UNIVERSIDADE DO VALE DO TAQUARI 
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU 

MESTRADO PROFISSIONAL EM ENSINO DE CIÊNCIAS EXATAS 
 

 

 

 

 

 

 

USO DO SOFTWARE PACKET TRACER PARA O ENSINO DE 

REDES DE COMPUTADORES EM UM ESPAÇO NÃO 

FORMAL 

 

 

 

 

Rodrigo Petter 

 

 

 

 

 

 
 

Lajeado, maio de 2021



8 

 

Rodrigo Petter 

 

 

 

 

 

 

 

USO DO SOFTWARE PACKET TRACER PARA O ENSINO DE REDES 

DE COMPUTADORES EM UM ESPAÇO NÃO FORMAL 

 

 

 

Dissertação do Programa de Pós-Graduação 
em Ensino de Ciências Exatas, Universidade 
do Vale do Taquari, na área de concentração 
Tecnologias, metodologias e recursos 
didáticos para o ensino de Ciências.  

  

Orientadora: Professora Drª Márcia Jussara 
Hepp Rehfeldt. 

 

 

 

 

 

 

Lajeado, maio de 2021 

 

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AGRADECIMENTOS 

 

 

Primeiramente agradeço a Deus, pela saúde física, mental, intelectual e 

emocional concedida a mim para o desenvolvimento desta pesquisa mesmo 

em um contexto de pandemia. Agradeço também à minha esposa e a meus 

dois filhos, por permitirem que o marido e pai, se ausentasse por muitas horas 

de afazeres do lar e do convívio familiar para ir em busca de um sonho: tornar-

se um mestre de verdade. Meu muito obrigado aos meus pais, Ilmo Matias 

Petter (em memória) e Maria de Lourdes Petter, pelo incentivo, exemplo e 

valores disseminados ao longo de minha trajetória de vida pessoal e 

profissional. Tenho ciência de que sem eles não teria me tornado uma pessoa 

íntegra, ética, honesta, humilde, sonhadora e batalhadora, capaz de superar 

obstáculos que se colocam diariamente em nosso caminho. 

À minha orientadora, professora doutora Márcia Jussara Hepp Rehfeldt, 

por todos os conselhos, puxões de orelhas e desafios impostos a mim ao longo 

das orientações. Obrigado também professora Márcia, pela sua disponibilidade 

para a leitura de meu trabalho e pelas contribuições dadas para qualificar ainda 

mais esta dissertação. 

 



10 

 

À Bebidas Fruki S.A que me permitiu desenvolver esta prática 

pedagógica e coletar os dados para esta pesquisa, bem como aos 

profissionais, sujeitos desta investigação. 

Aos professores Leonel Pablo Carvalho Tedesco, Maria Claudete Schorr 

e Marli Teresinha Quartieri que fizeram parte da banca examinadora desta 

pesquisa, pelo tempo destinado para leitura crítica deste estudo e pelas 

contribuições dadas a esta dissertação. 

Por fim, às amizades que tive o prazer de fazer ao longo do programa de 

mestrado, as experiências que colecionei e, por tudo que tenho vivenciado ou 

conquistado ao longo de minha vida pessoal e profissional. Sem dúvida, elas 

me motivam a trilhar e a buscar novos desafios. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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RESUMO 

 

 

O uso da Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), segundo 
Moulin, Carvalho e Brião (2019), vem fomentando a emergência de novas 
técnicas, práticas ou processos de ensino, entre os quais cita-se a exploração 
de distintos softwares. Para averiguar as possibilidades ou contribuições desse 
tipo de recurso, foi desenvolvida uma pesquisa, com aproximações de estudo 
de caso, no contexto particular da Bebidas Fruki S.A.. A pesquisa tem cunho 
qualitativo e foi realizada com 6 profissionais da área de Tecnologia da 
Informação, especificamente dos departamentos de Operação e de 
Atendimento da Bebidas Fruki S.A.. O problema norteador deste estudo foi o 
seguinte: Como o software Packet Tracer pode contribuir para o ensino de 
Redes de Computadores aos profissionais de TICs da Bebidas Fruki S.A.? 
Para responder ao propósito da pesquisa, as atividades foram desenvolvidas e 
classificadas em oito encontros, desenvolvidos com o objetivo: explorar e 
avaliar o uso do software Packet Tracer para o ensino de Redes de 
Computadores na área de TICs da Bebidas Fruki S.A. Todos os encontros 
foram realizados em uma sala virtualizada, com o uso do software Teams. Os 
instrumentos de coleta de dados utilizados neste trabalho foram o diário de 
campo, um questionário semiestruturado, fotos ou print de tela, vídeos ou 
gravações e atividades práticas realizadas no software Packet Tracer. Os 
resultados obtidos apontam que os profissionais apresentavam, inicialmente, 
alguns conhecimentos prévios, como aplicação de switchs ou roteadores, de 
dispositivos (computadores, notebooks e impressoras), de cabeamento ou 
conexões para interligação de sub-redes, documentação ou anotações dos 
elementos e dispositivos utilizados nas atividades práticas de Redes de 
Computadores. No entanto, ao longo dos encontros, durante a execução das 
atividades práticas, foi possível identificar que alguns profissionais, apesar de 
já possuírem conhecimentos prévios, tiveram dificuldades em assimilar 
conceitos e funcionalidades mais avançadas dos elementos swicths e 

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12 

 

roteadores. No decorrer da pesquisa, evidencia-se também que, com o uso do 
software Packet Tracer e por meio de simulações ou repetições de projetos 
(projetos muito próximos da realidade), os profissionais conseguiram mitigar ou 
reduzir significativamente suas dificuldades. Por fim, ao comparar a evolução 
obtida no ensino de Redes de Computadores considerando a atividade prática 
realizada no 1º encontro e a realizada no 8º encontro, percebe-se que o 
resultado desta pesquisa foi atingido. Os progressos foram mais visíveis ao 
término da atividade prática do último encontro, quando os profissionais 
conseguiram desenvolver uma Rede de Computadores com segmentação de 
três VLAN’s, de alta disponibilidade, e com dupla abordagem de comunicação 
entre as sub-redes da Matriz/Indústria - Lajeado e Indústria – Paverama. 
Evidencia-se, que todos os profissionais, sem exceção, entregaram os projetos 
de Redes de forma bem-sucedida, ou seja, com êxito. 

Palavras-chave: Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), Software, 
Packet Tracer, Redes de Computadores, Ensino não formal. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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ABSTRACT 

 

 

The use of Information and Communication Technology (ICT), according to 
Moulin, Carvalho and Brião (2019), has encouraged the emergence of new 
techniques, practices or learning processes, including the development of 
different software. In order to explore the possibilities or contributions of this 
type of resource, a study was developed, with case study approaches, in the 
specific context of Bebidas Fruki S.A. The research is qualitative in nature and 
was conducted with 6 professionals in the field of information technology, 
specifically from the Operation and Service Departments of Bebidas Fruki S.A. 
The guiding problem of this research was the following: How can the Packet 
Tracer software contribute to the teaching of computer networks to the ICT 
professionals? To respond to the purpose of the research, the activities were 
addressed and classified in eight meetings, with the main objective of exploring 
and evaluating the use of Packet Tracer software for teaching Computer 
Networks in the ICT area of Bebidas Fruki S.A. All meetings were held in a 
virtual room, using the Teams software. The methodology used was data 
collection through the field diary, a semi-structured quiz, photographs or 
serigraphs, videos or recordings, and hands-on activities performed in the 
Packet Tracer software. The results of the studies showed that ICT 
professionals already had a basic knowledge of applications, hardware devices 
such as switches, routers, desktops, servers, notebooks, and printers as well as 
cabling, interconnection of subnets, documentation or notes about the devices 
used in their daily activities. However, during the meetings and practical 
activities, it was possible to identify that some of these professionals, despite 
already having previous knowledge, had difficulties in assimilating more 
advanced concepts and functionalities of the switches and routers devices. In 
the course of the research, it also became clear that by using the Packet Tracer 
Software and through simulations or project iterations (projects that are very 
close to reality), the professionals were able to significantly mitigate or reduce 

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their difficulties. Finally, when in the Teaching of Computer Networks we 
compared the practical activities carried out in the 1st meeting with the activities 
of the 8th meeting, we noticed a significant improvement and we concluded that 
the objective of this research was achieved. The progress was more visible at 
the end of the practical activities of the last meeting, when the professionals 
managed to develop a Computer Network with the segmentation of three 
VLAN’s, high availability, and a dual approach of communication between the 
subnetworks of the Industry of Lajeado and the Paverama Industry sites. It is 
evident that all professionals, without exception, successfully delivered the 
Network projects successfully and with excellence. 

Keywords: Information and Communication Technology (ICT), Software, Packet 
Tracer, Computer Networks, Non-formal Education. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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LISTA DE FIGURAS 

 

 

Figura 1 - Sete camadas do modelo OSI ......................................................... 19 

Figura 2 - Resumo das camadas ..................................................................... 19 

Figura 3 - Modelo OSI e TCP/IP ....................................................................... 20 

Figura 4 - Exemplo de endereço físico ............................................................. 21 

Figura 5 - Conectividade física de um switch em uma Rede local ................... 22 

Figura 6 - Conectividade física de um roteador ................................................ 23 

Figura 7 - Tela do software Packet Tracer ....................................................... 26 

Figura 8 - Confirmação do recebimento do pacote no PC01 ........................... 27 

Figura 9 - Organograma da área de Tecnologia da Informação e Comunicação 

(TIC) ................................................................................................................. 38 

Figura 10 - Desenhos técnicos desenvolvidos pelos profissionais ................... 53 

Figura 11 - Uso do software Packet Tracer para a solução do problema 

realizado pelo profissional E............................................................................. 55 

Figura 12 - Atividade prática “Aula 01” com aplicação de conceitos de ativos e 

interligação de dispositivos de departamentos distintos ................................... 59 

Figura 13 - Projetos desenvolvidos na atividade prática da “Aula01” ............... 60 

Figura 14 - Atividade prática “Aula 02” com aplicação do modelo TCP/IP e suas 

referências........................................................................................................ 65 

Figura 15 - Atividade prática “Aula 03” com uso do elemento switch e meios 

físicos da camada física ................................................................................... 69 

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Figura 16 - Atividade prática aula 04 – Caso A “Uso de dois switchs para a 

comunicação com segmentação dos dispositivos por notebooks e desktops” . 72 

Figura 17 - Atividade prática Aula 04 – Caso B “Uso de dois switchs com 

segmentação dos dispositivos para se comunicarem apenas entre si, nas suas 

sub-redes” ........................................................................................................ 74 

Figura 18 - “Uso de dois switchs para segmentação dos dispositivos por 

andares do prédio da organização” .................................................................. 76 

Figura 19 - Caso A “Uso de dois roteadores, interligando as Redes da Matriz-

Lajeado com o CD Canoas” ............................................................................. 79 

Figura 20 - Caso B “Uso de três roteadores, interligando as Redes de Matriz-

Lajeado, CD Canoas e CD Pelotas” ................................................................. 80 

Figura 21 - Caso A “Uso de dois roteadores, interligando as Redes da Matriz-

Lajeado com o CD Blumenau” com erros e ajustes propostos......................... 84 

Figura 22 - Caso B “Uso de três roteadores, interligando as Redes de Matriz-

Lajeado, CD Caxias do Sul e CD Santo Ângelo” .............................................. 86 

Figura 23 - Projeto para interligação de 4 sub-redes distintas, com alta 

disponibilidade, e performance da Rede .......................................................... 89 

Figura 24 - Resultados obtidos com o projeto de interligação de 4 sub-Redes 

distintas, com alta disponibilidade e performance da Rede ............................. 90 

Figura 25 - Comparativo de desenhos técnicos dos profissionais “C e F” 

realizado no nosso primeiro encontro (Apêndice D), versus desafio proposto no 

Apêndice L no ensino de Redes de Computadores da disciplina..................... 92 

Figura 26 - Comparativo de desenhos técnicos dos profissionais “A, B, D e E” 

realizados no nosso primeiro encontro (Apêndice D), no ensino de Redes de 

Computadores da disciplina ............................................................................. 94 

Figura 27 - Topologia para estabelecer comunicação entre sub-redes com uso 

de roteadores, switchs, meios físicos e dispositivos ........................................ 96 

Figura 28 - Resultados obtidos dos profissionais “A e E” com o desafio de 

interligação de 4 sub-redes distintas, com alta disponibilidade e performance da 

Rede ................................................................................................................. 96 

Figura 29 - Resultados obtidos dos profissionais “B, C, D e F” com o desafio de 

interligação de 4 sub-redes distintas, com alta disponibilidade e performance da 

Rede ................................................................................................................. 98 

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Figura 30 - Resultado da dinâmica com uso do software Mentimeter ............ 100 

Figura 31 - Classificação dos relatos dos profissionais A, B, C, D, E e F da 

Fruki ............................................................................................................... 105 

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LISTA DE QUADROS 

 

 

Quadro 1 - Diferenças entre o ensino não formal e formal ............................... 14 

Quadro 2 - Triagem de dissertações na CAPES .............................................. 30 

Quadro 3 - Triagem de dissertações no Google Acadêmico ............................ 31 

Quadro 4 - Detalhamento dos estudos selecionados ....................................... 32 

Quadro 5 - Atividades, metodologia e recursos da pesquisa ........................... 40 

Quadro 6 - Resultados do questionário eletrônico da pesquisa realizado com os 

profissionais “A, B, C, D, E e F” ...................................................................... 102 

Quadro 7 - Atividades realizadas durante o plano de aulas ........................... 119 

 

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19 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

SUMÁRIO 

 

 

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................. 08 

 
2. REFERENCIAL TEÓRICO ........................................................................... 13 

2.1 Espaço / Educação não formal de Ensino .................................................. 13 

2.2 Redes de Computadores............................................................................ 17 

2.3 O software Packet Tracer ........................................................................... 26 

 
3. ESTUDOS RECENTES NA ÁREA ............................................................... 29 

 
4. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ..................................................... 35 

4.1 Natureza da Pesquisa e os instrumentos de coleta de dados .................... 35 

4.2 Locus da pesquisa e sujeitos envolvidos ................................................... 37 

4.3 Delineamento da prática desenvolvida ....................................................... 39 

4.4 Análise de dados ........................................................................................ 49 

 
5. ANÁLISE DOS RESULTADOS .................................................................... 51 

5.1 Primeiro encontro ....................................................................................... 51 

5.2 Segundo encontro ...................................................................................... 63 

 

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20 

 

5.3 Terceiro encontro ....................................................................................... 67 

5.4 Quarto encontro ......................................................................................... 70 

5.5 Quinto encontro .......................................................................................... 77 

5.6 Sexto encontro ........................................................................................... 82 

5.7 Sétimo encontro ......................................................................................... 87 

5.8 Oitavo encontro .......................................................................................... 91 

 
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................... 107 

 
REFERÊNCIAS .............................................................................................. 111 

 
APÊNDICES ................................................................................................... 115 

APÊNDICE A - TERMO DE CONCORDÂNCIA DA DIREÇÃO DA 

INSTITUIÇÃO ................................................................................................. 116 

APÊNDICE B - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO 

(TCLE) ............................................................................................................ 117 

APÊNDICE C - PLANO DE AULAS ............................................................... 119 

APÊNDICE D - DESAFIO SOBRE REDES DE COMPUTADORES .............. 124 

APÊNDICE E - ATIVIDADE PRÁTICA NO SOFTWARE PACKET TRACER 

COM ATIVOS PARA ASSIMILAÇÃO DE CONCEITOS DE REDES DE 

COMPUTADORES ......................................................................................... 126 

APÊNDICE F - ATIVIDADE PRÁTICA NO SOFTWARE PACKET TRACER 

COM ATIVOS PARA ASSIMILAÇÃO DE CONCEITOS DE REDES DE 

COMPUTADORES ......................................................................................... 128 

APÊNDICE G - ATIVIDADE PRÁTICA NO SOFTWARE PACKET TRACER 

PARA ASSIMILAÇÃO DO CONTEÚDO DE MEIOS DE TRANSMISSÃO ..... 131 

APÊNDICE H - ATIVIDADE PRÁTICA NO SOFTWARE PACKET TRACER 

PARA ASSIMILAÇÃO DO CONTEÚDO ........................................................ 133 

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21 

 

APÊNDICE I - ATIVIDADE PRÁTICA NO SOFTWARE PACKET TRACER 

PARA ASSIMILAÇÃO DA CAMADA DE REDE ............................................. 137 

APÊNDICE J - ATIVIDADE PRÁTICA NO SOFTWARE PACKET TRACER 

PARA ASSIMILAÇÃO DO CONTEÚDO ........................................................ 140 

APÊNDICE K - ATIVIDADE PRÁTICA NO SOFTWARE PACKET TRACER 

PARA ASSIMILAÇÃO DO CONTEÚDO DA CAMADA DE APLICAÇÃO COM 

SEGMENTAÇÃO DE VLANs E DUPLA ABORDAGEM DE COMUNICAÇÃO DA 

REDE ............................................................................................................. 143 

APÊNDICE L - DESAFIO PROPOSTO DE REDE DE COMPUTADORES COM 

SEGMENTAÇÃO DE VLANs E DUPLA ABORDAGEM DE COMUNICAÇÃO145 

APÊNDICE M - QUESTIONÁRIO ELETRÔNICO SEMIESTRUTURADO 

SOBRE REDES DE COMPUTADORES ........................................................ 147 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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8 

 

 

 

 

 

 

  

 

1. INTRODUÇÃO 

 

 

No percurso de minha vida tive o privilégio, ou melhor, a oportunidade de 

conviver com pessoas e profissionais que possuíam uma ótima índole, um bom 

coração, além de serem capacitados e terem formação acadêmica. Esses 

indivíduos contribuíram na minha trajetória de vida, fomentando minha busca 

por novos conhecimentos. Eles repetiam frequentemente que esses 

conhecimentos prévios adquiridos ao longo de minha formação pessoal, 

contribuiriam para alavancar bons frutos em minha carreira profissional.  

Seguindo esses conselhos, em 2004, concluí o curso técnico em 

Informática, em 2013 concluí a graduação em Administração - Linha de 

Formação Específica em Análise de Sistemas e, em 2016, uma especialização 

em Gestão Estratégica de Tecnologia da Informação. Evidencia-se, assim, que 

minha formação acadêmica e área de interesse no mercado de trabalho 

sempre foram voltadas para a área de Tecnologia da Informação e 

Comunicação (TICs). 

Atualmente, trabalho nos turnos da manhã e tarde na organização 

Bebidas Fruki S.A. como Coordenador de Operações de Tecnologia da 

Informação, exercendo papel de liderança nas áreas de Infraestrutura 

(operações) e Atendimento (suporte). Minha equipe é composta por quatro 



9 

 

profissionais graduados, dois técnicos de informática e três estudantes nas 

áreas de Tecnologia da Informação.  

Também atuei como docente na Escola Estadual de Educação 

Profissional Estrela (EEEPE), localizada na cidade de Estrela-RS, lecionando 

as disciplinas de Redes de Computadores1, Redes II, Gerenciamento de Redes 

e Segurança de Redes nos anos de 2018 e 2019. Esse foi um momento em 

que pude vivenciar e compartilhar conhecimentos teóricos e práticos adquiridos 

ao longo de minha trajetória acadêmica e profissional. Essa aproximação com 

a docência despertou em mim paixão pela profissão. Por esse motivo, como 

profissional e educador nas organizações citadas acima, percebo que a 

necessidade e o desafio do uso de recursos tecnológicos para a Educação vêm 

crescendo com o ingresso das novas gerações nas corporações e instituições 

de ensino. Estas gerações, jovens da contemporaneidade, concebidas como 

nativos digitais por Prensky (2001), nasceram e cresceram cercadas de 

dispositivos tecnológicos como: computadores, notebooks, smartphones, vídeo 

games, entre outros brinquedos e recursos da era digital. 

Devido à minha aproximação com estas gerações, fomentei o uso das 

Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) no ensino para prototipação 

e realização de testes em Redes de Computadores aplicando uma ferramenta 

tecnológica aos profissionais da Bebidas Fruki S.A.. O software escolhido para 

a pesquisa é o Packet Tracer que permite simular as etapas de planejamento, 

desenvolvimento, homologação e implantação de uma Rede de Computadores 

em organizações ou instituições de ensino. Possibilita, também, tratar erros 

oriundos de conflitos de configurações e parametrizações de elementos e 

dispositivos da Rede. 

Por meio da inserção do software Packet Tracer no meu local de 

trabalho e com base em estudos anteriores - apresentados nos Quadros 2, 3 e 

4, neste estudo -, busco formas de reduzir a complexidade de entendimento de 

conceitos e da aplicação das Redes de Computadores em organizações, 

 
1 Optou-se neste trabalho por grafar Rede(s) de Computadores e o equivalente Rede(s) 

com letra inicial maiúscula por constituir o foco deste estudo. 



10 

 

fomentar o uso do software Packet Tracer no ensino de Redes de 

Computadores e aprimorar os conhecimentos prévios adquiridos por meio do 

uso do software.  

Considerando esta nova configuração e devido ao avanço tecnológico 

citados acima, a Bebidas Fruki S.A. identificou em seus processos internos a 

necessidade de capacitar a equipe de TICs e me concedeu a oportunidade de 

desenvolver neste estudo, o tema “Informática na Educação”. Diante disso, o 

problema de pesquisa passou a ser o seguinte: “Como o software Packet 

Tracer pode contribuir para o ensino de Redes de Computadores aos 

profissionais de TICs em um espaço não formal?”. O objetivo geral é “Explorar 

e avaliar o uso do software Packet Tracer para o ensino de Redes de 

Computadores na área de TICs da Bebidas Fruki S.A. São seus objetivos 

específicos:  

- Explorar o uso do software Packet Tracer para o ensino de Redes de 

Computadores na Bebidas Fruki S.A.  

- Aprimorar os conhecimentos prévios adquiridos em Redes de 

Computadores por meio do uso do software Packet Tracer. 

- Avaliar resultados obtidos com o uso do software Packet Tracer no 

ensino de Redes de Computadores em um espaço não formal. 

A escolha pelo tema “O uso do software Packet Tracer para prototipação 

e testes de Redes de Computadores em um espaço não formal” surgiu a partir 

de minha vivência na área de Tecnologia da Informação e Comunicação 

(TICs). Vivência essa adquirida, como profissional, educador, e principalmente 

após relato de um colega da Bebidas Fruki S.A. de não conseguir simular 

parametrizações, configurações, conflitos e eventuais erros em dispositivos de 

uma Rede de Computadores de forma preventiva.  

O meu objetivo foi encontrar um software que possa auxiliar nas etapas 

de planejamento, desenvolvimento, homologação e implantação de uma Rede 

de Computadores, em ambiente de prototipação e testes, sem gerar impactos 

na operação da organização. Diante desse cenário, passei a realizar leituras 



11 

 

sobre possíveis soluções. Mas a curiosidade e o interesse sobre o tema só 

aumentaram. A partir disso, iniciei leituras complementares de livros, artigos 

citados nesta pesquisa e encontrei o software Packet Tracer. 

Com base nas minhas experiências empíricas, esse software pode ser 

inserido no ensino corporativo e, dessa forma, a organização poderá passar a 

obter os ganhos e/ou vantagens destacadas a seguir: um processo de 

prototipação e teste mais fluido, possível redução de riscos no processo de 

mudanças ao negócio, ampliação de qualidade nos serviços de TICs 

prestados, redução de janelas de prototipação e testes fora do horário 

comercial, além de disseminar conhecimento a todos os profissionais da equipe 

de TICs. A verificação dos resultados, bem como as vantagens obtidas, são 

discutidas no capítulo 5. 

Ademais, segundo estudos recentes apresentados no Quadro 4 desta 

pesquisa, o software “Packet Tracer”  possui uma interface amigável, de fácil 

interação com o usuário, permite simular virtualmente etapas de configuração 

ou testes de desempenho dos equipamentos, sem necessidade de acervo 

físico: gera redução de investimento nas instituições de ensino para construção 

e manutenção de laboratórios, evita depreciação de equipamentos e contribui 

para os processos de ensino e aprendizagem de profissionais, aliando teoria à 

prática (SANTOS, 2015; DA SILVA, 2019; MIRANDA, 2017; COSTA; VIANA; 

COUTINHO, 2017; DAMASCENO; DE SOUZA, 2014; PIMENTEL, 2013).  

Esta dissertação, para fins de organização foi estruturada da seguinte 

forma: no capítulo introdutório, apresento um breve relato de minha trajetória 

acadêmica e profissional, o tema, o problema, o objetivo geral, os objetivos 

específicos e as justificativas desta pesquisa.  

No capítulo seguinte, descrevo o referencial teórico imbricando autores 

que versam sobre os conceitos que envolvem este estudo: Espaço não formal 

de Ensino, Redes de Computadores, uso e aplicação do software Packet 

Tracer em Redes de Computadores. 

No capítulo 3, aponto os estudos recentes na área. Saliento que dentre 

eles não foi possível identificar nenhum estudo em espaços não formais de 



12 

 

ensino. Mas, autores citados apoiam o uso do software “Packet Tracer” para o 

ensino de Redes de Computadores. Diante deste cenário, enfatizo que sua 

utilização no ensino de Redes de Computadores em um espaço não formal 

(Organização Bebidas Fruki S.A.) pode ser um fator benéfico para profissionais 

desempenharem com qualidade e aptidão suas rotinas de trabalhos diários em 

áreas de TICs. 

No capítulo 4, relato os procedimentos metodológicos da pesquisa, bem 

como seu delineamento e organização. Apresento o local em que a pesquisa 

foi realizada, as atividades planejadas, as alternativas utilizadas para o 

desenvolvimento do objeto de estudo pedagógico e a análise dos dados da 

pesquisa. 

No capítulo 5, descrevo a análise dos dados com comentários dos 

profissionais pesquisados, minhas reflexões e imbricações com outros 

pesquisadores sobre o tema de Redes de Computadores. 

No capítulo 6, apresento as considerações finais da pesquisa, ou seja, 

os resultados do estudo e embasamento para novas pesquisas ou práticas a 

serem realizadas futuramente por mim nesta pesquisa ou por colegas da área 

de atuação. 

Por fim, apresento as referências bibliográficas, entre as quais citam-se 

livros, artigos e dissertações nos idiomas português, espanhol e inglês. 

 

 

 



13 

 

 

 

 

 

 

 

 

2. REFERENCIAL TEÓRICO 

 

 

 

Nesta pesquisa sugeri a inserção do uso do software Packet Tracer na 

metodologia de ensino dos profissionais da área de TICs da Bebidas Fruki S.A. 

para simular as etapas de planejamento, desenvolvimento, homologação e 

implantação de uma Rede de Computadores nas organizações. Nas seções a 

seguir, cito referências de autores para embasar conceitos de Espaço não 

formal de Ensino, Redes de Computadores, o uso e aplicação do software 

Packet Tracer em Redes de Computadores, levando em consideração que o 

objetivo maior é ensino de Redes de Computadores aos profissionais da 

organização.  

 

2.1 Espaço / Educação não formal de Ensino 

 

Estudos recentes (LOPES et al., 2017; DA GLÓRIA GOHN, 2015) 

demonstram que espaços não formais favorecem o uso de recursos 

pedagógicos complementares, que métodos diferentes do habitual escolar 

produzem arte, experimentos, novos conhecimentos e podem ser adquiridos 

por meio de uma linguagem inovadora. Em adição: 

[...] a educação não formal socializa os indivíduos, desenvolve 
hábitos, atitudes, comportamentos, modos de pensar e de se 



14 

 
expressar no uso da linguagem, segundo valores e crenças da 
comunidade. Sua finalidade é abrir janelas de conhecimento sobre o 
mundo que circunda os indivíduos e suas relações sociais (BARRO; 
SANTOS, 2010, p. 06). 

Gohm (2011) reforça que a educação não formal ocorre em um espaço 

fora da escola, desenvolve-se nos espaços não convencionais da educação. 

Afirma, também, que a educação não formal não substitui a educação formal, 

porém favorece a construção dos conhecimentos e saberes. Acrescenta o 

autor que a educação não formal é aquela que se aprende “no mundo da vida”, 

ou seja, no contexto ao qual o indivíduo está inserido. 

Para Príncepe (2016), a educação não formal apresenta uma carga de 

formalidade reduzida em relação à educação escolar, dispõe de maior 

flexibilidade quanto a tempo, espaços, conteúdos e metodologias de trabalho. 

O autor ainda ressalta que a maior flexibilidade na metodologia de trabalho não 

significa desordem ou falta de planejamento, mas sim que esta liberdade define 

sua forma de atuação. Salienta, também, que ela é um acontecimento que 

pode fornecer contribuições vindas de experiências do indivíduo em seu 

contexto de trabalho, grupo ou sociedade a qual está inserida. 

Libâneo (2008, p. 89) complementa que educação não formal  

[...] compreende toda atividade educativa organizada e 
sistemática que ocorre fora do sistema oficial de ensino, com 
o objetivo de facilitar determinados tipos de aprendizagem a 
grupos específicos da população. Refere-se àquelas 
“atividades com baixo grau de estruturação e sistematização”. 

Após ler algumas definições acerca de espaços não formais e formais, 

refleti sobre o assunto e elaborei o Quadro 1 em que apresento diferenças 

entre os ensinos não formal e formal, à luz de alguns autores. O intuito é 

indicar e observar algumas diferenças entre esses espaços de ensino. 

Quadro 1 – Diferenças entre o ensino não formal e formal. 

Autores Ensino não formal Ensino formal 

Gadotti (2005). - O espaço é na cidade 

(Organizações, sindicatos, 

igrejas, entre outros); 

- Diretrizes educacionais difusas; 

- Possui estruturas menos 

hierárquicas e burocráticas; 

- O espaço é na escola e/ou 

universidades; 

- Objetivos claros e específicos; 

- Diretriz educacional 

centralizada; 

- Possui estruturas hierárquicas e 



15 

 
- Marcado pela descontinuidade, 

pela eventualidade e pela 

informalidade; 

- Planos podem ter duração 

variável (flexibilidade do tempo); 

- Não possui órgãos 

fiscalizadores, e pode, ou não, 

fornecer certificados de 

aprendizagem.  

 

burocráticas; 

- Marcado pela formalidade, 

regularidade e sequencialidade;  

- Planos e cargas horárias bem 

definidas; 

- Possui órgãos fiscalizadores, 

fornecem certificados. 

 

Chagas (1993). - Esfera veiculada a museus, 

meios de comunicação, 

instituições de serviços e eventos; 

- Altamente flexível, de acordo 

com os desejos do indivíduo; 

- Ensino agradável e espontâneo. 

- Esfera escolar e de 

Universidades; 

- Altamente estruturada; 

- Programa de ensino pré-

determinado. 

 

Bruno (2014). - Atividades educativas que 

ocorrem fora da escola; 

- Atividades não são organizadas 

por níveis, idades ou conteúdos; 

- Regras são construídas 

coletivamente; 

- Conhecimento é adquirido 

através da participação, 

transmissão ou troca de saberes; 

- Este ensino prepara o cidadão 

para o mundo. 

- Atividades educativas que 

ocorrem na escola; 

- Em um determinado tempo; 

- Sistematização sequencial das 

atividades; 

- Por disciplinas e conteúdos; 

- Com regulamentos e leis; 

- Organiza-se por idades e níveis 

de conhecimento; 

- Com certificação e diplomas. 

 

Langhi (2009). - Práticas educativas fora do 

ambiente escolar; 

- Sem obrigatoriedade legislativa; 

- Indivíduo possui a liberdade de 

escolher métodos e conteúdos de 

aprendizagem. 

- Ocorre no ambiente escolar ou 

em estabelecimentos de ensino; 

- Com estrutura própria e 

planejamento. 

- Com obrigatoriedade legislativa. 

Wille (2014). - Práticas educativas que não 

estão formalizadas; 

- Práticas pouco estruturadas e 

sistematizadas. 

- Ocorre em ambientes escolares 

e acadêmicos; 

- Práticas estruturadas, 

organizadas e planejadas.  

Santos (2017) - Em instituição fora da escola; 

- Pode ser guiado pelo guia ou 

- Geralmente na escola; 

- Orientado pelo professor; 



16 

 
professor; 

-Normalmente o aprendizado não 

é avaliado; 

- Tipicamente não sequencial. 

- Aprendizado é avaliado; 

- Sequencial. 

Fonte: O autor (2021). 

A partir do Quadro 1 é possível constatar que o ensino formal ocorre em 

instituições de ensino (escolas, universidades, entre outras), seus conteúdos e 

métodos são previamente definidos por órgãos competentes, são sequenciais, 

auditados e, sempre avaliados, conduzidos e orientados por um professor. 

Já no ensino não formal, as práticas educativas ocorrem fora do 

ambiente escolar, normalmente são ministradas em organizações ou 

instituições prestadoras de serviços. Seus conteúdos e métodos são 

flexibilizados conforme interesse do indivíduo, podendo ou não ser conduzido 

pelo professor e, o ensino não costuma ser avaliado.  

A partir da leitura do Quadro 1, me identifico, ou melhor, existem 

aproximações com esta pesquisa levando em consideração os estudos de 

Bruno (2014), que afirma que as atividades ocorrem fora da escola. O autor 

acrescenta, que elas normalmente não são organizadas por níveis, idades ou 

conteúdos. Por fim, complementa mencionando que as regras são construídas 

coletivamente, o conhecimento é adquirido através da participação, 

transmissão ou troca de saberes, e que este ensino prepara o cidadão para o 

mundo. 

Esta pesquisa ocorreu na Fruki, uma organização que atua no ramo 

industrial, produzindo e comercializando bebidas. Os conteúdos e práticas 

adotados (as) ao longo deste estudo foram flexibilizados (as) para atender ao 

público alvo (profissionais da área de Tecnologia da Informação e 

Comunicação – TIC), com minha orientação, no papel de professor e sem 

avaliações formais (provas). No entanto, coletei os dados para realizar a 

análise e tecer algumas considerações acerca do uso do software Packet 

Tracer no ensino não formal. 



17 

 
Nesse contexto informal de ensino, mobilizei os profissionais da Bebidas 

Fruki S.A. a revisitar conceitos de Redes de Computadores citados na próxima 

seção. 

 

2.2 Redes de Computadores 

 

Segundo Comer (2016), as Redes de Computadores têm crescido 

consideravelmente nos últimos anos. Acrescenta que a comunicação é parte 

essencial da infraestrutura em organizações, que necessitam de pessoas 

especialistas em Redes para planejar, adquirir, instalar, operar e gerenciar os 

sistemas de hardware e software que compõem as Redes de Computadores. 

Entendo que as Redes de Computadores podem ser especialmente confusas 

para iniciantes, porque mesmo havendo teorias que expliquem o 

relacionamento ou interligação entre todas as partes e elementos, elas podem 

ser complexas para profissionais sem experiência, ou que estejam ingressando 

na área de Redes de Computadores. 

Tanenbaum (2011) explica que Redes de Computadores constituem um 

compartilhamento de serviços e/ou recursos e permitem que programas, 

dispositivos, dados estejam disponíveis e visíveis a todos os indivíduos que 

ingressarem na Rede. O autor enfatiza que as Redes atualmente são 

imprescindíveis para acesso ágil de informações e também para apoio no 

processo de tomada de decisão das pessoas, independentemente de sua 

localização física e do porte das organizações. 

Para Fernandez (2015), as Redes de Computadores entre dois ou mais 

dispositivos possuem aplicação limitada. Acrescenta que, devido a essa 

limitação são classificadas em Local Area Network (LAN), Wide Area Network 

(WAN), Metropolitan Area Network (MAN) conforme a distância e o alcance, 

que são detalhadas a seguir. 

Segundo Fernandez (2015, p. 13), Local Area Network (LAN) é uma 

Rede que  

[...] conecta dispositivos próximos, com distâncias da ordem 
de dezenas a centenas de metros, tipicamente instaladas em 
prédios. Pelo fato da proximidade apresenta velocidades 



18 

 
significativamente maiores do que nas redes WAN e sofre 
menos interferência (ruídos) do meio ambiente. 

Conforme Fernandez (2015, p. 13), Wide Area Network (WAN) é uma 

Rede de  

[...] longa distância que conecta dispositivos com distâncias 
grandes, da ordem de dezenas ou centenas de quilômetros. 
Pelo fato das grandes distâncias a velocidade é geralmente 
menor do que alcançadas nas redes locais LAN, pois nesse 
caso as interferências e ruídos são fatores limitantes. 

Ainda de acordo com Fernandez (2015, p. 13-14), Metropolitan Area 

Network (MAN) é uma Rede de  

[...] âmbito metropolitano, tipicamente aplicada em cidades, 
com distâncias até dezenas de quilômetros. Como nessa 
distância as tecnologias de redes LAN não podem ser 
utilizadas torna-se necessário o uso de tecnologias de longa 
distância WAN. Por esse fato, a nomenclatura MAN tem sido 
substituída pela nomenclatura WAN pois são as tecnologias 
utilizadas nessas distâncias. 

Destaco que dentre as Redes de Computadores citadas acima (LAN, 

WAN e MAN), eu, no papel de professor, com uso do software Packet Tracer 

desenvolvi em conjunto com os profissionais da Fruki projetos ou atividades 

práticas contendo as três Redes. As atividades práticas aplicadas foram 

disponibilizadas na seção de Apêndices desta pesquisa. Vale destacar que 

nossas Redes possuem distâncias que ficam na ordem de dezenas a centenas 

de metros, limitadas a interligações de prédios ou departamentos, como 

também estão distribuídas em cidades ou até mesmo estados distintos, 

atendendo até dezenas de quilômetros com alta disponibilidade e performance. 

Forouzan (2009) ressalta que as Redes de Computadores são utilizadas 

para estabelecer a comunicação entre um conjunto de dispositivos 

(computadores, impressoras, entre outros) nas organizações, ou seja, as 

Redes de Computadores estão mudando a maneira como fazemos negócios e 

vivemos. Acrescenta o autor supramencionado que as decisões atualmente 

devem ser tomadas de forma cada vez mais rápida e necessitamos obter 

acesso imediato às informações. Esta fluidez na comunicação é estabelecida 

graças a um padrão internacional, modelo Open Systems Interconnection 

(OSI), ou mais divulgado e conhecido como modelo OSI, que será apresentado 



19 

 
na próxima seção. Cabe salientar que, ele é mantido pela International 

Organization for Standardization (ISO), desde 1970. 

 

2.2.1 Modelos de referência OSI e TCP/IP 

O modelo OSI, segundo Forouzan (2009), em teoria, foi arquitetado 

numa estrutura de 7 camadas distintas apresentadas na Figura 1, porém 

relacionadas entre si, cada uma delas é responsável por uma parte do 

processo de transferência dos dados em uma Rede de Computadores.  

Figura 1 – Sete camadas do modelo OSI 

 

Fonte: Forouzan (2009, p. 30). 

A seguir na Figura 2 apresento o resumo das funções e 

responsabilidades de cada uma das camadas, segundo Forouzan (2009). 

Figura 2 – Resumo das camadas 

 
Fonte: Forouzan (2009, p. 42). 

Porém, o modelo OSI serve apenas como referência para 

compreendermos os conceitos e funções das camadas em uma Rede de 



20 

 
Computadores. Na prática, para conceber uma Rede, Forouzan (2009) fomenta 

o uso de um conjunto de protocolos chamados de TCP/IP, estes protocolos não 

seguem exatamente as mesmas camadas do modelo OSI apresentado 

anteriormente. 

Esse conjunto de protocolos TCP/IP foi dividido em 4 camadas: host-

rede (interface com a Rede), internet, transporte e aplicação. Quando 

comparado com o modelo OSI, afirma-se que a camada host-rede equivale à 

combinação das camadas física e de enlace de dados. A camada internet 

equivale à camada de Rede, e a camada de transporte permanece com a 

mesma função. Por fim, a camada de aplicação realiza as funções das 

camadas de sessão, apresentação e de aplicação, conforme ilustrado na 

Figura 3. 

Figura 3 – Modelo OSI e TCP/IP 

 

Fonte: Forouzan (2009, p. 43). 

Para o desenvolvimento das nossas atividades práticas, que estão 

disponibilizadas na seção de Apêndices, foi de suma importância deter o 

conhecimento teórico de cada uma das 7 camadas do modelo OSI (Física, 

Enlace de dados, Internet, Transporte, Sessão, Apresentação e Aplicação) com 

suas respectivas funções e protocolos. Com o conhecimento do modelo OSI, 

os profissionais da Fruki aplicaram os protocolos TCP/IP ao longo dos nossos 

encontros com uso do software Packet Tracer. Neste momento, imbricaremos 

(meus pesquisados e eu) os conhecimentos teóricos do modelo OSI, com 



21 

 
protocolos, funções e elementos do TCI/IP por meio da execução das 

atividades práticas de Redes de Computadores desenvolvidas.  

A seguir, conforme Forouzan (2009), detalharei em forma de itens as 

funcionalidades e protocolos das camadas host-rede, rede, transporte e 

aplicação.  

a) Camada host-rede (Interface com a Rede), esta camada suporta 

todos os protocolos padrões e proprietários. Em resumo, trata-se do endereço 

físico de um dispositivo que ingressa na Rede, tecnicamente conhecido como 

um nó definido em sua Rede local. Estes endereços variam conforme padrão 

escolhido para sua Rede local, porém a maior parte das Redes locais utiliza o 

formato ilustrado na Figura 4 de 6 bytes (12 dígitos hexadecimais). 

Figura 4 – Exemplo de endereço físico 

 

Fonte: Forouzan (2009, p. 47). 

Cada dispositivo que ingressar em uma Rede de Computador local, seja 

por par trançado, seja por Rede sem fio, recebeu um endereço físico, os 

dispositivos mais conhecidos são: switchs, roteadores, computadores, 

notebooks, impressoras e smartphones. 

Para Tanenbaum (2011), switchs são equipamentos cuja principal 

função é interligar, controlar e gerenciar o tráfego de pacote de dados trocado 

entre os dispositivos em sua Rede local. O autor complementa que são 

equipamentos com várias portas, existem modelos de 8, 16, 24 e 48 portas 

disponíveis pelos fabricantes. Ainda segundo o autor, o switch é capaz de ler o 

endereço físico do dispositivo, identificar a porta à qual este está conectado, e 

guardar estas informações internamente em sua memória para uso futuro. 

Assim, quando o switch receber um dado de um computador, notebook, 

impressora ou smartphone para ser transmitido, se o endereço físico destes 

equipamentos existir na sua memória, ele sabe para qual porta o dado deverá 

ser enviado.  

Tanenbaum (2011) afirma e ilustra, por meio da Figura 5, que a 

comunicação é estabelecida por meio de um cabeamento físico (par trançado) 



22 

 
ou Rede sem fio (wireless). Acrescenta também que todo dispositivo ao 

ingressar em uma Rede local, deve se comunicar com o switch para 

compartilhar dados ou informações entre si, e complementa que cada cabo 

conecta o switch a um único dispositivo. 

Figura 5 – Conectividade física de um switch em uma Rede local 

 

Fonte: Tanenbaum (2011, p. 47). 

Segundo Forouzan (2009), a principal diferença entre o switch e um 

roteador, é que o switch trata todos os dispositivos como se estivessem na 

mesma Rede local. Já o roteador consegue isolar a conexão, permitindo que 

dispositivos de duas ou mais Redes fisicamente distintas se comuniquem. O 

autor acrescenta que o roteador possui a funcionalidade de escolher o caminho 

de melhor desempenho entre os dois nós e também de analisar os pacotes 

trocados entre os dispositivos para tratar possíveis anomalias em uma Rede de 

Computadores.  

Na Figura 6, pode-se identificar como ocorre a comunicação entre o 

emissor “A10” e o receptor “P95”, por intermédio de um roteador, em 3 Redes 

fisicamente distintas / isoladas (LAN1, LAN2 e LAN3). 

 

 

 

 

Figura 6 – Conectividade física de um roteador 

 



23 

 

 

Fonte: Forouzan (2009, p. 48). 

No meu estudo, este elemento (roteador) foi utilizado em várias 

atividades práticas desenvolvidas com os profissionais da Fruki. O roteador foi 

aplicado para priorizar, direcionar, garantir a integridade dos dados e conceder 

às sub-redes (LAN1, LAN2 e LAN3) e seus respectivos dispositivos um melhor 

desempenho para as Redes de Computadores. 

A seguir é detalhada a funcionalidade da camada de rede. 

b) Camada de Rede, esta camada no modelo TCP/IP suporta o 

Internetworking Protocol (IP). Acrescenta que o IP é um mecanismo padrão 

utilizado para transportar pacotes de dados entre os dispositivos em uma Rede 

local. Destaca, além disso, que este mecanismo não dispõe de nenhuma 

verificação, tratamento ou correção de erros, entretanto essa funcionalidade 

limitada não deve ser considerada um ponto fraco, pois ele provê funções 

essenciais de transmissão e permite adicionar funcionalidades necessárias 

para obter a máxima eficiência na transmissão dos dados. O autor também 

afirma que este protocolo suporta quatro protocolos auxiliares Address 

Resolution Protocol (ARP), Reverse Address Resolution Protocol (RARP), 

Internet Control Message Protocol (ICMP) e Internet Group Message Protocol 

(IGMP), que são detalhados na sequência. 

De acordo com Forouzan (2009, p. 44), Address Resolution Protocol 

(ARP) é um protocolo  



24 

 
[...] usado para associar um endereço lógico a um endereço 
físico. Em uma rede física, típica como uma LAN, cada 
dispositivo em um link é identificado por um endereço físico 
ou de estação geralmente gravado no adaptador de rede 
(NIC). O ARP é usado para descobrir o endereço físico do nó 
quando o endereço Internet conhecido.  

Reverse Address Resolution Protocol (RARP) é um protocolo que, 

segundo explicação de Forouzan (2009, p. 44), 

[...] permite que um host descubra seu endereço de internet 
quando conhece apenas seu físico. É utilizado quando um 
computador é conectado a uma rede pela primeira vez ou 
quando um computador sem disco é ligado.  

Ainda conforme Forouzan (2009, p. 44), Internet Control Message 

Protocol (ICMP) é um protocolo  

[..] usado por hosts e gateways para enviar notificações de 
problemas ocorridos com datagramas de volta ao emissor. O 
ICMP envia mensagens de consulta e de notificações de 
erros. 

Por fim, Forouzan (2009, p. 44) explica que Internet Group Message 

Protocol (IGMP) trata-se de um protocolo “usado para facilitar a transmissão 

simultânea de uma mensagem a um grupo de destinatários”. 

Neste estudo todos os protocolos citados acima foram aplicados e 

praticados ao longo dos encontros. O protocolo IP para transportar pacotes de 

dados entre os dispositivos: computador, notebook, impressora, switch e 

roteador; o protocolo ARP para identificar os dispositivos que estabeleceram 

alguma comunicação na Rede; e, ICMP para identificar e tratar possíveis erros 

ou problemas que venham a ocorrer ao configurar ou simular a comunicação 

entre os dispositivos das Redes de Computadores. 

A seguir é detalhada a funcionalidade da camada de transporte. 

C) Camada de transporte, é representada no modelo TCP/IP por três 

protocolos: o User Datagram Protocol (UDP), o Transmission Control Protocol 

(TCP), e o Stream Control Transmission Protocol (SCTP). Ainda consoante o 

mesmo autor, o propósito de todos os protocolos é transmitir um pacote de 

dados de um dispositivo físico ao outro. Na sequência, detalham-se as 

especificidades de cada protocolo. 



25 

 
 User Datagram Protocol (UDP), para Forouzan (2009, p. 45), é um 

protocolo 

[...] mais simples dos três protocolos de transporte padrão 
TCP/IP. É um protocolo processo a processo que adiciona em 
seu cabeçalho apenas endereços de portas de origem e 
destino, controle de erros, e informações do comprimento do 
campo de dados proveniente das camadas superiores. 

Já o Transmission Control Protocol (TCP) é um protocolo 

[...] de transporte de fluxo confiável. O termo fluxo, neste 
contexto, significa orientado à conexão: uma conexão tem de 
ser estabelecida entre ambas as extremidades de uma 
transmissão antes de qualquer uma delas possa iniciar a 
transmissão de dados (Forouzan, 2009, p. 45).  

De acordo com Forouzan (2009, p. 45), Stream Control Transmission 

Protocol (SCTP), trata-se de um protocolo 

[...] que provê suporte a aplicações mais recentes, como voz 
sobre IP. Trata-se de um protocolo de camada de transporte 
que combina o que há de melhor no UDP e no TCP. 

Todos esses protocolos foram explanados aos profissionais, no entanto 

apenas os protocolos UDP e TCP foram praticados com uso do software 

Packet Tracer. O protocolo UDP, ao simular o envio e transporte de um pacote 

de stream de vídeo, e o TCP nas demais comunicações estabelecidas entre os 

dispositivos e elementos das Redes de Computadores. 

A seguir é detalhada a funcionalidade da camada de aplicação. 

d) Camada de aplicação, no modelo TCP/IP equivale às camadas de 

sessão, apresentação e de aplicação do modelo OSI. Na camada de sessão, o 

objetivo é estabelecer, gerenciar e encerrar sessões ativas; na camada de 

apresentação, traduzir, criptografar e comprimir o pacote de dados a ser 

encaminhado; e, na camada de aplicação, possibilitar o acesso aos recursos e 

serviços da Rede local.  

Sob o sistema operacional da estação de trabalho e com uso dos 

modelos de referências citados acima, é instalado o software Packet Tracer, 

que será apresentado no próximo subcapítulo. 



26 

 
2.3 O software Packet Tracer 

O Packet Tracer, software que foi utilizado nesta pesquisa, é, segundo 

Cabarkapa (2015), desenvolvido pela Cisco Systems Inc. e utilizado pela Cisco 

Networking Academy Program (CNAP) em provas de certificação de Redes de 

Computadores como Cisco Certified Network Associate (CCNA), Cisco 

Certified Networking Professional (CCNP), entre outras para qualificação de 

profissionais ao mercado de trabalho. O supracitado autor complementa que 

este software conta com um ambiente virtual interativo, em modo gráfico e 

texto, permitindo criar e configurar cenários realistas e simular a conectividade 

dos dispositivos na Rede de Computadores.  

Na Figura 7, ilustro a área de trabalho do software Packet Tracer. 

Figura 7 – Tela do software Packet Tracer 

 

Fonte: O autor (2021), com base no software. 

O software Packet Tracer, para Makasiranondh (2010), consiste em uma 

ferramenta de simulação de Rede de Computadores para o ensino. O autor 

acrescenta que o software permite aos profissionais criar Redes, configurar 

dispositivos, injetar pacotes de dados para simular o tráfego entre dispositivos 

e observar os resultados obtidos na Rede de Computadores. 

Pinheiro (2009) salienta que os simuladores podem representar 

graficamente situações difíceis e reais vivenciadas no dia a dia de profissionais, 

conforme ilustrado na Figura 8. Segundo o autor, por meio dos simuladores é 

possível ilustrar situações reais sem correr riscos de gerar indisponibilidade na 



27 

 
operação (paradas indesejadas) ou danificar equipamentos que possuem um 

custo significativo para manutenção.  

Figura 8 – Confirmação do recebimento do pacote no PC01 

 

Fonte: Pinheiro (2009, p. 3). 

O Cisco Packet Tracer, de acordo com Jesin (2014), é um simulador que 

pode ser usado não apenas por alunos, mas também por gerentes e 

administradores de Rede. Este software provê uma ampla gama de switchs e 

roteadores Cisco, disponibiliza os mais comuns meios físicos de comunicação 

(Rede sem fio, Rede cabeada, via fibra óptica e cabo UTP - Unshielded 

Twisted Pair), vários dispositivos finais como computadores, notebooks, 

impressoras e servidores. Conforme explica o autor supramencionado, este 

software pode ser usado também para criar exercícios práticos de baixa ou alta 

complexidade e ser aplicado nas organizações para especificação ou desenho 

técnico de Redes de Computadores. 

Neste estudo, o software Packet Tracer foi utilizado com objetivo de 

explorar as funcionalidades, os protocolos, as configurações e identificar erros 

em parametrizações de elementos ou dispositivos que podem ingressar nas 

Redes de Computadores ao longo das nossas atividades práticas 

desenvolvidas em um espaço não formal de ensino. O software também 

permitiu aprimorar conhecimentos prévios sobre o tema, desenvolvendo e 

aplicando casos reais oriundos de projetos ou demandas existentes na Fruki. 



28 

 
No capítulo a seguir, evidencia-se por meio de dissertações e artigos 

publicados, o uso e a aplicação desse software em espaços não formais de 

ensino. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 



29 

 
 

 

 

 

 

 

3. ESTUDOS RECENTES NA ÁREA 

 

 

Para o desenvolvimento desta seção - estudos recentes na área -, iniciei 

a consulta pelo Catálogo de Teses & Dissertações da CAPES, disponível em 

http://catalogodeteses.capes.gov.br/catalogo-teses/#!/. O termo de busca 

utilizado foi “Packet Tracer” e obtive um número de 905 trabalhos acadêmicos 

já desenvolvidos por outros autores. A partir de então, passei a inserir mais 

variáveis no bloco de “refinamentos de busca” disponível no portal, como o tipo 

“Mestrado”, que resultou em 547 pesquisas. Dentre as pesquisas, busquei 

estratificar no portal da CAPES, quantas eram: artigos, eventos, dissertações 

ou teses. Com o intuito de obter uma consulta com maior qualidade, inseri mais 

uma variável na pesquisa e filtrei por ano de publicação. Selecionei apenas as 

dissertações de 2018 e 2019 do portal, por se tratar das mais recentes. As 

dissertações de 2018 representavam 69 publicações, mais 55 publicações no 

ano de 2019, totalizando 124 estudos publicados. 

Nesses estudos, realizei uma consulta pela expressão “Packet Tracer”. 

Quando não apresentado texto completo do autor, realizei a consulta nos 

resumos. Nesses estudos, não encontrei nenhuma pesquisa voltada para o 

ensino de Redes de Computadores utilizando o software Packet Tracer, 

independentemente do espaço de ensino, visto que o meu objetivo era 

encontrar o uso em espaços não formais. 



30 

 
O fato de não ter encontrado nenhuma dissertação sobre o tema em 

espaços não formais motivou-me ainda mais para o desenvolvimento desta 

pesquisa, pois trata-se de um tema inovador, contemporâneo, uma 

necessidade latente nas organizações, e o mercado busca profissionais 

qualificados para atuarem nesses projetos.  

Diante desse cenário, realizei uma nova busca no portal da CAPES com 

a expressão “Simulador Packet Tracer em Redes de Computadores”, Tipo 

“Mestrado” e Anos “2015, 2016, 2017 e 2018”, e obtive um número expressivo: 

155 mil resultados. 

Devido a este resultado, inclui mais o filtro “Nome do Programa = 

Ciência da Computação”, encontrando um total de 954 estudos publicados. 

Percorri todas as páginas e estudos buscando as expressões “Simulador” e/ou 

“Packet Tracer” em seus títulos, mas encontrei apenas um estudo que remetia 

ao tema da presente proposta - “USO DO SOFTWARE PACKET TRACER 

PARA O ENSINO DE REDES DE COMPUTADORES” - , porém a aplicação 

desse estudo ocorreu em um espaço formal de ensino. O trabalho foi publicado 

em 2015 e é apresentado no Quadro 2. 

Quadro 2 – Triagem de dissertações na CAPES 

Título Autor Instituição Ano de 
publicação 

Espaço 

Uso de Simuladores 
como ferramenta no 
Ensino-Aprendizagem de 
Redes de Computadores. 

Walter dos 
Santos 
 

Universidade 
FUMEC, Belo 
Horizonte 
 

2015 Formal de 
Ensino. 

Fonte: O autor (2021). 

Também realizei consultas no portal da Biblioteca Digital Brasileira de 

Teses e Dissertações (BDTD), disponível em http://bdtd.ibict.br. Para a busca 

foi utilizada a expressão “Simulador Redes de Computadores”, “Packet Tracer” 

e “Simulador Packet Tracer” e filtros: Tipo documento “Dissertação”, Idioma 

“Português” e Assunto “Redes de Computadores”. Resultaram dessa busca 29 

estudos publicados e, em cada uma das publicações, foi pesquisada a palavra 

chave “Packet Tracer”, momento em que novamente não identifiquei nenhum 

estudo que remetesse ao tema desta pesquisa.  



31 

 
Após as tentativas sinalizadas acima, realizei novas consultas no portal 

do Google Acadêmico, disponível em https://scholar.google.com.br/scholar?q=. 

Os termos de busca foram “Packet Tracer” e “Simulador Packet Tracer”, com 

os filtros: de ano (2013 a 2020), e idioma (português). O objetivo da pesquisa 

foi encontrar dissertações/artigos publicados que utilizassem a ferramenta 

Packet Tracer para o ensino de Redes de Computadores em espaços não 

formais. Os resultados estão ilustrados no Quadro 3. 

Quadro 3 – Triagem de dissertações no Google Acadêmico 

Título Autor Instituição Ano de 
publicação 

Espaço 

Uso do Cisco Packet 
Tracer como 
ferramenta no 
ensino-
aprendizagem de 
Redes de 
Computadores no 
IFRN–Campus 
Mossoró. 

Rodrigo Ronner 
Tertulino da Silva. 

Instituto Federal 
do Rio Grande do 
Norte - Campus 
Mossoró 

2019 Formal de 
Ensino. 

Uso de Simulações 
Computacionais no 
Ensino de Redes de 
Computadores. 

Elbe Alves 
Miranda. 

Universidade 
Federal 
Fluminense - RJ 

2017 Formal de 
Ensino. 

Um Relato sobre a 
Monitoria da 
Disciplina de Redes 
de Computadores no 
Curso de Sistemas e 
Mídias Digitais. 

Vitor Rodrigues 
Costa 

Universidade 
Federal do Ceará 

2017 Formal de 
Ensino. 

Um Simulador para 
Treinamento em 
Instalação e 
Reparação de Redes 
de Computadores. 

Eduardo 
Filgueiras 
Damasceno e 
Hevander Gabriel 
P. de Souza 

Universidade 
Tecnológica 
Federal do Paraná 

2014 Formal de 
Ensino. 

Estudo e 
implementação de 
uma estrutura de 
Rede. 

Celso Ary 
Pimentel 

Universidade 
Tecnológica 
Federal do 
Paraná 

2013 Formal de 
Ensino. 

Fonte: O autor (2021). 

Conforme ilustrado nos Quadros 2 e 3 acima, não foi possível identificar 

nas pesquisas nenhum estudo em espaços não formais de ensino. Todavia, 

autores citados acima apoiam o uso do software “Packet Tracer” para o ensino 

de Redes de Computadores.  

No Quadro 4, nos itens “Título e Objetivo”, destaco que os 

dados/informações/autores dos estudos foram copiados de alguns estudos, 



32 

 
mas estão indicados como citação direta. Quando não houve cópia direta, 

realizei uma síntese destes itens com base na interpretação e/ou sob os 

resultados dos artigos. Tal ação foi realizada por os itens não estarem 

explícitos ao longo do estudo. Para os demais itens, são apresentadas as 

sínteses das investigações analisadas. 

Quadro 4 – Detalhamento dos estudos selecionados nos quadros 2 e 3. 

Título Objetivo Metodologia  de 

coleta e analise 

dos resultados 

Resultados 

Uso de Simuladores 
como ferramenta no 
Ensino-Aprendizagem de 
Redes de Computadores 
(SANTOS, 2015, p. 1). 

Identificar as 
contribuições do 
uso de softwares 
simuladores de 
Redes, como 
estratégias no 
processo de 
ensino-
aprendizagem do 
conteúdo de Redes 
de Computadores 
(SANTOS, 2015, p. 
7). 

Realizado 
levantamento de 
dados com as turmas 
do curso superior de 
Tecnologias em 
Redes de 
Computadores, 
baseado na 
aplicação de 
questionários para 
alunos e professores. 

Foi comprovado 
que o simulador 
Cisco Packet 
Tracer pode 
contribuir nos 
processos de 
ensino e 
aprendizagem, 
baseado no modelo 
de ensino Flipped 
Classroom, e 
indiretamente pode 
contribuir também 
para que 
instituições não 
invistam em 
laboratórios físicos 
para atender ao 
conteúdo do ensino 
de Redes de 
Computadores.   

Uso do Cisco Packet 
Tracer como ferramenta 
no ensino-aprendizagem 
de Redes de 
Computadores no IFRN–
Campus Mossoró (DA 
SILVA, 2019, p. 67). 

Investigar as 
contribuições do 
uso de softwares 
simuladores de 
Redes, mais 
especificamente o 
Cisco Packet 
Tracer, como 
ferramenta no 
ensino-
aprendizagem da 
disciplina de 
Redes, no IFRN - 
Campus Mossoró 
(DA SILVA, 
OLIVEIRA, 2019, 
p. 67). 

A coleta dos dados 
ocorreu a partir da 
aplicação de um 
questionário 
destinado aos alunos 
do curso de 
Informática, nas 
modalidades técnico 
integrado e 
subsequente, com 
cunho quali-
quantitativo. 

Foi identificado que 
o software Packet 
Tracer é aderente 
ao ensino quando 
direcionado por um 
docente, 
proporcionando aos 
alunos um ótimo 
entedimento da 
prática. Concluiu-se 
também que o 
simulador 
desempenha um 
importante papel 
para a 
compreensão dos 
conteúdos de 
Redes de 
Computadores. 



33 

 
Uso de Simulações 
Computacionais no 
Ensino de Redes de 
Computadores 
(MIRANDA, 2017, p. 1). 

Pesquisar quais os 
simuladores mais 
adequados para 
uso no ensino de 
Redes e 
desenvolver 
práticas de 
laboratório para 
auxiliar o 
aprendizado dos 
conceitos teóricos 
básicos de Redes 
de Computadores 
(MIRANDA, 2017, 
p. 3). 

A coleta de dados 
ocorreu através da 
aplicação de três 
práticas de 
laboratório, em que 
foi exemplificado 
como podemos fazer 
o uso dos 
simuladores no dia a 
dia para enriquecer o 
ensino de Redes de 
Computadores. 

Foi identificado que 
o software Packet 
Tracer foi o mais 
aderente dentre os 
pesquisados, por 
se tratar do mais 
fácil de usar e de 
se entender. 
Concluiu-se 
também que com 
ele foi possível 
simular as três 
práticas de 
laboratório 
abordadas na 
pesquisa. 

Um Relato sobre a 
Monitoria da Disciplina de 
Redes de Computadores 
no Curso de Sistemas e 
Mídias Digitais (COSTA, 
VIANA e COUTINHO, 
2017, p. 1). 

Permitir a seleção 
dos diferentes 
protocolos e tratar 
problemas de 
comunicação nas 
ferramentas 
(COSTA, VIANA e 
COUTINHO, 2017, 
p. 5). 

A coleta dos dados 
ocorre através de 
atividades práticas 
desenvolvidas 
previamente e 
aplicadas pelo 
docente aos alunos.  

As atividades de 
monitoria tiveram 
boa aceitação e 
melhoria no 
aprendizado dos 
alunos, devido ao 
alinhamento dos 
assuntos teóricos e  
práticos com uso 
da ferramenta 
Packet Tracer. 

Um Simulador para 
Treinamento em 
Instalação e Reparação 
de Redes de 
Computadores 
(DAMASCENO  e 
SOUZA, 2014, p. 1). 

Apresentar a 
ferramenta e 
propor uma 
investigação sobre 
a concepção 
pedagógica deste 
uso (DAMASCENO  
e SOUZA, 2014, p. 
1). 

A coleta dos dados 
se deu no ensino 
profissionalizante, 
através de uma 
atividade prática 
desenvolvida 
previamente e 
aplicada aos alunos 
em laboratório. 

Concluiu-se que o 
simulador Packet 
Tracer possibilitou 
uma interação 
dinâmica do 
usuário com o 
sistema sem a 
necessidade de 
acervo físico, o que 
favoreceu a 
preservação do 
equipamento e 
evitou danos ao 
patrimônio. 

Estudo e implementação 
de uma estrutura de 
Rede (PIMENTEL, 2013, 
p. 1). 

Implementar uma 
estrutura de Rede 
hierárquica 
levando em 
consideração a 
segurança, 
disponibilidade e 
integridade dos 
dados (PIMENTEL, 
2013, p. 11). 

Pesquisa 
bibliográfica para 
implementação de 
uma Rede de 
Computadores 
utilizando os 
recursos Cisco 
Packet Tracer e 
Laboratório de 
Redes da UTFPR. 

A pesquisa 
bibliográfica trouxe 
o embasamento 
teórico para a 
escolha dos 
equipamentos e 
funções 
pretendidas. 
Permitiu também o 
uso do software 
Packet Tracer em 
laboratório para 
que os 
conhecimentos 
adquiridos ao longo 
do estudo fossem 



34 

 
aplicados, 
simulados e 
testados seu 
desempenhos. 

Fonte: O autor (2021). 

Diante desse cenário de pesquisa apresentado no Quadro 4 e com a 

necessidade latente, no mercado de trabalho, de profissionais capacitados 

sobre o tema, enfatizo que a utilização do software Packet Tracer no ensino de 

Redes de Computadores em um espaço não formal (Organização Bebidas 

Fruki S.A.) é apropriado para profissionais desempenharem com qualidade e 

aptidão suas rotinas de trabalhos diários em áreas de TICs relacionadas a 

Redes de Computadores.  

Reitero que os estudos em espaços formais de ensino citados 

anteriormente apresentaram resultados relevantes: o software Packet Tracer 

possui interface amigável, de fácil interação com o usuário, e permite simular 

virtualmente etapas de configuração/testes de desempenho dos equipamentos 

sem necessidade de acervo físico. Acrescento que o software permite gerar 

redução de investimento nas instituições de ensino para construção e 

manutenção de laboratórios, evita depreciação de equipamentos e contribui 

para os processos de ensino e aprendizagem de profissionais, aliando teoria à 

prática. 

Devido aos benefícios sinalizados acima posso considerar que o 

software Packet Tracer é aderente também nos espaços não formais de 

ensino. Por este motivo foi desenvolvido o estudo na organização com o intuito 

de atender aos objetivos já expostos anteriormente. 

A seguir, apresento os procedimentos metodológicos utilizados neste 

estudo. 

 

 

 

 



35 

 
 

 

 

 

 

 

 

4. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 

 

 

O presente capítulo busca descrever os procedimentos metodológicos 

da pesquisa, bem como foram planejados seu delineamento e sua 

organização. Apresento o local em que a pesquisa foi realizada, as atividades 

planejadas e exploradas, bem como as alternativas utilizadas para o 

desenvolvimento do objeto de estudo pedagógico. 

 

4.1 Natureza da pesquisa e os instrumentos de coleta de dados 

 

Esta pesquisa teve uma abordagem qualitativa e apresenta aproximação 

de um estudo de caso. Segundo Yin (2005), o método de pesquisa qualitativo 

consiste em um modo de aprofundar um estudo visando à resolução de um 

problema, respondendo a questionamentos que o pesquisador desenvolveu 

sobre o objeto. Para Yin (2005), um estudo de caso é uma investigação 

contemporânea dentro de seu contexto real. Assim, embasado no autor 

supracitado, o estudo de caso utiliza-se de técnicas de coletas de dados como 

diário de campo, questionários eletrônicos semiestruturados, fotos ou print de 

tela, vídeos ou gravações das aulas virtualizadas, comentários, relatos, 

registros computacionais e atividades práticas realizadas no software Packet 

Tracer para solução do problema de pesquisa “Como o software Packet Tracer 



36 

 
pode contribuir para o ensino de Redes de Computadores aos profissionais de 

TICs da Bebidas Fruki S.A.?”  

Acrescento também, que esta pesquisa foi qualitativa, por estar sendo 

realizada no contexto particular da Bebidas Fruki S.A. e utilizar-se de atividades 

não numéricas (projetos de redes de computadores). 

Para comprovar e registrar a evolução da pesquisa qualitativa, foi 

apresentado aos profissionais o desafio sobre Redes de Computadores. 

Solicitou-se, também, que cada profissional tirasse um print/fotografia da tela 

do seu computador contendo o esboço técnico desenvolvido, solicitou-se que 

todas as atividades desenvolvidas fossem disponibilizadas no repositório das 

aulas e fosse utilizado o software Microsoft Forms para aplicar, realizar e 

armazenar os questionários semiestruturados no formato eletrônico ou digital.  

Segundo Vasconcelos et al. (2007), a pesquisa eletrônica ou digital 

possui as seguintes características: ser encaminhada por e-mail ao público-

alvo, conter o endereço eletrônico para obter acesso e responder ao 

questionário, primar pelo anonimato dos participantes e normalmente, ao final, 

ser enviada com as respectivas informações ao responsável pela pesquisa. O 

autor afirma também que o questionário confere confiança ao pesquisador e 

possibilita a comparação de informações entre os participantes pesquisados. 

Além disso, permeando todas as práticas, coletei evidências das 

atividades desenvolvidas de cada profissional por meio do diário de campo. 

Reforço que a principal prática em que todas as atividades e suas resoluções 

foram registradas foi o diário de campo, cuja finalidade é obter um registro 

completo e detalhado da pesquisa. Segundo Lewgoy (2002), o diário de campo 

é um instrumento de registro de pesquisa, de anotações pessoais no qual o 

estudante fundamenta o conhecimento teórico e/ou prático vivenciado no 

objeto de estudo, por meio do relato de suas experiências. 

Em síntese, os instrumentos de coleta de dados utilizados nesta 

pesquisa foram diário de campo, questionário semiestruturado, fotos ou print de 

tela, vídeos ou gravações e atividades práticas realizadas no software Packet 

Tracer. 



37 

 
Na próxima seção está descrito o Delineamento da Pesquisa, apontando 

o local e os personagens da pesquisa.  

4.2 Locus da pesquisa e sujeitos envolvidos 

A pesquisa foi aplicada na Bebidas Fruki S.A., uma empresa com 96 

anos de história. Fundada por Emílio Kirst em 29 de abril de 1924, a empresa 

iniciou produzindo cerveja, vinhos, licores e água de soda. Desde então, é 

administrada por descendentes da família que prezam principalmente pela 

característica familiar do negócio, em que as pessoas são valorizadas (FRUKI, 

20202).  

Até 2021 sua principal atividade é a produção, comercialização e 

distribuição de bebidas, e as suas linhas de produtos evoluíram para atender a 

tendência de consumo de bebidas mais saudáveis. A ética e relacionamento de 

confiança são valores fundamentais que permeiam o negócio desde a sua 

fundação, não só com seus clientes, mas também com acionistas, 

profissionais, sociedade e fornecedores. 

O pioneirismo é outra característica fundamental da Fruki. Como 

exemplo posso citar a compra de um computador em 1980, a instalação da 

primeira Estação de Tratamento de Efluentes da região e uma das primeiras do 

estado em 1988, a implantação de práticas de sustentabilidade já na década de 

1990, em 2018 a migração de seu datacenter físico para a nuvem da Microsoft 

e, em 2020, o advento da switch de produtos do Office365 para aprimorar a 

experiência dos seus profissionais. 

A empresa atua no mercado do RS e SC e conta com aproximadamente 

900 profissionais e 30 mil clientes ativos. Para atender a este contexto, conta 

com seis centros de distribuição, um em Lajeado junto à unidade industrial, e 

os demais em Canoas, Pelotas, Santo Ângelo, Caxias do Sul e Blumenau. 

 
2 Os dados citados neste parágrafo, e nos cinco seguintes, foram extraídos do site da 

Bebidas Fruki S.A.. Disponível em: <https://www.fruki.com.br/a_fruki/nossa_historia>. Acesso 

em 03 abril. 2020. 



38 

 
Possui também oito centros de vendas: em Lajeado, Canoas, Osório, Rio 

Grande, Caxias do Sul, Santa Cruz do Sul, Santa Maria e Passo Fundo.  

Destes 900 profissionais, 24 estão alocados na área de Tecnologia da 

Informação e Comunicação. Este estudo foi aplicado apenas nas equipes de 

atendimento e operações, conforme apresentado na Figura 9. 

Figura 9 – Organograma da área de Tecnologia da Informação e Comunicação 

(TIC). 

 

Fonte: O autor (2021). 

Destes oito profissionais destacados na Figura 9 (Atendimento e 

Operação), consegui envolver apenas seis em todas as atividades planejadas. 

Acrescento que os profissionais são meus colaboradores, atuam na mesma 

equipe/organização, por este motivo podem fazer com que os resultados 

favoreçam o desenvolvimento da pesquisa. Tal aderência foi um pouco 



39 

 
prejudicada devido as atividades terem sido aplicadas durante a pandemia da 

covid-19, fora do horário comercial (durante a noite). Estes 6 profissionais, 

foram do sexo masculino, com idade média de 26 anos, com formação técnica 

e graduação nas áreas de Tecnologia da Informação. 

A seguir apresento o delineamento da prática deste estudo. 

 

4.3 Delineamento da prática desenvolvida 

Este estudo de caso foi aplicado em um espaço não formal de ensino, 

na Matriz da Bebidas Fruki S.A., localizada na cidade de Lajeado – RS, com 

uma turma de profissionais da área de Tecnologia da Informação e 

Comunicação (TICs). Conforme disponibilizado no Apêndice A, tenho 

autorização da direção para sua realização. Também foi coletada, com cada 

profissional, a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido 

(TCLE) disponibilizado no Apêndice B. As atividades da pesquisa foram 

realizadas em 8 encontros virtualizados com uso do software Microsoft Teams3. 

Os referidos encontros, que ocorreram fora do horário comercial, foram 

gravados e conciliados com as demais atividades dos profissionais da área de 

TICs, durante 8 semanas. Cada encontro teve a duração de 3 horas, 

totalizando 24 horas de trabalho. A proposta de aulas disponibilizada no 

Apêndice C foi agendada previamente com os profissionais e apresentada por 

mim de forma dialogada e explicativa utilizando os recursos tecnológicos 

disponíveis no software Microsoft Teams. As gravações e materiais de apoio 

utilizados nos encontros foram disponibilizados em uma área específica na 

Rede da empresa.  

Para sintetizar os encontros descritos a seguir, apresento, no Quadro 5, 

as atividades realizadas, os instrumentos e os recursos utilizados. 

 

 

 
3 Microsoft Teams: software de mensageria de texto, vídeo conferência e salas 

virtualizadas. 



40 

 
Quadro 5 – Atividades, metodologia e recursos da pesquisa. 

Enc

ont

ros 

Atividades Metodologia Recursos 

Competência

s e 

habilidades 

esperadas 

Aula 

01 

Apresentação da 

proposta das aulas, 

desafio sobre Redes de 

Computadores e 

introdução de conceitos 

básicos sobre o tema. 

• Apresentação 

do desafio 

“Como você 

representaria a 

Rede de 

Computadores 

disponibilizada 

no Apêndice 

D?”. Esta 

atividade busca 

coletar 

conhecimentos 

prévios dos 

profissionais 

sobre o tema; 

• Explanação dos 

conceitos 

básicos de 

Redes de 

Computadores: 

o Definições, 

história, 

casos de 

uso, ativos 

de Redes, 

classificaçã

o de 

Redes, 

topologias 

de Redes e 

meios 

físicos de 

transmissã

• Aula expositiva 

dialogada; 

• Apresentação 

da ementa da 

disciplina, 

cronograma 

das aulas e 

sistema de 

avaliação; 

• Apresentação 

do problema; 

• Projeção/Comp

artilhamento de 

slides. 

• Notebook 

/Desktop; 

• Repositóri

o para 

materiais 

de apoio; 

• Esforço 

de 3 horas 

por 

profission

al; 

• Uso do 

software 

Microsoft 

Teams; 

• Uso do 

software 

Mentimete

r; 

• Uso do 

software 

Microsoft 

Forms; 

• Atividade 

prática 

para 

assimilaçã

o do 

conteúdo 

e 

nivelamen

to. 

• Instalação do 

software Packet 

Tracer nas 

estações de 

trabalho dos 

profissionais; 

• Inserção dos 

dispositivos ou 

elementos 

(computador, 

notebook, 

switchs e 

cabeamento) no 

simulador de 

rede de 

computadores; 

• Simulação 

básica de 

conectividade e 

comunicação 

entre os switchs 

e dispositivos 

(computador, 

notebooks) da 

Rede. 



41 

 
o. 

• Apresentação 

virtual dos 

principais ativos 

de uma Rede 

de 

Computadores. 

• Atividade 

prática para 

assimilação do 

conteúdo 

(Apêndice E). 

Aula 

02 

Modelos de referência e 

padronização OSI e 

TCP/IP. 

• Explanação dos 

modelos de 

referência, 

padronização 

OSI e TCP/IP; 

• Atividade 

prática para 

assimilação do 

conteúdo 

(Apêndice F). 

• Aula expositiva 

dialogada; 

• Projeção/Comp

artilhamento de 

slides. 

 • Conhecimento 

teórico da 

arquitetura das 

redes de 

computadores, 

funcionalidades 

e recursos de 

cada uma das 

camadas da 

rede; 

• Análise críticas 

de dispositivos 

e elementos 

básicos das 

redes de 

computadores 

para tratar 

incidentes do 

cotidiano de um 

administrador 

de redes. 

Aula 

03 

Camada Física. 

• Revisão dos 

modelos de 

referência e 

padronização 

OSI e TCP/IP 

vistos na aula 

• Conheciment

o teórico e 

prático sobre 

os meios 

físicos para 

estabelecer 



42 

 
anterior; 

• Explanação dos 

componentes 

da camada 

física em uma 

Rede de 

Computadores: 

o Meios de 

transmissã

o 

magnético, 

par 

trançado, 

coaxial, 

fibra óptica 

e sem fio. 

• Atividade 

prática para 

assimilação do 

conteúdo 

(Apêndice G). 

 

a 

conectividad

e entre as 

redes de 

computadore

s (Cabo 

UTP, Fibra 

Óptica, entre 

outros). 

Aula 

04 

Camada de Enlace. 

• Explanação da 

função da 

camada de 

Enlace em uma 

Rede de 

Computadores. 

o Métodos de 

detecção e 

correção de 

erros, 

protocolos 

de acesso, 

endereçam

entos (MAC 

e ARP), 

protocolo 

Ethernet e 

Redes 

locais 

virtuais 

(VLAN). 

• Atividade 

• Conheciment

o teórico e 

prático para 

configuração 

da 

segmentaçã

o de Redes 

(entre 

andares, 

prédios e 

classes de 

dispositivos) 

e tratar 

incidentes do 

cotidiano de 

um 

administrado

r de Redes. 



43 

 
prática para 

assimilação do 

conteúdo 

(Apêndice H). 

Aula 

05 

Camada de Rede. 

• Explanação da 

função da 

camada de 

Rede em uma 

Rede de 

Computadores: 

o Apresentaç

ão do 

funcioname

nto de 

roteadores, 

interligação 

de Redes, 

protocolo 

IP, 

endereçam

ento 

IPv4/IPv6 e 

máscara de 

Rede. 

• Apresentação 

das 

funcionalidades 

do software 

Packet Tracer; 

• Atividade 

prática para 

assimilação do 

conteúdo 

(Apêndice I). 

• Conheciment

o teórico e 

prático para 

inserção e 

configuração 

do elemento 

“roteador” 

em Redes 

de 

Computador

es; 

• Priorização 

de rotas e 

alta 

disponibilida

de de dados. 

Aula 

06 

Camada de Transporte. 

• Explanação da 

função, 

protocolos e 

serviços da 

camada de 

transporte: 

o Função da 

camada de 

transporte, 

• Tratamento 

de incidentes 

de 

roteamento e 

comunicação 

entre as 

redes de 

uma 



44 

 
protocolos 

TCP e 

UDP, 

serviços de 

NAT e 

QOS. 

• Atividade 

prática para 

assimilação do 

conteúdo 

(Apêndice J). 

organização; 

• Vivenciada 

análise 

crítica de um 

problema de 

conectividad

e entre as 

Redes. 

Aula 

07 

Camada de Aplicação. 

• Explanação das 

funções da 

camada de 

aplicação, suas 

arquiteturas e 

serviços de 

transporte 

disponíveis; 

• Apresentação 

dos principais 

protocolos e 

serviços: HTTP, 

POP, IMAP, 

SMTP, FTP e 

VOIP; 

• Atividade 

prática para 

assimilação do 

conteúdo 

(Apêndice K). 

• Segmentaçã

o, 

priorização 

de rotas, 

aplicação de 

alta 

disponibilida

de e dupla 

abordagem 

de dados em 

Redes de 

Computador

es. 

Aula 

08 

Desafio proposto 

• Demonstração 

do 

conhecimento 

obtido através 

de um desafio 

(Apêndice L). 

• Envio de 

endereço 

eletrônico para 

aplicação do 

questionário 

semiestruturad

• Realização de 

um desafio com 

uso do software 

Packet Tracer 

da Cisco; 

• Envio dos 

questionários 

eletrônicos 

semiestruturado

s. 

• Apresentaçã

o dos 

conheciment

os obtidos 

em todos os 

encontros; 

• Capacitação 

ou aptidão 

para gerir 

Redes de 

Computador



45 

 
o (Apêndice M). 

• Fechamento e 

avaliação da 

satisfação dos 

profissionais 

quanto ao 

plano de aulas 

executado. 

es de 

organizaçõe

s. 

Fonte: O autor (2021). 

Diante desse contexto, descrevo a seguir cada encontro, em ordem 

cronológica. Na primeira aula, os profissionais diante de seu dispositivo 

(computador e/ou notebook), obtiveram acesso aos seus e-mails e, de posse 

do link e/ou URL disponibilizado previamente por mim nas suas agendas 

eletrônicas, ingressaram na sala de aula virtualizada, local onde foram 

ministradas e gravadas todas as aulas. Nesse momento projetei e compartilhei 

slides para apresentar a proposta pedagógica. Em seguida, apresentei o 

problema inicial: “Como você ilustraria de forma gráfica a Rede de 

Computadores apresentada (disponibilizada no Apêndice D)?”. O objetivo desta 

atividade foi fomentar que cada profissional desenvolvesse um esboço técnico 

da Rede de Computadores utilizando um Papel A3, lápis, pincel, borracha, 

régua ou algum aplicativo disponível no seu computador/notebook (Paint, 

Word, Excel, PowerPoint, entre outros), sumarizando seus conhecimentos 

prévios sobre o tema, com criatividade, individualmente, ou seja, sem o meu 

auxílio, tampouco de seus colegas. O prazo para realização e entrega desta 

atividade foi até o intervalo, ou seja, de aproximadamente 40 minutos. O 

objetivo desta tarefa foi coletar evidências sobre o conhecimento prévio de 

cada profissional, para posteriormente analisar e comparar sua evolução 

técnica deles ao final dos 8 encontros virtualizados planejados. Na sequência, 

introduzi o conteúdo sobre a evolução cronológica das Redes, bem como 

conceitos básicos: elementos, componentes, classificações, topologias, meios 

físicos e ativos das Redes de Computadores disponibilizados no Apêndice C. 

Após nivelamento da fundamentação teórica, apresentei virtualmente, por meio 

de Slides, os principais ativos: switchs, roteadores, dispositivos e tipos de 

meios físicos utilizados para a interligação de Redes. E por fim, realizei, em 

conjunto com os profissionais, uma atividade prática no software Packet Tracer 



46 

 
para assimilação de conceitos, configuração dos ativos via interface gráfica e 

por meio de linhas de comandos (interface CLI), conforme Apêndice E. Essa 

atividade prática foi compartilhada com os profissionais por meio de um 

repositório restrito, criado especificamente para atender ao plano de aulas, 

onde foram postados os materiais de apoio e atividades das aulas. Nessa 

mesma seção foi adicionada uma área de entrega da tarefa. Nela, cada 

profissional publicou os projetos desenvolvidos por meio do software Packet 

Tracer para posterior análise e estudo do professor/pesquisador. 

No segundo encontro, inicialmente reconheci com os profissionais, por 

meio de uma aula expositiva e com uso de slides, os modelos de referências 

OSI (aplicação e fluxo de dados) com suas 7 camadas: 7-Aplicação, 6-

Apresentação, 5-Sessão, 4-Transporte, 3-Rede, 2-Enlace e 1-Física, e TCP/IP 

(protocolos) com suas 4 camadas: 4-Aplicação, 3-Transporte, 2-Internet e 1-

Rede. O objetivo desse encontro foi compreender a arquitetura de 

comunicação e o trajeto/caminho que os dados percorrem entre dispositivos 

das Redes de Computadores. Por fim, os profissionais tiveram a oportunidade 

de desenvolver, aplicar seus conhecimentos adquiridos na prática e simular 

sua primeira Rede de Computadores com uso do software Packet Tracer por 

meio da execução da atividade disponibilizada no Apêndice F. Ela foi 

disponibilizada pelo professor e entregue ao final da aula pelos profissionais no 

repositório/diretório da “aula 02”, ilustrado anteriormente.  

No terceiro encontro, na primeira parte da aula, realizei uma revisão por 

meio de slides das duas últimas aulas. A revisão ocorreu de forma expositiva, 

também demonstrei os componentes da camada física, suas características, 

tipos e meios de transmissão. Na segunda parte da aula, os profissionais 

realizaram uma atividade prática no software Packet Tracer para assimilar o 

conteúdo disponibilizado no Apêndice G. A atividade consistiu na construção 

de duas Redes de Computadores com interligação das sub-redes e seus 

respectivos dispositivos. O primeiro caso “A”, com uso do cabo UTP, e o 

segundo Caso “B”, com uso de Fibra Óptica. O uso do software Packet Tracer 

permitiu que os profissionais desenvolvessem as Redes alternando os ativos 

(switchs compatíveis com as portas Ethernet e Fibra Óptica) e meios físicos 



47 

 
das mesmas. E, por fim, os profissionais publicaram seus projetos 

desenvolvidos por meio do software Packet Tracer na área de entrega da “aula 

03” para posterior correção e eventuais esclarecimentos de dúvidas. 

No quarto encontro, reconheci com os profissionais, por meio de slides e 

de forma expositiva/dialogada a camada de Enlace, sua função, métodos de 

detecção, protocolos de acesso, endereçamentos, protocolo Ethernet e Redes 

locais. Após o esclarecimento de eventuais dúvidas, os profissionais receberam 

uma atividade prática disponibilizada no Apêndice H, que foi explorada com 

uso do software Packet Tracer para segmentação de duas Redes “Caso A” e 

“Caso B”. No “Caso A”, a comunicação (transferência e recepção dos pacotes 

de dados) da Rede foi segmentada/restrita para ocorrer apenas entre os 

dispositivos “NOTE01” e “NOTE02”, ou seja, “NOTE01” e/ou “NOTE02” não 

conseguiram estabelecer a comunicação com “DESK01” e/ou “DESK02”, ou 

vice-versa. No “Caso B” a comunicação somente foi permitida entre os 

dispositivos da mesma sub-rede, ou seja, foi permitida a comunicação apenas 

entre os dispositivos “DESK01” e “NOTE01” ou “DESK02” e “NOTE02”. Não foi 

permitido que dispositivos de sub-redes diferentes se comunicassem devido à 

segmentação/restrição parametrizada na Rede de Computadores. Ao final da 

aula, cada profissional publicou seus projetos desenvolvidos por meio do 

software Packet Tracer na área de entrega da “aula 04” para posterior correção 

e eventuais esclarecimentos de dúvidas. 

No quinto encontro, na primeira parte da aula reconheci com os 

profissionais por meio de slides e de forma expositiva/dialogada a camada de 

Rede, sua função, funcionalidade de roteadores, interligação de Redes, 

protocolo IP, endereçamento IPV4 e IPV6 e máscara de Rede. Na segunda 

parte da aula, junto com os profissionais, reconheci, por meio do software 

Packet Tracer, funcionalidades mais complexas de roteamento, momento em 

que os profissionais realizaram uma atividade prática no software para criação, 

configuração e simulação da comunicação entre os dispositivos em duas 

Redes de Computadores para assimilarem o conteúdo disponibilizado no 

Apêndice I. Ao término da atividade, cada profissional publicou seu projeto na 



48 

 
área de entrega da “aula 05” para posterior análise e estudo do 

professor/pesquisador. 

No sexto encontro, reconheci com os profissionais por meio de slides e 

de forma expositiva/dialogada, a camada de Transporte, função, protocolos 

TCP e UDP, serviço de NAT e QOS em Redes de Computadores. Restando 

aproximadamente 40 minutos de aula, os profissionais receberam uma 

atividade prática, disponibilizada no Apêndice J, que foi realizada no software 

Packet Tracer. Nela, os profissionais tiveram que identificar nos projetos 

disponibilizados o motivo pelo qual a comunicação não estava sendo bem 

sucedida entre as sub-redes “Matriz - Lajeado”, “CD Blumenau”, “CD Caxias do 

Sul”, “CD Santo Ângelo” e seus respectivos dispositivos. Ao término da 

atividade, cada profissional publicou seu projeto na área de entrega da “aula 

06” para posterior análise e estudo do professor/pesquisador. 

No sétimo encontro, reconheci com os profissionais, por meio de slides e 

de forma expositiva/dialogada, a camada de Aplicação, sua função, arquitetura, 

protocolos e serviços (HTTP, POP, IMAP, SMTP, FTP, VOIP, entre outros). Na 

segunda parte da aula, os profissionais receberam uma atividade prática 

disponibilizada no Apêndice K: onde revisamos conceitos e práticas estudadas 

anteriormente ao longo de nossos encontros para configuração dos 

elementos/ativos, como IP, Máscara, Gateway, Segmentação (VLANs), 

Roteamento e dupla abordagem de comunicação (comunicação redundante) 

da Rede. O projeto possuía o propósito de interligar 4 sub-redes distintas 

(Indústria – Lajeado, Indústria – Paverama, CD Canoas e CD Blumenau), com 

alta disponibilidade, e garantia de que não haveria colisões ou perda de 

pacotes nas transações realizadas na Rede. Ao término da atividade, cada 

profissional publicou seu projeto na área de entrega da “aula 07” para posterior 

análise e estudo do professor/pesquisador. 

No último encontro, oitava aula, os profissionais realizaram um desafio 

disponibilizado no Apêndice L, momento em que eles demonstraram os 

conhecimentos e habilidades adquiridas na “disciplina” ao construir uma Rede 

de Computadores no software Packet Tracer, com alta disponibilidade, 

interligando 4 sub-redes fisicamente distintas, sem ruídos e perdas no 



49 

 
transporte dos pacotes de dados entre os dispositivos. Ao término da atividade, 

os profissionais postaram o projeto no repositório da disciplina, na “aula 08”. 

Conforme ocorria a entrega da atividade, o professor/pesquisador, juntamente 

com cada profissional, realizou a importação individual do respectivo projeto 

para seu notebook pessoal/profissional e realizou a simulação no software 

Packet Tracer do envio e recebimento dos pacotes de dados entre os 

dispositivos (computador, notebooks, entre outros) das sub-redes para testar a 

comunicação. Foi dada a devolutiva do êxito ou não do desafio proposto e 

foram esclarecidas ao grupo eventuais dúvidas em relação à atividade. Após, 

os 6 profissionais responderam em 5 minutos à enquete/nuvem de palavras 

que possuía a seguinte pergunta: “Pontos positivos sobre o planejamento e 

metodologia das aulas?” Essa atividade foi parametrizada/desenvolvida com 

uso do software Mentimeter4 e compartilhada por meio do link/URL e cada 

profissional citou 5 palavras que definiram nossos encontros. Por fim, foi 

compartilhado o link/URL do software Microsoft Forms e os profissionais 

tiveram o prazo de 15 dias para responder a um questionário eletrônico 

semiestruturado disponibilizado no Apêndice M, cujo objetivo foi coletar dados, 

classificá-los, transformá-los em evidências, sustentando assim o uso e 

aplicação do software Packet Tracer em espaços não formais de ensino. 

A seguir detalho como realizei a análise dos dados. 

 
4.4 Análise de dados 

Neste estudo a análise dos resultados foi realizada de forma descritiva. 

Segundo Gonçalves (1978), a análise descritiva consiste na extração de 

informações contidas nos resultados do estudo. Para o autor, é importante ter 

definidas as características de interesse que deverão ser verificadas e também, 

se houver “n” elementos considerados, estes fornecerão “n” valores associados 

a uma dada característica de interesse. De forma particular, descrevo cada um 

dos 8 encontros, em ordem cronológica, relatando como cada aula foi 

 
4 Software Mentimeter: software que permite formar “nuvens de palavras” a partir de 

questionamentos realizados a um público-alvo específico. As palavras repetidas são 

apresentadas em destaque na tela do software. 



50 

 
desenvolvida, os resultados obtidos e evidenciados pelos instrumentos de 

coleta de dados. Ainda irei imbricar os resultados obtidos com autores que 

utilizei no referencial teórico. 

Acrescento que os dados são oriundos de uma turma composta por 6 

profissionais da Fruki, os quais serão representados nesta pesquisa pelas 

siglas Profissional A, Profissional B, Profissional C, ..., Profissional F. Todas as 

informações coletadas são originadas de técnicas de coletas de dados, como 

diário de campo, questionários eletrônicos semiestruturados, fotos ou print de 

tela, vídeos ou gravações das aulas virtualizadas, comentários, relatos, 

registros computacionais e atividades práticas realizadas pelos profissionais ou 

por mim durante e após a intervenção pedagógica. Complemento que estas 

fontes de dados são cruciais para responder aos objetivos desta pesquisa. 

Com posse dos dados, seguindo pressupostos descritos acima, 

apresento no próximo capítulo a análise dos resultados deste estudo. 

 

 

 

 

 

 

 

 



51 

 
 

 

 

 

 

 

 

5. ANÁLISE DOS RESULTADOS 

 

 

Neste capítulo descrevo como ocorreu o tratamento e classificação dos 

dados. Apresento também a análise de cada um dos oito encontros com seus 

respectivos questionamentos, reflexões, relatos, comentários, com imbricações 

para justificar as minhas respostas quando pertinente. Destaco novamente que 

o planejamento inicial dos nossos encontros era presencial, mas devido à 

pandemia da Covid-19, nossos encontros foram adaptados para o formato de 

aulas virtualizadas, por meio do software Teams. Tal ação foi necessária para 

atender ao novo contexto no qual eu e os profissionais desta pesquisa 

estávamos inseridos. Complemento afirmando que foram tomados todos os 

cuidados necessários ao longo deste capítulo para manter o anonimato dos 

profissionais envolvidos nesta pesquisa. 

 

5.1 Primeiro encontro 

No primeiro encontro, realizado no dia 20 de novembro de 2020, em 

uma sala virtualizada com uso do software Teams, apresentei aos 6 

profissionais o plano de aulas disponibilizado no Apêndice C, plano com 

duração de 24 horas/aula e um total de 8 encontros. Na oportunidade 



52 

 
destaquei as atividades planejadas com sua respectiva duração, metodologias 

de ensino e recursos utilizados para o desenvolvimento das aulas. Solicitei que, 

na medida do possível, as câmeras de seus computadores ou notebooks 

fossem mantidas abertas para que houvesse maior interação e também para 

facilitar a coleta de reações, expressões e gestos de cada profissional em um 

espaço não formal de ensino.  

De posse de seus dispositivos, os profissionais foram desafiados a 

solucionar o problema: Como você ilustraria de forma gráfica a Rede de 

Computadores apresentada (disponibilizada no Apêndice D)? Para essa 

atividade, deixei à escolha de cada profissional os tipos de recursos a serem 

utilizados: papel, lápis, caneta, borracha, régua ou softwares computacionais. 

Pedi que utilizassem sua criatividade. Nesse momento o profissional “F” 

questiona: a) “A interligação das unidades deve ocorrer através de links?”. Já o 

profissional “A” questiona: b) “o ERP está instalado/configurado na matriz?”, e 

os profissionais “D e F” questionam: c) “além de estabelecer a comunicação 

entre as unidades, os dispositivos da mesma unidade devem se comunicar 

entre si?”. Respondi aos profissionais na ordem dos questionamentos citados 

acima: a) “Quanto à integração das unidades, podem utilizar a criatividade de 

vocês e optar pelo meio físico (cabo UTP, Fibra, Rádio ou Wireless) que 

julgarem mais adequado”; b) “Quanto ao local ou unidade de instalação e 

configuração do ERP, utilizem sua criatividade, pois isso depende de vários 

fatores, necessidades e estratégias da organização, fatores como quantidade 

de dispositivos, usuários, construção da primeira unida, entre outros”; e c) 

“quanto à comunicação interna entre os dispositivos da sub-rede, sim, deverão 

se comunicar entre si para que possam compartilhar serviços, dados e 

informações entre sim”. Tais questionamentos foram pertinentes para 

esclarecer o escopo, direcionar a atividade e levantar por meio de um desenho 

técnico o conhecimento prévio de cada profissional sobre Redes de 

Computadores.  

Para a execução e conclusão da prática os profissionais tiveram 40 

minutos. Os primeiros a concluírem a atividade foram os profissionais “E e F”, 

que levaram 25 minutos; na sequência o profissional “C e A”, que a concluíram 



53 

 
em 30 minutos, e o profissional “D” em 35 minutos. O profissional “B” não 

conseguiu finalizar dentro do tempo estipulado e relatou que faltariam detalhes. 

Devido a este relato, acrescentei mais 2 minutos ao tempo total da atividade, 

ou seja, levou 42 minutos, com o seguinte comentário “Meu deus, nem deu 

tempo de pensar em servidor” (profissional “B”). A diferença de tempo entre os 

primeiros profissionais a concluírem e o último foi de 17 minutos, ou seja, foram 

consideradas, para a execução da atividade afirmações de Moran (2015), que 

menciona que o ensino individual ou em grupo deve respeitar o ritmo e estilo 

de cada aluno e pode ser combinado com desafios, integração de tempos, 

espaços e uso de tecnologias digitais (softwares). 

Apresento o resultado desta atividade prática na Figura 10 

contemplando os seis desenhos realizados. 

Figura 10 – Desenhos técnicos desenvolvidos pelos profissionais. 

 

Fonte: O autor (2021), com base nos desenhos dos profissionais. 

Nos desenhos técnicos apresentados é possível perceber que os 

profissionais possuem um conhecimento prévio sobre o tema ao ilustrarem os 

seguintes elementos: a) switchs ou roteadores destacados com um círculo ou 

elipse na cor “vermelha”. Para Forouzan (2009), o switch é um equipamento 

que estabelece, controla e gerencia dispositivos que estão conectados em uma 

mesma Rede local. Já o roteador consegue isolar a conexão, permitindo que 



54 

 
dispositivos de duas ou mais Redes fisicamente distintas se comuniquem. O 

autor acrescenta que o roteador possui a funcionalidade de escolher o caminho 

mais performático entre os dois nós e também de analisar os pacotes trocados 

entre os dispositivos para tratar possíveis anomalias em uma Rede de 

Computadores; b) Dispositivos destacados com um círculo ou elipse na cor 

“azul”. Segundo Forouzan (2009), são equipamentos ou recursos 

computacionais utilizados para compartilhar serviços em uma Rede de 

Computadores. O autor destaca os computadores, notebooks, servidores e 

impressoras como os mais utilizados em Redes de Computadores; c) 

Conexões para interligações das sub-redes destacadas com um círculo ou 

elipse na cor “verde”. Jesin (2014) afirma que os meios físicos, como cabo 

UTP, fibra ótica ou wireless permitem estabelecer a comunicação entre sub-

redes e interligar dispositivos em Redes de Computadores; e d) Documentação 

ou anotações de todos os elementos citados nos itens anteriores para facilitar a 

compreensão da Redes de Computadores, estas destacadas com um círculo 

ou elipse na cor “laranja”. É possível também evidenciar que, para o 

desenvolvimento desta prática, os profissionais “C e F” utilizaram como 

recursos papel e caneta. Já os demais, a maioria, utilizaram recursos 

computacionais para a realização da atividade. O profissional “A” utilizou o 

software Power Point; o profissional “B”, o software Lucidchart; o profissional 

“D”, o software Vision. O software Packet Tracer, que merece um destaque, foi 

utilizado pelo profissional “E”