UNIVERSIDADE DO VALE DO TAQUARI 

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

ANÁLISE DA VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA DA 

IMPLANTAÇÃO DE UM LAR DE IDOSOS NA CIDADE DE ROCA SALES, 

CONSIDERANDO O RISCO ASSOCIADO AO RETORNO ESPERADO 

 

 

 

Robson Spellmeier 

 

 
 
 
 
 
 

 
 
 

 
 
 
 

Lajeado, novembro de 2019



 
 

Robson Spellmeier 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

ANÁLISE DA VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA DA 

IMPLANTAÇÃO DE UM LAR DE IDOSOS NA CIDADE DE ROCA SALES, 

CONSIDERANDO O RISCO ASSOCIADO AO RETORNO ESPERADO 

 

 

 

 
 
 
 

Monografia apresentada na Disciplina de 

Trabalho de Curso II, do Curso de 

Administração de Empresas, da 

Universidade do Vale do Taquari UNIVATES, 

como parte da exigência para obtenção do 

título de Bacharel em Administração. 

 

Orientador: Prof. Me. Ilocir José Führ 

 
 
 
 
 
 
 
 

Lajeado, novembro de 2019



 
 

 

RESUMO 

Diante de uma oportunidade de negócio identificada no mercado quanto a abertura 
de um lar de idosos, faz-se necessário analisar se este tipo de investimento é viável 
para o investidor. Deste modo, o presente estudo teve por objetivo verificar a 
viabilidade econômica e financeira da implantação de um lar de idosos no interior da 
cidade de Roca Sales/RS, considerando o risco associado ao retorno esperado 
parra o investimento. Para o desenvolvimento teórico do estudo, foram abordados 
diversos aspectos referentes ao desenvolvimento de projetos, financiamentos e 
ferramentas de análise de viabilidade financeira, econômica e estatísticas. A 
metodologia utilizada é exploratória e descritiva, e a análise de dados quanti-
qualitativa. Para atingir o objetivo geral deste estudo, foram levantadas as 
informações necessárias quanto ao valor total do investimento, fontes de 
financiamento, previsão de receitas, custos e despesas. Com os dados, realizou-se 
uma projeção realista de fluxo de caixa para os primeiros seis anos de atividade, e 
fluxos de caixa em cenários pessimista, muito pessimista, otimista e muito otimista, 
com variação nas receitas, custos fixos e custos variáveis. Calculou-se a viabilidade 
do investimento através de indicadores financeiros como Taxa mínima de 
atratividade, Taxa Interna de Retorno, Valor Presente Líquido, Payback Descontado 
e Índice de Lucratividade, analisou-se o risco associado ao retorno a partir de 
cálculos estatísticos e realizou-se a análise de sensibilidade e análise de cenários. 
Após, verificou-se que o investimento é viável e que o valor investido será 
recuperado dentro do prazo estabelecido de seis anos. Percebeu-se também que a 
variável do projeto mais sensível é a receita e que o risco presente no investimento é 
aceitável. 

 
Palavras-chave: Lar de Idosos. Investimento. Análise financeira. Indicadores 

financeiros. 

 
 



 
 

LISTA DE ILUSTRAÇÕES 

LISTA DE FIGURAS 

Figura 1 – Fórmulas para cálculo do desvio padrão .................................................32 

Figura 2 – Fórmulas para cálculo do coeficiente de variação ...................................33 

Figura 3 – Projeção da Evolução dos grupos etários no Brasil ................................. 42 
 

Figura 4 – Projeção da Evolução dos grupos etários no Rio Grande do Sul ............. 43 

 

 

 



 

LISTA DE TABELAS 

Tabela 1 – Investimento em ativos de longo prazo .................................................... 46 
 

Tabela 2 – Investimentos de curto prazo ................................................................... 47 
 

Tabela 3 – Despesas pré-operacionais ..................................................................... 48 
 

Tabela 4 – Fontes de Financiamento ........................................................................ 49 
 

Tabela 5 – Utilização do capital próprio ..................................................................... 49 
 

Tabela 6 – Custos fixos, variáveis e despesas administrativas ................................. 51 
 

Tabela 7 – Projeção de Receitas ............................................................................... 52 
 

Tabela 8 – Projeção de receitas para os próximos 6 anos ........................................ 52 
 

Tabela 9 – Fluxo de caixa para os próximos 6 anos .................................................. 53 
 

Tabela 10 – Cálculo da TMA ..................................................................................... 54 
 

Tabela 11 – Cálculo do VPL (cenário realista) ........................................................... 55 
 

Tabela 12 – Taxa Interna de Retorno (Cenário Realista) ........................................... 55 
 

Tabela 13 – Payback Descontado (Cenário Realista) ............................................... 56 
 

Tabela 14 – Cálculo do Índice de Lucratividade ........................................................ 57 
 
Tabela 15 – Análise de Sensibilidade ........................................................................ 58 
 
Tabela 16 – Cálculo do Coeficiente de Variação com base nas receitas................... 60 

 



 

Tabela 17 – Cálculo do Coeficiente de Variação com base nos custos fixos ............ 61 
 
Tabela 18 – Cálculo do Coeficiente de Variação com base nos custos variáveis ...... 62 
 
Tabela 19 – Síntese dos indicadores financeiros e estatísticos................................. 63 

 

 



 

SUMÁRIO  

1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 9 

1.1 Delimitação do estudo ...................................................................................... 11 
1.2 Problema de pesquisa ...................................................................................... 11 
1.3 Objetivos ............................................................................................................ 12 

1.3.1 Objetivo geral ................................................................................................. 12 
1.3.2 Objetivos específicos ..................................................................................... 12 

1.4 Justificativa ........................................................................................................ 13 
 

2 REFERENCIAL TEÓRICO ..................................................................................... 14 
2.1 Administração financeira .................................................................................. 14 

2.2 Investimentos .................................................................................................... 15 
2.2.1 Riscos no investimento ................................................................................. 15 
2.2.2 Planejamento .................................................................................................. 17 

2.2.3 Investimentos de curto prazo ........................................................................ 17 
2.2.4 Investimentos de longo prazo ....................................................................... 18 
2.3 Financiamentos ................................................................................................. 18 

2.3.1 Estrutura de capital ........................................................................................ 19 
2.3.2 Financiamento com recurso próprio ............................................................ 19 

2.3.3 Custo de oportunidade .................................................................................. 20 
2.3.4 Financiamento com capital de terceiros ...................................................... 21 
2.3.5 Custo de capital .............................................................................................. 21 

2.4 Sistemas de amortização .................................................................................. 22 

2.4.1 Sistema de amortização constante ............................................................... 22 

2.4.2 Sistema de amortização francês ................................................................... 23 
2.5 Custos ................................................................................................................ 23 

2.5.1 Custos Fixos e Variáveis ............................................................................... 24 
2.5.2 Custos diretos e indiretos ............................................................................. 24 
2.6 Despesas ............................................................................................................ 25 
2.7 Receitas .............................................................................................................. 26 
2.8 Fluxo de caixa .................................................................................................... 26 
2.9 Indicadores econômico-financeiros ................................................................ 27 

2.9.1 Payback ........................................................................................................... 28 



 

2.9.2 Payback descontado ...................................................................................... 28 
2.9.3 Valor Presente Líquido (VPL) ........................................................................ 29 
2.9.4 Taxa mínima de atratividade (TMA) ............................................................... 29 
2.9.5 Taxa interna de retorno (TIR) ......................................................................... 30 

2.10 Indicadores Estatísticos ................................................................................. 31 
2.10.1 Média ............................................................................................................. 31 
2.10.2 Variância e Desvio Padrão ........................................................................... 32 
2.10.3 Coeficiente de Variação (CV) ....................................................................... 33 
 

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ............................................................... 34 
3.1 Delineamento de pesquisa ............................................................................... 34 
3.1.1 Definição da pesquisa quanto aos objetivos ............................................... 35 
3.1.2 Definição da pesquisa quanto à natureza da abordagem ........................... 35 

3.1.3 Definição da pesquisa quanto à forma da abordagem ............................... 36 
3.1.4 Definição da pesquisa quanto aos procedimentos técnicos ..................... 37 
3.2 Unidade de análise e sujeitos do estudo ........................................................ 37 
3.3 Coleta de dados ................................................................................................. 38 

3.4 Análise dos dados ............................................................................................. 39 

3.5 Limitação do Método......................................................................................... 39 
 

4 ANÁLISE DO MERCADO ...................................................................................... 41 

4.1 População idosa no Brasil ................................................................................ 41 
4.2 População idosa no Vale do Taquari ............................................................... 42 

4.3 A empresa objeto do estudo de viabilidade .................................................... 43 
 

5 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS ....................................................... 45 

5.1 Investimento inicial ........................................................................................... 45 

5.1.1 Investimentos de longo prazo ....................................................................... 45 

5.1.2 Investimento de curto prazo .......................................................................... 46 
5.1.3 Despesas pré-operacionais ........................................................................... 47 

5.1.4 Investimento total ........................................................................................... 48 
5.2 Estrutura de capital para financiamento do projeto ....................................... 48 
5.2.1 Capital próprio ................................................................................................ 48 
5.2.2 Custo de oportunidade .................................................................................. 49 

5.2.3 Capital de terceiros ........................................................................................ 50 
5.2.4 Custo do capital de terceiros ........................................................................ 50 
5.3 Receitas, Custos e Despesas Operacionais ................................................... 50 
5.3.1 Custos e Despesas Operacionais ................................................................. 50 
5.3.2 Projeção de Receitas ..................................................................................... 51 

5.3.3 Projeção de receita para os próximos anos ................................................ 52 

5.3.4 Fluxo de Caixa ................................................................................................ 52 

5.4 Indicadores econômico-financeiros ................................................................ 54 
5.4.1 Taxa Mínima de Atratividade ......................................................................... 54 
5.4.2 Valor presente líquido .................................................................................... 54 
5.4.3 Taxa Interna de Retorno ................................................................................. 55 
5.4.4 Payback Descontado ..................................................................................... 56 

5.4.5 Índice de Lucratividade .................................................................................. 57 
5.5 Indicadores Estatísticos ................................................................................... 58 
5.5.1 Análise de Sensibilidade ............................................................................... 58 

5.5.2 Análise de cenários ........................................................................................ 59 



 

5.5.3 Síntese dos indicadores ................................................................................ 62 
 

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 64 
 

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 67 
 

APÊNDICES ............................................................................................................. 72 
 

 
 
 
 



 9 

1 INTRODUÇÃO 

A sociedade, em âmbito geral, vem sofrendo grandes mudanças.  As últimas 

décadas apresentaram enormes avanços nos campos da medicina e das ciências, 

possibilitando uma série de melhorias na qualidade de vida das pessoas, desde o 

desenvolvimento de novos medicamentos e procedimentos médicos até métodos de 

avaliação e prevenção de doenças.  

O avanço permite que a qualidade e a expectativa de vida aumentem ano 

após ano. Ademais, a preocupação com a saúde também aumentou entre as 

pessoas, uma vez que com a facilidade de acesso à informação e atendimento 

especializado com médicos e demais profissionais da saúde, a população passou a 

realizar exames de prevenção e optar por alimentos mais saudáveis e pela prática 

de exercícios físicos. 

Moretti, Oliveira e Silva (2012) afirmam que há várias pesquisas que apontam 

que o acesso à Internet favorece a criação de conteúdos e troca de inúmeras 

informações, como na área da saúde, na qual o acesso ao mundo digital permite a 

troca de experiências entre pacientes com problemas semelhantes e troca de 

informações entre leigos e especialistas. 

O aumento da expectativa de vida tem gerado grandes debates sobre o 

tempo de trabalho e contribuição obrigatórios para que se tenha direito a 

aposentadoria. A tendência é de que com passar do tempo os homens e as 

mulheres tenham que permanecer por mais tempo no mercado de trabalho. Para 

França (1999), a expectativa de vida da população está aumentando e muitas 



 10 

pessoas que se aposentaram antes dos 50 anos, poderão viver mais tempo na 

aposentadoria do que viveram durante os anos de trabalho. 

Outra grande mudança na sociedade ocorreu em decorrência do crescimento 

da industrialização. Para Hoffmann e Leone (2004) foi a partir do ano de 1970 que a 

participação das mulheres no mercado de trabalho se intensificou pelo crescimento 

econômico e aceleração da industrialização e da urbanização.  Assim, se antes os 

homens eram responsáveis pelas atividades profissionais fora de casa e as 

mulheres responsáveis pelas atividades domésticas, que incluíam cuidar dos pais 

idosos, sogros e filhos, atualmente essa distinção entre as funções já não existe.  

Para Goldenberg (2000), as mulheres se voltam cada vez mais para o 

mercado de trabalho porque, além da possibilidade melhorar a renda familiar, 

representa uma forma de realização pessoal. Com isso, os idosos e as pessoas que 

necessitam de cuidados especiais, que antes eram cuidados em casa 

principalmente das mulheres, começam a demandar de um local que sirva de lar e 

proporcione os devidos cuidados necessários. 

 A participação das mulheres no mercado de trabalho, somado ao aumento da 

expectativa de vida da população e a tendência futura da necessidade de maior 

permanência no mercado de trabalho para o direito a aposentadoria criam uma nova 

necessidade no mercado: um local para que as pessoas de mais idade, os idosos, 

que hoje vivem por mais tempo e que antes eram cuidados de forma geral pelas 

mulheres em casa, possam receber a devida atenção e todos os cuidados 

necessários. 

Martins (2006) comenta que as grandes concentrações urbanas acabaram 

impondo modos de vida que não são compatíveis com a coabitação dos idosos, 

motivo pelo qual, começam a surgir instituições destinadas ao acolhimento de 

pessoas com mais idade. 

 Diante deste cenário, a tendência é que surja uma nova demanda para o 

mercado, e com isso, observou-se uma oportunidade de negócio: a construção de 

um lar de idosos que possa receber pessoas de idade avançada e que precisam de 

cuidados especiais, cujas famílias e responsáveis não possuam tempo e estrutura 

necessária para manter os cuidados necessários em suas próprias residências. 



 11 

Contudo, entrar em um novo mercado exige cuidados redobrados. Biagio e 

Batocchio (2012) afirmam que em países onde a economia é emergente, como no 

caso do Brasil, em virtude dos ciclos recessivos que atingem a economia, é de 

grande importância o controle financeiro e a tomada de decisão baseados em dados 

financeiros. Frente a isso, uma das principais áreas a serem estudadas antes de 

abrir um novo negócio é a área econômico-financeira. É ela que será responsável 

por fazer a avaliação e projeção de receitas, despesas e necessidades financeiras. 

 

1.1 Delimitação do estudo 

 Considerando as principais mudanças na sociedade atual e tendo em vista a 

tendência de aumentar a demanda dos lares de idosos, este presente estudo tem o 

objetivo de avaliar a viabilidade financeira de construção e implementação de um lar 

de idosos no município de Roca Sales, cidade do interior do estado do Rio Grande 

do Sul, distante cerca de 130 quilômetros da capital Porto Alegre.  

A escolha pelo município de Roca Sales para a implementação do lar de 

idosos de dá por vários fatores, o principal deles é sua localização. A cidade localiza-

se na região alta do Vale do Taquari, próxima, em termos de distância, às suas 

cidades vizinhas, além de possuir um hospital que pode ser acionado em casos de 

emergência e, por ser uma cidade menor em comparação a outras cidades da 

região, possui um clima mais calmo e com pouca agitação. 

 O levantamento de despesas e custos foi realizado no início do segundo 

semestre do ano de 2019, e considerara os preços praticados pelas empresas e 

comércio do Vale do Taquari, região na qual o município se localiza. Quanto aos 

orçamentos necessários, como a compra de um terreno e a construção de um 

prédio, serão feitos com profissionais que atuam no mercado de construção civil. 

 

1.2 Problema de pesquisa  

Com o aumento da expectativa de vida das pessoas, somado a participação 

das mulheres no mercado de trabalho e a tendência futura da necessidade de maior 



 12 

permanência no mercado de trabalho para o direito a aposentadoria, surge uma 

nova necessidade no mercado: um local devidamente preparado para acolher, 

cuidar e dar a devida atenção para as pessoas de mais idade. 

Considerando que o cenário econômico atual, com grandes disputas de 

mercado e enxugamento máximo de custos e despesas por todos os setores da 

economia, o planejamento e o levantamento de custos e despesas deve ser feito 

com cuidados redobrados. 

Diante do exposto, este presente estudo busca resolver a seguinte questão: é 

viável econômico e financeiramente implementar um lar de idosos na localidade de 

Linha Fazenda Lohmann no interior do município de Roca Sales, considerando o 

risco associado ao retorno esperado para o investimento? 

 

1.3 Objetivos 

Os objetivos se dividem em Geral e Específicos. 

 

1.3.1 Objetivo geral 

Verificar a viabilidade econômica e financeira da implantação de um lar de 

idosos no interior da cidade de Roca Sales/RS, considerando o risco associado ao 

retorno esperado. 

 

1.3.2 Objetivos específicos 

Mensurar o investimento total inicial; 

Elaborar a estrutura de capital para financiamento do projeto; 

Avaliar receitas, custos e despesas operacionais; 

Calcular indicadores econômico-financeiros como Payback descontado, Valor 

Presente Líquido (VPL), Taxa Interna de Retorno (TIR), Índice de Lucratividade (IL); 



 13 

Avaliar o risco associado ao retorno a partir de cálculo de indicadores 

estatísticos. 

 

1.4 Justificativa  

Para a comunidade em geral, este estudo busca analisar a viabilidade de 

implementar uma casa especializada em cuidar de idosos, e suprir a necessidade de 

famílias que muitas vezes não possuem o tempo e conhecimentos necessários para 

dar o devido cuidado e apoio aos idosos. 

Ao acadêmico, o estudo contribui para colocar em prática os conhecimentos 

teóricos apresentados pelos professores em sala de aula durante os anos de estudo 

na graduação e para ampliar os conhecimentos sobre a área financeira. Será de 

suma importância também para entender como funcionam as empresas na prática e 

conhecer de perto os principais desafios e problemas encontrados no dia a dia pelos 

gestores financeiros. 

 Para academia este trabalho contribui com novos dados sobre o estudo 

financeiro e poderá servir de base e de apoio para a realização de novas pesquisas. 

E para as empresas em geral, pode servir de auxílio para tomadas de decisão e 

ampliação do conhecimento sobre a área econômico – financeira. 

Frente a nova oportunidade de investimento observada, para dar suporte ao 

alcance dos objetivos deste trabalho, o referencial teórico a seguir aborda os 

principais conceitos e ferramentas relacionadas aos estudos e análises de 

viabilidade econômica e financeira. 

 

 

 



 14 

2 REFERENCIAL TEÓRICO 

Um estudo de análise econômica e financeira exige conhecimentos sobre 

diversos assuntos da área administrativa. Assim, este capítulo tem o objetivo de 

apresentar o referencial teórico sobre diversos destes assuntos, dando suporte 

necessário para a análise econômica e financeira no estudo da viabilidade de 

implementação de um lar de idosos no município de Roca Sales. 

Os resultados do estudo de viabilidade dependem de informações obtidas e 

das ações adotadas pela administração financeira da empresa. 

  

2.1 Administração financeira 

 Os administradores precisam ter uma compreensão geral sobre o 

funcionamento dos mercados financeiros, de como são determinadas as taxas de 

juros, do funcionamento do sistema tributário, como os negócios são organizados e 

sobre a utilização de dados contábeis na avaliação do desempenho de uma 

empresa (BRIGHAN; HOUSTON, 1999). 

 Brighan e Houston (1999, p. 23) salientam que “os administradores precisam 

ter um bom entendimento de conceitos fundamentais, como o valor do dinheiro no 

tempo, a medida do risco, a valorização de ativos e a avaliação de oportunidades de 

investimentos específicos”. 

Para Assaf Neto e Lima (2009), a administração financeira é o estudo teórico 



 15 

e prático que objetiva garantir um processo empresarial de captação (financiamento) 

e alocação (investimentos) de recursos de capital melhor e mais eficiente. Os 

autores (ibidem) ainda afirmam que dentro do ambiente empresarial, a 

administração financeira volta-se para o controle do planejamento financeiro, 

controle financeiro, administração de ativos e administração de passivos. 

A realização de um novo projeto tem grande dependência da área financeira 

da empresa. Desta forma, a administração financeira será responsável por realizar o 

levantamento de recursos necessários e analisar as necessidades de investimentos. 

 

2.2 Investimentos 

O Investimento, de acordo com Lemes Júnior, Cherobin e Rigo (2002) é uma 

aplicação de capital em algum ativo, podendo ser tangível ou não, para obter no 

futuro um determinado retorno esperado. 

Bernstein e Damodaran (2000) afirmam que o processo de investimento 

começa com a descoberta e o entendimento das próprias preferências e 

necessidades do administrador, sendo necessário ter clareza das próprias 

necessidades, limitações financeiras e preferências de risco. 

O investimento não é um caminho suave e encantador para a riqueza, mas 

sim, uma estrada acidentada que exige persistência e consistência de objetivos. As 

taxas de retorno de longo prazo podem sofrer grande variação e se mover em uma 

pequena fração de tempo no qual o investidor está exposto ao mercado 

(BERNSTEIN; DAMODARAN, 2000).  

Para minimizar os resultados negativos e maximizar o potencial de retorno de 

um investimento, deve-se compreender e analisar os riscos que cercam o capital 

investido dentro do funcionamento e da dinâmica do mercado. 

 

2.2.1 Riscos no investimento 

Hoji (2004, p. 231) descreve que “o risco existe em todas as atividades 



 16 

empresariais. Tudo o que é decidido hoje, visando a um resultado no futuro, está 

sujeito a algum grau de risco. Somente o que já aconteceu está livre de riscos, pois 

é um fato consumado”. 

 O autor também destaca que os riscos empresariais se dividem em dois tipos: 

Risco de Natureza Operacional: estes riscos são basicamente inerentes às 

atividades de operações, sendo que neste grupo de riscos estão as catástrofes, 

fraudes, falha humana, produtos e serviços, legislação, etc. Este grupo de riscos 

podem ser minimizados na maioria dos casos por meio de contratação de seguros. 

Risco de Natureza Financeira: os riscos de natureza financeira (e natureza 

econômica) podem exercer impacto direto sobre os ativos e passivos financeiros da 

empresa, como por exemplo o aumento considerável e inesperado de matérias 

primas, redução forçada do preço de venda, aumento ou redução inesperado da 

taxa de câmbio ou da taxa de juros, etc. Estes riscos devem ser muito bem 

administrados considerando que eles exercem grande influência sobre as operações 

sobre os custos da organização. 

 Segundo Assaf Neto (2010), o risco é um custo sempre presente nos 

negócios, devendo este sempre ser quantificado. Ainda de acordo com o autor 

(ibidem), o risco pode ser entendido como uma incerteza associada aos retornos 

esperados sobre uma decisão de investimento. 

 Hoji (2000) afirma que com base nos fatos e condições conhecidas, pode-se 

estabelecer premissas e projetar fatos que acontecerão no futuro. Estes fatos 

poderão acontecer no futuro, mas nem sempre acontecerão exatamente como foram 

projetados. 

 Para Segundo Filho (2003) “Não existe investimento totalmente seguro. Todos 

os investimentos dependem da política econômica do país e das condições do 

mercado”. Frente a isso, para minimizar as incertezas e reduzir os riscos presentes 

nos investimentos, é de grande importância a realização de planejamentos. 

 



 17 

2.2.2 Planejamento 

 Para Hoji (2004, p. 385) planejamento “consiste em estabelecer com 

antecedência as ações a serem executadas dentro de um cenário e condições 

preestabelecidos, estimando os recursos a serem utilizados e atribuindo as 

responsabilidades, para atingir os objetivos fixados”. 

 De acordo com Nogueira (2015), o planejamento é o estabelecimento de 

objetivos para uma organização e a criação de planos para que estes objetivos 

sejam alcançados, considerando que o planejamento deve ser consistente, 

mostrando claramente a forma de como as coisas devem ser feitas: o que fazer 

(objetivos) e como fazer (planos).  

 As empresas precisam realizar um planejamento com objetivos e metas 

claros para utilizar os recursos de maneira eficaz e eficiente, e manter um equilíbrio 

entre os investimentos de curto prazo e os investimentos de longo prazo.  

 

2.2.3 Investimentos de curto prazo 

Segundo Gitman (2010) o objetivo da administração financeira de curto prazo 

é gerenciar os ativos circulantes como estoques, contas a receber e caixa e os 

passivos circulantes como fornecedores, despesas e empréstimos bancários a pagar 

para atingir um equilíbrio entre rentabilidade e risco que contribua positivamente 

para o valor da empresa. Trata-se do chamado Capital de Giro (CDG). 

O capital de giro representa a parcela do investimento que circula na 

condução normal dos negócios. Esse conceito abrange a transição recorrente de 

caixa para estoques, estoques para bens recebíveis e bens recebíveis de volta para 

o caixa. Os títulos negociáveis também são considerados parte do capital de giro. 

Por outro lado, os financiamentos de curto prazo representam todas as dívidas a 

pagar em um ano ou menos. Estas dívidas geralmente são formadas por 

fornecedores a ser pagos, funcionários e empréstimos bancários (GITMAN, 2010). 

Além dos investimentos de curto prazo, que são representados pelos recursos 

de caixa, estoques e contas a receber, os investimentos de longo prazo também 



 18 

merecem atenção no processo de desenvolvimento de um novo projeto. 

 

2.2.4 Investimentos de longo prazo  

 Para Casarotto Filho e Kopittke (1996), o investimento fixo, ou estrutura fixa, 

consistem em construções civis, projetos, maquinário, equipamentos e instalações 

de energia e água necessárias para a abertura e funcionamento de uma empresa.  

 Gitman (2010, p. 326) destaca que “os investimentos de longo prazo 

representam desembolsos substanciais de fundos que comprometem a empresa 

com determinada linha de ação”. Deste modo, o autor (Ibidem) ressalta que a 

empresa deve utilizar e contar com procedimentos para verificar e selecionar de 

maneira adequada os investimentos de longo prazo. 

 Ainda para Gitman (2010) são muitos os investimentos de longo prazo 

realizados pelas empresas, no entanto a maioria destes investimentos são em ativos 

fixos, os quais são responsáveis por servirem de base para a rentabilidade da 

empresa. 

 Em momentos em que houver necessidade de recursos e o capital da 

empresa não for suficiente, a mesma pode adquirir os investimentos de longo prazo 

através de financiamentos. 

 

2.3 Financiamentos 

 Conforme Longenecker et al. (2011), em situações que o empreendedor não 

possuir recursos próprios e não ter acesso a economias de familiares e amigos, ele 

recorrerá a financiamentos provenientes de instituições financeiras.  

 Assaf Neto (2010, p. 459) descreve que “as operações financeiras de 

captação (empréstimos e financiamentos) e aplicação de recursos são 

desenvolvidas por instituições e instrumentos financeiros que compõem o Sistema 

Financeiro Nacional.” O autor (ibidem) ainda afirma que a instituição financeira 

mediadora pelo crédito decidirá com base nas condições de atratividade econômica 



 19 

da empresa ou do novo projeto pela concessão ou não do crédito. 

Ao realizar um financiamento e adquirir capital de terceiros, tem-se a 

necessidade de controlar a estrutura de capital da empresa, considerando que o 

capital próprio se diferencia do capital adquirido de terceiros. 

 

2.3.1 Estrutura de capital 

Conforme Gitman (2010, p. 482) “a estrutura de capital é uma das áreas mais 

complexas da tomada de decisões financeiras por causa da sua interação com 

outras variáveis de decisão em finanças”. Decisões equivocadas e não assertivas 

podem elevar o custo de capital da empresa, e por outro lado, decisões assertivas 

podem reduzir esse custo e aumentar o valor da empresa. 

 Gitman (2010) ressalta que existem basicamente dois tipos de capital em uma 

empresa: 

• Capital próprio: provém de ações preferenciais, dos lucros retidos, do 

patrimônio líquido e do capital de acionistas e sócios. 

• Capital de terceiros: provém de dívidas de longo prazo, que diferentemente do 

capital próprio, precisam ser devolvidas em algum momento futuro. 

Administrar a estrutura de capital de uma empresa requer conhecimento 

sobre as diferenças entre o financiamento de recursos próprios e financiamentos 

com capital de terceiros. 

 

2.3.2 Financiamento com recurso próprio 

 Para Brighan e Houston (1999) o capital, assim como qualquer outro fator de 

produção necessário para uma empresa, tem um custo. Gitman (2010) completa que 

o custo de capital de terceiros é inferior ao custo de capital próprio, porque os 

credores exigem retornos relativamente menores e assumem riscos mais baixos em 

comparação aos outros fornecedores de capital de longo prazo. 



 20 

 Ainda para Gitman (2010, p. 482), “ao contrário do capital de terceiros, que 

precisa ser devolvido em uma data futura, o capital próprio deve ficar na empresa 

por um período de tempo indeterminado”. 

Hoji (2017) afirma que investimentos com prazo longo ou investimentos com 

alto grau de risco devem ser preferencialmente ser financiados com capital próprio, 

porque no caso de um possível fracasso na operação, há um menor aperto na 

liquidez da empresa. O capital próprio de uma empresa é obtido pela integralização 

de ações preferenciais e ordinárias com lucros retidos. 

 O autor (ibidem) ainda afirma que no cálculo do custo de capital próprio, 

precisa-se considerar os custos das ações e dos lucros retidos, levando sempre em 

consideração os dividendos esperados pelos acionistas, porque, além da 

valorização das ações da empresa no mercado, os acionistas também esperam que 

os lucros sejam distribuídos periodicamente A utilização de recursos próprios como 

fonte para investimentos requer o estudo dos custos de oportunidade. 

 

2.3.3 Custo de oportunidade 

 Assaf Neto (2010, p. 82) define o custo de oportunidade de um capital “refere-

se ao retorno da melhor alternativa financeira disponível no mercado a que um 

investidor renunciou, para aplicar seus recursos em outra”. Resumindo em outras 

palavras, o custo de oportunidade é o retorno que se deixou de ganhar em um 

investimento ao aplicar determinado capital em outra oportunidade de investimento. 

 O custo de oportunidade, retrata quanto uma pessoa ou empresa deixou de 

ganhar ao aplicar seus recursos em determinado investimento alternativo de risco 

semelhante. O custo de oportunidade não é um conceito de valor absoluto, contudo 

que o mesmo é apurado na comparação do retorno esperado de uma decisão com o 

que seria obtido da melhor resposta de investimento disponível, que foi entendida 

como alternativa rejeitada (ASSAF NETO, LIMA; 2009). 

 Além da utilização dos recursos próprios nos investimentos, o administrador 

também pode optar em adquirir recursos com terceiros. 



 21 

2.3.4 Financiamento com capital de terceiros 

Assaf Neto (2010) explica que o capital de terceiros é representado por todos 

os valores adquiridos pela empresa junto a credores, como empréstimos e 

financiamentos.  

 Brigham e Houston (1999) afirmam que uma empresa necessita de capital 

para expandir, e que quando a mesma não possuir recursos suficientes, ela pode 

buscar recursos com terceiros. O autor (ibidem) ainda completa que este capital 

cedido por terceiros tem diversas vantagens, como os juros pagos que são 

dedutivos para fins de impostos, reduzindo o real custo efetivo da dívida, e os sócios 

não precisam comprometer seus lucros, porque os custos destes investimentos, que 

geralmente são a longo prazo, são diluídos durante o período de pagamento. 

 Ainda sobre a escolha das melhores fontes de financiamentos, Assaf Neto e 

Lima (2009) afirmam que as decisões financeiras devem preocupar-se 

principalmente na escolha das melhores fontes de financiamento e na melhor 

proporção entre capital próprio e capital de terceiros (dívidas), pensando sempre na 

preservação da capacidade de pagamento (viabilidade financeira) e dispondo de 

fundos com custos reduzidos em relação ao retorno esperado sobre os 

investimentos e aplicações (viabilidade econômica). 

 Os capitais adquiridos com terceiros, apesar das vantagens citadas, também 

possuem determinados custos que precisam ser levados em consideração ao se 

adquirir capital de credores. 

 

2.3.5 Custo de capital 

 Gitman e Madura (2003, p. 318), explicam que “o custo de capital é a taxa de 

retorno que uma empresa deve ganhar sobre os projetos nos quais investe, para 

manter o valor de mercado de suas ações”. Os autores (ibidem) ainda destacam a 

importância do custo de capital, sendo que este relaciona a riqueza dos proprietários 

e as decisões de investimento do negócio. 

 



 22 

 O cálculo do custo de capital é uma ferramenta utilizada para decidir se um 

investimento proposto irá aumentar ou diminuir o valor de mercado das ações de 

determinada empresa. E obviamente se deverá optar por investimentos que podem 

aumentar o preço das ações dentro do mercado (GITMAN; MADURA, 2003). 

 Os recursos adquiridos com terceiros e os respectivos custos de capital 

gerados precisam ser devolvidos aos credores dentro dos prazos estabelecidos. 

Esta devolução periódica é realizada com base nos sistemas de amortização. 

 

2.4 Sistemas de amortização 

 Para Puccini (2001) os sistemas de amortização são planos para o 

pagamento de dívidas contraídas, sendo que estes planos se baseiam em modelos 

de renda e podem assumir muitas formas. 

 Segundo Hoji (2004, p. 99), “a aplicação financeira tem como objetivo 

construir um valor em uma data futura, por meio de capitalização. Em sentido 

oposto, quando se contrai uma dívida, seu resgate é feito pelo processo de 

amortização.” 

 Entre os sistemas de amortização, dois deles têm ampla utilização e merecem 

destaque: o Sistema de amortização constante (SAC) e o Sistema de amortização 

francês ou price. 

 

2.4.1 Sistema de amortização constante 

Hoji (2004) afirma que no sistema de amortização constante (SAC), a 

amortização do valor devido é feita em parcelas iguais, e consequentemente, o valor 

dos juros e das prestações vão diminuindo conforme as parcelas vão sendo pagas. 

 Para Santos (2013), a parcela de capital a ser paga no sistema (SAC) é 

obtida através da divisão do valor do empréstimo (ou financiamento) pelo número de 

prestações, enquanto o valor da parcela de juros é determinado através da 

multiplicação da taxa de juros pelo saldo devedor do período imediatamente anterior. 



 23 

Além do sistema de amortização constante, o administrador também pode optar por 

quitar seus financiamentos pelo sistema de amortização francês (SAF). 

 

2.4.2 Sistema de amortização francês 

 Hoji (2004) explica que no sistema de amortização francês (SAF), o valor das 

prestações é uniforme durante todo o prazo de amortização, sendo que o valor da 

amortização é crescente e o valor dos juros decrescentes. 

 O sistema de amortização price é uma variação do sistema de amortização 

francês, sendo este utilizado com frequência em financiamentos de imóveis. Neste 

sistema, a taxa de juros é dada em termos nominais, geralmente em períodos 

anuais, mas os juros calculados pelo regime de capitalização simples com bases 

mensais, o que resulta em uma taxa efetiva maior do que a taxa nominal (HOJI, 

2004). 

 Santos (2013, p. 239) destaca que:  

A aplicação do Sistema de Prestações Constantes (Price) aos contratos de 
prestações diferidas no tempo impõe excessiva onerosidade aos devedores, 
pois os juros crescem em progressão geométrica, sendo que, quanto maior 
a quantidade de parcelas a serem pagas, maior será a quantidade de vezes 
que os juros se multiplicam por si mesmos, tornando o contrato, quando não 
impossível de se adimplir, pelos menos abusivo em relação ao devedor, 
deteriorando sua capacidade de pagamento. 

 

 Para analisar a capacidade de pagamento das parcelas e escolher o melhor 

sistema de amortização, o gestor financeiro deve ter o total conhecimento sobre os 

demais custos que a organização possui.  

 

2.5 Custos  

 Bruni e Famá (2008) conceituam os custos como gastos relativos a bens ou 

serviços que são utilizados na produção de outros bens ou serviços, sendo estes 

portanto, associados aos produtos produzidos ou serviços prestados. São exemplos 

de custos: Matérias primas, embalagens, aluguéis e seguros. 



 24 

Para eliminar desperdícios, uma organização precisa ter o total controle sobre 

os seus custos. Para este controle, o administrador precisa ter os conhecimentos 

necessários para diferenciar os custos entre os fixos e variáveis, bem como custos 

diretos ou indiretos. 

 

2.5.1 Custos Fixos e Variáveis 

 “O comportamento dos custos em relação ao volume permite analisar as 

variações nos custos totais e unitários em relação a diferentes volumes de 

produção” (BRUNI; FAMÁ, 2008, p. 30). Portanto, se analisarmos esses custos, eles 

podem ser genericamente classificados quanto a sua variabilidade em custos fixos e 

custos variáveis. 

Os custos fixos, independentemente do volume de atividade da empresa, não 

sofrem variação alguma em determinado período de tempo, existindo mesmo que 

não tenha produção. Os custos variáveis, alteram-se diretamente em função das 

atividades da empresa, sendo que quanto maior o volume de produção, maiores 

serão os custos variáveis (BRUNI; FAMÁ, 2008). 

Leone (2000), ressalta é parcialmente correto afirmar que os custos fixos 

permanecem fixos diante de unidades produzidas. Salienta que é preciso definir em 

custos fixos como os que não variam em relação a determinado volume de uma 

atividade qualquer tomada como medida de referência.  

Assaf Neto (2010) reforça que para classificar custos e despesas em fixas ou 

variáveis, é necessário levar em consideração a unidade de tempo, e não unidade 

do produto, mercadoria ou serviço. Além da classificação dos custos em fixo e 

variáveis, eles também se classificam em diretos e indiretos. 

 

2.5.2 Custos diretos e indiretos 

 Os custos de dividem em diretos e indiretos. Os diretos são os custos que 

podem ser facilmente identificados e não precisam sofrer rateio. Enquanto os custos 



 25 

indiretos não são facilmente identificados e precisam ser alocados a determinados 

objetos através de rateios (LEONE, 2000).  

 Para Santos (2013), os custos diretos são facilmente atribuídos a determinado 

produto, sendo que estes podem ser medidos e quantificados para calcular o custo 

dos produtos. Megliorini (2012) define que os custos diretos representam os gastos 

apropriados aos produtos de acordo com o consumo, como por exemplo, a matéria 

prima que é utilizada e quantificada na produção dos produtos. 

Já por outro lado, de acordo com Santos (2013), os custos que apresentam 

alto grau de dificuldade para serem atribuídos aos produtos são os indiretos. Estes, 

diferentemente dos custos diretos, precisam sofrer rateio para serem associados aos 

produtos. Ching, Marques e Prado (2007), explicam que os rateios representam a 

apropriação dos custos de forma arbitrária para analisar quanto cada produto ou 

serviço absorve de determinado custo gerado. Além dos custos, a administrador 

também precisa identificar as despesas. 

  

2.6 Despesas 

As despesas correspondem aos bens utilizados na produção de um bem ou 

na prestação de um serviço que não estão associados à sua produção, como por 

exemplo gastos com funcionários administrativos e salários de vendedores (BRUNI; 

FAMÁ, 2008). 

 Corbari e Macedo (2012) explicam que as despesas são gastos ocorridos 

durante a manutenção da estrutura organizacional. Megliorini (2012) completa que 

as despesas são desembolsos de recursos necessários para a administração da 

organização e realização de vendas. Contudo, para o pagamento dos custos, fixos e 

variáveis, diretos e indiretos, e de todas as despesas, a empresa precisa ter receitas 

suficientes. 

 



 26 

2.7 Receitas 

 Corbari e Macedo (2012) basicamente conceituam as receitas como os 

recursos monetários obtidos com a comercialização de produtos ou serviços 

oferecidos. Consalter (2012) completa que as receitas são recurso obtidos, além da 

venda de produtos e prestação de serviços, com a aplicação de valores pela 

organização no mercado financeiros. 

Para a organização dos custos, despesas, receitas e verificação da 

capacidade de pagamento de uma empresa que inicia no mercado, o fluxo de caixa 

deve ser utilizado pelo gerenciador do projeto. 

 

2.8 Fluxo de caixa 

 De acordo com Assaf Neto (2010), o fluxo de caixa, em termos operacionais, 

é a base de avaliação de uma empresa. Estes devem ser projetados até 

determinado horizonte de tempo, e neles, registrar todas as entradas e saídas de 

riqueza liquida expressas em valor presente. 

 Zdanowicz (2004) explica que o fluxo de caixa permite avaliar se haverá 

excedentes ou escassez de caixa sobre o nível de atividade desejado para a 

empresa. Megliorini e Vallim (2009) completam que a análise do fluxo de caixa tem o 

objetivo de apresentar a origem e o destino de recursos da empresa em 

determinado período de tempo. 

Bagio e Batocchio (2012, p. 213) completam que o fluxo de caixa “é um 

acompanhamento das entradas e saídas de recurso financeiros no caixa da 

empresa, é uma ferramenta adequada para um bom controle financeiro de curto 

prazo”. Zdanowicz (2004) destaca que é através desta ferramenta que o 

administrador terá uma visão clara sobre a época que ocorrerá uma maior entrada 

ou saída de recursos do caixa da empresa, e sobre isso, poderá avaliar a 

necessidade e buscar recursos com terceiros. 

Realizar um investimento depende do estudo de viabilidade econômico-

financeiro. Ele irá avaliar as entradas e saídas de recursos do empreendimento 



 27 

através da aplicação de diversos cálculos e da utilização de indicadores econômicos 

e financeiros.  

 

2.9 Indicadores econômico-financeiros 

 Kuhnen e Bauer (1996) afirmam que é necessário utilizar uma série de 

técnicas e ferramentas para analisar investimentos, de modo a se obter uma 

comparação entre os resultados obtidos através de possíveis decisões, que foram 

relativas a diferentes possibilidades. Após a análise e o estudo de todas as variáveis, 

as decisões finais precisam ser sempre tomadas levando em consideração as 

alternativas mais econômicas para a empresa. 

 Assaf Neto (2010) explica que existem dois grupos de indicadores de 

investimentos, sendo que o primeiro deles não considera o valor do dinheiro no 

tempo e o segundo grupo que considera a variação no valor do dinheiro através do 

critério do fluxo de caixa descontado. Em decorrência da importância para as 

decisões financeiras a longo prazo e do maior rigor conceitual, deve-se dar 

preferencias aos indicadores que compõem o segundo grupo, ou seja, 

preferencialmente utilizar indicadores que consideram o valor do dinheiro no tempo. 

 Ceconello e Ajzental (2008) afirmam que a análise de viabilidade tem o 

objetivo de obter indicadores que aprovem ou não determinado investimento no 

objeto de análise. Tais indicadores são empregados com o intuito de apresentar aos 

investidores algumas informações chaves para o momento de tomada de decisão, 

como o Payback, o Valor Presente Líquido (VPL), Taxa Interna de Retorno (TIR) e 

Taxa mínima de atratividade (TMA).  

 Umas das principais informações que o investidor precisa ao analisar a 

viabilidade de um projeto é o período necessário para que o capital investido seja 

recuperado. Esta informação é obtida através da aplicação do cálculo de payback. 

 



 28 

2.9.1 Payback 

Os períodos de payback são utilizados para avaliar propostas de 

investimentos de capital, e seu objetivo é informar o tempo necessário para que 

determinada empresa recupere o investimento inicial de determinado projeto a partir 

das entradas de caixa (GITMAN, 2010). 

Assaf Neto (2010, p. 340) afirma que o payback “consiste na determinação do 

tempo necessário para que o dispêndio de capital (valor do investimento) seja 

recuperado por meio dos benefícios incrementais líquidos de caixa (fluxos de caixa) 

promovidos pelo investimento”. O autor (ibidem) ainda destaca que a decisão de 

aceitar ou rejeitar determinado investimento deve vir da comparação entre o 

resultado obtido com o padrão-limite estabelecido pela empresa. 

 Investimentos maiores que envolvem uma quantidade maior de recursos, 

normalmente levam mais tempo para o investidor recuperar o capital investido. Para 

calcular este tipo de investimento, o administrador pode utilizar o cálculo do período 

de payback descontado, considerando que este método leva em consideração do 

valor do dinheiro no tampo. 

 

2.9.2 Payback descontado 

 Para Assaf Neto e Lima (2009, p. 379) “o período de payback descontado 

considera todos os fluxos de caixa ao mesmo momento no tempo (valor presente), 

aplicando aos valores o conceito do valor do dinheiro no tempo”. 

 Para realizar o cálculo do payback descontado, deve-se inicialmente trazer 

cada uma das entradas de caixa valor presente, e em seguida descontar esses 

fluxos a uma taxa de juros que represente a rentabilidade mínima (custo de 

oportunidade) exigida para aceitação do projeto (ASSAF NETO; LIMA, 2009). 

 Como o cálculo do payback descontado requer que os valores das entradas e 

saídas de caixa futuras sejam transformados em valores presentes, tem-se a 

necessidade de utilizar o método de cálculo do valor presente líquido (VPL).  



 29 

2.9.3 Valor Presente Líquido (VPL) 

Hoji (2004) expõe resumidamente que o valor presente é o valor futuro 

descontado a determinada taxa de juros. Este instrumento é um dos mais 

importantes para a avaliação de propostas de investimentos. 

 Em relação ao valor presente líquido, Kassai et al. (2000, p. 61) explica que 

ele “Reflete a riqueza em valores monetários do investimento medida pela diferença 

entre o valor presente das entradas de caixa e o valor presente das saídas de caixa 

a uma determinada taxa de desconto”. 

Berk e Demarzo (2010) dizem que o valor presente líquido representa o valor 

de um projeto (investimento) em termos valores na atualidade, considerando que os 

projetos positivos e viáveis são aqueles com VPL positivo e que projetos com VPL 

negativo possuem custos que excedem seus benefícios, sendo que sua realização é 

sinônimo de perder dinheiro. 

 O cálculo do Valor presente líquido VPL depende da taxa mínima de 

atratividade (TMA), que é definida pelo administrador ou investidor, considerando 

que é através desta taxa que o dinheiro e os fluxos de caixa serão convertidos em 

valor presente. 

 

2.9.4 Taxa mínima de atratividade (TMA) 

Ao optar-se pelo investimento em determinado projeto, perde-se a 

oportunidade de obter outros retornos financeiros com o capital investido. Frente a 

isso, Hirschfeld (2000) explica que a Taxa mínima de atratividade (TMA) é o valor, 

transformado em porcentagem, que o investidor espera receber com determinado 

investimento em relação ao valor investido. 

 Souza e Clemente (2004) afirmam que a TMA deve ser estabelecida com 

base na da taxa de juros praticada pelo mercado e principalmente nas seguintes 

taxas: TR (Taxa Referencial), TBF (Taxa Básica Financeira), TJLP (Taxa de Juros de 

Longo Prazo) e na taxa SELIC (Taxa do Sistema Especial de Liquidação e 

Custódia). 



 30 

 Para Galesne, Fensterseifer e Lamb (1999), a Taxa Mínima de Atratividade 

(TMA) representa a menor taxa esperada em um investimento, sendo esta 

estabelecida pelos diretores da empresa. Em outras palavras, a TMA é a 

rentabilidade mínima esperada pelos investidores sobre o capital investido.  

 Para um investimento ser atrativo e compensar o investimento realizado pelo 

administrador, o retorno precisa ser maior que a taxa mínima de atratividade definida 

pelo idealizador do projeto. O indicador que apresenta o rendimento de um 

investimento e que precisa ser comparado com a TMA é a Taxa interna de retorno 

(TIR). 

 

2.9.5 Taxa interna de retorno (TIR) 

Segundo Hoji (2017, p. 78): 

A Taxa Interna de Retorno (TIR) é uma taxa de juros implícita num fluxo de 
caixa, que, aplicada sobre pagamentos (saídas de caixa) e recebimentos 
(entradas de caixa), faz com que o valor presente líquido seja zero, isto é, a 
soma dos pagamentos e a soma dos recebimentos torna-se iguais em valor 
presente. Ao aplicar a TIR sobre cada valor nominal do fluxo de caixa, a 
soma dos pagamentos fica igual a soma dos recebimentos, anulando-se em 
qualquer data focal. 

 

 Gitman (2010), destaca que provavelmente a Taxa Interna de retorno (TIR) 

seja umas das técnicas sofisticadas sobre orçamento de capital mais utilizadas, 

mesmo que sua aplicação seja mais difícil de calcular que o Valor presente líquido 

(VPL). Com a aplicação da TIR, os critérios para aceitação ou rejeição dos projetos 

analisados são os seguintes: 

• Se a TIR for maior que o custo de capital, deve-se aceitar o projeto. 

• Se a TIR for menor que o custo de capital, deve-se rejeitar o projeto. 

A TIR, além de ser utilizada para analisar a dimensão do retorno, sendo 

interpretada como um limite superior para a rentabilidade de um investimento em 

determinado projeto, ela também pode ser utilizada para analisar a dimensão do 

risco de determinado projeto, considerando que quanto maior for a proximidade da 

TIR com a TMA, maior será o risco ao retorno financeiro do investimento (SOUZA; 



 31 

CLEMENTE, 2004).  

Além dos indicadores econômico-financeiros já apresentados, o estudo de 

viabilidade econômico-financeiro tem grande dependência nos resultados 

apresentados pelos indicadores estatísticos. 

 

2.10 Indicadores Estatísticos 

 Segundo Assaf Neto e Lima (2009), no mercado de capitais cercado de 

incertezas, onde o processo de tomada de decisão é baseado na previsibilidade, a 

estatística norteia o processo de tomada de decisão e a avaliação de riscos. Neste 

contexto, os indicadores estatísticos que contribuem para analisar o risco associado 

e o retorno esperado são: Média ponderada, Variância, Desvio Padrão, Coeficiente 

de Variação. 

 Destes indicadores, um dos mais importantes e mais simples de ser utilizado 

e aplicado na análise financeira é a média. 

 

2.10.1 Média 

De acordo com Assaf Neto e Lima (2009), existem vários tipos de médias com 

utilização no cotidiano, como a média aritmética simples, média aritmética 

ponderada, e média geométrica.  

• A média aritmética simples é a soma de todos os valores das informações 

divididos pela quantidade de informações. 

• A média aritmética ponderada é utilizada quando se atribui um peso diferente 

para cada elemento do conjunto de dados. 

• A média geométrica é definida como o produto de todos os membros do 

conjunto elevado ao inverso do número de membros. 

Outros dois indicadores que possuem grande relevância nos estudos de 

viabilidade econômico-financeiro e análises cenários e riscos de investimentos são a 



 32 

variância e o desvio padrão. 

 

2.10.2 Variância e Desvio Padrão 

Assaf Neto e Lima (2009) explica que a variância basicamente é o quadrado 

do desvio padrão, e analogamente, o desvio padrão é a raiz quadrada da variância. 

Ambas as medidas estatísticas são muito importantes na avaliação dos riscos de um 

ativo. A fórmula do cálculo de desvio padrão é apresentado na Figura 1.  

Figura 1 – Fórmulas para cálculo do desvio padrão 

 

Fonte: Assaf Neto e Lima (2009, p. 414) 

Ross, Westerdiel e Jordan (2000, p. 263) “Variância é a média dos quadrados 

das diferenças entre o retorna efetivo e o retorno médio. Quanto maior esse número, 

mais o retorno verdadeiro tende a ser diferente do retorno meio”. 

Gitman e Madura (2003, p. 133) afirmam que o desvio padrão é “O indicador 

mais comum do risco de um ativo é o desvio-padrão, que mede a dispersão em 

torno do valor esperado. O valor esperado de um retorno, é o retorno mais provável 

sobre um ativo”. A fórmula do cálculo de desvio padrão é apresentado na imagem 1. 

 Completando os resultados adquiridos na aplicação do desvio padrão e da 

variância, o coeficiente de variação apresenta a variação do nível de risco em 

comparação com o retorno esperado. 

  



 33 

2.10.3 Coeficiente de Variação (CV)  

Gitman e Madura (2003) citam que o coeficiente de variação é uma medida 

de dispersão relativa, sendo está muito útil na comparação do risco de ativos com 

diferentes retornos esperados. Em seu cálculo, quanto maior for o resultado o 

coeficiente de variação, maior será o risco. 

 Assaf Neto e Lima (2011) completam que o coeficiente de variação é uma 

medida estatística apresentada normalmente na forma de porcentagem. Seu 

resultado aponta o risco por unidade de retorno esperado, ou seja, seu resultado irá 

apresentar qual é o percentual de risco existente para cada ponto percentual do 

retorno do negócio avaliado. A imagem 2 apresenta a fórmula do cálculo do 

coeficiente de variação. 

Figura 2 – Fórmula para cálculo do coeficiente de variação 

 

Fonte: Assaf Neto e Lima (2009, p. 414) 

Assaf Neto e Lima (2009) acrescentam que o coeficiente de variação, quando 

comparado com o desvio padrão, é um dos indicadores mais exatos na avaliação e 

na comparação dos riscos de ativos com diferentes retornos esperados. 

Após a verificação da fundamentação teórica e da explicação dos principais 

termos envolvidos no presente estudo, tem-se a seguir a descrição dos métodos 

utilizados para levantamento, analise e interpretação dos dados coletados. 

 

 

 
 
 



 34 

 

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 

De acordo com Vergara (2005, p. 9), o método busca “realizar o objetivo da 

pesquisa, seja ele descrever, explicar, descobrir, compreender, predizer determinado 

fenômeno”. Desta forma, este capítulo apresenta os procedimentos metodológicos 

empregados no estudo, bem como as etapas de coleta de dados, tratamento dos 

dados coletados e limitações do método. 

 

3.1 Delineamento de pesquisa 

Para Marconi e Lakatos (2002) a pesquisa sempre inicia a partir de algum tipo 

de problema ou de uma interrogação. Desta forma, ela busca responder às 

necessidades de conhecimento de determinado fenômeno ou problema, 

confirmando ou invalidando as hipóteses que foram levantadas. 

 De acordo com Gil (2010), o delineamento da pesquisa é o planejamento da 

pesquisa, processo que envolve a fundamentação metodológica, definição dos 

objetivos, ambiente da pesquisa e a determinação das técnicas de coleta e análise 

de dados. Roesch (1999) salienta que o delineamento da pesquisa define 

basicamente quem ou o que vai ser pesquisado e quais questionamentos serão 

levantados. 

  



 35 

3.1.1 Definição da pesquisa quanto aos objetivos 

Em relação aos objetivos, uma pesquisa pode ser exploratória, explicativa e 

descritiva. Esta pesquisa em questão é exploratória, considerando que a mesma faz 

o levantamento de inúmeros dados e valores, como custos e despesas, para a 

explorar e examinar um problema, e descritiva porque é feita a descrição dos 

principais pontos relacionados ao setor do mercado que envolve o cuidado às 

pessoas de idade. 

 De acordo com Malhotra (2006, p. 100) “o objetivo da pesquisa exploratória é 

explorar ou fazer uma busca em um problema ou em uma situação para prover 

critérios e maior compreensão”. Para Sampieri, Collado e Lucio (2013), a pesquisa 

exploratória tem como objetivo explorar um tema pouco abordado, sobre o qual 

ainda existem muitas dúvidas. 

 Gil (2010) cita que o planejamento da pesquisa exploratória tem a tendência 

de ser mais flexível, considerando que a mesma pode abordar vários aspectos ou 

fenômenos relativos ao fato estudado. Malhotra (2006) completa que a pesquisa 

exploratória pode ser utilizada para formular um problema e torná-lo mais preciso, 

desenvolver hipóteses, apontar caminhos alternativos de ação, gerar critérios para 

desenvolver uma abordagem do problema, isolar variáveis e relações chave para 

serem exploradas no futuro ou estabelecer assuntos prioritários para as próximas 

pesquisas. 

 Malhotra (2006) explica que a pesquisa descritiva é caracterizada pelo 

detalhamento de informações ao descrever características ou funções de mercado. 

Gil (2010) explica que a pesquisa descritiva tem por objetivo principal de descrever 

as características de determinada população ou fenômeno. 

 

3.1.2 Definição da pesquisa quanto à natureza da abordagem 

 Quanto a natureza de abordagem, uma pesquisa pode ser básica ou aplicada. 

Barros e Lehfeld (2000) explicam que a pesquisa básica tem a finalidade de apenas 

obter um conhecimento superficial sobre determinado assunto, se mantendo em 

nível de especulação em relação aos fatos, enquanto a pesquisa aplicada tem o 



 36 

objetivo de contribuir para fins práticos, propondo conhecimentos para aplicação 

imediata visando solucionar os problemas encontrados na realidade. 

 Roesch (2010) explica que a pesquisa aplicada é usada para encontrar 

possíveis soluções para problemas reais e julgar a efetividade de um programa ou 

um plano. Vergara (2010) completa que a pesquisa aplicada é motivada para 

solucionar problemas concretos provenientes principalmente da curiosidade 

intelectual do pesquisador. 

Frente ao exposto, a presente pesquisa é classificada como aplicada, 

considerando que o objetivo da mesma é gerar conhecimentos necessários através 

do levantamento de dados e informações, para verificar a viabilidade econômica e 

financeira da implantação de um lar de idosos na cidade de Roca Sales/RS, 

considerando o risco associado ao retorno esperado para o investimento. 

 

3.1.3 Definição da pesquisa quanto à forma da abordagem 

 Quanto a forma de abordagem, uma pesquisa pode ser qualitativa e/ou 

quantitativa. Malhotra (2006) explica que a pesquisa qualitativa requer interpretação 

dos fenômenos e análise dos dados de forma indutiva, proporcionando percepções e 

compreensão do contexto do problema, sem a necessidade de transformar os 

resultados em valores numéricos. Já a pesquisa quantitativa, para o alcance dos 

objetivos, necessita que os dados e informações coletados sejam traduzidos em 

valores numéricos e analisados com o auxílio de ferramentas estatísticas. 

 Ainda para Malhotra (2006, p. 154), “a pesquisa qualitativa proporciona 

melhor visão e compreensão do contexto do problema, enquanto a pesquisa 

quantitativa procura quantificar os dados e, normalmente, aplica alguma forma de 

análise estatística”. 

 Desta forma, a presente pesquisa pode ser classificada como quali- 

quantitativa, porque além de apresentar dados em valores numéricos e utilizar vários 

indicadores econômico-financeiros, extrai informações através de conversas 

informais com profissionais ligados à área estudada e faz uma abordagem geral 

sobre o funcionamento de um lar de idosos funcionamento de um lar de idosos para 



 37 

melhorar a compreensão sobre o assunto. 

 

3.1.4 Definição da pesquisa quanto aos procedimentos técnicos 

Em relação aos procedimentos técnicos, uma pesquisa pode ser bibliográfica, 

documental, estudo de caso, estudo de campo, experimental, dentre outros. Frente 

ao exposto, a presente pesquisa utiliza os procedimentos técnicos de pesquisa 

bibliográfica, porque é elaborada com base em materiais já publicados em revistas, 

artigos e livros, e pesquisa documental porque extrai informações de documentos 

que ainda não receberam tratamento analítico, como anotações e balanços 

patrimoniais. 

Gil (2010) explica que a pesquisa bibliográfica é a seleção, leitura e analise de 

textos confiáveis e relevantes ao tema do projeto de pesquisa, para agregar 

conhecimento e aumentar o número de informações do pesquisador. Marconi e 

Lakatos (1999) afirmam que o objetivo da pesquisa bibliográfica é proporcionar o 

contato com fontes já documentadas sobre o assunto em estudo, como livros, 

monografias, artigos, mapas, jornais, revistas, etc. 

 Fachin (2003) explica que a pesquisa documental corresponde a toda 

informação adquirida de forma oral, escrita ou visualizada, consistindo no processo 

de coleta, classificação, seleção e utilização de toda espécie de informação. Marconi 

e Lakatos (2010) explicam que a pesquisa documental se restringe a documentos 

escritos ou não, que possivelmente ainda não foram utilizados em nenhuma outra 

pesquisa. 

 

3.2 Unidade de análise e sujeitos do estudo 

 Gil (2010) explica que a unidade de análise que constitui o estudo pode ser 

uma família, uma comunidade, uma empresa ou até mesmo uma cultura, mesmo 

que seja necessário delimitá-la, tarefa nada simples em decorrência da dificuldade 

em se traçar limites a um objeto de pesquisa. Malhotra (2006) define a unidade de 

análise como um grupo de indivíduos, uma organização ou outra entidade sobre a 



 38 

qual será realizada o estudo.  

 Considerando o exposto, a pesquisa tem como unidade de análise o estudo 

de viabilidade econômico-financeira para a implementação de um lar de idosos, e os 

sujeitos do estudo são empresários ligados ao mercado, profissionais do setor de 

construção civil e fornecedores de matéria prima. 

 

3.3 Coleta de dados 

Para a realização desta pesquisa, foi necessário realizar a coleta de dados. 

Marconi e Lakatos (2009, p. 167) descrevem que “a coleta de dados é a etapa da 

pesquisa em que se inicia a aplicação dos instrumentos elaborados e das técnicas 

selecionadas, afim de se efetuar a coleta dos dados previstos”. Sampieri, Collado e 

Lucio (2013) afirmam que o processo de coleta de dados é fundamental para que a 

pesquisa atinja os melhores resultados. 

 Os dados utilizados em uma pesquisa podem ser primários e secundários. 

Malhotra (2006) explica que os dados primários são os dados produzidos ou 

coletados pelo pesquisador especialmente para resolver o problema da pesquisa. Já 

os dados secundários, de acordo com Marconi e Lakatos (2009), abrangem toda a 

bibliografia já publicada e tornada pública, desde publicações avulsas, livros e 

monografias, até revistas e jornais. Sua finalidade é de colocar o pesquisador em 

contato direto com o que já foi escrito, dito, ou filmado sobre determinado assunto 

em outras pesquisas. 

 A pesquisa utiliza dados primários e dados secundários para atingir os 

objetivos e encontrar os resultados esperados. A primeira parte dela faz o uso de 

dados secundários, através do estudo teórico sobre livros, artigos e revistas já 

publicadas para obtenção do embasamento teórico necessário para a compreensão 

das técnicas e ferramentas de análise financeira e estatística. 

 Já a segunda parte utiliza dados primários, onde as informações serão 

extraídas através da análise documental sobre orçamentos e conversas com 

profissionais e empresários que atuam na área de comércio, construção civil e no 

ramo imobiliário. 



 39 

3.4 Análise dos dados 

 Após a coleta de dados necessários para a realização da pesquisa, é 

necessário analisa-los. Gil (2010) destaca que ao realizar a análise dos dados, os 

objetivos e o plano da pesquisa precisam ser observados. O processo de análise 

pode ser compreendido como uma sequência de atividades, compreendendo a 

redução dos dados, a categorização desses dados, sua interpretação e a redação 

do resultado. 

Aaker, Kumar e Day (2004, p. 441) explicam que a análise dos dados “é na 

verdade, um conjunto de técnicas e métodos que podem ser empregados para obter 

informações e descobertas dos dados coletados”. Malhotra (2006) ainda acrescenta 

que o objetivo da análise é fornecer informações que contribuam no estudo do 

problema encontrado. 

Para Marconi e Lakatos (1999), existe uma grande diferença entre análise e 

interpretação dos dados, mesmo que as duas operações caminhem praticamente 

juntas. A análise de dados consiste em um estudo aprofundado sobre dados 

estatísticos para relacionar os resultados obtidos com as hipóteses criadas no início 

do estudo e encontrar relações existentes entre o fenômeno estudado e outros 

fatores. Já a interpretação de dados utiliza conhecimentos do pesquisador para 

encontrar outros sentidos mais amplos às respostas, e relacionar os resultados com 

os objetivos propostos na pesquisa e com as informações obtidas no referencial 

teórico. 

A análise dos dados utiliza técnicas de cálculo financeiro e estatístico, como 

payback descontado, taxa interna de retorno (TIR), valor presente líquido (VPL), taxa 

mínima de atratividade e taxa mínima de retorno. Os resultados são obtidos através 

do auxílio de planilhas eletrônicas do programa Microsoft Excel e da utilização da 

calculadora financeira HP12C. 

 

3.5 Limitação do Método 

 Vergara (2007, p. 61) deixa claro que “Todo o método tem possibilidades e 

limitações. É saudável antecipar-se às críticas que o leitor poderá fazer ao trabalho, 



 40 

explicando quais limitações que o método escolhido oferece...”. 

 Gil (2010) aponta que o estudo de caso pode apresentar algumas limitações, 

como a impossibilidade de fazer generalizações e aplicar os conhecimentos em 

outros estudos, e a grande exigência de tempo para realização do estudo para evitar 

que o conteúdo fique inconsistente. Prodanov e Freitas (2013) continuam dizendo 

que, além da alta demanda de tempo para a realização de um estudo de caso, é 

difícil poder utilizar o estudo como modelo para realização de outras pesquisas, 

mesmo que semelhantes. 

Diante do exposto, como o estudo em questão trata de um assunto muito 

específico, sua generalização e utilização em futuros estudos é pouco provável.  

Pode ocorrer também uma dificuldade em construir indicadores financeiros, 

como a taxa mínima de atratividade, e alcançar dados e informações confiáveis 

referentes a outras empresas do segmento, uma vez que o número destes 

estabelecimentos é pequeno e os empresários do segmento poderiam omitir 

informações para evitar novos entrantes no mercado. 

 

 

 



 41 

4 ANÁLISE DO MERCADO 

O presente capítulo apresenta as características do mercado de lares para 

idosos e aborda os principais aspectos da população idosa do Brasil e da região do 

Vale do Taquari. 

 

4.1 População idosa no Brasil 

A parcela da população brasileira com mais de 60 anos vem apresentando 

uma forte tendência de aumento nos últimos anos. De acordo com os dados do 

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBGE, no ano de 2017 registrou-se um 

aumento de 18% no grupo etário em comparação ao ano de 2012, superando a 

marca de 30,2 milhões de indivíduos, sendo destes 56% mulheres e 44% homens 

(IBGE, 2018). 

 Ainda de acordo com os estudos realizados pelo IBGE (2018), o aumento do 

grupo etário da população brasileira que supera os 60 anos foi registrado em todos 

as unidades da federação, sendo que os estados brasileiros que possuem uma 

maior representatividade de idosos são o Rio de Janeiro e o Rio Grande do Sul. 

 A Figura 3 apresenta uma projeção realizada pelo IBGE sobre a população 

brasileira para as próximas décadas. 

 

 



 42 

Figura 3 – Projeção da Evolução dos grupos etários no Brasil 

 
Fonte: IBGE (2008). 

 
Como se observa, a Figura 3 mostra uma tendência de aumento significativo 

da população idosa brasileira e uma leve redução na população jovem com menos 

de 15 anos.  

 

4.2 População idosa no Vale do Taquari 

No Rio Grande do Sul o cenário não é diferente. Segundo dados de 2018 

apresentados pela Fundação de Economia e Estatística FEE, 17% da população 

gaúcha possui mais de 60 anos (FEE, 2018). 

 Ainda de acordo com os dados da Fundação de Economia e Estatística FEE, 

o Vale do Taquari possui aproximadamente 86,6 mil pessoas com mais de 60 anos, 

representando 18% da população total da região (FEE, 2018). 

 Para o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBGE, o cenário no Rio 

Grande do Sul para as próximas décadas não deve ser diferente. A Figura 4 

apresenta a projeção da evolução dos grupos etários no Rio Grande do Sul. 

 

 



 43 

Figura 4 – Projeção da Evolução dos grupos etários no Rio Grande do Sul   

 
Fonte: IBGE (2008). 

 
Pode-se observar na Figura 4 que o grupo de pessoas acima dos 65 anos no 

estado tem a mesma tendência de aumentar consideravelmente como no restante 

do Brasil, enquanto o número de jovens com menos de 15 anos tende a reduzir. 

 

4.3 A empresa objeto do estudo de viabilidade 

 Frente a oportunidade de negócio observada no mercado através das 

mudanças sociais mencionadas, a empresa objeto deste estudo é um lar para 

idosos. Sua implementação poderá ocorrer caso a análise de viabilidade econômico-

financeiro seja positiva. 

 A empresa em questão será implantada na cidade de Roca Sales/RS e terá 

como público alvo a população idosa da cidade e das cidades vizinhas, como 

Encantado, Arroio do meio, Muçum, Colinas e Imigrante, que não podem receber os 

cuidados necessários dentro de casa pelos responsáveis. 

 A localização do estabelecimento será mais ao interior da cidade, em um local 

calmo e de fácil acesso, longe da poluição sonora provocada pela movimentação 

diária da cidade. 

 Além de proporcionar um local que forneça os devidos cuidados necessários 

aos idosos, o Lar fornecerá aos clientes atividades dinâmicas, como oficinas e rodas 



 44 

de conversa, e um amplo local coletivo, onde os idosos possam conversar e interagir 

com os demais colegas. 



 45 

5 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS 

O presente capítulo tem a finalidade de apresentar os dados coletados e as 

análises de viabilidade econômico-financeira, que consideram o risco associado ao 

retorno esperado, para a implantação de um lar de idosos na cidade de Roca 

Sales/RS. 

Para responder o objetivo geral desta pesquisa, foram estabelecidos objetivos 

específicos. O primeiro buscou mensurar o investimento total necessário para 

implantação do projeto. 

 

5.1 Investimento inicial  

 A estrutura necessária para a implantação do lar de idosos compreende 

investimentos de longo prazo (imobilizados) e investimentos de curto prazo (capital 

de giro). Ocorrem também despesas pré-operacionais, como taxas, alvarás e 

licenças. 

 

5.1.1 Investimentos de longo prazo  

 Os investimentos de longo prazo se referem a construção do prédio e 

aquisição de todos os equipamentos necessários para operação do 

empreendimento. Os valores que serão investidos em ativos Não-circulantes (longo 

prazo) estão apresentados na Tabela 01. 



 46 

Tabela 1 – Investimento em ativos de longo prazo  

Item Valor 

Aquisição do terreno R$80.000,00 

Preparação do terreno R$3.100,00 

Construção do prédio R$135.400,00 

Pintura do prédio e das aberturas R$2.250,00 

Portão eletrônico R$3.000,00 

Mobília da cozinha R$4.000,00 

Mobília dos quartos R$10.900,00 

Ar-condicionado R$21.460,00 

Instalação Elétrica completa R$1.600,00 

Total do investimento de longo prazo R$261.710,00 

Fonte: Elaborado pelo autor com base nos dados coletados (2019).   
 

Os valores apresentados na Tabela 01 consideram o valor de um terreno de 

1350 metros quadrados (30m X 45m) situado no município de Roca Sales/RS.  

O valor da construção do prédio, que representa 52% do investimento total de 

longo prazo, leva em consideração os recursos necessários para toda a construção 

do prédio, colocação de aberturas, instalação do telhado e do sistema de 

abastecimento de água. 

 O Investimento em imobilizado também considera a instalação de um ar-

condicionado em cada quarto, no refeitório e na sala de convivência. 

 Além do investimento em ativos imobilizados, a empresa também precisa de 

recursos de alta liquidez, ou seja, recursos que podem ser revertidos em dinheiro em 

curto prazo. 

 

5.1.2 Investimento de curto prazo 

Os investimentos de curto prazo (Ativo-Circulante) são representados pelo 

capital de giro. Estes investimentos permitem que a empresa possa realizar suas 



 47 

atividades operacionais, como compra de insumos, pagamento de clientes e 

despesas financeiras decorrentes da contratação de empréstimos. 

O capital de giro será inicialmente composto por caixa (dinheiro em espécie), 

banco (dinheiro depositado em conta corrente), investimentos bancários de curto 

prazo e estoques, que será composto por produtos alimentícios, remédios e demais 

bens necessários. 

 A Tabela 02 apresenta a relação dos investimentos de curto prazo iniciais que 

o lar de idosos terá a sua disponibilidade. 

Tabela 2 – Investimentos de curto prazo  

Disponibilidades 

Caixa empresa (em espécie) R$2.000,00 

Banco conta corrente R$3.000,00 

Banco aplicação R$5.000,00 

Suprimentos (alimentos, produtos de limpeza e higiene) R$20.000,00 

Total de capital de giro inicial R$30.000,00 

Fonte: Elaborado pelo autor com base nos dados coletados (2019).   
 

 

5.1.3 Despesas pré-operacionais 

Além dos investimentos de curto prazo para criação de capital de giro e longo 

prazo para realização de obras e aquisição de utensílios, serão necessários 

recursos iniciais para custear as despesas pré-operacionais, como pagamento de 

alvarás, licenças e realização de vistorias. 

 A Tabela 03 apresenta as despesas pré-operacionais identificadas para a 

implementação do projeto. As mesmas foram coletas através de consultas com o 

corpo de bombeiros e na prefeitura municipal do município de Roca Sales. 

 

 

 



 48 

Tabela 3 – Despesas pré-operacionais   

Despesas pré-operacionais 

Tipo Valor 

Alvarás e Licenças R$4.000,00 

Contabilidade e assessoria R$3.000,00 

Vistoria Bombeiros R$1.000,00 

Total de Despesas pré-operacionais R$8.000,00 

Fonte: Elaborado pelo autor com base nos dados coletados (2019).   
 

Após a checagem da necessidade de investimentos necessários em capital 

de longo e curto prazo, e com a soma das despesas pré-operacionais, se chegou ao 

valor total do investimento. 

 

5.1.4 Investimento total 

 Considerando a necessidade de investir de R$ 261.710,00 em capital de 

longo prazo, R$ 30.000,00 em capital de giro e desembolsar R$ 8.000,00 com as 

despesas pré-operacionais, tem-se uma necessidade de capital de R$ 299.710,00 

para realizar a implantação do lar de idosos. 

 Após o levantamento do investimento total necessário, realizou-se um estudo 

sobre as estruturas de capital que serão utilizadas para financiar o projeto. 

 

5.2 Estrutura de capital para financiamento do projeto 

 Para realizar o estudo de viabilidade econômico-financeiro de implantação do 

lar de idosos na cidade de Roca Sales, utilizou-se como base capital próprio e 

capital de terceiros, adquirido através de financiamento bancário.  

 

5.2.1 Capital próprio 

Considerando o valor total do projeto de R$ 299.710,00, 25% do valor será 

financiado com recursos próprios. A Tabela 04 apresenta a proporção em 



 49 

porcentagem das fontes de financiamento em relação ao valor total. 

Tabela 4 – Fontes de Financiamento   

Fonte de financiamento Valor Total Proporção 

Capital próprio R$75.000,00 25% 

Capital de terceiros R$224.710,00 75% 

Total R$299.710,00 100% 

Fonte: Elaborado pelo autor com base nos dados coletados (2019).   
 

Os R$ 75.000,00 de capital próprio que será investido no projeto, possui um 

custo de oportunidade. 

 

5.2.2 Custo de oportunidade 

O investimento com capital próprio representado por R$ 75.000,00, será 

utilizado para arcar com as despesas pré-operacionais, investir em capital de giro e 

em parte do capital de longo prazo. A Tabela 05 mostra a proporção de capital 

próprio que será destinado para cada fim. 

Tabela 5 – Utilização do capital próprio   

Forma de investimento Valor Porcentagem 

Despesas pré-operacionais R$8.000,00 10,67% 

Capital de Giro R$30.000,00 40,00% 

Investimento de longo prazo R$37.000,00 49,33% 

Total R$75.000,00 100,00% 

Fonte: Elaborado pelo autor com base nos dados coletados (2019).   
 

Para o capital próprio utilizado no investimento considerou-se um custo de 

oportunidade de 6% ao ano. Esta taxa foi estipulada com base no comportamento 

da inflação no cenário econômico atual e na taxa de retorno que este capital poderia 

render se fosse aplicado no mercado financeiro. A esta taxa mínima, somou-se uma 

margem de segurança de 2% para definir o custo de oportunidade. 

 



 50 

5.2.3 Capital de terceiros 

 O valor total do capital de terceiros representados por R$ 224.710,00, 

aproximadamente 75% do investimento, será financiado em uma instituição bancária 

que cobra uma taxa de juros de 1,4% ao mês.  

 O parcelamento do valor financiado junto a terceiros será quitado através do 

Sistema de Amortização Constante (SAC), onde o valor da amortização é igual e o 

valor dos juros e das prestações mensais decrescente. 

 

5.2.4 Custo do capital de terceiros 

 Considerando a taxa de juros mensal de 1,4%, foi utilizada uma taxa de juros 

composta anual de 18% para calcular a viabilidade do projeto, onde o valor adquirido 

junto a instituição bancária deverá ser pago em até seis anos. 

 

5.3 Receitas, Custos e Despesas Operacionais 

Os custos e as despesas operacionais foram obtidos através de conversas 

com profissionais que atuam no mercado. Os números coletados foram 

arredondados para maior, com objetivo de facilitar os cálculos e a compreensão, 

além de uma maior aproximação da realidade. 

 

5.3.1 Custos e Despesas Operacionais 

Na Tabela 06 estão apresentados os custos e despesas fixos (energia 

elétrica, água, depreciação, funcionários, seguro e propaganda), despesas variáveis 

(impostos e custos com alimentação) e despesas administrativas (telefone, internet, 

pró-labore, renovação de licenças) para o primeiro ano de atividade do lar de idosos. 

 O valor total que será destinado ao pagamento dos custos e despesas de 

acordo com a tabela no primeiro ano de atividade da empresa será de R$ 

493.492,00, onde a maior parte deste valor, cerca de 55%, corresponde a custos e 



 51 

despesas fixos, como funcionários, energia elétrica, água e depreciação). 

Tabela 6 – Custos fixos, variáveis e despesas administrativas 

Custos / despesas fixas Valores mensais Valores Anuais 

Energia elétrica R$1.000,00 R$12.000,00 

Água R$150,00 R$1.800,00 

Depreciação R$1.500,00 R$18.000,00 

Propaganda R$200,00 R$2.400,00 

Seguro R$300,00 R$3.600,00 

Funcionários R$22.000,00 R$264.000,00 

Total  R$25.150,00 R$301.800,00 

Custos Variáveis Valores mensais Valores Anuais 

Impostos - Simples nacional 13% R$7.436,00 R$89.232,00 

Alimentação - 18 % R$10.296,00 R$123.552,00 

Total  R$17.732,00 R$212.784,00 

Despesas Administrativas Valores mensais Valores Anuais 

Pró-labore R$4.000,00 R$48.000,00 

Telefone R$300,00 R$3.600,00 

Internet R$80,00 R$960,00 

Renovação de Licenças R$170,00 R$2.000,00 

Honorários Escritório de Contabilidade R$200,00 R$2.400,00 

Total  R$4.750,00 R$56.960,00 

Total dos Custos  Valores mensais Valores Anuais 

Custos / despesas fixas R$25.150,00 R$301.800,00 

Custos Variáveis R$17.732,00 R$212.784,00 

Despesas Administrativas R$4.750,00 R$56.960,00 

Total R$47.632,00 R$571.544,00 

Fonte: Elaborado pelo autor com base nos dados coletados (2019).   
 

 

5.3.2 Projeção de Receitas 

A estimativa de receita para o projeto em questão foi realizada através da 

análise dos preços médios praticados por estabelecimentos que prestam o mesmo 

tipo de serviço, chegando a um valor mensal de R$ 2.600,00 por cliente.  

 O projeto inicial prevê a capacidade de abrigo para 24 clientes, no entanto 

para aproximar de um cenário condizente com a realidade, considerou-se uma 

lotação mensal de 22 pessoas, uma vez que esse tipo de estabelecimento pode 

sofrer com a mudança de clientes com o decorrer do tempo. 

 A Tabela 07 apresenta uma estimativa da receita mensal e anual, calculada 



 52 

com base no valor e na lotação estipulados. 

Tabela 7 – Projeção de Receitas   

Valor por Vaga Clientes mensais 
Receita mensal 

prevista 
Receita anual 

prevista 

R$ 2.600,00 22 R$57.200,00 R$ 686.400,00 

Fonte: Elaborado pelo autor com base nos dados coletados (2019).   
 

Após a projeção de receitas anual, realizou-se uma projeção de receitas para 

os próximos seis anos de atividade do lar de idosos. 

 

5.3.3 Projeção de receita para os próximos anos 

Após a definição da previsão de receitas mensal, foi realizada uma projeção 

de receitas para os próximos 6 anos, considerando um aumento anual de 8% em 

decorrência da inflação e do comportamento do mercado. Os valores estão 

apresentados na Tabela 08. 

Tabela 8 – Projeção de receitas para os próximos 6 anos   

Previsão de receita para os próximos 6 anos 

Ano Total da receita 

1 R$686.400,00 

2 R$741.312,00 

3 R$800.616,96 

4 R$864.666,32 

5 R$933.839,62 

6 R$1.008.546,79 

Fonte: Elaborado pelo autor com base nos dados coletados (2019).   
 

 A partir da projeção das receitas para os próximos anos e considerando as 

receitas e despesas previstas, elaborou-se um fluxo de caixa. 

 

5.3.4 Fluxo de Caixa  

O fluxo de caixa foi realizado com base na previsão de receitas e despesas, e 

considerando também que haja aumento anual de 8%. A Tabela 09 apresenta a 



 53 

estimativa das receitas anuais, bem como os respectivos custos fixos e variáveis, e 

despesas administrativas para os próximos 6 anos, período em que se espera 

recuperar o investimento realizado. 

Tabela 9 – Fluxo de caixa para os próximos 6 anos   

Período - Anos 1 2 3 

Receita Operacional Bruta R$686.400,00 R$741.312,00 R$800.616,96 

(-) Impostos sobre a Receita R$89.232,00 R$96.370,56 R$104.080,20 

(=) Receita Operacional Líquida R$597.168,00 R$644.941,44 R$696.536,76 

(-) Custos Variáveis R$123.552,00 R$133.436,16 R$144.111,05 

(=) Lucro Bruto R$473.616,00 R$511.505,28 R$552.425,70 

(-) Custos Fixos R$301.800,00 R$325.944,00 R$352.019,52 

(-) Despesas Administrativas R$56.960,00 R$61.516,80 R$66.438,14 

(+) Depreciação R$18.000,00 R$18.000,00 R$18.000,00 

(=) Lucro Operacional R$132.856,00 R$142.044,48 R$151.968,04 

 

Período - Anos 4 5 6 

Receita Operacional Bruta R$864.666,32 R$933.839,62 R$1.008.546,79 

(-) Impostos sobre a Receita R$112.406,62 R$121.399,15 R$131.111,08 

(=) Receita Operacional Líquida R$752.259,70 R$812.440,47 R$877.435,71 

(-) Custos Variáveis R$155.639,94 R$168.091,13 R$181.538,42 

(=) Lucro Bruto R$596.619,76 R$644.349,34 R$695.897,29 

(-) Custos Fixos R$380.181,08 R$410.595,57 R$443.443,21 

(-) Despesas Administrativas R$71.753,20 R$77.493,45 R$83.692,93 

(+) Depreciação R$18.000,00 R$18.000,00 R$18.000,00 

(=) Lucro Operacional R$162.685,48 R$174.260,32 R$186.761,15 

Fonte: Elaborado pelo autor com base nos dados coletados (2019).   
 

Com base nos fluxos de caixa projetados para os primeiros 6 anos de 

operação do lar de idosos, foram calculados os indicadores financeiros e 

econômicos. 



 54 

5.4 Indicadores econômico-financeiros 

 Para analisar a viabilidade e os riscos envolvidos na implantação do lar de 

idosos, e garantir uma maior segurança ao administrador do projeto quanto a 

tomada de decisão, foram utilizados indicadores financeiros, como a Taxa Mínima de 

Atratividade. 

 

5.4.1 Taxa Mínima de Atratividade 

 O valor da Taxa Mínima de Atratividade (TMA) do projeto foi calculada através 

de um cálculo médio ponderado, com base no custo de oportunidade e no custo de 

capital de terceiros.  A Tabela 10 apresenta o cálculo realizado. 

Tabela 10 – Cálculo da TMA   

Fonte de Capital Custo % Proporção Resultado 

Custo de Oportunidade 8,00 0,25 2 

Custo de capital de Terceiros 18,00 0,75 13,5 

Total  15,5% 

Fonte: Elaborado pelo autor com base nos dados coletados (2019).   
 

Com a aplicação da média ponderada em o custo de capital, verificou-se que 

a Taxa Mínima de Atratividade esperada de retorno para este investimento é de 

15,5%. Após a definição da TMA, aplicou-se indicador financeiro de Valor Presente 

Líquido (VPL). 

 

5.4.2 Valor presente líquido 

A ferramenta do Valor Presente Líquido tem como objetivo trazer a valores 

presentes os fluxos de caixas projetados para os primeiros anos de operação do 

projeto. O valor do fluxo de caixa deve ser transformado em valor presente 

considerando a TMA.  

Com os valores presentes, o VPL analisa se o valor somado de todos os 

fluxos de caixa é maior que o valor investimento inicial. Caso valor identificado seja 

positivo, o projeto pode ser aceito e implantado, caso seja negativo, deve ser 

rejeitado. 



 55 

Tabela 11 – Cálculo do VPL (cenário realista)  

Período Investimentos e valores Futuros Investimentos e Valores Presentes 

0 -R$299.710,00 -R$299.710,00 

1 R$132.856,00 R$115.026,84 

2 R$142.044,48 R$106.478,12 

3 R$151.968,04 R$98.629,38 

4 R$162.685,48 R$91.415,71 

5 R$174.260,32 R$84.779,06 

6 R$186.761,15 R$78.667,37 

Taxa Mínima de Atratividade 15,5% 

Valor presente Líquido R$275.286,49 
Fonte: Elaborado pelo autor com base nos dados coletados (2019).   
 

A Tabela 11 mostra que o Valor Presente Líquido do projeto, considerando um 

cenário realista sem alteração na receita, nos custos e nas despesas, é positivo. 

Com isso, o administrador responsável pelo projeto pode aceita-lo. 

 Com o valor de VPL positivo, verificou-se se a Taxa Interna de Retorno é 

superior a Taxa Mínima de Atratividade estabelecida. 

 

5.4.3 Taxa Interna de Retorno 

 O cálculo da Taxa Interna de Retorno TIR buscou identificar se o retorno 

esperado pelo empreendimento para os próximos 6 será maior que a TMA 

estabelecida anteriormente. Desta forma, quanto maior for o valor encontrado pela 

Taxa Interna de Retorno, maior o nível de aceitação para implantação do projeto. 

Tabela 12 – Taxa Interna de Retorno (Cenário Realista)  

Período Fluxo de Caixa 

0 -R$299.710,00 

1 R$132.856,00 

2 R$142.044,48 

3 R$151.968,04 

4 R$162.685,48 

5 R$174.260,32 

6 R$186.761,15 

TIR 43,8% 

Fonte: Elaborado pelo autor com base nos dados coletados (2019).   



 56 

De acordo com a Tabela 12, a Taxa Interna de Retorno (TIR) mostra-se 

superior a TMA estabelecida. Frente a isto, pode-se afirmar que o retorno 

proporcionado pela implementação do lar de idoso é superior ao retorno gerado 

caso o capital próprio envolvido no projeto fosse aplicado no mercado financeiro. 

Pode-se afirmar também que, o retorno será capaz de cobrir os custos com 

empréstimos de capital de terceiros. 

Nestas condições de superioridade da TIR em relação a TMA, identificou-se 

também em quanto tempo o projeto levará para ter o retorno necessário para 

recuperar o valor investido. 

 

5.4.4 Payback Descontado 

O cálculo de Payback Descontado é utilizado para analisar o tempo que o 

projeto levará para recuperar o valor do investimento inicial através dos lucros 

gerados pelo seu funcionamento. Para a realização do cálculo, são considerados os 

valores dos fluxos de caixa futuros descontados através da Taxa Mínima de 

Atratividade do projeto. 

 A Tabela 13 mostra o cálculo do payback descontado do projeto, 

considerando o valor do investimento inicial e o lucro operacional esperado para os 

próximos anos descontados pela TMA. 

Tabela 13 – Payback Descontado (Cenário Realista)  

Período 
Fluxo de Caixa 

Acumulado 
Fluxo de caixa descontado 

(TMA) 
Acumulado 

Ano 0 -R$299.710,00 -R$299.710,00 -R$299.710,00 

Ano 1 R$132.856,00 R$115.026,84 -R$184.683,16 

Ano 2 R$142.044,48 R$106.478,12 -R$78.205,04 

Ano 3 R$151.968,04 R$98.629,38 R$20.424,34 

Ano 4 R$162.685,48 R$91.415,71 R$111.840,06 

Ano 5 R$174.260,32 R$84.779,06 R$196.619,12 

Ano 6 R$186.761,15 R$78.667,37 R$275.286,49 

Taxa Mínima de Atratividade (TMA) 15,5% 

Fonte: Elaborado pelo autor com base nos dados coletados (2019).   



 57 

Na Tabela 13, pode-se observar que o investimento inicial será recuperado 

após dois anos e nove meses, período bem menor se comparado com o prazo para 

pagamento do capital de terceiros, que é de 6 anos. Considerando este cenário 

realista, o tempo necessário para recuperar o valor investido é totalmente aceito, e o 

projeto é atrativo para o investidor. 

 Considerando o cenário positivo apresentado pelo cálculo do payback 

descontado, buscou-se analisar o índice de lucratividade do projeto. 

 

5.4.5 Índice de Lucratividade 

A Tabela 14 apresenta o cálculo do índice de lucratividade. Ele mostra o 

índice de retorno em valor presente que o projeto proporciona para cada unidade 

monetária investida. 

Tabela 14 – Cálculo do Índice de Lucratividade   

Variáveis Valores 

Somatório dos VPLs R$574.996,49 

Investimento Inicial R$299.710,00 

IL 1,919 
Fonte: Elaborado pelo autor com base nos dados coletados (2019).   
 
 

O índice de lucratividade foi obtido através da divisão do somatório de valores 

presentes dos fluxos de caixa descontados através de payback sobre valor do 

investimento inicial. Com o cálculo pode-se perceber que, considerando o período 

de seis anos em que se espera quitar o investimento inicial, o projeto retorna R$ 

1,92 para cada R$ 1,00 investido. 

 Após a aplicação de cálculos financeiros para verificar a viabilidade financeira 

do projeto, foram utilizadas técnicas de análise de sensibilidade e análise de 

cenários para analisar o risco associado ao retorno esperado. 

 



 58 

5.5 Indicadores Estatísticos  

Os valores previstos para as receitas, custos e despesas do investimento 

podem sofrer pequenas alterações e modificar o resultado esperado. Para minimizar 

o impacto destas alterações, realizou-se a análise de sensibilidade e a análise de 

cenários através de indicadores estatísticos para verificar o risco associado ao 

retorno esperado. 

 

5.5.1 Análise de Sensibilidade 

A análise se sensibilidade tem o objetivo de identificar as variáveis que 

exercem maior influência sobre o resultado de um investimento. Para o projeto de 

implantação do lar de idosos, considerou-se na análise de sensibilidade as três 

principais variáveis ligadas aos resultados: as receitas, os custos fixos e os custos 

variáveis. 

A Tabela 15 apresenta a análise de sensibilidade do projeto considerando 

alterações de -20% (muito pessimista), -10% (pessimista), 0% (realista), 

+10%(otimista) e +20% (muito otimista) nas principais variáveis do projeto. Os 

cálculos dos fluxos de caixas e dos Valores Presente Líquidos se encontram nos 

Apêndices A até o X. 

Tabela 15 – Análise de Sensibilidade  

Valores Presente Líquidos 

% Variação Receitas Custos Fixos Custos variáveis 

-20% -R$143.488,78 R$542.140,59 R$463.431,90 

-10% R$65.898,85 R$408.713,54 R$369.359,19 

0% R$275.286,49 R$275.286,49 R$275.286,49 

+10% R$484.674,12 R$141.859,43 R$181.213,78 

+20% R$694.061,75 R$8.432,38 R$87.141,08 

Sensibilidade R$837.550,53 R$533.708,22 R$376.290,82 

Fonte: Elaborado pelo autor com base nos dados coletados (2019).   
 

Através da análise de sensibilidade do projeto de implantação do lar de idosos 

apresentado na Tabela 15, pode-se verificar que a variável que possui uma maior 



 59 

diferença entre o VPL do cenário muito pessimista e o cenário muito otimista é a 

receita. Portanto, a variável mais sensível e que precisa receber uma maior atenção 

pelo administrador do projeto é a das receitas. 

Importante ressaltar que esta variável, quanto possui uma redução de 20% 

(cenário muito pessimista), traz um VPL negativo ao projeto. Desta forma, caso o 

valor das receitas do investimento atinja menos de 90% do valor esperado (inferior 

ao cenário pessimista), o lar de idosos pode operar com prejuízos, não sendo viável 

e atrativo para o investidor. 

Após a análise de sensibilidade, foi realizada a análise de cenários através de 

cálculos estatísticos. 

 

5.5.2 Análise de cenários 

A análise de cenários é outra ferramenta importante para o administrador 

analisar o risco associado ao retorno esperado de um investimento. Através dela, 

são projetados cenários que consideram variações nas principais variáveis ligadas 

ao investimento e suas probabilidades de ocorrerem. 

 Para a implantação do lar de idosos, foram projetados cinco cenários 

econômicos (muito pessimista, pessimista, realista, otimista e muito otimista), 

envolvendo as três principais variáveis ligadas ao projeto. Para cada cenário 

projetou-se uma probabilidade de ocorrência, a qual foi definida com base nas 

entrevistas informais e conversas com profissionais da área. 

Foram utilizados três tipos de cálculos estatísticos dentro da análise de 

cenários para avaliar o risco associado ao retorno esperado: a média ponderada dos 

VPLs a partir da probabilidade de ocorrência de cada cenário econômico (VPL 

Ponderado), o desvio padrão que mostra dispersão dos VPLs em relação à média 

ponderada e o Coeficiente de Variação que indica o Coeficiente de Compensação 

Risco Retorno (CCRR). 

 A Tabela 16 apresenta a análise do primeiro cenário envolvendo a variável 

mais sensível do projeto: as receitas. Os cálculos dos fluxos de caixa e dos Valores 



 60 

Presente Líquidos se encontram nos Apêndices A, B, C, D, E, F, G e H. 

Tabela 16 – Cálculo do Coeficiente de Variação com base nas receitas   

Análise de cenário com 
variação nas receitas 

% Prob VPL (R$) 
VPL Pond. 

(R$) 
Variância 

-20% nas Receitas de Vendas 
(Muito Pessimista) 

5% -143488,78 -7174,44 8768636172,13 

-10% nas Receitas de Vendas 
(Pessimista) 

20% 65898,85 13179,77 8768636172,13 

0% variação nas Receitas de 
Vendas (Realista) 

50% 275286,49 137643,24 0,00 

+10% nas Receitas de Vendas 
(Otimista) 

20% 484674,12 96934,82 8768636172,13 

+20% nas Receitas de Vendas 
(Muito Otimista) 

5% 694061,75 34703,09 8768636172,13 

Média Ponderada dos VPLs = Retorno Esperado 275286,49 7014908937,70 

Desvio Padrão dos VPLs = Risco Associado 83755,05 

Coef. Variação = Coeficiente de Compensação Risco Retorno 
(CCRR) 

0,304 

Fonte: Elaborado pelo autor com base nos dados coletados (2019).   
 
 

Analisando a tabela, pode-se verificar que o coeficiente de variação (divisão 

do desvio padrão pela média ponderada dos VPLs) apresentou o resultado de 0,304. 

Este resultado indica que para cada R$ 1,00 de Retorno Médio Esperado, existe 

risco associado de R$ 0,304, ou que para R$ 100,00 de Retorno Médio Esperado, 

existe risco associado de R$ 30,40. Assim, pode se dizer que o retorno ficará num 

intervalo de R$ 69,60 a R$ 130,40. Considerou-se que o risco deste cenário é 

aceitável. 

 Outro dado importante apresentado na Tabel