UNIVERSIDADE DO VALE DO TAQUARI 

CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA 

 

 

. 

 

 

 

 

ESTUDO DA INFLUÊNCIA DO AVANÇO E DA DILUIÇÃO DE FLUIDO 

BIOLUBRIFICANTE ISENTO DE ÓLEOS NA RUGOSIDADE NO 

TORNEAMENTO DO AÇO INOX AISI 304 

 

 

Regis Heitor Antes 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Lajeado, Junho de 2019 



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Regis Heitor Antes 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ESTUDO DA INFLUÊNCIA DO AVANÇO E DA DILUIÇÃO DO FLUIDO 

LUBRIRREFRIGERANTE NA RUGOSIDADE NO TORNEAMENTO DO 

AÇO INOX AISI 304 

 

 

Trabalho de Conclusão de Curso 

apresentada na disciplina de TCC II, do 

curso de Engenharia Mecânica da 

Universidade do Vale de Taquari, como 

avaliação da nota do semestre. 

Orientador: Prof. Dr. Guilherme Cortelini da 

Rosa 

 

 

 

 

 

 

  

 

 

Lajeado, junho de 2019 



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Regis Heitor Antes 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ESTUDO DA INFLUÊNCIA DO AVANÇO E DA DILUIÇÃO DO FLUIDO 

LUBRIRREFRIGERANTE NA RUGOSIDADE NO TORNEAMENTO DO 

AÇO INOX AISI 304 

 

 

 

A banca examinadora abaixo aprova o Trabalho de Conclusão de Curso apresentado 

na disciplina TCC II, na linha de formação específica de Engenharia Mecânica, da 

Universidade do Vale do Taquari – Univates, como parte da exigência para obtenção 

do grau de Bacharel em Engenharia Mecânica. 

 

 

 

Prof. Dr. Guilherme Cortelini da Rosa 

Universidade do Vale do Taquari 

 

Prof. Dr. Rafael Crespo Izquierdo 

Universidade do Vale do Taquari 

 

Prof. Me. Carlos Henrique Lagemann 

Universidade do Vale do Taquari 

 

 

 

 

 

 

 

Lajeado, Junho de 2019 



3 
 

 

RESUMO 
 

 

 No processo de torneamento há diversas variáveis de saída, sendo a 
rugosidade uma delas. A rugosidade pode ser definida com ressaltos e reentrâncias 
microgeometricos na peça. Padrões de rugosidade tem sido profundamente 
estudados, pois possuem interferência direta no acabamento visual e no acoplamento 
de peças. No torneamento a velocidade de corte, velocidade de avanço, profundidade 
de corte e o fluido refrigerante são variáveis de entrada do processo de torneamento 
e possuem uma grande influência sobre esta variável de saída, devido a isto, devem 
ser analisadas de forma independente para que se consiga definir a influência de cada 
um deles sobre a rugosidade. Para verificar esta influência, realizou-se um 
experimento fatorial bk, onde foram analisados todas as possibilidades de combinação 
entre as duas variáveis de entrada estudadas,sendo coletados 64 dados em 16 corpos 
de prova. Foram usados 4 níveis de velocidade de avanço, 0,12 mm/rot, 0,15 mm/rot, 
0,18 mm/rot e 0,21 mm/rot e 4 níveis da diluição do fluido de corte, usando 1 L de 
fluido em 8 L de água, 1 L de fluido em 10 L de água, 1 L de fluido em 12 L de água e 
1 L de fluido em 14 L de água. Após a análise dos dados concluiu-se então que uma 
maior quantidade de fluido de corte diluído na água não garante um menor grau de 
rugosidade pois foi com a diluição de 1 L de fluido em 14 L de água e com avanço 
0,12 mm/rot que se obteve os menores graus de rugosidade. Concluiu-se também que 
a velocidade de avanço tem maior influência na rugosidade do que o fluido 
lubrirrefrigerante.  
 

Palavras Chave – Rugosidade; Usinagem; Torneamento; Parâmetros de corte 

 

 

 
 
 
 
 



4 
 

 

ABSTRACT 

 

 

In turning process it has several output variables, one of them are the roughness. 
Surface roughness is the output variable studied in this process, and can be defined 
how microgeometric peaks and valleys on piece. Roughness pattern have been 
studied a lot, because the interference on the surface finish and the parts coupling. On 
turning process, the cut velocity, the advance velocity, the cut depth and the coolant 
are entrance variables of the turning process and have a big influence on the part 
superficial roughness, so is necessary to evaluate the influence of the entrance 
variables one by one. To verify the influence of the entrance variables, a fatorial bk 
were maded, all the possibilities of combination were analized and collected 64 data 
in 16 specimens. Were used 4 levels of advance velocity, 0,12 mm/rot, 0,15 mm/rot, 
0,18 mm/rot and 0,21 mm/rot and the cooling were prepared in 4 diferent dilutions,1 
liter from coolant in 8 liters from water, 1 liter from coolant in 10 liters from water, 1 liter 
from coolant in 12 liters from water and 1 liter from coolant in 14 liters from water. 
Analysing the date, were possible to concluse that greater amount of coolant, dont 
assure low roughness, because the less roughness degrees was obtained with the 
dilution 1 liter from coolant to 14 liter and the advance velocity 0,12 mm/rot. One more 
conclusion was that the advance velocity have more influence at the roughness than 
coolant. 

Keywords – Roughness; Machining; Turning; Cut parameters   
 
 

 



5 
 

 

LISTA DE ILUSTRAÇÕES 

 

 

Figura 1 -  Processo de usinagem ............................................................................. 13 

Figura 2 - Processo de Torneamento ........................................................................ 14 

Figura 3 - Parâmetros de usinagem .......................................................................... 15 

Figura 4 - Filme de óleo em meio a rugosidade superficial ....................................... 17 

Figura 5 - Rugosidade Média .................................................................................... 18 

Figura 6 - Rugosidade Média .................................................................................... 19 

Figura 7 - Rugosidade máxima ................................................................................. 19 

Figura 8 - Geometria da ferramenta de Corte ........................................................... 22 

Figura 9 - Gráfico de Pareto representando os problemas de uma empresa. ........... 24 

Figura 10 - Variação da rugosidade em função do avanço ....................................... 26 

Figura 11 - Suporte da peça fixado ao desempeno por meio de base eletromagnético.

 .................................................................................................................................. 29 

Figura 12 -  Montagem do sistema de medição de rugosidade ................................. 29 

Figura 13 - Torno Travis TR-1 XP ............................................................................. 30 

Figura 14 - Especificações da pastilha ...................................................................... 32 

Figura 15 - Classificação ISSO de pastilhas de corte ............................................... 33 

Figura 16 - Fluido lubrirefrigerante B90 ..................................................................... 33 

Figura 17 - Fluido de corte contaminado ................................................................... 34 

Figura 18 - Rugosimetro ............................................................................................ 35 

Figura 19 - Calibração do rugosimetro ...................................................................... 35 

Figura 20 - Gráfico da variação da rugosidade média Ra (μm) para avanço 0,12 mm/rot 

com a alteração na diluição do fluido lubrirefrigerante. ............................................. 37 

Figura 21 - Gráfico da variação da rugosidade média Ra (μm) para avanço 0,15 mm/rot 

com a alteração na diluição do fluido lubrirefrigerante. ............................................. 37 

Figura 22 - Gráfico da variação da rugosidade média Ra (μm) para avanço 0,18 mm/rot 

com a alteração na diluição do fluido lubrirefrigerante. ............................................. 37 

Figura 23 - Gráfico da variação da rugosidade média Ra (μm) para avanço 0,21 mm/rot 

com a alteração na diluição do fluido lubrirefrigerante. ............................................. 38 

Figura 24 - Gráfico da variação da rugosidade media Ra (μm) para diluição 1/8 com a 

variação da velocidade de corte ................................................................................ 38 

Figura 25 - Gráfico da variação da rugosidade media Ra (μm) para diluição 1/10 com 

a variação da velocidade de corte ............................................................................. 39 



6 
 

Figura 26 - Gráfico da variação da rugosidade media Ra (μm) para diluição 1/12 com 

a variação da velocidade de corte ............................................................................. 39 

Figura 27 - Gráfico da variação da rugosidade media Ra (μm) para diluição 1/14 com 

a variação da velocidade de corte ............................................................................. 39 

Figura 28 - Média da rugosidade Ra (μm) com variação na diluição do fluido 

lubrirefrigerante ......................................................................................................... 40 

Figura 29 - Gráfico de Pareto da rugosidade média Ra (μm) em relação as variáveis 

de entrada ................................................................................................................. 41 

Figura 30 -  Gráfico de Pareto da rugosidade media Ra (μm), do avanço 0,12 mm/rot 

com variação da diluição ........................................................................................... 42 

Figura 31 - Gráfico de Pareto da rugosidade media Ra (μm), do avanço 0,15 mm/rot 

com variação da diluição ........................................................................................... 42 

Figura 32 -  Gráfico de Pareto da rugosidade media Ra (μm), do avanço 018 mm/rot 

com variação da diluição ........................................................................................... 42 

Figura 33 -  Gráfico de Pareto da rugosidade media Ra (μm), do avanço 0,21 mm/rot 

com variação da diluição ........................................................................................... 43 

Figura 34 - Ra média (μm) com variação do avanço (mm/min) ................................ 43 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  



7 
 

 

LISTA DE TABELAS 

 

 

Tabela 1 - Ensaios realizados ................................................................................... 28 

Tabela 2 - Especificações técnicas da máquina ........................................................ 30 

Tabela 3 - Especificações da  ferramenta de Corte .................................................. 32 

Tabela 4 - Rugosidade média Ra (μm) com a variação da diluição do fluido 

lubrirefrigerante e avanço, desvio padrão, média e coeficiente de variação ............. 44 

 

 

 

 

 



8 
 

 

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 

 

 

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas 

CNC – Comando Numérico Computadorizado 

Fn – Velocidade de Avanço 

NBR – Norma Brasileira 

L – Litros  

Ra – Rugosidade Média 

Rmax – Rugosidade Máxima 

RPM – Rotações por minuto 

Vc – Velocidade de Corte 

Cv – Coeficiente de Variação 

S – Desvio Padrão 

Xmed – Média 

 



9 
 

 

SUMÁRIO 
 

 

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................ 10 

1.1 Objetivo Geral ................................................................................................ 11 

1.2 Objetivos Específicos ................................................................................... 11 

1.3 Justificativa .................................................................................................... 11 

1.4 Delimitação .................................................................................................... 12 

1.5 Estrutura ........................................................................................................ 12 

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ...................................................................... 13 

2.1 Torneamento .................................................................................................. 14 

2.2 Parâmetros de Usinagem ............................................................................. 14 

2.3 Rugosidade Superficial ................................................................................. 16 

2.3.1. Parâmetros da rugosidade.................................................................. 18 

2.4 Fluidos de corte ............................................................................................. 19 

2.5 Aços inoxidáveis e o aço AISI 304 ............................................................... 20 

2.6 Ferramentas de corte .................................................................................... 21 

2.7 Projeto de experimentos ............................................................................... 22 

2.8 Análise estatística ......................................................................................... 23 

2.9 Estado da arte ................................................................................................ 25 

3. MATERIAIS E MÉTODOS .............................................................................. 27 

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES .................................................................... 36 

5. CONCLUSÃO ................................................................................................. 46 

6. REFERÊNCIAS ............................................................................................... 48 

 

 

  



10 
 

 

1. INTRODUÇÃO 

 

 

Com o avanço das tecnologias, as empresas estão continuamente em busca de 

melhorias em seus processos, visando maior qualidade em seus produtos, otimização 

de tempo e principalmente aumento de eficiência aliado a baixos custos.  

De acordo com Ferraresi (1969), há dois processos básicos associados a 

trabalhos com metais, a conformação e a usinagem, sendo a usinagem classificada 

por Rebeyka (2016) como um processo onde há remoção de material, e por Fracaro 

(2017) como um processo que implica na redução de massa.  

O foco deste estudo é o processo de torneamento, que é definido por Ferraresi 

(1969) como a obtenção de superfícies de revolução com o auxílio de ferramentas 

monocortantes e complementado por Diniz (2013) como sendo movimento relativo 

entre ferramenta e peça dando forma a peça. No processo de torneamento, existem 

diversos parâmetros de entrada, como avanço, velocidade de corte, rotações por 

minuto, tipo de refrigerante, e diversos parâmetros de saída, como espessura do 

cavaco, forma do cavaco e rugosidade superficial. 

 Este trabalho tem por objetivo estudar  como a rugosidade é influenciada pela 

diluição do fluido lubrirefrigerante e a variação da velocidade de avanço. A rugosidade 

é definida por Machado et al. (2009) como sendo irregularidades superficiais 

associadas ao processo de corte, materiais ou problemas na fermenta de corte.  

Para análise da variação da rugosidade superficial, a Velocidade de Avanço (fn) 

e a diluição do fluido lubrirefrigerante serão variados para subsequente análise de 

correlação entre as variáveis de entrada com a variável de saída. 

 



11 
 

1.1 Objetivo Geral 

 

Analisar a influência da velocidade de avanço e da diluição de fluido de corte na 

rugosidade do aço inox AISI 304 usinado em Torno CNC. 

 

1.2 Objetivos Específicos 

 

Os objetivos específicos deste trabalho são os seguintes:  

1. Analisar a rugosidade superficial da peça obtida com a variação da velocidade 

de avanço e diluição do fluído refrigerante. 

2. Definir qual a diluição mais adequada para obtenção de um menor grau de 

rugosidade. 

3. Definir a velocidade de avanço indicada para a obtenção de determinados 

graus de rugosidade. 

 

1.3 Justificativa 

 

 As características do fluido lubrirrefrigerante e a velocidade de avanço tem 

influência direta na rugosidade superficial de peças usinadas, além do mais, a grande 

maioria dos fluidos utilizados tem grande potencial de poluição, o que não acontece 

com o fluido utilizado neste experimento, pois ele é isento de óleos.  

A rugosidade tem fundamental importância no acoplamento de peças, pois 

quanto maior o grau de rugosidade, maior será o atrito entre as partes do 

acoplamento, podendo dificultar a ação desejada. Um adequado grau de rugosidade 

melhora a lubrificação, quando ela é feita por meio de óleos, e possibilita um menor 

desgaste das peças, contudo em algumas situações se faz necessário um grau de 

rugosidade extremamente baixo para que o atrito seja minimizado ao máximo, como 

por exemplo em esferas de rolamentos, que necessitam ter um atrito de rolamento 

muito baixo e peças que realizam a vedação de líquidos, onde um grau de rugosidade 

mais alto pode ocasionar vazamentos. 

 



12 
 

1.4 Delimitação 

 

Todos os corpos de prova foram analisados, em 4 pontos entorno do seu eixo, 

com o intuito de verificar a variação da rugosidade com a alteração dos parâmetros 

estipulados, como a velocidade de avanço e variação da diluição do fluido de corte, 

definidos por proximidade com as indicações dos fabricantes.  A rotação foi mantida 

constante em 2000 RPM e a profundidade de corte em 0,5 mm. 

 

1.5 Estrutura 

  

Este trabalho está composto em 5 capítulos. O primeiro capítulo é composto 

pela introdução ao conteúdo estudado, enfatizando a importância dos parâmetros de 

corte e do uso de um fluido de corte apropriado para a obtenção de uma rugosidade 

superficial adequada, os principais objetivos do estudo, a justificativa pela escolha do 

conteúdo, o cronograma da realização dos experimentos e a estrutura. 

O referencial teórico é a composição do segundo capítulo, onde são 

apresentados os principais processos de usinagem, enfatizando o processo de 

torneamento torneamento e as variáveis do processo são apresentadas. 

O terceiro capítulo trata sobre os materiais e métodos utilizados para o 

desenvolvimento do trabalho. Neste capitulo também são apresentados os meios com 

que os dados vão ser coletados e analisados. 

No quarto capítulo, os resultados obtidos são apresentados, ocorrendo uma 

análise de possíveis causas e soluções para a resolução de problemas encontrados. 

O capitulo 5 é composto pela conclusão, onde é feito o fechamento do trabalho 

e apresentada um síntese sobre o que foi desenvolvido ao longo dos estudos. 

 

 

 

 

 



13 
 

 

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 

 

      

 Na indústria existem os mais diversos processos de fabricação, alguns deles 

mais empregados que outros. Um dos processos de fabricação mais utilizados na 

indústria metalmecânica é a usinagem, que pode ser dividido em vários tipos, 

como furação, fresamento e torneamento.    

 Na figura 1 é apresentado um processo de usinagem, que Ferraresi (1969) 

define como sendo aquela que ao conferir forma a peça, dimensões ou 

acabamento, ou qualquer combinação desses três itens, produz cavaco. Já para 

Fracaro (2017), o processo de usinagem consiste em redução de massa em 

relação a peça original, e o material resultante da remoção chamado de cavaco, 

sendo cavaco, segundo Rebeyka (2016), uma porção de material retirada com 

auxílio de uma ferramenta.     

Figura 1 -  Processo de usinagem 

 

 Fonte: Adaptado pelo autor com base em 

http://www.metalflow.pt/?page_id=885 



14 
 

O movimento de corte é um movimento relativo entre a peça e a ferramenta no 

qual sem o movimento de avanço, origina somente uma remoção de cavaco. 

(FERRARESI, 1969) 

A usinabilidade é outro fator importante no processo de usinagem, pois indica 

o desempenho da usinagem de um material, podendo ser definida pela capacidade 

da ferramenta, máquina ou material a ser usinado.(GEREZ MIGUEL, 2014) 

 

2.1 Torneamento 

 

O processo de torneamento é indicado para trabalhos com peças cilíndricas, 

onde a perfil pode ser produzido pelo processo de rotação da peça entorno do seu 

eixo. O deslocamento da ferramenta associada com a rotação da peça caracteriza o 

processo de torneamento. (REBEYKA, 2016). O processo de torneamento pode ser 

verificado na figura 2. 

Figura 2 - Processo de Torneamento 

Fonte: Adaptado pelo autor com base em https://www.mazak.com.br/ 

machines/product/turning/ 

 

2.2 Parâmetros de Usinagem 

 

Os parâmetros de usinagem (Fig. 3), estão diretamente ligados aos movimentos 

de usinagem, que são movimentos relativos entre a peça a ser usinada e a ferramenta 



15 
 

de corte, considerando a peça parada. Pode se descrever o movimento de corte 

também como sendo um movimento entre a peça e a ferramenta que resulta na 

remoção de um único cavaco. (DINIZ; MARCONDES; COPPINI, 2013) 

Figura 3 - Parâmetros de usinagem 

 

 Fonte: Adaptado pelo autor com base em   https://sistemas.eel.usp.br/docentes 

/arquivos/5840793/L OM3079/Power.pdf 

 

• Velocidade de Avanço (fn)  

 

Para Ferraresi (1969) , o avanço é o movimento entre a ferramenta e a peça 

que resulta na retirada continua de cavaco, já Diniz et al. (2013) descreve o avanço 

como sendo o percurso que a ferramenta percorre em cada volta da peça, ou em caso 

de ferramentas como brocas ou fresas, quanto a ferramenta percorre a cada volta 

entorno do próprio eixo.  

 Pode-se usar  também o avanço por dente, ou seja, o quanto a ferramenta 

avança sobre a peça dividido pelo número de dentes, no caso do fresamento. O 

avanço por dentes é importante pois cada dente remove um cavaco. (DINIZ; 

MARCONDES; COPPINI, 2013) 

  

• Velocidade de Corte (Vc) 

 

Segundo Ferraresi (1969) , a velocidade de corte é a velocidade instantânea 

do ponto de referência da aresta de corte da ferramenta. Já Rebeika  (2016) define 



16 
 

velocidade de corte como sendo a razão entre o espaço que a ferramenta percorre 

pelo tempo da operação. 

Em máquina onde há rotação da peça, a velocidade de corte é relacionada está 

relacionada com o RPM. (REBEYKA, 2016) 

𝑅𝑃𝑀 =  
1000 𝑥 𝑉𝑐

𝜙 𝑥 𝜋
                                                                                           (1)            

onde: 

RPM = Rotações por minuto 

Vc = Velocidade de corte  

Φ = Diâmetro 

 

• Profundidade de Corte (ap) 

 

É a profundidade de penetração da ferramenta na peça, medida 

perpendicularmente ao plano de trabalho, como mostrado na figura 4.(DINIZ; 

MARCONDES; COPPINI, 2013) 

 

2.3    Rugosidade Superficial 

 

A rugosidade é composta por irregularidades finas de ação inerente ao processo 

de corte, associados aos parâmetros de usinagem, materiais usinados ou problemas 

nas ferramentas ou máquinas. Análises estatísticas aplicados nos processos podem 

identificar contribuições relativas de cada um desses parâmetros na rugosidade.  

(MACHADO et al., 2009) 

A importância do acabamento superficial aumenta de acordo com a precisão de 

ajustes entre peças que necessitam ser acopladas, onde apenas as tolerâncias 

dimensionais não são o suficiente. A rugosidade superficial também tem grande 

influência na resistência a fadiga da peça, ou seja, quanto menor a rugosidade, maior 

será a resistência a fadiga, sendo essencial o controle em peças onde se tem atrito e 

desgastes.(AGOSTINHO; RODRIGUES; LIRANI, 1977) 



17 
 

Um dos principais exemplos da importância da rugosidade superficial é o motor 

a combustão, onde há uma interação direta entre o óleo de lubrificação com a 

rugosidade entre a parede do pistão e a camisa do bloco do motor, onde há movimento 

relativo entre ambos e uma camada de óleo para diminuição de atrito entre as duas 

superfícies. Se a espessura da camada de óleo for menor do que as saliências na 

peça haverá contato metal/metal, aumentando o desgaste e diminuindo a eficiência 

como pode ser visto na figura 4. (AGOSTINHO; RODRIGUES; LIRANI, 1977) 

Figura 4 - Filme de óleo em meio a rugosidade superficial 

 
 Fonte: Adaptado pelo autor  com base em Agostinho (1977, pg 

194) 

 O grau de rugosidade é especificado de acordo com a aplicação da superfície 

usinada, existem situações em que é desejado um grau de rugosidade extremamente 

baixo, como por exemplo em tubulações de escoamento de gases ou líquidos, para 

evitar a perda de carga durante o trajeto e também em superfícies que exigem um 

visual melhor, como brilho ou refletividade. Graus de rugosidade específicos também 

são desejados em algumas aplicações, principalmente em superfícies que necessitam 

ser lubrificadas, pois a adesão de óleo na superfície se faz necessária, sendo o grau 

de rugosidade muito baixo, o óleo ira escorrer e não realizará de forma adequada o 

seu trabalho, por outro lado, se a rugosidade for muito elevada, o óleo será depositado 

nos vales da rugosidade e os picos ficarão expostos, como pode ser visto na figura 4, 

acarretando no aumento do atrito e consequente aumento de desgaste da 

peça.(MACHADO et al., 2009) 

  



18 
 

2.3.1. Parâmetros da rugosidade 

A rugosidade é afetada por um grande número de variáveis, podendo ser 

examinada por diversos parâmetros. (MACHADO et al., 2009) 

• Parâmetros de amplitude: Determinados pela altura e profundidade dos 

picos e vales. 

• Parâmetros de espaço: Determinado pelo espaço do desvio. 

• Parâmetros híbridos: Determinado pela combinação dos parâmetros de 

amplitude e espaço. 

Dois sistemas básicos  de medição são adotados, o da linha media (Fig. 6) e o 

da envolvente, sendo o primeiro o mais utilizado. O sistema da linha média consiste 

em medir os picos e vales e traçar uma linha media entre eles, de forma que a área 

da rugosidade acima da linha media seja igual a área abaixo dela.  

• Rugosidade Media (Ra): Para calcular a rugosidade media , faz-se a média 

aritmética dos valores absolutos dos picos e vales, utilizando a equação 2. Como 

a rugosidade media é calculada usando valores absolutos, a linha Ra ficará situada 

acima da linha média, como pode ser visto na figura 5. 

𝑅𝑎 =  
1

𝑛 
 ∑ |𝑦𝑖|𝑛

𝑖=1                                                                                                                  (2) 

Figura 5 - Rugosidade Média 

 
Fonte: Adaptado pelo autor com base em  http://ctborracha.com/wp-
content/uploads/2014/ 10/Fig24-.png 

• Rugosidade Máxima (Ry) : Medida máxima dos picos e vales, onde a maior 

diferença entre picos e vales situados dentro de um comprimento amostral é a 

rugosidade máxima, indicada na figura 7.  



19 
 

• Rugosidade Total (Rt): É a diferença entre o pico mais alto e o vale mais profundo, 

podendo ser visto na figura 7. (AGOSTINHO; RODRIGUES; LIRANI, 1977; 

HAMMES; ROSA; WALKER, 2016) 

Figura 6 - Rugosidade Média 

 
Fonte: Adaptado pelo autor com base em http://moldesinjecaoplasticos. 
com.br/desvio-de-conformacao-e-sistemas-de-medicao-da-hrugosidade-acaba 
mento-superficial/ 

Figura 7 - Rugosidade máxima  

 
Fonte: Adaptado pelo autor com base em Hammes (2016, pg 143)  

 

 

2.4 Fluidos de corte 

 

Na usinagem, quando os fluidos de corte são aplicados apropriadamente, trazem 

diversos benefícios. A escolha deve ser feita de acordo com as adversidades 

encontradas no processo, analisando a composição química e as propriedades do 

fluido. Para um melhor aproveitamento dos benefícios do fluido de corte, ele deve ser 

aplicado o mais próximo possível da aresta de corte com o intuito de otimizar suas 

funções. Os primeiros testes foram realizados em 1894, quando agua foi aplicada na 



20 
 

região da aresta de corte, possibilitando um aumento de 33% na velocidade de corte, 

a partir deste momento.(MACHADO et al., 2009) 

Para altas velocidades é recomendado um fluido de corte com alta capacidade 

de refrigeração, pois são geradas altas quantidades de calor, que pode ser prejudicial 

para a superfície da peça e também diminuir a vida útil da ferramenta. Com a falta de 

refrigeração podem ocorrer pequenos acidentes, pois cavacos quentes podem ser 

lançados e podem ocorrer queimaduras ao manusear peças quentes. (REBEYKA, 

2016) 

De acordo com Machado et al. (2009), as principais funções do fluido de corte 

são:  

• Lubrificação 

• Refrigeração 

• Remoção de cavacos da zona de corte 

• Proteção contra oxidação 

Em baixas velocidades, quando a variação de temperatura é baixa, a 

refrigeração é quase sem importância, enquanto a lubrificação tem extrema 

importância, pois tem a função de diminuir o atrito e evitar a formação de aresta 

postiça. A remoção de cavacos tem maior importância em processos de furação, onde 

o fluido deve possuir uma viscosidade mais alta para cumprir melhor as suas funções. 

(MACHADO et al., 2009) 

  

2.5 Aços inoxidáveis e o aço AISI 304 

 

Para Modenesi (2001) os aços inoxidáveis são ligas ferrosas que contem cromo 

e níquel e alguns elementos de liga, sendo o cromo o principal elemento responsável 

pela resistência a corrosão. O cromo forma uma camada de oxido sobre a liga, inibindo 

a corrosão, essa camada protetora, também chamada de filme passivo, é formada 

espontaneamente quando o metal é exposto ao ar. Quando o filme passivo é 

destruído, e as condições impedem sua rápida regeneração, o aço inoxidável se torna 



21 
 

pouco resistente a corrosão. Modenesi (2001) caracteriza o aço AISI 304 com uma 

composição de Cromo que varia de 18% a 20%, e uma composição de Niquel que 

varia de 8% a 11%, sendo este o formador de austenita, e alguns elementos residuais 

como Manganes e silício. Já Baxter et al. (2008) caracteriza o aço inoxidável 304, 

como sendo um aço com 18% de cromo, 8% de níquel e até 0,08% de carbono.  

 O aço AISI 304 se enquadra na categoria de aços austeniticos, essa classe 

inclui as ligas de Fe-Cr-Ni, não podendo ser endurecidos por tratamento térmico. Os 

aços austeniticos são os mais utilizados. Os aços inoxidáveis austeniticos possuem 

um baixo limite de escoamento, uma grande ductilidade e um alto limite de resistência 

e a melhor soldabilidade entre os aços inoxidáveis.  

  

2.6 Ferramentas de corte 

 

As dimensões e a forma da ferramenta tem influência no desempenho da 

usinagem, contudo, a escolha adequada da ferramenta é de suma importância para o 

processo. 

O desempenho da usinagem depende muito da geometria da ferramenta de 

usinagem, caso seja usada uma geometria inadequada, os resultados esperados 

podem ser inadequados. Para que não ocorram problemas ocasionados por 

problemas com a geometria da ferramenta, os ângulos e arestas foram normalizados 

e definido um nomenclatura específica, nos estes apresentados na figura 8. A norma 

vigente no Brasil com relação aos ângulos das ferramentas de corte é a NBR-ISSO 

3002-1. (FRACARO, 2017) 

 

 

 

 

 

 



22 
 

Figura 8 - Geometria da ferramenta de Corte 

 
Fonte: Do autor 

A ferramenta é formada por uma ponta de corte, que tem por finalidade realizar 

a remoção do material e um suporte que serve como base para fixar a ponta em caso 

do uso de pontas intercambiáveis e também serve para fixar a ferramenta à máquina, 

o formato da ferramenta de corte sem ponta intercambiável usada em um torno pode 

ser visto na figura 6. (FRACARO, 2017) 

A ferramenta tem por finalidade penetrar no material por meio da aresta de corte 

na direção do corte e na direção do avanço, justificando a importância da geometria 

da ferramenta. (REBEYKA, 2016) 

 

2.7 Projeto de experimentos 

 

• Fatorial bk 

 

Todo estudo de experimentos envolve inúmeras variáveis para estudo. Uma 

forma de estudar uma variável isoladamente é alternando uma variável por vez, e 

manter as outras constantes. Um experimento fatorial tem elevada relevância no 

estudo da influência de determinados fatores sobre uma variável de saída, sendo que 

neste método, todas as combinações possíveis são avaliadas. (NEVES; 

SCHVARTZMAN, 2002) 



23 
 

De acordo com Hair et al. (2010), alguns passos são necessários para realizar 

uma análise fatorial: Formular um problema, determinar a metodologia de análise e o 

número de fatores e interpretar os fatores. (HAIR et al., 2010) 

No experimento fatorial bk, o “b” consiste no número de níveis que as variáveis 

podem assumir e “k” é o número de variáveis de entrada no processo. Se o 

experimento tiver duas variáveis que podem assumir 4 níveis cada uma delas, faz-se 

o cálculo de 42=16, sendo assim, serão necessárias 16 amostras para testar todas as 

possíveis combinações. (NEVES; SCHVARTZMAN, 2002) 

 

2.8 Análise estatística  

 

• Média aritmética 

 

A média aritmética é a soma de todos os dados, dividido pelo número de dados 

da amostra como indicado da equação 3. 

𝑋𝑚𝑒𝑑 =
∑ 𝑥𝑖

𝑛
𝑛=1

𝑛
                                                                                                          (3) 

 

• Variância e Desvio Padrão 

 

Desvio padrão (S) e Variância (Var), são cálculos de dispersão em relação a 

média dos dados e são boas mediadas caso haja uma distribuição normal.  

A variância pode ser calculada fazendo-se o somatório do quadrado do valor 

obtido menos a média (Xmed), dividido pelo número de dados da amostra, como 

mostrado na equação 4. Já o desvio , equação 5, é o quadrado da variância, sendo o 

desvio padrão uma variável de melhor interpretação em relação a variância pois a 

variância é uma função de segundo grau e o desvio padrão uma equação de primeiro 

grau. (BUSSAB; MORETTIN, 2010)  

𝑉𝑎𝑟 =
∑(𝑋𝑖−𝑋𝑚𝑒𝑑)2

𝑛−1
                               (4) 

𝑠 =  √𝑉𝑎𝑟                                      (5) 

 



24 
 

• Coeficiente de Variação 

 

Para realizar a comparação da variabilidade de um conjunto de dados, o 

Coeficiente de Variação (CV) pode ser utilizado. Para realizar o cálculo de CV, divide-

se o desvio padrão (S) pela média (Xmed) e multiplica-se o resultado obtido por 100 

para que o resultado final seja dado em porcentagem. (BUSSAB; MORETTIN, 2010) 

𝐶𝑉 =
𝑠

𝑋𝑚𝑒𝑑
∗ 100                         (6) 

 

• Gráfico de Pareto 

 

Joseph Juran desenvolveu o gráfico de Pareto a partir de alguns resultados 

obtidos por Vilfredo Pareto e por Max O. Lornz. Pareto e Max realizaram alguns 

estudos em bancos, onde verificaram que 80% do dinheiro pertencia a apenas 20% 

das pessoas. Juran transcendeu os resultados dos estudos de Pareto para problemas 

de qualidade, e identificou que a maioria dos problemas vinham de poucas causas.  

Plotando um gráfico foi possível visualizar os problemas de maior importância (Fig 9), 

possibilitando focar nos problemas com maior grau de influência no processo 

produtivo. (SELEME; STADLER, 2010) 

Figura 9 - Gráfico de Pareto representando os problemas de uma empresa. 

 

Fonte: Adaptado pelo autor em http://themonsterbug.blogspot.com/2011/08/tdc-

2011-trilha-de-testes.html 

 

http://themonsterbug.blogspot.com/2011/08/tdc-2011-trilha-de-testes.html
http://themonsterbug.blogspot.com/2011/08/tdc-2011-trilha-de-testes.html


25 
 

2.9 Estado da arte 

 

Diversos trabalhos de estudo da rugosidade de vários materiais já foram 

realizados, com diferentes métodos de análise aplicados, pois há múltiplas variáveis 

envolvidas no processo. Há trabalhos que usam ferramentas de corte dos mais 

diversos formatos, outros utilizam apenas um formato de ferramenta com variação na 

velocidade de corte. Diferentes variáveis de saída são analisados como vibração, 

rugosidade, ruído, vibração, etc.  

Gerez Miguel (2014), com o objetivo de melhorar um processo de usinagem 

específico, utilizou uma barra de aço c-45 trefilado com diâmetro 22,35, cortados com 

200 mm de comprimento e fixados na placa do torno CNC de forma que 66 mm do 

corpo de prova ficassem para fora da placa. O bedâme VBMT 331 foi fixado no porta 

ferramentas de forma que ficasse 12,45 mm projetado para fora do suporte, e o 

suporte foi preso no porta ferramentas ficando 35 mm projetado para fora. 

Para usinar a peça Gerez Miguel (2014) realizou 3 faceamentos com 1 mm cada, 

e desbastou com profundidade de 0,1mm, 60 mm do corpo de prova. Também foram 

realizadas entradas radiais na peça até o diâmetro de 10 ou 14mm. 

Hammes (2016) utilizou 9 corpos de prova de aço SAE 1045 com diâmetro de 

25,4mm, todos os corpos de prova foram faceados e feitos furos de centro pra ajudar 

na fixação da peça. Foi realizado um ensaio de dureza Brinell, obtendo um resultado 

de 246 HB. Ao contrário de Gerez Miguel (2014), Hammes (2016) utilizou um torno 

convencional em seu estudo.  

Para a realização do estudo, Hammes (2016) fez uso de ferramenta CCMT 

120408, usinando 100mm no comprimento dos corpos de prova, variando a 

profundidade de corte entre 1mm e 2 mm, e usando 3 parâmetros de avanço, 0,15; 

0,30 e 0,45 mm/rot, totalizando os 9 experimentos. Finalizados os experimentos, foi 

feito um estudo de rugosidade nos corpos de prova e os dados submetidos a uma 

análise estatística.  

Gerez Miguel (2014), usou como variável de entrada o avanço em 4 níveis 

diferentes, como pode ser visto na figura 10, a rugosidade média (Ra) e a rugosidade 



26 
 

máxima (Rmax) foram estudadas para determinar a influência do avanço sobre a 

rugosidade. Com o estudo, o autor concluiu que a rugosidade media diminui de 4,843 

μm para 3,946 μm, quando se aumenta a velocidade de avanço de 0,03 mm/rot até 

0,05 mm/rot, porém a rugosidade média aumenta para 4,942 μm quando o avanço é 

0,06 mm/rot. Para Hammes (2016), o avanço de 0,03 mm/rot apresentou os melhores 

resultados.  

Figura 10 - Variação da rugosidade em função do avanço 

 

Fonte: Gerez Miguel (2014, pg 62) 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  



27 
 

 

3. MATERIAIS E MÉTODOS 

 

 

Para a realização do experimento, foi utilizada uma barra de diâmetro 25,4 mm 

usinada em um torno CNC, Travis TR-1 XP. Foram cortados 16 corpos de prova com 

180 mm de comprimento e utilizadas 4 velocidades de corte diferentes para cada 

diluição de fluido refrigerante conforme a tabela 1.  

Cada corpo de prova foi fixado 90mm para fora da placa, feito um furo de centro 

e apoiada pelo contra ponto do torno. A sequência do procedimento de usinagem foi 

a seguinte: 

1) Fixar a peça 90 mm para fora da placa; 

2) Fazer furo de centro; 

3) Fixar o contra ponto; 

4) Desbastar 80 mm da peça com avanço 0,2 mm/rot e profundidade de 

corte de 0,5mm; 

5) Virar a pastilha para usar um lado novo; 

6) Dar um passe de acabamento no avanço estipulado; 

7) Retirar a peça e identifica-la; 

Uma análise estatística foi realizada por meio de projeto de experimentos 

Fatorial  bk, como foram utilizados 2 fatores e 4 níveis, foram necessárias 16 amostras, 

que estão exemplificadas na tabela 1. Com os resultados, foram traçados gráficos de 



28 
 

tendência, calculadas as médias, desvio padrão, coeficiente de variação e traçados 

gráficos de Pareto para identificar as melhores opções. 

Tabela 1 - Ensaios realizados 

Avanço  

0,12 
mm/rot 

0,15 
mm/rot 

0,18 
mm/rot 

0,21 
mm/rot 

-2 -1 1 2 

Diluição (Fluido/Água) 

1/8   1/10 1/12   1/14 

-2 -1 1 2 

Ensaio Fluido Avanço 

1 -2 -2 

2 -2 -1 

3 -2 1 

4 -2 2 

5 -1 -2 

6 -1 -1 

7 -1 1 

8 -1 2 

9 1 -2 

10 1 -1 

11 1 1 

12 1 2 

13 2 -2 

14 2 -1 

15 2 1 

16 2 2 
Fonte: Do autor 

Após a realização da usinagem, a rugosidade superficial de cada corpo de 

prova foi analisada, o rugosimetro foi fixado a um traçador de altura que foi alocado 

sobre um desempeno, para que a altura do rugosimetro pudesse ser ajustada de 

forma adequada. A peça a ser medida foi colocada sobre um suporte em “V”, que foi 

fixado ao desempeno por meio de uma base eletromagnética como pode ser visto na 

figuras 11 e 12. A medição da rugosidade foi feita a 75 mm de distância da face da 

peça, sendo feitas 4 medições, uma a cada 90º de giro da peça.  



29 
 

Figura 11 - Suporte da peça fixado ao desempeno por meio de base 
eletromagnético. 

 
                           Fonte: Do autor 

Figura 12 -  Montagem do sistema de medição de rugosidade 

 
                            Fonte: Do autor 

 

• Torno Travis TR-1 XP 

 

Na figura 13 está ilustrado o equipamento Torno Romi Centur 30S que será 

utilizado nos testes e na tabela 2 está demonstrado as especificações técnicas da 

máquina. 



30 
 

Figura 13 - Torno Travis TR-1 XP 

 
Fonte: Do autor 

Tabela 2 - Especificações técnicas da máquina 

Cursos 

Curso longitudinal 810 mm 

Curso transversal 280 mm 

Potência 

Motor 10 HP 

Servo motores 6 Nm 

Refrigeração 1/6 HP 

Unidade Hidráulica 0,75 HP 

Capacidades 

Distância entre centros 800 mm 

Diâmetro sobre barramento 460 mm 

Altura de centros 230 mm 

Largura do barramento 300 mm 

Diâmetro da placa  200 mm 

Número de ferramentas 8 

Pesos e dimensões 

Área ocupada 3700 x 2500 mm 

Peso 2200 Kg 
Fonte: Do autor, adaptado do manual do usuário 

 

• Programa do torno CNC 

 

 O programa utilizado para realizar a usinagem no torno CNC está descrito 

abaixo. A cada corpo de prova usinado foi alterado a velocidade de avanço na linha  

24 de acordo com o definido na tabela 1. 



31 
 

 

1 - G90 G95; (SISTEMA DE COORDENADAS ABSOLUTO; mm/rot) 

2 - G00 X150 Z150; (AFASTA A TORRE PARA TROCAR FERRAMENTA) 

3 - T6D6; (SELECIONA BROCA DE CENTRO) 

4 - G00 X0     Z2; (APROXIMA A BROCA DE CENTRO) 

5 - G97 S1000 M3 M42; ( DEFINE 1000 RPM, LIGA GIRO ANTI-HORARIO, GAMA 

DE VELOCIDADES 1) 

6 - G01 F0.1; ( AJUSTA VELOCIDADE DE CORTE) 

7 - Z-2; ( AVANÇA BROCA DE CENTRO) 

8 - Z2; (RETORNA BROCA DE CENTRO) 

9 - G00 X150 Z150; ( AFASTAMENTO RÁPIDO PARA TROCA DE FERRAMENTA) 

10 - M0; (PARADA DE MÁQUINA PARA APROXIMAR CONTRA PONTO) 

11 - T5D5; (SELECIONA FERRAMENTA DE DESBASTE)  

12 - G97 S2000 M3 M42; (DEFINE 2000 RPM, LIGA GIRO ANTI-HORARIO, GAMA 

DE VELOCIDADES 1)  

13 - M8; (LIGA FLUIDO DE CORTE) 

14 - G00 X24   Z2; (APROXIMAÇÃO RÁPIDA) 

15 - G01 F0.2; (DEFINE AVANÇO DE DESBASTE) 

16 - Z-80; (DESBASTAR 80mm NO COMPRIMENTO)  

17 - X26; (AFASTAMENTO LENTO) 

18 - M9; (DESLIGA FLUIDO) 

19 - G00 X150 Z150; (AFASTAMENTO RÁPIDO PARA TROCA DE FERRAMENTA) 

20 - M0; (PARADA DE MÁQUINA PARA SUBSTITUIR PASTILHA) 

21 - G97 S2000 M3 M42; (DEFINE 2000 RPM, LIGA GIRO ANTI-HORARIO, GAMA 

DE VELOCIDADES 1)  

22 - G00 X23   Z4; (APROXIMAÇÃO RÁPIDA) 

23 - M8; (LIGA FLUIDO REFRIGERANTE) 

24 - G01 F0.18; (DEFINE AVANÇO DE ACABAMENTO) 

25 -                 Z-80; (DESBASTAR 80mm NO COMPRIMENTO) 

26 -       X26; (AFASTAMENTO LENTO) 

27 - G00 X150 Z150; (AFASTAMENTO RÁPIDO) 

28 - M30; (FIM DE PROGRAMA) 

 



32 
 

• Ferramenta de corte 

 

A pastilha de corte a ser utilizada é a TNMG 160408-GN IC 830, da marca iscar, 

como pode ser visto na figura 14 e 15, o inserto é adequado para a usinagem de aço 

inox ( legenda com a letra “M” em fundo amarelo), bem como para aços (legenda com 

a letra “P” em fundo Azul) e ligas resistentes a altas temperaturas (legenda com letra 

“S” em fundo alaranjado). 

Figura 14 - Especificações da pastilha 

 
Fonte: Do autor  

            Tabela 3 - Especificações da  ferramenta de Corte 

Ângulo 60° 

Largura 16,5mm 

Espessura 4,76mm 

Raio da Ponta 0,8mm 

Fonte: Do autor, adaptado de 
http://www.iscar.com/eCatalog/Item.aspx?c
at=5591057&fnum=445&mapp=IS&GFSTY
P=&srch=1 



33 
 

Figura 15 - Classificação ISSO de pastilhas de corte 

 
Fonte: Adaptado de https://www.shimatools.com.br/informa 

%C3%A7%C3%B5es/classe-isso/ 

 

• Fluido lubrirrefrigerante 

 

O fluido de corte utilizado foi o B90, que está apresentado na figura 16, 

fabricado pela Bondmann Quimica. O fabricante forneceu o produto com o intuito de 

receber em troca os resultados da pesquisa. O fluido é isento de óleos e foi 

desenvolvido para processos de usinagem. O B90 possui alto poder de refrigeração, 

produzido com matérias primas renováveis, sendo assim um produto sustentável e 

biodegradável. 

Figura 16 - Fluido lubrirefrigerante B90 

 

                                              Fonte: Do autor 

Nesta etapa foi necessário realizar uma limpeza no tanque do fluido de corte 

da máquina, pois estava muito sujo e contaminado como pode ser visto na figura 17.  



34 
 

A retirada do fluido da máquina foi feita primeiro por meio da bomba hidráulica 

existente para movimentar o fluido, porém foi colocado um recipiente para coletar o 

fluido já usado. Ao alcançar o nível mínimo de fluido para funcionamento da bomba, o 

restante do foi retirado manualmente e quando o tanque estava praticamente sem 

fluido foi usado um pano para seca-lo. 

Figura 17 - Fluido de corte contaminado 

 
Fonte: Do autor 

 

• Medição da rugosidade 

 

Para análise da rugosidade superficial, foi utilizado um rugosimetro da marca 

Mitutoyo, modelo SURFTES SJ-210 como o da figura 18. O Rugosimetro foi calibrado 

com um padrão de rugosidade (figura 19) e foi fixado em um traçador de altura para 

poder ajustar a altura correta para realizar as medições de rugosidade. 

O rugosimetro SJ-210 apalpa a superfície da peças, calcula a rugosidade com 

base nas normas e indica o resultado. Possui uma faixa de 360 μm  (de -200 μm a 

160 μm) permitindo visualizar vários parâmetros da rugosidade superficial. 



35 
 

Figura 18 - Rugosimetro 

 

Fonte: Adaptado de  https://www.tecnoferramentas.com.br/ 

rugosimetro-portatil-digital-sj_210-mitutoyo-178_561_02ª/p?ua 

m=true&mobile=4 

Figura 19 - Calibração do rugosimetro 

 

                                        Fonte: Do autor 

 

 

 

 



36 
 

 

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES 

 

 

 

Após realizadas as medições de rugosidade, os dados foram organizados e 

gerados gráficos para análise dos resultados, as figuras 20, 21, 22 e 23 mostram os 

gráficos,  que relacionam os valores da rugosidade média (Ra) medida, e a variação 

na diluição do fluido a cada 4 medições, ou seja, para cada diluição e velocidade de 

avanço, foram feitas 4 medidas de rugosidade.  

Em uma análise preliminar, é possível verificar que há um pico de rugosidade 

na diluição 1/12 nos avanços 0,12 mm/rot (Fig 20), 0,15 mm/rot (Fig 21) e 0,21 mm/rot 

(Fig 23), no avanço 0,18 mm/rot também foi observado um pico de rugosidade, porém 

foi na diluição 1/10 (Fig 22).  

Pelas linhas de tendência nos avanços 0,15 mm/rot (Fig 21), 0,18 mm/rot (Fig 

22) e 0,21mm/rot (Fig 23) é possível perceber que os valores de rugosidade tendem 

a diminuir com a diminuição de quantidade de fluido diluído na água, apenas no 

avanço 0,12 mm/rot (Fig 20) tem-se uma pequena tendência de aumento. 

 

 

 

 

 

 

 



37 
 

 

Figura 20 - Gráfico da variação da rugosidade média Ra (μm) para avanço 

0,12 mm/rot com a alteração na diluição do fluido lubrirefrigerante.  

 
Fonte: Do autor 

Figura 21 - Gráfico da variação da rugosidade média Ra (μm) para avanço 

0,15 mm/rot com a alteração na diluição do fluido lubrirefrigerante.  

 
Fonte: Do autor 

Figura 22 - Gráfico da variação da rugosidade média Ra (μm) para avanço 0,18 
mm/rot com a alteração na diluição do fluido lubrirefrigerante. 

 
Fonte: Do autor 

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

0,7

0,8

0,9

1,0

1,1

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16

1/8 1/10 1/12 1/14

0,3

0,5

0,7

0,9

1,1

1,3

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16

R
u
g

o
s
id

a
d

e
 (
μ
m
)

Diluição

1/8 1/10 1/12 1/14

0,8

1

1,2

1,4

1,6

1,8

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16

R
u
g

o
s
id

a
d

e
 (

µ
m

)

DILUIÇÃO

1/8 1/10 1/12 1/14



38 
 

Figura 23 - Gráfico da variação da rugosidade média Ra (μm) para avanço 0,21 
mm/rot com a alteração na diluição do fluido lubrirefrigerante. 

 
Fonte: Do autor 

Foram gerados gráficos também da variação da rugosidade em relação a 

velocidade de corte (Figuras 24 a 27), comparando as linhas de tendência, é possível 

perceber uma menor tendência na variação de rugosidade com o aumento do avanço 

na diluição 1/14 (Figura 27). Em todas as outras diluições, o ângulo da curva de 

tendência pode ser considerado o mesmo, porem na diluição 1/10 e 1/14 observa-se 

que há um aumento mais acentuado quando é variado o avanço de 0,15 para 0,18 e 

na diluição 1/12 ocorre uma aumento mais acentuado da rugosidade do avanço 0,18 

em relação ao avanço 0,21. 

Figura 24 - Gráfico da variação da rugosidade media Ra (μm) para diluição 1/8 com 

a variação da velocidade de corte 

 
Fonte: Do autor 

 

 

 

 

1,2
1,3
1,4
1,5
1,6
1,7
1,8
1,9

2
2,1

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16

TÍ
TU

LO
 D

O
 E

IX
O

TÍTULO DO EIXO

1/8 1/10 1/12 1/14

0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
1,2
1,4
1,6
1,8
2,0
2,2

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16

R
u
g

o
s
id

a
d

e
 (

μ
m

)

Velocidade de avanço

0,12
mm/rot

0,15
mm/rot

0,18
mm/rot

0,21
mm/rot



39 
 

Figura 25 - Gráfico da variação da rugosidade media Ra (μm) para diluição 

1/10 com a variação da velocidade de corte 

 
Fonte: Do autor 

Figura 26 - Gráfico da variação da rugosidade media Ra (μm) para diluição 

1/12 com a variação da velocidade de corte 

 
Fonte: Do autor 

Figura 27 - Gráfico da variação da rugosidade media Ra (μm) para diluição 1/14 com 
a variação da velocidade de corte 

 
Fonte: Do autor 

Na figura 28, foi feita a média das rugosidades Ra (μm), é possível notar que a 

velocidade de avanço tem maior influência sobre a rugosidade, do que a diluição do 

fluido, porém a influência do fluido não pode ser ignorada. Na diluição 1/8, é possível 

0
0,2
0,4
0,6
0,8

1
1,2
1,4
1,6
1,8

2
2,2

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16

R
u

g
o

s
id

a
d

e
 (

µ
m

)

Velocidade de avanço

0,12
mm/rot

0,15
mm/rot

0,18
mm/rot

0,21
mm/rot

0
0,2
0,4
0,6
0,8

1
1,2
1,4
1,6
1,8

2
2,2

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16

R
u
g

o
s
id

a
d

e
 (

μ
m

)

Velocidade de avanço

0,12
mm/rot

0,15
mm/rot

0,18
mm/rot

0,21
mm/rot

0
0,2
0,4
0,6
0,8

1
1,2
1,4
1,6
1,8

2
2,2

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16

R
u
g

o
s
id

a
d

e
 (

µ
m

)

Velocidade de avanço

0,12
mm/rot

0,15
mm/rot

0,18
mm/rot

0,21
mm/rot



40 
 

perceber que o aumento da rugosidade tende a ser mais linear do que as outras 3 

diluições, ou seja, o resultado é mais previsível. Já na diluição 1/10, foi verificado um 

grande aumento da rugosidade no avanço 0,18 mm/rot em relação ao avanço 0,15 

mm/rot, diferente dos avanços 0,15 mm/rot em relação ao avanço 0,12 mm/rot e o 

avanço 0,21 mm/rot em relação ao avanço 0,18 mm/rot, que tiveram um acréscimo de 

rugosidade não tão acentuado. Na diluição 1/12, é verificado que o grau de rugosidade 

já inicia mais alto do que as outras diluições, tendo o pior resultado em 3 dos 4 avanços 

estudos, porém, apresentou o melhor resultado junto com a diluição 1/14 no avanço 

0,18 mm/rot. A diluição 1/14 apresentou os melhores resultados em 3 dos 4 avanços, 

contudo no avanço 0,12 mm/rot, onde não apresentou resultado melhor do que a 

diluição 1/8, a diferença pode ser considerada nula, sendo assim pode ser 

considerado a diluição 1/14 apresenta os melhores resultados. 

Figura 28 - Média da rugosidade Ra (μm) com variação na diluição do fluido 
lubrirefrigerante 

 
Fonte: Do autor 

  Gráficos de Pareto foram plotados para realizar a análise da influência do 

avanço e da influência da velocidade de avanço sobre a rugosidade como a variável 

de saída. Analisando a figura 29, pode-se observar que o menor parâmetro de 

rugosidade foi obtido com uma diluição 1/10 e avanço 0,12 mm/rot, resultado 

semelhante foi obtido com a diluição 1/12 e avanço 0,12 mm/rot e o pior resultado foi 

0,000

0,500

1,000

1,500

2,000

2,500

1 / 8 1 / 1 0 1 / 1 2 1 / 1 4

R
u

go
si

d
ad

e 
(μ
m
)

Diluição

0,12 mm/rot 0,15 mm/rot 0,18 mm/rot

0,21 mm/rot Linear (0,12 mm/rot) Linear (0,15 mm/rot)

Linear (0,18 mm/rot) Linear (0,21 mm/rot)



41 
 

obtido com a diluição 1/12 com avanço 0,21 mm/rot. Outros dois parâmetros que 

retornaram baixos graus de rugosidade foram com a diluição 1/14, utilizando as 

velocidades de avanço  0,12 e 0,15 mm/rot subsequentes.  

Figura 29 - Gráfico de Pareto da rugosidade média Ra (μm) em relação as variáveis 

de entrada 

 
Fonte: Do Autor 

 Para uma melhor análise a influência da diluição do fluido de corte sobre a 

rugosidade, foram gerados gráficos de Pareto para cada velocidade de avanço em 

separado, os gráficos estão apresentados nas figuras 30 a 33.  

 Na figura 31, onde foi usado o avanço de 0,15 mm/rot,  foi possível verificar que 

os menores graus de rugosidade foram obtidos com a diluição 1/14, o mesmo ocorreu 

com o avanço 0,18 mm/rot (Fig. 32) e com o avanço 0,21 mm/rot (Fig. 33). No avanço 

0,12 mm/rot (Fig. 30), foi o único em que o menor grau de rugosidade foi obtido com 

uma diluição 1/10. 

 O maior grau de rugosidade com avanço 0,12 mm/rot foi verificado utilizando 

uma diluição 1/12 (Fig. 30), ocorrendo o mesmo no avanço 0,15 mm/rot (Fig. 31) e no 

avanço 0,21 mm/rot (Fig. 33). O avanço 0,18 mm/rot foi o único em que a diluição 1/10 

apresentou o maior grau de rugosidade, como pode ser visto na figura 32. 

  



42 
 

Figura 30 -  Gráfico de Pareto da rugosidade media Ra (μm), do avanço 0,12 mm/rot 
com variação da diluição 

 

Fonte: Do Autor 

Figura 31 - Gráfico de Pareto da rugosidade media Ra (μm), do avanço 0,15 mm/rot 
com variação da diluição 

 
Fonte: Do autor 

Figura 32 -  Gráfico de Pareto da rugosidade media Ra (μm), do avanço 018 mm/rot 
com variação da diluição 

 
Fonte: Do autor 



43 
 

Figura 33 -  Gráfico de Pareto da rugosidade media Ra (μm), do avanço 0,21 mm/rot 
com variação da diluição 

 
Fonte: Do autor 

Verificando a figura 34, que mostra a rugosidade media em função do avanço 

para cada diluição estudada, foi possível concluir que as respostas da diluição 1/8 são 

mais previsíveis, pois o aumento da rugosidade com a variação do avanço tende a ser 

mais linear do que as outras 3 diluições, sendo assim, essa diluição é mais apropriada 

quando são desejados vários graus de rugosidade controlados com a variação do 

avanço, portanto a diluição 1/8 apresentou o melhor resultado apenas no avanço 0,12 

mm/rot.  A diluição 1/12 apresentou os piores resultados em 3 dos 4 avanços 

estudados, porem também mostrou uma evolução praticamente linear nas três 

primeiras velocidades de avanço, contudo apresentou um aumento da rugosidade 

maior quando foi variado o avanço de 0,18 mm/rot para 0,21 mm/rot. Por fim, mais 

uma vez foi possível verificar que a diluição 1/14 apresentou os melhores resultados, 

sendo a mais indicada entre as 4 diluições testadas quando se quer obter um baixo 

grau de rugosidade. 

 Figura 34 - Ra média (μm) com variação do avanço (mm/min) 

 
Fonte: Do autor 

0,600

1,100

1,600

2,100

0 , 1 2  ( M M / R O T ) 0 , 1 5  ( M M / R O T ) 0 , 1 8  ( M M / R O T ) 0 , 2 1  ( M M / R O T )

1/8 1/10 1/12 1/14



44 
 

Utilizando a equação 3, foi calculado a média (Xmed) das rugosidades, com a 

equação 5 o desvio padrão (s), o coeficiente de variação (CV) foi calculado com a 

equação 6 e os resultados foram apresentados na tabela 4.  

Tabela 4 - Rugosidade média Ra (μm) com a variação da diluição do fluido 
lubrirefrigerante e avanço, desvio padrão, média e coeficiente de variação 

  

Diluição 

Desvio padrão 
(s)  

Média 
(Xmed) 

Coeficiente de Variação 
(CV) 

1/8 1/10 1/12 1/14 

0,12 
(mm/rot) 

0,721  0,715 0,816 0,739 0,046 0,748 6,2% 

0,15 
(mm/rot) 

0,957 0,892 1,073 0,762 0,130 0,921 14,1% 

0,18 
(mm/rot) 

1,359 1,614 1,252 1,250 0,171 1,369 12,5% 

0,21 
(mm/rot) 

1,679 1,752 2,047 1,456 0,244 1,734 14,1% 

Desvio 
Padrão (s) 

0,425 0,516 0,531 0,358 - - - 

Media (Xmed) 1,158 1,253 1,162 1,006 - - - 

CV 37% 41% 46% 36% - - - 

Fonte: Do autor 

Com os resultados obtidos no coeficiente de variação, é possível concluir que 

rugosidade é menos afetada com a variação da diluição do fluido lubrirefrigerante 

quando o avanço é 0,12 mm/rot, tendo uma variação média de 6% para cada diluição. 

Nos avanços 0,15 mm/rot e 0,21 mm/rot a variação da rugosidade é mais sentida com 

a mudança na diluição do fluido, variando 14,1% em ambos os avanços. Já no avanço 

0,18 mm/rot, ocorreu uma variação média de 12% para cada diluição.  Calculando a 

média dos coeficientes de variação da diluição do fluido, chegou-se ao resultado de 

13%, ou seja, a rugosidade varia em média 13% para cada dois litros a mais de água 

para cada litro de fluido lubrirrefrigerante. Ao calcular a média dos coeficientes de 

variação para a variação de avanço, obteve-se o resultado de 39%, em caso de 

aumento do avanço em 0,03 mm/rot. Conclui-se então que a variação do avanço tem 

maior influência sobre o perfil de rugosidade da peça. 

 Ao que tudo indica, uma maior quantidade de fluido refrigerante diluído em 

agua, não garante os melhores resultados, podendo-se observar inclusive o contratrio. 

É possível que esses resultados tenham sido obtidos devido a diminuição da 

lubrificação da peça quando utilizado menos fluido B90, fazendo com que ocorresse 



45 
 

um amento de atrito entre ferramenta e peça o que resultou em uma maior retirada de 

material dos picos do perfil de rugosidade. Com o aumento da quantidade de água no 

fluido lubrirrefrigerante utilizando, ocorreu uma maior refrigeração da ferramenta e da 

peça, o que pode ter diminuído o desgaste da ferramenta e influenciado para um 

melhor acabamento superficial. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 



46 
 

 

5. CONCLUSÃO 

 

 

O objetivo do estudo foi estudar a influência da velocidade de avanço e do fluido 

lubrirrefrigerante na usinagem de uma aço AISI 304. Usando um projeto de 

experimentos fatorial bk, chegou-se ao número de 16 corpos de prova, para que todas 

as possíveis combinações fossem testadas. Com a plotagem de gráficos de 

tendência, gráficos de Paretto e cálculos de Coeficiente de variação obteve-se alguns 

resultados importantes.  

De acordo com os testes realizados, foi possível concluir que tanto a velocidade 

de avanço quanto a diluição do fluido lubrirrefrigerante B90 tem influência sobre o 

perfil de rugosidade, sendo o avanço mais relevante. Um aumento da quantidade de 

fluido B90 na solução, não garante uma diminuição da rugosidade, podendo-se 

observar inclusive o contrário, ou seja, uma diminuição da quantidade de B90 em 

alguns casos se mostrou mais eficaz. Observou-se uma grande piora no perfil de 

rugosidade quando a diluição foi de 1 L de B90 em 12 L de água e bons resultados 

para a diluição de 1L de B90 em 8 L de água, contudo os melhores resultados na 

maioria das vezes foi para a diluição 1 de B90 em 14 L de água. Observou-se também 

que na diluição 1 de B90 em 14 L de água, o aumento de rugosidade com a variação 

da velocidade de avanço foi menor do que para as outras 3 diluições que foram 

praticamente iguais. 

O estudo apresentou resultados significativos, pois concluiu-se que pode ser 

usado uma menor quantidade de fluido refrigerante do que o recomendado pelo 

fabricando quando a rugosidade é a variável de saída de maior importância, é possível 

que a melhora da rugosidade com a diminuição da quantidade de fluido B90 diluído 



47 
 

na água seja devido a diminuição da lubrificação e aumento do arrefecimento, com a 

diminuição da lubrificação, pode haver um maior atrito entre ferramenta de corte e 

peça, removendo o material de forma mais contínua, provendo um melhor 

acabamento superficial. Com a diminuição da quantidade de fluido B90 diluída na 

água, os custos com fluído lubrirrefrigerantes também serão atenuados. 

Independente da diluição utilizada, houve a tendência de obtenção de menores 

graus de rugosidade para velocidades de corte menores. Isso se dá pois a ferramenta 

de corte fica mais tempo sobre o mesmo ponto, removendo o material de forma mais 

homogênea. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 



48 
 

 

6. REFERÊNCIAS 

 

 

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desvios e analise de dimensões. 1a ed. São Paulo/SP: Edgard Blucher LTDA, 1977.  

BUSSAB, W. DE O.; MORETTIN, P. A. Estatística básica. 6a ed. São Paulo/SP: 

Saraiva, 2010.  

DINIZ, A. E.; MARCONDES, F. C.; COPPINI, N. L. Tecnologia de Usinagem dos 

Materiais. 1a ed. São Paulo/SP: MM Editora, 2013.  

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Edgard Blucher LTDA, 1969.  

FRACARO, J. Fabricação pelo processo de usinagem e meios de controle. 1a ed. 

Curitiba/PR: Intersaberes, 2017.  

GEREZ MIGUEL, J. Usinabilidade Do Aço Din C45 Trefilado De Alta Resistência. 

2014.  

HAIR, J. F. et al. Multivariate Data Analysis. 7. ed. [s.l.] Pearson Education Limited, 

2010.  

HAMMES, J. M.; ROSA, A. F. P.; WALKER, E. Otimização do acabamento superficial 

no torneamento cilíndrico externo de um aço SAE 1045. 2016.  

MACHADO, A. R. et al. Teoria da usinagem dos materiais. 1a ed. São Paulo/SP: 

Blucher, 2009.  

NEVES, C. DE F. C.; SCHVARTZMAN, M. M. DE A. M. Variables search technique 

applied to gas separation. 2002.  

REBEYKA, C. J. Principio dos processos de fabricação por usinagem. 1a ed. 

Curitiba/PR: Saberes, 2016.  

 



49 
 

SELEME, R.; STADLER, H. Controle de qualidada: as ferramentas essenciais. 2a 

ed. Curitiba/PR: Ibepex, 2010.