UNIVERSIDADE DO VALE DO TAQUARI – UNIVATES 

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS 

CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA 

 

 

 

 

 

FERRAMENTA PARA CONVERSÃO E INTEGRAÇÃO 

AUTOMÁTICA DE MODELOS DE REDES DE DISTRIBUIÇÃO DE 

ENERGIA ELÉTRICA COM O SOFTWARE OPENDSS. 

 

 

 

Tiago Scapin 

 

 

 

 

 

 

 

Lajeado, dezembro de 2018 



Tiago Scapin 

 

 

 

 

 

 

 

 

FERRAMENTA PARA CONVERSÃO E INTEGRAÇÃO AUTOMÁTICA 

DE MODELOS DE REDES DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA 

ELÉTRICA COM O SOFTWARE OPENDSS. 

 

Monografia apresentada ao Centro de 

Ciências Exatas e Tecnológicas da 

Universidade do Vale do Taquari – 

UNIVATES, como parte da exigência para 

obtenção do título de Bacharel em 

Engenharia Elétrica. 

 Área de Concentração: Sistemas 

Elétricos de Potência, Redes de Distribuição 

de Energia Elétrica. 

 

Orientador: Prof. Me. Augusto Simon 

 

 

Lajeado, dezembro de 2018 



Tiago Scapin 

 

 

 

 

 

 

 

FERRAMENTA PARA CONVERSÃO E INTEGRAÇÃO AUTOMÁTICA 

DE MODELOS DE REDES DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA 

ELÉTRICA COM O SOFTWARE OPENDSS. 

 

A banca examinadora aprova a Monografia apresentada na disciplina de 

Trabalho de Conclusão de Curso II, na linha de formação específica em Engenharia 

Elétrica, da Universidade do Vale do Taquari – Univates, como parte da exigência para 

obtenção do grau de Bacharel em Engenharia Elétrica: 

 

Prof. Me. Augusto Simon – Orientador 

Universidade do Vale do Taquari – Univates 

 

Prof. Me. Anderson Antônio Giacomolli 

Universidade do Vale do Taquari – Univates 

 

Prof. Dr. Juliano Schirmbeck 

Universidade do Vale do Taquari – Univates 

 

 

Lajeado, 10 de dezembro de 2018



RESUMO 

Um dos principais estudos necessários à operação de sistemas de distribuição 
de energia elétrica é a análise do fluxo de potência. Essa análise é complexa, 
tendo-se em vista a magnitude desses sistemas. Faz-se assim necessário o uso 
de softwares adequados para o modelamento das redes de distribuição que 
calculam o fluxo de potência e outras análises relevantes. Existem atualmente 
diferentes opções de softwares para o cálculo do fluxo de potência de redes de 
distribuição. Entretanto, os modelos resultantes não são compatíveis entre si, o 
que prejudica o intercâmbio de informações entre os agentes de distribuição de 
energia sobre os seus diferentes sistemas e demais interessados. Este trabalho 
aborda o problema da falta de compatibilidade entre os modelos de redes de 
distribuição gerados por diferentes ferramentas de software. Elegendo a 
ferramenta de análise MATPOWER, que se destaca pelo tamanho de sua 
comunidade de usuários, este trabalho tem como proposta o desenvolvimento 
de um sistema computacional capaz de converter redes elétricas modeladas a 
partir do MATPOWER para o modelo do sistema de código aberto OpenDSS. Ao 
final, para validação da ferramenta, foi analisado o resultado da resolução do 
fluxo de potência na rede original em comparação com o fluxo de potência da 
rede recriada com o algoritmo e executado no software OpenDSS. Nestas 
análises foram possíveis verificar que as redes convergem no mesmo número 
de interações, a tensão das barras divergiu em uma média de 0,2% em relação 
a rede original e o fluxo de potência em uma média de 4,2% inferior a rede 
original. Considerando estes valores dentro de limites aceitáveis e 
suficientemente precisos, a conversão de redes elétricas foi executada e 
validada com êxito através do desenvolvimento desta ferramenta. 
 
Palavras-chave: Fluxo de potência, distribuição de energia elétrica, OpenDSS 

MATPOWER. 

  



ABSTRACT 

One of the main studies required for the operation of electric power distribution 
systems is power flow analysis. This analysis is complex, given the magnitude of 
these systems. It is therefore necessary to use suitable software for the modeling 
of distribution networks that calculate power flow and other relevant analyzes. 
There are currently different software options for calculating the power flow of 
distribution networks. However, the resulting models are not compatible with 
each other, which impairs the exchange of information between the energy 
distribution agents on their different systems and other stakeholders. This work 
addresses the problem of the lack of compatibility between the distribution 
network models generated by different software tools. By choosing the 
MATPOWER analysis tool, which stands out for the size of its user community, 
this work proposes the development of a computational system capable of 
converting electrical networks modeled from MATPOWER to the OpenDSS open 
source system model. At the end, for the validation of the tool, the result of the 
resolution of the power flow in the original network was analyzed in comparison 
with the power flow of the network recreated with the algorithm and executed in 
the OpenDSS software. In these analyzes it was possible to verify that the 
networks converge in the same number of interactions, the voltage of the bars 
diverged in an average of 0.2% in relation to the original network and the flow of 
power in an average of 4.2% inferior to the original network. Considering these 
values within acceptable and sufficiently precise limits, the conversion of 
electrical networks was executed and validated successfully through the 
development of this tool. 
 
Keywords: Power flow, Energy distribution, OpenDSS, MATPOWER. 

  



LISTA DE ILUSTRAÇÕES 

LISTA DE FIGURAS 

Figura 1 - Modelo de sistema elétrico .............................................................. 17 

Figura 2 - Modelo π .......................................................................................... 18 

Figura 3 - Modelo de linhas curtas ................................................................... 19 

Figura 4 - Modelo de linhas médias ................................................................. 20 

Figura 5 - Modelo de linhas longas .................................................................. 21 

Figura 6 - Modelo exato transformador monofásico refletido ao primário ........ 25 

Figura 7 - Modelo aproximado de transformador refletido ao primário ............. 25 

Figura 8 - Diagrama fasorial de polos lisos ...................................................... 28 

Figura 9 - Diagrama fasorial de polos salientes ............................................... 29 

Figura 10 - Fluxograma de Newton-Raphson................................................... 36 

Figura 11 - Rede exemplo MATPOWER .......................................................... 38 

Figura 12 - Processo de geração do Circuit ..................................................... 47 

Figura 13 - Processo de geração do Transformer e Line ................................. 48 

Figura 14 - Processo de geração do Load e Capacitor .................................... 49 

Figura 15 - Processo de geração do Generator ............................................... 50 

Figura 16 - Fluxograma de execução da ferramenta ........................................ 51 

Figura 17 - Fluxograma de conversão e teste .................................................. 53 

Figura 18 - Tela inicial da ferramenta ............................................................... 54 

Figura 19 - Tela alerta de solicitação da rede no padrão ................................. 55 

Figura 20 - Conversão rede 33 barras em barramento infinito ......................... 56 

Figura 21 - Arquivo “.zip” rede 33 barras convertido ........................................ 56 

Figura 22 - Exemplo de tela rede não padrão MATPOWER ............................ 57 

Figura 23 - Parcial do arquivo de saída MATPOWER ...................................... 59 

Figura 24 - Sumário do fluxo de potência OpenDSS rede 33 barras ............... 59 



LISTA DE GRÁFICOS 

Gráfico 1 - Variação de potência absorvida em função da tensão ................... 24 

Gráfico 2 - Magnitude das tensões das barras ................................................. 60 

Gráfico 3 - Divergência percentual da magnitude da rede convertida .............. 60 

Gráfico 4 - Fase das tensões das barras ......................................................... 61 

Gráfico 5 - Divergência percentual da fase da rede convertida em relação a rede 

original .............................................................................................................. 62 

Gráfico 6 - Fluxo de potência ativa terminal 1 .................................................. 63 

Gráfico 7 - Fluxo de potência reativa terminal 1 ............................................... 63 

Gráfico 8 - Divergência percentual do fluxo de potência do terminal 1 da rede 

convertida em relação a rede original .............................................................. 63 

Gráfico 9 - Fluxo de potência ativa terminal 2 .................................................. 64 

Gráfico 10 - Fluxo de potência reativa terminal 2 ............................................. 64 

Gráfico 11 - Divergência percentual do fluxo de potência do terminal 2 da rede 

convertida em relação a rede original .............................................................. 65 

Gráfico 12 - Divergência percentual de perdas de potência da rede convertida 

em relação a rede original ................................................................................ 66 

Gráfico 13 - Perdas ativas e reativas acumuladas no sistema ......................... 67 

Gráfico 14 - Divergência percentual de perdas de potência acumulada da rede 

convertida em relação a rede original .............................................................. 67 

 

 

 

 

 

  



LISTA DE TABELAS 

 

Tabela 1 - Classificação das linhas .................................................................. 19 

Tabela 2 - Perdas ativas e reativas dos circuitos ............................................. 66 

 

 

 

 

  



LISTA DE ABREVIAÇÕES 

 

ANEEL Agencia Nacional de Energia Elétrica 

EPRI   Eletric Power Research Institute 

IEEE  Institute of Electrical and Electronic Engineers 

JNI  Java Native Interface 

MPC  MATPOWER Case 

OpenDSS The Open Distribution System Simulator 

P  Potência ativa 

PC  Power Conversion 

PD  Power Delivery 

PRODIST Procedimentos de Distribuição 

Q  Potência reativa 

RT  Relação de Transformação 

S  Potência aparente 

Sb  Potência Base 

SIN  Sistema Interligado Nacional 

V  Tensão 



SUMÁRIO 

1. INTRODUÇÃO .......................................................................................... 11 

1.1. Objetivos gerais ................................................................................ 11 

1.2. Objetivos específicos ....................................................................... 13 

1.3. Justificativa do trabalho ................................................................... 13 

1.4. Disciplinas relacionadas .................................................................. 13 

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................ 14 

2.1. Valores percentuais e por unidade .................................................. 14 

2.2. Modelos de elementos de sistemas elétricos ................................. 16 

2.2.1. Barras ........................................................................................... 16 

2.2.2. Linhas ........................................................................................... 18 

2.2.3. Cargas .......................................................................................... 22 

2.2.4. Transformadores .......................................................................... 25 

2.2.5. Geradores ..................................................................................... 27 

2.2.6. Capacitores .................................................................................. 30 

2.3. Matriz de admitância ......................................................................... 30 

2.4. Fluxo de potência .............................................................................. 32 

2.4.1. Método Gauss-Seidel ................................................................... 33 

2.4.2. Método Newton-Raphson ............................................................. 35 

2.5. Modelagem para o MATPOWER....................................................... 37 

2.5.1. Formato de dados ......................................................................... 37 

2.5.2. Branch – Branches (Ramificações) .............................................. 38 

2.5.3. Gen – Generators (Geradores) ..................................................... 39 

2.5.4. Loads (Cargas) ............................................................................. 39 

2.5.5. Shunt ............................................................................................ 39 

2.6. Modelagem para o OpenDSS ........................................................... 39 

2.6.1. Circuit ........................................................................................... 40 

2.6.2. Line ............................................................................................... 41 

2.6.3. Transformer .................................................................................. 42 

2.6.4. Load .............................................................................................. 43 

2.6.5. Capacitor ...................................................................................... 43 

3. METODOLOGIA ....................................................................................... 44 

3.1. Etapa 1 – Fundamentação teórica ................................................... 44 



3.2. Etapa 2 – Conversão de modelos .................................................... 45 

3.3. Etapa 3 – Algoritmos para conversão do modelo .......................... 47 

3.4. Etapa 4 – Criação do sistema DumpDSS ........................................ 50 

3.5. Etapa 5 – Testes de conversão ........................................................ 53 

4. RESULTADOS E VALIDAÇÕES .............................................................. 54 

4.1. Utilizando o DumpDSS ..................................................................... 54 

4.2. Conversão rede 33 Barras IEEE ....................................................... 58 

4.3. Fluxo de potência .............................................................................. 58 

4.4. Análise de tensões das barras ......................................................... 60 

4.5. Análise do fluxo de potência nas linhas ......................................... 62 

4.6. Análise das perdas de potência ....................................................... 65 

5. CONCLUSÕES ......................................................................................... 68 

REFERÊNCIAS ................................................................................................ 69 

APÊNDICE A – ARQUIVOS GERADOS REDE 33 BARRAS ......................... 71 

Arquivo “.dss” ............................................................................................. 71 

Arquivo “.txt” .............................................................................................. 75 

APÊNDICE B – ARQUIVOS DE SAÍDA REDE 33 BARRAS .......................... 76 

Arquivo de saída do MATPOWER .............................................................. 76 

Arquivo de saída do OpenDSS - TENSÕES .............................................. 79 

Arquivo de saída do OpenDSS - POTÊNCIAS .......................................... 81 

Arquivo de saída do OpenDSS - PERDAS ................................................ 84 

ANEXO A – FORMATO DE DADOS MATPOWER ......................................... 85 

ANEXO B – REDE 33 BARRAS MATPOWER ................................................ 88 

 

  



11 
 

 

1. INTRODUÇÃO 

O planejamento e a operação de sistemas elétricos de potência têm como 

finalidade atender ao contínuo crescimento da demanda de carga assim como 

suas variações diárias e sazonais. (ZANETTA JÚNIOR, 2005). 

Pode-se considerar como pertencentes aos sistemas elétricos de potência 

as indústrias de grande porte, as distribuidoras regionais de energia elétrica e 

todo Sistema Interligado Nacional (SIN). Manter esse sistema estável e confiável 

requer vários estudos contínuos e detalhados com previsões de ampliações, 

reforços e instalações de novos equipamentos em linhas de transmissão e 

distribuição, subestações e geração de energia. 

Um dos principais desses estudos é o fluxo de potência. Ele é utilizado 

para analisar sobrecargas no sistema, projetos de novas linhas de transmissão 

e distribuição, perdas nas linhas, desvios de potência, entre outros. A sua 

resolução é matematicamente complexa devido à grande dimensão do sistema 

elétrico, com sua infinidade de barras nas quais as linhas se conectam, exigindo 

uma matriz com muitos argumentos a serem calculados. 

Deste modo, os agentes de energia envolvidos utilizam ferramentas 

computacionais para resolver o fluxo de potência. Existem diversas ferramentas 

no mercado que oferecem modelos que não são compatíveis entre si, o que 

prejudica o intercâmbio de informações sobre os sistemas de potência entre os 

agentes e demais interessados. Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica 

(ANEEL), em 2015 haviam 63 concessionárias, 38 Permissionárias e 13 

Autorizadas, totalizando 114 agentes atuando no mercado de distribuição. 

Tratando do problema da falta de compatibilidade entre os modelos de sistemas 

de potência gerados por diferentes ferramentas de software, este trabalho elege 

as redes de distribuição como contexto e a ferramenta MATPOWER por sua 

relevância no mercado. O seu objetivo consiste no desenvolvimento de um 

sistema computacional capaz de converter redes elétricas modeladas a partir do 

MATPOWER para um modelo genérico do sistema de código aberto OpenDSS. 

1.1. Objetivos gerais 

 As análises de fluxo de potência são necessárias para manter um bom 

equilíbrio no sistema elétrico. Ele é utilizado para analisar sobrecargas no 



12 
 

 

sistema, projetos de novas linhas de transmissão e distribuição, estudos de 

perdas nas linhas, desvios de potência. 

A resolução do fluxo de potência é matematicamente complexa devido à 

grande dimensão do sistema elétrico, além da grande extensão métrica, temos 

milhares de barras nas quais as linhas se conectam exigindo uma matriz com 

muitos argumentos para serem calculados. Deste modo os agentes de 

distribuição de energia possuem suas redes elétricas modeladas em softwares 

autônomos que resolvem fluxo de potência. Em Geral estes softwares são 

comerciais, de alto valor econômico e de difícil integração com outros softwares. 

Cabe observar que existem versões acadêmicas de alguns desenvolvedores que 

fornecem licenças gratuitas, como o software ANAREDE1, porém há limitações 

no número de barras. Outros como o MATPOWER com licenças gratuitas, porém 

há necessidade de uma licença de Matlab para executar. Esta limitação dificulta 

a integração e o desenvolvimento de estudos de otimização das redes. 

Uma ótima ferramenta para este estudo é o The Open Distribution System 

Simulator – OpenDSS. Ele foi desenvolvido pela empresa Eletric Power 

Research Institute - EPRI com o objetivo de criar uma ferramenta que fosse 

possível modelar circuitos de distribuição de energia elétrica em uma linguagem 

de programação orientada a objetos, deste modo o trabalho de modelagens em 

complexas linguagens da época seria reduzido. O OpenDSS é um software livre 

e por este motivo pode ser utilizado e modificado por qualquer usuário sem gerar 

ônus ou qualquer obrigação legal com o desenvolvedor. 

Recentemente, através de nota técnica, a ANEEL propôs o 

aprimoramento da metodologia de cálculo de perdas na distribuição 

regulamentada no Módulo 7 do PRODIST2 que se aplica as distribuidoras de 

serviço público de energia. Essa proposta trata da alteração do cálculo das 

perdas técnicas através do fluxo de potência, abandonando os modelos 

simplificados para a aplicação de métodos detalhados e utilizando o OpenDSS 

como ferramenta padrão.  

                                            
1 Programa computacional para análise de sistemas elétricos de potência. 
http://www.cepel.br/produtos/anarede-analise-de-redes-eletricas.htm 
2 Procedimentos de Distribuição - PRODIST são documentos elaborados pela ANEEL e 
normatizam e padronizam as atividades técnicas relacionadas ao funcionamento e desempenho 
dos sistemas de distribuição de energia elétrica. 



13 
 

 

Devido à complexidade em modelar as redes elétricas, este trabalho 

propõe o desenvolvimento de um algoritmo que seja capaz de transferir os dados 

das redes elétricas reais de empresas e agentes modeladas a partir do 

MATPOWER para um modelo equivalente ao do sistema OpenDSS sem ser 

necessário a remodelação manual. 

1.2. Objetivos específicos 

Modelar redes elétricas no OpenDSS; 

Desenvolver um algoritmo capaz de converter redes reais do sistema 

padrão MATPOWER para o sistema OpenDSS; 

Validar a rede gerada pelo algoritmo. 

1.3. Justificativa do trabalho 

Devido à grande dimensão dos sistemas de distribuição temos redes 

elétricas de alta complexidade que tornam a modelagem severamente 

trabalhosa. Juntamente, a grande parte dos softwares que resolvem fluxo de 

potência possuem um alto valor comercial. Com este algoritmo temos uma rápida 

conversão para a ferramenta OpenDSS podendo assim ser simulado e analisado 

com maior agilidade e gratuitamente. 

1.4. Disciplinas relacionadas 

Como base teórica para este trabalho são usados os conhecimentos 

adquiridos nas disciplinas: 

 ANÁLISE DE SISTEMAS ELÉTRICOS DE POTÊNCIA; 

 PLANEJAMENTO, OPERAÇÃO E CONTROLE DE SISTEMAS 

ELÉTRICOS DE POTÊNCIA; 

 PROTEÇÃO E ESTABILIDADE DOS SISTEMAS ELÉTRICOS; 

 DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA; 

 SISTEMAS DE GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA; 

 TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA; 

 ANÁLISE E PROJETO DE SUBESTAÇÕES; 

 ALGORITMOS E PROGRAMAÇÃO; 

 MÁQUINAS ELÉTRICAS I; 

 MÁQUINAS ELÉTRICAS II. 



14 
 

 

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 

Este capítulo aborda os temas valores por unidade, modelos do sistema 

elétrico de potência, matriz de admitância, métodos de fluxo de potência, 

modelos do MATPOWER e modelos do OpenDSS. As seções 2.1 a 2.4 

apresentarão o detalhamento dos temas baseados na literatura de LEMOS 

(2008), MONTICELLI (2011), MOURA (2013), PAIVA (2011), PINTO (2014), 

ROBBA (2000) e ZANETTA JÚNIOR (2003 e 2005).  

2.1. Valores percentuais e por unidade 

 Os valores percentuais e valores por unidade, normalmente chamados de 

pu corresponde a uma escala de grandeza referenciada a alguma grandeza do 

sistema elétrico como, tensão, corrente, impedância e potência. A escala em pu 

é utilizada para facilitar os cálculos de sistemas elétricos, principalmente quando 

há transformadores. 

Para relacionar as grandezas do sistema elétrico dispomos de duas 

relações físicas: 

 𝑉 = 𝑍 ∗ 𝐼 

 

(1) 

 𝑆 = 𝑍 ∗ 𝐼 

 

(2) 

 Como premissa, definimos uma Potência Base (𝑆𝑏𝑎𝑠𝑒) e uma Tensão Base 

(𝑉𝑏𝑎𝑠𝑒) em que o sistema será referenciado. A 𝑆𝑏𝑎𝑠𝑒será sempre a mesma para 

todo sistema, já a 𝑉𝑏𝑎𝑠𝑒 dependerá da relação de transformação (RT) dos 

transformadores entre as barras. 

 Através destes valores fixados e das relações físicas podemos obter todas 

tensões e potências com uma relação percentual ou fracionária (pu) da base. 

 

 𝑉𝑏𝑎𝑠𝑒 = 𝑉   e    𝑆𝑏𝑎𝑠𝑒 = 𝑆 

 

(3) 

Deste modo, qualquer tensão pode ser expressa por: 

 

 
𝑣% =  

𝑉

𝑉𝑏𝑎𝑠𝑒
∗ 100 

(4) 



15 
 

 

 

 
𝑣 =  

𝑉

𝑉𝑏𝑎𝑠𝑒
 𝑝𝑢 

 

(5) 

Analogamente, para qualquer potência: 

 

 
𝑠% =  

𝑆

𝑆𝑏𝑎𝑠𝑒
∗ 100 

(6) 

   

 
𝑠 =  

𝑆

𝑆𝑏𝑎𝑠𝑒
 𝑝𝑢 

(7) 

 

Para corrente e impedância utilizamos as equações (1) e (2): 

 

 
𝐼𝑏𝑎𝑠𝑒 =  

𝑆𝑏𝑎𝑠𝑒

𝑉𝑏𝑎𝑠𝑒
 

(8) 

   

 
𝑍𝑏𝑎𝑠𝑒 =  

𝑉𝑏𝑎𝑠𝑒

𝐼𝑏𝑎𝑠𝑒
=  

𝑉²𝑏𝑎𝑠𝑒

𝑉𝑏𝑎𝑠𝑒
 

(9) 

 

Analogamente, qualquer corrente e impedância será expressa por: 

 

 
𝑧 =  

𝑍

𝑍𝑏𝑎𝑠𝑒
= 𝑍 ∗ 

𝑆𝑏𝑎𝑠𝑒

𝑉²𝑏𝑎𝑠𝑒

 𝑝𝑢 
(10) 

   

 
𝑖 =  

𝐼

𝐼𝑏𝑎𝑠𝑒
=  𝐼 ∗

𝑉𝑏𝑎𝑠𝑒

𝑆𝑏𝑎𝑠𝑒
 𝑝𝑢 

(11) 

 

Nos sistemas reais, geralmente conhecemos o valor de uma grandeza em 

pu numa determinada base e precisamos saber este valor em outra base. Para 

isso usamos o procedimento de Mudança de Base. Ele consiste em multiplicar o 

valor pu pela base que foi dada e dividir pela nova base, assim temos: 

 

 

 



16 
 

 

Tensão: 

 
𝑣′ =

𝑉

𝑉′𝑏𝑎𝑠𝑒
= 𝑣 ∗  

𝑉𝑏𝑎𝑠𝑒

𝑉′𝑏𝑎𝑠𝑒
 

(12) 

Corrente: 

 
𝑖′ =  

𝐼

𝐼′𝑏𝑎𝑠𝑒
= 𝑖 ∗

𝑆𝑏𝑎𝑠𝑒

𝑉𝑏𝑎𝑠𝑒
∗  

𝑉′𝑏𝑎𝑠𝑒

𝑆′𝑏𝑎𝑠𝑒
= 𝑖 ∗  

𝑉′𝑏𝑎𝑠𝑒

𝑉𝑏𝑎𝑠𝑒
∗  

𝑆𝑏𝑎𝑠𝑒

𝑆′𝑏𝑎𝑠𝑒
 

(13) 

 

Potência: 

 
𝑝′ =  

𝑃

𝑆′𝑏𝑎𝑠𝑒
= 𝑝 ∗ 

𝑆𝑏𝑎𝑠𝑒

𝑆′𝑏𝑎𝑠𝑒
 

(14) 

   

 
𝑞′ =  

𝑄

𝑆′𝑏𝑎𝑠𝑒
= 𝑞 ∗  

𝑆𝑏𝑎𝑠𝑒

𝑆′𝑏𝑎𝑠𝑒
 

(15) 

   

 
𝑠′ =  

𝑆

𝑆′𝑏𝑎𝑠𝑒
= 𝑠 ∗ 

𝑆𝑏𝑎𝑠𝑒

𝑆′𝑏𝑎𝑠𝑒
 

(16) 

 

Impedância: 

 
𝑧′ =  

𝑍

𝑍′𝑏𝑎𝑠𝑒
= 𝑧 ∗ 

𝑉²𝑏𝑎𝑠𝑒

𝑆𝑏𝑎𝑠𝑒
∗  

𝑆′𝑏𝑎𝑠𝑒

𝑉′²𝑏𝑎𝑠𝑒

=  𝑧 ∗  
𝑆′𝑏𝑎𝑠𝑒

𝑆𝑏𝑎𝑠𝑒
∗  (

𝑉𝑏𝑎𝑠𝑒

𝑉′𝑏𝑎𝑠𝑒
) ² 

(17) 

 

2.2. Modelos de elementos de sistemas elétricos  

Nesta seção são apresentados os conceitos e modelos matemáticos dos 

principais elementos do sistema elétrico de potência.  

2.2.1. Barras 

Em geral, o estudo de fluxo de potência utiliza o modelo da rede elétrica 

chamado barra-linha. As barras são consideradas os nós da rede elétrica e as 

linhas ou transformadores são os elos entre os nós. A figura 1 apresenta um 

exemplo de sistema elétrico tradicional. 

As barras consistem de condutores com resistência desprezível em 

comparação as impedâncias das linhas e dos transformadores. Deste modo 

podemos considerar uma única tensão em todo condutor. 

 



17 
 

 

Figura 1 - Modelo de sistema elétrico 

 
Fonte: Do autor 

 

 As barras em geral localizam-se em subestações e podem ser compostas 

por vários condutores interligados através de seccionadoras e disjuntores. 

 Para todas as barras do sistema são associadas quatro variáveis, módulo 

de tensão, ângulo de tensão, potência ativa e potência reativa. Destas quatro 

variáveis apenas duas delas conhecemos e através do fluxo de potência 

obtemos as outras duas. 

No estudo de fluxo de potência temos três modelos de barras, são elas: 

Barra de carga: A barra de carga tem como notação Barra PQ. Nesta barra 

conhecemos os valores de potência ativa (P) e potência reativa (Q). Através da 

resolução do fluxo de potência vamos obter a tensão (V) e ângulo (θ). 

Barra de geração: A barra de geração tem como notação Barra PV. Nela 

conhecemos os valores de potência ativa (P) e a tensão (V). Como incógnitas 

vamos obter potência reativa (Q) e o ângulo (θ) 

Barra slack: Esta barra também é conhecida como barra swing ou de 

referência. Temos como parâmetros a tensão (V) e o ângulo (θ). Como resultado 

final vamos obter as potências ativa (P) e reativa (Q). 



18 
 

 

2.2.2. Linhas 

As linhas de transmissão de energia são condutores que tem a finalidade 

de transportar energia elétrica das unidades geradoras para os sistemas de 

distribuição. 

Para o estudo de fluxo de potência são utilizados modelos matemáticos 

com as propriedades de resistência, indutância, capacitância e condutância da 

linha. Normalmente os problemas são representados no modelo π. Nesse 

modelo a linha, a impedância série e as admitâncias shunt então entre as barras, 

conforme figura 2. 

 

Figura 2 - Modelo π 

 
Fonte: LEMOS, 2008 

 

O modelo π é o modelo mais utilizado para representar o sistema 

(MONTICELLI, 2011), nele os comportamentos indutivo e resistivo estão 

associados em Z, que representa a impedância total da linha. Já o 

comportamento capacitivo está associado em Y, que representa a admitância 

total da linha. Estes parâmetros resultam das propriedades da linha pela sua 

extensão. 

 

 𝑍 = (𝑟 ∗ 𝑗𝑤𝑙) ∗ 𝑑 (18) 

   

 𝑌 = 𝑗𝑤𝑐 ∗ 𝑑 (19) 

   

 𝑤 = 2πf (20) 



19 
 

 

Onde f é a frequência em Hertz, r é a resistência por unidade de comprimento 

(Ω/km), l é a indutância por unidade de comprimento (H/km), c é a capacitância por 

unidade de comprimento (F/km) e d é o comprimento (km). 

 As linhas são classificadas em três modelos. Curtas, médias e longas 

conforme tabela 1. 

 

Tabela 1 - Classificação das linhas 

Tipo de linha Tensão da Linha Comprimento da linha 

Curta 

V < 150kV 80km 

150kV < V < 400kV 40km 

V > 400kV 20km 

Média 

V < 150kV 80km < L < 200km 

150kV < V < 400kV 40km < L < 200km 

V > 400kV 20km < L < 100km 

Longa Restante dos casos 

Fonte: Do autor 

 

Para as linhas curtas podemos desprezar as capacitâncias para o terra, 

ficando apenas com o modelo de uma impedância em série. 

 

Figura 3 - Modelo de linhas curtas 

 

Fonte: Do autor  

 

 𝑍 = 𝑅 + 𝑗𝑋𝐿 (21) 

   

 𝐼�̇� =  𝐼�̇� (22) 

   

 �̇�𝑆 =  �̇�𝑅 + 𝑍. 𝐼�̇� (23) 



20 
 

 

Quadripólo equivalente: 

 

 
[
𝑉𝑆

𝐼𝑆
] =  [

𝐴 𝐵
𝐶 𝐷

] . [
𝑉𝑟

𝐼𝑟
] (24) 

   

 𝑉𝑆 = 𝐴. 𝑉𝑟 + 𝐵. 𝐼𝑟 

𝐼𝑠 = 𝐶. 𝑉𝑟 + 𝐷. 𝐼𝑟 
(25) 

   

 𝐴 = 𝐷 = 1 

𝐵 = 𝑍(Ω) 

𝐶 = 0 

(26) 

 

 

As linhas médias normalmente são representadas pelo modelo π 

demostrado na figura 4. Este modelo vai nos trazer relações mais simplificadas 

para resolução do fluxo e terá uma boa precisão. 

 

Figura 4 - Modelo de linhas médias 

 

Fonte: Do autor 

 

 

 
𝐼�̇� =  (1 +  

𝑍. 𝑌

4
) . 𝑌. �̇�𝑅 +  (1 +

𝑍. 𝑌

2
) . 𝐼�̇� 

(27) 

   

 
�̇�𝑆 =  (1 +

𝑍. 𝑌

2
) . �̇�𝑅 + 𝑍. 𝐼�̇� 

(28) 

 



21 
 

 

Quadripólo equivalente: 

 
[
𝑉𝑆

𝐼𝑆
] =  [

𝐴 𝐵
𝐶 𝐷

] . [
𝑉𝑟

𝐼𝑟
] (29) 

   

   

 𝑉𝑆 = 𝐴. 𝑉𝑟 + 𝐵. 𝐼𝑟 

𝐼𝑠 = 𝐶. 𝑉𝑟 + 𝐷. 𝐼𝑟 
(30) 

   

   

 
𝐴 = 𝐷 = 1 +

𝑍. 𝑌

2
 

𝐵 = 𝑍(Ω) 

𝐶 = 𝑌. (1 +  
𝑍. 𝑌

4
) 

(31) 

 

 

As linhas longas geralmente são representadas pelo modelo exato, nele 

fornecemos os parâmetros indutivos e capacitivos exato, sem aproximações. 

 

Figura 5 - Modelo de linhas longas 

 

Fonte: Do autor 

 

 
𝑍𝑒𝑞 = 𝑍.

sinh(𝛾. 𝐿)

𝛾. 𝐿
(Ω) 

(32) 

   

 
𝑌𝑒𝑞 = 𝑌.

tanh(𝛾. 𝐿
2⁄ )

𝛾. 𝐿
2⁄

(S) 
(33) 



22 
 

 

Quadripólo equivalente: 

 
[
𝑉𝑆

𝐼𝑆
] =  [

𝐴 𝐵
𝐶 𝐷

] . [
𝑉𝑟

𝐼𝑟
] 

(34) 

   

 𝑉𝑆 = 𝐴. 𝑉𝑟 + 𝐵. 𝐼𝑟 

𝐼𝑠 = 𝐶. 𝑉𝑟 + 𝐷. 𝐼𝑟 
(35) 

   

 𝐴 = 𝐷 =  cosh 𝛾. 𝐿 

𝐵 = 𝑍𝐶 . sinh(𝛾. 𝐿) (Ω) 

𝐶 =  
sinh(𝛾. 𝐿)

𝑍𝐶
 (𝑆) 

(36) 

 

𝑍𝐶 =  √
𝑧

𝑦
                                                                 𝛾 =  √𝑧. 𝑦 

Impedância característica                        Constante de propagação 

 

2.2.3. Cargas 

As cargas associadas ao nosso sistema elétrico, tanto equilibradas como 

desequilibradas, são representadas por um conjunto de impedâncias complexas 

constantes. 

 A potência absorvida por uma carga vai depender da sua natureza e ela 

pode variar em função das tensões nela aplicada. Isto é, as variações da carga 

em questões resistivas, capacitivas e indutivas vão alterar essa potência. 

 Essa relação pode ser descrita por: 

 

 𝑃𝑓 = 𝑓1(𝑉𝑓)   ; 𝑄𝑓 = 𝑓2(𝑉𝑓) 

 

(37) 

Onde: 𝑃𝑓 equivale a potência ativa absorvida pela carga por fase; 

𝑄𝑓 equivale a potência reativa absorvida pela carga por fase; 

𝑉𝑓 é a tensão de fase aplicada a carga; 

𝑓1(𝑉𝑓), 𝑓2(𝑉𝑓) são funções que relacionam as potências ativas e reativas 

em função da tensão aplicada. 



23 
 

 

Dentre os vários modelos para representação do comportamento das 

cargas no sistema destacam-se: 

 

Cargas de potência constante com a tensão: Nesta representação as 

potências ativas e reativas permanecem constantes, o mesmo dos seus valores 

nominais. Deste modo a corrente absorvida pela carga com uma tensão qualquer 

é obtida conforme equação 40. 

 

 𝑆𝑁𝐹 =  𝑃𝑁𝐹 +  𝑗𝑄𝑁𝐹 =  𝑆𝑁𝐹∠𝜑 (38) 

   

 �⃗⃗�𝐹 =  𝑉𝐹∠𝜃1 (39) 

   

 
𝐼𝐹 =  

𝑆𝑁𝐹 ∗

𝑉𝐹 ∗
=  

𝑆𝑁𝐹∠ − 𝜑1

𝑉𝐹∠ − 𝜃1
=

𝑆𝑁𝐹∠ − 𝜑1 +  𝜃1

𝑉𝐹
 

(40) 

 

Cargas de corrente constante com a tensão: nesta representação o 

módulo da corrente absorvida e o fasor de potência permanecem constantes. 

Para obter esses valores necessitamos da potência ativa e reativa absorvida pela 

carga ao ser alimentada com a tensão nominal. Matematicamente temos: 

 

 
𝐼𝐹 =  

𝑆𝑁𝐹 ∗

𝑉𝐹 ∗
=  

𝑆𝑁𝐹∠ − 𝜑1

𝑉𝐹∠ − 𝜃1
=

𝑆𝑁𝐹∠ − 𝜑1 +  𝜃1

𝑉𝐹
= 𝐼𝑁𝐹∠ − 𝜑1 +  𝜃1 

(41) 

 

Para qualquer valor de tensão aplicado a carda a nova corrente será 

 

 𝐼𝐹 =  𝐼𝑁𝐹∠ − 𝜑1 +  𝜃1 (42) 

   

 𝜑𝑛𝑜𝑣𝑜 =  −𝜑1 +  𝜃1 (43) 

 

E a potência absorvida será: 

 

 𝑆𝑁𝐹 =  𝑉𝐹. 𝐼𝐹 ∗ =  𝑉𝐹∠𝜃1. (𝐼𝑁𝐹∠ − 𝜑1 +  𝜃1) ∗ =  𝑉𝐹. 𝐼𝑁𝐹∠𝜑1 (44) 

 



24 
 

 

Cargas de impedância constante com a tensão: Nesta representação a 

impedância da carga é constante e resulta das potências ativas e reativas 

absorvidas pela carga ao ser alimentada com a tensão nominal. Estes modelos 

normalmente estão associados a capacitores, equipamentos resistivos e cargas 

residenciais. 

 

 
�⃗�𝐶 = 𝑅 + 𝑗𝑋 =  

𝑉𝑁𝐹²

𝑆𝑁𝐹 ∗
=  

𝑉𝑁𝐹²

𝑆𝑁𝐹
∠𝜑 

(45) 

 

Para qualquer tensão aplicada a potência absorvida será: 

 

 
𝑆𝐹 =  

𝑉𝐹²

�⃗�𝐶 ∗
=  (

𝑆𝑁𝐹

𝑉𝑁𝐹²
) . 𝑉𝐹² =  𝑆𝑁𝐹. (

𝑉𝐹

𝑉𝑁𝐹
) ² 

(46) 

 

Para comparação dos modelos podemos observar o gráfico 1 que 

relaciona potência absorvida em relação a carga. 

 

Gráfico 1 - Variação de potência absorvida em função da tensão 

 
Fonte: Do autor 

 

A escolha do modelo a ser utilizado deve ser criteriosamente analisada 

com base no tipo de carga atendida na região de estudo. Geralmente em estudos 

de fluxo de potência é utilizado o modelo ZIP para toda a empresa ou uma 

determinada região de estudo. O modelo ZIP consiste em uma composição de 

combinações dos modelos acima descritos. 



25 
 

 

2.2.4. Transformadores 

Do mesmo modo que para linhas de transmissão, os transformadores são 

modelados através do circuito equivalente e equações matemáticas para o 

cálculo de fluxo de potência. 

Em sistemas de transmissão, os transformadores utilizados apresentam 

algumas semelhanças e outras diferenças quando comparados a outros tipos de 

transformadores. Em geral utilizamos modelos de transformadores de menor 

porte e em casos de grande porte podemos desprezar os efeitos de 

magnetização. 

A figura 6 ilustra o modelo do circuito equivalente exato de um 

transformador real com sua impedância refletida ao primário. Através deste 

modelo obtemos os parâmetros necessários para os cálculos das componentes 

equivalentes em circuito aberto. O modelo aproximado, representado na figura 

7, simplifica nossos cálculos para obtenção das componentes equivalentes para 

testes de curto-circuito.  

 

Figura 6 - Modelo exato transformador monofásico refletido ao primário 

 
Fonte: Do autor 

 

Figura 7 - Modelo aproximado de transformador refletido ao primário 

 
Fonte: Do autor 



26 
 

 

Temos que: 

 
𝑎 =  

𝑛1

𝑛2
 , 𝑛 é 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑒𝑠𝑝𝑖𝑟𝑎𝑠 

(47) 

Perdas entreferro são dadas por: 

 
𝑟𝑐 =  

𝑉1
2

𝑃0
 

(48) 

As correntes parasitas e de histerese são dadas por: 

 
𝐼𝑐 =  

𝑉1

𝑟𝑐
 

(49) 

A corrente de magnetização é dada por: 

 
𝐼𝑚 =  √𝐼1

2 −  𝐼𝑟𝑐
2  

(50) 

A reatância a vazio é dada por: 

 
𝑋𝑚 =  

𝑉1

𝐼𝑋𝑚

 
(51) 

A impedância equivalente é dada por: 

 
𝑍𝑒𝑞 =  

𝑉1

𝐼𝑒𝑞
 

(52) 

A resistência equivalente é dada por: 

 
𝑅𝑒𝑞 =  

𝑃𝑠𝑐

𝐼𝑠𝑐
2

 
(53) 

A reatância equivalente é dada por: 

 
𝑋𝑒𝑞 =  √𝑍𝑒𝑞

2 − 𝑅𝑒𝑞
2  

(54) 

 

 Em transformadores de três enrolamentos podemos ter potências 

nominais diferentes. Nestes transformadores expressamos as impedâncias em 

valores percentuais ou por unidade, tendo em base os valores nominais de seus 

próprios enrolamentos. 

 Para relacionar as impedâncias entre os enrolamentos podemos tomar 

como referência a tensão de um enrolamento e aferir a impedância dos 

enrolamentos, assim tempos que:  

 

 𝑍𝑝𝑠 =  (𝑍𝑝 + 𝑍𝑠) (55) 

   



27 
 

 

 𝑍𝑝𝑡 =  (𝑍𝑝 + 𝑍𝑡) (56) 

   

 𝑍𝑠𝑡 =  (𝑍𝑠 + 𝑍𝑡) (57) 

 

Onde 𝑍𝑝 é a impedância do primário, 𝑍𝑠 é a impedância do secundário e 

𝑍𝑡 é a impedância do terciário. 

Já se 𝑍𝑝𝑠, 𝑍𝑝𝑡 e 𝑍𝑠𝑡 forem medidas e referidas ao circuito primário, 

podemos obter: 

 
𝑍𝑝 =  

1

2
(𝑍𝑝𝑠 + 𝑍𝑝𝑡 − 𝑍𝑠𝑡) 

(58) 

   

 
𝑍𝑠 =  

1

2
(𝑍𝑝𝑠 + 𝑍𝑠𝑡 − 𝑍𝑝𝑡) 

(59) 

   

 
𝑍𝑡 =  

1

2
(𝑍𝑝𝑡 + 𝑍𝑠𝑡 − 𝑍𝑝𝑠) 

(60) 

 

2.2.5. Geradores 

Analisando o sistema elétrico mundial, vemos que praticamente toda a 

potência ativa consumida é gerada por meio de geradores síncronos. 

A potência no eixo do gerador é medida pelo produto da velocidade 

angular do rotor pelo torque mecânico fornecido por uma turbina a ele ligado. 

Essas turbinas podem ser do tipo hidráulica ou a vapor. Nas turbinas hidráulicas, 

a fonte primária de energia é a potencial, provida dos reservatórios de água. Já 

nas turbinas a vapor, é gerado vapor através da queima de combustíveis. 

 

Máquinas de polos lisos 

 

Através do diagrama fasorial da máquina de polos lisos, representado na 

figura 8, podemos obter as equações para as potências ativa e reativa do 

gerador.  

 

 



28 
 

 

Figura 8 - Diagrama fasorial de polos lisos 

 
Fonte: MONTICELLI (2011) 

 

 |𝑉𝑡| sin 𝛿 =  𝑥𝑠|𝐼| cos(∅ + 𝛿) (61) 

   

 |𝐸𝑓| − |𝑉𝑡| cos 𝛿 =  𝑥𝑠|𝐼| sin(∅ + 𝛿) (62) 

 

Ao multiplicar as equações anteriores por |𝑉𝑡|, obtemos: 

 

 |𝑉𝑡|2 sin 𝛿 =  𝑥𝑠|𝐼||𝑉𝑡| cos(∅ + 𝛿) (63) 

   

 |𝐸𝑓||𝑉𝑡| − |𝑉𝑡|2 cos 𝛿 =  𝑥𝑠|𝐼||𝑉𝑡| sin(∅ + 𝛿) (64) 

 

 Onde podemos obter: 

 

 𝑥𝑠
−1|𝑉𝑡|2 sin 𝛿 =  |𝐼||𝑉𝑡|(cos 𝛿 cos ∅ −  sin 𝛿 sin ∅) (65) 

 

 𝑥𝑠
−1(|𝐸𝑓||𝑉𝑡| − |𝑉𝑡|2 cos 𝛿) =  |𝐼||𝑉𝑡|(sin 𝛿 cos ∅ −  sin 𝛿 cos ∅) (66) 

 

Através de arranjo matricial podemos obter a potência ativa entregue pela 

máquina síncrona: 

 

 
𝑃 =  

|𝐸𝑓||𝑉𝑡|

𝑥𝑠
sin 𝛿 

(67) 



29 
 

 

E a Potência reativa: 

 

 
𝑄 =  

|𝐸𝑓||𝑉𝑡|

𝑥𝑠
cos 𝛿 −

|𝑉𝑡|2

𝑥𝑠
 

(68) 

 

Máquinas de polos salientes 

 

Podemos também através do diagrama fasorial obter as potências para o 

modelo de polos salientes, representado na figura 9. 

 

Figura 9 - Diagrama fasorial de polos salientes 

 
Fonte: MONTICELLI (2011) 

 

 |𝑉𝑡| sin 𝛿 =  𝑥𝑞𝐼𝑞  = 𝑥𝑠|𝐼| cos(∅ + 𝛿) (69) 

   

 |𝐸𝑓| − |𝑉𝑡| cos 𝛿 =  𝑥𝑑𝐼𝑑  =  𝑥𝑑|𝐼| sin(∅ + 𝛿) (70) 

 

Do mesmo modo, través de arranjo matricial podemos obter a potência 

ativa e reativa entregue pela máquina síncrona: 

 

 
𝑃 =  

|𝐸𝑓||𝑉𝑡|

𝑥𝑑
sin 𝛿 +  

1

2

𝑥𝑑 − 𝑥𝑞

𝑥𝑑𝑥𝑞

|𝑉𝑡|2 sin 2𝛿 
(71) 

 

 
𝑄 =  

|𝐸𝑓||𝑉𝑡|

𝑥𝑑
cos 𝛿 − |𝑉𝑡|2 (

sin2 𝛿

𝑥𝑑
+

cos2 𝛿

𝑥𝑞
) 

(72) 

 



30 
 

 

2.2.6. Capacitores 

Para o estudo de fluxo de potência a representação dos capacitores se 

devem a banco de capacitores instalados em subestações para compensação 

de reativos e também a capacitância das linhas de transmissão devido às suas 

propriedades. 

A reatância capacitiva 𝑋𝐶 de cada fase da linha corresponde a parte 

imaginária da impedância complexa em derivação ou shunt 𝑍𝑠ℎ da linha. Isto será 

dado conforme equação 73: 

 

 
𝑋𝑐 =  

1

𝑤𝐶
=  

1

2𝜋𝑓𝐶
 

(73) 

 

Onde 𝑓 é a frequência e 𝐶 a capacitância da linha 

A partir de 𝑋𝐶 calcula-se a susceptância da linha conforme equação 74: 

 

 
𝐵𝑠ℎ =  

1

𝑋𝑐
 

(74) 

Para o banco de capacitores será pela fórmula abaixo: 

 

 
𝐵𝐶 =  

𝑀𝑣𝑎𝑟

𝑘𝑉2. 1000
 

(75) 

 

Onde 𝑀𝑣𝑎𝑟 é a potência reativa do banco na escala Mega (10^6) e 𝑘𝑉2 é 

a tensão elevada ao quadrado. 

2.3. Matriz de admitância 

Sistemas de transmissão e distribuição de energia estão geograficamente 

dispersos envolvendo assim um grande número e variedade de componentes 

elétricos. Ao interligar estes componentes formam-se as redes elétricas, que 

para podermos analisar necessitamos de uma representação matemática 

adequada. Esta representação é feita através da forma matricial. 

 As redes elétricas são representadas de duas maneiras. Utilizando a 

matriz de impedância (Z), na qual é utilizada para cálculos de curto-circuito e 



31 
 

 

utilizando a matriz de admitância (Y), onde vamos utilizar para o fluxo de 

potência, que é o objeto de estudo. 

A matriz de admitância relaciona as tensões elétricas nodais com as 

correntes injetadas ao sistema através dos geradores. Assim sendo temos: 

 

 𝐼 = 𝑌 . 𝑉 (76) 

 

Onde: 𝐼 – Vetor de injeção de correntes na rede; 

 𝑉 – Vetor de tensão nodal nas barras; 

 𝑌 – Matriz de admitância nodal 

 

Assim a matriz Y será montada analisando duas partes, os elementos da 

diagonal principal e os elementos fora da diagonal principal. 

 

Elementos diagonal principal: 

Admitância própria - 𝑌𝑖𝑖, sendo i = 1:N barras. Soma de todas admitâncias 

conectadas à barra i. 

 

 
𝑌𝑖𝑖 =  𝑦𝑖0 +  ∑ (𝑦𝑖𝑘 + 𝑦𝑖𝑘𝑠ℎ

)

𝑛

𝑘=1

 
(77) 

 

Elementos fora diagonal principal: 

Admitância mútua -  𝑌𝑖𝑘, sendo k = 1:N barras {i ≠ k}. Negativo da soma de todas 

admitâncias conectadas entre as barras, i e k, e 𝑌𝑘𝑖 = 𝑌𝑖𝑘. 

 

 𝑌𝑖𝑘 =  −𝑦𝑖𝑘 (78) 

   

 

[𝑌𝑏𝑢𝑠] =  [

𝑦11 𝑦12 …
𝑦21 𝑦22 …

⋮ ⋮ ⋱
    

𝑦1𝑁

𝑦2𝑁

⋮
𝑦𝑁1 𝑦𝑁2    … 𝑦𝑁𝑁

] (79) 

 

  



32 
 

 

2.4. Fluxo de potência 

O cálculo do fluxo de potência ou fluxo de carga em uma rede de energia 

elétrica consiste em determinar as tensões complexas nas barras, a distribuição 

dos fluxos de potência (ativa e reativa) que fluem pelas linhas e transformadores 

e outras grandezas. 

Nesta resolução o sistema é considerado estático e representado por um 

conjunto de equações algébricas não-lineares. Essa representação é utilizada 

em situações que as variações da rede com o tempo são suficientemente lentas 

e assim podem ser desconsiderados os transitórios. 

Assim, podemos obter informações nas quais permitem determinar o 

estado operativo do sistema, se ele está operando adequadamente e ainda 

podendo indicar correções ou prevenções de situações inadequadas. 

Através da premissa de conservação das potências ativas e reativas em 

cada barra da rede obtemos as equações básicas para o cálculo de fluxo de 

potência. 

 

 𝑆𝑖𝑘 =  𝑃𝑖𝑘 +  𝑄𝑖𝑘 (80) 

 

 𝑃𝑖𝑘 =  (𝑎𝑖𝑘. 𝑉𝑖)
2. 𝑔𝑖𝑘 −  (𝑎𝑖𝑘. 𝑉𝑖). 𝑉𝑘. 𝑔𝑖𝑘. cos(𝜃𝑖𝑘 + 𝜑𝑖𝑘)

−  (𝑎𝑖𝑘. 𝑉𝑖). 𝑉𝑘. 𝑏𝑖𝑘. sin(𝜃𝑖𝑘 + 𝜑𝑖𝑘) 
(81) 

   

 𝑄𝑖𝑘 =  − (𝑎𝑖𝑘. 𝑉𝑖)
2. (𝑏𝑖𝑘 + 𝑏𝑖𝑘

𝑠ℎ)  +  (𝑎𝑖𝑘. 𝑉𝑖). 𝑉𝑘. 𝑏𝑖𝑘. cos(𝜃𝑖𝑘 + 𝜑𝑖𝑘)

−  (𝑎𝑖𝑘. 𝑉𝑖). 𝑉𝑘. 𝑔𝑖𝑘. sin(𝜃𝑖𝑘 + 𝜑𝑖𝑘) 
(82) 

 

Sendo:  

Linhas de transmissão – 𝑎𝑖𝑘 = 1 e 𝜑𝑖𝑘 = 0; 

Transformadores em fase – 𝑏𝑖𝑘
𝑠ℎ = 0 e 𝜑𝑖𝑘 = 0; 

Defasadores puros – 𝑏𝑖𝑘
𝑠ℎ = 0 e 𝑎𝑖𝑘 = 1; 

Defasadores – 𝑏𝑖𝑘
𝑠ℎ = 0. 

 

  



33 
 

 

2.4.1.  Método Gauss-Seidel 

O método de Gauss-Seidel consiste numa adaptação do algoritmo do 

ponto fixo, cujo princípio está em substituições sucessivas. 

Para uma barra qualquer do sistema precisamos definir a corrente que 

entra nesta barra: 

 
𝐼�̇� =  ∑ 𝑌𝑖𝑗 . �̇�𝑗

𝑛

𝑗=1

 
(83) 

Ou 

 
𝐼�̇� =  �̇�𝑖 ∑ 𝑌𝑖𝑗 − 

𝑛

𝑗=0

∑ 𝑌𝑖𝑗. �̇�𝑗

𝑛

𝑗=1≠𝑖

 
(84) 

 

Onde, 𝑌𝑖𝑗  é elemento da matriz 𝑌𝑏𝑢𝑠. 

 

 Na barra i, P e Q são: 

 

 𝑆𝑖 =  𝑃𝑖 +  𝑗𝑄𝑖 =  𝑉𝑖 . 𝐼𝑖
∗ (85) 

 

 

 𝑃𝑖 − 𝑗𝑄𝑖

𝑉𝑖
∗ =  �̇�𝑖 ∑ 𝑌𝑖𝑗 − 

𝑛

𝑗=0

∑ 𝑌𝑖𝑗 . �̇�𝑗

𝑛

𝑗=1≠𝑖

, para 𝑗 ≠  𝑖 (86) 

 

Neste caso a formulação matemática do fluxo de potência corresponde a 

um sistema de equações algébricas não lineares e deve ser resolvido por uma 

técnica interativa. 

A barra Swing é definida com um valor de tensão fixo (módulo e ângulo), 

assim, serão resolvidas 2(n-1) equações de modo interativo. 

Em condições normais de operação do sistema as tensões nas barras 

aproximam-se de 1,0 p.u. No geral, a magnitude das tensões nas barras de carga 

é levemente inferior à barra Swing, já nas barras de geração é levemente 

superior. Os ângulos de fase nas barras de cargas são menores que a Swing, já 

na geração, são ligeiramente maiores. 



34 
 

 

Deste modo, podemos definir inicialmente como 1∠0° como tensões 

iniciais. 

Para barras P-Q calculamos: 

 

 

𝑉𝑖
(𝑘+1)

=  

𝑃𝑖
𝑠𝑐ℎ − 𝑗𝑄𝑖

𝑠𝑐ℎ

𝑉𝑖
∗(𝑘) +  ∑ 𝑦𝑖𝑗. 𝑉𝑗

(𝑘)

∑ 𝑦𝑖𝑗
 , 𝑐𝑜𝑚 𝑗 ≠  𝑖. 

(87) 

 

Para barras P-V calculamos: 

 

 

𝑄𝑖
(𝑘+1)

=  − ℑ {𝑉𝑖
∗(𝑘)

[𝑉𝑖
𝑘. 𝑦𝑖𝑖 −  ∑ 𝑦𝑖𝑗 . 𝑉𝑗

(𝑘)

𝑛

𝑗=1≠𝑖

]} (88) 

   

 

𝑉𝑖
(𝑘+1)

=  

𝑃𝑖
𝑠𝑐ℎ − 𝑗𝑄𝑖

𝑠𝑐ℎ

𝑉𝑖
∗(𝑘) +  ∑ 𝑦𝑖𝑗. 𝑉𝑗

(𝑘)

∑ 𝑦𝑖𝑗
 

(89) 

Com j ≠ i. 

Como |𝑉𝑖| é conhecido a parte real é calculada por: 

 

 
(𝑒𝑖

(𝑘+1)
)

2

+  (𝑓𝑖
(𝑘+1)

)
2

=  |𝑉𝑖|² 
(90) 

   

 
𝑒𝑖

(𝑘+1)
=  √ |𝑉𝑖|2 −  (𝑓𝑖

(𝑘+1)
)

2

 
(91) 

   

 𝑉𝑖
(𝑘+1)

=  𝑒𝑖
(𝑘+1)

+  𝑓𝑖
(𝑘+1)

 (92) 

 

Após obtenção dos resultados comparamos os valores da interação atual 

com a anterior: 

 

 |𝑒𝑖
(𝑘+1)

− 𝑒𝑖
(𝑘)

| ≤  휀 (93) 

   



35 
 

 

 |𝑓𝑖
(𝑘+1)

− 𝑓𝑖
(𝑘)

| ≤  휀 (94) 

 

Caso 휀 = 0,00001 𝑎𝑡é 0,00005 𝑝. 𝑢. , o sistema convergiu e não são mais 

necessárias interações. Caso o valor seja superior devemos atualizar as tenções 

das barras com os valores obtidos na última interação e recalcular todas as 

barras. 

Após o sistema convergir, podemos calcular P e Q da barra Swing: 

 

 

𝑃𝑖
(𝑘+1)

=  ℜ {𝑉𝑖
∗(𝑘)

[𝑉𝑖
𝑘. 𝑦𝑖𝑖 −  ∑ 𝑦𝑖𝑗. 𝑉𝑗

(𝑘)

𝑛

𝑗=1≠𝑖

]} (95) 

   

 

𝑄𝑖
(𝑘+1)

=  − ℑ {𝑉𝑖
∗(𝑘)

[𝑉𝑖
𝑘. 𝑦𝑖𝑖 − ∑ 𝑦𝑖𝑗 . 𝑉𝑗

(𝑘)

𝑛

𝑗=1≠𝑖

]} (96) 

 

Com j ≠ i. 

 

Posteriormente a determinação das tensões de todas as barras, devemos 

calcular os fluxos de potência nas linhas que podem ser obtidas através das 

correntes que entram e saem das barras e as perdas pela soma algébrica das 

potências complexas entre as barras. 

2.4.2.  Método Newton-Raphson 

O método Newton-Raphson é um método interativo que aproxima um 

conjunto de equações não-lineares simultâneas por um conjunto de equações 

lineares usando expansão por séries de Taylor e os termos são restritos a 

aproximação de primeira ordem. 

Este método é matematicamente superior ao método anteriormente visto 

e possui uma integridade maior ao divergir em caso de sistemas mal 

condicionados. 

Devido a essa superioridade o método Newton-Raphson é mais eficiente 

para grandes sistemas de potência. A principal vantagem é que o número de 



36 
 

 

interações necessárias para obter a uma solução é independente do tamanho 

do problema, isso o torna computacionalmente mais eficiente. 

Diferente do método de Gauss-Seidel, que em base calculamos as 

tensões das barras, no método Newton-Raphson vamos calcular as variações 

de Potência Ativa e Reativa das barras com base em uma potência estipulada e 

para validar vamos verificar se esse Delta está nos limites aceitáveis. Em base 

o método é executado conforme a figura 10. 

 

Figura 10 - Fluxograma de Newton-Raphson 

 
Fonte: Do autor, com base em Zanetta Jr. (2006) 



37 
 

 

2.5. Modelagem para o MATPOWER 

O MATPOWER é um pacote de arquivos ".m" de licença gratuita em 

linguagem MATLAB de código aberto para resolver problemas de simulação e 

otimização de sistemas de energia em regime permanente, como fluxo de 

potência, fluxo de energia de continuação, fluxo de potência ótimo, entre outros. 

Foi desenvolvido com objetivo de ser uma ferramenta de simulação para 

pesquisadores e educadores, de fácil edição e utilização. 

Na modelagem da rede, a magnitude dos elementos é expressa em P.U. 

e o ângulo complexo em radianos. As barras são numeradas consecutivamente 

iniciando do número 1 e os geradores são reordenados pelo número do 

barramento. 

Todos os modelos e equações são apresentados no MATPOWER em 

forma de matriz e vetor. Isso se dá devido ao fato de utilizar o MATLAB como 

base de programação, e este possuir grandes capacidades no manuseio de 

matrizes e vetores. 

2.5.1. Formato de dados 

Os arquivos de dados utilizados pelo MATPOWER são arquivos MATLAB 

do tipo M-file (.m) ou MAT-file (.mat) que definem e retornam uma única estrutura 

padrão do MATLAB. 

O arquivo do tipo M-file nada mais é do que um arquivo de texto simples 

que pode ser editado em qualquer editor de texto padrão. Sua estrutura é 

composta dos campos baseMVA, bus, branch, gen e opcionalmente gecost, 

onde baseMVA é um escalar e os outros elementos são matrizes. 

Nestas matrizes cada lida linha corresponde a um único elemento, 

podendo ser um barramento, uma linha ou gerador. As colunas são semelhantes 

às do formato IEEE CDF (Common Data Format). 

Abaixo na figura 11 temos um exemplo de uma rede modelada no 

MATPOWER onde podemos observar as barras, linhas, geradores. No ANEXO 

A estão apresentados todos valores correspondentes as colunas das matrizes 

bus, gen e branch. 

 

  



38 
 

 

Figura 11 - Rede exemplo MATPOWER 

 
Fonte: Do autor 

2.5.2. Branch – Branches (Ramificações) 

Todas as linhas de transmissão, transformadores, defasadores são 

modelados com um common branch model. Ele consiste em um modelo Pi de 

linhas de transmissão, com impedância série  𝑍𝑆 =  𝑅𝑆 + 𝑗𝑋𝑆  e susceptância total 

𝑏𝐶. Os parâmetros 𝑅𝑆, 𝑋𝑆 e 𝑏𝐶 são representados diretamente nas colunas 

BR_R(3), BR_X(4), BR_B(5), na linha correspondente da matriz. Quando o 

branch representar um transformador temos os valores do TAP e da fase que 

estão nas colunas TAP(9) e SHIFT(10). 



39 
 

 

2.5.3. Gen – Generators (Geradores) 

Um gerador é modelado como uma injeção de energia complexa em um 

barramento específico. Para o gerador i, a injeção é: 

𝑆𝐺
𝑖 =  𝑃𝐺

𝑖 +  𝑗𝑄𝐺
𝑖  

Os equivalentes de MW e MVAr de 𝑃𝐺 e 𝑄𝐺 são especificados nas colunas 

PG(2) e QG(3), respectivamente, da linha i da matriz gen. 

2.5.4. Loads (Cargas) 

Cargas de potência constante são modeladas diretamente com a 

quantidade de potência ativa e reativa consumida na barra. Os equivalentes são 

representados nas colunas PD(3) e QD(4) respectivamente. 

Cargas de impedância constante são modeladas como elementos shunts, 

que serão descritos no item 2.5.5. 

2.5.5. Shunt 

Os capacitores e indutores são modelados diretamente conforme a 

admitância 𝑌𝑠ℎ =  𝐺𝑠ℎ +  𝑗𝐵𝑠ℎ do elemento conectado a barra. 

𝐺𝑠ℎ + 𝑗𝐵𝑠ℎ são especificados nas colunas GS(5) e BS(6), 

respectivamente, onde é informado o equivalente em MW (Consumido) e MVar 

(Injetado) em uma magnitude de tensão nominal de 1.0 P.U. e ângulo zero. 

 

2.6. Modelagem para o OpenDSS 

Softwares que resolvem fluxo de potência tais como o MATPOWER e o 

ANAREDE, é primeiramente criada as barras e depois os elementos são 

conectados a elas. No OpenDSS o processo é diferente, primeiramente 

devemos criar os elementos do sistema (transformadores, geradores, cargas, ...) 

e no próprio elemento dizemos em quais barras ele está conectado. 

A estrutura principal do OpenDSS é desenvolvida em Object Pascal 

usando o ambiente Delphi, outras estruturas para solução de matrizes esparsas 

são desenvolvidas em C e C++. Como o seu código fonte é aberto, é possível 

compilar para diversas plataformas. Ele possui integração com Windows, Linux, 

Mac OSX, Raspberry Pi, entre outros. Além disso é possível aplicações em Java 



40 
 

 

utilizar o OpenDSS através de JNI. Isso o torna uma aplicação muito flexível e 

econômica. 

Basicamente o OpenDSS trabalha com três modelos básicos: 

Primeiro modelo é o BUS (barra). O BUS pode conter N nós, onde o nó 

zero é o nó de referência para o software. O nó zero não necessariamente está 

sendo referenciado ao terra, essa definição pode ser feita pelo usuário ao efetuar 

a modelagem. 

O segundo modelo é o PD (Power Delivery). Os elementos referenciados 

a este modelo são elementos que recebem energia de um lado e transferem par 

o outro lado, por exemplo linhas, transformadores, capacitores.  Os elementos 

do tipo PD podem conter N terminais com N conectores em ambos os lados. Via 

de regra, cada terminal pode se conectar a apenas uma barra. Geralmente o PD 

é representado por uma matriz de admitância nodal. 

O último modelo é o PC (Power Conversion). São elementos que recebem 

ou geram energia, como por exemplo as cargas, geradores, equivalentes de 

Thevenin, entre outros. O PC contém um terminal que pode conter N conectores. 

 Para a criação de qualquer elemento no OpenDSS devemos utilizar o 

comando “New”. 

 Caso precisamos obter as informações de um elemento podemos utilizar 

o comando “dump tipoElemento.NomeElemento debug”. Este comando criará 

um arquivo com todas informações vinculadas ao elemento. 

 Dentre os caracteres especiais utilizados no OpenDSS, destacamos os 

seguintes: 

 “~” – Continuação da linha imediatamente acima. 

 “//” – Início de comentários que serão ignorados pelo software. 

 “!” – Início de comentário em linhas de comando. 

 “|” – Delimitador de linhas de matriz. 

 “.” – Delimitador de classe, objeto, nó ou barra. 

2.6.1. Circuit 

O elemento Circuit representa o equivalente da transmissão que será 

conectado a distribuição. Devemos informar qual a tensão de linha ou p.u. e para 

as impedâncias informamos os pares de potências (trifásica e monofásica), 



41 
 

 

pares das correntes ou das os pares das impedâncias. Este elemento sempre 

deve existir no OpenDSS, ele representa a barra Swing. Como exemplo temos: 

New circuit.Exemplo bus1=barra100 basekv=13.8 phases=3 

mvasc3=2000 mvasc1=2100 

Onde: 

New – Comando para criação de novo elemento. 

Exemplo – Nome dado para o elemento “circuit”. 

bus1 – Definição em qual barra ele está conectado, neste caso “barra100”. 

basekv – Tensão base do elemento, neste caso “13.8” sempre em kV. 

phases – Número de fases do elemento, neste caso “3” fases. 

mvasc3 – Potência de curto-circuito trifásico, neste caso “2000”. 

mvasc1 – Potência de curto-circuito monofásico, neste caso “2100”. 

2.6.2. Line 

Esse elemento representa as linhas elétricas. O OpenDSS utiliza o 

modelo π para representar as linhas. Neste elemento devemos fornecer os 

valores de R0, X0, R1 e X1, todos devem ser em Ohms/Km ou Ohms/mi, 

conforme a unidade de medida da linha, seu comprimento e a escala. Também 

é fornecido as capacitâncias shunt caso não sejam desprezíveis. Como exemplo 

temos: 

New line.Linha_Exemplo phases=3 bus1=barra100 bus2=barra200 

length=0.5 units=km 

~ r1=0.06 x1=0.10 r0=0.18 x0=0.40 c1=3 c0=1  

Onde: 

New – Comando para criação de novo elemento. 

Linha_Exemplo – Nome dado ao elemento “line” criado. 

phases – Número de fases do elemento, neste caso “3” fases. 

bus1 – Definição da barra DE, neste caso “barra100”. 

bus2 – Definição da barra PARA, neste caso “barra200”. 

length – Comprimento da linha, neste caso “0.5” unidades de medida. 

units – Unidade de medida, neste caso “km”. 

r0 – Resistência de Sequência Zero, em Ohms por unidade de medida. 

x0 – Reatância de Sequência Zero, em Ohms por unidade de medida. 



42 
 

 

c0 – Capacitância de Sequência Zero, em Ohms por unidade de medida. 

r1 – Resistência de Sequência Positiva, em Ohms por unidade de medida. 

x1 – Reatância de Sequência Positiva, em Ohms por unidade de medida. 

c1 – Capacitância de Sequência Positiva, em Ohms por unidade de 

medida. 

2.6.3. Transformer 

É utilizado para representar todos os tipos de transformadores. Ao 

modelar este componente devemos informar qual o tipo de ligação do 

transformador (delta ou estrela), as tensões no primário e secundário, além de 

Rm, Rs, Ls e Lm. Como exemplo temos: 

New transformer.Trafo_Exemplo xhl=6 windings=2 %loadloss=0.5 

%noloadloss=0.1 %imag=0.5 

~ wdg=1 bus=barra200 kv=13.8 kva=25 conn=wye 

~ wdg=2 bus=barra300 kv=0.22 kva=25 conn=wye 

Onde: 

New – Comando para criação de novo elemento. 

Trafo_Exemplo – Nome dado ao elemento “transformer” criado. 

xhl – Reatância Hi-Low percentual do transformador, neste caso “6”%. 

windings – Número de enrolamentos. 

%loadloss – Percentual de perda em carga em relação a potência 

nominal. 

%noloadloss – Percentual de perda a vazio em relação a potência 

nominal. 

%imag – Percentual da corrente de magnetização em relação a corrente 

nominal. 

wdg=1 – Início da descrição do primeiro enrolamento. 

bus=barra200 – Definição de qual barramento o enrolamento 1 está 

conectado. 

kv=13.8 – Definição da tensão do enrolamento primário. 

kva=25 – Potência do transformador, neste caso, “25”MVA. 

conn – Tipo de ligação do primário do transformador, neste caso “wye” 

(estrela). 



43 
 

 

2.6.4. Load 

Esse elemento representa as cargas do sistema. Ao criar devemos dizer 

qual é o modelo de carga (potência constante, impedância constante ou corrente 

constante), tipo de conexão (delta ou estrela), número de fases, a tensão 

nominal. Ainda devemos informar pelo menos dois entre potência ativa, potência 

reativa, potência aparente, fator de potência. Como exemplo temos: 

New load.Carga_Exemplo phases=3 model=1 bus=barra300 kv=0.22 

kw=10 kvar=4 conn=wye 

Onde: 

New – Comando para criação de novo elemento. 

Carga_Exemplo – Nome dado ao elemento “load” criado. 

phases – Número de fases do elemento, neste caso “3” fases. 

model – Modelo de carga, neste caso “1” potência constante. 

bus – Definição em qual barra ele está conectado, neste caso “barra300”. 

kv – Tensão de linha da carga. 

kw – Potência ativa da carga. 

kvar – Potência reativa da carga. 

conn – Tipo de ligação da carga, neste caso “wye” (estrela). 

2.6.5. Capacitor 

Esse elemento consiste em modelar bancos de capacitores. No OpenDSS 

ele será vinculado a alguma barra, normalmente é associado em paralelo. 

Devemos informar o número de fases, o barramento que está conectado e 

também a tensão de linha. Como exemplo temos: 

New Capacitor.cap_exemplo phases=3 bus1=barra400 kvar=100 kv=0.22 

Onde: 

New – Comando para criação de novo elemento. 

cap_exemplo – Nome dado ao elemento “Capacitor” criado. 

phases – Número de fases do elemento, neste caso “3” fases. 

Bus1 – Definição em qual barra ele está conectado, neste caso 

“barra400”. Como não está ligado a outra barra a conexão é em paralelo. 

kvar – Potência reativa injetada. 

kv – Tensão de linha. 



44 
 

 

3. METODOLOGIA 

Este trabalho propõe a construção de uma ferramenta que irá converter 

automaticamente redes elétricas de distribuição modeladas a partir do 

MATPOWER para um modelo genérico correspondente ao software OpenDSS. 

Para atingir o objetivo proposto foram necessárias várias etapas de estudos, 

programação e testes.  

3.1. Etapa 1 – Fundamentação teórica 

Inicialmente foi realizada a revisão bibliográfica necessária para o estudo 

do SEP, que inclui desde os valores por unidade, modelos dos elementos do 

SEP e métodos de fluxo de potência. Em seguida foi fundamental o estudo 

aprofundado da estrutura de modelagem e lógica do MATPOWER e do 

OpenDSS. 

Esses estudos possibilitaram a compreensão dos modelos apresentados 

nas seções 2.5 e 2.6. São análises fundamentais para gerar as lógicas da 

ferramenta proposta, que vão desde a validação do arquivo de entrada, até a 

entrega da rede convertida para o usuário. 

A validação do problema proposto foi desenvolvida através da busca 

sistematizada por artigos científicos utilizando o software “Harzing’s Publish or 

Perish”. Com ele foi possível definir algumas palavras-chave que são do 

interesse, podendo ser palavras no texto, autores, lugares de publicações, 

eteceteras. Com essas definições o software trabalha juntamente com 

mecanismos de busca para varrer e organizar os títulos mais semelhantes, 

ordenando-os por maiores citações em outros trabalhos e número de acessos. 

Tendo em vista a necessidade estudada, foram analisados trabalhos 

acadêmicos no contexto nacional que visam solucionar essa demanda através 

de pesquisa via Google Acadêmico com as palavras-chave "OpenDSS” e “fluxo 

de potência". Após a análise de 172 publicações, foram selecionadas 9 cujos 

títulos foram considerados relevantes. Ao estudar essas nove publicações foi 

possível concluir que não há trabalhos que satisfaçam essa demanda no Brasil. 

  



45 
 

 

3.2. Etapa 2 – Conversão de modelos  

Nesta etapa foram estudados como fazer a conversão de um modelo do 

MATPOWER para um modelo ou equivalente do OpenDSS. Com este estudo 

foram relacionados seis modelos. Circuit, que representa o equivalente de 

transmissão, Tranformer sendo os transformadores, Line sendo as linhas, Load 

sendo as cargas, Capacitor sendo os shunts e Generator os geradores. 

Circuit – Conforme estudado na seção 2.6, para qualquer rede modelada 

no OpenDSS é necessário existir um elemento Circuit (Item 2.6.1), que 

representa o equivalente de transmissão. 

Para modelar o elemento Circuit deve ser convertido os dados da barra 

de referência da rede do MATPOWER, que neste caso é indicada como uma 

barra do tipo “3”. Este valor está presenta na coluna 2 da matriz BUS.  

Será informado no modelo o número da barra, a tensão de base, a tensão 

de operação em p.u., e a potência base do sistema. 

Os parâmetros necessários para compor este elemento estão dispostos 

na matriz “mpc.bus” do MATPOWER, Tabela 1 do Anexo A, com exceção da 

potência base do sistema que é disposta diretamente através do 

“mpc.baseMVA”. 

Como padrão é definido que a rede a ser convertida trabalha com 

barramento infinito. Neste caso o modelo ainda é composto com pares 

complexos das impedâncias de sequência zero e positiva tendendo a zero. 

Tranformer – Para gerar um modelo equivalente de transformador no 

OpenDSS é analisado a matriz BUS do MATPOWER, onde verificamos se há 

alterações entre os valores da coluna 10 que corresponde a tensão de base da 

barra, e a matriz BRANCH, onde estão dispostas as ramificações. 

Na matriz BRANCH obtemos as barras que estão conectadas as bobinas 

do transformador. Esta indicação está disposta na coluna 1, representando o 

“DE” e na coluna 2, representando “PARA”. Também obtemos a impedância em 

relação do primário para o secundário, disposta na coluna 4. O TAP do 

transformador na coluna 9, a potência na coluna 6. 

Line – Para criar os modelos de linhas utilizamos basicamente o mesmo 

processo que é feito para os modelos de transformadores. 



46 
 

 

As linhas estão dispostas juntamente na matriz BRANCH, assim para 

diferir entre um transformador e uma linha devemos analisar alguns parâmetros 

na estrutura do MATPOWER.  

A primeira análise é feita na matriz BUS, verificando a tensão base entre 

as barras. 

Na matriz BRANCH podemos analisar o TAP (coluna 9) e a susseptância 

(coluna 5). 

Quando se trata de linhas o valor do TAP sempre é “1” e a susseptância 

tende a ser maior que zero. Já em transformadores a susseptância é sempre 

zero e o TAP tende ser diferente de “1”. 

Devemos ainda considerar se o circuito está ou não ativo, neste caso deve 

ser considerado o valor presente na coluna 11. 

Load – Para criar os modelos de cargas devemos analisar a matriz BUS 

do MATPOWER.  

Cargas de potência constantes são obtidas diretamente da coluna 3 e 

coluna 4, representando a potência ativa e reativa sucessivamente. Podendo 

algum dos valores ser nulo. 

Cargas de impedância constantes são obtidas diretamente da coluna 5 e 

coluna 6, representando a potência ativa e reativa sucessivamente. Neste caso, 

ambos os valores devem ser diferentes de zero. Caso o valor da coluna 5 seja 

nulo, este elemento na realidade é um Capacitor, representando por outro 

modelo. 

Capacitor – Os shunts de linha são obtidos diretamente da coluna 5 e 

coluna 6. A potência reativa injetada é fornecida na coluna 6. Devemos utilizar a 

coluna 5 e verificar que ela seja nula, assim temos a certeza que está sendo 

modelado um shunt de linha. Este processo pode ser feito juntamente com o 

Load pois utilizam os mesmos parâmetros. 

Generator – A criação do modelo de geradores utiliza a matriz GEN e a 

matriz BUS. Essa necessidade se dá devido ao modelo de gerador a ser 

utilizado. 

Ao analisar a matriz GEN necessitamos a barra que ele está conectado, 

representado na coluna 1, a potência ativa representada na coluna 2, máxima 



47 
 

 

potência reativa representada na coluna 4 e a mínima potência reativa 

representada na coluna 5. 

Devemos ainda usar a matriz BUS para verificar o tipo de barra que esse 

gerador está conectado. Caso seja uma barra do tipo PV, indicamos um gerador 

de modelo 3 no OpenDSS, que possui potência ativa e tensão constantes. Caso 

seja uma barra do tipo PQ, indicamos um gerador de modelo 1 no OpenDSS, 

que possui potência ativa e potência reativa constantes. 

3.3. Etapa 3 – Algoritmos para conversão do modelo 

Circuit – Para encontrar a barra correspondente ao Circuit deve ser 

percorrido as linhas da matriz BUS.  Este processo é feito através de um looping. 

O processo consiste numa captura linha por linha da matriz BUS e 

comparando a coluna 2 com o numeral inteiro “3”. Enquanto o valor for diferente 

ele pula para a próxima linha da matriz e compara com o novo valor. Ao encontrar 

o valor correto é iniciado o processo para gerar o modelo. Os dados necessários 

para compor o modelo estão na própria linha capturada. 

 

Figura 12 - Processo de geração do Circuit 

 

Fonte: Do autor 

 

Tranformer e Line – O processo para criar transformadores e linhas é 

feito no mesmo looping. A matriz BRANCH é percorrida linha a linha até o último 

elemento. 



48 
 

 

O processo começa capturando a linha da matriz BRANCH. Com os 

valores obtidos da coluna 1 e coluna 2 desta linha, são utilizados nos processos 

seguintes para obter as linhas correspondentes da matriz BUS comparados a 

coluna 1, isto é, são obtidos todos valores das barras correspondentes a esse 

ramo. 

Seguindo o processo é feita a comparação das tensões de base entre as 

barras, o TAP e a susseptância para definir se corresponde a um modelo de 

transformador ou uma linha, direcionando para o processo correspondente e já 

com todos os valores necessários para o modelo obtidos. 

 

Figura 13 - Processo de geração do Transformer e Line 

 
Fonte: Do autor 

 

Load e Capacitor – O processo para criar as cargas e shunts da rede é 

feito através de um único looping percorrendo toda a matriz BUS. 

O processo se dá capturando linha a linha da matriz BUS e são feitas três 

verificações condicionais nas colunas desta linha para definir se o elemento 

existe e caso sim criá-lo. A primeira verificação se dá nas colunas 3 e 4. Caso 



49 
 

 

seja satisfeita a condição é gerado um elemento Load do tipo potência constante. 

A segunda verificação se dá nas colunas 5 e 6. Caso seja satisfeita a condição 

é gerado um elemento Load do tipo impedância constante. A terceira verificação 

se dá nas colunas 5 e 6 novamente. Caso seja satisfeita a condição é gerado 

um elemento Capacitor. Todos os valores necessários para compor os 

elementos estão presentes na linha corrente do processo. 

 

Figura 14 - Processo de geração do Load e Capacitor 

 
Fonte: Do autor 

 

Generator – Os geradores são criados em um processo simples. A matriz 

GEN é percorrida totalmente através de um looping. 

O processo se dá capturando linha a linha da matriz GEN. No processo 

seguinte é utilizado o valor da coluna 1 da matriz GEN, que corresponde ao 

número do barramento, para obter a linha correspondente na matriz BUS 

comparados a coluna 1, que nesta temos todos os dados da barra. Este mesmo 

processo foi visto para transformadores e linhas. 

Ao concluir, é iniciado o processo de criar o elemento Generator. Neste 

processo é verificado o tipo da barra para alterar os parâmetros necessários. 



50 
 

 

Figura 15 - Processo de geração do Generator 

 
Fonte: Do autor 

 

3.4. Etapa 4 – Criação do sistema DumpDSS 

Da mesma forma que a maioria dos softwares que resolvem fluxo de 

potência, o OpenDSS utiliza um arquivo texto que contém rede elétrica modelada 

a ser resolvida. Este arquivo é composto pelos elementos vistos na seção 2.6. 

A ferramenta desenvolvida consiste em um algoritmo computacional para 

o qual foi definido como ambiente um sistema Web, composto de um servidor 

Linux Ubuntu3 executando PHP4 7.1 e Apache5 2.2. O algoritmo é descrito na 

linguagem de programação PHP junto com o framework Laravel 5.6. Este 

framework permite trabalhar de forma estruturada e rápida, facilitando a 

programação. O sistema é composto por diversas etapas para automação do 

processo de conversão conforme pode ser analisada na figura 16.  

Na tela inicial da ferramenta o operador entra com a rede para ser 

convertida, ao fornecer o arquivo, a ferramenta executa uma pré-verificação de 

compatibilidade do arquivo e informa qual é a barra swing do sistema. Caso haja 

incompatibilidades ele alerta o usuário e interrompe o processo, caso seja 

compatível solicita confirmação se a rede está modelada conforme os padrões 

do MATPOWER (ANEXO A). 

                                            
3 Sistema operacional software livre. 
4 Linguagem de programação interpretada. 
5 Servidor web livre. 



51 
 

 

Figura 16 - Fluxograma de execução da ferramenta 

 
Fonte: Do autor 



52 
 

 

Posteriormente é dado como opção para o usuário definir o modo de 

operação da barra Swing, opção de fazer donwload ou visualizar o arquivo 

convertido na tela. Ao ser selecionado uma das opções a ferramenta começa o 

processo de decodificação da rede fornecida pelo usuário. 

Primeiramente é feita uma varredura linha a linha do arquivo fornecido 

buscando os parâmetros conhecidos do modelo correspondente do 

MATPOWER. Estes modelos baseiam-se na estrutura básica vista no item 2.5.1.  

Através do modelo encontrado é associado o valor desta linha a matriz 

correspondente de dados simplificados que serão utilizadas no próximo 

processo para criação dos elementos do OpenDSS. 

Ao término da varredura do arquivo de entrada, inicia-se o processo de 

criação de dois arquivos. O primeiro o arquivo é de extensão “dss” e contém a 

rede convertida pronta para ser executada no software OpenDSS. O segundo 

arquivo que é um arquivo texto com informações de comentários do arquivo da 

rede original e outras anotações geradas pela ferramenta. 

Sequencialmente, a ferramenta executa múltiplos loopings com o objetivo 

de percorrer todas as matrizes geradas no processo anterior. Através dos 

estudos dos modelos do MATPOWER e OpenDSS foram projetados os blocos 

para capturar os valores necessários das matrizes e gerar os elementos 

equivalentes correspondentes no formato padrão do OpenDSS. 

Ao finalizar todas as matrizes, caso o usuário tenha optado em fazer o 

download da rede, a ferramenta cria um arquivo compactado “contendo os dois 

arquivos gerados, a rede convertida no formado “.dss” e o arquivo de 

informações no formato “.txt”, e efetua o download automático. Caso tenha 

optado por apenas visualizar, é apenas apresentado na tela do navegador a rede 

convertida, sem a opção do arquivo de comentário. Ao iniciar os trabalhos de 

programação foi necessário criar um nome para o projeto. O comando “dump” é 

muito utilizado no PHP e em bancos de dados para mostrar ou despejar valores. 

Associando a ideia de extrair dados arquivos de redes elétricas para gerar novos 

modelos para o OpenDSS, esta ferramenta foi batizada com o nome de 

DumpDSS. 

  



53 
 

 

3.5. Etapa 5 – Testes de conversão 

Para validação da ferramenta foram feitas análises comparativas entre os 

arquivos de saída da rede original e da rede convertida. Estas análises se 

basearam na comparação das tensões e ângulos das barras, fluxo de potência 

nos circuitos e as perdas de potência da rede. Estes arquivos são obtidos 

conforme pode ser observado na figura 17.   

O arquivo “exemplo.m” contém toda a estrutura da rede elétrica original. 

Este arquivo é utilizado como dados de entrada no DumpDSS, que irá gerar a 

rede convertida. É utilizado ainda no MATPOWER para obter os dados para 

serem analisados. Este processo é feito através da execução do fluxo de 

potência com o comando “runpf(‘nomedocaso’), onde nomedocaso é o valor 

associado a variável mpc da rede. 

 O arquivo “exemplo.dss” contém a rede elétrica convertida, isto é, um 

modelo equivalente a rede original na estrutura do OpenDSS. Este arquivo é 

utilizado como dados de entrada no OpenDSS para obter os dados para serem 

analisados. Este processo é feito através da execução do fluxo de potência com 

o comando “Solve”.  

 

Figura 17 - Fluxograma de conversão e teste 

 

Fonte: Do autor 



54 
 

 

4. RESULTADOS E VALIDAÇÕES 

Neste capítulo será apresentado a forma de utilizar o DumpDSS, os 

resultados da conversão da rede de distribuição, resultados do fluxo de potência 

da rede original e da rede convertida, análise das tensões das barras, análise do 

fluxo de potência da linhas e análise das perdas técnicas de potência. 

4.1. Utilizando o DumpDSS 

Ao acessar a ferramenta é permitido ao usuário ingressar com a rede no 

formato do MATPOWER. Este processo é feito clicando no botão “Escolher 

arquivo” conforme visto na figura 18. Após a seleção da rede pelo usuário a 

ferramenta inicia o processo de pré-verificação do arquivo selecionado. Este 

processo verifica a estrutura de dados da rede conforme o padrão do 

MATPOWER, analisando heuristicamente os blocos “mpc.”, versão e uma 

varredura em busca da barra Swing. Caso o arquivo disponibilizado não seja 

compatível é disparado um alerta na tela informando-o. 

 

Figura 18 - Tela inicial da ferramenta 

 

Fonte: Do autor 



55 
 

 

Se o arquivo atender os requisitos da pré-verificação, é disparado um 

alerta para o usuário solicitado se a rede está nos padrões dos formatos de 

dados do MATPOWER (ANEXO A) conforme a figura 19. 

 

Figura 19 - Tela alerta de solicitação da rede no padrão 

 

Fonte: Do autor 

 

Caso o usuário entrar com uma rede nos padrões, deverá ser selecionado 

a opção “Sim” e não há necessidade de ajustes manuais dos valores. 

Após selecionar a opção, é informado ao usuário qual a barra de 

referência da rede original e solicitado qual o modo de operação que a barra 

deve trabalhar, sendo fornecido 4 opções: 

 

1 – Barramento infinito, neste caso não há entrada de dados; 

2 – Informando os pares das impedâncias complexas; 

3 – Informando os pares das potências de curto-circuito; 

4 – Informando os pares das correntes de curto-circuito. 



56 
 

 

A figura 20 mostra a seleção de donwload da rede de 33 barras em modo 

barramento infinito. Esta rede está nos padrões do MATPOWER. 

Na figura 21 temos a visualização do arquivo de saída da ferramenta. Este 

é um arquivo compactado com extensão “.zip” tendo outros dois arquivos na sua 

composição, a rede convertida “case33bw.dss” e o arquivo de informações 

“case33bw_info.txt” gerados pela ferramenta com informações pertinentes da 

conversão. 

 

Figura 20 - Conversão rede 33 barras em barramento infinito 

 

Fonte: Do autor 

 

Figura 21 - Arquivo “.zip” rede 33 barras convertido 

 

Fonte: Do autor 

 



57 
 

 

Caso o usuário entre com uma rede que não está nos padrões de formato 

de dados do MATPOWER, deverá selecionar “Não” na opção da figura 19 e 

ajustar manualmente a escala que está sendo modelada. 

A figura 22 mostra uma rede não padrão, sendo necessário informar a 

escala da potência ativa, potência reativa, condutância shunt, reatância shunt e 

também se a matriz BRANCH está modelada em P.U. ou Ohms. Ainda na figura 

22, pode ser observado que a barra de referência vai operar com os limites das 

potências de curto-circuito. Com estas informações o algoritmo faz as 

conversões necessárias para evitar erros nos modelos. 

 

Figura 22 - Exemplo de tela rede não padrão MATPOWER 

 

Fonte: Do autor 

 



58 
 

 

4.2. Conversão rede 33 Barras IEEE 

Para validação da ferramenta foi elegida a rede de 33 barras apresentada 

no artigo de M. E. Baran e F. F. Wu (1989). Trata-se de uma rede radial de 

distribuição de energia composta por 1 gerador, 33 barras, 37 linhas e 32 cargas. 

Esta rede encontra-se modelada no formato de dados do MATPOWER 

(ANEXO B) e é disponibilizada juntamente com o pacote de arquivos do 

MATPOWER ao fazer o download. O processo de conversão e coleta de dados 

foi executado conforme seção 3.5.  

No Apêndice A estão os arquivos gerados pela ferramenta após a 

conversão. O primeiro arquivo com extensão “.dss” consiste na rede convertida 

e com este foi executado o fluxo de potência no OpenDSS. 

4.3. Fluxo de potência  

Inicialmente foi executado o fluxo de potência da rede original no 

MATPOWER. O método de cálculo utilizado é o Newton-Raphson. A figura 23 

mostra parte do arquivo de saída do MATPOWER (Apêndice B), ao analisarmos 

concluímos que a rede convergiu em três interações e levou o tempo de 0,05 

segundos para concluir o cálculo do fluxo de potência. Ainda são dispostas 

informações importantes sobre o sistema, como as quantidades de elementos, 

as potências combinadas destes elementos, entre outras como:  

 

Máxima tensão: 1,0 pu, localizada na barra 1; 

Mínima tensão: 0,913 pu, localizada na barra 18; 

Total de perdas ativas: 0,2 MW; 

Total de perdas reativas: 0,14 MVar. 

 

O processo seguinte se deu realizando a execução do fluxo de potência 

na rede convertida no OpenDSS. O método de cálculo utilizado é o Newton-

Raphson. A figura 24 apresenta o sumário após a resolução do fluxo de potência. 

Diferente do MATPOWER, as informações das tensões das barras, fluxo de 

potência nas linhas e outras informações são dispostas em arquivos 

separadamente conforme solicitado pelo usuário. Analisando, é possível concluir 

que a rede convergiu e foram necessárias três interações para resolver o fluxo 

de potência, ainda ressaltamos os valores: 



59 
 

 

Máxima tensão: 1,0 pu; 

Mínima tensão: 0,91738 pu; 

Total de perdas ativas: 0,186083 MW; 

Total de perdas reativas: 0,123776 MVar. 

Figura 23 - Parcial do arquivo de saída MATPOWER 

 
Fonte: Do autor 

 

Figura 24 - Sumário do fluxo de potência OpenDSS rede 33 barras 

 
Fonte: Do autor 



60 
 

 

4.4. Análise de tensões das barras 

Esta análise consiste em comparar as magnitudes e as fases de cada 

barra entre a rede original e a rede convertida. Após a execução do fluxo de 

potência das redes em suas respectivas plataformas, foram tratados os dados 

de saída (Apêndice B) e dispostos em gráficos de barras correspondentes. 

No gráfico 2 estão dispostos paralelamente a magnitude da tensão de 

todas as barras que compõe a rede. O gráfico 3 apresenta divergência 

percentual da magnitude da tensão em relação a rede original, isto é, qual é a 

proporção que a magnitude da tensão de cada barra da rede convertida está 

maior ou menor que a rede original. Consideramos para questão de validação 

que a tensão na rede convertida deve se manter o mais próximo da rede original. 

Neste caso a maior divergência foi de 0,477% correspondente a barra número 

18. A menor divergência, desconsiderando a barra de referência, foi de 0,003% 

correspondente a barra número 20. A média ficou em 0,236%. 

 

Gráfico 2 - Magnitude das tensões das barras 

 

Fonte: Do autor 

 

Gráfico 3 - Divergência percentual da magnitude da rede convertida 

 

Fonte: Do autor 

0,90

0,92

0,94

0,96

0,98

1,00

1,02

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33

M
A

G
N

IT
U

D
E 

(P
.U

.)

NÚMERO DA BARRA

MATPOWER OpenDSS

-0,2%

0,0%

0,2%

0,4%

0,6%

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33

NÚMERO DA BARRA



61 
 

 

No gráfico 4 estão dispostas a fase da tensão das barras da rede. 

Podemos observar um comportamento equivalente ao observado na magnitude, 

onde não há grandes elevações de valores. 

Gráfico 4 - Fase das tensões das barras 

 

Fonte: Do autor 

 

O gráfico 5 apresenta a divergência percentual da fase em da rede 

convertida em relação a rede original. O OpenDSS ao disponibilizar os dados do 

fluxo de potência para o usuário efetua um arredondamento nos valores da fase, 

disponibilizando apenas uma casa decimal. Como no MATPOWER temos quatro 

casas decimais para este valor, ocorre divergência elevada entre as redes 

através de erros de divisão. Ainda é possível observar que quando menor os 

valores, tanto para magnitude, quanto para fase, maior será essa divergência. 

Analisando essa situação de casas decimais foi efetuada uma nova 

análise teórica através do arredondamento científico para duas casas decimais 

no MATPOWER. Como pode ser observado, houve uma redução pouco 

significativa na divergência por se tratar de valores pequenos. 

Seguindo nesta análise, foi efetuado novamente o arredondamento 

mantendo-se apenas uma casa decimal para se igualar a condição do OpenDSS. 

Neste caso todos os valores de fase entre o OpenDSS e o MATPOWER ficaram 

iguais, considerando que não há divergência entre todos valores. Assim 

considera-se que a tensão e fase das barras do sistema estão dentro de valores 

aceitáveis e suficientemente precisos. 

 

-0,60

-0,40

-0,20

0,00

0,20

0,40

0,60

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33

FA
SE

 (
D

EG
)

NÚMERO DA BARRA

MATPOWER OpenDSS



62 
 

 

Gráfico 5 - Divergência percentual da fase da rede convertida em relação a 
rede original 

 

Fonte: Do autor 

 

4.5. Análise do fluxo de potência nas linhas 

Esta análise consiste em comparar o fluxo de potência ativa e reativa de 

dos terminais das linhas entre a rede original e a rede convertida. Após a 

execução do fluxo de potência das redes em suas respectivas plataformas, foram 

tratados os dados de saída (Apêndice B) e dispostos em gráficos de barras 

correspondentes. 

O gráfico 6 e o gráfico 7 apresentam o fluxo de potência ativa e reativa, 

respectivamente, no terminal 1 dos circuitos, isto é, a potência ativa e reativa que 

está entrando na linha. Nota-se que nos circuitos 33, 34, 35, 36 e 37 os valores 

estão nulos, isto se dá, pois, estes circuitos fazem parte da rede, mas estão fora 

de operação. 

Para questões de validação é esperado que o fluxo de potência da rede 

convertida (OpenDSS) seja o mais próximo possível da rede original 

(MATPOWER). O gráfico 8 apresenta a divergência percentual do fluxo de 

potência ativa e reativa do terminal 1 em relação a rede original, isto é, qual a 

proporção que a potência ativa e reativa de cada circuito da rede convertida está 

maior ou menor que a rede original. 

Em potência ativa a maior divergência foi de -7,11% no circuito 11 e o 

menor 0,00% no circuito 21. A média ficou em -4,24%. Em potência reativa a 

maior divergência foi de -7,00% no circuito 17 e o menor 0,25% nos circuitos 20 

e 21. A média ficou em -4,17%. 

-35,0%

-25,0%

-15,0%

-5,0%

5,0%

15,0%

25,0%

35,0%

45,0%

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33

NÚMERO DA BARRA

Sem arredondamento Com arredondamento *



63 
 

 

Gráfico 6 - Fluxo de potência ativa terminal 1 

 

Fonte: Do autor 

 

Gráfico 7 - Fluxo de potência reativa terminal 1 

 

Fonte: Do autor 

 

Gráfico 8 - Divergência percentual do fluxo de potência do terminal 1 da rede 
convertida em relação a rede original 

 

Fonte: Do autor 

0,0

500,0

1000,0

1500,0

2000,0

2500,0

3000,0

3500,0

4000,0

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10111213141516171819202122232425262728293031323334353637

P
O

TÊ
N

C
IA

 (
K

W
)

NÚMERO DA LINHA

MATPOWER OpenDSS

0,0

500,0

1000,0

1500,0

2000,0

2500,0

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10111213141516171819202122232425262728293031323334353637

P
O

TÊ
N

C
IA

 (
K

V
A

R
)

NÚMERO DA LINHA

MATPOWER OpenDSS

-7,5%

-6,0%

-4,5%

-3,0%

-1,5%

0,0%

1,5%

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32

NÚMERO DA LINHA

Potência Ativa Potência Reativa



64 
 

 

O gráfico 9 e o gráfico 10 apresentam o fluxo de potência ativa e reativa, 

respectivamente, no terminal 2 dos circuitos, isto é, a potência ativa e reativa que 

está saindo na linha. O gráfico 11 apresenta a mesma análise de divergência 

efetuada no terminal 1.  

Em potência ativa a maior divergência foi de -7,11% no circuito 17 e o 

menor 0,0% nos circuitos 20 e 21. A média ficou em -4,23%. Em potência reativa 

a maior divergência foi de -7,81% no circuito 12 e o menor 0,00% nos circuitos 

21 e 24. A média ficou em -4,22%. 

 

Gráfico 9 - Fluxo de potência ativa terminal 2 

 

Fonte: Do autor 

 

Gráfico 10 - Fluxo de potência reativa terminal 2 

 

Fonte: Do autor 

 

-4000,0

-3500,0

-3000,0

-2500,0

-2000,0

-1500,0

-1000,0

-500,0

0,0

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10111213141516171819202122232425262728293031323334353637

P
O

TÊ
N

C
IA

 (
K

W
)

NÚMERO DA LINHA

MATPOWER OpenDSS

-2500,0

-2000,0

-1500,0

-1000,0

-500,0

0,0

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10111213141516171819202122232425262728293031323334353637

P
O

TÊ
N

C
IA

 (
K

V
A

R
)

NÚMERO DA LINHA

MATPOWER OpenDSS



65 
 

 

Gráfico 11 - Divergência percentual do fluxo de potência do terminal 2 da rede 
convertida em relação a rede original 

 

Fonte: Do autor 

 

Os valores das divergências observadas nos gráficos 8 e 11 apresentam 

uma semelhança com os observados no gráfico 5, que se refere a fase das 

tensões das barras. Neste caso as potências ativas e reativas do MATPOWER 

são apresentadas em MW com apenas duas casas decimais de resolução, 

enquanto no OpenDSS são informados em kW com uma cada decimal de 

resolução. Ao efetuar o arredondamento científico dos valores do OpenDSS foi 

observado uma aproximação aos valores do MATPOWER, consequentemente 

a diminuição da divergência de todo sistema. 

As divergências apresentadas nos gráficos 8 e 11 estão relacionados a 

erros de resolução entre a disposição dos resultados das ferramentas. 

Entretanto essas divergências podem ser consideradas aceitáveis devido ao seu 

valor reduzido em relação aos valores absolutos observados nos gráficos 6, 7, 9 

e 10 e também considerando uma média aceitável. Assim considera-se que o 

fluxo de potência do sistema está dentro de valores aceitáveis. 

4.6. Análise das perdas de potência 

Esta análise consiste em comparar a potência ativa e reativa relativa as 

perdas técnicas entre a rede original e a rede convertida. Após a execução do 

fluxo de potência das redes em suas respectivas plataformas, foram tratados os 

dados de saída. A tabela 2 apresenta uma compilação das perdas ativas e 

reativas em cada linha de cada sistema. Por padrão os valores do MATPOWER 

são apresentados com prefixo mega, já no OpenDSS são apresentados com o 

prefixo kilo. 

-8,0%
-7,0%
-6,0%
-5,0%
-4,0%
-3,0%
-2,0%
-1,0%
0,0%
1,0%

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32

NÚMERO DA LINHA

Potência Ativa Potência Reativa



66 
 

 

Tabela 2 - Perdas ativas e reativas dos circuitos 

  MATPOWER OpenDSS   MATPOWER OpenDSS 

Linha P(MW) Q(MVar) P(kW) Q(kVar) Linha P(MW) Q(MVar) P(kW) Q(kVar) 

1 0,0122 0,0062 11,5668 5,8963 17 ND* ND* 0,0454 0,0356 

2 0,0518 0,0264 48,5896 24,7482 18 0,0002 0,0002 0,1609 0,1536 

3 0,0199 0,0101 18,2050 9,2716 19 0,0008 0,0007 0,8320 0,7497 

4 0,0187 0,0095 17,0254 8,6713 20 0,0001 0,0001 0,1007 0,1177 

5 0,0382 0,0330 34,7436 29,9923 21 ND* ND* 0,0436 0,0577 

6 0,0019 0,0063 1,7595 5,8161 22 0,0032 0,0022 3,1774 2,1711 

7 0,0048 0,0016 4,3722 1,4449 23 0,0051 0,0041 5,1368 4,0563 

8 0,0042 0,0030 3,7012 2,6591 24 0,0013 0,0010 1,2857 1,0060 

9 0,0036 0,0025 3,1347 2,2219 25 0,0026 0,0013 2,3269 1,1852 

10 0,0006 0,0002 0,4854 0,1605 26 0,0033 0,0017 2,9633 1,5087 

11 0,0009 0,0003 0,7693 0,2544 27 0,0113 0,0100 10,0101 8,8257 

12 0,0027 0,0021 2,3149 1,8213 28 0,0078 0,0068 6,9209 6,0293 

13 0,0007 0,0010 0,6312 0,8308 29 0,0039 0,0020 3,4329 1,7486 

14 0,0004 0,0003 0,3073 0,2735 30 0,0016 0,0016 1,3871 1,3708 

15 0,0003 0,0002 0,2416 0,1764 31 0,0002 0,0002 0,1853 0,2159 

16 0,0003 0,0003 0,2153 0,2875 32 ND* ND* 0,0114 0,0178 

Total 0,203 0,135 186,1 123,8 

Fonte: Do autor, com base nos dados Apêndice B (* Não disponível) 

 

O gráfico 12 apresenta a divergência percentual de perdas de potência 

ativa e reativa em relação a rede original, isto é, qual a proporção que a potência 

ativa e reativa referente a perdas técnicas de cada circuito da rede convertida 

está maior ou menor que a rede original.  

 

Gráfico 12 - Divergência percentual de perdas de potência da rede convertida 

em relação a rede original 

 
Fonte: Do autor 

 

-30,0%

-20,0%

-10,0%

0,0%

10,0%

20,0%

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32

NÚMERO DA LINHA

Potência Ativa Potência Reativa



67 
 

 

O gráfico 13 apresenta as perdas de potência ativa e reativa de todo 

sistema, isto é, a soma das perdas de potência de todos circuitos que compõe a 

rede. A rede original apresento uma perda de 203kW e 135kVar. Na rede 

convertida foi de 186kW e 124kVar. O gráfico 14 apresenta a divergência 

percentual de perdas acumuladas de potência ativa e reativa em relação a rede 

original. Assim a rede convertida apresentou uma diferença de -8,15% de perdas 

ativas e de -8,25% de perdas reativas em relação a rede original. 

 

Gráfico 13 - Perdas ativas e reativas acumuladas no sistema 

 
Fonte: Do autor 

 

Gráfico 14 - Divergência percentual de perdas de potência acumulada da rede 

convertida em relação a rede original 

 
Fonte: Do autor 

 

As divergências apresentadas nos gráficos 12 e 14 estão relacionados a 

erros de resolução entre a disposição dos resultados das ferramentas. Com uma 

maior resolução, o OpenDSS entrega valores com uma precisão mais elevada 

para o usuário. Assim considera-se que as perdas de potência do sistema estão 

dentro de valores aceitáveis.  

Não foi encontrado na literatura acadêmica outras redes de distribuição 

conhecidas na IEEE no formato do MATPOWER para realização de novos 

procedimentos, julgando-se a utilização da rede de 33 barras suficiente para 

validar a ferramenta através dos resultados obtidos. 

100
120
140
160
180
200
220

Perdas Ativas Perdas Reativas

P
O

TÊ
N

C
IA

 (
K

W
)

MATPOWER OpenDSS

-8,3%

-8,2%

-8,1%

-8,0%

Ativas Reativas



68 
 

 

5. CONCLUSÕES 

No sistema elétrico Brasileiro, as empresas que controlam as redes de 

distribuição utilizam softwares no auxílio da operação das mesmas e são 

realizados estudos como o fluxo de potência. Os modelos de redes gerados por 

esses softwares, entretanto, não são compatíveis entre si, o que impossibilita a 

portabilidade direta de uma rede de distribuição de uma plataforma de software 

para outra. 

Tratando do problema da falta de compatibilidade entre os modelos de 

sistemas elétricos de potência gerados por diferentes ferramentas de software, 

esse trabalho definiu o objetivo de converter redes elétricas no padrão do 

sistema MATPOWER para o sistema OpenDSS e foi alcançado através do 

desenvolvimento da ferramenta DumpDSS. Esta por sua vez cria elementos no 

padrão OpenDSS gerando a estrutura necessária da rede elétrica utilizando 

como base os dados da rede do sistema MATPOWER, efetuando assim a 

conversão fiel da rede original.  

A validação do DumpDSS iniciou com a conversão da rede de distribuição 

de 33 barras, posteriormente através da análise comparativa do fluxo de potência 

entre a original sendo executando o fluxo no MATPOWER, e a rede convertida 

pelo DumpDSS e sendo executado o fluxo no OpenDSS, obtendo resultados 

satisfatórios. 

Na análise dos resultados é observado uma divergência em todas 

medições. Isto se dá principalmente pela diferença de resolução na amostragem 

dos valores do fluxo de potência dentre as ferramentas. Outra possível causa, 

mas com menor magnitude, é a diferença na execução do método do fluxo de 

potência em cada ferramenta, pois podem haver pequenas variações na 

implementação que possam causar diferenças de valores. Entretanto essas 

divergências podem ser desprezadas devido ao seu valor reduzido em relação 

aos valores absolutos observados. Assim considera-se os valores do sistema 

estão dentro dos limites aceitáveis e suficientemente precisos. 

Propõe-se para trabalhos futuros abranger novas plataformas como 

ANAREDE, CYME6, entre outros. Também efetuar o processo inverso, 

convertendo redes do OpenDSS para outras plataformas. 

                                            
6 http://www.cyme.com/software/cymecymflow/ 



69 
 

 

REFERÊNCIAS 

ANEEL. Nota Técnica n° 0057/2014-SRD/ANEEL - Aprimoramento da 
metodologia de cálculo de perdas na distribuição regulamentada no 
Módulo 7 – Cálculo de Perdas na Distribuição do PRODIST. – 2014. 
Disponível em: 
<http://www2.aneel.gov.br/aplicacoes/audiencia/arquivo/2014/026/documento/n
ota_tecnica_0057_srd.pdf >. Acesso em: 19 abr. 2018. 

EPRI. Reference Guide - The Open Distribution System Simulator 
(OpenDSS). – 2018. Disponível em: 
<http://svn.code.sf.net/p/electricdss/code/trunk/Distrib/Doc/OpenDSSManual.pd
f>. Acesso em: 19 abr. 2018.  

LEMOS, João Ricardo Ferreira. Modelagem de linhas de transmissão para 
estudos de transitórios eletromecânicos. Rio de Janeiro, 2008. Monografia 
para obtenção do grau de bacharel em Engenharia Elétrica. Disponível em: 
<http://monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10001145.pdf>. Acesso 
em: 16 mai. 2018. 

BARAN, Mesut; WU, Felix. Network reconfiguration in distribution systems 
for loss reduction and load balancing. IEEE Transactions on Power Delivery, 
vol. 4, no. 2, pp. 1401-1407, Apr 1989. Disponível em: 
<http://doi.org/10.1109/61.25627 >. Acesso em: 31 ago. 2018.  

MONTICELLI, Alcir. Introdução a sistemas de energia elétrica. Alcir 
Monticelli e Ariovaldo Garcia. 2 ª edição – Campinas, SP: Editora da Unicamp, 
2011. 

MOURA, Adriano Aron Freitas de. Novo método e modelos para estudos de 
fluxo de potência e de curto-circuito / Adriano Aron - Freitas de Moura. – 
2013. 

PAIVA, José Pedro Sucena. Redes de energia eléctrica: uma análise 
sistémica. 3ª ed. Lisboa: IFT PRESS, 2011. 

PINTO, Milton de Oliveira. Energia Elétrica: geração, transmissão e 
sistemas interligados / Milton de Oliveira Pinto. – 1. ed. – Rio de Janeiro: 
LTC,2014. 

ROBBA, Ernesto João Robba. Introdução a sistemas elétricos de potência – 
Componentes simétricas. Carlos César Barioni de Oliveira, Hernán Prieto 
Schmidt, Nelson Kagan, Ernesto João Robba – 2 ª edição rev. e ampl. – São 
Paulo: Blucher, 2000. 

ZANETTA JÚNIOR, Luiz Cera. Fundamentos de Sistemas Elétricos de 
Potência / Luiz Cera Zanetta Jr – 1. ed. – São Paulo: Editora Livraria da Física, 
2005. 



70 
 

 

ZANETTA JÚNIOR, Luiz Cera. Transitórios eletromagnéticos em sistemas 
de potência / Luiz Cera Zanetta Jr – São Paulo: Editora da Universidade de 
São paulo, 2003. 

ZIMMERMAN, Ray Daniel; MURILLO-SÁNCHEZ, Carlos E. MATPOWER 
User’s Manual – Version 6.0. 2016. Disponível em: 
<http://www.pserc.cornell.edu/matpower/MATPOWER-manual.pdf>. Acesso 
em: 12 ago. 2018. 

ZIMMERMAN, Ray Daniel; MURILLO-SÁNCHEZ, Carlos E. MATPOWER: 
Steady-State Operations, Planning, and Analysis Tools for Power Systems 
Research and Education. IEEE Transactions on Power Delivery, vol. 26, no. 
1, pp. 12-19, Feb 2011. Disponível em: 
<https://doi.org/10.1109/TPWRS.2010.2051168>. Acesso em: 31 ago. 2018.  



71 
 

 

APÊNDICE A – ARQUIVOS GERADOS REDE 33 BARRAS 

 No processo de conversão são gerados dois arquivos. O primeiro arquivo 

com extensão “.dss” que corresponde a rede e o segundo arquivo com extensão 

“.txt” que corresponde ao arquivo de comentários e informações. 

Arquivo “.dss” 

 

// DumpDSS - Trabalho de Conclusão de Curso - ENG. Elétrica Univates 2018B // 
// Aluno: Tiago Scapin - Orientador: Prof.Me.Augusto Simon // 
// Rede convertida do arquivo case33bw.m em 13/11/2018 11:27:13  
 
clear 
 
New circuit.case33bw bus1=barra1 basekv=12.66 pu=1 baseMVA=100 Angle=-30 
~ Z0=[0.000000001 , 0.000000001] Z1=[0.000000001 , 0.000000001] 
 
 
New Line.linha1 phases=3 bus1=barra1 bus2=barra2 length=1.0 units=km 
~ r1=0.0922 x1=0.0470 b1=0 
~ enable=true 
 
New Line.linha2 phases=3 bus1=barra2 bus2=barra3 length=1.0 units=km 
~ r1=0.4930 x1=0.2511 b1=0 
~ enable=true 
 
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~ enable=true 
 
New Line.linha4 phases=3 bus1=barra4 bus2=barra5 length=1.0 units=km 
~ r1=0.3811 x1=0.1941 b1=0 
~ enable=true 
 
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~ r1=0.8190 x1=0.7070 b1=0 
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New Line.linha6 phases=3 bus1=barra6 bus2=barra7 length=1.0 units=km 
~ r1=0.1872 x1=0.6188 b1=0 
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~ r1=1.0440 x1=0.7400 b1=0 
~ enable=true 
 
New Line.linha10 phases=3 bus1=barra10 bus2=barra11 length=1.0 units=km 
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~ enable=true 
 
New Line.linha11 phases=3 bus1=barra11 bus2=barra12 length=1.0 units=km 
~ r1=0.3744 x1=0.1238 b1=0 
~ enable=true 
 
New Line.linha12 phases=3 bus1=barra12 bus2=barra13 length=1.0 units=km 
~ r1=1.4680 x1=1.1550 b1=0 
~ enable=true 



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New Line.linha13 phases=3 bus1=barra13 bus2=barra14 length=1.0 units=km 
~ r1=0.5416 x1=0.7129 b1=0 
~ enable=true 
 
New Line.linha14 phases=3 bus1=barra14 bus2=barra15 length=1.0 units=km 
~ r1=0.5910 x1=0.5260 b1=0 
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~ enable=true 
 
New Line.linha16 phases=3 bus1=barra16 bus2=barra17 length=1.0 units=km 
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~ enable=true 
 
New Line.linha17 phases=3 bus1=barra17 bus2=barra18 length=1.0 units=km 
~ r1=0.7320 x1=0.5740 b1=0 
~ enable=true 
 
New Line.linha18 phases=3 bus1=barra2 bus2=barra19 length=1.0 units=km 
~ r1=0.1640 x1=0.1565 b1=0 
~ enable=true 
 
New Line.linha19 phases=3 bus1=barra19 bus2=barra20 length=1.0 units=km 
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~ enable=true 
 
New Line.linha20 phases=3 bus1=barra20 bus2=barra21 length=1.0 units=km 
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~ enable=true 
 
New Line.linha21 phases=3 bus1=barra21 bus2=barra22 length=1.0 units=km 
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~ enable=true 
 
New Line.linha22 phases=3 bus1=barra3 bus2=barra23 length=1.0 units=km 
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~ enable=true 
 
New Line.linha23 phases=3 bus1=barra23 bus2=barra24 length=1.0 units=km 
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~ enable=true 
 
New Line.linha24 phases=3 bus1=barra24 bus2=barra25 length=1.0 units=km 
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~ enable=true 
 
New Line.linha25 phases=3 bus1=barra6 bus2=barra26 length=1.0 units=km 
~ r1=0.2030 x1=0.1034 b1=0 
~ enable=true 
 
New Line.linha26 phases=3 bus1=barra26 bus2=barra27 length=1.0 units=km 
~ r1=0.2842 x1=0.1447 b1=0 
~ enable=true 
 
New Line.linha27 phases=3 bus1=barra27 bus2=barra28 length=1.0 units=km 
~ r1=1.0590 x1=0.9337 b1=0 
~ enable=true 
 
New Line.linha28 phases=3 bus1=barra2