UNIVERSIDADE DO VALE DO TAQUARI - UNIVATES

ÁREA DE CIÊNCIAS DA VIDA

CURSO DE FISIOTERAPIA

AVALIAÇÃO DOS PREDITORES DE LESÃO NO FUTEBOL EM
JOVENS ATLETAS DE EQUIPE DE BASE DO VALE DO

TAQUARI

Gian Matheus Gass

Lajeado/RS, junho de 2023



Gian Matheus Gass

AVALIAÇÃO DOS PREDITORES DE LESÃO NO FUTEBOL EM
JOVENS ATLETAS DE EQUIPE DE BASE DO VALE DO

TAQUARI

Artigo apresentado no componente

curricular Trabalho de Conclusão de Curso

II, do Curso de Fisioterapia, na

Universidade do Vale do Taquari - Univates,

como parte da exigência para a obtenção

do título de Bacharel em Fisioterapia.

Orientador: Prof. Me. Eduardo Sehnem

Lajeado/RS, junho de 2023



Gian Matheus Gass

AVALIAÇÃO DOS PREDITORES DE LESÃO NO FUTEBOL EM
JOVENS ATLETAS DE EQUIPE DE BASE DO VALE DO

TAQUARI

A banca examinadora abaixo aprova o artigo apresentado no componente
curricular Trabalho de Conclusão de Curso II, do Curso de Fisioterapia, da
Universidade do Vale do Taquari - Univates, como parte da exigência para
obtenção do título de Bacharel em Fisioterapia.

Prof. Me. Eduardo Sehnem
Universidade do Vale do Taquari - Univates

Prof. Dr. Lucas Capalonga
Universidade do Vale do Taquari - Univates

Prof. Dr. Leonardo De Ross Rosa
Universidade do Vale do Taquari - Univates

Lajeado/RS, 29 de junho de 2023



AVALIAÇÃO DOS PREDITORES DE LESÃO NO FUTEBOL EM JOVENS
ATLETAS DE EQUIPE DE BASE DO VALE DO TAQUARI

Gian Matheus Gass1, Eduardo Sehnem2

Resumo: Se comparado com as décadas passadas, atualmente o futebol é um
esporte mais veloz, de maior contato físico e intensidade. Nas décadas passadas, o
esporte se dava principalmente pelo talento individual e habilidade técnica dos
atletas. Neste sentido, a fim de evitar que as equipes fiquem desfalcadas nas
partidas, é de suma importância avaliar as condições dos atletas antes da prática
esportiva, para que se possa intervir assertivamente, corrigindo as alterações
funcionais e evitando assim, a ocorrência de lesões. Objetivo: Avaliar os preditores
de lesão em atletas de futebol de base. Métodos: Estudo de natureza documental e
descritiva, com delineamento transversal e análise quantitativa. Utilizou-se os dados
secundários da avaliação pré-temporada do ano de 2023, de uma academia de
futebol de categoria de base, situada na cidade de Teutônia/RS. Foram incluídos no
estudo 27 atletas das categorias sub-15 e sub-17, todos do gênero masculino.
Foram coletados os resultados dos testes: Star Excursion Balance Test modificado
(SEBT); Weight Bearing Lunge Test (WBLT); e Lateral Step Down Test (LSDT).
Após, foi realizada a correlação dos resultados entre os membros ipsilaterais,
utilizando os coeficientes de Pearson e Spearman. Resultados: Apenas a correlação
entre WBLT e LSDT para o membro inferior esquerdo (MIE) mostrou-se
estatisticamente significativa, sendo que a força de correlação foi moderada e
inversamente proporcional, ou seja, uma vez que a ADM de dorsiflexão diminui, pior
é a performance funcional do LSDT. Conclusão: A ADM de dorsiflexão possui
influência no desempenho funcional dos membros inferiores de atletas de futebol de
categoria de base e, caracteriza-se como fator de risco para ocorrência de lesões
nestes indivíduos. Desta forma, atletas jovens com limitação de ADM articular de
dorsiflexão podem estar mais suscetíveis a lesões. Com isso, é de suma importância
realizar a avaliação funcional para identificar estas incongruências, evitando assim, a
perda de performance e a ocorrência de lesões.

Palavras-chave: Amplitude de movimento articular. Desempenho funcional. Futebol.
Lesões esportivas. Prevenção.

2 Mestre em Ambiente e Desenvolvimento e Docente da Universidade do Vale do Taquari - Univates
(eduardosehnem@univates.br)

1 Acadêmico do curso de Fisioterapia da Universidade do Vale do Taquari - Univates
(gian.gass@universo.univates.br)



1 INTRODUÇÃO

O futebol nas décadas passadas baseava-se essencialmente na habilidade

técnica e no talento individual. Já atualmente, o esporte se dá principalmente pelo

preparo físico dos atletas, tendo se tornado mais veloz, de maior contato físico e

intensidade (PAOLI, 2007). Por ser um dos esportes mais praticados em todo o

mundo e devido ao complexo gesto esportivo, com trocas abruptas de direção,

saltos, e demais movimentos, o futebol possui uma grande incidência de lesões

entre seus praticantes (COHEN et al., 1997). Essa incidência, inclusive, se exacerba

quando seus praticantes não possuem um bom condicionamento físico (ZAVARIZE;

VOLTAN; MARTELLI, 2013).

O futebol é, provavelmente, o esporte que mais precocemente inicia o

processo formativo de seus atletas de forma sistemática e organizada (SILVA, 2015).

Junto a isso, é o esporte que possui o maior prestígio em todo o mundo e, com isso,

recebe um imenso aparato midiático. Esse cenário por sua vez, potencializa a

criação de academias de futebol por todo o mundo, tanto de clubes profissionais,

quanto de clubes de menor expressão (ALMEIDA NETO; SANTOS, 2015).

Não é novidade que no cenário profissional, os atletas recebem suporte

multidisciplinar para potencializar a sua performance e evitar a ocorrência de lesões,

no entanto, nas categorias de base o cenário é completamente diferente, uma vez

que, em se tratando do nível nacional, observa-se uma evidente disparidade de

profissionais à disposição dos atletas, quando comparamos times de diferentes

patamares do campeonato nacional. Exemplo disso é um clube da elite do futebol

brasileiro, da cidade de Belo Horizonte/MG, que no ano de 2012 disponibilizava à

categoria sub-15, profissional fisiologista, preparador físico, nutricionista,

fisioterapeuta, massoterapeuta, dentista, psicólogo, além de preparador de goleiros,

médicos e enfermeiros (CRUZ, 2012). Já outro clube, da cidade de Pelotas/RS, que

no ano de 2015 figurava na terceira divisão do futebol nacional, fornecia apenas um

estagiário de fisioterapia para dar suporte aos seus atletas de base, sendo que,

apenas nas situações mais adversas, eram direcionados até o médico da equipe

profissional (SILVA, 2015). Ao observar que até um clube profissional da terceira

divisão nacional carece de recursos para dar suporte a seus atletas de base,

podemos prospectar que este cenário possa ser semelhante e até mesmo mais



desestruturado nas academias, fazendo com que os atletas de base não recebam o

devido aparato, o que consequentemente, poderá afetar no desempenho e na maior

incidência de lesões.

Neste sentido, considerando os grandes investimentos feitos de maneira geral

neste esporte, a fim de evitar que as equipes fiquem desfalcadas nas partidas, é de

suma importância avaliar as condições dos atletas antes da prática esportiva.

Através deste processo, é possível evidenciar potenciais encurtamentos, perdas

proprioceptivas, déficit de força muscular, instabilidade articular, limitações de

amplitude de movimento (ADM), alterações funcionais e entre outras alterações,

identificando assim, possíveis fatores de risco para ocorrência de lesões (ALVES;

DUARTE JUNIOR, 2014).

Isto posto, este estudo buscou avaliar e identificar os possíveis preditores de

lesões em atletas da categoria de base do futebol de uma equipe do município de

Teutônia, no Vale do Taquari, interior do Rio Grande do Sul.

2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

A pesquisa delimitou-se através dos objetivos de natureza documental e

descritiva, com delineamento transversal e análise quantitativa. O estudo utilizou os

dados secundários da avaliação pré-temporada do ano de 2023, de uma academia

de futebol de categoria de base, situada na cidade de Teutônia, no Vale do Taquari,

interior do estado do Rio Grande do Sul, Brasil, e sendo esta, aplicada por

integrantes da comissão técnica e acadêmicos do curso de fisioterapia da

Universidade do Vale do Taquari - Univates. O projeto foi aprovado pelo Comitê de

Ética em Pesquisa da Univates com parecer nº 6.060.376. Esta pesquisa dispensou

a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) por parte dos

sujeitos da pesquisa, devido à utilizar-se de dados secundários, sendo o acesso a

estes permitido através da assinatura do Termo de Consentimento de Uso de Dados

(TCUD) por parte do pesquisador responsável, e do Termo de Autorização e

Compromisso para Uso de Informações por parte do Diretor Executivo de Futebol da

academia.

Foram incluídos no estudo os atletas das categorias sub-15 e sub-17, todos

do gênero masculino. Não houve necessidade de exclusão de atletas da amostra,



uma vez que todos os sujeitos que realizaram os testes estavam aptos a

desempenhá-los.

Do banco de dados da academia, foram coletados os seguintes dados: idade;

peso; altura; membro dominante; e o resultado dos testes funcionais, sendo estes:

Star Excursion Balance Test Modificado (SEBT), teste que mensura a capacidade

proprioceptiva dos atletas, do qual coletou-se também, o comprimento dos membros

inferiores; Weight Bearing Lunge Test (WBLT), que mensura a ADM de dorsiflexão

em cadeia cinética fechada; e Lateral Step Down Test (LSDT), que pontua a

performance funcional dos indivíduos. Os testes foram aplicados no mês de

dezembro do ano de 2022.

O SEBT (Figura A) é realizado em uma superfície plana, com fitas métricas

dispostas em três direções no chão: anterior (A) à 0 graus, póstero-lateral (PL) à 135

graus e póstero-medial (PM) à 225 graus (HERTEL et al., 2006). Ambas as fitas

métricas iniciam do mesmo ponto central, local onde ficará o hálux do membro

avaliado, de frente para a fita anterior. O alcance é realizado em apoio unipodal

(membro avaliado) mantendo a planta do pé sempre em contato com o solo e as

mãos na cintura. As distâncias são determinadas quando o hálux contralateral

alcança a distância máxima das fitas. Caso ocorresse algum desequilíbrio, onde o

membro contralateral ao avaliado tocasse o solo, ou o avaliado retirasse as mãos da

cintura, a tentativa é inválida, sendo assim, reiniciado o movimento. Foram

realizadas três tentativas para cada uma das direções, para cada membro avaliado

(CORRÊA, 2016). Ainda, para complemento do cálculo de desempenho do teste,

fora mensurado o comprimento dos membros inferiores (MMII), sendo que este se

dá, conforme Petter (2017, p.15), na “distância entre a espinha ilíaca ântero superior

e o maléolo medial”.

Filipa et al. (2010), propõem que a pontuação do desempenho do SEBT

consiste em dividir a soma das distâncias máximas alcançadas (em centímetros),

pelo comprimento real do membro inferior (LL) avaliado (membro apoiado) e, por fim,

multiplicado por três. Após, o resultado é multiplicado por 100, para obter-se o

resultado em porcentagem. Desta forma, a equação proposta pelos autores se

define da seguinte forma: SEBT = (A + PM + PL) / (LL X 3) x 100.



Já o WBLT (Figura B), é realizado com o avaliado em ortostase, de frente

para a parede, e mantendo as mãos em contato com a mesma. Realiza flexão de

joelho do membro avaliado, de modo a tocar a patela na parede, enquanto realiza

dorsiflexão mantendo o calcâneo em contato com o solo. Na posição máxima, o

ângulo de dorsiflexão é mensurado em graus por inclinômetro, estando este,

posicionado 15 cm abaixo da tuberosidade tibial anterior (TTA) (BENNEL et al.,

1998).

Ademais, o LSDT (Figura C) consiste em permanecer com o membro inferior

testado sobre a borda de um step de 15 cm de altura, mantendo o membro

contralateral suspenso. Com as mãos na cintura, o avaliado deve tocar o calcanhar

do membro suspenso no solo e retornar para a posição inicial lentamente. Realiza 3

movimentos em sequência para cada membro (GÓES, 2019). Para avaliação do

LSDT, foram identificados, através de marcadores adesivos, a espinha ilíaca

ântero-superior, centro da patela e o primeiro metatarso falangeano do primeiro

dedo, bilateralmente. O teste foi gravado por uma câmera disposta a 2 metros do

step, no plano horizontal, de frente para o avaliado, fixada por tripé.

Figura A - SEBT

Fonte: CURTOLO et al. (2017)

Figura B - WBLT

Fonte: MANOEL et al. (2022)

Figura C - LSDT

Fonte: RABIN et al. (2014)

Quanto à mensuração do desempenho do LSDT, é calculado baseado em 5

critérios: 1) estratégia dos membros superiores, caso o sujeito utilize algum

movimento dos braços para compensar o desequilíbrio, adiciona-se 1 ponto; 2)

movimento do tronco, quando o tronco movimenta-se para um dos lados,

acrescenta-se 1 ponto; 3) Pelve, se ocorresse algum giro ou elevação em relação à



contralateral adiciona-se 1 ponto; 4) Posição do joelho, onde adiciona-se 1 ponto

caso a TTA desvie medialmente e ultrapasse uma linha vertical imaginária sobre o 2º

dedo, e 2 pontos caso a TTA ultrapasse uma linha vertical imaginária sobre a borda

medial do pé; 5) Manter a postura unilateral estável, se o sujeito desceu no lado não

testado, ou se o membro testado ficou instável, adicione 1 ponto. O desempenho do

teste, quando resulta entre 0 ou 1 é classificado como boa qualidade de movimento,

entre 2 ou 3, média qualidade e, de 4 a 5, má qualidade de movimento (PIVA et al.,

2006).

Os dados foram apresentados como média e desvio-padrão (DP), e a

normalidade dos dados evidenciada pelo teste de normalidade de Shapiro-Wilk. Com

isso, as correlações foram realizadas através da Correlação de Pearson para dados

com distribuição normal e Correlação de Spearman para aqueles que não seguem a

normalidade. Foi considerada significativa a correlação com valor de p < 0,05, e a

força de correlação mais forte quando próxima de r ou rs = ±1. O software utilizado

para as análises foi o Bioestat 5.0.

3 RESULTADOS

Considerando os critérios de inclusão propostos, a amostra foi composta por

27 atletas, todos do sexo masculino, com idade entre 14 e 17 anos e média de 15

anos. Destes, a maioria (70,4%) possui o membro inferior direito (MID) como sendo

o dominante. Ademais, apenas dois atletas (7,5%) possuem o índice de massa

corporal (IMC) abaixo do normal, enquanto os demais encontram-se dentro da faixa

normal. Os dados referentes à caracterização amostral estão presentes na Tabela 1.

Tabela 1 - Características da amostra.
Variável Total (n = 27)
Idade 15 ± 0,7
Peso (kg) 63,2 ± 7,8
Estatura (cm) 174,1 ± 7,2
IMC (kg/m²) 21 ± 1,5
IMC

Peso normal 25 (92,5)
Abaixo do normal 2 (7,5)

Membro inferior dominante
Direito 19 (70,4)
Esquerdo 8 (29,6)



Variáveis apresentadas em n (%) ou média ± desvio-padrão (DP). IMC: índice de massa corporal;

As variáveis referentes à ADM de dorsiflexão, performance funcional e

capacidade proprioceptiva, identificadas nos testes funcionais, bem como o

comprimento dos MMII, seguem descritos através de média e desvio padrão na

Tabela 2.

Tabela 2 - Resultados dos testes.
Variável Total (n = 27)
WBLT (º) 39,2 ± 4,7
LSDT 2,6 ± 1,4
SEBT (%) 91,3 ± 6,2

Comprimento de MMII (cm) 93,9 ± 5,6

Variáveis apresentadas em média ± desvio-padrão (DP). WBLT: Weight Bearing Lunge Test; LSDT:
Lateral Step Down Test; SEBT: Star Excursion Balance Test; MMII: Membros Inferiores;

Os dados de SEBT e WBLT seguiram normalidade, desta forma, foi aplicada

a correlação de Pearson para estes testes. Devido aos resultados do LSDT não

seguirem a normalidade, para suas correlações, foi utilizado o coeficiente de

Spearman. Na Tabela 3, pode-se observar os resultados das análises de correlação.

Dos resultados obtidos, observa-se que apenas a correlação entre WBLT do

membro inferior esquerdo (MIE) e LSDT MIE possui correlação estatisticamente

significativa (p=0,032), sendo a força de correlação moderada e inversamente

proporcional (rs= -0,413), ou seja, uma vez que o ângulo de dorsiflexão diminui,

aumentam as alterações biomecânicas na execução do teste e, consequentemente,

a sua pontuação.

Tabela 3 - Variáveis correlacionadas.
Correlação p* r rs
SEBT MIE e WBLT MIE 0.469 0.145 -
SEBT MID e WBLT MID 0.322 0.197 -
WBLT MIE e LSDT MIE 0.032* - -0.413
WBLT MID e LSDT MID 0.057 - -0.370
SEBT MIE e LSDT MIE 0.359 - -0.183
SEBT MID e LSDT MID 0.906 - -0.023

Correlações de Pearson e Spearman. p: relevância da correlação. r: coeficiente de Pearson (força de
correlação); rs: coeficiente de Spearman (força da correlação); WBLT: Weight Bearing Lunge Test;
LSDT: Lateral Step Down Test; SEBT: Star Excursion Balance Test Modificado; MIE: Membro Inferior
Esquerdo; MID: Membro Inferior Direito; *Nível de significância de p<0,05.



4 DISCUSSÃO

Em relação aos dados antropométricos da pesquisa, os achados em nosso

estudo vão de encontro ao que prevê a OMS, quanto à classificação de normalidade

do IMC, uma vez que a média encontrada no estudo foi de 21 kg/cm², enquanto se

prevê normalidade entre 18,4 a 24,9 kg/cm² (OMS, 2000). Da mesma forma ocorre

nos estudos de Corrêa e colaboradores (2020) e Silva e Rosa (2019), nos quais

encontra-se em uma população de atletas de futebol de até 17 anos, uma média de

IMC de 22,92 kg/cm² e 21,82 kg/m² respectivamente, demonstrando que nossa

amostra não diverge das demais.

O objetivo do estudo foi avaliar as correlações de ADM de dorsiflexão,

capacidade proprioceptiva, e desempenho funcional de atletas de categoria de base.

A explicação para a correlação estatisticamente positiva entre ADM de

dorsiflexão e desempenho funcional é explicada pelo fato de que a restrição na ADM

de dorsiflexão acaba limitando a progressão anterior da tíbia sobre o tálus,

restringindo o movimento de flexão de joelho e suscetível à pronação do pé. Neste

sentido, tanto a pronação, quanto à restrição do movimento de flexão de joelho

potencializam o deslocamento em valgo do joelho, devido a maior exigência da

articulação do quadril que, como forma de compensação, realiza adução para

aproximar o membro contralateral no solo para completar o movimento do LSDT

(RABIN; PORTNOY; KOZOL, 2016).

Nossos achados se assemelham aos encontrados no estudo de Rabin e

colaboradores (2014), realizado com 55 militares, com média de 19,7 anos, que

classificou os indivíduos da sua amostra de acordo com o desempenho no LSDT (0

a 1 bom; 2 a 3 moderado; 4 a 6 ruim) e, a partir disso, realizou a correlação destes

resultados com o desempenho no WBLT. Como resultados, observou-se que a ADM

do tornozelo foi maior entre os participantes com qualidade de movimento boa em

comparação com moderada (p = 0,01). Da mesma forma, no estudo de Grindstaff,

Dolan e Morton (2017), em uma amostra de 59 indivíduos com instabilidade crônica

de tornozelo (ICT), sendo 34 do sexo feminino e 25 do sexo masculino, com média

de 25 anos, também foi encontrada significância na correlação entre WBLT e LSDT,

porém a força desta foi fraca (rs= -0,390). Isso pode ser justificado pelo fato de que

devido à ICT, há outros fatores que podem influenciar no desempenho do teste. O



autor acrescenta que os indivíduos com baixo desempenho de movimento no LSDT,

apresentaram restrição de até seis graus na ADM de dorsiflexão, quando comparado

com indivíduos com desempenho dentro da normalidade no teste. Corroboram

nossos achados ainda, os estudos de Gutschick e Lazicki (2020), Foster et al. (2020)

e Rabin e Kozol (2010), onde ambos demonstraram influência significativa da ADM

de dorsiflexão no desempenho do LSDT.

Ademais, a possível explicação para a força de correlação entre o WBLT MIE

e LSDT MIE não ter sido maior em nosso estudo, também pode estar relacionada à

força da musculatura de abdutores e rotadores externos de quadril, uma vez que a

fraqueza destas musculaturas pode levar à adução e rotação medial excessiva do

quadril, potencializando não só o valgo de joelho, mas também a queda da pelve

contralateral como forma de compensação (BALDON et al., 2011). Da mesma forma,

ocorre com a correlação entre WBLT MID e LSDT MID, onde a correlação não

significativa pode ser explicada pela possível fraqueza da musculatura supracitada.

Além disso, a separação da amostra de acordo com o desempenho do LSDT e o

membro dominante, poderia contribuir para uma força de correlação maior, uma vez

que há diferença significativa do membro dominante e não dominante durante

tarefas funcionais, na qual o dominante possui melhores resultados no controle de

movimento (MCGRATH et al., 2015). Todavia, estudos prévios não demonstram

correlações entre dominância e performance no LSDT em atletas de futebol

(DANTAS FILHO; OLIVEIRA; MAGNANI, 2021) e ainda, no estudo de Ludwig et al

(2017), encontrou-se em uma amostra de 114 jovens atletas praticantes de futebol,

maior valgo nos membros inferiores dominantes, ao observar o movimento de

aterrissagem destes indivíduos. A possível explicação para tal resultado, se dá a

grande exigência do membro não dominante para realizar o apoio nos movimentos

de chute, por exemplo. Outro ponto a se destacar, é que neste estudo não tivemos

acesso à história prévia dos atletas em relação às lesões, uma vez que, caso algum

indivíduo estivesse se recuperando de lesão ou ter retornado à prática há poucos

dias, poderia influenciar no desempenho dos testes, já que o desempenho médio do

LSDT em nossa amostra foi de 2,6 pontos, o que sugere moderada qualidade de

movimento no desempenho funcional. Desta forma, existe a possibilidade de que

alguns atletas não estariam nas condições ideais para executar o teste, deixando a

amostra heterogênea.



Na correlação entre SEBT e WBLT para ambos os membros, não

identificados uma correlação significativa (MIE p= 0,469; MID p= 0,322). No entanto,

os nossos resultados se assemelham aos do estudo de Xixirry, Riberto e Manoel

(2019), onde os testes funcionais também não obtiveram correlação significativa

entre membros inferiores dominantes de atletas profissionais (r= 0,16) e amadores

(r= 0,32), e membros não dominantes (r= 0,21; r= 0,32; para atletas profissionais e

amadores, respectivamente). Neste sentido, acredita-se que o motivo para a

correlação destes testes não ter significância, se deve à possibilidade de que a ADM

de dorsiflexão tenha principal influência para o alcance anterior do teste, o que não

aconteceria para os sentidos póstero-medial e póstero-lateral. Tal afirmativa é

sustentada pelo estudo de Hoch et al. (2012), onde observou-se correlação

estatisticamente significativa da ADM de dorsiflexão para o alcance anterior do

SEBT, o que não ocorreu nos sentidos póstero-medial e póstero-lateral. Basnett et

al. (2013) também encontraram resultados semelhantes em relação ao alcance

anterior (r= 0,55, p< 0,001), porém em seu estudo, observou-se também

significância no alcance póstero-lateral (r= 0,29, p= 0,03), ainda que a força de

correlação tenha sido mais fraca se comparado à do alcance anterior. Desta forma,

sustenta-se a hipótese de que a ADM de dorsiflexão tenha maior influência para o

alcance anterior, enquanto os demais alcances tenham grande influência da ADM de

quadril e joelho, assim como da força muscular de abdutores e extensores do quadril

(HUBBARD et al., 2007).

Em se tratando da correlação entre SEBT e LSDT, não encontramos

resultados estatisticamente significativos, assim como na bibliografia não

encontramos estudos realizando este tipo de correlação. A justificativa para os

resultados encontrados se dá ao fato de que para o SEBT, por exemplo, há grande

influência da força muscular de abdutores e extensores de quadril para os alcances

póstero-lateral e póstero-medial, e da ADM de dorsiflexão para o alcance anterior,

conforme já citado acima. Desta forma, conclui-se que a performance funcional dos

membros inferiores avaliada no LSDT não possui influência significativa para o

desempenho do SEBT e vice-versa, devido a outros fatores terem maior influência.

A ADM de dorsiflexão é de suma importância no esporte, uma vez que está

associada a diversas tarefas específicas como saltos, aterrissagens e agachamentos

(MANOEL, 2020). Por isso, sua diminuição evidencia-se como suscetível para a



ocorrência de lesões nos MMII. Os achados em nosso estudo corroboram a tal

afirmativa, uma vez que a ADM de dorsiflexão teve influência estatisticamente

significativa para piora da performance funcional no LSDT do MIE. Alinhado a isso,

Vicenzino et al. (2001) e Xixirry, Riberto e Manoel (2019) acrescentam que atletas

com redução da ADM do tornozelo têm 5 vezes mais chances de desenvolver

lesões. Somado a isso, o aumento do valgo do joelho, evidenciado no LSDT, está

associado a um risco de futura lesão do ligamento cruzado anterior entre atletas do

sexo feminino (HEWETT et al., 2005), assim como fator de risco para a síndrome da

dor femoropatelar (POWERS, 2003).

5 CONCLUSÃO

A ADM de dorsiflexão possui influência no desempenho funcional dos

membros não dominantes de atletas de futebol de categoria de base e, conforme

evidenciado na bibliografia, esta limitação funcional pode ser considerada como fator

de risco para ocorrência de lesões nestes indivíduos. Desta forma, atletas jovens

que apresentem limitação de ADM articular de dorsiflexão podem estar mais

suscetíveis a lesões. Com isso, é de suma importância realizar, de forma rotineira, a

avaliação funcional deste público, a fim de identificar estas incongruências e

qualificar a preparação física destes atletas, evitando assim, a perda de performance

e a ocorrência de lesões.

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Devido à força de correlação entre WBLT MIE e LSDT MIE ter sido moderada,

e a não significância desta correlação para o MID, somado à influência da força

muscular de abdutores e rotadores externos no desempenho do LSDT, uma linha

potencialmente útil de estudo futuro poderia avaliar a força muscular de abdutores e

rotadores externos de quadril, classificando a amostra de acordo com o resultado e,

na sequência, realizar a correlação dos testes funcionais, a fim de verificar a

significância de correlação entre estes públicos.



REFERÊNCIAS

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