CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIVATES 

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS 

CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO 

 

 

 

 

 

 

 

 

IMPLEMENTAÇÃO DO PLANO MESTRE DE MANUTENÇÃO 

PREVENTIVA PARA A MELHORIA NA EFICIÊNCIA DE LINHAS DE 

ENVASE DE LEITE TIPO UHT: UM ESTUDO DE CASO 

 

 

Daniel Bandeira Silva 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Lajeado, novembro de 2016 



 

 

 

Daniel Bandeira Silva 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

IMPLEMENTAÇÃO DO PLANO MESTRE DE MANUTENÇÃO 

PREVENTIVA PARA A MELHORIA NA EFICIÊNCIA DE LINHAS DE 

ENVASE DE LEITE TIPO UHT: UM ESTUDO DE CASO 

 

 

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado 

ao Curso de Engenharia de Produção, do 

Centro Universitário Univates, como parte da 

exigência para obtenção do título de Bacharel 

em Engenharia de Produção. 

 

 

Orientador: Prof. Me. Rafael Crespo Izquierdo 

 

 

 

 

Lajeado, novembro de 2016 



 

 

 

 

 

 

 

 

 

AGRADECIMENTOS 

 

 

 Aos meus pais, Daniel e Maili, que me prepararam para os desafios da vida com muita 

dedicação, amor e carinho e me ensinaram os reais valores da mesma e a minha querida irmã, 

Glaucia, pelo carinho e motivação constante. 

 Ao meu estimado orientador, Prof. Me. Rafael Crespo Izquierdo, por todo auxílio, 

dedicação, motivação e por me dar a honra de compartilhar os conhecimentos para a 

elaboração deste trabalho.  

 Aos meus amigos e colegas da Cooperativa Santa Clara, pelo apoio, disposição e 

cooperação dedicada neste período, fornecendo-me os dados e as informações necessárias, 

contribuindo para a realização deste estudo de caso. 

 

 A todos os meus amigos, familiares e em especial aos professores Carlos Henrique 

Lagemann, Cláudio Roberto do Rosário, Manfred Costa e William Jacobs, que com 

dedicação, companheirismo e presteza estiveram junto comigo em mais esta importante 

conquista de minha vida. 

 Meu muito obrigado a todos vocês! 

 

 

 

 

 



 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

            Melhorar geralmente significa fazer algo que nunca fizemos antes. 

                (Shigeo Shingo) 



 

 

 

 

 

 

 

 

 

RESUMO 

 

 

Em função do crescimento do mercado consumidor brasileiro, as indústrias de laticínios vêm 

investindo constantemente no desenvolvimento de novos produtos e embalagens, visando 

satisfazer as exigências dos consumidores, os quais primam por produtos com qualidade e 

preço baixo. Diante dessa situação, as empresas deste ramo necessitam de um processo 

produtivo eficiente, com poucas falhas e quebras em suas máquinas e equipamentos. Nesse 

sentido, o Plano Mestre de Manutenção Preventiva é uma das ferramentas imprescindíveis 

para a eficiência do processo produtivo, visto que integra as melhores técnicas de manutenção 

com enfoque na manutenção preventiva reduzindo, assim, as falhas, quebras e paradas não 

programadas que impactam diretamente nos custos e nos índices de produção. O presente 

trabalho tem o propósito de elaborar um Plano Mestre de Manutenção Preventiva para, em 

futuras aplicações, melhorar a eficiência do processo produtivo de leite 

tipo Ultra High Temperature (UHT). A metodologia desse trabalho baseia-se em aplicar o 

método PMMP em uma linha de envase, com utilização de um Procedimento de Manutenção 

Padrão, de Ordens de Serviço específicas, de Mapas de Planejamento das manutenções e de 

aplicações de indicadores de manutenção. Após a implementação do PMMP, os resultados 

mostram que o PMMP é uma ferramenta eficaz para a melhoria dos índices de produtividade, 

já que as simulações realizadas mostram que um acréscimo moderado de 2,33% na eficiência 

mensal da linha em estudo indica um potencial ganho financeiro para a empresa analisada.   

 

Palavras-chave: Manutenção preventiva. Indicadores de desempenho da manutenção. 

Processo produtivo de leite tipo UHT. Plano mestre de manutenção 

 

 

 

 

 

 

 

 



 

 

 

 

 

 

 

 

 

ABSTRACT 

 

 

Due to the growth of the Brazilian consumer market, the dairy industries have been constantly 

investing in the development of new products and packaging, aiming to fulfill the consumers’ 

demands, who strive for qualified products at low price. Faced with this situation, the 

companies of this sector need an efficient productive process, with little flaws and 

breakdowns into their machines and equipment. In this sense, the Preventive Maintenance 

Master Plan is one of the essential tools for the efficiency of the productive process, once it 

incorporates the best maintenance techniques with focus on the preventive maintenance, 

diminishing, this way, the flaws, breakdowns, and non-programed stops, which directly 

impact on the costs and production rates. This paper proposes to elaborate a Preventive 

Maintenance Master Plan, to, in future applications, improve the efficiency of the productive 

process of the milk type Ultra High Temperature (UHT). The methodology of this study 

consists of applying the PMMP method on a filling line, using a Standard Maintenance 

Procedure, of Specific Service Orders, Planning Maps of maintenance and maintenance 

indicators applications. After the implementation of PMMP, the results show that the PMMP 

is an efficient tool for the improvement of the productive rates, as the simulations carried out 

demonstrate that a moderate increase of 2,33% in the monthly efficiency from the line under 

study indicates a potential financial gain for the analyzed company. 

 

Key-words: Preventive Maintenance. Maintenance performance indicators. Productive 

process of the milk type UHT. Maintenance Master Plan. 

 

 

 

 

 

 

 



 

 

 

 

 

 

 

 

 

LISTA DE FIGURAS 
 

 

Figura 1 - Tarefas das funções de um departamento de manutenção ....................................... 16 

Figura 2 - Organograma de organização de uma fábrica.......................................................... 18 

Figura 3 - Combinação de tipos de manutenção em um automóvel ......................................... 20 

Figura 4 - Aplicação dos Recursos na Manutenção ................................................................. 23 

Figura 5 - Estrutura de um PMMP ........................................................................................... 24 

Figura 6 - Modelo de cabeçalho de PMP ................................................................................. 26 

Figura 7 - Modelo de cabeçalho de OS .................................................................................... 26 

Figura 8 - Mapa 52C1 - manutenções anuais (A), semestrais (S) e mensais (M) .................... 27 

Figura 9 - Mapa 52C2 - básico ................................................................................................. 28 

Figura 10 - Tempos de funcionamento e reparação ................................................................. 31 

Figura 11 - Linha de leite tipo UHT ......................................................................................... 42 

Figura 12 - Etapas da Ultrapasteurização de leite tipo UHT .................................................... 43 

Figura 13 – Simulação de produção em um mês ...................................................................... 47 

Figura 14 – Regime de operação da indústria .......................................................................... 47 

Figura 15 - Eficiência produtiva da Indústria de Leite Tipo UHT ........................................... 48 

Figura 16 - Organograma do setor de manutenção UHT ......................................................... 49 

Figura 17 - Eficiência produtiva da linha_A ............................................................................ 54 

Figura 18 - Simulação de implementação do PMMP na linha_A ............................................ 55 

Figura 19 - Sugestão de planejamento para preventiva 3.000h ................................................ 58 

 

 

 

 



 

 

 

 

 

 

 

LISTA DE TABELAS 

 

 

Tabela 1 - Máquinas que compõem as linhas de leite tipo UHT .............................................. 46 

Tabela 2 - Turnos de trabalho da indústria ............................................................................... 47 

Tabela 3 - Escalas da manutenção UHT ................................................................................... 50 

Tabela 4 - Índice de atuação da manutenção UHT ................................................................... 50 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 



 

 

 

 

 

 

 

 

 

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 

 

 

ABRAMAN  Associação Brasileira de Manutenção e Gestão de Ativos 

CIP   Clean in Place ou Limpeza no Local 

CLP’s   Controladores Lógicos Programáveis 

HH   Homem Hora 

MCC   Manutenção Centrada em Confiabilidade 

MM   Manual de Manutenção 

OS   Ordem de Serviço 

PCM   Planejamento e Controle da Manutenção 

PCP   Planejamento e Controle da Produção 

PMMP   Plano Mestre de Manutenção Preventiva 

PMP   Procedimento de Manutenção Padrão  

TCBP 70  Tetra Cardboard Packer 70 

TMEF   Tempo Médio Entre Falhas 

TMPR   Tempo Médio Para Reparos 

TPM                           Total Productive Maintenance ou Manutenção Produtiva Total 

TTS 51  Tetra Tray Shrink 51 

UHT   Ultra High Temperature ou Ultra Alta Temperatura 

 

 

 

 

 

 

 



 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

SUMÁRIO 

 

 

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 11 

1.1 Tema .................................................................................................................................. 12 

1.2 Objetivos ............................................................................................................................ 13 

1.3 Justificativa ....................................................................................................................... 13 

1.4 Limitações do trabalho ..................................................................................................... 14 

1.5 Organização do trabalho ................................................................................................. 14 

 

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ........................................................................................... 15 

2.1 Definição de Manutenção ................................................................................................. 15 

2.2 A Engenharia de Manutenção ......................................................................................... 16 

2.3 O Planejamento e Controle de Manutenção (PCM)...................................................... 17 

2.4 Tipos de Manutenção ....................................................................................................... 18 

2.5 Manutenção Preventiva ................................................................................................... 20 

2.6 Plano Mestre de Manutenção Preventiva ....................................................................... 23 

2.6.1 Procedimento de Manutenção Padrão (PMP) ............................................................ 25 

2.6.2 Ordem de Serviço (OS) ................................................................................................. 26 

2.6.3 Mapas de planejamento de manutenção preventiva .................................................. 27 

2.6.4 Exemplos de implementação do PMMP ...................................................................... 28 

2.7 Indicadores de desempenho da Manutenção ................................................................. 29 

2.7.1 Tempo Médio Entre Falhas (TMEF) ........................................................................... 30 

2.7.2 Tempo Médio Para Reparos (TMPR) ......................................................................... 32 

2.7.3 Disponibilidade de equipamentos ................................................................................ 33 

2.7.4 Custo de manutenção por faturamento ....................................................................... 34 

 

3 METODOLOGIA ................................................................................................................ 36 

3.1 Metodologia de pesquisa .................................................................................................. 36 

3.1.1 Quanto aos fins .............................................................................................................. 36 

3.1.2 Quanto aos meios ........................................................................................................... 37 

3.1.3 Local do estudo .............................................................................................................. 37 

3.1.4 Coleta de dados .............................................................................................................. 38 

3.1.5 Análise dos dados ........................................................................................................... 38 

3.1.6 Apresentação dos dados ................................................................................................ 49 

3.1.7 Limitações dos métodos ................................................................................................ 49 
 

 



 

 

 

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES ...................................................................................... 41 

4.1 A Empresa ......................................................................................................................... 41 

4.2 Descrição do processo produtivo ..................................................................................... 41 

4.2.1 Ultrapasteurização de leite tipo UHT .......................................................................... 42 

4.2.2 Envase de leite tipo UHT .............................................................................................. 44 

4.2.3 Acondicionamento de leite tipo UHT ........................................................................... 45 

4.2.4 Limpeza CIP e Regime de operação ............................................................................ 46 

4.2.5 Eficiência produtiva da indústria ................................................................................. 48 

4.3 Descrição do setor de manutenção .................................................................................. 49 

4.3.1 PMMP na máquina TP A3/Flex ................................................................................... 51 

4.3.2 PMMP na máquina Tetra Cardboard Packer 70 ......................................................... 52 

4.3.3 PMMP na máquina Tetra Tray Shrink 51 ................................................................... 53 

4.4 Análise do PMMP nas máquinas da linha_A ................................................................. 53 

4.5 Proposta de melhorias para o setor de manutenção UHT ............................................ 57 

4.6 Sugestão de indicadores de desempenho ........................................................................ 58 

 

5 CONCLUSÕES .................................................................................................................... 60 

 

6 REFERÊNCIAS .................................................................................................................. 62 

 

APÊNDICES ........................................................................................................................... 65 

APÊNDICE A - PMP para a máquina TP A3/Flex ............................................................. 66 

APÊNDICE B - O.S. para a máquina TP A3/Flex .............................................................. 68 

APÊNDICE C - PMP para a máquina TCBP 70 ................................................................. 79 

APÊNDICE D - O.S. para a máquina TCBP 70 .................................................................. 71 

APÊNDICE E - PMP para a máquina TTS 51 .................................................................... 72 

APÊNDICE F - O.S. para a máquina TTS 51 ..................................................................... 73 

APÊNDICE G - Mapa de planejamento das manutenções preventivas ............................ 74 

 

ANEXOS ................................................................................................................................. 75 

ANEXO A - Exemplo de Ordem de Serviço para atividades programadas ..................... 76 

ANEXO B - Exemplo de cálculo de TMEF em uma indústria têxtil ................................. 77 

ANEXO C - Exemplo de cálculo de TMEF .......................................................................... 78 

ANEXO D - Exemplo de cálculo de TMPR .......................................................................... 79 

ANEXO E - Exemplo de aplicação da Disponibilidade ...................................................... 80 

 

 

 

 

 



 

11 

 

 

 

 

 

 

 

 

1 INTRODUÇÃO 

 

 

 Com atuação em mercados competitivos, que apresentam mudanças cada vez mais 

rápidas e expressivas, a maioria das organizações trabalha focada na busca incessante por 

qualidade e produtividade. Nesta perspectiva, os setores de manutenção passam a 

desempenhar um papel estratégico nas indústrias, ocasionando uma forte mudança na 

consciência administrativa e gerencial acerca dos custos, das despesas, da necessidade de 

inovações e dos procedimentos de manutenção (SANTOS; COLOSIMO; MOTTA, 2007).  

Ainda, segundo os autores, a manutenção que, anteriormente era vista pelos gestores 

industriais de forma negativa, passou a ser apreciada como uma atividade estratégica de 

extrema importância e indispensável nos processos produtivos, sendo um dos pilares de toda 

atividade industrial.  

 Em Seeling (2000), explica-se que, quando mal aplicada, a manutenção oferece 

soluções tardias e precárias, permitindo que alguns problemas, os quais poderiam ser 

detectados no estágio inicial, se agravem e afetem o desempenho da produção, onerando os 

custos da empresa. Por outro lado, quando bem aplicada, a manutenção propicia melhorias na 

segurança, na performance e na confiabilidade dos equipamentos, maximizando a 

disponibilidade dos mesmos. 

 As exigências de confiabilidade e disponibilidade de máquinas e equipamentos são de 

tal importância que demandam dos Setores de Manutenção e Operação responsabilidades que 

podem ser realizadas somente com processos adequados de gestão, como o Planejamento e 

Controle da Manutenção (PCM) e o Planejamento e Controle da Produção (PCP) 

(TAVARES, 1996). 



 

12 

 

Um bom sistema de Gestão da Manutenção Industrial baseia-se, além das tarefas 

administrativas de gestão, na utilização dos indicadores de manutenção, os quais fornecem 

informações importantes para a tomada de decisões desse setor, tais como: o planejamento e 

execução das manutenções preventivas programadas nas máquinas e equipamentos, a redução 

nos tempos das intervenções, a redução no tempo de máquinas paradas, os ajustes nos tempos 

de setup e as análises de viabilidade de investimentos (BRANCO, 2008). 

Segundo Cavalcante e Almeida (2005), nas indústrias, a grande relevância da 

manutenção preventiva ocorre pelo fato de que todas as máquinas e equipamentos falham e, 

consequentemente, causam grandes problemas aos processos produtivos. Nos processos de 

produção de bens, as falhas significam: retrabalho, ineficiência, atraso de produção, horas-

extras, desperdício de insumos e matéria prima, estoques elevados; enfim, uma quantidade 

enorme de prejuízos que impactam no custo da produção. Dessa forma, a alta confiabilidade 

deixa de ser algo desejável e se torna essencial, passando a ser um objetivo necessário para 

que uma falha não ocorra em um determinado período de tempo sob condições 

predeterminadas. Portanto, uma análise da confiabilidade relacionada com o planejamento de 

custo permite o estabelecimento de uma política de manutenção preventiva com uma estrutura 

mais sólida, preservando o processo produtivo em estados específicos de performance e 

eficiência. 

Um processo produtivo em larga escala, assistido por um Plano Mestre de Manutenção 

Preventiva (PMMP) por uma equipe de técnicos capacitados e controlado por indicadores de 

desempenho de manutenção, possibilita, com baixo custo operacional, melhorias nos índices 

de eficiência e produtividade, minimizando as perdas que tornam a empresa mais competitiva 

no mercado. O PMMP promove a redução dos tempos de máquina parada durante a realização 

das tarefas de manutenção e a redução nos índices de paradas de máquina por falhas e quebras 

durante o processo produtivo, propiciando a elevação dos índices de eficiência e 

produtividade, a redução dos custos de produção e o aumento no faturamento da indústria. 

1.1 Tema  

 

Este trabalho de conclusão de curso aborda como tema principal o Plano Mestre de 

Manutenção Preventiva e os seus benefícios para uma linha de envase de leite tipo UHT de 

uma Cooperativa de Laticínios da Serra Gaúcha que produz leites: integral, desnatado e 

semidesnatado. 



 

13 

 

1.2 Objetivos 

 

O objetivo principal deste trabalho consiste em melhorar os índices de eficiência das 

linhas de envase de leite tipo UHT com a implementação do Plano Mestre de Manutenção 

Preventiva. 

Os objetivos específicos deste trabalho são: (i) estudar a técnica de manutenção 

preventiva; (ii) consultar literatura e aprofundar conhecimentos sobre PMMP; (iii) descrever o 

processo produtivo das linhas em questão; (iv) descrever como são programadas e realizadas 

as atividades de manutenção preventiva na indústria; (v) elaborar o PMP, a OS e os mapas de 

planejamento de manutenção preventiva para uma linha de produção; (vi) simular os ganhos 

financeiros com a implementação do PMMP; (vii) sugerir o uso de alguns indicadores de 

desempenho da manutenção; (viii) propor, caso necessário, melhorias para o setor de 

manutenção analisado. 

1.3  Justificativa 

 

 Autores como Slack, Chambers e Johnston (2002) comentam que os conceitos de 

competitividade estão claramente inseridos dentro da operação industrial, uma vez que 

influenciam diretamente sobre os aspectos de desempenho dos processos produtivos, tais 

como: entregas rápidas ao cliente, fabricação de produtos sem defeitos, manutenção dos 

prazos de entrega, oferta de um mix de produtos para satisfazer as exigências do cliente e 

habilidade para alterar volumes ou prazos de entrega, conforme a demanda do cliente.  

 Segundo Oliveira (2008), a redução das perdas e dos custos nos processos produtivos é 

essencial para que as organizações se mantenham competitivas. Dessa forma, a 

indisponibilidade dos equipamentos e as perdas de produtividade devem ser minimizadas ao 

extremo, para que as indústrias produzam com flexibilidade e atendam as demandas do 

mercado. 

A empresa estudada busca, por meio da tecnologia dos seus processos, atender o 

mercado consumidor com produtos de qualidade, para manter-se competitiva no setor de 

laticínios do Estado do Rio Grande do Sul e do Brasil. A produção de leite nas propriedades 

rurais é diária, de modo que a indústria é comprometida com o produtor perante a captação 

desse leite, não havendo como descartar o produto em função de problemas no processo 



 

14 

 

produtivo. Então, entende-se que a implantação de um PMMP é uma alternativa que pode 

auxiliar no escoamento da produção, visto que a redução das quebras e das falhas 

proporcionam ganhos de tempo de produção, aumentando a produtividade e o lucro do 

processo produtivo em questão.  

1.4 Limitações do trabalho 

 

 Este trabalho foi desenvolvido com foco exclusivo na manutenção preventiva 

(PMMP), aplicada em máquinas e equipamentos de linhas de envase de leite tipo UHT, não 

propondo discussões sobre os métodos relativos à gestão do setor de manutenção. 

1.5  Organização do trabalho 

 

O primeiro capítulo trata sobre a relevância do tema escolhido, bem como os 

objetivos, o método utilizado, as limitações do estudo e a estrutura do trabalho.  

O segundo capítulo refere-se à revisão bibliográfica necessária para o embasamento 

teórico deste trabalho, abordando conceitos como: manutenção industrial, engenharia de 

manutenção, PCM, tipos de manutenção, manutenção preventiva programada, PMMP e 

indicadores de desempenho da manutenção. 

 No terceiro capítulo, apresenta-se a metodologia do PMMP. O quarto capítulo 

apresenta os resultados e a análise relativa à implementação do PMMP em uma linha de 

produção de leite tipo UHT. O quinto capítulo discorre sobre a conclusão do trabalho 

realizado, apresentando as vantagens e desvantagens do PMMP. 

 

 

 

 

 

 



 

15 

 

 

 

 

 

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 

 

 

Uma revisão bibliográfica, como fundamentação teórica para o embasamento inerente 

ao desenvolvimento do trabalho, será apresentada a seguir. Os temas considerados relevantes 

são: a definição de manutenção; a engenharia de manutenção; o conceito do PCM; os tipos de 

manutenção utilizados nas indústrias; o conceito do PMMP e a metodologia de aplicação dos 

indicadores de desempenho da manutenção. 

2.1 Definição de Manutenção 

 

 A Manutenção possui um conceito amplo, apresentando inúmeras definições e 

variedade de enfoques, que podem justificar e garantir a sua importância. De acordo com 

Verri (2007, p. 1), “é evidente, em muitas áreas de atividades não ligadas à manutenção, o 

desconhecimento dessa atividade, o que leva as pessoas a subestimar sua importância em um 

processo industrial, principalmente em indústrias que possuem processamento contínuo”.  

 Em Quinello e Nicoletti apud Monchy (1989), destaca-se que o termo manutenção é 

originário do vocabulário militar e tem como significado manter, nas unidades de combate, 

todo o material e todo o efetivo em um nível constante. Na indústria, a palavra manutenção 

surgiu no ano de 1950, nos Estados Unidos da América e na França. Segundo Viana (2014, p. 

1), a manutenção é uma “palavra derivada do latim manus tere, que significa manter o que se 

tem”. 

Em Cabral (2006), comenta-se que todo e qualquer conjunto de máquinas está 

suscetível a um processo de desgaste, oxidação e deterioração. Assim, para que uma 

instalação industrial tenha produtividade, assegurando a sua função preestabelecida, faz-se 

necessário que as máquinas, equipamentos, utilidades, dentre outros, sejam mantidos em 

perfeitas condições de utilização. Para tanto, deve-se realizar inspeções de rotina, reparos 



 

16 

 

(substituições) de peças (componentes avariados ou desgastados), lubrificações, limpezas e 

pinturas. Esse conjunto de ações constitui o conceito de manutenção. 

2.2 A Engenharia de Manutenção 

 

 A Engenharia de Manutenção surgiu entre os anos de 1950 e 1960 e, no Brasil, este 

conceito passou a ser mais evidente a partir dos anos 1990. A Engenharia de Manutenção é 

responsável pela elaboração e implantação de técnicas de gerenciamento de um setor de 

manutenção, as quais melhoram o desempenho da manutenção na busca de um padrão de 

classe mundial e, portanto, aumentam a excelência na prestação de serviços para satisfazer o 

cliente (PEREIRA, 2009). 

Na visão de Branco (2006a, p. 42), a Engenharia de Manutenção é definida como: 

 

Órgão consultivo normalmente a nível de staff, que constitui o sistema de controle 

da gerência de Manutenção para corrigir e melhorar a gestão. Sua missão é 

aperfeiçoar as técnicas de organização e os métodos e procedimentos do trabalho, 

favorecendo a implantação da Política de Manutenção mais adequada e o 

desenvolvimento de novas idéias, novos métodos de trabalhos e de controle. 

 

 Segundo Tavares (1996), um departamento de manutenção deve ser dividido em duas 

funções: a execução da manutenção e a engenharia de manutenção. As tarefas de cada função 

podem ser observadas na Figura 1. 

          Figura 1 - Tarefas das funções de um departamento de manutenção 

 

 

 

 

            Fonte: Elaborado pelo autor.  

 Seeling (2000) destaca que ambas as funções precisam trabalhar de forma integrada 

para atingir níveis satisfatórios de eficiência no setor de manutenção. A Engenharia de 

Manutenção é responsável pela elaboração dos relatórios de performance com informações de 

indicadores adequados para o gerenciamento desse departamento, assim como para o restante 

Execução da Manutenção Engenharia de Manutenção

Trocas de peças e componentes

Reparos Estudos e análises especiais

Ajustes PCM

Lubrificação Gerenciamento da Manutenção Preventiva

Reformas de máquinas e equipamentos



 

17 

 

da organização. Além disso, a Engenharia de Manutenção deve fornecer o suporte necessário 

para a equipe de execução das tarefas de manutenção, ou seja, planejar e programar as tarefas, 

providenciando os recursos necessários (ferramentas, materiais, pessoas).  

Viana (2014), por sua vez, explica que a Engenharia de Manutenção deve ser formada 

por uma equipe multidisciplinar de técnicos e engenheiros com visão dialética e foco em 

resultados. Esta área visa promover o progresso tecnológico da Manutenção, buscando o 

aprimoramento constante das máquinas (equipamentos), os maiores índices de produtividade 

e a eliminação de danos ao meio ambiente e dos riscos em segurança do trabalho.  

Em termos de Engenharia de Manutenção, algumas pesquisas propõem a 

implementação deste sistema, destacando a sua importância, como, por exemplo, a pesquisa 

de Seeling (2000), que propõe a aplicação desse sistema em uma empresa de alimentos do Rio 

Grande do Sul.  

2.3 O Planejamento e Controle de Manutenção (PCM) 

 

 Na visão de Tavares (1996), a partir de 1966, com a propagação dos computadores, 

com o crescimento das Associações Nacionais de Manutenção e com a evolução dos 

instrumentos de medição e proteção, a Engenharia de Manutenção passou a criar critérios de 

previsão e predição de falhas para otimizar o desempenho das equipes de manutenção. As 

técnicas de Manutenção Preventiva ou Preditiva foram associadas a métodos automatizados 

de planejamento e controle da manutenção, que deram origem ao PCM. Viana (2014, p. 20) 

define o PCM como “um órgão staff, ou seja, de suporte à manutenção, sendo ligado 

diretamente à gerência de departamento”. 

 No setor de PCM, as atividades de gestão das Ordens de Serviço e de planejamento 

das manutenções preventivas possuem um responsável direto, o planejador de manutenção. 

Dificilmente a Engenharia de Manutenção sobrevive sem um profissional dedicado para 

realizar essa atividade. O PCM é considerado de extrema importância para o sucesso dos 

sistemas preventivos, pois é neste setor que serão gerados os relatórios e os gráficos 

gerenciais com base nos indicadores de desempenho (PEREIRA, 2009). A Figura 2 ilustra o 

PCM na organização de uma fábrica.  

 



 

18 

 

       Figura 2 - Organograma de organização de uma fábrica. 

 

         Fonte: Viana (2014, p. 20). 

 Segundo Seeling (2000), o gerenciamento da manutenção é um tema extremamente 

importante, pois a indústria precisa tirar o máximo de proveito dos equipamentos e dos seus 

recursos para ser competitiva. Dessa forma, faz-se necessário o uso de tecnologias e 

metodologias de gestão voltadas para o planejamento e controle das atividades de 

manutenção. Além disso, o autor destaca que as Estratégias ou tipos de Manutenção 

Preventiva devem ser consideradas para garantia de um bom desempenho da produção.  

 O PCM possui uma relação direta com o PMMP, já que se trata do setor que fornece 

suporte para o planejamento, a programação e a execução das manutenções preventivas. 

Assim, a ausência do setor de PCM contribui para a realização das tarefas do PMMP em um 

período de tempo maior que o previsto nas Ordens de Serviço (OS), devido à falta de 

planejamento, gerando um aumento da indisponibilidade dos equipamentos para a operação. 

2.4 Tipos de Manutenção 

 

 Com o objetivo “de manter os equipamentos funcionando a maior parte do tempo e a 

custos mais baixos, a manutenção, dependendo da forma como é executada, pode ser dividida 

em corretiva, preventiva e preditiva” (SANTOS, 2010, p. 17). De acordo com Branco (2008), 

existem várias formas de aplicação dos recursos para a obtenção de excelentes resultados 

durante as intervenções em máquinas e equipamentos.  

Autores como Slack, Chambers e Johnston (2002), Branco (2008), Santos (2010), 

entre outros, descrevem os três tipos de manutenção mais utilizados pelas organizações: 



 

19 

 

a) Manutenção Preventiva – é todo serviço de manutenção realizado antes da 

ocorrência da falha, ou, executado em máquinas e equipamentos que não estejam 

em modo de falha (condições de operação ou em situação de defeito). Nessa 

técnica, a manutenção caracteriza-se por um método sistemático, ou seja, é 

executada em intervalos regulares (horas de operação, quilômetros rodados, ciclos 

de operação, dentre outros). As inspeções de rotina, as manutenções por 

oportunidade e as atividades de lubrificação são alguns exemplos de manutenção 

sistemática. 

b) Manutenção Preditiva – é todo trabalho de monitoramento e acompanhamento das 

condições da máquina ou equipamento e de sua eventual deterioração e seus 

parâmetros operacionais. Nesse tipo de manutenção, emprega-se o monitoramento 

dos componentes das máquinas com as mesmas em funcionamento, buscando a 

predição das falhas. Utilizam-se técnicas como: termografia, análise de 

lubrificantes, análise de ruídos, análise de vibrações, ferrografia, dentre outras. 

c) Manutenção Corretiva – é toda a manutenção executada em um sistema 

operacional, máquina, equipamento, unidade ou item que esteja em situação de 

falha ou quebra. Esta técnica de manutenção caracteriza-se por devolver ao item 

sua condição de operação para que ele possa desempenhar a sua função. Algumas 

das tarefas realizadas na manutenção corretiva são: localização da pane, 

isolamento da pane, desmontagem de conjuntos de peças, substituição de peças ou 

componentes, remontagem dos conjuntos de peças, alinhamentos ou ajustes e 

realização de teste funcional. 

 A maioria dos processos produtivos adota uma combinação dessas três abordagens, em 

função das diferentes características dos equipamentos e de suas instalações. Por exemplo, 

considerando o caso de um automóvel, o qual é apresentado na Figura 3, constata-se que 

alguns componentes são substituídos somente quando falham como, por exemplo, fusíveis, 

lâmpadas e buzina (Corretiva). Por outro lado, existem componentes fundamentais de um 

veículo que não devem operar até falhar, isto é, o óleo, o filtro de óleo e o filtro de ar do 

motor, tratando-se de itens de manutenção periódica de um carro (Preventiva). Além disso, 

existe o caso em que os motoristas monitoram as condições do veículo, percebendo ruídos, 

vazamentos de óleo, vibrações incomuns, verificando os níveis do óleo do motor, da água do 



 

20 

 

radiador e a profundidade do sulco dos pneus (Preditiva) (SLACK; CHAMBERS; 

JOHNSTON, 2002).  

Figura 3 - Combinação de tipos de manutenção em um automóvel. 

 

Fonte: Adaptado pelo autor em 20/09/2016, com base em Slack, Chambers e Johnston (2002, p. 646).  

 Os tipos e as técnicas de manutenção, para que possam ser aplicadas de maneira 

eficaz, devem estar no escopo do processo de gestão do setor de manutenção, sendo 

necessário conhecê-las muito bem (suas particularidades). Além disso, a capacitação e 

qualificação dos profissionais são de extrema importância para a atuação de cada tipo de 

manutenção. Por sua vez, o Engenheiro de Manutenção é um profissional fundamental para a 

implantação das técnicas com base em estudos, análises e definições, sendo que o objetivo das 

mesmas é o aumento da disponibilidade e confiabilidade das máquinas e equipamentos 

(PEREIRA, 2009).  

2.5 Manutenção Preventiva 

 

 Esse tipo de manutenção desempenha um controle sobre a máquina ou equipamento, 

com intuito de reduzir a probabilidade de falhas, levando-se em conta intervalos regulares de 

manutenção. A grande dificuldade desse tipo de manutenção baseia-se na escolha de um 

intervalo adequado para a parada da máquina, visto a dificuldade de determinação deste 

intervalo, que apresenta base aleatória, por experiência ou dados estatísticos (SANTOS, 

2010). 

  

 



 

21 

 

 De acordo com Seeling (2000, p.64), a Manutenção Preventiva objetiva: 

 

prolongar a vida útil dos equipamentos, atuando sobre os componentes que tendem a 

se desgastar. O ideal é que tais substituições interfiram o mínimo possível com a 

operação dos demais componentes, não interrompam a operação normal de produção 

e ocorram em intervalos que, na medida do possível, excedam o ciclo máximo de 

operação ou de produção contínua. 

 

 A técnica de Manutenção Preventiva mais utilizada nas indústrias é a Manutenção 

Preventiva Sistemática ou Manutenção Preventiva Baseada em Tempo. Esta técnica 

caracteriza-se pela substituição de um componente ou pela recuperação do mesmo em 

intervalos de tempo prefixados. Entre os exemplos de sua aplicação pode-se citar: a troca do 

óleo do cárter de um veículo a cada 10.000 km rodados, a revisão de um compressor de ar 

comprimido a cada 6.000 horas de operação, a inspeção semestral de uma caldeira de geração 

de vapor, dentre outros (SEELING, 2000). 

 Slack, Chambers e Johnston (2002) citam um exemplo de manutenção em uma 

aeronave de transporte de passageiros, o qual é muito interessante sob o ponto de vista da 

avaliação da necessidade da manutenção preventiva. Quando em solo, alguns componentes da 

aeronave são inspecionados, verificados, limpos e calibrados de acordo com um plano de 

manutenção periódico, isto é, após um determinado número de horas de voo. No entanto, tirar 

essa aeronave de sua função para a realização de manutenção preventiva programada é uma 

opção muito onerosa para a companhia aérea; por outro lado, as consequências de uma falha 

em voo são consideravelmente sérias. Neste caso, como as aeronaves transportam pessoas e 

existe o risco de morte em situações de pane, torna-se necessária a aplicação da manutenção 

preventiva programada nas mesmas. Esse “princípio também é aplicado a instalações com 

consequências menos catastróficas das falhas” (SLACK; CHAMBERS; JOHNSTON, 2002, 

p. 645). 

De acordo com Santos (2010), antes de implantar a manutenção preventiva nos 

equipamentos, é necessária uma avaliação da necessidade da mesma, visto que apresenta 

desvantagens em algumas situações.  

As características que devem ser analisadas no equipamento, para a avaliação da 

necessidade da aplicação da manutenção preventiva, são as seguintes: 



 

22 

 

1) Equipamento valioso para o processo produtivo, cuja falha altera a programação 

de produção; 

2) Equipamento do qual depende a segurança das instalações e a segurança pessoal; 

3) Equipamento que exige muito tempo para reparo após a ocorrência de uma falha; 

4) Equipamento que implica em perda de parte da produção após a ocorrência de 

uma falha. 

 Conforme a visão de Slack, Chambers e Johnston (2002, p. 646): 

 

A maioria das operações produtivas planeja sua manutenção incluindo certo nível de 

manutenção preventiva regular, o que resulta em uma probabilidade razoavelmente 

baixa, mas finita, de falhar. Normalmente, quanto mais freqüentes os episódios de 

manutenção preventiva, menor é a probabilidade de ocorrerem falhas. 

 

 Na visão de Viana (2014), a manutenção preventiva planejada oferece uma série de 

benefícios para um processo produtivo, considerando que uma das situações mais indesejadas 

no cotidiano da produção é a quebra inesperada. A quebra, por consequência, causa a parada 

no processo produtivo, aumento nos custos de produção e manutenção, mal-estar na equipe de 

PCM, configurando-se num contraponto do principal objetivo da manutenção. A realização 

das manutenções preventivas contribui para a redução dessas ocorrências, proporcionando o 

controle sobre o funcionamento dos equipamentos.  

 A Associação Brasileira de Manutenção e Gestão de Ativos (ABRAMAN) emite a 

cada dois anos um Documento Nacional, o qual mede a situação da manutenção no país. Esse 

documento é elaborado após a compilação de dados e informações geradas por ampla 

pesquisa realizada entre empresas representantes dos principais setores da economia no 

Brasil. O último Documento Nacional emitido pela ABRAMAN, publicado em 2013, 

apresenta as informações importantes sobre a aplicação dos recursos aplicados na manutenção 

do nosso país, as quais podem ser observadas na Figura 4. 

 

 

 

 

 



 

23 

 

Figura 4 - Aplicação dos Recursos na Manutenção. 

 

 Fonte: Adaptado de Abraman (2016) 

 Analisando os números da tabela da Figura 4, constata-se que desde 1995 o percentual 

de aplicação dos recursos em manutenção no Brasil é maior na Manutenção Preventiva, 

seguido por um percentual menor na Manutenção Corretiva. Percebe-se, também, que a 

Manutenção Preditiva ainda possui um percentual muito baixo de aplicação no país. 

2.6 Plano Mestre de Manutenção Preventiva 

 

 Conforme Viana (2014, p. 97), um Plano Mestre de Manutenção Preventiva “consiste 

num conjunto de atividades (tarefas), regularmente executadas com o objetivo de manter o 

equipamento em seu melhor estado operacional”. Na visão de Branco (2006a, p. 97) o PMMP 

é “o conjunto de atividades de manutenção preventiva sistemática que é colocado em um 

programa de computador para que na época certa seja emitida uma Ordem de Serviço para 

execução da tarefa que foi programada para aquela data”.  

 Segundo Bechtold (2010), a elaboração de planos mestres de manutenção é parte 

fundamental da estratégia de manutenção preventiva. Alguns fatores importantes como a 

experiência técnica dos profissionais da empresa, os requisitos técnicos contidos nos manuais 

dos fornecedores das máquinas e o histórico das mesmas devem ser considerados durante a 



 

24 

 

elaboração e formatação das OS e seus procedimentos de execução. Esses fatores, tratados de 

forma conjunta, contribuem para a obtenção de um PMMP adequado.  

 Para Kardec e Nascif (2009), a implementação do PMMP é definida por três etapas, 

apresentadas na Figura 5 e descritas a seguir.  

Figura 5 - Estrutura de um PMMP 

Fonte: Do autor, adaptado de Kardec e Nascif (2009).  

Como ilustrado, as etapas para a implementação do PMMP são as seguintes: 

a) Definição da estratégia de manutenção a ser utilizada;  

b) Implementar o PMP de acordo com a seguinte metodologia:  elaborar os planos 

preventivos sistemáticos, as rotas de lubrificação e as rotas de inspeção, utilizando 

os históricos, check lists, manuais do fabricante e catálogos das máquinas, em 

conjunto com o conhecimento dos profissionais de manutenção, para construir o 

PMMP de cada máquina;  

c) Elaboração das Ordens de Serviço para as manutenções preventivas, as quais 

fornecem para o executante as informações necessárias para a realização do 

serviço.   



 

25 

 

 A seguir, a fim de elucidar as etapas (b) e (c), as quais são fundamentais para a 

implementação do PMMP, são apresentados os conceitos e métodos relativos ao PMP 

(Procedimento de Manutenção Padrão) e as OS. 

2.6.1 Procedimento de Manutenção Padrão (PMP) 

 

Segundo Branco (2008), inicialmente, para implementar um PMMP, é necessário 

reunir todos os dados e informações sobre os equipamentos (etapa b) e, com estes, o 

planejador deve elaborar um arquivo denominado Procedimento de Manutenção Padrão 

(PMP). O PMP é um documento utilizado pelos profissionais de execução de manutenção, no 

qual estão descritas e registradas as etapas a serem seguidas durante a execução das tarefas de 

manutenção preventiva, para a correta intervenção no equipamento. No PMP deve estar 

descrito quais ajustes que devem ser realizados, os valores dos mesmos, como devem ser 

efetuados durante as tarefas e as ferramentas ou gabaritos que devem ser utilizados, assim 

como as verificações, lubrificações, dentre outras ações. 

O formato do documento deverá ser definido na Manual de Organização da 

Manutenção e deverá ser considerada a recomendação do fabricante do 

equipamento, componente ou peça. Deveremos considerar nossa experiência com 

este tipo de equipamento em nossa empresa, sua carga de trabalho atual e a 

experiência de nosso pessoal de manutenção neste equipamento, em equipamentos 

semelhantes nesta e em outras empresas (BRANCO, 2008, p. 201). 

Com relação à codificação, o autor explica que é necessário inserir dígitos suficientes 

para a identificação do setor ou especialidade para a qual o PMP é destinado. A sequência de 

tarefas constadas no PMP deve ser a mesma constada na OS, ou seja, as máquinas devem 

estar descritas no cabeçalho do PMP e da OS. A codificação cruzada é de extrema 

importância para a prevenção de indicações errôneas em caso de preenchimentos de 

documentos de forma manual, ou detectar erros de digitação em caso de utilização de 

softwares de gestão de manutenção. A Figura 6 apresenta um modelo de cabeçalho de PMP, 

no qual descreve a OS que deve ser utilizada durante o serviço.  

 

 

 

 



 

26 

 

        Figura 6 - Modelo de cabeçalho de PMP 

Empresa de Papéis e Papéis Ltda. 

Departamento de Manutenção 

   PMP- E-091-A 

Procedimento de Manutenção Padrão para Preventiva. 

Usar com a O.S. 123456/05 

          Fonte: Branco (2008, p. 204). 

 Branco (2008) exemplifica o PMP-E-091-A (Figura 6) como sendo do setor da elétrica 

de uma indústria. Os cabeçalhos indicam: PMP do setor da elétrica (E), número noventa e um 

(091), utilizado em revisões anuais (A) para a O.S.123456/05.  

2.6.2 Ordem de Serviço (OS) 

 

 Para Bechtold (2010), as OS devem conter as atividades que serão executadas, a 

previsão da quantidade de homem hora necessária, a frequência com que a atividade deve ser 

executada, a data programada, horários de início e término da execução, dentre outros. Na 

Figura 7, apresenta-se um modelo de cabeçalho de OS, no qual descreve o PMP que deve ser 

utilizado durante o serviço. Tavares (1996) exemplifica um modelo de Ordem de Serviço para 

atividades programadas (ANEXO A).  

         Figura 7 - Modelo de cabeçalho de OS 

           Fonte: Branco (2008, p. 204) 

 Segundo Branco (2008), após a elaboração do PMP e da OS, deve-se iniciar o 

preenchimento dos mapas de planejamento de manutenção preventiva, que consiste em 

tabelas ou formulários com inúmeras colunas nas quais são marcadas as datas ou semanas em 

que a máquina ou equipamento deve iniciar ou estar em manutenção preventiva. 

 

Empresa de Papéis e Papéis Ltda.

Departamento de Manutenção

   O.S. 123456/05

Ordem de Serviço de Manutenção Preventiva

Executar com PMP - E-091-A



 

27 

 

2.6.3 Mapas de planejamento de manutenção preventiva  

 

 Em Branco (2008), com a finalidade de apresentar os mapas de planejamento das 

manutenções preventivas, são apresentados os mapas 52C1 (Figura 8) e 52C2 (Figura 9). 

Ambos recebem esses nomes porque possuem 52 colunas devido as 52 semanas do 

calendário. O mapa 52C1 deve ser utilizado pelo planejador para a distribuição das tarefas de 

manutenções preventivas em diversos equipamentos com base na semana do ano. Por sua vez, 

o mapa 52C2 “possui espaço para marcar a data exata em que será feita a manutenção em um 

equipamento em especial ou nos equipamentos de uma determinada unidade” (BRANCO, 

2008, p.221).  

 Para cada equipamento inserido no mapa 52C1, o planejador deve marcar as semanas 

que o mesmo passa por manutenções preventivas e o tempo de trabalho em HH, necessário 

para a execução de toda a manutenção. No mapa 52C2, o planejador marcará os dias exatos 

do início e término da manutenção preventiva no equipamento. Além disso, outro fator 

importante a ser considerado é que o mapa 52C1 marca as manutenções por semana com a 

finalidade do setor de manutenção se planejar para a carga de tarefas programadas na semana. 

O mapa 52C2 marca as manutenções por dia e serve para a visualização do operador, que sabe 

o dia exato que tem que disponibilizar o equipamento para a manutenção programada 

(BRANCO, 2008). 

     Figura 8 - Mapa 52C1 - manutenções anuais (A), semestrais (S) e mensais (M) 

 

      Fonte: Branco (2008, p. 228). 

 

 

MÁQUINA 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26

1-C-TR-01 A M M T M M

1-C-TR-02 M A M M T M

1-C-TR-03 M M A M M T

1-C-TR-04 T M M A M M

1-C-TR-05 M T M M A M

1-C-TR-06 M M T M M A

1-C-TR-07 S M M T M M

1-C-TR-08 M M S M M T

1-C-TR-09 T M M S M M

1-C-TR-10 M T M M S M

TOTAL

SEMANAS DO ANO

PLANO MESTRE DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA



 

28 

 

      Figura 9 - Mapa 52C2 - básico 

 

        Fonte: Branco (2008, p. 221). 

 Para Branco (2008), a programação das tarefas de manutenção depende de uma série 

de fatores como as demandas de produção, as características operacionais da unidade fabril e 

software que está sendo utilizado. O planejamento e a programação devem ser realizados com 

antecedência e de comum acordo com o PCP, que também é responsável pelo cumprimento 

do PMMP, efetuando a parada, preparação e liberação das máquinas para a realização das 

tarefas de manutenção. 

2.6.4 Exemplos de implementação do PMMP 

 

 Há na literatura diversas abordagens relativas à elaboração e implementação do Plano 

Mestre de Manutenção Preventiva no segmento industrial. 

 Em Seeling (2000) menciona-se a importância da implantação do Plano Mestre de 

Manutenção Preventiva durante o desenvolvimento de um sistema de gestão da manutenção 

para uma indústria do ramo alimentício do Rio Grande do Sul. 

 Baldessar (2006) propõe um plano de manutenção preventiva para os transformadores 

da rede de distribuição elétrica da concessionária CELESC de Santa Catarina-SC. A autora 

utilizou a técnica FMEA para analisar as causas das falhas nos transformadores e elaborar o 

plano de manutenção preventiva para prolongar a vida útil e a melhoria do funcionamento dos 

transformadores da rede elétrica da CELESC. 

DOM SEG TER QUA QUI SEX SÁB DOM SEG TER QUA QUI SEX SÁB DOM SEG TER QUA QUI SEX SÁB

1 19 37

2 20 38

3 21 39

4 22 40

5 23 41

6 24 42

7 25 43

8 26 44

9 27 45

10 28 46

11 29 47

12 30 48

13 31 49

14 32 50

15 33 51

16 34 52

17 35

18 36

PLANO MESTRE DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA



 

29 

 

 Lottermann (2014) apresenta um plano de manutenção para as máquinas do 

laboratório de usinagem da Faculdade de Horizontina baseado na manutenção preventiva, 

com suporte de alguns pilares da Manutenção Produtiva Total (TPM). O objetivo principal do 

trabalho é garantir a disponibilidade e confiabilidade de operação das máquinas quando 

solicitadas.  

 Ferreira e Schianti (2015) sugerem um Plano Mestre de Manutenção Preventiva para 

as máquinas dobradeiras de uma indústria de produtos siderúrgicos da cidade de Bebedouro-

SP, com o objetivo de reduzir as horas de parada de máquinas para reparos.  

 Santos et al. (2016) propõem um plano de manutenção preventiva para máquinas 

injetoras com a finalidade de reduzir os gastos com manutenção corretiva e prolongar o tempo 

de produção da mesma durante as jornadas de trabalho.  

2.7 Indicadores de desempenho da Manutenção 

 

 Um indicador, independentemente da área de aplicação, realiza um apontamento sobre 

um determinado acontecimento ou característica. Na manutenção, alguns indicadores com 

formulações teóricas são utilizados pela gestão para indicarem: os tempos dos reparos, o ritmo 

de ocorrência das avarias, a disponibilidade dos equipamentos, o sucesso das manutenções 

preventivas, dentre outros (CABRAL, 2006). 

 Para Kardec, Flores e Seixas (2002), as informações de desempenho são de extrema 

importância para a eficiência e eficácia do departamento de manutenção, pois podem indicar 

possíveis oportunidades de melhorias, fornecendo suporte para a gerência de manutenção.  

 Branco (2006b, p.2) define os Indicadores e Índices de Manutenção da seguinte 

maneira: 

 

Indicadores de Manutenção: Dados estatísticos relativos a um ou diversos 

processos de manutenção que desejamos controlar. Usados para comparar e avaliar 

situações atuais com situações anteriores. Servem para medir o desempenho contra 

metas e padrões estabelecidos. 

 

Índices de Manutenção: Relação entre valores e medidas numa empresa, sobre a 

manutenção, para avaliar situações atuais com as situações anteriores. Servem para 

medir o desempenho contra metas e padrões estabelecidos. 

 



 

30 

 

 Segundo Verri (2007), diferente de outras atividades, não existia na Manutenção uma 

preocupação com medidas de desempenho até alguns anos atrás e, em algumas situações, a 

avaliação da eficiência da equipe de Manutenção era medida pela correria do dia a dia e pelo 

estado de preocupação e urgência expresso na face do gerente do setor. Por outro lado, uma 

quantidade elevada de índices de controle ou indicadores de desempenho pode desmotivar 

uma equipe de manutenção e, por isso, é importante escolher os indicadores utilizados.  

 Neste trabalho, para analisar a eficiência de um setor de manutenção, foram 

selecionados quatros índices de desempenho: a) Tempo Médio Entre Falhas (TMEF), b) 

Tempo Médio Entre Reparos (TMPR), c) Disponibilidade de Equipamentos; e, por fim, d) 

Custos de manutenção. Vale ressaltar que, segundo Viana (2014), o TMEF, TMPR e a 

Disponibilidade de Equipamentos são considerados “Índices de Classe Mundial”, em função 

de que a maioria dos países do ocidente utiliza os mesmos (VIANA, 2014). 

2.7.1 Tempo Médio Entre Falhas (TMEF) 

 

 Conforme Viana (2014), o TMEF é o resultado da divisão da soma das horas 

disponíveis para operação (HD), pelo número de manutenções corretivas realizadas no 

equipamento no período (NC). Esse índice analisa o comportamento dos equipamentos, diante 

das intervenções de manutenção. Para exemplificar, se o valor do Tempo Médio Entre 

Reparos aumenta com o passar do tempo, indica que as manutenções corretivas estão 

diminuindo e as horas disponíveis para a operação, aumentando. Em síntese, quanto maior o 

índice do TMEF, menor será o índice de quebras e, consequentemente, maior será o índice 

eficiência do equipamento. Segundo Viana (2014), o TMEF é expresso de acordo com a 

Equação 1.  

                
  

  
                         (1)

    

 Para Cabral (2006), o TMEF revela o tempo médio de bom funcionamento de uma 

máquina ou equipamento, ou seja, o tempo que transcorre, em média, entre duas falhas 

consecutivas, ou o tempo médio entre as manutenções corretivas. Na Figura 10, pode-se 

observar que para medir o TMEF, em geral, adota-se o tempo decorrente entre o fim do 

último reparo e o início do próximo, como, por exemplo, o TF1, TF2 e TF3. 

 



 

31 

 

 Figura 10 - Tempos de funcionamento e reparação. 

 

  Fonte: Cabral (2006, p. 282). 

A medição do tempo entre falhas (avarias) é realizada em termos do tempo em que a 

máquina deveria estar operando, ou seja, não se trata do tempo de calendário. Em Tavares 

(1996), exemplifica-se o cálculo de TMEF em uma indústria têxtil com 80 máquinas (com 

função específica) que operam 24 horas diárias (ANEXO B). 

De acordo com Kardec, Flores e Seixas (2002), há outra forma de determinar o TMEF 

de sistemas de produção e equipamentos num determinado intervalo de tempo. Este método 

baseia-se no cálculo do TMEF com base no cálculo da Taxa de Falha ( ), que consiste no 

número de falhas observadas em um determinado intervalo de tempo, conforme apresentado 

na Equação 2.  

           
 

 
                 

 

    
                                                                             (2) 

Onde: 

  = Taxa de Falha 

n = Número de Falhas Observadas 

N = Número de Equipamentos Operando 

T = Intervalo de Tempo 

Os autores citam um exemplo de cálculo de TMEF em um sistema com 40 motores 

elétricos (ANEXO C).  

A importância do indicador TMEF deve-se ao fato de que é possível expressar a 

confiabilidade do equipamento, ou seja, o quanto o equipamento é confiável para operar sem 

a ocorrência de falhas ou quebras (SEELING, 2000). Na visão de Cabral (2006, p. 284), o 

 A             B  C             D  E             F  G

TF = Tempos de funcionamento no período

TR = Tempos utilizados nas reparações no período

...

Funciona

TF1

Repara

TR1

Repara

TR2

Repara

TR3

Funciona

TF2

Funciona

TF3



 

32 

 

TMEF “é um indicador sugestivo para a gestão pelo que deve ter o seu lugar em qualquer 

quadro de bordo de gestão da manutenção”.  

2.7.2 Tempo Médio Para Reparos (TMPR) 

 

 Segundo Viana (2014), o TMPR é o resultado da divisão entre o somatório das horas 

de indisponibilidade do equipamento para a operação devido à manutenção (HIM) pelo 

número de manutenções corretivas no período (NC). Assim, pode-se dizer que quanto menor 

o valor do TMPR no decorrer do tempo, melhor o andamento dos serviços de manutenção, 

visto que as intervenções corretivas causam impactos menores no processo produtivo. O 

TMPR é definido conforme a Equação 3.  

      
   

  
                                                          (3) 

 De acordo com Cabral (2006), o TMPR de um equipamento mostra o tempo médio 

necessário para realizar o conserto de uma avaria, ou a média de todos os tempos utilizados 

nos reparos do período em análise. Este indicador trata da manutenabilidade do equipamento, 

ou seja, “a sua aptidão para ser restaurado para uma condição de bom funcionamento” 

(CABRAL, 2006 p. 285). Um fator importante a ser observado é que o tempo do reparo 

depende de fatores como: a produtividade dos executantes, o planejamento e a sequência do 

trabalho. A Equação 4, que é proposta por Cabral (2006), é definida por:  

     
     

   
                                                                                      (4) 

Onde: 

 TRi = tempos utilizados nas reparações no período      

 Nav =  número de avarias no período               

 Segundo Kardec, Flores e Seixas (2002), há outra forma de determinar o TMPR de 

equipamentos num determinado intervalo de tempo. Este método baseia-se no cálculo da Taxa 

de Reparo ( ), que consiste no número de reparos realizados em um determinado intervalo de 

tempo, segundo a Equação 5.  

  
 

 
                 

 

    
                                                                            (5) 



 

33 

 

Onde: 

  = Taxa de Reparo 

r = Número de reparos efetuados 

T = Intervalo de Tempo 

Os autores citam um exemplo de cálculo de TMPR em um conjunto de motores 

elétricos (ANEXO D).  

O valor do Tempo Médio Para Reparos representa a duração de todas as intervenções 

de manutenção. A medição dos tempos de reparo das intervenções é muito importante para o 

processo produtivo (SEELING, 2000). Os estudos e análises “destes dados, em combinação 

com dados de confiabilidade, permitem a comparação de estratégias alternativas de reparo em 

termos de custos e recursos necessários” (SEELING, 2000, p. 56). 

2.7.3 Disponibilidade de equipamentos 

 

 Disponibilidade é um indicador de manutenção que serve para indicar a probabilidade 

de que um equipamento esteja disponível para produção. Dessa forma, um valor de 0,90 (ou 

90 por cento) indica que, em média, a máquina está em operação ou disponível para operar 

em 90% do tempo considerado (BRANCO, 2006b). 

 De acordo com Kardec, Flores e Seixas (2002), esse indicador visa avaliar o 

desempenho da manutenção e determinar a probabilidade do equipamento estar em operação 

num determinado intervalo de tempo. É um indicador que depende da confiabilidade e 

manutenabilidade do equipamento. A confiabilidade está vinculada ao número de falhas ou 

paradas não programadas e a manutenabilidade está relacionada ao tempo utilizado para o 

reparo, ou, o tempo de paralisação. De acordo com Verri (2007, p. 69), “quanto mais 

confiável for intrinsecamente o equipamento, menor a probabilidade de falha e, portanto, 

maior a probabilidade de estar disponível para produção”. 

 Segundo Viana (2014, p. 145), a “fórmula do cálculo da disponibilidade varia de um 

setor produtivo para outro, e até mesmo de uma empresa concorrente para outra”. Na Equação 

6, Kardec, Flores e Seixas (2002) demonstram a disponibilidade operacional, enquanto que, 

na Equação 7, Viana (2014) demonstra a disponibilidade física. 



 

34 

 

      
    

        
                                                                                                 (6) 

Sendo: 

 DISPo = Disponibilidade operacional 

 TMEM = Tempo Médio entre Manutenção 

 TMP = Tempo Médio de Paralisação 

   
  

  
                   

  

     
                                                        (7) 

Onde: 

 DF = Disponibilidade física 

 HT = Horas trabalhadas 

 HG = Horas totais no período 

 HO = Tempo total de operação 

 HM = Tempo de paralisações, corretivas e preventivas 

Kardec, Flores e Seixas (2002) citam um exemplo de aplicação de disponibilidade em 

quatro empresas distintas (ANEXO E). 

Na visão de Verri (2007, p.69), “este é o indicador mais importante para a 

manutenção. Os números relativos às perdas devido a falhas em equipamentos são enormes, e 

o objetivo maior da manutenção deve ser propiciar a máxima continuidade operacional 

através de uma grande disponibilidade”. Com base neste conceito, a manutenção deve 

trabalhar focada na redução dos tempos de reparo e na mantenabilidade, visando à elevação 

nos tempos entre as falhas. Geralmente as metas de disponibilidades nas indústrias variam 

entre 90% a 99%, sendo que instalações de alto desempenho trabalham com disponibilidade 

acima de 98% (VERRI, 2007). 

2.7.4 Custo de manutenção por faturamento  

 

Segundo Viana (2014), com o surgimento do conceito de manutenção de classe 

mundial, inseriu-se a perda de faturamento e a depreciação na composição dos custos de 

manutenção, que até 1993 era composta pelos gastos com materiais e contratação de serviços 

externos e gastos com pessoal. A perda de faturamento é composta pelo somatório dos custos 



 

35 

 

da perda de produção e dos custos com desperdício de matéria prima. O resultado da relação 

entre o somatório dos gastos com manutenção e o faturamento da empresa gera o custo de 

manutenção por faturamento. 

Tavares (1996) informa que este índice possui um cálculo de fácil obtenção, visto que 

os valores do numerador e denominador são geralmente processados e fornecidos pelo 

departamento de contabilidade da empresa. O autor demonstra o cálculo do custo de 

manutenção por faturamento na equação 8. 

     
    

    
                                                                                                    (8) 

Sendo: 

 CMFT = Custo de Manutenção por Faturamento 

 CTMN = Custo Total de Manutenção 

 FTEP = Faturamento da Empresa no Período 

 A finalidade desse indicador está no conhecimento das despesas da Manutenção e de 

manutenção no faturamento da empresa, sendo recomendado um período de apuração igual ao 

período no qual a mesma encerra os períodos de apuração da sua contabilidade. Para a 

realização do cálculo, entende-se que o faturamento seja proveniente de todas as entradas de 

capital resultante das vendas no período (BRANCO, 2006b). 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 



 

36 

 

 

 

 

 

 

 

 

3 METODOLOGIA 

 

 

 Neste capítulo serão descritos os métodos utilizados para atingir os objetivos do 

trabalho, as pessoas envolvidas, o local, a coleta e o modo como os dados serão analisados. 

Também contempla uma breve descrição da empresa analisada, do processo produtivo, do 

setor de manutenção UHT e dos PMMP’s aplicados nas máquinas da linha A. 

3.1 Metodologia de pesquisa 

 

 Em relação à forma de abordagem do tema, esta pesquisa é definida como sendo 

qualitativa, pois enfatiza o processo e seu significado. A pesquisa qualitativa busca o que é 

comum, contudo aceita também a individualidade e os significados múltiplos, em vez de 

transformá-los em uma média estatística, sendo a fonte direta para a coleta dos dados o 

ambiente natural e o pesquisador vai a campo para analisar os dados (LAKATOS; 

MARCONI, 2010).  

 Em uma segunda etapa, a pesquisa pode ser considerada como quantitativa. Segundo 

Gil (2006), a pesquisa quantitativa se preocupa em realizar a medição de quantidade, 

frequência, intensidade e analisar as relações causais entre as variáveis, utilizando-se de uma 

amostra representativa do universo pesquisado. 

3.1.1 Quanto aos fins 

 

 Quanto aos fins, esta pesquisa pode ser considerada exploratória. De acordo com Gil 

(2006), a pesquisa exploratória visa o estudo de determinado acontecimento através de 

levantamento bibliográfico, entrevistas com pessoas que tiveram experiências práticas com o 

tema pesquisado e análise de exemplos que estimulem a compreensão. 



 

37 

 

 Este estudo também contempla a pesquisa bibliográfica, a qual, de acordo com 

Lakatos e Marconi (2010), compreende toda bibliografia disponível referente ao tema de 

estudo. O objetivo principal é descrever a natureza das variáveis analisadas para obtenção de 

uma maior compreensão do tema abordado. A pesquisa foi elaborada através de levantamento 

bibliográfico em livros, monografias, dissertações e internet, buscando uma reflexão mais 

aprofundada e ampliação do conhecimento sobre o tema escolhido. 

3.1.2 Quanto aos meios 

 

 Quanto aos meios, este trabalho pode ser considerado um estudo de caso, o qual busca 

examinar um acontecimento dentro de um contexto e, de acordo com Vergara (2010), 

necessita de uma teoria bem embasada para orientar a investigação e gerar uma melhor 

compreensão do tema, tendo por objetivo retratar a realidade de forma profunda e completa.  

 Os pesquisadores vêm adotando com frequência o estudo de caso quando buscam as 

respostas para as questões de “como” e “por quê” certos fatos acontecem, quando existe 

possibilidade limitada de controle sobre os fenômenos pesquisados e quando o foco de 

interesse é sobre fatos atuais, que só podem ser analisados dentro de algum contexto da 

realidade (GODOY, 1995). 

 Para compreensão desse objetivo, Gil (2006) descreve as quatro fases que delineiam 

um estudo de caso:  

a) Delimitação do estudo-caso; 

b) Coleta de dados;  

c) Seleção, análise e interpretação dos dados;  

d) Elaboração do relatório. 

3.1.3 Local do estudo 

 

 O estudo foi realizado na empresa Cooperativa Santa Clara Ltda, situada em Carlos 

Barbosa-RS, nas linhas de envase de leite UHT. O pesquisador, colaborador da empresa na 

qual foi efetuado o trabalho, atua no setor de engenharia, desenvolvendo atividade de 

coordenador de projetos para as indústrias de laticínios. Durante o estudo, o pesquisador 

realizou as atividades de levantamento de dados, elaboração do PMMP, sugestão dos 

indicadores de manutenção e implementação das técnicas propostas na revisão de literatura. 



 

38 

 

3.1.4 Coleta de dados 

  

 Na visão de Marconi e Lakatos (2010), a coleta de dados é a “etapa da pesquisa em 

que se inicia a aplicação dos instrumentos elaborados e das técnicas selecionadas, a fim de se 

efetuar a coleta dos dados previstos”. Os autores salientam que esta etapa do trabalho leva 

mais tempo do que se planeja, sendo bem exaustiva. Dessa forma, torna-se fundamental a 

paciência, esforço pessoal, perseverança e atenção do pesquisador ao registrar e apontar os 

dados. 

 As evidências resultantes de um estudo de caso podem ocorrer de seis fontes distintas: 

entrevistas, registros em arquivo, observação participante, observação direta, documentos e 

elementos físicos. O pesquisador tem que saber usar estas seis fontes, que exigem habilidades, 

conhecimento e procedimentos metodológicos diferentes. 

 A coleta de dados deste estudo foi realizada através de registros em arquivo, 

observações diretas, documentos, entrevistas e diálogos informais com os técnicos e o 

encarregado de manutenção, responsáveis pelas intervenções de manutenção na indústria. 

Também foram utilizadas planilhas dos Controladores Lógicos Programáveis (CLP’s) das 

linhas de envase, livros (diários) da manutenção, e check lists para a contribuição no processo 

de coleta de dados. 

3.1.5 Análise dos dados 

 

 Segundo Gil (2009), a análise e entendimento dos dados nos estudos de caso é um 

processo que geralmente ocorre simultaneamente à sua coleta. Cada novo palpite, informação 

ou hipótese que surge direciona a nova fase do processo de coleta de dados, que conduz ao 

consecutivo refinamento ou reformulação das questões da pesquisa.  

 Durante a análise dos dados deste trabalho procurou-se, sempre que possível, que a 

mesma fosse simultânea à aplicação do método. Contudo, no final da pesquisa, todos os 

resultados foram sintetizados, gerando as propostas para a melhoria da eficiência das linhas de 

envase de leite tipo UHT. 

 

 

 



 

39 

 

3.1.6 Apresentação dos dados 

 

 Conforme Gil (2009), o modelo clássico de análise e apresentação dos dados de um 

estudo de caso consiste na identificação de alguns tópicos-chave e na consequente elaboração 

de um texto discursivo. Dessa forma, o pesquisador deve possuir habilidades analíticas e 

discursivas. 

 Esta etapa possibilita a utilização de ferramentas analíticas para sumarizar, organizar e 

relacionar os dados. Tabelas, quadros, figuras, gráficos, mapas, matrizes, diagramas e redes 

são ferramentas que contribuem para a análise, interpretação e apresentação desses dados em 

um estudo de caso, principalmente quando o pesquisador tem como objetivo transcender o 

nível exploratório de investigação (GIL, 2009). Para realizar a análise final deste trabalho e 

apresentar os dados, o autor fez uso de algumas ferramentas antes citadas. 

3.1.7 Limitações dos métodos 

 

 Em todo método há possibilidades e limitações e, dessa forma, faz-se necessária a 

antecipação às críticas que o leitor poderá fazer a este trabalho, especificando as limitações do 

método em questão, mas, que ainda assim fazem com que ele seja o mais adequado para o 

mesmo (VERGARA, 2010). 

 O método escolhido para este trabalho possui as limitações abaixo: 

a) Curto período de tempo disponível para a coleta, análise e compilação dos dados e 

sugestão de melhorias, o qual ocorreu em seis (06) meses. Uma das limitações é 

não se ter a noção exata da eficácia da implementação do PMMP, visto que o 

mesmo não pôde ser implementado, ou seja, somente poderá ser medido com 

precisão após sua implementação. Segundo Gil (2009), o tempo utilizado em 

estudos de caso tende a ser maior que o tempo utilizado em outras modalidades de 

pesquisa; 

b)  Possibilidade de falta de informações, informações incompletas, dados imprecisos 

ou dados arquivados sobre o tema do trabalho. Salientando que não há registros e 

histórico das atividades do setor de manutenção em um sistema informatizado; 



 

40 

 

c) Confiabilidade dos dados e informações coletadas. Os sujeitos da pesquisa possuem 

conhecimentos, habilidades e forma de execução das tarefas de modo diferente, não 

garantindo em algumas situações a validade e fidedignidade dos dados e 

informações coletadas. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 



 

41 

 

 

 

 

 

 

 

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES 

 

 

4.1 A Empresa 

 

 O principal ramo de atuação da Cooperativa Santa Clara Ltda é na indústria de 

laticínios. Possui três indústrias deste segmento, sendo duas localizadas no município de 

Carlos Barbosa e uma no município de Getúlio Vargas, todas no Estado do Rio Grande do 

Sul. Além dessas indústrias, a empresa também possui um frigorífico de suínos, uma fábrica 

de rações, uma cozinha industrial, quatro unidades produtoras de leitões, sete centros de 

distribuição, 14 supermercados e 15 mercados agropecuários. 

 A Unidade Industrial de Leite Longa Vida (UHT) foi inaugurada aos vinte e sete dias 

do mês de março de 2002, em comemoração aos 90 anos da Cooperativa Santa Clara. No 

início, a indústria processava 6 milhões de litros de leite ao mês e, a partir de outubro de 2005, 

iniciou o processamento de cerca de 10 milhões de litros. Com a ampliação de abril de 2016, 

o processamento mensal passou a ser de 12 milhões de litros. Dentre estes estão: o integral, o 

desnatado e o semidesnatado. A indústria conta com 66 colaboradores que trabalham em 

quatro turnos de seis horas, garantindo o escoamento da produção em vinte e quatro horas 

diárias de trabalho contínuo, durante seis dias de cada semana.  

4.2 Descrição do processo produtivo 

 

 O processo de fabricação do leite UHT baseia-se em três etapas: (a) ultrapasteurização, 

que consiste na esterilização do leite pasteurizado; (b) envase, o qual se refere ao enchimento 

e à formação da embalagem do leite; e, por fim, (c) acondicionamento, etapa de produção das 

bandejas e aplicação do filme de proteção. A Figura 11 representa o layout de uma linha de 



 

42 

 

envase de leite tipo UHT similar às instaladas na indústria em estudo. É importante ressaltar 

que a linha_A não utiliza o Acumulador de embalagens e o Aplicador de tampas.  

Figura 11 - Linha de leite tipo UHT 

      

Fonte: Adaptado de Tetra Pak (2016). 

4.2.1 Ultrapasteurização de leite tipo UHT 

 

Ao chegar à indústria, o leite cru resfriado é armazenado em silos com capacidade de 

100.000 litros e, durante a estocagem, o mesmo permanece refrigerado com temperatura 

inferior a 4°C até ser liberado para a pasteurização. No processo de pasteurização, o leite é 

aquecido numa temperatura entre 72°C a 75°C por 15 a 20 segundos, refrigerado a uma 

temperatura inferior a 4°C, padronizado em um teor de gordura conforme o tipo de produto a 

ser elaborado (Integral, Semidesnatado ou Desnatado) e, posteriormente, é armazenado em 

outros silos com capacidade de 100.000 litros. O leite pasteurizado é enviado com auxílio de 

uma bomba centrífuga até o tanque de equilíbrio do ultrapasteurizador onde é 

ultrapasteurizado. Em síntese, o processo de Ultrapasteurização do leite UHT baseia-se nas 

seguintes etapas: 

1º) Pré-aquecimento: o leite é enviado por outra bomba centrífuga do tanque de 

equilíbrio até o trocador de calor tubular onde é pré-aquecido à temperatura 

aproximada de 80°C; 



 

43 

 

2º) Ultrapasteurização: o leite pré-aquecido é ultrapasteurizado através de injeção 

direta de vapor culinário, que eleva instantaneamente a temperatura do mesmo a 

142°C. O produto permanece nesta temperatura durante 4 segundos; 

3º) Resfriamento I: na etapa de resfriamento, o vapor culinário injetado durante a 

ultrapasteurização é retirado. Neste processo, o leite passa por uma câmara de 

vácuo onde é resfriado imediatamente e o vapor é retirado em forma de 

condensado com o auxílio de uma bomba de vácuo, onde o leite atinge uma 

temperatura aproximada de 80°C; 

4º) Homogeneização: após o resfriamento, o produto passa por um homogeneizador, 

para que ocorra a redução dos glóbulos de gordura, onde é homogeneizado em 

condições assépticas a uma pressão de 220 bar e a 80°C de temperatura; 

5º) Resfriamento II: na sequência do processo de homogeneização, o leite retorna ao 

trocador de calor tubular para sofrer outro resfriamento onde atinge temperatura 

aproximada de 30°C para o envase. 

 A Figura 12 ilustra as etapas necessárias para a ultrapasteurização do leite UHT. 

      Figura 12 – Etapas da Ultrapasteurização de leite tipo UHT 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

        Fonte: Adaptado de Tetra Pak (2016). 



 

44 

 

4.2.2 Envase de leite tipo UHT 

 

O leite ultrapasteurizado é enviado para as máquinas de envase asséptico através de 

tubulação de aço inoxidável. Insere-se um rolo de material de embalagem no magazine da 

máquina de envase e, a seguir, ocorrem as seguintes etapas: 

a) O material é desenrolado e forma-se um pulmão de material de embalagem; 

b) Aplica-se uma fita para a realização da selagem longitudinal em uma das bordas 

do material de embalagem; 

c) O material passa por um banho de peróxido de hidrogênio para esterilização; 

d) Após o banho o material entra em uma câmara asséptica e o excesso de peróxido 

de hidrogênio é removido por rolos espremedores emborrachados e por um sopro 

de ar estéril a 140°C; 

e) O material entra na seção de formação do tubo, onde há três anéis com roletes e 

que possuem circunferências diferentes, formando um tubo; 

f) O tubo passa por um elemento de selagem logitudinal que realiza a emenda entre 

as bordas do material; 

g) Após selado, o tubo recebe o leite, o qual é dosado em tubulação de aço 

inoxidável; 

h) Já com o leite, o tubo passa pelo sistema de mandíbulas. Neste sistema ocorre a 

selagem transversal de topo e fundo da embalagem e são realizados os vincos que 

dão formato à embalagem; 

i) Na sequência, a embalagem passa por um sistema dobrador de abas, o qual dobra 

e sela as abas de topo e fundo. 

Assim que as embalagens saem da máquina de envase através de uma esteira 

transportadora, passam por uma unidade datadora e recebem a impressão com os dados de 

lote, data de fabricação e data de validade.  

 



 

45 

 

4.2.3 Acondicionamento de leite tipo UHT 

 

 As embalagens das linhas A e B são conduzidas através de esteiras transportadoras até 

as máquinas encaixotadoras para serem acondicionadas em bandejas de papelão contendo 12 

unidades. As bandejas são transportadas por esteiras transportadoras até o túnel de 

encolhimento, onde recebem uma película de plástico termorretrátil e são acondicionadas em 

paletes de madeira pelo sistema de paletização automática composto por uma célula com 

robô.  

 Já as embalagens das linhas C e D são encaminhadas através de esteiras 

transportadoras até as máquinas acumuladoras de embalagens, passam pelas máquinas 

aplicadoras de tampas e seguem até as máquinas encaixotadoras para serem acondicionadas 

em bandejas fechadas de papelão com 12 unidades. As bandejas são transportadas por esteiras 

transportadoras e são acondicionadas em paletes de madeira pelo sistema de paletização 

automática composto por outra célula com robô. Após a montagem, os paletes das quatro 

linhas recebem um filme de proteção denominado stretch, são identificados e são 

armazenados em um sistema de drive-ins estáticos, permanecendo neste local aguardando 

liberação por parte do laboratório da Indústria de Leite tipo Longa Vida.  

 Há em operação quatro linhas (A, B, C e D) de máquinas de envase asséptico, as quais 

são alimentadas por dois ultrapasteurizadores, ou seja, existe um ultrapasteurizador para cada 

duas máquinas de envase. As máquinas que compõem cada linha de envase de leite tipo UHT 

podem ser observadas na Tabela 1. 

      

 

 

 

 

 

 



 

46 

 

 Tabela 1 - Máquinas que compõem as linhas de leite tipo UHT 

 Fonte: Elaborada pelo autor. 

4.2.4 Limpeza CIP e Regime de operação 

 

As produções de leite tipo UHT ocorrem em ciclos de 35 horas contínuas, sendo que 

ao final de cada ciclo há a necessidade de parada para limpeza CIP nas tubulações de produto 

e nova ultrapasteurização para o restabelecimento da produção. O tempo total da parada para 

a realização da limpeza CIP é de 5 horas, sendo que, desse total, 3 horas são para a realização 

da limpeza e 2 horas são para a realização dos passos do ultrapasteurizador para o ciclo 

subsequente.  

No momento em que ocorre o término do ciclo de produção, as máquinas de envase 

também realizam uma limpeza CIP de 1,5 horas e as outras máquinas da linha ficam paradas, 

recebendo cuidados de limpeza manual pelos operadores. Realizou-se uma simulação da 

operação da indústria em um mês, com os tempos de produção e parada para limpeza CIP, 

com base de cálculo de quatro semanas conforme procedimento do PCP, os quais podem ser 

observados na Figura 13.  

 

 

Máquina Função
Embalagem

(Formato)
Linha (s)

Capacidade

(l/h)

Tetra Pak VTIS Ultrapasteurizador Brik A e B 15.000

Tetra Pak A3 Flex Envasadora Brik A 7.000

Tetra Cardboad Packer 70 Encaixotadora Brik A 7.000

Tetra Tray Shrink 51 Túnel de encolhimento Brik A e B 7.000

Tetra Pak A3 Flex Envasadora Brik B 7.000

Tetra Cardboad Packer 70 Encaixotadora Brik B 7.000

Tetra Tray Shrink 51 Túnel de encolhimento Brik A e B 7.000

Robô 1 Paletização automática Brik A e B 14.000

Tetra Pak VTIS Lactenso Ultrapasteurizador Brik C e D 18.000

TP A3 Flex Envasadora Edge C 8.000

Tetra Accumulator 30 Acumulador Edge C 8.000

Tetra Cap Applicator 25 Aplicador de tampas Edge C 8.000

Tetra Cardboad Packer 32 Encaixotadora Edge C 8.000

TP A3 Flex Envasadora Edge D 8.000

Tetra Accumulator 30 Acumulador Edge D 8.000

Tetra Cap Applicator 25 Aplicador de tampas Edge D 8.000

Tetra Cardboad Packer 32 Encaixotadora Edge D 8.000

Robô 2 Paletização automática Brik C e D 16.000



 

47 

 

Figura 13 - Simulação de produção em um mês  

 

Fonte: Elaborada pelo o autor. 

A indústria opera de segunda-feira a sábado, com folga aos domingos, ou seja, seis 

dias semanais de operação e um dia semanal sem atividade. O regime de operação da mesma 

pode ser observado na Figura 14.  

           Figura 14 - Regime de operação da indústria  

 

 

 

             Fonte: Elaborada pelo o autor. 

A indústria opera em quatro (04) turnos de trabalho de 6 horas cada um, conforme 

mostrado na Tabela 2. 

                                           Tabela 2 - Turnos de trabalho da indústria 

 

 

 

          

                                                    Fonte: Elaborada pelo autor. 

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16

CIP/mês

(Ciclos)

12

Produção/semana

(h)

129

Semana 4

144

SIMULAÇÃO DE PRODUÇÃO/MÊS

60

Semana 2

144

Semana 3

144144

Semana 1

CIP/mês

(h)

CIP/semana

(h)

15

Produção/mês

(h)

516

Produção/mês

(Ciclos)

Turno Período (h)

1° 00h às 06h

2° 06h às 12h

3° 12h às 18h

4° 18h às 00h

Dias de operação

(semana)

Horas de 

operação

(dia)

Regime de 

operação/semana

(h)

Regime de 

operação/mês

(h)

6 24 144 576

Regime de operação da indústria



 

48 

 

Observa-se que neste regime de trabalho com quatro turnos, há quatro operadores 

diferentes operando cada máquina, em cada dia de operação.  

4.2.5 Eficiência produtiva da indústria 

 

A fim de analisar o PMMP na linha_A, o qual é descrito no seguinte capítulo, é 

necessário analisar a eficiência deste processo. As metas de produção da indústria são 

elaboradas pelo PCP, após demanda enviada pelo departamento de vendas. Realiza-se uma 

análise dos números de produção das quatro linhas de envase, dos anos 2015 e 2016, os quais 

podem ser observados na Figura 15. 

Figura 15 - Eficiência produtiva da Indústria de Leite Tipo UHT 

 

Fonte: Elaborada pelo autor. 

A Figura anterior mostra que a capacidade produtiva da indústria é de 15.480.000 

litros de leite por mês, porém, a média de produção mensal é de 11.520.000 litros de leite, 

tendo uma eficiência de 74,42%. Isso ocorre devido ao alto índice de paradas de máquinas por 

falhas ou por quebras mecânicas e elétricas. Vale lembrar que existem alguns eventos 

externos que também causam paradas não programadas nas linhas de envase e contribuem 

para a queda na eficiência produtiva, apesar da ocorrência desses eventos serem pequenas e 

dos números não serem muito representativos. Os eventos estão relacionados ao provimento 

das utilidades, como: problemas no fornecimento de vapor, ar comprimido, água gelada e 

água potável.  

 

Horas/dia Litros/h Litros/mês

24 30.000 21.600.000

Litros/h Qtd/sem Litros/mês

30000 4 15.480.000

Horas/dia Litros/h Litros/mês

16 30.000 11.520.000

Eficiência Produtiva (Atual) 15.480.000 100 74,42%

11.520.000 X

Capacidade instalada

Capacidade de Produção

Produção Real (Média)

Dias

30

Horas/sem

129

Dias

24

Eficiência Produtiva - Indústria de Leite Tipo UHT



 

49 

 

4.3 Descrição do setor de manutenção 

 

 Na indústria de leite tipo UHT, as máquinas e os equipamentos possuem uma plaqueta 

de identificação do fabricante. Essa identificação é utilizada pelo setor de manutenção UHT 

para os registros de ocorrências. Esse setor não utiliza o programa SILMAN para realizar o 

controle das atividades do PCM, realizando o controle em planilhas do Microsoft Excel e 

anotações em livros de registro dos equipamentos. O setor de manutenção UHT é 

administrado por um encarregado de manutenção, o qual é subordinado do Gerente da 

Manutenção Industrial. A equipe é composta pelo encarregado e cinco técnicos de 

manutenção, conforme mostrado na Figura 16, os quais executam as manutenções corretivas e 

preventivas nas máquinas e equipamentos e as manutenções prediais (elétrica, mecânica e 

hidráulica) necessárias na indústria. As funções do PCM e do controle do almoxarifado das 

peças de reposição são realizadas pelo encarregado do setor. 

Figura 16 - Organograma do setor de manutenção UHT 

 

Fonte: Elaborada pelo autor. 

A manutenção atua em escalas de horários diferentes que compreendem as 24 horas de 

cada dia, conforme exposto na Tabela 3, com intuito de sempre estar presente durante o 

regime de operação da indústria. Cada profissional goza de um intervalo de 1 hora e 10 

minutos. 

 

 

 

 

Encarregado de 
manutenção 

Téc. Mecânica Téc. Mecatrônica Téc. Mecatrônica Téc. Mecatrônica Eletrotécnico 



 

50 

 

 Tabela 3 - Escalas da manutenção UHT  

Período (h) Profissional 

07h às 10h e 38min – 11h e 50min às 17h Encarregado de manutenção 

07h às 10h e 38min – 11h e 50min às 17h Técnico em Mecânica 

07h às 12h – 13h e 10min às 17h Eletrotécnico 

07h às 12h – 13h e 10min às 17h Técnico em Mecatrônica 

12h às 17h e 50min – 19h às 21h e 58min Técnico em Mecatrônica 

20h às 02h – 03h e 10min às 05h e 58min Técnico em Mecatrônica 

  Fonte: Elaborado pelo autor. 

Como ilustrado na Tabela 4, o maior índice de atuação dos profissionais do setor está 

concentrado nas manutenções corretivas, com baixo índice de realização de manutenções 

preventivas periódicas programadas. Este fator ocorre pelos altos volumes de matéria prima 

que entram na indústria, dificultando o planejamento das paradas programadas para a 

realização das manutenções preventivas. O fabricante dos equipamentos fornece check lists de 

manutenção para serem executados em intervalos de 250h e os mesmos não são executados 

para que não ocorra a parada da máquina, a qual interrompe a produção. Por outro lado, uma 

quantidade elevada de falhas ou quebras param as máquinas e contribuem para baixos índices 

de eficiência e performance das linhas de envase.  

Tabela 4 - Índice de atuação da manutenção UHT 

Tipo de Manutenção Índice de 

atuação 

Atividades 

Corretiva não programada 25% Reparar quebras nos equipamentos e utilidades. 

Corretiva programada 45% 

Troca de mangueiras, vedações, rolamentos, 

peças e componentes diversos, realizar 

pequenos ajustes, apertos de parafusos e 

conexões, trocar lâmpadas, reparar tubulações 

das utilidades, etc. 

Preventiva 15% 
Executar a manutenção preventiva programada 

nas máquinas, equipamentos e utilidades. 

Instalações 15% Elétricas, hidráulicas e mecânicas prediais. 

Fonte: Elaborado pelo autor. 



 

51 

 

Realiza-se a cada ano, de forma escalonada, uma manutenção preventiva programada 

de cinco (05) dias nas máquinas e equipamentos de cada linha. Essas manutenções 

preventivas são programadas para iniciar em uma segunda-feira e são concluídas na sexta-

feira da mesma semana. Geralmente ocorrem das 8h às 17h e no período das 17h às 8h a 

máquina fica parada, sem assistência de manutenção. Conforme observações dos profissionais 

do setor, após a manutenção preventiva, as máquinas operam em média durante quatro (04) 

meses sem apresentação de falhas ou quebras mecânicas, apresentando as primeiras paradas a 

partir do quinto mês. Os profissionais alegam que isso ocorre devido ao desgaste prematuro 

de algumas peças ou componentes.  

Constatou-se durante os diálogos e entrevistas com os técnicos de manutenção e 

operadores de máquinas que os ultrapasteurizadores são equipamentos que apresentam 

baixíssimo índice de paradas por falhas ou quebras. Por outro lado, máquinas de envase, as 

encaixotadoras e os túneis de encolhimento apresentam um índice mais elevado de paradas 

que geralmente são causadas por pequenas falhas pontuais, as quais poderiam ser 

minimizadas se os conjuntos geradores dessas falhas fossem inspecionados antes do início de 

cada ciclo de produção. Quando ocorre uma parada da máquina de envase, os técnicos têm 40 

minutos para sanar o problema, do contrário, a máquina perde a sua esterilização, o programa 

deve ser passado ao passo zero e uma limpeza CIP de 1h e 30min deve ser realizada na 

mesma. Além de aumentar o custo operacional, as paradas das máquinas de envase 

contribuem para a ineficiência do processo produtivo. 

4.3.1 PMMP na máquina TP A3/Flex 

 

Para a elaboração do PMMP da máquina de envase TP A3/Flex, segue-se os seguintes 

procedimentos: 

a) Como estratégia, define-se a aplicação da manutenção preventiva; 

b) Realiza-se uma pesquisa com coleta de dados e informações nos históricos das 

máquinas, check lists, manuais do fabricante e catálogos das mesmas; 

c) Realiza-se entrevistas e diálogos com os técnicos de manutenção acerca da 

elaboração do PMP e OS para a máquina; 



 

52 

 

d) Elabora-se um mapeamento dos pontos de lubrificação e limpeza que deveriam ser 

inseridos no PMP e OS; 

e) Elabora-se um mapeamento dos pontos de verificação e inspeção que deveriam ser 

inseridos no PMP e OS; 

f) Elabora-se um mapeamento dos pontos de ajustes que deveriam ser inseridos no 

PMP e OS. 

Após a realização das etapas do roteiro acima, elabora-se no Microsoft Excel um PMP 

(APÊNDICE A), vinculado a uma OS (APÊNDICE B) para a realização de manutenção 

preventiva na máquina de envase TP A3/Flex da linha A, durante as 5 horas de parada para 

CIP no ultrapasteurizador. O procedimento foi elaborado com a utilização de informações do 

manual de manutenção (MM) da máquina e com base no conhecimento técnico e prático dos 

colaboradores do setor de manutenção UHT. Estes solicitaram que os documentos fossem 

elaborados de forma simplificada, sem imagens, figuras ou tabelas e deveriam mencionar os 

documentos de referência do MM da máquina para cada ponto de intervenção da OS e do 

PMP. 

Foram inseridos no PMP os principais pontos de verificação, ajuste e limpeza, que 

geram a maior quantidade de paradas por falhas pontuais na máquina. O tempo total para a 

execução das tarefas da OS ficou em 210 minutos, ou seja, 3 horas e 30 minutos, salientando 

que o tempo de execução de todas as tarefas constadas na OS deveria ser menor ou igual a 5 

horas, visto que esse é o tempo total de parada para CIP no ultrapasteurizador. Após a 

elaboração do PMP e da OS, foi elaborado o mapa de planejamento das manutenções 

preventivas programadas (APÊNDICE G) para as primeiras quinze (15) semanas do ano de 

2017. O mapa traz informações das intervenções que serão realizadas, como: data, semana e 

horário. 

4.3.2 PMMP na máquina Tetra Cardboard Packer 70 

 

O primeiro passo para a elaboração do PMMP na encaixotadora foi a realização de um 

roteiro idêntico ao do tópico 3.2.4, no qual definiu-se a estratégia de manutenção a ser 

adotada, fez-se pesquisas, entrevistas, coletas de dados e informações e o mapeamento dos 

pontos de lubrificação, de limpeza, de verificação e de ajustes a serem inseridos no PMP e 

OS. Após a realização das etapas do roteiro, elaborou-se no Microsoft Excel o PMP 



 

53 

 

(APÊNDICE C) e a OS (APÊNDICE D) para a máquina encaixotadora seguindo o mesmo 

modelo de pesquisa realizado na elaboração dos documentos da máquina de envase, ou seja, 

com a utilização de informações provenientes dos diálogos e pesquisas realizadas com os 

colaboradores da indústria e com a utilização do manual MM da máquina. 

No PMP da encaixotadora Tetra Cardboard Packer 70 (TCBP 70) foram inseridos os 

principais pontos de verificação, ajuste e limpeza, que geram a maior quantidade de paradas 

por falhas pontuais na mesma. O tempo total para a execução das tarefas da OS ficou em 135 

minutos, ou seja, 2 horas e 15 minutos. Após a elaboração do PMP e da OS, foi elaborado o 

mapa de planejamento das manutenções preventivas programadas (APÊNDICE G) para as 

primeiras quinze (15) semanas do ano de 2017.  

4.3.3 PMMP na máquina Tetra Tray Shrink 51 

 

Da mesma forma que as outras máquinas da linha A, elaborou-se o roteiro com as seis 

(06) etapas e, posteriormente, no Microsoft Excel, o PMP (APÊNDICE E) e a OS 

(APÊNDICE F) para o túnel de encolhimento Tetra Tray Shrink 51 (TTS 51). Utilizou-se de 

informações provenientes dos diálogos e pesquisas realizadas com os colaboradores da 

indústria , com a utilização do manual MM da máquina. Foram inseridos os principais pontos 

de verificação, ajuste e limpeza, que geram a maior quantidade de paradas por falhas pontuais 

na mesma. O tempo total para a execução das tarefas da OS ficou em 75 minutos, ou seja, 1 

hora e 15 minutos. Após a elaboração do PMP e da OS, foi elaborado o mapa de planejamento 

das manutenções preventivas programadas (APÊNDICE G). 

4.4 Análise do PMMP nas máquinas da linha_A 

 

 Após a elaboração do PMMP para as três (03) máquinas da linha_A, foram 

analisados os índices de produção desta linha, conforme apresentado na Figura 17. 

         

 

 

 

 

 



 

54 

 

Figura 17 - Eficiência produtiva da linha_A 

Fonte: Elaborada pelo autor. 

Como pode-se observar, a capacidade de produção da linha_A é de 5.040.000, porém 

a média de produção mensal é de 2.352.000 litros de leite, constituindo uma eficiência de 

65% em função do elevado índice de paradas das máquinas por falhas ou por quebras. A 

média do lucro unitário da venda de leite tipo UHT realizada entre os meses de janeiro a julho 

de 2016 é de R$ 0,154. Multiplicando o valor do lucro unitário de R$ 0,154 pela média de 

produção mensal, constata-se que essa linha de envase gera para a empresa um lucro médio 

mensal de R$ 362.208,00. Os valores apresentados tratam-se de estimativas para analisar o 

potencial do PMMP na linha em estudo. Com a utilização destes números, realiza-se uma 

simulação da implementação do PMMP na linha_A, a qual pode ser observada na Figura 18. 

 

 

 

 

 

 

Horas/dia Litros/h Litros/mês

24 7.000 5.040.000

Litros/h Qtd/sem Litros/mês

7000 4 3.612.000

Horas/dia Litros/h Litros/mês

14 7.000 2.352.000

Eficiência Produtiva (Atual) 3.612.000 100 65,12%

2.352.000 X

Lucro Unitário (Médio) R$ 0,154

Litros/mês Lucro/mês

2.352.000 R$ 362.208,00

Capacidade instalada
Dias

30

Resultado (Mensal)
Lucro

R$ 0,154

Capacidade de Produção
Horas/sem

129

Produção Real (Média)
Dias

24

Eficiência Produtiva - Linha_A



 

55 

 

              Figura 18 – Simulação de implementação do PMMP na linha_A 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

             

 

                 Fonte: Elaborada pelo autor. 

Conforme pode-se observar na Figura 18, para a implementação do PMMP nas 

máquinas da linha_A existe a necessidade de um planejador de PCM, um computador com 

impressora, material de expediente e utilização de dois técnicos de manutenção que trabalhem 

em horário flexível. Um dos técnicos deve ficar dedicado para a máquina de envase, visto que 

o tempo de manutenção preventiva na mesma é de 3 horas e 30 minutos e, o outro, deve ficar 

Recursos Qtd
Horas

Trabalhadas
Total

Planejador PCM 1 36 900,00R$        

Técnico de Manutenção 2 60 4.200,00R$    

Computador 1 100 8,10R$            

Impressora 1 100 3,40R$            

Material de escritório 30,00R$          

5.141,50R$    

 N° Horas/mês  x    Litros/h     x    N° semanas    =    Litros/mês

7000 4 3.612.000

      N° dias       x   Horas/dia   x       Litros/h        =    Litros/mês

14 7.000 2.352.000

      N° dias       x   Horas/dia   x       Litros/h        =    Litros/mês

14,5 7.000 2.436.000

100%

X

100%

X

→ 2,33%

Lucro Litros/mês Lucro/mês

0,154 2.352.000 R$ 362.208,00

Lucro Litros/mês Lucro/mês

0,154 2.436.000 R$ 375.144,00

R$ 12.936,00

Resultado (lucro - (custos + despesas) R$ 7.794,50

SIMULAÇÃO DOS RESULTADOS

Resultado Mensal de2016 (Real)

Simulação do lucro na venda, com 

acréscimo na eficiência em 2,33%

Acréscimo no lucro, com o aumento da eficiência em 2,33%

Simulação da Eficiência com acréscimo de 1,5 hora na produção

3.612.000 litros/mês (Capac. Produção)
→ 67,44%

2.436.000 litros/ mês (14,5h/dia)

Acréscimo na Eficiência

LUCRO LÍQUIDO DA VENDA POR LITRO DE LEITE = R$ 0,154

EFICIÊNCIA  

Eficiência Produtiva Mensal de 2016 (Real)

3.612.000 litros/mês (Capac. Produção)
→ 65,12%

2.352.000 litros/ mês (14h/dia)

Média de Produção do ano de 2016

Produção de 2016 (Real)
24

Simulação com acréscimo de 1,5 hora diária na produção

Simulação de acréscimo

na Produção 24

Capacidade de Produção
129

CUSTOS E DESPESAS  

Custos e Despesas Mensais do Plano em atividade

Custo

Unitário/H

25,00R$        

35,00R$        

0,081R$        

0,034R$        

PRODUÇÃO

Capacidade de Produção da Indústria



 

56 

 

dedicado para as duas máquinas do setor de acondicionamento, totalizando 3 horas e 30 

minutos de trabalho.  

Realiza-se uma simulação da implementação do PMMP na linha_A, com um 

percentual de acréscimo moderado de 2,33% na eficiência da mesma. O custo mensal do 

PMMP é de R$ 5.141,50. Se o plano contribuir para o aumento moderado de 2,33% na 

eficiência mensal da linha, existe um ganho mensal de R$ 7.794,00, o qual justifica a 

viabilidade de implementação do PMMP. Utiliza-se um percentual de acréscimo moderado na 

simulação, justamente para avaliar a viabilidade da implementação, sendo que, estando o 

PMMP em operação, quanto maior o percentual de acréscimo na eficiência da linha, maior é o 

ganho financeiro da empresa. 

 Observa-se que o PMMP propicia benefícios para a indústria de leite tipo UHT, tais 

como:  

a) As manutenções preventivas programadas, quando aplicadas nas máquinas da 

linha_A, no período de CIP do ultrapasteurizador, não impactam na produção 

comercial; 

b) Os técnicos de manutenção têm mais contato com as máquinas. Estão mais atentos 

ao comportamento das mesmas, analisando folgas, desgastes, vazamentos, ruídos, 

odores estranhos, dentre outros;  

c) A frequência da execução das manutenções preventivas programadas durante o 

período de CIP do Ultrapasteurizador faz com que as máquinas falhem ou quebrem 

c