normalmente a escolha das 

técnicas de remediação ambiental de águas subterrâneas não leva em consideração 

o tipo de solo local, mas sim o tipo de contaminação da água subterrânea. É 

possível que o conhecimento das características do solo (argiloso e arenoso) possa 

influenciar na quantidade de reagentes aplicado em um determinado local visando 

uma resposta de descontaminação dos meios subterrâneos impactados, mais 

eficientes. 



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1.1 Objetivos 

Os objetivos do presente trabalho estão divididos em: objetivos gerais e 

objetivos específicos. 

1.1.1 Objetivos gerais 

Avaliação do processo de tratamento de oxidação avançada do tipo Fenton 

em postos revendedores de combustíveis, verificando a influência do solo argiloso e 

arenoso na eficiência do tratamento. 

1.1.2 Objetivos específicos 

� Análise dos resultados dos parâmetros de HPA`s, BTEX e TPH do lençol 

freático antes da aplicação do processo Fenton; 

� Aplicação do processo Fenton em poços de remediação ambiental,  

instalados em postos revendedores de combustíveis, localizados em 

diferentes regiões; 

�  Análise dos resultados dos parâmetros de HPA`s, BTEX e TPH do lençol 

freático posterior à aplicação do Fenton nos poços de remediação; 

� Verificar a influência do tipo de solo (argiloso e arenoso) no processo 

Fenton.  

� Propor uma metodologia padrão para aplicação in loco de Fenton em 

postos contaminados com HPA´s. 

 



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2 REFERENCIAL TEÓRICO 

2.1 O petróleo e os derivados 

A origem da palavra petróleo vem do latim petroleum (petro=pedra; oleum = 

óleo), ou seja, popularmente falando, petróleo significa óleo que vem da pedra ou 

óleo de pedra (DE FARIAS, 2008). O autor ainda descreve que o petróleo é 

constituído principalmente de hidrocarbonetos, apresentando-se na forma líquida ou 

também sob forma de semissólido. Sua cor varia podendo ser negra, vermelha até 

âmbar. 

Existem várias teorias para a origem do petróleo que ainda hoje são 

discutidas. Borsato, Galão e Moreira (2009) citam a teoria orgânica como a mais 

aceita pelos pesquisadores.  Esta teoria descreve que os hidrocarbonetos naturais 

(gás natural, petróleo, carvão) formaram-se através da deposição no fundo de lagos 

e mares de matéria orgânica (resto de animais e vegetais), durante milhares de 

anos. Esta disposição com o passar do tempo foi sendo coberta por sedimentos, 

formando assim as rochas sedimentares. Com o tempo houve o empilhamento 

destas rochas, ocasionando as condições ideais para a formação do petróleo 

através do calor e a pressão.  

De Farias (2008) descreve outra hipótese, a da origem inorgânica do petróleo. 

Esta origem também é conhecida como a origem abiogência ou mineral, que 

defende a formação não biológica do petróleo. Acredita-se que os hidrocarbonetos 

de maior massa molar tenham sido formados no interior da terra devido à presença 



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de metano, pela elevada temperatura e pressão. Ao chegar próximo à superfície o 

petróleo seria então contaminado por bactérias que possivelmente teriam efeito na 

sua formação. 

O petróleo se apresenta impregnado em rochas porosas, conforme pode ser 

verificado na Figura 1. 

   Figura 1– Ilustração de jazida de petróleo 

 
  Fonte: Borsato, Galão e Moreira (2009, p. 77). 

Além de impregnado em rochas, o petróleo pode encontrar-se em anticlinais, 

ou em falhas.  Além disto, o petróleo bruto é constituído por uma mistura de 

diferentes substâncias químicas variadas, do metano até o asfalto (DE FARIAS, 

2008). 

Borsatto, Galão e Moreira (2009) comentam que a composição do petróleo 

tem em sua maioria os hidrocarbonetos, constituído por cerca de 83 a 87% de 

carbono e 11 a 15% de hidrogênio. Além disto, o petróleo também possui a 

presença de pequenas proporções de organometálicos, de nitrogênio de 0 a 0,5%, 

de enxofre 0 a 6%, de oxigênio 0 a 3,5%.  

Segundo a Embrapa (2001), o petróleo é constituído por vários tipos de 

compostos orgânicos. Estes compostos podem ser divididos em hidrocarbonetos 



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aromáticos; hidrocarbonetos alifáticos (alcanos, alcenos e cíclicos); asfaltenos 

(ácidos graxos, fenóis, citados, ésteres); compostos polares (quinolinas, piridina, 

carbazóleo, tiofeno, amidas); e resinas. 

Os hidrocarbonetos naturais são constituídos por átomos de hidrogênio e 

carbono. Os átomos estão unidos por ligação covalente devido a sua composição 

orgânica. Para a formação de diferentes compostos basta à composição molecular 

original se juntar com outros átomos, como por exemplo, o enxofre, o oxigênio. Os 

hidrocarbonetos totais de petróleo são divididos em hidrocarbonetos alifáticos e 

aromáticos, conforme ilustrado na Figura 2 (EMBRAPA, 2001). 

                      Figura 2 – Estruturas químicas dos hidrocarbonetos 

 

                              Fonte: Embrapa (2001, p. 44). 



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Borsatto, Galão e Moreira (2009) comentam que os hidrocarbonetos alifáticos 

são compostos por alcanos, alcenos e os cicloalcanos. Os alcanos estão presentes 

no intervalo de 5 até 40 átomos de carbono.  Já os alcenos estão presentes em 

óleos refinados que passaram por processo de craqueamento. Além disso, os 

cicloalcenos também estão presentes na composição dos hidrocarbonetos. Os 

hidrocarbonetos aromáticos apresentam-se na forma de policíclicos (fenantreno, 

naftaleno, antraceno) e os alquilbenzenos, benzenos (tolueno, etilbenzenos, 

xilenos). 

Conforme Embrapa (2001), os derivados de petróleo como a gasolina contém 

em média peso de 50 a 70% de hidrocarbonetos alifáticos e 25 a 45% de 

aromáticos, tolueno e benzeno podem atingir até 3,5 a 20% do peso.  

2.2 Gasolina 

A gasolina conforme Borsato, Galão e Moreira (2009), é um combustível de 

composição complexa, onde em sua maior parte é constituído por hidrocarbonetos 

saturados, olefícios e aromáticos e, apresentando-se em menor quantidade, por 

substâncias que contem nitrogênio, oxigênio, enxofre e até metais que podem trazer 

uma certa instabilidade ao produto.  Além disto, o autor descreve que a gasolina é 

composta por hidrocarbonetos contendo de 5 a 13 átomos de carbono e seu ponto 

de ebulição pode chegar entre 35 °C e 220 °C. 

De Farias (2008) descreve que a gasolina é uma mistura de hidrocarbonetos 

líquidos, inflamáveis e voláteis, contendo em media de 4 a 12 átomos de carbono. 

Seu ponto de ebulição oscila entre 35 °C e 200 °C. Além disso, o autor ainda 

descreve que o vapor de gasolina consiste em uma mistura de aproximadamente 90 

hidrocarbonetos voláteis, incluindo cadeias alifáticas compostas por benzeno, 

tolueno, etil-benzeno e xilenos (BTEX). 

Corseuil e Marins (2007) descrevem que a gasolina possui em sua 

composição as substâncias perigosas, sendo integrante delas o BTEX que se torna 

perigoso não só para o meio ambiente, mas também para os seres humanos. Estas 

substâncias são perigosas para o sistema nervoso central e por causarem leucemia 



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em exposições crônicas. Dentre os BTEX, o benzeno é considerado o mais tóxico, 

pois é considerado altamente cancerígeno. Em virtude disso, o mesmo possui o 

limite máximo para o padrão de potabilidade de 5 μg/L, segundo as normas do 

Ministério da Saúde. 

As gasolinas são feitas a partir de mistura de destilados de diversas origens. 

A legislação brasileira permite uma parcela de incorporação do álcool etílico na 

gasolina que ajuda a aumentar o poder antidetonante.  Isto acontece porque o álcool 

possui vaporização elevada, cerca de 200 cal/g, comparando-se com a gasolina 

80cal/g. Além disto, a composição aumenta o resfriamento do motor, evitando o 

superaquecimento.  Já a adição de corante na gasolina ajuda a facilitar a expedição 

e diferenciar a qualidade ou distribuidor (BORSATO; GALÃO; MOREIRA, 2009). 

Pensando no bom desempenho e melhorar as características físico-químicas 

da gasolina são adicionados diversos aditivos ao produto. Nas distribuidoras são 

adicionados aditivos anticorrosivos, dispersantes e detergentes enquanto na 

refinaria são adicionados os aditivos melhoradores de octanagem. Os aditivos 

melhoradores de octanagem são o chumbo e o metanol. Já os aditivos conhecidos 

como detergentes promovem a limpeza de válvulas, carburadores ou injetores 

(CORSEUIL; MARINS, 2007). 

2.3 Óleo diesel 

O óleo diesel é um dos principais combustíveis utilizados atualmente no Brasil 

para transporte via rodoviária de mercadorias e pessoas. Borsato, Galão e Moreira 

(2009) descrevem o óleo diesel como uma mistura de hidrocarbonetos parafínicos, 

olefínicos e aromáticos sendo eles destilados de petróleo, na faixa de destilação 

entre 30 °C e 450 °C. Suas moléculas podem ser constituídas de 9 a 40 átomos de 

carbono que corresponde aos destilados de petróleo obtidos através de destilação 

atmosférica. 

Os hidrocarbonetos presentes no óleo diesel descrito por De Farias (2008), 

são poucos voláteis e pouco inflamáveis possuindo cadeias carbônicas com mais de 

18 átomos. 



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Entretanto, a Petrobrás (2011) descreve o óleo diesel sendo hidrocarboneto 

derivado do petróleo, formado por átomos de hidrogênio, carbono e baixas 

concentrações de oxigênio, nitrogênio e enxofre.  É uma composição medianamente 

tóxica, volátil, límpida, sem matérias em suspensão e com odor forte e característico. 

2.4 Hidrocarbonetos totais de petróleo e o meio ambiente 

Os hidrocarbonetos estão presentes em grande parte da composição do 

Petróleo e por consequência do Diesel e da Gasolina. Considerando que o Diesel e 

a Gasolina são atualmente a maior fonte energética de combustíveis derivados do 

petróleo do mundo, as questões ambientais devido a sua utilização e consumo estão 

cada vez mais sendo discutidas. 

De Farias (2008) destaca que conhecer os possíveis efeitos ambientais do 

uso desta importante fonte energética é extremamente necessário, pois não basta 

apenas conhecer os processos de extração, refino, mas também possuir o 

conhecimento dos danos ambientais causados pelos hidrocarbonetos. 

2.4.1 Poluição atmosférica 

Os poluentes atmosféricos emitidos a partir da queima de combustíveis são 

altamente tóxicos, entre eles o monóxido de carbono, o dióxido de enxofre, o ozônio, 

os óxidos de nitrogênio e os particulados. Estes poluentes são extremamente 

prejudiciais à saúde humana e ao meio ambiente (CETESB, 2011). 

Divulgações sobre a quantidade de pessoas que são prejudicadas devido à 

poluição atmosférica estão se tornando cada vez mais constante. Isto ocorre porque 

o ar nos centros urbanos é constituído de uma mistura de diversos tipos poluentes 

Tucci (2003). 

Nakagawa, Comarú e Trigoso (2010), apud Saldiva (2007), concordam que se 

fossem implementadas novas tecnologias para reduzir o uso de combustíveis 



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fósseis, haveria uma redução de cerca de 64 mil mortes entre os anos de 2000 e 

2020 na cidades de São Paulo, Nova York, México e Santiago. Além disto, o autor 

ainda relata que a exposição ao monóxido de carbono causa lentidão dos reflexos e 

sonolência, já que as moléculas poluentes se ligam à hemoglobina do sangue que 

reduz a quantidade de oxigênio dificultando assim o transporte dos glóbulos 

vermelhos. Já o dióxido de nitrogênio e o ozônio podem agravar as doenças do 

pulmão como a asma, por exemplo, assim como pode provocar a sensibilidade das 

vias respiratórias.  

Ao mesmo tempo em que a poluição atmosférica afeta a saúde humana ela 

também agride consideravelmente o meio ambiente. O enxofre, por exemplo, 

presente na gasolina dos automóveis após liberado durante sua queima pode 

contribuir para a chuva ácida e a corrosão de equipamentos (CETESB, 2011). 

Conforme informações do Departamento Nacional de Transito – DETRAN 

(2012), só no Estado do Rio Grande do Sul houve um acréscimo de 3.336.640 

veículos em 13 anos. Já no estado de São Paulo, para o mesmo período houve um 

acréscimo de 13.910.613 veículos. Por consequência deste acrescimento, ocorre o 

aumento da quantidade de poluentes tóxicos emitidos na atmosfera. 

Tucci (2003) ressalta que em função da queima de combustiveis fósseis é 

liberado o gás carbônico para a atmosfera, ocorrendo um aumento na concentração 

deste gás em todo o planeta. A consequência desta elevação está correlacionado 

com  o aumento da temperatura média terrestre, uma vez que a energia solar incide 

sobre a Terra, sendo em  parte  absorvida e em parte refletida de volta para o 

espaço. Esta radiação por sua vez incide sobre os gases CO2, CH4 e outros 

existentes na atmosfera que e em parte, reflete-se neles retornando a superficie, 

aquecendo ainda mais a Terra.  Este efeito é conhecido como efeito estufa devido a 

concentração de calor promovido pelas moleculas consequentemente a elevação da 

temperatura na troposfera terrestre, de cerca de 0,75 a 1 °C desde 1860, inicio da 

revolução industrial.  

Cetesb (2011) descreve que o aumento da temperatura da Terra ocasionado 

pelo efeito estufa tem por consequência a  expansão dos cinturões climáticos da 

Terra em direação aos polos. Os ecossistemas  acompanharão esta expansão e a 



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velocidade do seu deslocamento  será maior devido ao aquecimento acelerado. Isto 

ocasionará a extinsão de inúmeras espécies de vegetais e animais. 

Conforme o Terceiro Relatório de Avaliação do IPCC (2001), as previsões de 

aumento global da temperatura serão na faixa entre 1,4 a 5,8 °C. Já o aumento no 

nível dos mares ficará na faixa de 0,09 e 0,88 metros até o ano de 2100. 

Entretanto, Guerra e Da Cunha (2007), descrevem que se a emissão de 

gases continuarem sendo lançada na atmosfera no ritmo que vem ocorrendo, a 

previsão de aumento da temperatura é de 0,3 °C por década, o que levaria ao 

aumento no nível dos oceanos em 6 cm no mesmo período. 

A Lei nº 12.187/2009 define o compromisso voluntário adotado pelo Brasil 

com vistas à redução de suas emissões de gases de efeito estufa entre 36,1% e 

38,9%, considerando as emissões projetadas até o ano de 2020.  Esta projeção das 

emissões atmosféricas para o ano de 2020, assim como o detalhamento das ações 

que deverão der tomadas para alcançar o objetivo desta redução, foi disposta 

através de decretos, com base no Inventário Brasileiro de Emissões e Remoções 

Antrópicas de Gases de Efeito Estufa não Controlados por Protocolo de Montreal. 

2.4.2 Poluição do solo 

A poluição do solo, conforme Araujo, De Almeida e Guerra (2011), ocorre por 

diversas origens, sendo elas o uso excessivo de pesticidas ou fertilizantes, acumulo 

de lixo, derramamento de óleo, ocasionando a redução do potencial agrícola das 

terras afetadas. 

A degradação do solo se torna muito mais séria uma vez que não é facilmente 

reversível, já que o processo de formação e regeneração do solo é muito mais lento 

comparado com a água (GUERRA; DA CUNHA, 2007). 

As modificações ocasionadas no solo pela contaminação dos poluentes 

podem ser descritas de caráter preliminar segundo Guerra e Da Cunha (2007). Os 

autores descrevem que a primeira consequência é o aumento do interperismo, baixa 



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da fertilidade natural, maior evaporação da água e de gases presentes no solo, além 

da oxidação da matéria orgânica e outros processos biológicos.  

Já a degradação do material orgânico, conforme Embrapa (2001), está 

relacionada com as características biológicas e físico químicas do solo, assim como 

a frequência e a quantidade de material poluente disposto no solo. 

 

2.4.3 Poluição da água 

A ocorrência de acidentes no sistema de abastecimento de combustíveis 

(postos de combustíveis) vem aumentando consideravelmente devido a demanda de 

consumo ser cada vez maior, uma vez que a frota de veículos que utilizam os 

derivados de petróleo cresce. Além disto, ocorre vazamentos de combustíveis 

provocados junto às bombas ou aos tanques de armazenamento também 

acontecem devido a falhas de operação do sistema, rompimento das estruturas ou 

em tubulações (CORSEUIL; MARINS, 1997). 

Na ocorrência de um vazamento de derivados de petróleo, estima-se que um 

derrame 10 mL de produto combustível por dia, durante o período de um ano, 

poderá comprometer aproximadamente 3 milhões de litros de água (CETESB, 

2003). 

Guerra e Da Cunha (1997) descreve que a zona subsuperficial saturada ou 

zona freática representa a fonte de água fresca mais importante do mundo, cerca de 

21% do total de água doce no planeta ou 97% de água doce não congelada. 

Lorentz (2008) comenta que existem mais de 6 bilhões de pessoas no 

planeta, e somente cerca de menos de 2,5% da água existente no mundo é a água 

doce. Além disto, para cada litro considerado de fácil acesso existem cerca de 350 

litros de difícil acesso, por estar localizado nas geleiras polares, por exemplo. 

O volume de água doce disponível no planeta desta demonstrado na Figura 3. 



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Figura 3 – Volume de água doce disponível no planeta 

 
Fonte: Sensibiliza Ambiente (2011) 

Disponível em http://sensibilizambiente.webnode.com.br/novidades/agua/dados-sobre-a-agua/ 

A poluição nos aquíferos ocorre principalmente nos lençóis mais rasos que 

ficam próximos de esgotos e de postos de gasolina, devido ao vazamento de  

tanques de combustíveis (CETESB, 2003) 

Guerra e Da Cunha (2007) relatam que o Brasil é um dos maiores países 

dententores de água no planeta, porém o maior volume desta água encontra-se na 

Região Amazônica.  Entretanto a região sudeste é a mais afetada com a escassez 

de água potável. Isto acontece porque o crescimento da população de um local não 

leva em consideração os critérios relacionados com a disponibilidade de água e com 

a sua qualidade. 

A contaminação da água por hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPAs) 

tem despertado especial interesse uma vez que as substâncias deste grupo são 

lipossolúveis, e por isso tendem a se concentra no fígado dos animais marinhos, que 

por consequência pode contaminar os seres humanos ao serem ingeridos.  Além 

disto, os HPA’s não são degradados pela maioria dos microrganismos presentes no 

solo, que resulta em seu acumulo no meio ambiente e por consequência a 

degradação dos ecossistemas. As consequências analisadas e descritas estão 



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relacionadas com a intervenção do homem na natureza. Os custos de sua 

recuperação são geralmente elevados e por isso mesmo quase nunca são 

efetuados. (JACQUES et al., 2007). 

Oliveira (1992) declara que atualmente os processos de remedição de águas 

contaminadas por hidrocarbonetos possuem alguns problemas operacionais, mas, 

mesmo que todos sejam resolvidos, ainda levaria vários anos para que os padrões 

de qualidade de água sejam atingidos. 

2.5 Contaminação em postos revendedores de combustíveis 

Conforme dados da Agência Nacional do Petróleo – ANP, no ano de 2013 

somaram cerca de 90 mil postos revendedores de combustíveis cadastrados. 

No Estado do Rio Grande do Sul desde 1996 a Fundação Estadual de 

Proteção Ambiental (FEPAM) realiza o controle das atividades em postos 

revendedores de combustíveis.   Atualmente, existem no estado (com exceção de 

Porto Alegre), 3115 postos de combustíveis cadastrados (FEPAM, 2014). 

A CETESB (2003) destaca que a comercialização de combustível oferece 

risco a segurança da população, bens públicos, privados e o meio ambiente quando 

realizada sem os mínimos cuidados e práticas de trabalho inadequadas. 

No Estado de São Paulo os registros mostram que houve aumento do número 

de casos de vazamentos de combustíveis em postos revendedores a partir da 

década de 90. Este fato ocorre pelo envelhecimento dos tanques subterrâneos que 

foram implantados na fase do desenvolvimento econômico do Brasil, durante os 

anos 70. Os estudos apontam que os tanques subterrâneos de combustíveis 

começam a vazar no prazo médio de 20 anos após sua instalação (CETESB, 2009). 

Além do vazamento dos tanques, muitos casos de contaminação ambiental 

estão relacionados com o descuido operacional durante a descarga dos 

combustíveis e nas linhas de distribuição. Estes vazamentos podem levar tempo 

para ser detectado, pois não são percebidas nas leituras diárias de movimentação 

de combustíveis (OLIVEIRA, 1992; CETESB, 2009). 



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A Figura 4 ilustra a contaminação do solo e água subterrânea em posto 

revendedor de combustíveis.  

Figura 4- Contaminação do solo e água subterrânea 

 

Fonte: da autora (2014) 

Quando há indícios de contaminação no solo de um posto pode ser 

observada a presença de odor forte, coloração e a viscosidade características de 

derivado de petróleo. Entretanto, na água subterrânea, além do odor pode ser 

encontrada característica oleosa presente nos hidrocarbonetos (FORTE; AZEVEDO; 

DE OLIVEIRA, 2007). Os autores ainda descrevem que em caso de derramamento 

de combustíveis, os principais contaminantes capazes de impactar o meio ambiente 



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são os hidrocarbonetos mono aromáticos conhecidos como BTEX e os 

hidrocarbonetos policíclicos aromáticos, como naftaleno e benzopireno, por 

exemplo. 

Uma vez ocorrido o vazamento de hidrocarbonetos, a sua interação com o 

material geológico e as características físico-químicas destes contaminantes são 

fatores importantes para determinar seu comportamento no meio impactado. 

Normalmente os contaminantes são encontrado em diferentes fases de 

contaminação: livre (ou móvel), adsorvida, dissolvida e vaporizada. O contaminante 

antes de atingir a zona saturada do solo, migra pela zona não saturada, 

contaminando-a. Ao passar pela zona não saturada, o contaminante fica retido no 

solo, formando a chamada fase absorvida. Em contato com a água, os 

hidrocarbonetos passam a flutuar sobre o lençol freático, formando a chamada Fase 

Livre (MESQUITA, 2004). 

Já as contaminações com a gasolina brasileira, o etanol adicionado altera o 

comportamento da gasolina em termos de solubilidade, mobilidade e degradação. O 

etanol passa para fase aquosa em contato com a água, aumentando a solubilidade 

dos compostos BTEX, aumentando a proporção do impacto ambiental 

(CAVALCANTI, 2009). 

Forte, Azevedo e De Oliveira (2007) descrevem que a contaminação de 

gasolina na fase livre, o alcance da pluma pode chegar a distâncias consideráveis, 

devido à presença do etanol. Além disto, o avanço da pluma pode ser acelerado 

pela exploração do aquífero, à medida que aumenta a velocidade do fluxo 

subterrâneo em nas áreas que está ocorrendo exploração. 

Corseuil e Marins (1997) descrevem que os BTEX são os constituintes da 

gasolina que têm maior solubilidade em água e, por consequência são os primeiros 

contaminantes que irão atingir o lençol freático. 



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2.6 Técnicas de remediação ambiental 

Os processos de remediação podem ser divididos entre tratamentos 

físicos/químicos (aspersão de ar, adsorção em carvão ativado, remoção de fase 

livre, extração de vapores do solo, extração com solventes e extração multifásica) e 

tratamentos biológicos (biorremediação) (MELO et al., 2001).  

As técnicas de remediação ambiental visam diminuir e ou atenuar os impactos 

causados no meio ambiente. No caso de vazamentos de combustíveis, as ações de 

recuperação devem ser imediatas na existência de uma fonte ativa de 

contaminação, ou se for o caso de que os contaminantes possam se propagar, 

oferecendo risco ao meio ambiente e à saúde humana (RITTMANN; MCCARTY, 

2003). 

Para o tratamento do solo e/ou da água subterrânea pode ser realizado de 

diversas formas, podendo elas ser in-situ, on-site e off-site. O tratamento in-situ 

consiste em ações de remediação no local onde ocorreu o impacto ambiental  

podendo ser por injeção de agentes oxidantes, sucção de ar, e biológica. 

(OLIVEIRA, 1992). 

No tratamento off-site, as ações de remediação são realizadas fora do local 

onde ocorreu a contaminação, onde por exemplo utilizam-se o co-processamento e 

o bombeamento de água contaminada em outro local enquanto que no tratamento 

on-site, a água e o solo são removidos e tratados no local impactado (CAVALCANTI 

2009). 

A remediação ambiental de áreas contaminadas consiste em retirar ou 

diminuir a concentração do contaminante nos solos ou nas águas subterrâneas. Em 

virtude disto a metodologia a ser utilizada para desempenhar tal tarefa é um 

processo complexo, envolvendo considerações detalhadas das características do 

local (fatores geológicos e hidrogeológicos), do poluente (TIBURTIUS; ZAMORA, 

2003). 



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2.7 Oxidação química 

A necessidade de remediar áreas contaminadas com hidrocarbonetos de uma 

forma eficiente e rápida, levou o desenvolvimento de novas tecnologias para a 

descontaminação das áreas afetadas.  A oxidação química é um conjunto de 

processos e técnicas a qual se pretende reduzir, eliminar ou transformar o 

contaminante (NUNES, 2012). 

Conforme Cavalcanti (2009), a reação de oxidação química consiste na 

transferência de elétrons do contaminante para o oxidante através de ruptura das 

ligações químicas. Nestas condições o oxidante se torna receptor de elétrons 

enquanto o contaminante é oxidado configurando-se assim uma reação de 

oxidação-redução. 

Nunes (2012) relata que as reações de oxidação-redução são aquelas que a 

carga real ou teórica do átomo varia quando ocorrem a variação do número de 

oxidação pela transferência dos elétrons. Este processo de variação ocorre 

simultaneamente, ou seja, quando uma espécie química é oxidada a outra é 

reduzida. 

Trata de um oxidante o processo de reação química em que a espécie recebe 

o elétrons. Ao oxidar a outra espécie química, esta sofre uma redução, liberando 

oxigênio na presença de água. Já o redutor é a espécie química que perde elétrons 

liberando o hidrogênio na presença de água. Na reação abaixo está representada o 

comportamento das espécies químicas nas reações de oxidação-redução 

(CAVALCANTI, 2009). 

2KMnO4 + 16 HCl         2 KCl + 2 MnCl2 + 5 Cl2 + 8H2O         (1) 

Nesta representação o KMnO4 ganhou elétrons e sofreu uma redução, sendo 

este o agende oxidante. Já o HCl perdeu elétrons e sofreu oxidação sendo este o 

agente redutor. 

Suthersan (1999) descreve outra característica dos processos de oxidação-

redução é que a capacidade de um reagente químico  tem para reduzir tanto quanto 



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para oxidar, ou seja, em uma reação de oxidação o agente  poderá ser o oxidante 

mas em outra poderá ser o redutor. 

O H2O2 juntamente com outros reagentes é bastante usado nos processos 

avançados de oxidação, pois funciona como um receptor de radicais hidroxila 

(HYPOLITO et al., 2007). 

De acordo com Cavalcanti (2009), o H2O2, apesar de ser considerado 

bastante reativo, é relativamente estável e de fácil aquisição em qualquer 

quantidade. Necessita de estocagem simples, podendo ser facilmente dosado 

(produto líquido). Além disso, o peróxido de hidrogênio possui elevado potencial de 

redox, ação microbiana e algicida, não introduz elementos contaminantes na água 

tratada, decompõe-se espontaneamente em água e oxigênio.  

Envangelista (2009) descreve que o H2O2 é um liquido incolor límpido de 

baixa viscosidade. Não é inflamável, mas é corrosivo, vendido em soluções aquosas 

de 27,5% e 70% do seu peso. Devido a sua capacidade de corrosão e seu potencial 

de oxidação exige cuidados em seu manuseio. 

O peróxido de hidrogênio possui a característica de que uma vez que 

consumido no processo Fenton, a reação não prossegue, sendo necessária a 

reposição do oxidante. Entretanto, o H2O2 é instável em condições naturais e se 

degrada rapidamente  em locais que possui água e oxigênio (SUTHERSAN, 1999). 

A estabilidade do peróxido de hidrogênio em algumas matrizes de solo que 

rapidamente se decompõe, limitando assim seu transporte e eficiência. O ferro é um 

componente importante no processo de oxidação química do tipo Fenton, uma vez 

que o mesmo é utilizado como catalizador da reação. Trata-se de componente 

presente em águas subterrâneas devido à dissolução do minério pelo gás carbônico 

da água, conforme a reação, (BLOCK, 2004): 

Fe + CO2 + ½ O2 → FeCO3                           (2) 

Suthersan (1999) relata que em águas superficiais, o nível de ferro aumenta 

devido ao carreamento do solos pelo processo de erosão em períodos chuvosos. Na 

opinião de Cavalcanti (2009) o ferro não é um componente tóxico, porém, o mesmo 

confere cor e sabor à água de abastecimento público, que por consequência, 



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provoca manchas em roupas e utensílios sanitários. Além disto, o ferro pode 

desenvolver depósitos nas canalizações da água na rede de distribuição. 

2.8 Processo Fenton 

As aplicações das reações do Fenton estão sendo recentemente alvo de 

diversos estudos devido a ser uma medida alternativa de remedição ambiental para 

a remoção de hidrocarbonetos em solos e aquíferos. 

Cavalcanti (2009) descreve o Fenton constituído pelo H2O2 e um catalisador 

de ferro (Fe2+, Fe3+).  Ele oxida os hidrocarbonetos pela formação de radicais 

hidroxila (˙OH), derivados a partir do H2O2 na presença de ferro (II).  A resultante 

desta reação é a formação de dióxido de carbono (CO2) e água. 

A reação é exotérmica, resultando na mineralização do substrato orgânico, 

conforme ilustrado pelas equações (3) e (4). O catalisador de ferro (II) é regenerado 

então pela reação do ferro (III) com peróxido, de acordo com as equações (5) e (6) 

(PETERS, 2001). 

Fe(aq)
2+ + H2O2(aq) → OH(aq)

∙ + OH(aq)
∙ + Fe(aq)

3+ + Energia (3) 

OH(aq)
∙ +CxHy(l) →H2O(l)+ CO2(g)+ Energia (4) 

Fe(aq)
3+ + H2O2(aq) → 2H(aq)

+ +  2O2(aq)

-  (5) 

Fe(aq)
3+ + 2O2(aq)

-
 → Fe(aq)

2+ +  2O2(g) (6) 

A taxa de reações da constante entre (˙OH) e compostos orgânicos 

geralmente encontra-se na faixa de 109 a 1011 m-1s-1, o que para fins práticos 

significa uma taxa instantânea de oxidação (SUTHERSAN, 1999). 

A reação de Fenton é influenciada pelo pH, quantidade de peróxido requerida, 

quantidade de ferro requerida, temperatura e produção de gás e calor. Em uma das 

formas de cálculo para a volumetria de produto empregada, pode-se tomar o 

pentano como a espécie representativa dos componentes do Diesel, a razão molar 

estequiométrica H2O2: Pentano é de 16:1, obtida na equação (7).  



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C5H12+ 16H2O2 → 22H2O+5CO2 (7) 

Considerando a massa molar do pentano e do H2O2, 72,15 e 34,02 g gmol-1 

respectivamente, a razão mássica H2O2: pentano para a degradação do 

hidrocarboneto é estimada em aproximadamente 7,5:1 (PERRY, 1997) 

Coutinho e Gomes (2009) descrevem que os estudos utilizando o Fenton 

como processo de remedição em postos de combustíveis contaminados com 

hidrocarbonetos, apontam que o BTEX é oxidado em baixas concentrações, 

determinando assim que a utilização do Fenton para degradação destes 

hidrocarbonetos é viável.  

Os processos oxidativos têm se mostrado eficientes na degradação de 

compostos orgânicos a qual possibilita a remedição de solo e água contaminada por 

hidrocarbonetos.) As grandes vantagens do processo Fenton sobre os outros 

sistemas de radicais hidroxila é que os reagentes são de fácil aquisição, e os 

produtos de reação não agridem o meio ambiente. O autor ainda descreve que a 

remediação ambiental em postos de combustíveis utilizando o processo Fenton vem 

se apresentando  eficientes neste tipo de contaminantes (MESQUITA, 2004).  

Envangelista (2009) relata que a eficiência da oxidação por radicais hidroxila 

acontece na faixa de pH de 3 à 5. Os sais de ferro e o peróxido de hidrogênios 

separados não são eficientes oxidantes de orgânicos complexos. Porém, quando 

combinados, o peróxido de hidrogênio se decompõe para formar radicais hidroxilas.  

Nogueira et al. (2007), descreve que o ferro presente no solo atua como 

catalisador, dispensando a utilização do ferro solúvel na aplicação para a 

decomposição do peróxido de hidrogênio. Além disto, o autor ainda cita Kong e 

colaboradores, que observaram o ferro mineral presente no solo (mangnetita e 

geotita) utilizados como catalisador para a degradação de uma mistura de diesel e 

querosene também se apresentou de forma eficiente. Os resultados dos 

experimentos apresentaram a mineralização de 80 % dos contaminantes presentes 

no solo utilizando o ferro mangnetita e de 60 % utilizando o ferro geotita. Estes 

resultados mostram que a degradação do contaminante é influenciada pela 

composição mineral do solo. 



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Além disto, outros fatores são importantes na degradação do contaminante 

em águas subterrâneas e solos. A granulometria do solo é uma propriedade 

importante que influencia diretamente na degradação dos contaminantes no meio 

subterrâneo. Os solos argilosos com área superficial grande tem tendência à 

absorção dos contaminantes, diminuído a disponibilidade para a oxidação. Outro 

fator que influencia na absorção dos contaminantes e no consumo de H2O2 é a 

concentração da matéria orgânica. Entretanto, a baixa permeabilidade dos solos 

argilosos dificulta a difusão do processo Fenton (MESQUITA, 2004). 

2.9 Aplicações do Fenton 

Lu et al. (2010)  descreve que diferentes níveis de H2O2 e Fe2+ podem 

influenciar na oxidação dos compostos orgânicos. Os experimentos realizados em 

laboratório apontaram a quantidade H2O2 a 30% e de  Fe3+ variaram de 50:1 a 

400:1, respectivamente, foram os melhores resultados encontrados,tendo redução 

de em torno de 30% da carga orgânica. 

Nogueira et al. (2007) cita Agência de Proteção Ambiental Americana (EPA) 

que relatam o tratamento in situ de solos contaminados por hidrocarbonetos em uma 

área de 8.100 m², possuindo mais de 20.000 m³ de solo, foram utilizados 412.00 L 

de H2O2,  50%. Neste caso o ferro não foi utilizado em virtude do mesmo se 

encontrar em abundancia na matriz do solo local. 

Watts et al. (2000) investigaram a eficiência do Fenton em solos 

contaminados por hidrocarbonetos. Foram analisados solos com pH de 3 e 7 sendo 

dosados em diferentes concentrações. Este estudo apresentou que mesmo em 

diferentes tipos de pH, a degradação dos contaminantes no solo apresentou-se de 

forma eficiente em todas as concentrações analisadas. A degradação dos 

contaminantes no solo chegou a 99% do BTEX, que foi alcançado com a 

concentração de  pH em torno de 7, usando as concentrações de 2,5% H2O2, e 12,5 

mM de ferro. 

Nogueira et al. (2007) apud Kong e colaboradores descrevem que no 

tratamento de solo contaminado com hidrocarbonetos proveniente de óleo diesel, a 



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injeção sequencial de H2O2 é mais eficiente que a injeção única. Quando foram 

feitos as aplicações de H2O2 1 e 15% em mesmo volume, o resultado da maior 

concentração apresentou maior eficiência na degradação. Além disto, os estudos 

apontaram que em aplicações sequenciais de H2O2 1% obteve o resultado 

semelhante ao de 15%. Os autores ainda descrevem que a alta eficiência da 

degradação dos contaminantes foi encontrada na estreita faixa de pH entre 2,5 e 3.  

Tiburtius et al. (2005) analisaram o processo Fenton para a descontaminação 

de águas contaminadas por gasolina brasileira. Dentre os resultados apresentados, 

destaca-se a concentração mais eficiente, sendo esta de Fe2+ 10 mg L-1; H2O2: 100 

mg de L-1 (solução 30%) e pH 3. A eficiência desta remoção foi de 75 % dos 

hidrocarbonetos no tempo de reação de 90 minutos. 

Envangelista (2009) enfatiza que vários estudos experimentais foram 

realizados no sentido de verificar a influência dos compostos orgânicos do solo no 

processo Fenton. De modo geral concluiu que a matéria orgânica dos contaminantes 

possui grande afinidade com a matéria orgânica presente nos solo que influencia na 

capacidade de sorção. O ferro presente na argila é um dos minerais que possui 

maior capacidade de sorção, principalmente a goethita e a hematita. O autor ainda 

descreve que o teor da matéria orgânica encontrada na matriz do solo influencia na 

quantidade de aplicações necessárias para a descontaminação do meio 

subterrâneo. 

Desta forma, torna-se interessante a avaliação da matriz do solo no processo 

Fenton em postos de combustíveis. A seguir está caracterizado o solo da região de 

ambos postos de combustíveis. 

2.10 Caracterização geológica regional do município de Lajeado/RS 

A região de Lajeado encontra-se nos domínios dos basaltos pertencentes à 

Formação Serra Geral da Bacia Sedimentar do Paraná. No local ocorrem arenitos 

pertencentes à Formação Botucatu que foram cobertos pelos basaltos, sendo mais 

novos (UFRGS, 2000). 



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A Bacia do Paraná é representada por uma área de sedimentação Paleo-

mesozóica, preenchida inicialmente por sedimentos que foram depositados do 

Siluriano ao Triássico. 

A região onde se encontra inserido o município de Lajeado pertence ao grupo 

São Bento, conforme pode ser verificado na Figura 6. 

 



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Figura 6 – Mapa geológico da região de Lajeado 

 

Fonte: CPRM Serviço Geológico do Brasil (2006). 



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CRPM (2006) descreve o solo do município de Lajeado como derrames de 

basalto granulares de fino a médio com intercalações com o arenito Botucatu. 

Streck (2002) descreve o solo do município como sendo solos do tipo 

Chernossolos Haplico Ortico, com presença de Nitossolo Vermelho Distroférico. 

Entretanto os Chernossolos são solos rasos a profundos, caracterizando-se por 

apresentar razoáveis teores de material orgânico, possuindo alta saturação por 

bases (maior que 65 %). Já os Nitossolos são solos profundos, porém possuem 

pouco incremento de argila e apresenta baixa saturação por bases (menor que 50%) 

e altos teores de ferro (16 a 36%).  

2.11 Caracterização hidrológica da região do município de Lajeado/RS 

A bacia hidrográfica Taquari-Antas é uma das nove bacias da Região 

Hidrográfica do Guaíba e está situada na Região Nordeste do Rio Grande do Sul, 

abrangendo uma área de 26.428 Km², 119 municípios com seu território inserido 

total ou parcialmente e um milhão de habitantes (REBOUÇAS; BRAGA; TUNDIDI, 

2006).  

Conforme Tucci e Braga (2003) o rio Taquari-Antas possui suas nascentes 

num dos pontos mais altos do RS (altitude aproximada de 1.200m), localizado no 

município de São José dos Ausentes, percorrendo 390 Km na direção leste-oeste 

até a foz do rio Guaporé, localizado no Município de Muçum, cuja declividade média 

é de 3m/Km com denominação de Rio das Antas. Deste ponto até seu encontro com 

o Rio Jacuí é denominado de Rio Taquari, percorrendo 140 Km na direção norte-sul, 

com uma declividade média de 0,2m/Km.  

Os principais usos da água da bacia Taquari-Antas estão relacionados ao 

abastecimento público, as atividades industriais, a agricultura irrigada, a 

dessedentação de animais, a navegação comercial, a recreação, a pesca comercial 

e a geração de energia elétrica.  

A Figura 7 está representando o detalhamento da bacia hidrográfica Taquari –

Antas  onde localiza-se o município de Lajeado.  



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Figura 7 – Detalhamento da bacia hidrográfica  

 

Fonte: CPRM Serviço Geológico do Brasil (2006). 



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O Rio Taquari, próximo a Muçum, recebe, pela margem direita, o rio Guaporé, 

outro afluente importante. Nesse trecho, o Taquari-Antas tem o leito profundamente 

escavado nas formações basálticas adjacentes que forma margens íngremes onde 

os afloramentos basálticos causados pelas corredeiras e cachoeiras visíveis as 

imediações da foz do rio da Prata. A partir de Muçum, o rio Taquari passa a correr 

na direção geral Norte-Sul, até desembocar no rio Jacuí, junto à cidade de Triunfo.  

(REBOUÇAS; BRAGA; TUNDIDI, 2006). 

2.12 Caracterização geológica regional do município de Terra de Areia 

O município de Terra de Arreia no estado do Rio Grande do Sul possui  

características geológicas que consistem basicamente em depósitos praiais eólicos, 

proveniente do Depósito de Barreira Pleistocênica, com areia quartosa fina, bem 

selecionada, com laminação plano-paralela e cruzada, areia quartosa fina a média. 

(STRECK, 2002).  

CPRM (2006) descreve o solo do município de Terra de Areia como sendo 

Arenito fluviais, conforme pode ser verificado na figura 8. 



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Figura 8 – Caracterização do solo regional  

 
Fonte: CPRM Serviço Geológico do Brasil (2006). 



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Conforme Streck (2002) denomina o solo do município de Terra de Areia 

como Neossolo Quartzarênicos órticos que são encontrados na planície costeira, 

constituindo-se de ambientes muito frágeis, altamente suscetíveis à erosão hídrica e 

eólica, razão a qual deve ser manejado com cautela. Além disto o autor ainda 

descreve que este tipo de solo tem aptidão para o reflorestamento, também podendo 

ser utilizado para fruticultura. Devido a sua má drenagem podem ser utilizados como 

reflorestamento ou pastagem permanente.  

2.13 Caracterização hidrológica regional do município de Terra de Areia/RS 

Conforme CPRM a hidrologia do município de Terra de Areia, onde se localiza 

o posto de combustíveis 2 caracteriza como Sistema Aquífero Quaternário Costeiro 

II – qc2, aquíferos com média a baixa possibilidade para águas subterrâneas em 

rochas e sedimentos com porosidade Inter granular.  

Tucci e Braga (2003) ainda descrevem que o aquífero da área onde se 

localiza o empreendimento está relacionado com os sedimentos da planície costeira, 

desenvolvendo-se desde Santa Vitória do Palmar até Torres, predominantemente na 

região lagunar interna e junto aos contrafortes da Serra Geral. Compõe-se de uma 

sucessão de areias finas inconsolidades, esbranquiçadas e argila cinza. No topo, os 

primeiros metros são pelíticos, bastante cimentados. As capacidades específicas 

variam de baixas a médias, entre 0,5 e 1,5m3/h/m. O mapa hidrológico é 

apresentado na Figura 9. 



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Figura 9 – Mapa hidrológico da região onde está localizado empreendimento 

 
Fonte: CRPM Serviço Geológico do Brasil (2006). 



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3 METODOLOGIA 

O presente trabalho buscou avaliar o processo de remediação ambiental 

utilizando o processo tipo Fenton, em áreas contaminadas com hidrocarbonetos 

totais de petróleo em postos de combustíveis.    

Para a verificação da eficiência do tratamento com Fenton foram escolhidos 

dois postos revendedores de combustíveis, onde ocorreu vazamento nos tanques de 

armazenamento, contaminando assim, o solo e o lençol freático com 

hidrocarbonetos totais de petróleo. A escolha dos postos levou em consideração a 

localização geográfica de ambos, pois além da análise da eficiência do processo 

Fenton em descontaminação de áreas espera-se verificar interferência do solo neste 

processo de remediação ambiental.  

Como é de caráter confidencial as informações do presente trabalho, não 

foram identificados os postos revendedores de combustíveis, bandeira e empresa de 

consultoria ambiental, permanecendo assim, as informações em total sigilo.  Então 

para o presente trabalho serão nomeados como Posto 1, o posto revendedor de 

combustíveis localizado no município de Lajeado e, Posto 2, o posto de revendedor 

de combustíveis localizado no município de Terra de Areia. Ambos postos se se 

localizam no estado do Rio Grande do Sul.  

A partir da descrição da localização geográfica de ambos postos 

revendedores, assim como o levantamento de dados da pertinentes da atividade e 

seu do entorno em um raio de 100 metros dos postos foi elaborado o croqui de 



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ambos postos revendedores de combustíveis Anexos A e B, apresentados no 

presente trabalho.  

3.1 Descrição do Posto 1 

3.1.1 Localização do Posto 1 

O posto revendedor desenvolve a atividade de comércio varejista de 

combustível e serviços, oferecendo além de combustíveis líquidos, os serviços de 

troca de óleo, lavagem expressa, borracharia e restaurante, localizado no município 

de Lajeado no estado do Rio Grande do Sul. 

3.1.2 Caracterização da atividade do Posto 1 

Pode ser encontrado no raio de 100 metros no entorno do posto, residências 

familiares, rede de drenagens de águas pluviais, rede subterrânea de serviços, 

comércios em geral, uma unidade de ensino, um Posto de Revendedor e uma base 

de distribuição de Combustível. 

Não foi verificada a presença de corpos hídricos no entorno imediato do 

empreendimento, no entanto sabe-se que a 3 Km do posto revendedor é encontrado 

o Rio Taquari e a 2,3 Km o Arroio Forqueta. Além disto, o abastecimento de água da 

cidade de Lajeado é realizado pela Companhia Rio-grandense de Saneamento 

(CORSAN) que capta a água do Rio Taquari. 

Os procedimentos de troca de óleo do empreendimento são realizados 

através de rampa localizada na pista de abastecimento. Todo o óleo queimado 

proveniente das operações realizadas no local é acondicionado provisoriamente em 

tambores com capacidade de 200,0 litros, os quais são dispostos dentro de bacia de 

contenção. 



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O piso da pista de abastecimento é constituído por concreto liso com juntas 

de dilatação vedadas. Existem pontos que na pista de abastecimento que 

necessitam de reparos (avarias superficiais). A pavimentação do entorno da área de 

abastecimento (além das canaletas de contenção da pista de abastecimento) é 

constituída por paralelepípedos. 

As canaletas de contenção no entorno da área de abastecimento são 

constituídas de material metálico e possuem 6,0 cm de largura por 4,0 cm de 

profundidade.  Estas se apresentam em bom estado de conservação e estão 

interligadas à caixa separadora de água e óleo. 

O posto revendedor de combustíveis (Posto 1) possui em sua atividade 3 

tanques subterrâneos para armazenamento de produto, os quais estão classificados 

conforme Tabela 1: 

Tabela 1 – Caracterização dos tanques existentes 

Tanque nº Tipo Combustível Instalação 
Capacidade 

(m3) 

Teste de 

estanqueidade 

1 Pleno D 2012 30,0 Sim / 2012 

2 Pleno D 2012 15,0 Sim / 2012 

3 Bipartido D / A 2012 15,0 / 15,0 Sim / 2012 

Legenda: D = Diesel, Q = Querosene. 
Fonte: Da autora (2014). 

Conforme informação do empreendedor não existem registros de vazamentos 

e/ou incidentes durante as operações de descarregamento do combustível, ou 

abastecimento de veículos realizados na área, entretanto, em 2012 foi realizada a 

troca dos tanques do empreendimento, em virtude da idade dos tanques estar 

próxima a 30 anos de uso. Além da troca de tanques foi feito o teste de 

estanqueidade dos tanques e linhas de distribuição de combustíveis, não sendo 

verificadas inconformidades nos mesmos. 



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 Os tanques atualmente em uso foram fabricados em aço carbono de parede 

dupla conforme ABNT–NBR 13.785. Também se verificou a presença de câmara de 

acesso nos tanques. O enchimento dos tanques é realizado através de bocais de 

descarga que possuem compartimento de contenção.  

A área de tancagem possui piso impermeável e canaletas de contenção 

conectadas a caixa separadora de água e óleo. 

Para controle de vazamentos, o posto possui controle de estoque através de 

leituras diárias de movimentação de combustível (LMC) e realiza coletas semestrais 

nos poços de monitoramento existentes. Foram encontrados 4 poços de 

monitoramento os quais são classificados conforme Tabela 2: 

Tabela 2 – Caracterização dos poços de monitoramento existentes na área 

Poço nº 
Diâmetro do 

poço 

 Profundidade 

(m) 

 
Tipo 

PM01 100 mm  3,00  Geomecânico 

PM02 50 mm  3,05  Geomecânico 

PM03 50 mm  3,80  Geomecânico 

PM04 50 mm  3,90  Geomecânico 

PR 50 mm  3,00  Geomecânico 

PM = Poço de Monitoramento    PR = Poço de Remediação 
Fonte: Da autora (2014). 

Com base nos dados observados em campo foi possível elaborar o  croqui do 

posto 1, contando a localização dos tanques, poços de monitoramento existentes e 

demais informações pertinentes (ANEXO A). 



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3.2 Caracterização do Posto 2 

3.2.1 Localização do Posto 2 

O Posto de Revendedor de Combustíveis intitulado de 2 localiza-se no 

município de Terra de Areia no estado do Rio Grande do Sul. Desenvolve a 

atividade de Comércio Varejista de Combustíveis líquidos, oferecendo aos seus 

clientes, além de combustíveis automotivos, também o serviço de troca de óleo e 

lavagem expressa. 

3.2.2 Caracterização da atividade do Posto 2 

Pode ser encontrado no entorno do posto (raio de 100 metros), rede de 

drenagem de águas pluviais, um restaurante e residências familiares possuindo 

poço de abastecimento para consumo humano (poços micro artesianos).  

Não foi verificada a presença de corpos hídricos no entorno imediato do 

empreendimento, no entanto sabe-se que a 15 Km do posto revendedor é 

encontrado o oceano atlântico. Além disto, o abastecimento de água do município de 

Terra de Areia é realizado pela Companhia Rio-grandense de Saneamento 

(CORSAN) que retira a água de um poço artesiano localizado a cerca de 10 km do 

empreendimento. 

O empreendimento possui duas pistas de abastecimento, sendo a primeira 

localizada de frente para a rodovia direcionada para as bombas de gasolina, álcool e 

diesel. Esta pista recebeu recentemente um novo piso de concreto composta por 

canaletas de drenagem, direcionada a caixa separadora. A segunda pista se localiza 

na lateral Sul é destinada somente para bombas de diesel que também segue 

conectadas com a caixa separadora. As canaletas presentes em ambas pistas de 

abastecimento  são feitas de material metálico,  possuem 6,0 cm de largura por 4,0 

cm de profundidade, apresentando-se em bom estado de conservação. 



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O posto revendedor de combustíveis (Posto 2) possui em sua atividade 3 

tanques subterrâneos para armazenamento de produto, os quais estão classificados 

conforme tabela 3 abaixo: 

Tabela 3 – Caracterização dos tanques existentes 

Tanque nº Tipo Combustível Instalação 
Capacidade 

(m3) 

Teste de 

estanqueidade 

1 Tripartido GA / GC / V 2008 30,0 Sim / 2009 

2 Bipartido A / D 2008 15,0 Sim / 2009 

3 Pleno D 2008 15,0 / 15,0 Sim / 2009 

Legenda: D = Diesel, V = Vazio; GA = Gasolina Aditivada;  GC = Gasolina Comum 
Fonte: Da autora (2014). 

Conforme informação do empreendedor existem registros de pequenos  

vazamentos e/ou incidentes ocorridos em 2009 e 2010 proveniente de 

descarregamento do combustível. 

 Os tanques atualmente em uso foram fabricados em aço carbono de parede 

dupla (ABNT; NBR 13.785). Também se verificou a presença de câmara de acesso 

nos tanques. O enchimento dos tanques é realizado através de bocais de descarga 

que possuem compartimento de contenção.  

A área de tancagem possui piso impermeável e canaletas de contenção 

conectadas a caixa separadora de água e óleo. 

Para controle de vazamentos, o posto possui controle de estoque através de 

leituras diárias de movimentação de combustível (LMC) e realiza coletas semestrais 

nos poços de monitoramento existentes. Foram encontrados 6 poços de 

monitoramento os quais são classificados conforme Tabela 4 abaixo: 

  



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Tabela 4 – Caracterização dos poços de monitoramento existentes na área 

Poço nº Diâmetro do poço Profundidade (m) Tipo 

PM01 100 mm 3,00 Geomecânico 

PM02 100 mm 3,00 Geomecânico 

PM03 100 mm 3,00 Geomecânico 

PM04 100 mm 3,20 Geomecânico 

PM05 50 mm 3,00 Geomecânico 

PM 06 50 mm 3,00 Geomecânico 

PR 50 mm 3,00 Geomecânico 

PM = Poço de Monitoramento   Poço de Remediação 
Fonte: Da autora (2014). 

Com base nos dados observados em campo foi possível fazer o croqui do 

posto 2, contando a localização dos tanques, poços de monitoramento existentes e 

demais informações pertinentes (ANEXO B). 

3.3 Descrição das etapas 

As etapas do presente trabalho ocorreram  da seguinte forma: 

1. Coleta de amostras do solo local dos dois postos de combustíveis; 

2. Análise do solo, parâmetros pH, Fe e Matéria Orgânica no laboratório da 

UNIVATES;  

3. Coleta das amostras da água subterrânea antes da aplicação do Fenton; 

4. Envio das amostras de água para o laboratório Analytical Solutions para 

análise dos parâmetros de BTEX, PAH’s e TPH; 

5. Aplicação do Fenton no poço de remediação de posto localizado em Terra 

de Areia e no poço de remediação de Lajeado; 



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6. Coleta de amostras dos dois poços após a neutralização do Fenton 

(quando cessar a reação).  

Cabe salientar que esse trabalho tem o propósito de padronizar as 

concentrações de Fe e de H2O2 que podem ser adicionados em poços de 

combustíveis, a fim de auxiliar os profissionais que atuam em campo. 

3.4 Coleta do solo local 

A coleta de solo de ambos postos revendedores de combustíveis foi feita  

com trado mecanizado helicoidal.  O trado possui brocas 1,0 metro de comprimento 

por 100 mm de diâmetro que são acopladas até atingir a profundidade necessária. O 

equipamento é rotacionado por um motor elétrico com potência de 3Hp e o  motor da 

marca Bristol encontra-se acoplado a um suporte, conforme pode ser verificados nas 

Figuras 10 e 11. 

Figura 10 – Sondagem realizada 

no Posto 1 

Figura 11 – Sondagem realizada 

no Posto 2 – 

  

Fonte: da autora (2014)             Fonte: da autora (2014) 

 



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As Figuras 10 e 11 mostram a diferença de coloração de solo do Posto 1 

(argiloso) e do Posto 2 (arenoso). A coloração do solo pode ser utilizada como 

técnica de classificação, da devido a seus componentes e de suas proporções. 

Pode-se verificar que há presença de ferro nos postos, provavelmente devido à 

formação rochosa contendo a goethita e a hematita que contém os mais comuns 

óxidos de ferro, apresentando coloração amarela e vermelha, o que pode ser visto 

nas Figuras 10 e 11 (FERREIRA et al., 2007). 

No Posto 1 a coleta de solo local foi feito dia 31/07/2014, sendo no Posto 2 a 

coleta de amostras de solo foi feita dia 06/08/2014. O solo foi coletado a uma 

profundidade de 3 metros, conforme a profundidade máxima do poço de remediação 

instalado.  O local onde foram feitas as coletas de solo está demostrado nos croquis 

dos respectivos postos revendedores de combustíveis.  

Após a coleta, o solo foi armazenado em sacos plásticos estéreis fornecidos 

pelo laboratório para posterior análise dos parâmetros físico-químicos na 

UNIVATES. 

3.4.1 Análise do solo 

As análises de solo de ambos postos revendedores de combustíveis foram 

feitas no laboratório da UNIVATES para os parâmetros de pH, Fe e matéria 

orgânica. 

3.4.2 Análise do pH do solo 

A análise do pH do solo foi feita no laboratório de Biorreatores da UNIVATES. 

A metodologia adotada para analise deste parâmetro foi conforme determinado pelo 

Standard Methods (2012). 

Para a realização desta metodologia foi utilizados os seguintes equipamentos 

• Becker; 



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• Balança analítica marca Schimadzu, modelo AW220; 

• Vidro relógio; 

• Espátula; 

• pHmetro digital 

Utilizando o vidro relógio foi pesado 50 g de solo separadamente, para ambos 

postos revendedores de combustíveis. Após a pesagem foi utilizado 50 mL de água 

deionizada sendo dissolvida a solução.  

3.4.3 Análise de ferro do solo 

A análise de solo de ambos postos revendedores de combustíveis foram 

feitas no laboratório da química da UNIVATES. A metodologia adotada para análise 

deste parâmetro foi conforme determinado pelo Standard Methods (2012). 

Para realização desta metodologia foi utilizado os seguintes equipamentos: 

• balança de precisão da marca Bel Enginnering modelo Marck 2010 A; 

• cadinhos; 

• forno mufla da marca Marconi, modelo MA 385/2; 

• dessecador; 

• pipetas; 

• balão volumétrico; 

• filtro de papel; 

• funil; 

• becker; 

• chapa metálica da marca Velp Scientifica, modelo RC2 Heating Plate; 

Primeiramente realizou a pesagem em balança de precisão dos cadinhos 

para posteriormente ser colocado 3 g de amostra de solo em cada cadinho. As 



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amostras foram feitas em triplicata assim como o branco. Após feito este 

procedimento todos os cadinhos foram colocados em forno a 550°C por 12 horas. As 

Figuras 12 e 13 evidenciam as amostras sendo preparadas para serem submetidas 

ao aquecimento na mufla. 

Figura 12 - Detalhe das amostras de solo 

prontas para serem inseridas no forno mufla 

Figura 13 – Detalhe dos cadinhos 

sendo inseridos no forno mufla 

  

Fonte: da autora (2014). Fonte: da autora (2014). 

Após passar em 12 horas em forno mufla foi adicionado em um Becker 20 mL 

de ácido sulfúrico 1:1 a 50 % e 10 mL de água deionizada. Após este procedimento 

os beckers foram colocados sobre um chapa metálica ligada a 200 °C.  Quando a 

composição chegou à volumetria de 20 mL os beckers foram retirados da chapa e as 

amostras foram filtradas e transferidas para o balão volumétrico de 100 mL. As 

Figuras 14 e 15 mostram o procedimento de redução de volume. 



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Figura 14 – Detalhe da chapa metálica 

contendo as amostras 

Figura 15 – Detalhe das amostras sendo 

filtradas 

  

Fonte: da autora (2014). Fonte: da autora (2014). 

Todas as amostras foram conduzidas para o laboratório UNIANÁLISES da 

UNIVATES  em caixa de isopor com gelo para a realização da leitura. Preservou-se 

as amostras a temperatura de 4 ºC até a entrega ao laboratório. O ferro foi 

determinado por espectrometria de absorção atômica com chama. 

3.4.4 Análises de matéria orgânica 

A análise de matéria orgânica do solo de ambos postos revendedores de 

combustíveis foram feitas no laboratório de biorreatores da UNIVATES. A 

metodologia adotada para a realização da análise deste parâmetro foi conforme 

determinado pela Embrapa (1997). 

Para a realização desta metodologia foi utilizado as seguintes vidrarias e 

equipamentos: 

• Pipetador; 

• Pipetas volumétricas de 50mL e 2mL; 

• Proveta; 

• Erlemeyer; 



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• Vidro relógio; 

• Espátula; 

• Balões volumétricos; 

• Bureta; 

• Becker; 

• Balança analítica marca Schimadzu, modelo AW220; 

• Bateria de Sebelin marca Quimis Aparelhos Científicos Ltda, modelo Q388-

268. 

Para iniciar o procedimento primeiramente foi feita a tritura de 

aproximadamente 20 g de solo e posteriormente passado na peneira. Após 

utilizando o vidro relógio foi feita a pesagem de 0,5 g de solo triturado e colocado em 

erlenmeyer de 250 mL. Em seguida, foi adicionado 10 mL de dicromato de potássio 

0,4N nas amostras. Todos os frascos foram colocados na Bateria de Sebelin  até 

obter fervura branda durante 5 minutos conforme demostrado nas Figuras 16 e 17. 

Figura 16 – Pesagem de solo utilizando 

a balanca de precisao  

Figura 17 – Bateria de Sebelin com 

amostras de solo do solo de Lajeado 

  

Fonte: da autora (2014). Fonte da autora (2014). 

As amostras após esfriar foram adicionadas 2 mL de ácido fosfórico, 3 gotas 

de indicador difenilamina, sedo o restante avolumado com água destilada. Após este 

procedimento foi realizado a titulação com sulfato ferroso amoniacal 0,1N até que a 



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cor azul desapareça passado a ser verde. As Figuras 18 e 19 mostram o processo 

de análise de determinação de matéria orgânica. 

Figura 18 – Amostras de solo de 

Lajeado antes da titulação com sulfato 

ferroso 

Figura 19 – Amostras do solo de Lajeado 

apos a titulação com sulfato ferroso 

  

Fonte da autora (2014). Fonte da autora (2014). 

O procedimento da amostragem de matéria orgânica foi feita nos solos do 

posto de Lajeado e do posto de Terra de Areia. 

3.5 Coleta de água subterrânea antes e depois da aplicação do Fenton 

Para a amostragem da água subterrânea foi adotado a metodologia descrita 

na norma CETESB 6.410 - Amostragem e monitoramento das águas subterrâneas e 

na Norma NBR 15847/10.  

Para a coleta da água subterrânea em ambos postos utilizou-se um 

amostrador do tipo bailer constituído de polietileno de alta densidade com 

capacidade de 1L, diâmetro de 41 mm e comprimento de 93 cm, descartável. O 

coletor foi introduzido no poço com o auxílio de um fio de nylon. 

Os frascos utilizados durante as coletas foram fornecidos pelo laboratório 

Corlab Serviços Analíticos Ambientais Ltda, limpos, esterilizados, identificados e 

acondicionados até o início dos trabalhos.  



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As amostras de água subterrânea antes da aplicação do Fenton e depois da 

aplicação foram conduzidas para o laboratório Corlab Serviços Analíticos Ambientais 

Ltda localizado no município de São Paulo/SP.  Utilizando isopor e gelo preservou-

se as amostras a temperatura de 4ºC. Este laboratório efetuou as análises dos 

parâmetros TPH, BTEX e PAH, em virtude da UNIVATES não possuir estrutura 

laboratorial para análise destes parâmetros. 

3.6 Ajuste de pH  

Em ambos postos revendedores de combustíveis antes da aplicação do 

Fenton foi feito primeiramente a leitura do pH da água subterrânea. A partir desta 

leitura foi feito a dosagem de ácido cítrico (C6H8O7) até que o pH atingisse o valor de 

3.  

Para todas as leituras de pH realizadas no presente trabalho foi utilizado fitas 

de medição de pH universal.  

3.7 Aplicação do Fenton  

Antes de iniciar os trabalhos de aplicação in situ do processo Fenton nos 

poços subterrâneos de remediação ambiental, foi feita a demarcação do local e o 

isolamento da área com o auxílio de cones sinalização. Além disto, foi utilizado 

Equipamentos de Proteção Individual- EPI’s, desde o manuseio até a aplicação do 

produto.    

Os reagentes empregados e suas concentrações estão relacionadas a seguir: 

• Solução de sulfato de ferro heptahidratado (FeSO4:7H2O) 1 molar; 

• Solução de peróxido de hidrogênio 30 %. 



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A injeção de reagentes nos poços de remediação será feita por gravidade. 

Nessas condições, os reagentes injetados se dispersam sobre a lâmina d’água e 

misturam com a zona de reação. 

Inicialmente foi adotado a proporção de Fe2+ 10 mg L-1; H2O2: 100 mg L-1 em 

pH 3 , conforme Tiburtius et al (2005).  

Para a injeção de reagentes foi utilizada duas bombonas de 30 L, uma para 

cada solução, dotadas de torneiras para controle do fluxo das soluções, conectadas 

às mangueiras flexíveis que liberam os reagentes diretamente no interior dos PRs. 

Na Figura 20, está representada os equipamentos que serão utilizados para a 

aplicação do Fenton. 

Figura 20 – Ilustração dos equipamentos utilizados para aplicação do Fenton em 

poço de remediação 

 

Fonte: Da autora (2014). 

Após a injeção dos reagentes, as tampas dos poços de remediação foram 

colocadas para que a pressão exercida pelos gases liberados na reação auxiliasse 

na difusão dos reagentes. 

Após a aplicação do produto, em 24 horas foi feita nova coleta de amostras 

para a verificação do comportamento dos contaminantes.  



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Os parâmetros analisados nas amostras foram BTEX, PAH’s e TPH por 

cromatografia gasosa, sendo feitos em laboratório terceirizados credenciados pela 

FEPAM.  



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4 RESULTADOS E DISCUSSÕES 

4.1 Resultado de pH do solo 

O pH do solo influencia no crescimento e disponibilidade da comunidade viva 

dos solos, pois condiciona e dispõe os nutrientes minerais para o crescimento 

vegetal. No presente trabalho o pH é importante para a verificação da acidez e sua 

influência no comportamento da aplicação do reagente Fenton. As principais fontes 

de acidez de um solo são: a matéria orgânica, dióxido de carbono, perda de cátions 

básicos e os sais solúveis.  

No posto 1 as características de solos escuros com consideráveis teores de 

matéria orgânica total ou parcialmente decomposta confira o pH  ácido no valor de 

5,74.  Entretanto no posto 2 cuja característica do solo são arenosos derivados de 

sedimentos não consolidados apresentou o pH de 6,87, ligeiramente ácido. 

 

4.2 Resultado das análises de ferro do solo 

O ferro é considerado um micronutriente na forma de cátions encontrados no 

solo. Estes são predominantes em solos com alto teor em argila e de matéria 

orgânica. O que está de acordo com os teores de Fe encontrados nos solos 

analisado (FERREIRA et al., 2007). 



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Silveira et al. (2006) relata que a  formação dos óxidos de Fe, também é 

influenciada pela dinâmica da água nos solos. Estes podem reter quantidades 

substanciais de metais pesados e influenciando a sua mobilidade no ambiente. 

 As análises de ferro do solo do Posto 1, apresentou o resultado de 0,9 g/Kg. 

Entretanto, a amostra de solo do Posto 2 apresentou o resultado de 0,6 g/Kg. 

De certa forma o resultado das análises de solo confirma a bibliografia 

pesquisada de descrição dos solos de cada região. Conforme Streck (2002), o autor 

descreveu o solo de Lajeado como caracterizado por apresentar altos teores de 

ferro, diferentemente do solo de Terra de Areia, onde a presença de ferro é baixa. 

Além disto, a diferença de coloração do solo coloração demonstradas nas 

Figuras 10 e 11 pode ser utilizada como critério para caracterizar e diferenciar os 

solos.   

4.3 Resultado das análises de matéria orgânica do solo 

Para obter os resultados das análises de matéria orgânica do solo, conforme 

Embrapa (1997) utilizou-se os seguintes cálculos: 

Carbono orgânico (g) = [40-(volume gasto x f)] x 0,6 

f = 40/volume de sulfato ferroso gasto na prova em branco 

A amostra de solo de Lajeado apresentou a média dos resultados de 22,032 g 

de carbono total. Entretanto a amostra de solo de Terra de Areia apresentou média 

dos resultados de 4,542 g para análise do mesmo parâmetro. 

Conforme Embrapa (1997) a percentagem de matéria orgânica pertencente a 

amostra é calculada multiplicando o resultado de carbono orgânico por 1,724. Isto 

deve-se ao fato de que a composição média do húmus é de 58% de carbono. 

Dessa forma, para obter a Matéria Orgânica, segue a fórmula: 

Matéria Orgânica (g) = C x 1,724 

O solo é composto por cerca de até 5 % de matéria orgânica. Esta possui o 

maior reservatório de carbono terrestre. A matéria orgânica determina a 



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produtividade do solo, pois serve como fonte de alimento de microrganismos.  Para 

que ocorra o acumulo de matéria orgânica no solo são necessárias condições 

especiais, entre elas a temperatura e a disponibilidade de oxigênio. Isto ocorre 

porque com a temperatura menor a matéria orgânica não degrada rapidamente. 

Entretanto, em águas e solos que contem grandes quantidades de água, a 

vegetação se degrada, acumulando a matéria orgânica. (AMADO et al., 1999). 

  Existem vários componentes biologicamente ativos no solo orgânico. Entre 

eles o mais significante para o presente trabalho é o húmus. O húmus do solo é 

composto por ácidos húmicos e fúlvicos, humina e lignina. Os anéis aromáticos 

conectados por cadeias de alquilas, grupos hidroxilas e grupos metilas estão entre 

os principais componentes químicos da lignina. (BRAGA, GASTÃO M., 2010)  

 Amado et al. (1999) descreve a matéria orgânica é uma das principais  

formas de proteção à ação da erosão causada pela água. Esta favorece a estrutura 

do solo, tanto na sua formação quanto na sua estabilidade. Além disto, os autores 

descrevem que a “construção” da matéria orgânica é feita  pela existência do 

resíduo orgânico na superfície do solo, regulada pela quantidade de Carbono e 

Nitrogênio.   

Para o resultado de matéria orgânica do solo de Lajeado apresentou 37,98 g, 

ou seja, cerca de aproximadamente 3,8 % da composição do solo é matéria 

orgânica. Da mesma forma o solo de Terra de Areia apresentou o resultado de 7,83 

g para análise de matéria orgânica do solo, ou seja, cerca de 0,79% da composição 

do solo deste município é de matéria orgânica.  

Os resultados acima confirmam a descrição do solo de ambos municípios 

feitos por Streck (2002). O autor descreve que o município de Lajeado possui 

características de solos que apresentam razoáveis teores de material orgânico. 

Entretanto, no município de Terra de Areia consistem basicamente em depósitos 

praiais eólicos, contendo areia quartosa fina a média, ou seja, baixa presença de 

material orgânico.  

Envangelista (2009) enfatiza que vários estudos experimentais foram 

realizados no sentido de verificar a influência dos compostos orgânicos do solo no 

processo Fenton. De modo geral concluiu que a matéria orgânica dos contaminantes 



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possui grande afinidade com a matéria orgânica presente nos solo, influenciando na 

quantidade de aplicações necessárias para a descontaminação do meio 

subterrâneo. 

4.4 Resultados da aplicação de Fenton no Posto 1 

Primeiramente foi feito a leitura do pH da água subterrânea para posterior 

fazer o ajuste com ácido cítrico. A leitura mostrou o pH de 6. Para diminuir o pH foi 

utilizado 200 g de ácido cítrico, diluídos em 0,5 L de água. 

A determinação da quantidade de H2O2 e ferro (Fenton) a ser utilizada no 

poço de remediação localizado no município de Lajeado partiu  dos resultados das 

análises de solo feitas nos laboratórios da UNIVATES. Como a amostra de solo do 

Posto 1 apresentou altos terrores de e de matéria orgânica, (37,98 g) e ferro (0,9 

g/kg), optou-se em utilizar somente a solução de peróxido de hidrogênio a 30 %, não 

sendo necessário adicionar a solução de sulfato de ferro. Tal situação foi adotada 

em virtude de que o ferro presente no solo atua como catalisador, dispensando a 

utilização do ferro solúvel na aplicação para a decomposição do H2O2, conforme 

descrito por Nogueira et al. (2007). Além disto o autor descreve outro fator 

importante que influencia diretamente na degradação dos contaminantes no meio 

subterrâneo é a concentração de matéria orgânica.  

Outro autor descreve a importância da presença de matéria orgânica no solo 

nas aplicações de Fenton. Evangelista (2009) salienta que no modo geral, a matéria 

orgânica dos contaminantes possui grande afinidade com a matéria orgânica 

presente nos solo. O autor ainda descreve que a quantidade da matéria orgânica 

encontrada na matriz do solo influencia na quantidade de aplicações necessárias 

para a descontaminação do meio subterrâneo.  

Utilizando a metodologia de aplicação e equipamentos já descritos a 

aplicação do H2O2 no Posto 1 ocorreu dia 02/09/14. Foi observado in situ que o H2O2 

ao entrar em contato com a água freática contaminada por hidrocarbonetos, assim 

como todo o meio subterrâneo impactado, resultou em uma reação forte, conforme 

pode ser verificado nas imagens a seguir: 



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