CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIVATES 

CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ANÁLISE DO DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIRO DE 

EMPRESAS DA REGIÃO DO VALE DO TAQUARI - RS 

 

Geisibel Costa da Silva 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Lajeado, outubro de 2014



 

Geisibel Costa da Silva 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ANÁLISE DO DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIRO DE 

EMPRESAS DA REGIÃO DO VALE DO TAQUARI - RS 

 

Monografia apresentada à disciplina de 
Estágio Supervisionado – Pesquisa Aplicada 
do Curso de Ciências Contábeis, do Centro 
Universitário UNIVATES. 
 
Orientador: Me. Adriano José Azeredo 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Lajeado, outubro de 2014



 

RESUMO 

Este trabalho consiste em analisar as demonstrações financeiras no período de 
2010 a 2013 de quinze empresas com sede matriz instalada na Região do Vale do 
Taquari e que atuam no ramo da indústria e do varejo. Utiliza a técnica de analise 
por índice padrão, demonstrando o comportamento das empresas e também 
contribuindo como ferramenta a ser utilizada pelos stakeholders na tomada de 
decisões. A análise das demonstrações financeiras visa demonstrar com base nas 
informações contábeis extraídas das empresas, a posição econômico-financeira 
atual, as causas de sua evolução e as tendências futuras analisando o presente com 
base no passado. Quanto aos objetivos, o trabalho consiste em uma pesquisa 
descritiva que através dos dados analisados é possível compara-los com outros 
indicadores, classifica-los, e posteriormente descrever os resultados e também em 
uma pesquisa exploratória, visto que não há nenhum estudo sobre esta amostra. 
Após confrontar e analisar as informações verificou-se que as empresas não 
apresentam uma tendência de comportamento uniforme, não sendo possível 
identificar um padrão para as mesmas. 
 
Palavras-chave: Análise. Demonstrações financeiras. Índice padrão. 

Comportamento econômico-financeiro. Vale do Taquari. 

 



 

LISTA DE QUADROS 

Quadro 1 – Estrutura básica do Balanço Patrimonial. ............................................... 16 

Quadro 2 – Estrutura da Demonstração do Resultado do Exercício. ........................ 19 

Quadro 3 – Estrutura das Demonstrações de Lucros ou Prejuízos Acumulados. ..... 20 

Quadro 4 – Estrutura da Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido. ........ 21 

Quadro 5 – Demonstração dos Fluxos de Caixa – Método Indireto. ......................... 22 

Quadro 6 – EBITDA................................................................................................... 33 

Quadro 7 – Empresas analisadas. ............................................................................ 47 

Quadro 8 – Índice padrão da liquidez imediata. ........................................................ 55 

Quadro 9 – Índice padrão da liquidez corrente. ......................................................... 57 

Quadro 10 – Índice padrão da liquidez seca. ............................................................ 58 

Quadro 11 – Índice padrão da liquidez geral. ............................................................ 59 

Quadro 12 – Índice padrão da participação do capital de terceiros sobre o capital 
próprio. ...................................................................................................................... 62 

Quadro 13 – Índice padrão da composição de endividamento. ................................. 63 

Quadro 14 – Índice padrão do endividamento total. .................................................. 64 

Quadro 15 – Índice padrão da imobilização do patrimônio líquido. ........................... 66 

Quadro 16 – Índice padrão da margem bruta ............................................................ 68 

Quadro 17 – Índice padrão da margem operacional. ................................................ 70 

Quadro 18 – Índice padrão da margem líquida. ........................................................ 71 

Quadro 19 – Índice padrão da margem de EBITDA .................................................. 72 

Quadro 20 – Índice padrão da rentabilidade sobre o ativo total ................................ 76 

Quadro 21 – Índice padrão da rentabilidade sobre patrimônio líquido ...................... 77 

Quadro 22 – Índice padrão da alavancagem operacional ......................................... 79 

Quadro 23 – Índice padrão da alavancagem financeira ............................................ 81 

 



 

LISTA DE GRÁFICOS 

Gráfico 1 – Liquidez imediata. ................................................................................... 55 

Gráfico 2 – Liquidez corrente. ................................................................................... 56 

Gráfico 3 – Liquidez seca. ......................................................................................... 58 

Gráfico 4 – Liquidez geral.......................................................................................... 59 

Gráfico 5 – Comparativo de índice padrão dos índices de liquidez. .......................... 60 

Gráfico 6 – Participação do capital de terceiros sobre o capital próprio. ................... 61 

Gráfico 7 – Composição de endividamento. .............................................................. 62 

Gráfico 8 – Endividamento total. ............................................................................... 64 

Gráfico 9 – Imobilização do patrimônio líquido .......................................................... 65 

Gráfico 10 – Comparativo de índice padrão dos índices de endividamento .............. 66 

Gráfico 11 – Margem bruta ........................................................................................ 68 

Gráfico 12 – Margem operacional ............................................................................. 69 

Gráfico 13 – Margem líquida ..................................................................................... 70 

Gráfico 14 – Margem EBITDA ................................................................................... 72 

Gráfico 15 – Comparativo de índice padrão dos índices de lucratividade. ................ 73 

Gráfico 16 – Rentabilidade sobre o ativo total ........................................................... 75 

Gráfico 17 – Rentabilidade sobre o patrimônio líquido. ............................................. 76 

Gráfico 18 – Comparativo de índice padrão dos índices de rentabilidade ................ 77 

Gráfico 19 – Alavancagem operacional ..................................................................... 79 

Gráfico 20 – Alavancagem financeira ........................................................................ 80 

Gráfico 21 – Comparativo de índice padrão dos índices alavancagem ..................... 81 

Gráfico 22 – Capital circulante líquido ....................................................................... 82 

Gráfico 23 – Necessidade de capital de giro ............................................................. 83 

Gráfico 24 – Diagrama de dispersão dos indicadores de liquidez ............................. 84 



 

SUMÁRIO 

1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 8 

 

2 REFERENCIAL TEÓRICO ..................................................................................... 11 

2.1 Objetivo da análise das demonstrações .............................................................. 11 

2.2 Usuários da análise das demonstrações ............................................................. 12 

2.2.1 Fornecedores ................................................................................................... 13 

2.2.2 Clientes ............................................................................................................ 13 

2.2.3 Instituições financeiras ..................................................................................... 13 

2.2.4 Acionistas ......................................................................................................... 14 

2.2.5 Concorrentes .................................................................................................... 14 

2.2.6 Governo ............................................................................................................ 14 

2.2.7 Administradores................................................................................................ 15 

2.3 Demonstrações financeiras ................................................................................. 15 

2.3.1 Balanço Patrimonial.......................................................................................... 16 

2.3.2 Demonstração do Resultado do Exercício ....................................................... 18 

2.3.3 Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados ...................................... 19 

2.3.4 Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido ....................................... 20 

2.3.5 Demonstração dos Fluxos de Caixa ................................................................. 21 

2.4 Técnicas de análise das demonstrações ............................................................. 23 

2.4.1 Análise através de índices ................................................................................ 23 

2.4.1.1 Índices de liquidez ......................................................................................... 24 

2.4.1.1.1 Liquidez imediata........................................................................................ 24 

2.4.1.1.2 Liquidez corrente ........................................................................................ 25 

2.4.1.1.3 Liquidez seca.............................................................................................. 26 



 

2.4.1.1.4 Liquidez geral ............................................................................................. 26 

2.4.1.2 Índices de endividamento .............................................................................. 27 

2.4.1.2.1 Participação do capital de terceiros sobre capital próprio .......................... 28 

2.4.1.2.2 Composição de endividamento .................................................................. 28 

2.4.1.2.3 Endividamento total .................................................................................... 29 

2.4.1.2.4 Imobilização do Patrimônio Líquido ............................................................ 30 

2.4.1.3 Índices de lucratividade (ganho sobre vendas) ............................................. 30 

2.4.1.3.1 Margem bruta ............................................................................................. 30 

2.4.1.3.2 Margem operacional ................................................................................... 31 

2.4.1.3.3 Margem líquida ........................................................................................... 32 

2.4.1.3.4 Margem do EBITDA ................................................................................... 32 

2.4.1.4 Índices de rentabilidade ................................................................................. 34 

2.4.1.4.1 Rentabilidade sobre o Ativo Total (Investimento total) ............................... 34 

2.4.1.4.2 Rentabilidade sobre o Patrimônio Líquido .................................................. 35 

2.4.1.5 Capital circulante líquido ............................................................................... 35 

2.4.1.6 Necessidade de Capital de Giro .................................................................... 36 

2.4.1.7 Saldo de tesouraria ....................................................................................... 37 

2.4.1.8 Efeito tesoura ................................................................................................ 38 

2.4.1.9 Alavancagem operacional ............................................................................. 39 

2.4.1.10 Alavancagem financeira .............................................................................. 40 

2.5 Índice padrão ....................................................................................................... 40 

2.5.1 Mediana ............................................................................................................ 41 

2.5.2 Quartis .............................................................................................................. 42 

 

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ............................................................... 44 

3.1 Tipos de pesquisa ............................................................................................... 44 

3.1.1 Quanto aos objetivos ........................................................................................ 45 

3.1.2 Quanto aos procedimentos .............................................................................. 45 

3.1.3 Abordagem qualitativa e quantitativa................................................................ 46 

3.2 Unidade de análise e população ......................................................................... 46 

3.3 Coleta de dados .................................................................................................. 47 

3.4 Tratamento de dados .......................................................................................... 48 

3.5 Limitações ........................................................................................................... 49 

 

4 CARACTERIZAÇÃO DAS EMPRESAS ................................................................ 50 



 

5 ANÁLISE APLICADA ............................................................................................ 54 

5.1 Índices de liquidez ............................................................................................... 54 

5.1.1 Liquidez imediata.............................................................................................. 54 

5.1.2 Liquidez Corrente ............................................................................................. 56 

5.1.3 Liquidez Seca ................................................................................................... 57 

5.1.4 Liquidez Geral .................................................................................................. 59 

5.2 Índices de Endividamento ................................................................................... 61 

5.2.1 Participação do capital de terceiros sobre o capital próprio ............................. 61 

5.2.2 Composição de endividamento ........................................................................ 62 

5.2.3 Endividamento total .......................................................................................... 63 

5.2.4 Imobilização do patrimônio líquido ................................................................... 65 

5.3 Índices de lucratividade ....................................................................................... 67 

5.3.1 Margem bruta ................................................................................................... 67 

5.3.2 Margem operacional ......................................................................................... 69 

5.3.3 Margem líquida ................................................................................................. 70 

5.3.4 Margem EBTIDA .............................................................................................. 71 

5.4 Índices de rentabilidade ....................................................................................... 74 

5.4.1 Rentabilidade sobre o ativo total (investimento total) ....................................... 75 

5.4.2 Rentabilidade sobre o patrimônio líquido ......................................................... 76 

5.5 Alavancagem operacional ................................................................................... 78 

5.6 Alavancagem financeira ...................................................................................... 80 

5.7 Capital circulante líquido ..................................................................................... 82 

5.8 Necessidade de capital de giro ........................................................................... 83 

5.9 Análise geral ........................................................................................................ 84 

 

6 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 87 

 

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 89 

 

ANEXOS ................................................................................................................... 91 

 

APÊNDICES ............................................................................................................. 93 

 



8 

1 INTRODUÇÃO 

A contabilidade é o instrumento que fornece o máximo de informações úteis 

para a tomada de decisões, pois visa coletar, organizar e registrar a documentação 

representativa das transações da empresa, resultando ao final em demonstrações, 

relatórios econômicos e financeiros destinados ao estudo e controle do patrimônio 

da entidade. As técnicas utilizadas para mensurar estas informações são a 

escrituração, as demonstrações financeiras, a auditoria e a análise das 

demonstrações. 

A análise das demonstrações inicia-se a partir das demonstrações 

financeiras, onde os dados coletados são utilizados para calcular quocientes índices 

ou coeficientes, através destes resultados o analista avalia a organização no 

presente com base no passado e projeta o seu futuro, com isso, facilita a tomada de 

decisão dentro da organização. 

Dentre as técnicas mais utilizadas na análise das demonstrações está a 

técnica de análise de índices, a qual fornece ampla visão da situação econômica ou 

financeira da empresa (ASSAF NETO, 2012). 

A análise das demonstrações através de índices só adquire consistência e 

objetividade quando os índices são comparados com padrões, os quais são 

apurados através da comparação de empresas do mesmo porte, atividade e região. 

Nas empresas a análise das demonstrações é importante, pois permite 

constituir um painel de controle para a administração; serve como ferramenta para 

os stakeholders que se relacionam ou pretendem se relacionar com a empresa; 



9 

permite diagnosticar o empreendimento, revelando os pontos críticos e a prioridade 

para a solução dos problemas, demonstra a visão estratégica dos planos da 

empresa, estimando seu futuro, suas limitações e suas potencialidades. 

Diante disto, o presente estudo tem como tema o desempenho econômico-

financeiro de empresas com sede matriz localizadas na região do Vale do Taquari – 

RS, com base nas demonstrações financeiras dos períodos de 2010 a 2013 e 

utilizando-se da técnica de análise econômica e financeira por índice padrão. 

O Vale do Taquari possui localização estratégica, com fácil acesso a outras 

regiões do Estado, é considerado o 3º polo econômico do estado RS; possui 36 

municípios onde vivem o equivalente a 3,07% da população do RS, apresenta um 

Produto Interno Bruto de 8,5 milhões (dados FEE/RS 2013). Com uma economia 

bastante diversificada, destaca-se a agroindústria, indústria de alimentos, bebidas, 

do vestuário, artefatos de tecidos e calçados o que a torna muito atrativa para os 

investidores. Assim, qual é o comportamento econômico financeiro destas empresas 

perante o índice padrão do grupo analisado? 

O objetivo geral deste estudo é identificar o índice padrão do grupo de 

empresas analisadas da região do Vale do Taquari e o comportamento econômico-

financeiro de cada em relação ao índice encontrado. 

Com intuito de atingir o objetivo geral, os objetivos específicos são: 

a) Identificar o perfil das empresas; 

b) Coletar demonstrações financeiras para a análise; 

c) Padronizar as demonstrações financeiras; 

d) Definir os indicadores a serem utilizados; 

e) Coletar os dados que compõem os indicadores; 

f) Calcular os indicadores; 

g) Calcular o índice-padrão destes indicadores; 

h) Comparar indicadores de cada empresa com o índice-padrão;  



10 

i) Analisar os resultados encontrados; 

j) Descrever o comportamento econômico-financeiro das empresas e do 

grupo. 

O estudo aplicado sobre análise das Demonstrações Financeiras é a principal 

ferramenta para a política de crédito, avaliação da viabilidade dos negócios e o 

controle geral de uma empresa, influenciando e contribuindo com a administração 

para a tomada de decisão. 

Para o acadêmico este estudo é de suma importância, pois é uma 

oportunidade de aprofundar conhecimentos para aplicar no seu âmbito profissional, 

em função de hoje trabalhar numa instituição financeira que diariamente se depara 

com a necessidade de analisar as demonstrações financeiras e extrair informações 

para a tomada de decisão na concessão de crédito. 

Para a Região do Vale do Taquari este estudo serve de referência para as 

empresas verificarem de como esta seu comportamento econômico-financeiro em 

relação ao comportamento padrão de todas as empresas, fazendo com que possam 

analisar e desenvolver mecanismos para manter ou alcançar a excelência do 

negócio ficando de acordo com o padrão. 

Para a Univates, é uma oportunidade de demonstrar que o estudo sobre 

análise de demonstrações financeiras comparada com padrões proporciona 

resultados mais atrativos e precisos para quem utiliza destas informações, 

demonstrando a contribuição da academia para investidores da região. 



11 

2 REFERENCIAL TEÓRICO 

A contabilidade vista como uma ciência se divide em diversas áreas como: de 

custo, financeira, tributária, patrimonial, entre outras. Seus objetivos são associados 

ao processo de registro e controle patrimonial, a tomada de decisão e a gestão 

empresarial. 

Na área financeira, a contabilidade permite através das análises das 

demonstrações que se obtenham expectativas para o futuro da organização 

analisando eventos passados. 

Foi em meados do século passado que surgiu a técnica de análise das 

demonstrações, quando os banqueiros americanos passaram a solicitar os balanços 

patrimoniais às empresas tomadoras de crédito com intuito de examinar dados para 

a tomada de decisão na concessão de crédito. Com o passar dos anos, a 

necessidade de informação pelas partes interessadas foi aumentando e a análise 

das demonstrações começou a progredir, sendo que os dados examinados 

começaram a ser comparados com outros itens resultando na geração de índices, 

possibilitando conhecer melhor a potencialidade da empresa tomadora de crédito 

(MATARAZZO, 2008). 

 

2.1 Objetivo da análise das demonstrações 

A análise das demonstrações tem por objetivo transformar dados fornecidos 

pelas demonstrações financeiras em informações úteis para a tomada de decisão. 



12 

A diferença entre dados e informações é que dados são apenas números ou 

descrição de objetos, não provocando nenhuma reação ao leitor, já informação 

representa para quem a recebe, uma comunicação que pode produzir reação ou 

decisão, geralmente acompanhada de um efeito surpresa (MATARAZZO, 2008). 

Segundo Assaf Neto (2012) a análise das demonstrações visa demonstrar 

com base nas informações contábeis extraídas das empresas, a posição econômico-

financeira atual, as causas de sua evolução e as tendências futuras analisando o 

presente com base no passado. 

Conforme Braga (1999, p.124): 

A análise das demonstrações contábeis tem por objetivo observar e 
confrontar os elementos patrimoniais e os resultados das operações, 
visando o conhecimento minucioso de sua composição qualitativa e de sua 
expressão quantitativa, de modo a revelar os fatores antecedentes e 
determinantes da situação atual, e, também, a servir de ponto de partida 
para delinear o comportamento futuro da empresa. 
 

Após a execução do processo de análise das demonstrações é possível obter 

as seguintes informações da empresa: desempenho econômico-financeiro; eficiência 

na utilização de recursos; pontos positivos e negativos; tendências e perspectivas; 

causas e alterações na rentabilidade; evidencia de erros da administração. Tais 

informações são apresentadas em relatórios de análises, os quais devem abranger 

uma linguagem descomplicada, facilitando a interpretação e o conhecimento das 

partes interessadas (MATARAZZO, 2008). 

Portanto a análise das demonstrações é a principal ferramenta utilizada para 

a tomada de decisão dos stakeholders. Diante disso, para que os resultados 

encontrados na análise das demonstrações sejam confiáveis, é fundamental existir 

qualidade da informação, isso quer dizer, rigor nos lançamentos contábeis; uso 

adequado dos princípios contábeis; veracidade nos valores registrados, entre outros. 

 

2.2 Usuários da análise das demonstrações 

A análise das demonstrações é importante para todos que pretendem 

relacionar-se com uma empresa, pois visa atender a diferentes objetivos nos 

interesses de seus usuários tanto pessoas físicas, como pessoas jurídicas. Cada 



13 

usuário procura detalhes específicos que traga respostas a seus interesses, ou seja, 

cada usuário está interessado em algum aspecto particular da empresa. 

Para Assaf Neto (2012) e Matarazzo (2008), os usuários, também chamados 

de stakeholders, mais importantes da análise das demonstrações de uma empresa 

são os fornecedores, clientes, instituições financeiras, acionistas, concorrentes, 

governo e seus próprios administradores. 

 

2.2.1 Fornecedores 

Os interesses dos fornecedores conforme Assaf Neto (2012) e Matarazzo 

(2008) são voltados para o conhecimento da capacidade de pagamento da empresa, 

ou seja, a sua liquidez. Em virtude dos balanços serem divulgados uma vez por ano, 

para ter mais segurança os fornecedores geralmente observam outros indicadores 

como nível de endividamento e rentabilidade, além de outras informações julgadas 

interessantes para a concessão de crédito. 

 

2.2.2 Clientes 

Para Matarazzo (2008), ocorre análise por parte do cliente quando depende 

de fornecedores que não possuam o mesmo porte dele ou que possam de alguma 

forma oferecer riscos, quando existem poucos fornecedores no mercado deve 

avaliar qual lhe proporciona mais segurança. Nesta análise os itens mais 

importantes é a capacidade física instalada de produção, a existência de projetos de 

expansão, nível dos investimentos em pesquisas e desenvolvimentos de produtos, 

condições econômicas e financeiras a curto e longo prazo e potencial de captação 

de recursos (ASSAF NETO, 2012). 

 

2.2.3 Instituições financeiras 

As instituições financeiras precisam ter conhecimento da posição de curto e 

longo prazo da empresa, pois mesmo que a operação se liquide em curto prazo, 



14 

existe a possibilidade de renovações de empréstimos e o interesse em manter a 

empresa como cliente, nesta análise os aspectos relevantes são o endividamento, a 

solvência e a rentabilidade (MATARAZZO, 2008; ASSAF NETO, 2012). 

 

2.2.4 Acionistas 

Os acionistas e investidores utilizam-se da análise das demonstrações para 

avaliar se é conveniente o investimento em ações de determina da empresa, 

observam a eficiência que a organização tem em gerar lucro e remunerar os 

recursos dos investidores e através da liquidez verificam se a empresa apresenta 

condições de continuar atuando no seu negócio (MATARAZZO, 2008; ASSAF 

NETO, 2012). 

 

2.2.5 Concorrentes 

Segundo Assaf Neto (2012, p. 49) análise de concorrentes é importante para 

que a empresa “possa melhor conhecer seu mercado e comparar sua posição 

econômico-financeira (liquidez, rentabilidade, crescimento de vendas, etc.) em 

relação ao setor de sua atividade (empresas concorrentes)”. Através de confrontos 

das análises de demonstrações entre concorrentes é possível apurar vários índices 

padrão e cada organização se auto-avaliar diante destes índices (MATARRAZO, 

2008). 

 

2.2.6 Governo 

Para o governo a análise das demonstrações contribui para a tomada de 

decisão nos processos de licitações, quando duas ou mais empresas apresentam 

propostas semelhantes surge à necessidade de identificar qual a empresa aponta 

melhores condições para ser vencedora do processo, diante disso, o governo 

através da análise das demonstrações identifica qual está com melhor situação 

financeira para ser vencedora do processo. Após a escolha da vencedora, o governo 



15 

continua monitorando a situação econômico-financeira da empresa para averiguar 

se ainda apresenta condições de cumprir as tarefas as quais se candidatou. 

(MATARAZZO, 2008; ASSAF NETO, 2012). 

A análise das demonstrações também proporciona ao governo “conhecer a 

posição financeira dos diferentes ramos e setores de atividade como forma de 

subsidiar a formulação de certas políticas econômicas” (ASSAF NETO, 2012, p. 49). 

 

2.2.7 Administradores 

Os administradores utilizam a análise das demonstrações para avaliar no 

presente os resultados de seus trabalhos, se as decisões tomadas e as políticas 

aplicadas estão atingindo os resultados esperados e com base nestes resultados 

estimar o desempenho futuro da empresa. Conforme Assaf Neto (2012, p. 49) 

avaliando os relatórios “será possível conhecer o retorno dos investimentos totais, a 

rentabilidade do capital próprio, a rotação dos ativos, o volume de dividas em 

relação ao capital dos proprietários.”. 

 

2.3 Demonstrações financeiras 

Para executar o processo de análise das demonstrações os stakeholders 

necessitam de informação da empresa a ser analisada. Para compreender as 

informações precisam entender a estrutura dos relatórios contábeis elaborados 

pelas empresas. 

Conforme estabelece a Lei das Sociedades por Ações nº 6.404/76 e 

atualizações (BRASIL, 2013) as empresas no final de cada exercício social devem 

elaborar com base nos fatos registrados pela escrituração contábil as seguintes 

demonstrações financeiras que deverão apresentar a situação do patrimônio da 

empresa e as variações ocorridas durante o exercício social: 

a) Balanço Patrimonial; 

b) Demonstração do Resultado do Exercício; 



16 

c) Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados; 

d) Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido; 

e) Demonstração dos Fluxos de Caixa; 

f) Demonstração do Valor Adicionado (companhias abertas). 

Em complemento as demonstrações financeiras, a organização deve compor 

notas explicativas com o intuito de detalhar informações importantes relacionadas 

com a situação patrimonial e do resultado do exercício, as quais não podem ser 

visualizadas nas demonstrações financeiras. 

 

2.3.1 Balanço Patrimonial 

Retrata as movimentações econômicas e financeiras ocorridas numa 

empresa, ou seja, reflete a posição das contas patrimoniais em determinado 

período, geralmente no final do exercício social ou de um período pré-determinado. 

O balanço patrimonial é constituído por três grupos: ativo, passivo e patrimônio 

líquido. 

Segundo Matarazzo (2008, p. 42) “o balanço mostra as fontes de onde 

provieram os recursos utilizados para a empresa operar – passivo e patrimônio 

líquido, e os bens e diretos em que estes recursos se acham investidos”. No Quadro 

1 apresenta-se a estrutura balanço patrimonial. 

Quadro 1 – Estrutura básica do Balanço Patrimonial. 

ATIVO PASSIVO 

Ativo Circulante 
      Disponibilidades 
      Clientes  
      Estoques 
Ativo Não Circulante 
       Realizável a longo prazo 
       Investimento 
       Imobilizado 
       Intangível 

Passivo Circulante 
      Fornecedores 
      Empréstimos de Curto Prazo 
      Impostos  
Passivo Não Circulante 
      Empréstimos de Longo Prazo 
Patrimônio Líquido  
       Capital Social 
       Reservas de Capital 
       Ajustes de Avaliação Patrimonial 
       Reservas de Lucros 
       Ações em Tesouraria 
       Lucros / Prejuízos Acumulados 

Fonte: Adaptado de ASSAF NETO, 2012 



17 

Conforme Bruni (2011) e Iudícibus (2012), o ativo compõe-se de bens e 

direitos de propriedade e controle da empresa, representa a aplicação de recursos 

da entidade. Bens é tudo que se pode mensurar em dinheiro e direitos representam 

valores a serem recebidos de terceiros, ambos devem trazer benefícios presentes e 

futuros para a empresa. 

No ativo as contas são estruturadas em ordem decrescente conforme seu 

grau de liquidez, ou seja, a capacidade de transformar o mais rápido em moeda 

corrente. O ativo se divide em dois grupos: 

a) Ativo circulante – compreende as contas que estão em constante 

movimento, como: caixa, bancos, clientes, estoques, sendo que a conversão em 

dinheiro deverá ser feita no máximo dentro do exercício social seguinte, ou seja, em 

um prazo inferior a 360 dias (BRUNI, 2011). 

b) Ativo Não Circulante – compreende as contas que possui itens com 

baixa liquidez, como: imobilizado, intangível (marcas e patentes), investimento 

(obras de arte) e que se transformarão em dinheiro no prazo superior ao termino do 

exercício social, ou seja, superior a 360 dias, como exemplo: duplicatas a receber no 

realizável a longo prazo (BLATT, 2001). 

No passivo encontra-se o conjunto de exigibilidades e obrigações da empresa 

oriundas de recursos tomados de terceiros, ou seja, representa a fonte de origens de 

recursos para a atividade da empresa (IUDÍCIBUS, 2012). O passivo se divide em: 

a) Passivo Circulante – demonstra as obrigações a serem liquidadas 

dentro do exercício social seguinte. 

b) Passivo não circulante – representa as obrigações que serão 

liquidadas após o termino do exercício social seguinte. 

O último grupo do balanço patrimonial é o patrimônio liquido, indica os 

recursos próprios da empresa que pertence a seus proprietários. Abrange o 

investimento inicial feito pelos sócios ou acionistas, os lucros ou prejuízos e reservas 

decorrentes da atividade empresarial (BRUNI, 2011). 

 



18 

O Patrimônio Líquido se subdivide conforme Assaf Neto (2012) em: 

a) Capital social – representa os valores investidos pelos proprietários na 

sociedade; 

b) Reservas de capital – se constitui através de valores aportados pelos 

proprietários, pela valorização de ativos e lucros auferidos e não distribuídos; 

c) Ajuste de avaliação patrimonial – se caracteriza pelo aumento ou 

redução de valores decorrentes da avaliação a preço de mercado de elementos do 

ativo e passivo; 

d) Reservas de lucros – são lucros retidos da empresa com finalidade 

específica, não podendo o seu montante ser superior ao capital social da empresa; 

e) Lucros/prejuízos acumulados – representa os lucros acumulados 

decorrente do resultado do exercício mais o acumulo dos resultados dos exercícios 

anteriores, ou seja, é a sobra do lucro após a empresa fazer a destinação para as 

reservas de lucros ou distribuição de dividendos, e também contempla prejuízos 

acumulados que obedece ao mesmo conceito dos lucros acumulados, porem é 

considerado como resultado retificador do patrimônio líquido fazendo com que 

diminua o valor do Patrimônio Líquido. 

 

2.3.2 Demonstração do Resultado do Exercício 

Esta demonstração indica os saldos das receitas, custos e despesas, 

desembolsáveis ou não, ocorridas na empresa durante o exercício social ou em 

período pré-determinado (mês, quinzena, semestre). Reflete os resultados líquidos 

(lucro ou prejuízo) num determinado período. 

É elaborada pelo regime de competência, ou seja, os fatos são registrados no 

momento em que ocorre independente da realização financeira, demonstrando desta 

forma apenas o desempenho econômico da empresa. (MATARAZZO, 2008; BLATT, 

2001). 



19 

O Quadro 2 apresenta a estrutura da demonstração do resultado do exercício 

composta pela divisão de seus grupos, conforme Lei das Sociedades por Ações nº 

6.404/76. 

Quadro 2 – Estrutura da Demonstração do Resultado do Exercício. 

RECEITA BRUTA DE VENDAS 

(-) Deduções da Receita bruta (impostos, devoluções e descontos concedidos) 

= RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 

(-) Custo dos Produtos Vendidos e/ou Serviços Prestados 

= LUCRO BRUTO 
(-) Despesas/Receitas Operacionais 

(-) Despesas Gerais, Administrativas e Tributárias 

(-) Despesas de Vendas 

(-) Outras Receitas Operacionais   

(-) Outras Despesas Operacionais  

= RESULTADO ANTES DO RESULTADO FINANCEIRO 

(-/+) Resultado Financeiro Líquido  

(-/+) Resultado de Equivalência Patrimonial 

= LUCRO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA E DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL  

(-) Provisão para IR e Contribuição Social 

= LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 

Fonte: Adaptado de ASSAF NETO, 2012 

 

Após o pronunciamento técnico nº 26 (R1) do Comitê de Pronunciamentos 

Contábeis – CPC (2011), as demonstrações do resultado do exercício passaram a 

ser publicadas a partir da receita líquida. 

Quando o resultado líquido final for positivo, indica que a empresa obteve 

ganho efetivo. Este ganho, também chamado de lucro, tem por finalidade remunerar 

os sócios ou acionistas e manter e/ou desenvolver o patrimônio da empresa 

(BRAGA, 1999). 

 

2.3.3 Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados 

O propósito desta demonstração é evidenciar a distribuição do lucro líquido do 

exercício na parcela destinada aos sócios-acionistas e na parcela retida para 

reinvestimento na empresa. O Quadro 3 apresenta a estrutura das Demonstrações 

de Lucros ou Prejuízos acumulados. 

 

 



20 

Quadro 3 – Estrutura das Demonstrações de Lucros ou Prejuízos Acumulados. 

SALDO INICIAL 

(+/-) Ajustes de Exercícios Anteriores 

(-) Parcela de Lucros Incorporada ao Capital Social 

(+) Reversão de Reservas 

(+/-) Resultado Líquido do Exercício 

(-) PROPOSTA DE DESTINAÇÃO DO LUCRO 

     Transferências para Reservas 

      Dividendos a Distribuir 

      Juros sobre o Capital Próprio 

(=) SALDO FINAL 

Fonte: ASSAF NETO, 2012, p. 89 

 

Após a atualização da Lei das Sociedades por Ações nº 6.404/76 pela lei nº 

11.638/07, a conta de lucros acumulados não poderá mais encerrar o exercício 

social com saldo positivo, o resultado deve ser obrigatoriamente destinado e 

contabilizado em reservas próprias. 

 

2.3.4 Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido 

Tem por objetivo demonstrar em um determinado período as mudanças 

ocorridas nas contas que constituem o patrimônio líquido, detalhando a origem e o 

valor de cada aumento ou diminuição. A estrutura da Demonstração das Mutações 

do Patrimônio Líquido pode ser conferida no Quadro 4. 

 

 

 

 

 

 

 

 



21 

Quadro 4 – Estrutura da Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido. 

Movimentações 

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 C

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Saldo em 31-12-x0                   
 Ajustes de Exercícios anteriores                   
(-) Retificação de erros                   
Aumento de Capital                   
Reversões de reservas                   
Lucro Líquido do Exercício                   
Proposta da Administração de Destinação do lucro                   
- Reserva Legal                   
- Reservas Estatutárias                   
- Reservas p/ Contingências                   
- Reserva Orçamentária                   
- Reserva de Lucros a Realizar                   
- Dividendos                   
Saldos em 31-12-x1                   
Fonte: IUDÍCIBUS, 2012, p. 55 

 

A Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido revela de forma mais 

esclarecedora, a formação e as movimentações das reservas e dos lucros, a 

apuração dos dividendos do exercício, as variações patrimoniais incorridas nas 

empresas investidas, entre outras informações e dados relevantes (ASSAF NETO, 

2012). 

 

2.3.5 Demonstração dos Fluxos de Caixa 

Em resumo esta demonstração trata das movimentações de entrada (débito) 

e saída (crédito) de dinheiro na empresa em um período determinado. Indica as 

transações ocorridas no saldo da conta caixa e equivalente de caixa, separando-as 

em fluxo financeiro das operações, dos investimentos e dos financiamentos. 

Conforme Assaf Neto (2012, p. 97) esta demonstração permite que se analise 

a capacidade de liquidez da empresa em “honrar seus compromissos perante 

terceiros (empréstimos e financiamentos) e acionistas (dividendos), a geração de 

resultado de caixa futuros e das operações atuais, e a posição de liquidez e 

solvência financeira.”. 



22 

A demonstração dos fluxos de caixa pode ser elaborada por dois métodos 

(IUDÍCIBUS, 2012): 

a) Direto: relaciona as movimentações financeiras de entrada e saída dos 

recursos gerados pelas operações normais, como recebimento de vendas, 

pagamentos fornecedores, entre outros. 

b) Indireto: é o método mais publicado, as atividades operacionais são 

evidenciadas a partir do lucro líquido do exercício ajustado com receitas e despesas 

que não afetam o caixa. 

O Quadro 5 apresenta uma estrutura sugerida de Demonstração dos Fluxos 

de Caixa. 

Quadro 5 – Demonstração dos Fluxos de Caixa – Método Indireto. 

FLUXOS OPERACIONAIS 
   Resultado Líquido 
   (+) Depreciação 
   Aumento/Redução de Duplicatas a Receber 
   Aumento em Duplicatas Descontadas 
   Aumento em Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa 
   Aumento/Redução em Estoques 
   Aumento/Redução em Fornecedores 
   Redução de Salários a Pagar 
   Outros 
Caixa Líquido das Atividades 
FLUXOS DE INVESTIMENTOS 
   Pagamento na Compra de Imobilizado 
   Recebimento pela Venda de Imobilizado 
   Outros 
Caixa Líquido de Investimentos 
FLUXOS DE FINANCIAMENTO 
   Integralização de Aumento de Capital 
   Amortização de Empréstimos e Financiamentos 
   Recebimento/Pagamento de Dividendos 
   Novas Captações de Empréstimos e Financiamentos 
   Outros 
Caixa Líquido de Financiamentos 
AUMENTO/REDUÇÃO DE CAIXA 
SALDO INICIAL DE CAIXA 
SALDO FINAL DE CAIXA 
Fonte: ASSAF NETO (2012, p. 98) 

 

A demonstração de fluxo de caixa quando usada em conjunto com as demais 

demonstrações financeiras, proporciona informações que permitem aos usuários 

avaliarem a mudança nos ativos líquidos da entidade, sua estrutura financeira e a 

capacidade para mudar montantes, adaptando de acordo com as oportunidades e 

circunstâncias do negócio (CPC 03(R2), 2010). 

 



23 

2.4 Técnicas de análise das demonstrações 

Antes de iniciar qualquer processo de análise, é necessário primeiramente 

examinar minuciosamente as demonstrações financeiras e posteriormente 

padronizá-las para fins de análise. 

Para Matarazzo (2008), a padronização é importante para: 

a) Simplificação de dados – as demonstrações apresentam muitas contas 

contábeis, as quais não são utilizadas na sua totalidade, o que acaba dificultando a 

visualização dos dados; 

b) Comparação entre demonstrações de diversas empresas - pois cada 

uma apresenta um plano de contas de acordo com sua necessidade; 

c) Precisão nas classificações de contas – muitas vezes as 

demonstrações financeiras apresentam falhas nas classificações das contas, como 

exemplo, obrigações de longo prazo estão lançadas no curto prazo, investimentos 

classificados no ativo circulante, enquanto deveriam estar no não circulante, 

despesas do próprio exercício que são consideradas como despesas do exercício 

seguinte, e assim por diante; 

d) Descoberta de erros – há casos de erros, por exemplo, onde estoques 

apresentados pela demonstração do resultado do exercício não coincidem com os 

estoques do balanço patrimonial, provisão para liquidação duvidosa não coincide 

com a que foi composta na demonstração do resultado do exercício. 

Desta forma entende-se que a padronização é importante para a 

confiabilidade dos dados e objetividade das informações, servindo como base 

principal para cálculo dos índices abordados nas próximas subseções. 

 

2.4.1 Análise através de índices 

A análise das demonstrações encontra seu ponto mais importante no cálculo 

e na avaliação do significado de índices, relacionando principalmente itens e grupos 



24 

do Balanço Patrimonial e da Demonstração do Resultado do Exercício (IUDÍCIBUS, 

2012). 

Índice é a relação entre contas ou grupo de contas das Demonstrações 

Financeiras, trazendo como resultado aspectos de como está a situação econômica 

ou financeira da empresa no período que está sendo examinado (MATARAZZO, 

2008). A quantidade de índices que deve ser calculado depende dos objetivos que o 

analista pretende alcançar. 

Por fim, o principal objetivo desta técnica é fornecer uma visão ampla e 

precisa da situação econômica e financeira da empresa. Através dos resultados 

apurados é permitido obter tendências e compará-las com padrões, os quais 

servirão de base para a gestão controlar o presente e planejar o futuro da 

organização. 

 

2.4.1.1 Índices de liquidez 

Demonstram a capacidade da empresa de honrar com suas obrigações, bem 

como a situação financeira da mesma. 

De acordo com Matarazzo (2008, p. 164) os índices de liquidez “procuram 

medir quão sólida é a base financeira da empresa”. 

A capacidade de liquidez não pode ser confundida com capacidade de 

pagamento. Uma empresa pode apresentar bons índices de liquidez, o que se 

conclui que tem boas condições de pagamento, porém isso não garante que ela 

pagará suas dívidas, pois existem outras variáveis que interferem no seu 

comportamento financeiro. 

 

2.4.1.1.1 Liquidez imediata 

Este índice representa quanto a empresa dispõe de recursos imediatos para 

liquidação de obrigações. 



25 

Para Assaf Neto (2012, p. 176), o índice de liquidez imediata: 

Revela a porcentagem das dívidas a curto prazo (circulante) em condições 
de serem liquidadas imediatamente. Este quociente é normalmente baixo 
pelo pouco interesse das empresas em manter recursos monetários em 
caixa, ativo operacionalmente de reduzida rentabilidade. 
 

Utiliza-se a seguinte equação conforme Iudícibus (2012) para cálculo da 

liquidez imediata: 

LI=  
Disponibilidades 

Passivo Circulante 
 

A interpretação indica quanto tem de disponibilidades para pagamento de 

cada R$ 1,00 de passivos circulantes. 

 

2.4.1.1.2 Liquidez corrente 

Este índice indica quanto à empresa dispõe de ativos circulantes para 

liquidação de passivos circulantes. 

O índice de liquidez corrente indica quão solida é a base financeira da 

empresa frente a seus compromissos de curto prazo e quantas vezes os ativos 

circulantes de uma empresa cobrem os passivos circulantes (BLATT, 2001). 

Utiliza-se a seguinte equação para cálculo da liquidez corrente conforme 

Bruni (2011): 

LC= 
Ativo Circulante   

Passivo Circulante 
 

A interpretação da equação diz quanto à empresa possui de ativos circulantes 

para pagamento de cada R$ 1,00 de passivos circulantes. 

Quanto maior for este índice, maior será a capacidade da empresa em 

financiar suas necessidades de capital de giro. 

 



26 

2.4.1.1.3 Liquidez seca 

O índice de liquidez seca indica a capacidade da empresa de liquidar 

obrigações de curto prazo utilizando o valor do ativo circulante, este descontado o 

estoque e as despesas antecipadas. 

Os estoques são descontados em razão de apresentarem maiores riscos e 

liquidez mais lenta, pois dependem de diversos fatores para sua realização 

(transformação, venda) e estão sujeitos a imprevistos (roubo, obsoletismo), 

tornando-se um item incerto (MATARAZZO, 2008; BRAGA, 1999). 

Já as despesas antecipadas devem ser descontadas, pois não se transforma 

em dinheiro, tão logo não pode ser utilizada para saldar dívidas, seu lançamento 

apenas afeta o resultado dos exercícios seguintes. 

Para Assaf Neto (2012, p. 177) o índice de liquidez seca: 

Demonstra a porcentagem das dívidas a curto prazo em condições de 
serem saldadas mediante utilização de itens monetários de maior liquidez 
do ativo circulante. [...] utilização das contas do disponível e valores a 
receber. 
 

A equação para cálculo deste índice segundo Assaf Neto (2012): 

LS=  
Ativo Circulante - Estoques - Despesas Antecipadas 

Passivo Circulante 
 

A interpretação indica quanto a empresa possui de ativos circulantes, 

descontado o estoque e as despesas antecipadas, para liquidação de cada R$ 1,00 

de passivos circulantes. 

 

2.4.1.1.4 Liquidez geral 

Indica quanto a empresa dispõe de ativo circulante e realizável a longo prazo 

para liquidação de obrigações de curto e longo prazo, ou seja, dívida total. 

Para Bruni (2011, p. 125), o índice de liquidez geral representa a “relação 

entre ativos realizáveis de fato, que poderiam ser convertidos em dinheiro como os 

ativos circulantes e as aplicações realizáveis a longo prazo, com os passivos 



27 

onerosos, que demandarão o desembolso de recursos financeiros para a sua 

quitação”. 

A equação para calcular este índice conforme Braga (1999): 

LG=  
Ativo Circulante +Ativo Realizável a Longo Prazo 

Passivo Circulante + Passivo Não Circulante 
 

A equação acima indica quanto a empresa dispõe de recursos de curto e 

longo prazos para pagamento de cada R$ 1,00 de dívida total (curto e longo prazos). 

Quanto maior o valor deste índice melhor. O ideal é que o valor seja sempre 

superior a 1 (um), assim demonstra que a empresa conseguirá liquidar sua dívida 

total e ainda ficar com uma margem sobrando. 

Se o resultado for menor que 1 (um), não quer dizer que a empresa não tenha 

capacidade de pagamento. Entretanto deve-se lembrar de que no montante total 

estão as dívidas de longo prazo e que a exigibilidade de pagamento não é agora, 

então até o vencimento a empresa poderá gerar recursos (MATARAZZO, 2008). 

Conforme menciona Assaf Neto (2012, p. 177) “a liquidez geral é utilizada 

também como uma medida de segurança financeira da empresa a longo prazo, 

revelando sua capacidade de saldar todos os seus compromissos”. 

 

2.4.1.2 Índices de endividamento 

Conforme Iudícibus (2012, p. 97) “estes quocientes relacionam fontes de 

fundos entre si, procurando retratar a posição relativa do capital próprio com relação 

ao capital de terceiros”. 

Segundo Blatt (2001, p. 64) “são estes indicadores que informam se a 

empresa se utiliza mais de recursos de terceiros ou de recursos dos proprietários”. 

A análise de índices de endividamento precisa considerar as perdas 

compensatórias associadas a dividas, pois o desembolso de juros e principal pode 

comprometer a solvência da empresa (BRUNI, 2011). Diante disso, é necessário 



28 

que a empresa faça um planejamento do retorno deste capital investido, para que o 

resultado cubra todos os desembolsos da dívida e ainda lhe sobre o lucro. 

 

2.4.1.2.1 Participação do capital de terceiros sobre capital próprio 

Indica quanto a empresa captou de capitais de terceiros (passivo circulante + 

passivo não circulante) para cada R$ 1,00 de capital próprio aplicado. 

Conforme Matarazzo (2008, p. 154): 

O índice de Participação de Capitais de Terceiros relaciona, portanto, as 
duas grandes fontes de recursos da empresa, ou seja, Capitais Próprios e 
Capitais de Terceiros. É um indicador de risco ou de dependência a 
terceiros, por parte da empresa. Também pode ser chamado índice de 
Graus de Endividamento. 
 

Quanto menor este índice, melhor será a capacidade financeira da empresa e 

menor a dependência de capital de terceiros. Entretanto um endividamento maior 

implica na possibilidade de maior retorno, associada a maior risco. 

Utiliza-se a seguinte equação para cálculo deste índice de acordo com Bruni 

(2011): 

PCT= 
Capital de Terceiros 

Patrimônio Líquido 
 

A interpretação indica quanto a empresa tomou de capital de terceiros para 

cada R$ 1,00 do patrimônio líquido. 

Por exemplo, se o quociente for igual a 0,90, significa que para cada R$ 1.000 

dos acionistas, a empresa assumiu R$ 900,00 de dividas (ASSAF NETO, 2012). 

 

2.4.1.2.2 Composição de endividamento 

A composição de endividamento indica quanto a empresa possui de dívidas 

de curto prazo em relação à dívida total (curto prazo + longo prazo). 



29 

De acordo com Bruni (2011, p. 155) este índice “expressa a natureza do 

endividamento, revelando o percentual do endividamento concentrado no curto 

prazo”. Conforme o autor deve-se utilizar a seguinte equação para cálculo deste 

índice: 

CE= 
Passivo Circulante 

Capital de Terceiros 
 

A interpretação demonstra quanto a empresa possui de obrigações no curto 

prazo para cada R$ 1,00 das obrigações totais. 

Quanto menor este índice melhor, pois significa que a empresa terá menos 

obrigações no curto prazo e não corre o risco de se tornar insolvente por não ter a 

quantidade de recursos suficientes para pagamento das dívidas. 

A empresa quando planeja se expandir, sempre deve dar preferência para 

financiamentos de longo prazo, visto que quando começar a amortizar a dívida, já 

está com uma grande capacidade operacional gerada pelos novos investimentos 

(IUDÍCIBUS, 2012). 

 

2.4.1.2.3 Endividamento total 

O índice de endividamento total aponta quanto a empresa tem de ativo total 

comprometido nas dívidas totais. 

Para Assaf Neto (2012, p. 149) este índice “revela a dependência da empresa 

com relação a suas exigibilidades totais, isto é, do montante investido em seus 

ativos, qual a participação dos recursos de terceiros”. Segundo o autor, utiliza-se a 

seguinte equação para cálculo deste índice: 

ET= 
Passivo Total 

Ativo Total 
 

A equação indica que para cada R$ 1,00 de ativos, quanto a empresa possui 

de dívidas totais. 

Quanto menor este índice melhor, assim a empresa poderá oferecer maior 

garantia a seus credores em função do maior uso de recursos próprios. 



30 

2.4.1.2.4 Imobilização do Patrimônio Líquido 

Este índice aponta quanto a empresa possui de seu capital próprio investido 

no seu ativo imobilizado. 

Para Bruni (2011, p. 156) “o quociente expresso pelo índice de imobilização 

do patrimônio líquido representa o quanto dos recursos próprios está aplicado no 

ativo imobilizado”. Quanto menor o índice, melhor a folga financeira da empresa. 

Utiliza-se a seguinte equação para cálculo deste índice segundo o autor: 

IPL= 
Ativo Imobilizado 

Patrimônio Líquido 
 

A interpretação indica quanto a empresa possui de ativo imobilizado para 

cada R$ 1,00 de patrimônio líquido. 

De acordo com Matarazzo (2008) e Blatt (2001), quando maior o índice pior, 

pois significa que a empresa está investindo mais no ativo imobilizado, sobrando 

menos recursos para investir no ativo circulante, em consequência disso, ocorre 

aumento na dependência de capital de terceiros para o financiamento do capital de 

giro da empresa. 

 

2.4.1.3 Índices de lucratividade (ganho sobre vendas) 

Os índices de lucratividade ou margens de lucratividade indicam quanto a 

empresa esta ganhando, buscam analisar os resultados auferidos pela empresa em 

relação ao valor das vendas ou prestação de serviços. 

Para Bruni (2011, p. 165) “é preciso compreender o lucro, analisado de 

diferentes formas como o lucro bruto, o lucro operacional próprio ou o lucro líquido”. 

 

2.4.1.3.1 Margem bruta 

Este índice representa quanto restou do valor das vendas após a dedução do 

custo dos produtos ou mercadorias vendidas. 



31 

Quanto maior a margem bruta melhor, isso indica um baixo custo de vendas e 

sinal que a empresa está conseguindo usar suas despesas para produzir e distribuir 

seus produtos (BLATT, 2001). 

Utiliza-se a seguinte equação para cálculo deste índice, conforme Braga 

(1999): 

MB= 
Lucro Bruto 

 
Receita Operacional Líquida 

 
A interpretação indica em percentual quanto restou da receita líquida após a 

dedução do custo de vendas. 

 

2.4.1.3.2 Margem operacional 

O índice de margem operacional representa quanto sobrou da receita de 

vendas liquida após a dedução dos custos dos produtos e das despesas 

operacionais, desconsiderando as despesas financeiras. 

Segundo Bruni (2011, p. 168) a margem operacional corresponde “ao ganho 

relativo que a empresa teve após ter pagado todos os seus custos e todas as suas 

despesas operacionais próprias – considerando seus gastos administrativos e 

comerciais, sem considerar os gastos com juros”. 

A equação indicada para cálculo da margem operacional conforme Iudícibus 

(2012): 

MO= 
Resultado antes do Resultado Financeiro 

 Receita Operacional Líquida 
 

A interpretação indica o que restou da receita operacional liquida após deduzir 

os custos dos produtos e as despesas operacionais. 

 



32 

2.4.1.3.3 Margem líquida 

A margem líquida revela quanto a empresa obteve de lucro nas vendas após 

ser deduzidos todos os custos, despesas, impostos e participações. 

Segundo Assaf Neto (2012), a margem líquida mede a eficiência global da 

empresa, indica quanto das receitas de vendas foram utilizadas para cobrir todos os 

custos e despesas incorridas e consequentemente quanto estas receitas produziram 

de lucro líquido para a empresa. 

A equação utilizada para cálculo deste índice, segundo Matarazzo (2008): 

ML= 
Lucro Líquido 

 Receita Operacional Líquida 
 

A interpretação indica quanto a empresa obtém de lucro líquido para cada R$ 

1,00 vendido. 

 

2.4.1.3.4 Margem do EBITDA 

Em resumo este índice representa a capacidade operacional de geração de 

caixa de uma empresa. 

Para Bruni (2011, p. 60): 

EBITDA corresponde a uma medida de fluxo de caixa contábil, não 
considerando gastos não desembolsáveis com depreciação e 
amortização[..]representa o quanto a empresa gera de recursos apenas em 
sua atividade, sem levar em consideração gastos não desembolsáveis ou 
efeitos financeiros ou de impostos. 
 

O EBITDA é um indicador para avaliar a qualidade operacional da empresa, 

para sua apuração não devem ser incluídas despesas que não se vinculam 

diretamente à atividade da empresa. 

Para cálculo do EBITDA deve ser considerado o LAJIR (lucro antes de juros e 

imposto de renda), depreciações e amortizações conforme equação apresentada por 

Bruni (2011): 



33 

EBITDA = Lajir + Depreciações +        
Amortizações 

 

A interpretação indica o potencial de caixa operacional gerado pelas 

operações da empresa, ou seja, a capacidade que a empresa tem para a formação 

de resultado operacional (IUDÍCIBUS, 2012). 

O EBITDA também pode ser indicado em percentual, resultando em índice de 

margem de EBITDA. Para este cálculo utiliza-se a seguinte equação, segundo Bruni 

(2011): 

ME= 
EBITDA 

 Receita Operacional Líquida 
 

A interpretação indica quanto gerou de caixa operacional a cada R$ 1,00 de 

receita liquida. 

Com esta informação há possibilidade do gestor estabelecer as metas de 

desempenho para o ano e estimar cenários futuros. 

No Quadro 6 é representado um exemplo de apuração de EBITDA. 

Quadro 6 – EBITDA. 

RECEITAS DE VENDAS $ 17.000 

Custo dos produtos vendidos (9.000) 

LUCRO BRUTO $ 8.000 

Despesas com vendas (800) 

Despesas gerais e administrativas (1.200) 

EBITDA $ 6.000 

Depreciação (1.000) 

LUCRO OPERACIONAL ANTES DO IR $ 5.000 

Despesas financeiras (900) 

LUCROS ANTES DO IR $ 4.100 

Provisão para IR (1.400) 

LUCRO LÍQUIDO $ 2.700 

Fonte: Assaf Neto, 2012, p. 210 

 

Através do demonstrativo exposto, pode-se verificar que o EBITDA nada mais 

é do que o resultado antes do imposto de renda e das despesas que não 

representam movimentações efetivas de caixa (depreciação e financeiras). 

 



34 

2.4.1.4 Índices de rentabilidade 

O objetivo dos índices de rentabilidade é demonstrar o retorno do 

investimento. 

Para Bruni (2011, p. 209) os indicadores de rentabilidade “buscam analisar os 

lucros auferidos pela entidade de forma relativa, geralmente são analisados em 

relação aos investimentos feitos pelo conjunto de fornecedores de capital (sócios e 

terceiros) ou apenas sócios”. 

Quanto maior a rentabilidade, maior a possibilidade de criação de valor. 

Porém deve ser considerado que altas taxas de retorno podem estar ligadas a alto 

nível de risco. 

 

2.4.1.4.1 Rentabilidade sobre o Ativo Total (Investimento total) 

Indica a rentabilidade que todos os ativos da empresa geraram no período. 

Segundo Bruni (2011, p. 213): “o índice de retorno sobre investimento 

representa a relação entre os resultados da entidade e o volume de recursos nela 

investidos por sócios e terceiros, valor representado pelo ativo total”.  

Este índice é encontrado pela seguinte equação conforme Braga (1999): 

RIT= 
Lucro Líquido 

 Ativo Total Médio 
 

A interpretação indica quando a empresa obteve de lucro líquido em relação 

ao ativo total, por exemplo, quanto a empresa obtém de lucro para cada R$ 100,00 

de investimento total. 

Para Matarazzo (2008), este índice é uma medida do potencial e de 

capacidade da empresa em gerar lucro líquido e assim poder capitalizar-se. 

 



35 

2.4.1.4.2 Rentabilidade sobre o Patrimônio Líquido 

Indica quanto a empresa proporcionou de retorno sobre os recursos 

investidos pelos sócios ou acionistas. 

Para Iudícibus (2012, p. 111) a importância deste índice “reside em expressar 

os resultados globais auferidos pela gerencia na gestão de recursos próprios e de 

terceiros, em benefício dos acionistas”. 

Utiliza-se a seguinte equação para cálculo deste índice conforme Matarazzo 

(2008): 

RSPL= 
Lucro Líquido 

 Patrimônio Líquido Médio 
 

A interpretação indica qual a taxa de rendimento do capital próprio, ou seja, 

quanto a empresa obteve de lucro para cada R$ 100,00 de capital próprio investido. 

A taxa deste índice de rentabilidade pode ser comparada com a de outros 

rendimentos oferecidos no mercado (poupança, CDB, ações, entre outras) com 

intuito de avaliar se a empresa oferece rentabilidade superior ou inferior a esses 

rendimentos (MATARAZZO, 2008). 

A rentabilidade do capital próprio deve ser sempre superior a taxa média de 

juros do mercado, de modo que possa compensar o risco do investimento por parte 

dos acionistas ou sócios (BRAGA, 1999). 

 

2.4.1.5 Capital circulante líquido 

Conforme Assaf Neto (2012), o capital circulante líquido é o volume de 

recursos a longo prazo (patrimônio líquido + passivo exigível a longo prazo) da 

empresa que estão aplicados no ativo circulante, de forma a suprir a diferença 

temporal entre pagamento e recebimento. 



36 

Para Blatt (2001, p. 99) “o capital circulante líquido mostra a falta ou excesso 

de ativo circulante em relação ao passivo circulante”. E pode ser calculado pela 

seguinte equação: 

CCL = Ativo Circulante - Passivo Circulante 

 

O Capital Circulante Líquido indica a folga financeira necessária para a 

movimentação das operações da empresa (Bruni, 2011). Porém se o CCL for igual a 

zero ou apresentar valor negativo, respectivamente indica que não existe folga 

financeira e que parte das aplicações de longo prazo são financiadas por dívidas de 

curto prazo, em ambos os casos a empresa se apresenta em desequilíbrio financeiro 

(ASSAF NETO, 2012). 

 

2.4.1.6 Necessidade de Capital de Giro 

A necessidade de capital de giro é a diferença entre o ativo operacional 

circulante (investimento) e o passivo operacional circulante (financiamento), indica 

quanto a empresa necessita para financiar o giro (MATARAZZO, 2008). 

Para Blatt (2001, p. 100) “a necessidade de capital de giro mostra o excesso 

ou a falta de ativos circulantes operacionais em relação aos passivos circulantes 

operacionais”. Indica o capital necessário para que a empresa gire sua atividade. 

Utiliza-se a seguinte equação para cálculo da NCG, segundo Blatt (2001): 

NCG = Financiamentos Concedidos - Financiamentos Recebidos 

 

Financiamentos concedidos são os financiamentos fornecidos pela empresa, 

como: duplicatas e receber; adiantamento a fornecedores; estoque. Já os 

financiamentos recebidos são os financiamentos obtidos de terceiros, como: 

fornecedores; adiantamentos de clientes; dividendos a pagar, contas a pagar. 

Ambos incidem nas de contas de curto prazo da empresa. 

Quando a NCG for positiva, significa que a empresa necessita de recursos 

para financiar o giro de suas atividades. Quando a NCG for negativa, significa que a 



37 

empresa auferiu mais financiamentos recebidos do que concedidos, resultando na 

sobra de recursos que poderão ser utilizados para financiar suas atividades ou 

expandir o negócio (MATARAZZO, 2008). 

Os recursos para financiar a necessidade de capital de giro podem ser 

captados de terceiros através de empréstimos e financiamentos ou de recursos 

próprios por meio do aumento de capital (ASSAF NETO, 2012). 

 

2.4.1.7 Saldo de tesouraria 

O saldo de tesouraria acontece quando o capital circulante líquido supera a 

necessidade de capital de giro. 

Para Assaf Neto (2012, p. 199) saldo de tesouraria “é uma medida de 

margem de segurança financeira de uma empresa, que indica sua capacidade 

interna de um crescimento da atividade operacional.” Ainda conforme o autor, um 

saldo de tesouraria negativo demonstra a existência de recursos não operacionais 

(empréstimos bancários) financiando ativos operacionais (estoques). 

Segundo Bruni (2011) o saldo de tesouraria corresponde à diferença entre o 

ativo circulante financeiro e o passivo circulante financeiro e pode ser calculado pela 

seguinte equação: 

ST = Ativo Circulante Financeiro – Passivo Circulante Financeiro 

 

Ainda de acordo com o autor, o Ativo Circulante Financeiro corresponde ao 

saldo das contas que não estão associadas às atividades operacionais da empresa, 

como: caixa, bancos e aplicações financeiras. Já o Passivo Circulante Financeiro é 

formado por saldo de contas que correspondem a obrigações não funcionais, como 

empréstimos. 

 



38 

2.4.1.8 Efeito tesoura 

O efeito tesoura se desenvolve quando a empresa apresenta por vários 

períodos um crescimento de necessidade de capital de giro superior ao crescimento 

do capital circulante liquido, resultando num crescente saldo de disponível negativo 

(ASSAF NETO, 2012). 

Para Bruni (2011), as principais causas do efeito tesoura é o crescimento de 

vendas a prazo sem a obtenção de maior prazo por parte dos fornecedores; a 

imobilização com recursos de curto prazo; prejuízos; a distribuição excessiva de 

lucros e dependência de empréstimos de curto prazo com altas taxas de juros. 

A Figura 2 demonstra que a partir de 20x3 o capital circulante líquido 

apresenta-se insuficiente para financiar as necessidades de giro da empresa, 

caracterizando o efeito tesoura. 

Figura 2 – O Efeito Tesoura 

 

Fonte: Adaptado de Assaf Neto (2012). 

 

O saldo disponível negativo significa que a empresa está incapaz de financiar 

sua necessidade de giro apenas com seu capital circulante líquido, o que a leva 

captar recursos de terceiros para dar continuidade no negócio (IUDICÍBUS, 2012). 



39 

Para Braga (1999) algumas medidas que podem amenizar as consequências 

do efeito tesoura é tentar aumento do capital próprio através de entrada de dinheiro 

por antigos ou novos sócios, diminuir o volume de negócios como paralisação de 

compras, redução de mão de obra, entre outros. 

 

2.4.1.9 Alavancagem operacional 

O grau de alavancagem operacional representa a relação da variação das 

vendas com a variação do lucro operacional. 

Conforme Assaf Neto (2012, p. 117): 

A alavancagem operacional é possível pela presença de custos e despesas 
fixos na estrutura de resultados de uma empresa. Esses custos (despesas) 
não sofrem, por definição, nenhuma variação diante de mudanças no 
volume de atividade, mantendo-se constantes no tempo. 
 

O efeito de alavancagem ocorre quando um crescimento nas vendas provoca 

um crescimento no lucro operacional, isso acontece em razão de os custos fixos 

serem distribuídos por um volume maior de produção, fazendo com que o custo 

unitário fique reduzido. 

Segundo Iudícibus (2012, p. 215) “o grau de alavancagem operacional pode 

ser definido como sendo a variação percentual nos lucros operacionais, relacionada 

com determinada variação percentual no volume de vendas”. 

O grau de alavancagem operacional pode ser assim obtido, conforme Assaf 

Neto (2012): 

GAO= 
Variação no resultado operacional 

 Variação no volume de vendas 
 

A interpretação indica que para cada 1% de elevação das vendas quanto 

representa de elevação nos lucros operacionais. 



40 

2.4.1.10 Alavancagem financeira 

A alavancagem financeira resulta da participação de recursos de terceiros na 

estrutura de capital da empresa, fazendo com que aumente as variações do lucro e 

consequente o retorno aos proprietários. 

Para Braga (1999), alavancagem financeira é capacidade da empresa em 

utilizar encargos financeiros fixos para elevar os efeitos de variações no lucro antes 

das despesas financeiras e do imposto de renda sobre o lucro líquido do exercício. 

O grau de alavancagem financeira pode ser analisado em função da diferença 

de taxas de captação e aplicação dos recursos de terceiros. Quando o custo do 

capital de terceiros é maior que o retorno que rende seu investimento no negócio, os 

proprietários acabam bancando esta diferença com sua parte de lucro, quando 

acontece o inverso, ou seja, o custo do capital é menor que o rendimento do recurso 

investido, os proprietários ganham esta diferença (MATARAZZO, 2008). 

O grau de alavancagem financeira pode ser assim obtido, conforme Assaf 

Neto (2012): 

GAF= 
RSPL 

 RIT 
 

A equação indica que para cada R$ 1,00 de recursos tomados de terceiros, 

quanto os proprietários ganharam em decorrência da alavancagem financeira. 

Quando o resultado da equação for maior que 1,00, indica que a empresa 

obteve uma alavancagem financeira favorável. Quanto maior se apresentar o grau 

de alavancagem financeira, maior a capacidade da empresa em elevar o retorno de 

seus proprietários mediante acréscimos no lucro operacional (ASSAF NETO, 2012). 

 

2.5 Índice padrão 

A avaliação de índices de uma empresa adquire mais consistência e 

objetividade quando estes índices são comparados com padrões. Através da análise 

por índice padrão é possível ranquear as empresas quanto ao seu comportamento 

econômico-financeiro. 



41 

Segundo Matarazzo (2008), o índice padrão permite avaliar e conceituar um 

índice como sendo ótimo, bom, satisfatório ou deficiente. A utilização do índice 

padrão possibilita chegar a uma avaliação global da empresa analisada, já que os 

padrões são apurados através da comparação de empresas do mesmo porte, 

atividade e região. 

Para Assaf Neto (2012) os índices padrão revelam os indicadores médios 

representativos do desempenho de grande número de empresas, são importantes 

para qualquer análise da empresa e permitem ainda que se estabeleçam 

qualificações nos vários índices apurados através das demonstrações financeiras. 

Primeiro passo para encontrar o índice padrão é fazer uma listagem dos 

índices apurados de todas as empresas e separá-los de acordo com o grupo, como: 

índices de liquidez, de rentabilidade, de lucratividade e assim por diante. 

Posteriormente devem-se utilizar medidas estatísticas para calcular o índice 

padrão, como medidas de mediana, quartis (ASSAF NETO, 2012). 

 

2.5.1 Mediana 

Corresponde ao valor do meio em uma sequência ordenada de dados. 

Segundo Downing; Clark (2011) “mediana é o ponto, ou elemento, a meio 

caminho dos dados, isto é, metade dos números está acima dela e metade abaixo”. 

Para calcular a mediana de n valores devem-se primeiro ordená-los em 

ordem crescente de valor. Quando a quantidade de valores for número ímpar, a 

mediana vai ser o valor do elemento do meio, já quando a quantidade de valores for 

número par a mediana vai ser a média dos dois valores do meio (FREUND, 2006). 

Também se pode utilizar esta equação para cálculo da mediana, desde que 

seja colocada uma observação ordenada abaixo da ordem crescente de valores dos 

índices, conforme Levine et al (2005): 

      
Observação ordenada  Mediana =  

n + 1 

2 



42 

Onde “n” corresponde à quantidade de valores. A interpretação da equação 

indica se não for número inteiro, por exemplo: 7,5, é necessário fazer a média entre 

a sétima e a oitava observação ordenada. Agora quando o número for inteiro é só 

olhar na ordem dos valores dos índices qual está correspondendo à observação 

ordenada, ambos resultam no valor da mediana. 

A finalidade da mediana é de estabelecer o índice padrão e possibilitar a 

comparação de um índice do grupo com os demais, a fim de conhecer sua posição 

relativa perante a grandeza do grupo. Por exemplo, a mediana de salários dos 

empregados de uma indústria é de R$ 1.500,00, então conclui-se que quem recebe 

acima deste valor estará entre a metade de empregados melhor remunerados. 

(MATARAZZO, 2008). 

 

2.5.2 Quartis 

Quartis são utilizados para descrever as propriedades de grandes conjuntos 

numéricos. Diferente da mediana os quartis são medidas descritivas que dividem os 

dados ordenados em quatro partes (LEVINE et al; 2005). 

Para calcular quartis de n valores devem-se primeiro ordená-los em ordem 

crescente de valor. 

Para Assaf Neto (2012, p. 212): 

O quartil divide o rol de informações em três partes, fincando abaixo do 1º 
quartil 25% dos valores e acima 75%. O 2º quartil separa a distribuição em 
duas partes iguais, ficando 50% dos valores abaixo e 50% acima. 
Representa a mediana do rol de índices. Finalmente o 3º quartil está acima 
de 75% dos índices e abaixo de 25%. 
 

Para encontrar o valor do quartil deve-se calcular a média entre o último 

elemento do quartil com o primeiro elemento do próximo quartil. 

Exemplificando, um conjunto com 12 valores de índices, sendo eles: 

1,1 – 7,4 – 8,2 – 12,3 – 15,5 – 15,9 

22,5 – 23,0 – 23,1 – 23,4 – 26,1 – 28,4  

 



43 

Cada quartil contempla 25% destes valores, ou seja, 12/4 = 3 valores para 

cada quartil. Então para encontrar o valor do 1º quartil, deve-se fazer a média do 3º 

valor com o 4º valor, sendo assim: 

Média 
8,2+12,3 

 2 
 

Diante disso pode-se concluir que o valor do 1º quartil é de 10,25. Para 

cálculo dos demais quartis deve-se seguir o mesmo raciocínio, ressaltando que o 2º 

quartil corresponderá ao mesmo valor da mediana em função de ser o elemento do 

meio, o que poderá ser verificado na demonstração abaixo: 

                
                

1º quartil 2º quartil 3º quartil 4º quartil 

  
 

10,25 19,20 23,25   
                
      MEDIANA       
                

 

Algumas análises atribuem com base nas medidas de quartis determinada 

qualificação a cada quartil de forma que sirvam como critério para comparação entre 

empresas. As qualificações podem ser: insatisfatório, regular, bom, excelente 

(ASSAF NETO, 2012). 

Desta forma entende-se que a análise por índice padrão calculado por quartis 

permite comparar: 

a) A empresa com ela mesma, mostrando sua evolução ao longo dos 

anos; 

b) A empresa com o setor de atividade, indicando seu desempenho 

dentro do setor, 

c) A empresa com outras empresas, estabelecendo um ranking das 

empresas quanto ao seu comportamento econômico-financeiro. 

Com base nos resultados encontrados através das comparações a empresa 

obtêm subsídios para tomada de decisão. 



44 

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 

Este capítulo apresenta quais os procedimentos metodológicos utilizados 

neste estudo, definindo qual tipo de pesquisa realizada, como é feita a coleta de 

dados e a interpretação dos mesmos e quais são as limitações deste estudo. 

Segundo Chemin (2012) na parte de metodologia são descritos os 

procedimentos, os métodos, os caminhos a serem seguidos para a realização do 

estudo. 

Conforme Beuren (2009, p. 30) “o método é o ordenamento que se deve 

auferir aos diferentes processos necessários para alcançar determinado fim 

estabelecido ou um objetivo esperado.”. 

Desta forma, entende-se que os procedimentos metodológicos é uma linha de 

passos que se deve seguir para alcançar o objetivo estabelecido. 

 

3.1 Tipos de pesquisa 

Segundo Beuren (2009) existem várias tipologias que podem ser utilizadas na 

investigação de problemas. Não há uma uniformidade na abordagem das tipologias 

de delineamentos de pesquisa, mas considerando as particularidades da 

contabilidade, optou-se por usar tipos de pesquisa que se acredita ser mais 

aplicáveis a área contábil. 



45 

Ainda segundo a autora, as pesquisas estão agrupadas em três categorias: 

pesquisa quanto aos objetivos que compreende a pesquisa exploratória, descritiva e 

explicativa; pesquisa quanto aos procedimentos que aborda o estudo de caso, o 

levantamento, a pesquisa bibliográfica, documental, participante e experimental; 

pesquisa quanto à abordagem do problema que contempla a pesquisa qualitativa e 

quantitativa. 

 

3.1.1 Quanto aos objetivos 

De acordo com o objetivo do estudo a pesquisa classifica-se como descritiva, 

pois tem como finalidade identificar, coletar, padronizar, analisar, relatar dados e 

posteriormente compará-los com outras variáveis e classificá-los, descrevendo os 

resultados e exploratória por não haver estudos sobre esta amostra. 

Para Andrade (2002) na pesquisa descritiva os fatos são observados, 

registrados, analisados, classificados e interpretados. 

Para Gil (2010) as pesquisas descritivas têm como objetivo a descrição das 

características de determinado grupo, podendo identificar também possíveis 

relações entre variáveis. 

 

3.1.2 Quanto aos procedimentos 

Este estudo contempla duas pesquisas: a bibliográfica e a documental. A 

bibliográfica é feita através de referências bibliográficas especificas, servindo como 

suporte para o referencial teórico. A documental é utilizada no desenvolvimento da 

pesquisa aplicada, pela obtenção de dados internos, tais como as demonstrações 

financeiras publicadas das empresas que compõem a analise deste estudo. 

Segundo Chemin (2012); Beuren (2009) pesquisa documental é aquela em 

que as informações não receberam tratamento analítico, a fonte de coleta de dados 

é de fontes primárias e os dados serão compilados pelo próprio estudante, não 

exigindo contato do pesquisador com os sujeitos da pesquisa. Já a pesquisa 



46 

bibliográfica utiliza fontes secundárias, que são as contribuições de vários autores 

sobre determinado assunto. 

 

3.1.3 Abordagem qualitativa e quantitativa 

O estudo aborda uma pesquisa quali-quantitativa. 

A pesquisa é quantitativa em função dos dados coletados serem confrontados 

entre si e comparados com padrões. Para Beuren (2009, p. 92) a abordagem 

quantitativa caracteriza-se pelo “emprego de instrumentos estatísticos [...] este 

procedimento não é tão profundo na busca de conhecimento da realidade dos 

fenômenos, uma vez que se preocupa com o comportamento geral dos 

acontecimentos”. 

Também é pesquisa qualitativa em razão dos resultados obtidos na 

comparação dos dados passam por uma análise mais aprofundada para responder 

ao problema. Segundo Beuren (2009, p. 92) na pesquisa qualitativa “concebem-se 

análises mais profundas em relação ao fenômeno que está sendo estudado [...] visa 

destacar características não observadas por meio de um estudo quantitativo.”. 

 

3.2 Unidade de análise e população 

A população deste estudo são empresas classificadas como Sociedade 

Anônimas de Capital Fechado instaladas na Região do Vale do Taquari – RS que 

estejam em situação ativa. 

Segundo Beuren (2009, p. 118) “população ou universo de pesquisa é a 

totalidade de elementos distintos que possuem certa paridade nas características 

definidas para determinado estudo”. 

Para Silva (2010), amostra é uma porção ou parcela selecionada do universo, 

quando intencional significa escolher cuidadosamente os casos a serem incluídos na 

amostra. 



47 

Este estudo aborda uma amostra intencional, pois são excluídas da 

população as empresas que não possuem estabelecimento matriz na região 

analisada, bancos comerciais e administradoras de participações societárias. 

As exclusões são justificadas pelo fato da primeira não contribuir para o 

objetivo da análise, pois o estabelecimento principal não está situado na região e a 

segunda por serem instituições com desempenho comparáveis a setores específicos 

e listados em bolsa de valores. O Quadro 7 apresenta as empresas que são as 

unidades de análises. 

Quadro 7 – Empresas analisadas. 

RAZÃO SOCIAL LOCALIZAÇÃO - RS 

Apomedil S/A Lajeado 

Bebidas Fruki S/A Lajeado 

J A Spohr S/A  Lajeado 

Costaneira Arno Johann S/A Lajeado 

Motomecânica Comercial S/A Lajeado 

Cofasa S/A Lajeado 

Florestal Alimentos S/A Lajeado 

Importadora e Exportadora de Cereais S/A Lajeado 

Expresso Azul de Transportes S/A Lajeado 

Metalúrgica Hassmann S/A  Imigrante 

Baldo S/A Encantado 

Sangalli, Busa S/A Encantado 

Fontana S/A Encantado 

Curtume Aimoré S/A Arroio do Meio 

Vonpar Alimentos S/A Arroio do Meio 

Fonte: Da autora 

 

A empresa Vonpar Alimentos refere-se à empresa de nome fantasia 

Wallerius. 

 

3.3 Coleta de dados 

O estudo contempla dados extraídos de demonstrações financeiras 

publicadas por empresas classificadas como Sociedade Anônima de Capital 

Fechado localizadas na Região do Vale do Taquari - RS. 

A coleta das demonstrações financeiras das empresas selecionadas foi feita 

através: do contato telefônico e por e-mail com a empresa; da pesquisa em sites das 



48 

empresas e do Diário Oficial do Estado do RS, da busca em jornais locais e da 

região onde as empresas atuam. 

Conforme Chemin (2012, p. 55) coleta de dados diz respeito “a descrição das 

técnicas utilizadas para a coleta de dados”. 

 

3.4 Tratamento de dados 

Os dados coletados são identificados, transcritos para planilhas de 

demonstrações financeiras padronizadas. Para efetuar a padronização das 

demonstrações financeiras foi necessário que algumas contas contábeis fossem 

reclassificadas e agrupadas para melhor compreensão e apuração dos dados, 

sendo elas: 

- adiantamento de fornecedores, de funcionários e de importação foram 

agrupadas na conta de adiantamentos (AC); 

- créditos acionistas/diretores (AC e ANC), dividendos e juros s/ capital a 

receber (AC E ANC) foram reclassificadas na conta créditos partes relacionadas 

(ANC – Realizável a Longo prazo); 

- depósitos judicias, cauções e empréstimos a terceiros foram agrupados na 

conta outros créditos (ANC – Realizável a Longo prazo); 

- incentivos fiscais, imóveis e bens para revenda, outras participações 

societárias foram agrupadas na conta outros investimentos (ANC); 

- provisão pra fretes com vendas e contingências foram agrupadas na conta 

outras provisões (PC); 

- débitos acionistas/diretores (PC e PNC), dividendos e juros s/ capital a pagar 

(PC e PNC) foram reclassificados na conta débitos partes relacionadas (PNC); 

- reservas de reavaliação, de expansão, de incentivos fiscais, reservas pra 

investimento foram agrupadas na conta outras reservas (PL). 



49 

Feito isso, cria-se planilhas de cada indicador para realizar os cálculos dos 

índices buscando os dados nas planilhas das demonstrações financeiras 

padronizadas. Após a conclusão os cálculos, junta-se os índices de todo os períodos 

de cada indicador para então calcular e encontrar o índice padrão. 

Posteriormente todos indicadores são lançados em gráficos separadamente 

para que seja feita a comparação destes dados e consequentemente fazer a análise 

dos resultados encontrados. Os índices padrão são lançados em quadro de quartil 

para após análise dos indicadores seja feita a classificação destes índices em 

relação ao padrão. 

 

3.5 Limitações 

As limitações encontradas para fazer o estudo sobre análise das 

demonstrações financeiras foram: 

a) As demonstrações não oferecem dados que permite calcular o índice 

de rotatividade de fornecedores e o índice de prazo médio de pagamento (BRUNI, 

2011). 

b) A análise não pode aborda outros tipos de sociedades (LTDA, MEI, 

Empresário Individual) em razão de que não são obrigadas à publicação de 

demonstrações financeiras. 

c) Com a implantação do CPC 27 (2009) que trata das avaliações do 

imobilizado pode haver uma variação na conta do imobilizado no período de 2010 

em diante em função da adaptação ou da não adaptação da nova norma. 

d) A diversidade dos ramos de atuação das empresas fez com que não 

fosse possível identificar um padrão para as empresas, em razão de apresentarem 

disparidade entre os índices e comportamentos diversos para um mesmo período. 

 



50 

4 CARACTERIZAÇÃO DAS EMPRESAS 

O estudo é constituído por quinze empresas de diversos ramos de atividade, 

todas classificadas como Sociedade Anônimas de capital fechado e com seu 

estabelecimento matriz instalado na Região do Vale do Taquari - RS. 

Todas elaboram suas demonstrações financeiras baseadas na Lei das 

Sociedades por Ações nº 6.404/76 e atualizações (BRASIL, 2013) e também estão 

em conformidade com o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC). A seguir a 

descrição das empresas conforme dados das demonstrações financeiras publicadas 

é: 

a) Apomedil S/A: com sede instalada na cidade de Lajeado – RS. 

Fundada em 1965, atua no ramo de comercio de veículos, peças, acessórios e 

serviços de oficina para veículos automotores. Apresentou no final do exercício 

social de 2013 um faturamento bruto total de R$ 53.011.822 e um ativo total de R$ 

21.832.971. 

b) Baldo S/A: com sede na cidade de Encantado – RS.  Fundada em 

1920, atua no ramo da industrialização, comercialização e exportação de soja ou 

outras sementes oleoginosas, bem como a industrialização, comercialização e 

exportação de erva-mate. Apresentou no final do exercício social de 2013 um 

faturamento bruto total de R$ 258.497.267 e um ativo total de R$ 309.137.959. 

c) Bebidas Fruki S/A: com sede instalada na cidade de Lajeado - RS. 

Fundada em 1924, atua no ramo da indústria de bebidas; comercio de produtos 

próprios ou de terceiros; prestação de serviços de industrialização por encomenda, 



51 

explorando ainda atividades agropastoris. Apresentou no final do exercício social de 

2013 um faturamento bruto total de R$ 210.067.000 e um ativo total de R$ 

114.282.000. 

d) Cofasa S/A: com sede na cidade de Lajeado – RS. Fundada em 1996, 

atua no ramo do comercio de veículos e autopeças. Apresentou no final do exercício 

social de 2013 um faturamento bruto total de R$ 2.663.428 e um ativo total de R$ 

2.509.621. 

e) Costaneira – Arno Johann S/A: com sede na cidade de Lajeado – RS. 

Fundada em 1949, atua no ramo da comercialização de materiais de construção, 

decoração e móveis.  Apresentou no final do exercício social de 2013 um 

faturamento bruto total de R$ 41.188.158 e um ativo total de R$ 18.407.223. 

f) Curtume Aimoré S/A: com sede na cidade de Arroio do Meio – RS. 

Fundada em 1946, atua no ramo de beneficiamento e industrialização de couro. 

Apresentou no final do exercício social de 2013 um faturamento bruto total de R$ 

18.645.000 e um ativo total de R$ 41.829.000. 

g) Expresso Azul de Transportes S/A: com sede na cidade de Lajeado – 

RS. Fundada em 1950, atua no ramo do transporte rodoviário intermunicipal de 

passageiros, pessoas e encomendas. Apresentou no final do exercício social de 

2013 um faturamento bruto total de R$ 20.569.352 e um ativo total de R$ 

31.305.157. 

h) Florestal Alimentos S/A: com sede na cidade de Lajeado – RS. 

Fundada em 1936, atua no ramo de industrialização, comercio, importação e 

exportação de balas, pirulitos, gomas de mascar, e outros produtos do gênero 

alimentício. Apresentou no final do exercício social de 2013 um faturamento bruto 

total de R$ 218.850.000 e um ativo total de R$ 99.897.000. 

i) Fontana S/A: com sede na cidade de Encantado – RS. Fundada em 

1934, atua no ramo da indústria e comercio de sabões, sabonetes, perfumarias, 

velas, extração de glicerina, importação e exportação e comercio de matérias primas 

inerentes a suas atividades. Apresentou no final do exercício social de 2013 um 

faturamento bruto total de R$ 95.068.056 e um ativo total de R$ 68.411.661. 



52 

j) Importadora e Exportadora de Cereais S/A, também denominada 

IMEC: com sede na cidade de Lajeado – RS. Fundada em 1955, atua no ramo de 

supermercados, comércio varejista e atacadista de mercadorias em geral, compra, 

venda, beneficiamento, secagem, empacotamento e industrialização de trigo e arroz, 

restaurante, farmácia, entre outras. Apresentou no final do exercício social de 2013 

um faturamento bruto total de R$ 377.458.000 e um ativo total de R$ 132.506.000. 

k) J. A. Spohr S/A: com sede na cidade de Lajeado – RS. Fundada em 

1927, atua no ramo do comercio de veículos, peças, acessórios, combustíveis e 

lubrificantes e a prestação de serviços de oficina mecânica para veículos 

automotores. Apresentou no final do exercício social de 2013 um faturamento bruto 

total de R$ 89.024.043 e um ativo total de R$ 27.208.301. 

l) Metalúrgica Hassmann S/A: com sede na cidade de Imigrante – RS. 

Fundada em 1955, atua no ramo da industrialização e comercialização de artefatos 

metalúrgicos de fixação, como parafusos, porcas, tirantes, inclusive especiais e de 

alta resistência. Apresentou no final do exercício social de 2013 um faturamento 

bruto total de R$ 178.360.691 e um ativo total de R$ 164.416.048. 

m) Motomecânica Comercial S/A: com sede na cidade de Lajeado – RS. 

Fundada em 1945, atua no ramo do comercio de veículos novos e usados, peças e 

oficina mecânica de reparação e assistência técnica de veículos. Apresentou no final 

do exercício social de 2013 um faturamento bruto total de R$ 44.730.433 e um ativo 

total de R$ 16.716.114. 

n) Sangalli, Busa S/A: com sede na cidade de Encantado – RS. Fundada 

em 1949, atua no ramo da produção, industrialização, comercialização, 

beneficiamento, representação, importação e exportação de gêneros alimentícios 

em geral. Apresentou no final do exercício social de 2013 um faturamento bruto total 

de R$ 12.378.208 e um ativo total de R$ 8.472.609. 

o) Vonpar Alimentos S/A: com sede na cidade de Arroio do Meio – RS. 

Fundada em 2010, atua no ramo da industrialização, comercialização, importação e 

exportação de doces de frutas, geleias de frutas, doces de leite, recheios, 

coberturas, preparados de sorvetes e iogurtes, bebidas lácteas em geral, iogurtes, 

sorvetes, leite pasteurizado, leite UHT, leite condensado, laticínios em geral, cereais 



53 

em barra, cereais integrais e beneficiados e alimentos em geral. É detentora das 

marcas Wallerius, Neugebauer e Mumu, integrante do Grupo Vonpar. Apresentou no 

final do exercício social de 2013 um faturamento bruto total de R$ 129.174.000 e um 

ativo total de R$ 385.239.000. 

Verifica-se conforme a descrição das organizações que 20% da empresas 

são enquadradas como de grande porte por terem apresentado um ativo total 

superior a R$ 240.000.000 ou receita bruta anual superior a R$ 300.000.000 isto 

baseado no art. 3º da Lei nº 11.638/07. As demais empresas por não se 

enquadrarem nos quesitos da Lei nº 11.638/07, são então enquadradas como de 

médio ou pequeno porte obedecendo o Pronunciamento Técnico PME – 

Contabilidade para Pequenas e Medias Empresas. 

 



54 

5 ANÁLISE APLICADA 

A análise foi realizada com base em informações obtidas nas demonstrações 

financeiras publicadas pelas empresas componentes da amostra, referente os 

exercícios de 2010 a 2013 e utilizando dados de 2009 apenas para cálculos de 

indicadores que exigiam o valor médio. 

Cabe ressaltar que as demonstrações consolidadas não foram utilizadas para 

base de estudo e que as empresas são analisadas por grupo de indicadores e 

posteriormente o seu comportamento em relação ao índice-padrão. 

 

5.1 Índices de liquidez 

Demonstram a capacidade da empresa de honrar com suas obrigações, bem 

como a situação financeira da mesma. Indica quanto a empresa possui de disponível 

para cada R$ 1,00 de dívidas, este índice quanto maior, melhor a sua classificação 

no índice padrão. 

 

5.1.1 Liquidez imediata 

O índice de liquidez imediata representa o quanto a empresa dispõe de 

recursos imediatos (disponibilidades) para liquidação de suas obrigações de curto 

prazo. 



55 

Gráfico 1 – Liquidez imediata 

 

Fonte: Da autora 

 

Verifica-se que a empresa Baldo S/A é a única que apresenta liquidez 

imediata em todos os períodos, apesar de oscilação ano a ano ainda dispõe no ano 

de 2013 de R$ 2,55 de disponibilidades para cada R$ 1,00 de dívida de curto prazo. 

Já as demais com exceção da Cofasa S/A no ano de 2012 apresentaram liquidez 

nula ou não apresentaram liquidez imediata. 

Quadro 8 – Índice Padrão da Liquidez Imediata 

                Quartil 
 
Índice 

 
Mínimo 

 
1º 

 
2º 

 
3º 

 
4º 

 
Máximo 

Quanto maior, 
melhor 

Insatisfatório Regular Bom Excelente 

R$ 0,00                             0,04    0,12 0,23                              6,59 
                       Mediana 
Fonte: Adaptado pela autora com base em Assaf Neto, 2012 

 

Como 85% das empresas de acordo com o Gráfico 1 apresentam liquidez 

nula ou não apresentam liquidez nota-se o retrato disso no índice padrão de R$ 0,12 

que tende a zero. 

0,00

0,50

1,00

1,50

2,00

2,50

3,00

3,50

4,00

4,50

5,00

5,50

6,00

6,50

7,00

Ín
d

ic
e
  
R

$
 

Índice Ano 2013 Índice Ano 2012 Índice Ano 2011 Índice Ano 2010



56 

5.1.2 Liquidez Corrente 

Indica quão sólida é a base financeira da empresa frente a seus 

compromissos de curto prazo, demonstra quanto a empresa dispõe de ativos 

circulantes para liquidação de passivos circulantes. 

Gráfico 2 – Liquidez Corrente 

 

Fonte: Da autora 

0,00
1,00
2,00
3,00
4,00
5,00
6,00
7,00
8,00
9,00

10,00
11,00
12,00
13,00
14,00
15,00
16,00
17,00
18,00
19,00
20,00
21,00
22,00
23,00
24,00
25,00
26,00
27,00
28,00
29,00
30,00
31,00
32,00
33,00
34,00
35,00
36,00
37,00
38,00
39,00
40,00
41,00
42,00
43,00
44,00
45,00
46,00
47,00
48,00
49,00
50,00
51,00
52,00
53,00
54,00
55,00
56,00

Ín
d

ic
e
 R

$
 

Indíce Ano 2013 Indíce Ano 2012 Indíce Ano 2011 Indíce Ano 2010



57 

Na liquidez corrente 80% das empresas mantiveram no máximo R$ 2,00 de 

ativo circulante para cada R$ 1,00 de passivo circulante. Destaque para as 

empresas Baldo S/A, Cofasa S/A e Metalúrgica Hassmann S/A que demonstram 

liquidez entre R$ 4,00 e R$ 12,00 para cada R$ 1,00 de passivo, no entanto a 

empresa Baldo S/A mostrou pico de liquidez no ano de 2010 e a Cofasa S/A no ano 

de 2013. 

Quadro 9 – Índice Padrão da Liquidez Corrente 

                Quartil 
 
Índice 

 
Mínimo 

 
1º 

 
2º 

 
3º 

 
4º 

 
Máximo 

Quanto maior, 
melhor 

Insatisfatório Regular Bom Excelente 

R$ 0,36           1,10     1,32   2,25            55,67 
              Mediana 
Fonte: Adaptado pela autora com base em Assaf Neto, 2012 

 

Conforme Gráfico 2 todas as empresas apresentam liquidez corrente, diante 

disso constata-se a liquidez já no 1º quartil. Os 80% das empresas que 

apresentaram índices de no máximo R$ 2,00 classificam-se até o 3º quartil e as que 

se destacaram classificam-se no 4º quartil apresentando índices mais elevados em 

relação ao padrão. 

 

5.1.3 Liquidez Seca 

O índice de liquidez seca indica a capacidade da empresa de liquidar suas 

obrigações de curto prazo utilizando o valor do ativo circulante, este descontado os 

estoques por apresentarem liquidez mais lenta e as despesas antecipadas por não 

se transformarem em moeda corrente. 

 

 

 

 

 



58 

Gráfico 3 – Liquidez Seca 

 

Fonte: Da autora 

 

Neste indicador 74% das empresas apresentam liquidez nula ou não 

apresentam liquidez. Os outros 26% demonstram liquidez entre R$ 1,00 a R$ 6,00 

para cada R$ 1,00 passivo circulante, destaque para a empresa Baldo S.A que 

mostrou pico de liquidez no ano de 2010. 

Quadro 10 – Índice Padrão da Liquidez Seca 

                Quartil 
 
Índice 

 
Mínimo 

 
1º 

 
2º 

 
3º 

 
4º 

 
Máximo 

Quanto maior, 
melhor 

Insatisfatório Regular Bom Excelente 

R$ 0,14          0,55     0,78   1,26             9,19 
             Mediana 
Fonte: Adaptado pela autora com base em Assaf Neto, 2012 

 

Como o índice de liquidez seca aparece entre o 3º e 4º quartil, confirma-se o 

dito anteriormente, quase 75% das empresas do grupo não apresentam capacidade 

de liquidar suas obrigações de curto prazo apenas utilizando itens monetários de 

maior liquidez do ativo circulante. 

0,00
0,50
1,00
1,50
2,00
2,50
3,00
3,50
4,00
4,50
5,00
5,50
6,00
6,50
7,00
7,50
8,00
8,50
9,00
9,50

Ín
d

ic
e
 R

$
 

Indíce  Ano 2013 Indíce  Ano 2012 Indíce  Ano 2011 Indíce  Ano 2010



59 

5.1.4 Liquidez Geral 

Este índice indica quanto a empresa dispõe de ativo total para liquidação de 

sua dívida total. É utilizada também como uma medida de segurança financeira a 

longo prazo, revelando a capacidade da empresa em saldar todos os seus 

compromissos. 

Gráfico 4 – Liquidez geral 

 

Fonte: Da autora 

 

Na liquidez geral 33% das empresas em todos os períodos não apresentam 

liquidez ou a liquidez é nula. As demais empresas oscilam a liquidez entre R$ 1,00 a 

R$ 4,00 para cada R$ 1,00 de passivo total, com destaque para a empresa Cofasa 

S/A que demonstrou pico de liquidez em dois anos seguidos chegando a possuir no 

seu ativo total a capacidade de liquidar 8 vezes seu passivo total. 

Quadro 11 – Índice Padrão da Liquidez Geral 

                Quartil 
 
Índice 

 
Mínimo 

 
1º 

 
2º 

 
3º 

 
4º 

 
Máximo 

Quanto maior, 
melhor 

Insatisfatório Regular Bom Excelente 

R$ 0,12          0,77     1,09  1,89             7,95 
            Mediana 
Fonte: Adaptado pela autora com base em Assaf Neto, 2012 

0,00
0,50
1,00
1,50
2,00
2,50
3,00
3,50
4,00
4,50
5,00
5,50
6,00
6,50
7,00
7,50
8,00

ín
d

ic
e
 R

$
 

Indíce Ano 2013 Indíce Ano 2012 Indíce Ano 2011 Indíce Ano 2010



60 

Menos da metade das empresas conforme o Gráfico 4 não tem liquidez ou 

esta é nula. As empresas que apresentam liquidez de até R$ 1,09 estão 

classificadas no 2º quartil, as demais com liquidez superior classificam-se no 3º e 4º 

quartil de acordo com o índice padrão. 

Através de uma comparação da relação entre os indicadores de um grupo 

pode-se ter uma tendência de índice padrão por ano. 

Gráfico 5 – Comparativo de índice padrão dos índices de liquidez 

 

Fonte: Da autora 

 

Observando-se o Gráfico 5 nota-se que os indicadores de liquidez corrente, 

seca e geral apresentaram uma tendência uniforme do 1º ao 3º quartil. 

A liquidez imediata fica distante dos outros indicadores, é um índice 

normalmente baixo, um dos motivos pode ser pelo fato das empresas terem pouco 

interesse em manter recursos monetários em caixa e outras por não terem 

condições de manter recursos em caixa. A liquidez corrente, geral e seca 

demonstram a mesma evolução, porém a liquidez seca é menor pelo fato de ser 

descontados os estoques, demonstrando como os estoques tem peso importante no 

ativo de uma empresa. 

Sob o aspecto financeiro e também de acordo com autor Assaf Neto (2012) a 

classificação padrão do indicador de liquidez é “quanto maior, melhor”, indicando 

que quanto maior, melhor será capacidade das empresas em liquidar suas 

obrigações, ressaltando que a capacidade de liquidez não quer dizer garantia de 

0,01

0,1

1

10

100

Minimo 1º quartil 2º quartil 3º quartil 4º quartil

imediata corrente seca geral



61 

pagamento, pois existem outras variáveis que interferem no comportamento 

fin