UNIVERSIDADE DO VALE DO TAQUARI - UNIVATES 

CURSO DE ENGENHARIA CIVIL 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ESTUDO DA VIABILIDADE DA SUBSTITUIÇÃO PARCIAL DO 

AGREGADO MIÚDO POR AGREGADO MIÚDO RECICLADO DE PVC 

(POLICLORETO DE VINILA) EM CONCRETOS CONVENCIONAIS 

 

Guilherme Welzbacher 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Lajeado, novembro de 2019 



 
 

Guilherme Welzbacher 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ESTUDO DA VIABILIDADE DA SUBSTITUIÇÃO PARCIAL DO 

AGREGADO MIÚDO POR AGREGADO MIÚDO RECICLADO DE PVC 

(POLICLORETO DE VINILA) EM CONCRETOS CONVENCIONAIS 

 

 

 

Trabalho apresentado na disciplina de 

Trabalho de Conclusão de Curso – Etapa II, 

na linha de formação específica em 

Engenharia Civil, da Universidade do Vale do 

Taquari – UNIVATES, como parte da 

exigência para a obtenção do título de 

Bacharel em Engenharia Civil. 

 

Orientador: Prof.ª Ma. Débora Pedroso 

Righi 

 

 

 

 

Lajeado, novembro de 2019 



 
 

AGRADECIMENTOS 

 

 No final de mais uma etapa de minha vida, venho através deste trabalho de 

conclusão agradecer e demonstrar o quanto esta caminhada me fortificou para 

adquirir conhecimentos e aprendizagens, para me tornar um profissional capaz de 

buscar a cada dia mais objetivos a serem atingidos. 

Gostaria de agradecer a minha família pela paciência e apoio nos momentos 

mais difíceis, e pela motivação constante dos meus pais para me tornar um 

profissional capaz, sem perder a essência da família, que é a união em torno de um 

objetivo maior que é o bem-estar do outro. 

 Em especial gostaria de agradecer a minha orientadora, professora mestra 

Débora Pedroso Righi, por estar sempre pronta, mesmo nos momentos mais difíceis 

a me auxiliar, par me orientar nesta reta final que sempre é muito trabalhosa. 

Quero agradecer aos meus professores pelos ensinamentos, pela disposição 

em esclarecer as minhas dúvidas sempre que surgiam. 

Agradeço também ao pessoal do laboratório LATEC (Laboratório de 

Tecnologias da Construção) que me ajudaram na realização dos ensaios práticos. 

E a todos colegas e principalmente aos amigos que fiz durante curso e que com 

certeza ficaram para sempre na minha vida. 

      .   



 
 

RESUMO 

 

Diversos estudos relacionam o aumento da degradação ambiental com a crescente 
extração de recursos naturais para sua utilização como matérias-primas para a 
construção. Em paralelo a este fato, a construção civil é o setor que mais gera 
resíduos, os quais, na maioria dos casos, não recebem a correta destinação. Isto deixa 
claro o quão relacionado estão o tema da sustentabilidade a da construção civil, sendo 
um grande desafio manter a harmonia entre a exploração de recursos, o seu consumo 
e a geração de resíduos. Dentre os resíduos gerados pela construção, pode-se 
mencionar o Polyvinly Chloride ou Policloreto de Vinila (PVC). O estudo tem como 
objetivo verificar a influência da substituição parcial do agregado natural por resíduo 
de PVC moído em concretos convencionais, analisando seu desempenho quanto às 
propriedades físicas e mecânicas. Inicialmente, desenvolveu-se uma pesquisa acerca 
do tema para obter o devido embasamento sobre os resíduos de PVC, bem como, 
sobre o concreto e seus componentes. O programa experimental foi divido em quatro 
estágios, no primeiro foram realizados os ensaios caracterização dos materiais 
utilizados, em seguida, foi definido o traço, na terceira etapa, dosou-se quatro traços 
de concreto, um de referência, sem nenhum tipo de modificação, e outros três com a 
substituição parcial do agregado miúdo por agregado reciclado, sendo elas nas 
proporções de 5%, 10% e 15%. Os resultados obtidos através dos ensaios e análises 
realizados permitiu concluir que a porcentagens de 5% é a mais indicada para o uso 
em concretos convencionais, sendo que esta obteve resultados melhores que o 
concreto de referência em todos os aspectos analisados. No traço com 10% de 
substituição, também se observou resultados positivos, ainda que estes não superem 
o concreto referência. 

Palavras-chave: PVC. Concreto. Sustentabilidade. Agregado Reciclado. Resíduos.



 
 

LISTA DE ILUSTRAÇÕES 

 

 

Figura 1 – Processo de produção do PVC ..................................................................17 

Figura 2 – Principais aplicações do PVC no Brasil, em 2001 ......................................18 

Figura 3 – Principais aplicações por setor da economia .............................................19 

Figura 4 – Símbolo para designar produtos de PVC ...................................................20 

Figura 5 – Fluxograma da metodologia do estudo......................................................29 

Figura 6 – Resíduo de PVC moído..............................................................................36 

Figura 7 – Comparação do abatimento.......................................................................56 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 



 
 

LISTA DE GRÁFICOS 

 

 

Gráfico 1 – Curvas de Abrams para determinação da relação de água/cimento.......39 

Gráfico 2 – Curva granulométrica do agregado miúdo natural....................................48 

Gráfico 3 – Curva granulométrica do agregado graúdo natural..................................50 

Gráfico 4 – Curva granulométrica do agregado miúdo reciclado................................52 

Gráfico 5 – Resistência à compressão x idade de rompimento...................................57 

Gráfico 6 – Resistência à tração por compressão diametral aos 28 dias.....................60 

Gráfico 7 – Absorção de água por capilaridade x tempo............................................63 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 



 
 

LISTA DE TABELAS 

 

 

Tabela 1 – Classificação da areia por seu MF.............................................................24 

Tabela 2 – Classificação do agregado graúdo por seu DMC ......................................25 

Tabela 3 – Parâmetros de dosagem estabelecidos.....................................................38 

Tabela 4 – Consumo de água aproximado.................................................................39 

Tabela 5 – Volume compactado seco (Vc) de agregado graúdo para um metro cúbico 
de concreto.................................................................................................................40 

Tabela 6 – Propriedades granulométricas do agregado miúdo natural......................48 

Tabela 7 – Propriedades granulométricas do agregado graúdo natural.....................50 

Tabela 8 – Propriedades granulométricas do agregado miúdo reciclado...................52 

Tabela 9 – Absorção de água e índice de vazios.........................................................58 

Tabela 10 – Absorção de água por capilaridade.........................................................63 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 



 
 

LISTA DE QUADROS 

 

 

Quadro 1 – Classificação dos Resíduos Sólidos ........................................................15 

Quadro 2 – Primeira ocorrência e primeira produção industrial de alguns polímeros 
comerciais ..................................................................................................................16 

Quadro 3 – Características físicas do cimento ...........................................................30 

Quadro 4 – Traço de referência...................................................................................53 

Quadro 5 – Traços utilizados na produção do concreto, com seu consumo em 
massa.........................................................................................................................54 

Quadro 6 – Comparação do uso de aditivo com o abatimento encontrado.................55 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 



 
 

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 

 

 

ABCP – Associação Brasileira de Cimento Portland 

ABNT – Associação Brasileira de Norma Técnicas 

AR – Agregado reciclado 

CORSAN – Companhia Riograndense de Saneamento 

CP – Cimento Portland 

DMC – Diâmetro Máximo Característico 

ISO – Organização Internacional de Padronização 

LATEC – Laboratório de Tecnologia da Construção 

MVC – Monômero Cloreto de Vinila 

NBR – Norma Brasileira 

NM – Norma Mercosul 

PVC – Policloreto de Vinila 

RCC – Resíduo de Construção Civil 

RCD – Resíduo de Construções e Demolições 

SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio ás Micro e Pequenas Empresas 



 

SUMÁRIO 

 

 
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 9 

1.1 Considerações iniciais .......................................................................................................... 9 

1.2 Objetivos .................................................................................................................................10 

1.2.1 Objetivo geral ......................................................................................................................10 

1.2.2 Objetivos específicos ........................................................................................................10 

1.3 Justificativa .............................................................................................................................11 

1.4 Delimitações da pesquisa ....................................................................................................11 

1.5 Estrutura da pesquisa ...........................................................................................................12 

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .................................................................................. 13 

2.1 Sustentabilidade ....................................................................................................................13 

2.2 Resíduos .................................................................................................................................14 

2.3 Polímeros ................................................................................................................................15 

2.3.1 História dos polímeros ......................................................................................................15 

2.3.2 PVC ........................................................................................................................................16 

2.3.3 Características e aplicações do PVC ..............................................................................18 

2.3.4 Reciclagem do PVC ............................................................................................................19 

2.4 Concreto ..................................................................................................................................21 

2.4.1 Constituintes do concreto ................................................................................................21 

2.4.2 Cimento Portland ................................................................................................................22 

2.4.3 Agregados............................................................................................................................23 

2.4.4 Água de amassamento ......................................................................................................26 

2.5 Concreto com o uso de materiais reciclados ..................................................................26 

3 MATERIAIS E MÉTODOS ..................................................................................... 28



 

3.1 Programa Experimental ........................................................................................................28 

3.2 Materiais utilizados ...............................................................................................................29 

3.2.1 Cimento ................................................................................................................................29 

3.2.2. Agregado miúdo natural ..................................................................................................31 

3.2.3 Agregado graúdo ................................................................................................................34 

3.2.4 PVC moído ...........................................................................................................................35 

3.2.6 Água de amassamento ......................................................................................................37 

3.3 Determinação do traço .........................................................................................................37 

3.4 Ensaios no estado fresco ....................................................................................................42 

3.4.1 Ensaio de abatimento tronco de cone - slump test .....................................................42 

3.5 Ensaios no estado endurecido ...........................................................................................43 

3.5.1 Resistência à compressão................................................................................................43 

3.5.2 Absorção e índice de vazios ............................................................................................44 

3.5.3 Resistência à tração por compressão diametral ..........................................................45 

3.5.4 Absorção de água por capilaridade ................................................................................45 

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES ........................................................................... 47 

4.1 Caracterização dos materiais ..............................................................................................47 

4.1.1 Cimento ................................................................................................................................47 

4.1.2 Agregado miúdo natural ...................................................................................................47 

4.1.2 Agregado graúdo natural ..................................................................................................49 

4.1.3 Agregado miúdo reciclado ...............................................................................................51 

4.2 Definição do traço .................................................................................................................53 

4.3 Ensaio do concreto em estado fresco ...............................................................................54 

4.3.1 Ensaio de abatimento do tronco de cone – slump test...............................................54 

4.4 Ensaio do concreto em estado endurecido ......................................................................56 

4.4.1 Resistência à compressão................................................................................................56 

4.4.2 Absorção e índice de vazios ............................................................................................58 

4.4.3 Resistência à tração por compressão diametral ..........................................................59 

4.4.4 Absorção de água por capilaridade ................................................................................61 

5 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 64 

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 66 



9 
 

1 INTRODUÇÃO 

 

 

1.1 Considerações iniciais 

 

Pesquisas mostram que a geração de lixo no Brasil cresce muito mais que a 

população, segundo a Agência Brasil (2015) demonstrou em seu estudo que, a 

produção de resíduos aumentou em 29% entre 2003 e 2014, sendo que neste mesmo 

período, a taxa de crescimento populacional foi de 6%, o que equivale a quase cinco 

vezes menos. Também deve ser citado que, segundo a pesquisa, das 78,6 toneladas 

de resíduos gerados em 2014, a enorme quantia de 29,6 toneladas, ou 41,6% do total, 

foram dispostas em locais inadequados e que podem trazer riscos à saúde e ao meio 

ambiente. 

Quando relativo à reciclagem do Polyvinly Chloride ou policloreto de vinila 

(PVC), o Instituto Brasileiro do PVC (2015), indica que conforme pesquisa realizada 

em 2014 a taxa de reciclagem é de apenas 17,1%. Um valor extremamente baixo, 

haja vista que, o PVC é um polímero 100% reciclável. 

Segundo Silva (2009), deve-se sempre pensar na sustentabilidade ambiental, 

desta forma, utilizar os recursos pensando no futuro, pois o consumo excessivo de 

recursos natural acaba gerando um grande desgaste à natureza. 

A sustentabilidade é um assunto que vem gradativamente fazendo parte da 

construção civil. As atividades deste setor sempre causaram grandes impactos ao 

meio ambiente, seja com a grande produção de resíduos, seja com a exploração de 



10 
 

recursos naturais. Agora as empresas desta esfera vêm, cada vez mais, buscando 

formas de se adequar a uma nova demanda, proveniente de clientes dispostos a pagar 

mais com a garantia de estar ajudando a natureza (CARDOSO, GALATTO e 

GUADAGNN, 2014). 

Cardoso, Galatto e Guadagnin (2014) ainda indicam, tanto a busca por novos 

materiais na indústria da construção, como a utilização dos materiais reciclados. 

Essas matérias-primas reutilizadas diminuem os gastos com a construção, a 

necessidade de se extrair recursos naturais e a poluição gerada pelo descarte 

incorreto dos resíduos. 

Com isto, o presente trabalho buscar verificar a viabilidade da substituição 

parcial do agregado miúdo natural por resíduo de PVC em concretos convencionais. 

 

1.2 Objetivos 

  

1.2.1 Objetivo geral  

 

O objetivo geral deste trabalho é avaliar a viabilidade da substituição parcial do 

agregado miúdo natural por resíduo de PVC moído em concretos convencionais, 

quanto as suas propriedades físicas e mecânicas. 

  

1.2.2 Objetivos específicos    

  

Os objetivos específicos deste trabalho são: 

a) Caracterizar as propriedades físicas dos agregados miúdos, graúdos e 

reciclados; 

b) Analisar a porcentagem de substituição de agregado miúdo por PVC em 5%, 

10% e 15%; 

c) Definir um traço de referência para a moldagem dos corpos de prova; 

d) Comparar os resultados do ensaio em estado fresco entre os concretos de 

referência e os concretos com agregados reciclados; 



11 
 

e) Analisar os resultados dos testes para o estado endurecido nos concretos 

convencionais e naqueles onde há substituição de agregados; 

f) Realizar uma análise geral dos resultados, a fim de constatar a influência da 

substituição do PVC moído. 

 

1.3 Justificativa 

 

A justificativa pela escolha deste tema se dá pela preocupação com a proteção 

do meio ambiente, pois a cada dia que se passa, os sinais de degradação ambiental 

se tornam mais evidentes. A combinação da taxa de crescente produção de resíduos, 

que não recebem o destino correto, em conjunto com a possibilidade do esgotamento 

reservas minerais, geram a necessidade de buscar alternativas capazes de solucionar 

tais problemas (SILVA, 2009). 

Com isto, avaliou-se a possibilidade de utilizar o resíduo de PVC, um polímero 

muito abundante e, que em muitos casos, não recebe o destino correto, para substituir 

o agregado miúdo natural no concreto, desta forma, também diminuindo a extração 

deste recurso natural. 

 

1.4 Delimitações da pesquisa 

 

A pesquisa está limitada à análise das propriedades de um concreto executado 

com a substituição parcial do agregado miúdo natural por PVC moído, sendo este 

fornecido pela empresa Pevecerca 3JG, indústria que produz tubos de PVC. Será 

determinado um traço de referência com uso do método ABCP, a partir do qual, serão 

dosados um concreto de referência e três com substituição pelo agregado reciclado, 

sendo elas nas proporções de 5%, 10% e 15%. Para a execução das amostras, foi 

utilizado o cimento CP V – ARI, brita nº 0 e areia fina, além do PVC moído. 

 

 



12 
 

1.5 Estrutura da pesquisa 

 

O presente trabalho foi divido em cinco capítulos, conforme visto a seguir. 

No capítulo 1, foi feita uma breve introdução ao tema da pesquisa, a 

apresentação dos objetivos gerais e específicos, a justificativa para a realização do 

trabalho, suas delimitações e a estruturação do trabalho. 

O segundo capítulo exibe uma revisão bibliográfica utilizada como 

embasamento para o tema proposto. Nela foram abordados assuntos relevantes à 

contextualização, desenvolvimento e execução do trabalho.  

No terceiro capítulo, encontra-se a apresentação e descrição dos materiais 

utilizados na pesquisa, assim como, os métodos empregados para obtenção dos 

resultados necessários. 

O quarto capítulo apresenta o cronograma das atividades a serem 

desenvolvidas nas próximas etapas da pesquisa. 

No quinto e último capítulo, tem-se uma breve discussão sobre os resultados 

que são esperados para este trabalho. 

 

 

 

 

 

 



13 
 

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 

 

 

Este capítulo apresenta uma revisão bibliográfica sobre o assunto estudado, 

abrangendo definições importantes para a fundamentação do tema selecionado para 

o trabalho. 

  

2.1 Sustentabilidade 

 

Segundo Neta (2011), no último século, a nossa civilização passou por um 

enorme processo de transformação cultural, quando o fator de análise do nível de 

desenvolvimento e crescimento econômico da humanidade passou a ser o universo 

do consumo. Este acréscimo do consumo, combinado com o aumento da população 

mundial e da industrialização, tem culminado em danos graves ao meio ambiente, 

devido às grandes quantidades de resíduos gerados. Outro ponto a ser observado, é 

a exploração desenfreada dos recursos naturais, que em sua maioria não são 

renováveis, vem agravando este problema. 

Cavalcanti (2003) defende que a natureza tem a capacidade de se restaurar 

diante das degradações sofridas, porém para tal, é necessário que exista um equilíbrio 

nas perturbações causadas pela humanidade. Contudo, o que se tem atualmente é 

uma rota de colisão entre a natureza e o homem, não havendo, aparentemente, 

nenhuma possibilidade de recuperação do meio ambiente, se este ritmo for mantido.



14 
 

Dada esta situação, é cada vez maior a necessidade de se buscar soluções 

que agridam menos a natureza, que promovam redução do consumo na fonte e 

aumentem a reutilização de materiais (NETA, 2011). 

Segundo a definição de Cavalcanti (2003), a sustentabilidade se resume em 

atingir um ponto de harmonia entre a natureza e o homem. Com isso, haveria a 

possibilidade de se obter condições de vida iguais ou melhores, às pessoas que aqui 

habitam e aos seus sucessores, deste modo, continuamente. 

Trigueiro (2005, apud Silva, 2009) adiciona ao conceito de sustentabilidade, a 

“comunidade sustentável” que é aquela capaz de suprir suas necessidades sem 

diminuir as oportunidades das gerações futuras. 

Para atingir-se a sustentabilidade deve-se executar os trabalhos de forma 

responsável, de modo que estas atitudes venham a proporcionar um desenvolvimento 

sustentável. Estas atitudes não devem visar apenas o progresso econômico, mas 

também focar na proteção do meio ambiente, para que com isso, seja garantida a 

qualidade de vida a longo prazo (PAES, 2011). 

 

2.2 Resíduos 

 

Pela definição da norma da NBR 10004 (ABNT, 2014), resíduos sólidos são 

aqueles que: 

 

Resultam de atividades de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, 

agrícola, de serviços e de varrição. Ficam incluídos nesta definição os lodos 

provenientes de sistemas de tratamento de água, aqueles gerados em 

equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como determinados 

líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede 

pública de esgotos ou corpos de água, ou exijam para isso soluções, técnica 

e economicamente, inviáveis em face à melhor tecnologia disponível (ABNT; 

NBR 10004, 2004, p1). 

  

Com isso, pode-se notar a grande diferença e a dificuldade em identificar um 

resíduo, visto que suas características químicas, física e biológicas apresentam 

variações conforme a atividade ou fonte geradora.  



15 
 

 Desta forma, a NBR 10004 (ABNT, 2004) criou um quadro de classificação 

baseado em análises das características dos resíduos, tem-se quatro classes, como 

visto no quadro 1. 

 

Quadro 1 - Classificação dos Resíduos Sólidos 

  Classes   Condição 

  I   Perigosos 

  II   Não Perigosos 

  IIA   Não Perigosos e Não Inerentes 

  IIB   Não Perigosos e Inerentes 

Fonte: Adaptado de NBR 10004 (ABNT, 2004) 

 

2.3 Polímeros 

 

2.3.1 História dos polímeros 

 

Micherepe (2016) data a primeira notícia acerca de matérias plásticas ao ano 

de 1869, onde um concurso, que visava substituir o marfim utilizado nas bolas de 

bilhar por um material sintético, acabou descobrindo o celulóide. Já em 1897, outro 

concurso, desta vez, buscando um material branco para substituir os “quadros 

negros”, levou a descoberta da galatite.  

Já no século XX, mais precisamente em 1912, Leo Barkeland criou a baquelite, 

o primeiro polímero sintético, que foi muito utilizado na fabricação de peças para 

automóveis. Na década de 30, o náilon foi produzido por Wallace Carruthers, material 

muito leve e durável, que é amplamente utilizado ainda hoje (CANEVAROLO, 2006). 

Estes primeiros polímeros demoraram a alcançar conhecimento do grande 

público. Porém, depois da Segunda Guerra Mundial, houve uma necessidade 

crescente por estas matérias plásticas, que, juntamente com o aprimoramento das 

industrias na época, permitiu a criação de novos polímeros e os inserir no uso 

cotidiano das pessoas (MICHEREPE, 2016). 



16 
 

 Canevarolo (2006) afirma que a ciência dos polímeros é muito recente se 

comparada aos materiais mais tradicionais, como cerâmicas e metais. A partir da 

Quadro 2, pode-se compreender, ainda que de forma resumida, a evolução dos 

principais polímeros comerciais. 

 

Quadro 2 - Primeira ocorrência e primeira produção industrial de alguns 

polímeros comerciais 

Polímero 1ª Ocorrência 1ª Produção industrial 

PVC 1915 1933 

PS 1900 1936/7 

PEBD (LDPE) 1933 1939 

Nylon 1930 1940 

PEAD (HDPE) 1953 1955 

PP 1954 1959 

PC 1953 1958 

Fonte: Adaptado de CANEVAROLO (2006) 

 

Diversos pesquisadores da área de polímeros vêm trabalhando em pesquisas, 

que visam o desenvolvimento de novos polímeros sintéticos, os quais possuam 

propriedades para ampliar os campos de atuação deste material já amplamente 

difundido (HAGE JUNIOR, 1998). 

 

2.3.2 PVC 

 

 Os primeiros passos na história do PVC remotam de 1835, quando Justus von 

Liebig descobriu o monômero cloreto de vinila (MVC). Porém, foi somente em 1915, 

que Fritz Klatte descobriu um processo de polimerização do MVC e obtenção do PVC, 

desta forma, buscou uma maneira de produzir tal material de forma comercial. Na 

época, Klatte trabalhava na indústria alemã, Chemische Frabrik Griesheim-Elektron, 

que buscou arduamente construir equipamentos para processar o PVC, visto que 

dispunham de muita matéria prima para sua produção. Contudo não obteve sucesso 



17 
 

nessa tarefa, que a levou a perder diversas patentes e abrir caminho para que outras 

empresas passassem a tentar tal produção (RODOLFO Jr.; NUNES; ORMANJI, 

2002). 

 Conforme Rodolfo Jr, Nunes e Ormanji (2002), o início da produção comercial 

se deu na década de 30, quando a americana, B. F. Goodrich, descobriu aditivos que 

tornavam sua produção viável. Já no Brasil, a fabricação do PVC iniciou-se em 1954, 

em uma pareceria entre a B. F. Goodrich e as Indústrias Químicas Matarazzo. 

 Segundo Micherepe (2016), o Policloreto de Vinila (PVC) é o polímero mais 

fabricado e mais consumido da atualidade, consequentemente, também é o que 

possui mais possibilidades de aplicações na construção civil. 

 O PVC é constituído por, aproximadamente, 57% de Cloro, que provem de um 

processo de eletrólise realizado com sal marinho, e 43% de Eteno, derivado do 

petróleo. A adição de alguns componentes a sua formula, como plastificantes, 

estabilizadores, pigmentos e lubrificantes, modificam suas características, por 

exemplo, baixa ou alta densidade, flexíveis ou rígidos, opaco ou transparente, 

brilhante ou fosco, colorido ou não, desta forma, se adaptando os seus diversos usos 

(ANDRADE, 2002). 

 O Instituto Brasileiro do PVC (2019), descreve o processo de produção do PVC 

conforme a Figura 1, que ilustra as etapas de produção. 

 

Figura 1 – Processo de produção do PVC 

 

Fonte: Instituto Brasileiro do PVC (2019) 



18 
 

 

2.3.3 Características e aplicações do PVC 

 

 Dentre os polímeros, o PVC é o que apresenta maior versatilidade, devido à 

necessidade de acrescentar aditivos na sua fabricação, deste modo, um amplo 

espectro de propriedades podem ser modificadas em serventia de sua aplicação. 

Rodolfo Jr, Nunes e Ormanji (2002, p. 10) mencionam suas aplicações “[...] que vão 

desde tubos e perfis rígidos para uso na Construção Civil até brinquedos e laminados 

flexíveis para acondicionamento de sangue e plasma”. A Figura 2 demonstra os 

principais mercados do PVC, no Brasil. 

 

Figura 2 – Principais aplicações do PVC no Brasil, em 2001 

 

Fonte: Rodolfo Jr, Nunes e Ormanji (2002)  

 

 As principais características do PVC são: o bom isolamento elétrico, térmico e 

acústico; boa resistência à oxidação e à corrosão; baixa permeabilidade a gases e 

líquidos; baixo consumo energético na fabricação; baixa combustibilidade e 

autoextição de chamas (ANDRADE, 2002). 

 Andrade (2002) enfatiza que não há um “PVC padrão”, todavia, o PVC mais 

tradicional é um material largamente utilizado na Construção Civil.  



19 
 

 

Na Engenharia Civil, o PVC extrudado é utilizado para fabricação de 

tubulações, perfis de janelas, revestimentos de cabos, entre outros materiais. 

Já os produtos em PVC flexível são empregados como isolamento elétrico 

devido à baixa condutividade (ANDRADE, 2002, p. 1283). 

 

 A Figura 3, exemplifica os principais setores onde o PVC é utilizado no Brasil. 

 

Figura 3 – Principais aplicações por setor da economia 

    

Fonte: Rodolfo Jr, Nunes e Ormanji (2002)  

 

2.3.4 Reciclagem do PVC 

 

 No Brasil, a reciclagem de materiais plásticos é regulada pela norma NBR 

13230 (ABNT, 2008), que apresenta uma identificação, que segue a codificação 

mundial, para facilitar sua seleção no processo de reciclagem. Esta simbologia pode 

ser observada na Figura 4. 

 

 

 

 



20 
 

Figura 4 – Símbolo para designar produtos de PVC 

    

Fonte: NBR 13230 (ABNT, 2008) 

 

 Conforme Piva, Neto e Wiebeck (1999), os plásticos correspondem a apenas 

5% dos resíduos sólidos urbanos, dentro dos quais, 6% corresponde ao PVC, ou seja 

aproximadamente 0,3% do total dos resíduos produzidos. Esta baixa produção de 

rejeitos se deve ao longo ciclo de vida do material, segundo Rodolfo Jr, Nunes e 

Ormanji (2002), 42% dos produtos de PVC duram entre 20 e 100 anos, 26% entre 10 

e 20 anos, 17% entre 2 e 10 anos, e apenas 15% das peças têm vida útil inferior a 2 

anos. 

 Porém um ponto importante a ser ressaltado é que no Brasil, segundo o Instituto 

Brasileiro do PVC (2015), apenas 17,1% deste resíduo é reutilizado. O restante desde 

material não pode ser incinerado, haja vista, que a sua queima pode produzir gases 

altamente letais. Desta forma, estes rejeitos acabam sendo descartados em aterros 

sanitários, em sua maioria (CANTO, 1995). 

 Conforme Canto (1995), uma das maiores qualidades do PVC, se torna um dos 

seus maiores problemas, quando analisado como resíduo, o seu longo ciclo de vida 

se reflete no grande período necessário para sua degradação completa nos aterros. 

Assim, a única solução para corrigir este problema é aumentar os níveis de 

reciclagem, que para o PVC pode chegar próximo a 100%. 

 A reciclagem dos produtos de PVC podem ocorrer de três formas: a reciclagem 

mecânica, onde os resíduos são moídos e transformados em grânulos que podem ser 

utilizados novamente como matéria prima para a indústria; a reciclagem química, que 

utiliza de processos tecnológicos para transformar o rejeito em matéria prima 

petroquímica, que pode ser utilizado na fabricação de novos polímeros; e a reciclagem 



21 
 

energética, onde o resíduo é incinerado, de modo a gerar energia térmica que é 

transformada em elétrica (RODOLFO Jr.; NUNES; ORMANJI, 2002). 

 

2.4 Concreto 

 

 Mehta e Monteiro (2014) citam, que o concreto é um dos materiais mais 

consumidos pela humanidade, sendo que fica atrás apenas da água. Na construção 

civil o seu uso pode ser muito diversificado, desde obras convencionais e 

pavimentações, até os enormes arranha-céus e obras de arte especiais. Os materiais 

que compõem o concreto são de fácil obtenção em praticamente todo o globo, seu 

custo de execução é considerado baixo, apresenta bom desempenho e resistência 

sob a influência das intempéries climáticas, e tem como sua maior facilidade a 

moldabilidade, pois é possível adquirir as mais diversas formas e dimensões, devido 

a sua característica plástica enquanto no seu estado fresco. 

 A definição de Allen e Iano (2013, p. 996) para concreto é: 

 

“[...] um material pétreo obtido pelo endurecimento da mistura de agregados 

miúdos e graúdos, cimento Portland e água. Os agregados graúdos são 

usualmente o cascalho, o seixo ou a pedra britada e o agregado miúdo é a 

areia. O cimento Portland, também referido a partir deste ponto simplesmente 

como “cimento”, é um pó fino e cinzento. ” 

 

 Neville e Brooks (2013) acrescentam que o concreto pode ter várias 

características modificadas devido a alterações em sua composição, como as adições 

de escória de alto-forno, sílica ativa, cinza volante, uso de agregados de Resíduos de 

Construções e Demolições (RCD), fibras, polímeros entre outros. 

  

2.4.1 Constituintes do concreto 

 

 Mehta e Monteiro (2014) apresentam como sendo os constituintes básicos do 

concreto: o aglomerante, composto formado com a mistura de cimento hidráulico e 

água, tem como funções aglutinar as partículas do concreto, fornecer trabalhabilidade 



22 
 

em estado fresco e, posterior, endurecimento no estágio final; o agregado miúdo, que 

é um material granular com partículas  menores que 7,75mm,  tem como principais 

obrigações preencher os vazios dentro do concreto e transmitir às tensões entre todos 

os constituintes; e o agregado graúdo, que também é um material granular, porém 

com partículas maiores que 4,75mm, suas funções são proporcionar maior volume ao 

concreto e garantir a maior resistência possível. 

 

2.4.2 Cimento Portland 

 

 Segundo a Associação Brasileira de Cimento Portland (2019), o nome cimento 

é originário do latim caementu, um tipo de pedra natural muito utilizada na Roma 

Antiga. Porém o cimento Portland que se conhece hoje, que é dos materiais mais 

utilizados em todo o mundo, por ser o principal constituinte do concreto, remota de 

1824, quando o construtor inglês, Joseph Aspdin, criou um pó fino proveniente da 

queima de argila com pedras calcárias. Joseph percebeu que este pó somente reagia 

quando em contato com água e que, após secar, endurecia tanto quanto as pedras 

que ele utilizava em suas construções. Ao patentear sua criação, ele utilizou o nome 

Portland, pois depois de endurecido o material tinha cor e durabilidade semelhantes 

as rochas encontradas em Portland, uma ilha britânica. 

 O cimento Portland é, por definição, um aglomerante hidráulico obtido através 

da pulverização clínqueres, com gesso e adições normatizadas. Clínquer é um 

material em forma de nódulos, produzido a partir da mistura de argila, calcário e ferro. 

O cimento Portland tem como componentes fundamentais: a cal (CaO), a sílica (SiO2), 

a aluminia (Al2O3), o óxido de ferro (Fe2O3) e uma certa proporção de magnésia (MgO) 

(METHA; MONTEIRO, 2014). 

 O cimento Portland possui várias classificações no mercado, que são definidas 

conforme suas adições. São estas classificações: CP I – Cimento Portland Comum; 

CP II – Cimento Portland Composto; CP III – Cimento Portland de Alto-Forno; CP IV 

– Cimento Portland Pozolânico; e CP V-ARI – Cimento de Alta Resistência Inicial 

(ABCP, 2019). 

 



23 
 

2.4.3 Agregados 

 

 Conforme Mehta e Monteiro (2014), agregados são materiais inertes, 

consequentemente, não apresentam reações químicas quando em contato com a 

água, e relativamente baratos, por isso são amplamente utilizados com material de 

preenchimento no concreto. Porém o uso destes materiais também traz maior 

resistência ao concreto, minimiza o seu processo de retração e dificulta o 

desenvolvimento de fissuras no estado endurecido. 

 Albuquerque (2016) apresenta as seguintes formas de classificação para os 

agregados:  

 Segundo a origem: os Naturais, que são aqueles encontrados na natureza, 

como o cascalho e a areia; os Industrializados, aqueles que são obtidos através 

de processos industriais, como a escória de alto-forno e os agregados 

reciclados. 

 Segundo as dimensões das partículas: os miúdos, como a areia; graúdos, 

como as britas e cascalhos. 

 Segundo o peso específico aparente: os leves, como a argila expandida; 

médios, como a pedra britada; pesados, como a hematita britada. 

  

2.4.3.1 Agregados miúdos 

 

 A norma NBR 7211 (ABNT,2009) descreve agregado miúdo como sendo 

aquele, cujos grãos conseguem passar pela peneira de 4,75mm, e que em concretos 

convencionais, normalmente é a areia. 

 Segundo Mehta e Monteiro (2014), a principal função do agregado miúdo é 

preencher os espaços vazios no concreto, presentes entre os agregados graúdos. O 

uso deste material é muito importante no custo do concreto, visto que o cimento é o 

material mais caro. Deste modo, ao se dosar o concreto com a quantidade correta de 

cimento e ampliar a quantidade deste agregado, se tem um concreto com baixo valor 

e boa qualidade. 



24 
 

 Ambrozewicz (2012) indica que a classificação deste tipo de agregado é feita 

através de seu Módulo de Finura (MF), visto na Tabela1, sendo este, obtido pelo 

ensaio de granulometria. 

Tabela 1 – Classificação da areia por seu MF. 

Módulo de Finura 

Muito fina de 1,35 a 2,25   

Fina de 1,71 a 2,85   

Média de 2,11 a 3,38   

Grossa de 2,71 a 4,02   

Fonte: adaptado de AMBROZEWICZ (2012, p. 51) 

 

2.4.3.2 Agregados graúdos 

 

 Segundo a NBR 7211 (ABNT, 2009), o agregado graúdo é o material, cujas 

partículas ficam retidas na peneira de abertura 4,75mm e passa na peneira com malha 

de 75mm.  

 Normalmente a brita é o material mais utilizado com agregado graúdo em 

concretos convencionais. Este material pode apresentar diversos formatos e 

espessuras, por isso, deve ocorrer uma seleção deste tipo de agregado, a fim de 

modificar relação de consumo de água e cimento e sua trabalhabilidade. Além de 

diminuir o consumo de cimento no concreto, tem a função de diminuir a retração do 

concreto e garantir sua resistência (FARIAS; PALMEIRA, 2007). 

 A classificação do agregado graúdo, segundo Ambrozewicz (2012), é dada pelo 

seu Diâmetro Máximo Característico (DMC), obtido através de sua granulometria, 

conforme pode ser observado na Tabela 2. 

 

 

 

 



25 
 

Tabela 2 – Classificação do agregado graúdo por seu DMC. 

Diâmetro Máximo Característico 

Brita 0 4,8 mm a 9,5 mm 

Brita 1 9,5 mm a 19 mm 

Brita 2 19 mm a 25 mm 

Brita 3 25 mm a 38 mm 

Brita 4 38 mm a 76 mm 

Fonte: Adaptado de AMBROZEWICZ (2012, p. 47) 

 

2.4.3.3 Agregados reciclados 

 

 Agregado Reciclado (AR) é definido pela norma NBR 9935 (ABNT, 2011) como: 

“material granular obtido de processos de reciclagem de rejeitos ou subprodutos de 

produção industrial, mineração ou construção ou demolição da construção civil, 

incluindo agregados recuperados de concreto fresco por lavagem, para uso como 

agregado”. 

 Segundo Holderbaum (2009, apud Gelain, 2014), compreende-se como 

Resíduos da Construção Civil (RCC) todo o material decorrente de obras, desde 

plásticos e solos até sobras de cerâmicas e argamassas, sendo que grande parte 

destes materiais têm elevado potencial de reciclagem como agregados. A produção 

de RCC no Brasil é muito grande, porém a utilização como agregado na fabricação de 

concretos é praticamente inexistente, sendo que do material que é efetivamente 

reutilizado, boa parte é destinada a aterros e sub-bases de vias. 

Troian (2010) defende a utilização de agregados reciclados, pois esta 

proporciona diversos ganhos quanto a sua utilização como material de construção. 

Estas vantagens são observadas no aspecto ambiental da utilização, pois reduz 

consideravelmente a taxa de extração de matérias-primas naturais, e proporciona a 

reutilização de um material que provavelmente não iria receber o destino correto. 

Também é citada a vantagem econômica deste material, pois apresenta menor custo 

de produção, ainda, deve ser ressaltado que se corretamente aplicado, pode-se ter 

um concreto que apresenta ótimo desempenho. 



26 
 

A maior dificuldade na implantação de produtos produzidos com uso de AR no 

Brasil, é superar as barreiras impostas pelo setor da construção civil, que ainda é 

muito conservador. Porém deve-se buscar alternativas com novas aplicações, que 

demostre atributos competitivos sobre os produtos convencionais. Espera-se que 

desta forma consiga-se alcançar as taxas de reciclagem vistas em outros países mais 

desenvolvidos (VIERA; DAL MOLIN, 2004). 

 

Nos países europeus, precursores da reciclagem de resíduos de construção 

e demolição, o concreto reciclado já está sendo utilizado em concreto armado 

para casas residenciais de médio padrão e portos marítimos, e até em 

concretos de alta resistência (VIEIRA; DAL MOLIN, 2004). 

 

2.4.4 Água de amassamento 

  

A água de amassamento tem um papel fundamental na execução do concreto, 

visto que, é ela quem proporciona a hidratação do cimento, gerando uma reação 

química responsável pela característica de pega e endurecimento. Ainda, deve-se 

levar em consideração a qualidade da água, sendo que deve ser de mesma qualidade 

da fornecida à população, pois a utilização de água não tratada, que possui impurezas, 

irá afetar a qualidade final do concreto e favorecer a manifestação de patologias 

(METHA; MONTEIRO, 2014). 

Silva (2004) acrescenta, que a água também é responsável pela lubrificação 

dos compósitos do concreto, garantindo assim, sua trabalhabilidade. A dosagem de 

água deve ser precisa, pois quando utilizada em excesso, causa o aumento do número 

de vazios e, consequentemente, tem-se uma redução na resistência do material. Da 

mesma forma, que quando a quantidade de água utilizada não for suficiente, não 

haverá a hidratação de todos componentes. 

 

2.5 Concreto com o uso de materiais reciclados 

 

Atualmente diversos estudos vêm sendo desenvolvidos, tanto no Brasil quanto 

no exterior, como o propósito de estudar artefatos de concreto com materiais 



27 
 

reciclados, sempre buscando encontrar alternativas que colaborem com um 

desenvolvimento sustentável. 

Modro (2008) desenvolveu sua pesquisa com substituição parcial do agregado 

miúdo por Politereftalato de Etileno (PET) em 10%, 20%, 30% e 40%, em concretos 

convencionais. Em seus ensaios obteve uma pequena queda de resistência à 

compressão em 10% de substituição se comparado ao concreto referência, porém 

para as outras porcentagens, a queda na resistência fui abrupta. Sua conclusão foi de 

que este concreto somente poderia ser utilizado para fins não estruturais. 

Pietrobelli (2010) também utilizou PET reciclado como agregado miúdo, nas 

proporções de 15%, 30% e 45% em substituição de massa de areia. Seus resultados 

apresentaram redução significativa da resistência com o acréscimo de agregado 

reciclado. A conclusão foi que esta redução na resistência se deu devido à diferença 

de massa específica do agregado reciclado e do natural, fator que não foi levado em 

consideração na dosagem, tornando o volume de PET bastante elevado nos traços 

de substituição. 

Já Jardim (2016) comparou seu concreto de referência com dois traços de 

substituição, 10% e 15% do volume de agregado miúdo natural por agregado reciclado 

de PET. Tanto resistência à compressão, quanto à tração não obtiveram decréscimo 

ou acréscimo significativo. Este dado permitiu a conclusão de que o PET pode sim ser 

utilizado como agregado reciclado em concretos convencionais, considerando não há 

grandes alterações em suas propriedades físicas. 

Em seu trabalho Ferrari (2017) estudou a possibilidade da substituição de areia 

por PVC em peças concreto para pavimentação. Em sua pesquisa, ela utilizou PVC 

proveniente de eletrodutos, e ao fazer uma análise microscópica do material, 

encontrou uma superfície rugosa, fato esse que possibilitou uma boa ligação com a 

matriz cimentícia. Desta forma, seus resultados foram positivos, obtendo resistências 

para 5% e 10% de substituição superiores a encontrada no traço de referência. 

 Já Kou et al (2009), não obteve resultados tão positivos para sua pesquisa, 

onde substituiu parte do agregado miúdo natural por resíduos de tubos de PVC 

moídos. Seus principais resultados apontaram uma redução gradual da resistência 

conforme era adicionado o PVC e também destacou redução notável na 

trabalhabilidade do concreto.  



28 
 

3 MATERIAIS E MÉTODOS 

 

 Neste capítulo do trabalho estão descritos os materiais e métodos utilizados 

para realizar os testes e ensaios necessários, para com isso, obter os resultados para 

avaliar o concreto com a adição de resíduo de PVC. 

 

3.1 Programa Experimental 

 

 O programa experimental foi divido em quatro etapas: caracterização dos 

materiais, a definição do traço, concretagem com a substituição do agregado e 

execução dos ensaios com o concreto obtido. Este programa pode ser observado na 

Figura 5. 

 Na primeira etapa foram realizados os ensaios de caracterização dos materiais 

utilizados neste trabalho, sejam eles agregados reciclados ou convencionais. Os 

ensaios que foram realizados são granulometria, massa unitária, massa específica e 

absorção de água. Com estes ensaios se teve os parâmetros necessários para a 

próxima etapa. 

 A segunda etapa consistiu na análise de um traço de referência, o qual, foi 

obtido através do método ABCP (Rodrigues, 1998). Este traço foi o parâmetro de 

comparação entre os resultados obtidos do concreto com substituição. 

 A terceira etapa foi destinada a concretagem de corpos de prova, tanto do traço 

referência, quando com os traços com substituição por agregado reciclado. Foram 

realizados três traços com substituição, 5%, 10% e 15% em volume de areia. 



29 
 

 Na quarta e última etapa, foi executado o ensaio com o concreto fresco, 

abatimento de tronco de cone. Ainda nesta etapa, foram feitos os testes com o 

concreto em estado endurecido: resistência à compressão, absorção e índice de 

vazios, resistência à tração por compressão diametral e absorção de água por 

capilaridade. 

 

Figura 5 – Fluxograma da metodologia do estudo 

 

Fonte: Do autor (2019). 

 

3.2 Materiais utilizados 

 

 Aqui estão apresentados os materiais utilizados na pesquisa, assim como uma 

breve caracterização dos mesmos.  

 

3.2.1 Cimento  

 

O aglomerante utilizado na produção dos corpos de prova foi o cimento 

Portland CP V - ARI, devido a sua alta resistência inicial, que trouxe grande agilidade 

Metodologia

Caracterização 
dos materiais

Analise 
granulométrica

Massa unitária

Massa específica

Absorção de 
água

Definição do 
traço

Aplicação do 
método ABCP

Traço de 
refência

Concretagem 
dos corpos de 

prova

Traço sem 
subtituição

5% de PVC

10% de PVC

15% de PVC

Ensaios com 
concreto

Ensaio no estado 
fresco

Ensaios no 
estado 

endurecido 



30 
 

ao se efetuar os ensaios necessários. Esta elevada resistência observada nas 

primeiras idades do concreto, pode ser observada na Quadro 3, que mostra resultados 

obtidos em ensaios realizados pela fabricante, e sua comparação com as 

especificações da norma. 

 

Quadro 3 - Características físicas do cimento 

Ensaio Itambé NBR 5733 

Finura (resíduo na peneira 200) 0,46% 6% 

Tempo de início da pega 2 h 37 min Superior a 1 hora 

Tempo de fim da pega 3 h 14 min Inferior a 10 horas 

Perda ao fogo 2,89% 4,50% 

Resistência à compressão 

1 dia - 22,4 Mpa 1 dia - 14 Mpa 

3 dias - 37,7 Mpa 3 dias - 24 Mpa 

7 dias - 43,0 Mpa 7 dias - 34 Mpa 

28 dias - 51,2 Mpa 28 dias - Não previsto 

Fonte: Adaptado de Itambé (2015) e NBR 5733 (ABNT 1991) 

 

3.2.1.1 Massa específica do cimento  

 

O fabricante Itambé (2015) fornece a informação de massa especifica média 

para o cimento Portland CP V – ARI de 3,12 g/cm³. Porém para a obtenção de 

melhores resultados, a massa específica do cimento foi determinada pela NBR 16605 

(ABNT, 2017). 

O ensaio da NBR 16605 (ABNT,2017), se resume em preencher um frasco de 

Le Chateller com querosene até uma medida determinada, registra-se a massa do 

conjunto (frasco + líquido), após é introduzida uma amostra do cimento até atingir 

outra medida pré-determinada, novamente, o peso é registrado. Por fim, utilizou-se a 

Fórmula 1 para calcular a massa especifica. 

 

ρ =
m

V
 

 

(1) 

Onde: 



31 
 

ρ – massa específica do cimento (g/cm³) 

m – massa do material ensaio (g) 

V – volume de deslocamento pela massa do material ensaiado (cm³) 

  

3.2.2. Agregado miúdo natural 

 

Para a realização da pesquisa foi utilizado uma areia fina como agregado miúdo 

na confecção dos corpos de prova. Este material é fornecido pelo Laboratório de 

Tecnologia da Construção (LATEC) e tem sua origem natural, proveniente da região 

do Vale do Taquari/RS. Os ensaios a seguir foram realizados a fim de caracterizar 

esta areia. 

 

3.2.2.1 Análise granulométrica do agregado miúdo 

 

 A partir das prescrições da norma NBR 248 (ABNT, 2003) foi determinada a 

composição granulométrica do agregado miúdo. Inicialmente utilizou-se os 

procedimentos de obtenção de duas amostras, prescritos na NBR NM 27 (ABNT, 

2011) com o objetivo de ter-se uma amostra homogeneizada.  

Em seguida, a norma indica o uso de uma série de peneiras, cujas aberturas 

estão previstas na NM-ISO 3310-1 (ABNT, 1996). Colocou-se a amostra na peneira 

superior e se agita o conjunto, para que o material fique retido em cada granulometria, 

assim, se mediu a massa retida em cada peneira e se define a curva granulométrica. 

  

3.2.2.2 Massa unitária do agregado miúdo 

 

 Com base na NBR 45 (ABNT, 2006), foi determinada a massa unitário do 

agregado miúdo. Essa norma instituiu que o um recipiente fosse preenchido com uma 

amostra, obtida conforme a NBR NM 27 (ABNT, 2011), até que esse transborde, em 



32 
 

seguida, nivelou-se o material pelas bordas do recipiente. Registrou-se a massa do 

conjunto e realizou-se o cálculo, utilizando a Fórmula 2 descrita abaixo. 

 

ρap =
mar − mr

V
 

 

(2) 

Onde: 

ρap – massa unitária do agregado (g/cm³) 

mar – massa do recipiente mais o agregado (g) 

mr – massa do recipiente vazio (g) 

V – volume do recipiente (cm³) 

 

3.2.2.3 Massa específica do agregado miúdo 

 

 A NBR NM 52 (ABNT, 2003) foi utilizada para determinar a massa específica 

do agregado miúdo. Para iniciar, separou-se 1 kg de amostra do agregado, depois 

colocou-se essa amostra na água por 24 h e, posteriormente, pôs-se para secar sob 

ação do vento. Com a amostra seca, colocou-se no molde tronco-cônico, 

compactando com 25 golpes suaves, após, é aguardado que o material desmorone 

quando retirado o molde. 

 Pesou-se 500 g desta amostra, colocando-a em um frasco e pesando o 

conjunto. Em seguida, colocou-se aproximadamente 500 ml de água no frasco, 

deixou-se o material repousando por 1 h, após completou-se com água até a marca 

de 500 cm³ e, novamente, pesou-se o conjunto. Retirou-se o material do frasco, secou-

se em estufa a 105 °C, resfriou-se a temperatura ambiente e o pesou. Calculou-se a 

massa específica com a Fórmula 3. 

 

d =
m

(V − Va) −
ms−m

ρa

 (3) 



33 
 

 

Onde: 

d – massa específica do agregado (g/cm³) 

m – massa da amostra seca em estufa (g) 

ms – massa da amostra em condição saturada (g) 

V – volume do frasco (cm³) 

Va – volume de água adicionado ao frasco (cm³) 

ρa – massa específica da água (g/cm³) 

 

3.2.2.4 Absorção de água do agregado miúdo 

 

 A norma NBR NM 30 (ABNT 2001) foi utilizada para determinar a absorção de 

água pelo agregado miúdo. Esta norma, prescreve que deve-se colocar 1 kg de 

amostra em um recipiente, cobrir a amostra com água e deixar descansar por 24 h. 

Posteriormente, deixou-se secar sob a ação do vento. A amostra seca, foi colocada 

no molde troco-cônico e foi suavemente compactada com 25 golpes, este processo 

foi realizado até que desmorone, sob a condição que não seja na primeira retirada do 

molde. Por fim, determinou-se a absorção de água com a Fórmula 4. 

 

A =
ms − m

m
x 100 

 

(4) 

Onde: 

A – absorção de água (%) 

m – massa da amostra seca em estufa (g) 

ms – massa da amostra em condição saturada (g) 

 



34 
 

3.2.3 Agregado graúdo  

 

Para os ensaios deste trabalho utilizou-se como agregado graúdo a brita tipo 

0, de origem basáltica que é normalmente extraída na região do estudo. Este material 

é fornecido pelo LATEC e tem suas dimensões entre 4,8 mm e 9,5 mm.  

 

3.2.3.1 Análise granulométrica do agregado graúdo 

 

 Para essa análise seguiu-se a norma NBR 248 (ABNT, 2003), a mesma 

utilizada para determinação da granulometria do agregado miúdo, com isso, os passos 

seguidos são os mesmos descritos no item 3.2.2.1. Por fim, teve-se uma curva 

granulométrica para o agregado graúdo. 

 

3.2.3.2 Massa unitária do agregado graúdo 

 

A determinação da massa unitária seguiu a norma NBR 45 (ABNT, 2006), já 

utilizada para análise do agregado miúdo, desta forma, segue-se as mesmas etapas 

já descritas no item 3.2.2.2.  

 

3.2.3.3 Massa específica do agregado graúdo 

 

 Para determinar a massa específica deste agregado foi feito uso da NBR NM 

53 (ABNT, 2009). Incialmente, coletou-se aproximadamente 2 kg de amostra do 

agregado com Diâmetro Máximo Característico (DMC) até 12,5 mm, sendo 

posteriormente lavado para remoção de quaisquer finos ainda existente, por fim, a 

amostra foi seca em estufa. 

Com o agregado seco, ele foi submergido em água por 24 horas, ao fim do 

período, sua superfície foi seca com um pano e pesado (massa saturada). Então, 

colocou-se esta amostra em um recipiente e o submergiu em um tanque com água, 



35 
 

ainda dentro do tanque, este recipiente foi pesado (massa em água). Por fim, o 

material foi seco em estufa e sua massa foi registrada (massa seca). Sua massa 

específica foi finalmente calculada com a Fórmula 5. 

 

d =
m

ms − ma
 

 

(5) 

Onde: 

d – massa específica do agregado (g/cm³) 

m – massa da amostra seca em estufa (g) 

ms – massa da amostra em condição saturada (g) 

ma – massa da amostra em água (g) 

 

3.2.3.4 Absorção de água do agregado graúdo 

 

Com os procedimentos da norma NBR NM 53 (ABNT, 2009), descritos no item 

3.2.3.3, calculou-se a absorção de água deste agregado. Este cálculo foi feito através 

da Fórmula 4. 

 

3.2.4 PVC moído   

 

 O PVC moído foi disponibilizado pela Pevecerca 3JG, localizada na cidade de 

Araquari/SC. O material é proveniente do resíduo produzido durante a fabricação de 

tubos e perfis de PVC. Este material foi moído na própria indústria, de forma que não 

houve necessidade de nenhuma medida adicional, além da realização dos ensaios de 

caracterização. Na Figura 6 pode-se observar a aparência do PVC moído. 

 

 



36 
 

Figura 6 – Resíduo de PVC moído 

 

Fonte: Do autor (2019). 

 

3.2.4.1 Análise granulométrica do agregado reciclado 

 

 Pelo fato de não haver nenhuma norma específica para este tipo de agregado, 

seguiu-se a norma NBR 248 (ABNT, 2003), a mesma utilizada para determinação da 

granulometria do agregado miúdo, com isso, os passos seguidos são os mesmos 

descritos no item 3.2.2.1. Por fim, irá teve-se uma curva granulométrica para o 

agregado reciclado. 

 

3.2.4.2 Massa unitária do agregado reciclado 

 

A determinação da massa unitária seguiu as prescrições da norma NBR 45 

(ABNT, 2006), já utilizada para análise do agregado miúdo, pois, não contamos com 

norma específica para este tipo de agregado. Com isso, foram seguidos os mesmos 

passos já descritas no item 3.2.2.2.  

 



37 
 

3.2.4.3 Massa específica do agregado reciclado 

 

A massa específica do agregado reciclado foi determinada com uso da NBR 

NM 52 (ABNT, 2003), a mesma utilizada para determinação feita com o agregado 

miúdo, desta forma os procedimentos seguidos são os mesmos já informados no item 

3.2.2.3. 

  

3.2.6 Água de amassamento 

 

 A água utilizada no presente trabalho, é proveniente da rede pública de 

abastecimento de água, fornecida pela Companhia Riograndense de Saneamento 

(CORSAN). Esta água atende a NBR 15.900 (ABNT, 2009), que normatiza a água 

para amassamento de concreto, desta forma, não foi necessário nenhum tratamento 

adicional. 

 

3.3 Determinação do traço 

 

 Para definir o traço a ser utilizado no presente trabalho, será utilizado o método 

empírico ABCP (Rodrigues, 1998). Segundo Sandoval, Couto e Toralles (2018), este 

método é mais adequado a pessoas com pouca experiência em processo de dosagem 

e proporciona uma grande agilidade na sua execução, visto que apenas são 

necessários os ensaios de caracterização dos materiais para a aplicação do método. 

Outro ponto levantado é o fato de que a dosagem feita pelo método ABCP apresenta 

resultados ótimos se comparados a outros métodos de dosagem. 

 Rodrigues (1998) define que incialmente, sejam definidos alguns parâmetros 

de dosagem, estes parâmetros podem ser visualizados na Tabela 3 e foram obtidos 

segundo a NBR 6118 (ABNT, 2004). 

 

 



38 
 

Tabela 3 – Parâmetros de dosagem estabelecidos. 

Parâmetros de dosagem 

fck 25,0 MPa 

Sd (NBR 12655) 4,0 MPa 

Abatimento 10,00 ± 1 cm 

Condição de exposição (NBR 6118) Urbana 

Fonte: Adaptado de SANDOVAL, COUTO E TORALLES (2018, p. 186) 

 

A resistência à compressão de dosagem aos 28 dias foi calculada com a 

Fórmula 6. 

 

fc28 = fck +  1,65 x Sd  

 

(6) 

Onde: 

fc28 – resistência de dosagem aos 28 dias (MPa) 

fck – resistência característica à compressão (MPa) 

Sd – desvio padrão (MPa) 

 

 Desta forma, obteve-se uma resistência-alvo fc28 = 31,6 MPa, a partir da qual 

pode-se fixar a relação água/cimento (a/c), através do Gráfico 1. 



39 
 

Gráfico 1 – Curvas de Abrams para determinação da relação de água/cimento.

Fonte: Adaptado de SANDOVAL, COUTO E TORALLES (2018, p. 187) 

 

 A próxima etapa foi a determinação do Consumo de água (Ca) obtida na Tabela 

4, com uso do DMC do agregado graúdo e o abatimento estabelecido na Tabela 3. 

Tabela 4 – Consumo de água aproximado. 

Consumo de água (L/m³) 

Abatimento 
(mm) 

Dmáx (mm) 

9,5 19 25 31,5 37,5 

40 a 60 220 195 190 185 180 

60 a 80 225 200 195 190 185 

80 a 120 230 205 200 195 190 

Fonte: Adaptado de SANDOVAL, COUTO E TORALLES (2018, p. 187) 

 

 Em pose do consumo de água e da relação água/cimento, calculou-se o 

Consumo de Cimento (C), por meio da Fórmula 7. 

 



40 
 

C =
𝐶𝑎

a/c
 

 

(7) 

Onde: 

C – consumo de cimento (kg/m³) 

Ca – consumo de água (L/m³) 

a/c – relação água/cimento 

 

 Para estimar o consumo de agregado graúdo, utilizou-se o Volume compactado 

seco (Vc) para cada metro cubico, que é dado em função da sua Dimensão máxima 

(Dmáx) e do Módulo de Finura (MF) da areia, como visto na Tabela 5. 

Tabela 5 – Volume compactado seco (Vc) de agregado graúdo para um metro cúbico 

de concreto. 

Vc de agregado graúdo por metro cúbico de concreto. 

MF (da areia) 
Dmáx (mm) 

9,5 19 25 31,5 37,5 

1,6 0,665 0,79 0,815 0,84 0,865 

1,8 0,645 0,77 0,795 0,82 0,845 

2 0,625 0,75 0,775 0,8 0,825 

2,2 0,605 0,73 0,755 0,78 0,805 

2,4 0,585 0,71 0,735 0,76 0,785 

2,6 0,565 0,69 0,715 0,74 0,765 

2,8 0,545 0,67 0,695 0,72 0,745 

3 0,525 0,65 0,675 0,7 0,725 

3,2 0,505 0,63 0,655 0,68 0,705 

3,4 0,485 0,61 0,635 0,66 0,685 

3,6 0,465 0,59 0,615 0,64 0,665 

Fonte: Adaptado de SANDOVAL, COUTO E TORALLES (2018, p. 188) 

 

 Assim, o consumo de brita foi obtido com a Fórmula 8. 



41 
 

Cb = 𝑉𝑐 𝑥 ρc 

 

(8) 

Onde: 

Cb – consumo de brita (kg/m³) 

Vc – volume compactado por m³ de concreto (m³/m³) 

ρc – massa unitária compactada do agregado graúdo 

 

 Para determinar o Consumo de agregado miúdo (Cm), primeiramente foi 

calculado o Volume de agregado miúdo (Vm) através da Fórmula 9. 

 

Vm = 1 − (
𝐶

dc
+

𝐶𝑏

db
+

𝐶𝑎

da
) 

 

(9) 

Onde: 

Vm – volume do agregado miúdo por m³ de concreto (m³/m³) 

C – consumo de cimento (kg/m³) 

Cb – consumo de brita (kg/m³) 

Ca – consumo de água (L/m³) 

dc – massa específica do cimento 

db – massa específica da brita 

da – massa específica da água 

  

 Com o valor de Vm foi aplica na Fórmula 10, para se obter o Cm. 

 

Cm = 𝑉𝑚 𝑥 𝑑m 

 

(10) 

Onde: 



42 
 

Cm – consumo de agregado miúdo (kg/m³) 

Vm – volume do agregado miúdo por m³ de concreto (m³/m³) 

dm – massa específica do agregado miúdo 

 

 Com todos estes consumos de materiais, fez-se a determinação do traço, 

utilizando-se da Fórmula 11, para relacionar os diferentes materiais em relação ao 

cimento. 

 

1:
𝐶𝑚

C
:
𝐶𝑏

C
: a/c 

 

(11) 

Onde: 

C – consumo de cimento (kg/m³) 

Cm – consumo de agregado miúdo (kg/m³) 

Cb – consumo de brita (kg/m³) 

a/c – relação água/cimento 

 

 Este traço foi utilizado como referência para a comparação com os demais 

traços desenvolvidos. A partir deste traço foram determinados os traços com 

substituição por agregado reciclado nas porcentagens de 5%, 10% e 15%, fazendo 

sua troca em função do volume de agregado miúdo, desta forma, levando sua massa 

específica e unitária em consideração. 

  

3.4 Ensaios no estado fresco  

 

3.4.1 Ensaio de abatimento tronco de cone - slump test  

 



43 
 

 A consistência do concreto estudado foi analisada através do ensaio de 

abatimento de cone, o qual, é regido pela norma NBR NM 67 (ABNT, 1998). A norma 

padroniza o processo de realização do ensaio, que consiste em colocar o concreto em 

um molde cônico, apoiado sobre uma placa metálica. Na sequência, o concreto deve 

ser inserido no cone em três camada iguais de forma a encher o molde, cada uma 

destas camadas deve ser golpeada 25 vezes com uma haste metálica e ao final retira-

se o excesso de concreto. Após, remove-se o cone e o coloca-se invertido, com a 

base maior para cima, sobre a placa, então devemos apoiar a haste sobre o cone e 

medir a diferença entre a haste e o concreto, esta medida é o abatimento do concreto. 

 

3.5 Ensaios no estado endurecido 

 

3.5.1 Resistência à compressão 

 

 A principal característica do concreto é sua resistência à compressão, a qual 

foi avaliada neste trabalho através do ensaio de ruptura à compressão, que atente as 

instruções da NBR 5739 (ABNT, 2018).  

Inicialmente foram moldados corpos de prova (CP), de 100mm de diâmetro por 

200mm de altura, conforme as prescrições da NBR 5738 (ABNT, 2015), que indica a 

aplicação de desmoldante nos moldes para depois preencher com o concreto fresco 

em duas camadas, as quais devem ser compactadas com 12 golpes cada. 

Após, estes CP foram colocados em uma câmara úmida, para garantir seu 

correto processo de cura, e lá permaneceram pelo período necessário para obtenção 

dos resultados. Para este trabalho os CP tiveram idades de 7, 14 e 28 dias, sendo 3 

amostras por traço utilizado. 

Após a cura destes corpos de prova, eles tiveram suas bases retificadas e 

foram colocados em uma prensa hidráulica, que aplicou uma carga a velocidade 

constante até o rompimento da amostra. A prensa registrou a carga total que foi 

carregada até a ruptura e forneceu a tensão em Mpa. 

 



44 
 

3.5.2 Absorção e índice de vazios 

 

 A durabilidade de um concreto está completamente ligada à sua absorção, visto 

que quanto mais fácil for a penetração de água e outros agentes contaminantes, 

menos durável este concreto será. Para isso foi utilizada a norma NBR 9778 (ABNT, 

2005) para analisar a absorção do concreto. Inicialmente foram moldados 3 corpos de 

prova conforme prescrito no item 3.5.1 os quais foram curados até uma idade de 28 

dias. Quando a cura foi finalizada, os CP foram secos em estufa a 105 °C por 72 

horas, tomou-se o registro de sua massa e após, eles foram submergidos por um 

período de 72 horas, em água na temperatura ambiente. Ao termino do período, 

mediu-se a massa dos CP e, por fim, os submeteu a um processo de fervura, por 5 

horas, e novamente, anotou-se sua massa saturada e submersa em água. 

 A absorção de água foi calculada com uso da Fórmula 12. 

 

A =
msat − ms

ms
x 100 

 

(12) 

Onde: 

A – absorção de água (%) 

ms – massa da amostra seca em estufa (g) 

msat – massa da amostra em condição saturada (g) 

 

 O índice de vazios foi calculado com a Fórmula 13. 

 

Iv =
msat − ms

msat − mf
x 100 

 

(13) 

Onde: 

Iv – índice de vazios (%) 



45 
 

ms – massa da amostra seca em estufa (g) 

msat – massa da amostra em condição saturada (g) 

mf – massa da amostra em condição submersa (g) 

 

3.5.3 Resistência à tração por compressão diametral 

 

 A determinação da resistência à tração por compressão diametral foi executada 

com o auxílio das indicações da norma NBR 7222 (ABNT, 2011). Para este teste foram 

produzidos corpos de prova conforme já descrito no item 3.5.1 deste trabalho. Foram 

moldados 3 CP por traço, os quais foram rompidos aos 28 dias. Então, estes CP foram 

colocados em posição horizontal sob a prensa hidráulica e foram efetuados apoios 

conforme a especificação da norma, para garantir o posicionamento da amostra. Por 

fim, a prensa aplicou uma carga crescente até a ruptura do material e desta forma, 

forneceu o valor de resistência à tração por compressão diametral em MPa. 

 

3.5.4 Absorção de água por capilaridade 

  

 Para analisar a absorção de água por capilaridade foi realizado o ensaio 

previsto na norma NBR 9779 (ABNT, 2012). Para esta prática foram moldados 3 

corpos de prova por traço, seguindo as determinações descritas no item 3.5.1. Estas 

amostras foram secas em estufa, a temperatura de 105 °C durante 24 horas, depois 

disso, os CP devem foram resfriados e pesados. Em seguida os corpos de prova foram 

alocados em um recipiente com uma lamina de água de aproximadamente 5mm de 

espessura. Durante o teste tomou-se o registro da massa destes CP em períodos de 

3, 6, 12, 24, 48, e 72 horas. Posteriormente, calculou-se a absorção de água por 

capilaridade com o uso da Fórmula 14. 

 

C =
msat − ms

S
 

 

(14) 



46 
 

Onde: 

C – absorção de água por capilaridade (g/cm²) 

msat – massa saturada do corpo de prova (g) 

ms – massa do corpo de prova seco (g) 

S – área da seção transversal (cm²) 



47 
 

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES 

 

Este capítulo do trabalho busca apresentar os resultados obtidos na execução 

dos ensaios descritos anteriormente no item 3, bem como, expor algumas discussões 

e comparações. 

 

4.1 Caracterização dos materiais 

 

4.1.1 Cimento  

 

Com o uso da NBR 16605 (ABNT, 2017) foi encontrada uma massa específica 

de 2,92 g/cm³ para o cimento Portland CP V – ARI utilizado no ensaio. Resultado este 

que está dentro dos padrões estabelecidos que são entre 2,8 e 3,2 g/cm³, conforme 

informado pela Itambé, fabricante deste material (ITAMBÉ, 2016). 

 

4.1.2 Agregado miúdo natural  

 

O primeiro ensaio realizado com o agregado miúdo natural foi a determinação 

da composição granulométrica, executado seguindo as prescrições da NBR 248 

(ABNT, 2003) e a NBR 7211 (ABNT, 2009) foi utilizada para analisar sua aceitação 

como constituinte para concretos. 

Na Tabela 6 encontram se os resultados para o ensaio de granulometria do 

agregado miúdo natural e com estes resultados, gerou-se o Gráfico 2, onde está 

apresentada a curva granulométrica deste material. O módulo de finura encontrado 



48 
 

para esta areia é de 1,79 que, segundo a classificação de Ambrozewicz (2012), seria 

de uma areia muito fina, onde seu módulo de finura varia entre 1,35 e 2,25. Segundo 

classificação da NBR 7211 (ABNT, 2009) este agregado encontra-se dentro da zona 

utilizável inferior, onde o MF deve estar entre 1,55 e 2,20. 

Tabela 6 – Propriedades granulométricas do agregado miúdo natural 

Peneiras Material 
retido em 

gramas 
% Retida 

% Retida 
acumulada Número mm 

3/8" 9,5 0,0  0,00 0,00 

1/4" 6,3 0,0  0,00 0,00 

4 4,75 0,0  0,00 0,00 

8 2,36 2,0  0,22 0,22 

16 1,18 55,7  6,23 6,46 

30 0,6 129,5  14,48 20,94 

50 0,3 332,5  37,20 58,15 

100 0,15 316,0  35,36 93,50 

Fundo <0,15 58,1  6,50 100,00 

Total 893,7 100,00 179,27 

Módulo de Finura (MF): 1,79 

Diâmetro Máximo Caracteristico (DMC): 2,36 

Fonte: Do autor (2019) 

 

Gráfico 2 – Curva granulométrica do agregado miúdo natural 

 

Fonte: Do autor (2019) 

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

9,5 6,3 4,75 2,36 1,18 0,6 0,3 0,15

%
 R

e
ti
d
a
 A

c
u
m

u
la

d
a

Abertura das Peneiras (mm)

Limite Inf. Utilizável

Limite Inf. Ótimo

Agregado Miúdo Natural

Limite Sup. Ótimo

Limite Sup. Utilizável



49 
 

Em seguida foi determinada a massa unitária do agregado miúdo natural, 

utilizando-se das instruções contidas na norma NBR 45 (ABNT, 2006), onde foi 

encontrado um valor de 1687,31 kg/m³, sendo esse semelhante ao resultado de 1633 

kg/m³ obtido por Castro (2018) ao utilizar o mesmo material disponibilizado pelo 

laboratório.  

A determinação seguinte foi a de massa específica do agregado miúdo natural, 

com auxílio da norma NBR NM 52 (ABNT, 2003), através da qual obteve-se o valor 

de 2603,54 kg/m³, resultado compatível com os 2614 kg/m³ encontrados por Sartori 

(2018) para esta areia disponibilizada pelo LATEC. 

O último ensaio realizado com este material foi a determinação da absorção de 

água, no qual foi utilizada a NBR NM 30 (ABNT, 2001), desta forma, apurou-se um 

resultado de 3,49%, valor não muito distante dos 4,1% encontrados por Castro (2018), 

ao analisar este agregado no LATEC. 

 

4.1.2 Agregado graúdo natural  

 

De mesma forma como realizado com o agregado miúdo, a determinação da 

granulometria do agregado graúdo foi obtida seguindo as prescrições da NBR 248 

(ABNT, 2003) e a NBR 7211 (ABNT, 2009) também, foi utilizada na análise de sua 

aceitação como agregado do concreto. 

Na Tabela 7 podem ser vistos os resultados para o ensaio de granulometria do 

agregado graúdo natural e a partir destes resultados, pode-se gerar o Gráfico 3, que 

apresenta a curva granulométrica do agregado graúdo. O diâmetro máximo 

característico encontrado é de 9,5mm que, segundo a classificação de Ambrozewicz 

(2012), é compatível com uma brita 0. Ao se observar o Gráfico 3, percebe-se que o 

material se encontra fora dos limites estabelecidos na NBR 7211 (ABNT, 2009), porém 

o material é bem graduado, conforme descrição de Farias e Palmeira (2012), tendo 

apenas um módulo de finura relativamente baixo, algo esperado para um brita 0. 

 

 



50 
 

Tabela 7 – Propriedades granulométricas do agregado graúdo natural 

Peneiras Material 
retido em 

gramas 
% Retida 

% Retida 
acumulada Número mm 

1" 25 0,0  0,00 0,00 

3/4" 19 0,0  0,00 0,00 

1/2" 12,5 85,0  4,86 4,86 

3/8" 9,5 440,0  25,18 30,04 

1/4" 6,3 710,0  40,63 70,67 

4 4,75 260,0  14,88 85,55 

8 2,36 237,5  13,59 99,14 

Fundo <2,36 15,0  0,86 100,00 

Total 1.747,5  100,00 214,74 

Módulo de Finura (MF): 2,15 

Diâmetro Máximo Caracteristico (DMC): 9,5 

Fonte: Do autor (2019) 

 

Gráfico 3 – Curva granulométrica do agregado graúdo natural 

 

Fonte: Do autor (2019) 

A segunda determinação foi a massa unitária do agregado graúdo natural, na 

qual, também foi utilizado as instruções contidas na norma NBR 45 (ABNT, 2006), 

chegando a um valor de 1547,11 kg/m³, que é muito semelhante aos 1568 kg/m³ 

obtido por Silva (2018) em sua análise para o mesmo material.  

A determinação de massa específica do agregado graúdo natural foi feita com 

uso da norma NBR NM 53 (ABNT, 2009), obtendo-se o valor de 2376,19 kg/m³, 

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

9,5 6,3 4,75 2,36 1,18 0,6 0,3

%
 R

e
ti
d
a
 A

c
u
m

u
la

d
a

Abertura das Peneiras (mm)

Limite Inferior

Agregado Graúdo Natural

Limite Superior



51 
 

resultado semelhante aos 2530 kg/m³ encontrados por Giovanaz (2018) para esta 

brita disponibilizada pelo LATEC. 

Por fim, foi determinada a absorção de água, na qual foi utilizada a NBR NM 53 

(ABNT, 2009) a qual, forneceu o resultado de 0,87%, exatamente o mesmo valor 

encontrado por Castro (2018), para este mesmo agregado do LATEC. 

 

4.1.3 Agregado miúdo reciclado  

 

A análise granulométrica do agregado miúdo reciclado foi executada conforme 

a normativa NBR 248 (ABNT, 2003), com auxílio da NBR 7211 (ABNT, 2009) para 

obtenção de parâmetros de aceitação para fazer parte do concreto. 

Os resultados para o ensaio de granulometria deste agregado reciclado podem 

ser observados na Tabela 8, resultados estes que proveram o Gráfico 4, que traz a 

curva granulométrica do agregado miúdo reciclado. O módulo de finura obtido para 

este agregado é de 4,12, valor muito semelhante aos 4,27 encontrados por Ferrari 

(2017) para PVC moído. Ao analisar o Gráfico 4, observa-se que o material tem uma 

graduação uniforme, que se justifica pelo fato da moagem criar grãos semelhantes 

entre si. O material está fora dos limites indicados pela NBR 7211 (ABNT, 2009), 

porém como a norma não apresenta parâmetros específicos para agregados 

reciclados, pode-se aceitá-lo com essa configuração granulométrica. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 



52 
 

Tabela 8 – Propriedades granulométricas do agregado miúdo reciclado 

Peneiras Material 
retido em 

gramas 
% Retida 

% Retida 
acumulada Número mm 

3/8" 9,5 0,0  0,00 0,00 

1/4" 6,3 0,0  0,00 0,00 

4 4,75 7,3  2,32 2,32 

8 2,36 67,5  21,61 23,93 

16 1,18 193,0  61,81 85,74 

30 0,6 43,7  14,00 99,74 

50 0,3 0,8  0,26 100,00 

100 0,15 0,0  0,00 100,00 

Fundo <0,15 0,0  0,00 100,00 

Total 312,15 34,93 411,74 

Módulo de Finura (MF): 4,12 

Diâmetro Máximo Caracteristico (DMC): 4,75 

Fonte: Do autor (2019) 

 

Gráfico 4 – Curva granulométrica do agregado miúdo reciclado 

 

Fonte: Do autor (2019) 

A massa unitária do agregado miúdo reciclado foi determinada com uso da 

norma NBR 45 (ABNT, 2006), obtendo valor de 532,07 kg/m³, valor muito próximo aos 

546 kg/m³ observados Kou et al (2009), ao analisar PVC moído a partir de resíduos 

de tubos. 

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

9,5 6,3 4,75 2,36 1,18 0,6 0,3 0,15

%
 R

e
ti
d
a
 A

c
u
m

u
la

d
a

Abertura das Peneiras (mm)

Limite Inf. Utilizável

Limite Inf. Ótimo

Agregado Reciclado (PVC)

Limite Sup. Ótimo

Limite Sup. Utilizável



53 
 

A norma NBR NM 52 (ABNT, 2003) foi utilizada para chegar-se ao resultado de 

massa específica para o agregado miúdo reciclado, desta forma, foi encontrado o 

valor de 1298,70 kg/m³, resultado compatível com os 1400 kg/m³ encontrados por Kou 

et al (2009) para sua análise com resíduos de PVC. 

A absorção de água para este material é considerada nula, pelo fato do PVC 

ser um polímero não hidroscópico, ou seja, não absorve água ou umidade, fato este 

que também foi apontado por Kou et al (2009). 

 

4.2 Definição do traço 

 

Com o uso das prescrições do método ABCP desenvolvido por Rodrigues 

(1998), das recomendações feitas por Sandoval, Couto e Toralles (2018) e com os 

resultados obtidos nos ensaios de caracterização dos materiais empregados, pôde-se 

aplicar os processos descritos no item 3.3 deste trabalho. Deste modo, chegou-se no 

traço observado no Quadro 4. 

Quadro 4 – Traço de referência 

Traço  Cimento Areia Brita a/c 1:m C (kg/m³) 

Proporção 
em volume 

1 1,60 2,62 0,605 1 : 4,22 380,2 

Fonte: Do autor (2019). 

 

A partir deste traço foram definidos mais três traços, onde o volume de 

agregado miúdo natural fora substituído por PVC moído nas proporções de 5%, 10% 

e 15%. Nestes traços foi necessário a adição do aditivo superplastificante Grace Tec 

Flow 8000A, disponibilizado pelo LATEC, para que o abatimento estipulado no método 

fosse atingido, sem modificar a relação água/cimento, assim, buscando evitar 

alterações na sua resistência. Também foram feitas algumas correções nos consumos 

de materiais em relação a suas massas específicas. Os consumos em massa, bem 

como a porcentagem de aditivo adicionada podem ser observados no Quadro 5. 

 



54 
 

Quadro 5 – Traços utilizados na produção do concreto, com seu consumo em massa 

 

Fonte: Do autor (2019). 

 

Na posse destes dados foram moldados 72 CP segundo a normativa NBR 5738 

(ABNT, 2015), já previamente descrita no item 3.5.1. Destes 72 CP, foram executados 18 por 

cada um dos 4 traços, dos quais, 9 foram rompidos por compressão, sendo 3 aos 7 dias, 3 

aos 14 e outros 3 aos 28 dias. Dos 9 CP restantes, foram curados até a idade de 28 dias, 

onde 3 foram rompidos por compressão diametral, outros 3 utilizados no ensaio de absorção 

de água e índice de vazio e os últimos 3, para a determinação da absorção por capilaridade. 

 

4.3 Ensaio do concreto em estado fresco 

 

4.3.1 Ensaio de abatimento do tronco de cone – slump test 

 

O primeiro ensaio realizado com o concreto, ainda em seu estado fresco foi o 

teste de abatimento do tronco de cone, também conhecido por slump test. Este ensaio 

teve o objetivo de equiparar os diferentes traços, pois para o método ABCP o 

abatimento é uma das características utilizadas determinar a dosagem. Desta forma 

temos a trabalhabilidade e a água/cimento fixados, sendo utilizado o aditivo 

superplastificante com objetivo de corrigir o abatimento até a trabalhabilidade 

estipulada. A Quadro 6 apresenta um comparativo entre o abatimento final em relação 

a quantidade de aditivo utilizada. 

 

 

Cimento 

(kg)

Agregado 

miúdo (kg)

Agregado 

graúdo(kg)

Cimento 

(kg)

Areia 

(kg)

Brita 

(kg)

PVC 

(kg)
a/c

Água 

(kg)

Aditivo 

Superplast. (%) 

Traço 

referência
1 1,6 2,62 10,50 16,80 27,55 0,00 0,605 6,35 0

Traço 5% PVC 1 1,6 2,62 10,39 15,79 27,26 0,83 0,605 6,28 0,92%

Traço 10% PVC 1 1,6 2,62 10,28 14,81 26,98 1,65 0,605 6,22 1,35%

Traço 15% PVC 1 1,6 2,62 10,17 13,84 26,70 2,44 0,605 6,15 1,91%

Identificação

Traço unitário 1 : 4,22 Consumo total de materiais em kg



55 
 

Quadro 6 – Comparação do uso de aditivo com o abatimento encontrado 

Identificação Aditivo superplasticante (%)  Abatimento (mm) 

Traço referência 0 90 

Traço 5% PVC 0,92% 90 

Traço 10% PVC 1,35% 100 

Traço 15% PVC 1,91% 100 

Fonte: Do autor (2019). 

 

Esta necessidade pelo acréscimo de aditivo superplastificante se relaciona à 

perda de abatimento com aumento da substituição do agregado natural pelo reciclado, 

como já havia sido observado por Jardim (2016). Modro (2008) em sua pesquisa 

chegou a abatimento 0 para substituições mais altas, ao utilizar PET como agregado 

reciclado, porém indica que parte desta perda pode ser proveniente da forma do 

material utilizado. 

Já Pietrobelli (2010), ao substituir o agregado miúdo por PET encontrou perdas 

de trabalhabilidade mais próximas as encontradas neste trabalho, sendo facilmente 

corrigidas com o uso de aditivos. Segundo ele, o concreto menos trabalhável obtido 

com este agregado se explica pelo fato que o agregado reciclado possui maior volume 

e menor peso ao se comparar ao agregado natural. 

Na Figura 7, pode-se analisar a diferente consistência de cada um dos traços, 

bem como seu abatimento. Nesta imagem percebe-se que com a crescente 

substituição do agregado miúdo, começa a ocorrer uma segregação de material, isto 

se deve à falta de argamassa na mistura. 

 

 

 

 



56 
 

Figura 7 – Comparação do abatimento 

 

Fonte: Do autor (2019). 

 

4.4 Ensaio do concreto em estado endurecido 

 

4.4.1 Resistência à compressão 

 

Na Gráfico 5, estão apresentados os resultados das médias de resistência à 

compressão dos corpos de provas do concreto de referência, bem como, dos traços 

com substituição. No Apêndice A, podem ser vistos todos os resultados para cada um 

dos CP rompidos. 

 

 



57 
 

Gráfico 5 – Resistência à compressão x idade de rompimento 

 

Fonte: Do autor (2019) 

 

 O Gráfico 5 mostra que, como já era esperado, houve aumento da resistência 

entre as idades de controle (71428 dias) para todos os traços. Tanto o concreto 

de referência quanto os concretos com substituição de 5% e 10% alcançaram 

resistências superiores aos 31,6 MPa estipulados para os 28 dias, na definição do 

traço. Sendo o Traço com 15% de PVC o único a não atingir a resistência mínima. Os 

resultados para este traço foram muito inferiores aos esperados, porém tal conclusão 

não surpreende, quando se analisa a Figura 7, sendo que esta mostra a segregação 

do material. Deste modo, acredita-se que este resultado possa ser evitado com uma 

correção no traço, evitando a falta de argamassa no concreto. 

  O resultado para o traço com 5% de substituição foi o que obteve melhor 

desempenho dentre os analisados, ficando com um aumento de 21,2 % na resistência 

se comparado ao concreto de referência, sendo que ao se comparar com outras 

pesquisas realizadas com o mesmo material, como a de Kou et al (2009), tem-se um 

padrão de queda na resistência com esta substituição. Porém fato que pode ser 

explicado pela diferente granulometria do material, que somado com a areia, preenche 

31,59
35,16

39,85
41,66

46,18
48,29

32,89 33,26
35,56

8,31 8,76 9,00

0,00

10,00

20,00

30,00

40,00

50,00

60,00

7 14 28

R
e
s
is

tê
n
c
ia

 (
M

P
a
)

Idade (em dias)

Referência

5% PVC

10% PVC

15% PVC



58 
 

melhor os vazios dentro do concreto, aumentando o empacotamento de partículas do 

conjunto. 

 Os resultados apontados por Ferrari (2017), para uma substituição com 10% 

de agregado miúdo por PVC moído, seriam de uma diminuição de 11,6% na 

resistência à compressão aos 28 dias se comparados ao concreto de referência. Estes 

resultados são compatíveis com os encontrados nesta pesquisa, onde para este traço 

teve-se uma redução de 10,7% na resistência, para a mesma comparação. 

 Na análise da resistência a compressão a substituição da areia por PVC se 

mostrou viável, para as porcentagens de 5% e 10%, sendo que ambas superaram a 

resistência de projeto. A substituição com 15% não se mostrou adequada para o uso 

em concretos neste trabalho, porém mais estudos devem ser realizados para efetivar 

tal conclusão. 

 

4.4.2 Absorção e índice de vazios 

 

Os valores médios de absorção de água e índice de vazios podem ser vistos 

na Tabela 9, onde também está indicada a comparação entre os valores do traço de 

referência e os traços com substituições. Todos os resultados para cada corpo de 

prova, se encontram no Apêndice B. 

 

Tabela 9 – Absorção de água e índice de vazios 

Traço 
Absorção de 

Água (%) 

Relação Concreto 
Referência/Concreto 

com substituição 

Índice de 
Vazios (%) 

Relação Concreto 
Referência/Concreto 

com substituição 

Referência 4,09 1,00 9,29 1,00 

5% PVC 3,20 0,78 7,47 0,80 

10% PVC 4,81 1,18 10,79 1,16 

15% PVC 9,06 2,22 18,75 2,02 

Fonte: Do autor (2019) 

 

 Os resultados obtidos para este ensaio são totalmente compatíveis com os 

resultados encontrados para o ensaio de resistência à compressão visto em 4.4.1, de 



59 
 

forma que quanto menor o índice de vazios e, consequentemente, a absorção de 

água, maior a resistência resultante. 

 A variação do índice de vazios entre o concreto de referência e os traços com 

substituição, se assemelha muito com a variação da absorção de água para esta 

mesma comparação, onde fica visível a relação direta entre as duas propriedades. 

 Almeida (2016) indica que mesmo que a absorção do PVC seja nula, o que 

seria um ponto positivo para a substituição, este na verdade é seu maior problema, 

haja vista que a falta de absorção de água dificulta a interação entre a matriz 

cimentícia e o polímero. Este fenômeno pôde ser observado nos traços com 10% e 

15% de agregado reciclado. 

 Já no traço com 5% de PVC, as partículas mais finas de PVC preencheram os 

espaços vazios, complementando a areia. Desta forma, o efeito a não absorção de 

água pelo PVC não foi fundamental para este resultado.  

Sendo, desta forma, o traço com 5% de substituição o mais indicado, para 

atender a quesitos de absorção de água e índice de vazios.  

 

4.4.3 Resistência à tração por compressão diametral 

 

Os resultados de resistência à tração por compressão diametral para os 

quatro traços podem ser vistos no Gráfico 6, onde estão representados seus valores 

médios, todos resultados para cada corpo de prova podem ser observados no 

Apêndice C. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 



60 
 

Gráfico 6 – Resistência à tração por compressão diametral aos 28 dias 

 

Fonte: Do autor (2019) 

 

Ao comparar os valores encontrados para este ensaio, percebe-se que houve 

um acréscimo 25,3% na resistência à tração do traço com 5% de PVC, se comparado 

ao traço de referência. Já no traço com 10% de substituição, ocorreu uma queda de 

22,2% na resistência à tração, porém o pior resultado foi o do traço com 15% do 

agregado reciclado, onde teve-se uma diminuição de 58,9% em sua resistência.  

Novamente, esta baixa resistência encontrada para o traço com 15% de PVC 

pode ser explicada pela segregação de materiais no processo de moldagem, algo que 

como visto no item 4.4.3, aumentou muito seu índice de vazio, desta forma, baixando 

sua resistência. 

O traço com 10% de agregado reciclado teve uma queda de 22,2% em relação 

ao concreto de referência, similar aos 18,4% encontrados por Kou et al (2009), que 

relacionou essa perda de resistência ao fato de que o PVC por não absorver água, 

dificulta a adesão da matriz cimentícia, e desta forma, enfraquece a zona de transição, 

região que compreende a interface entre a pasta e a superfície do agregado, onde se 

inicia a ruptura. 

2,72

3,41

2,12

1,12

0,00

0,50

1,00

1,50

2,00

2,50

3,00

3,50

4,00

Referência 5% PVC 10% PVC 15% PVC

R
e
s
is

tê
n
c
ia

 (
M

P
a
)

Traço



61 
 

Já o aumento da resistência à tração vista no traço com 5% do PVC, segundo 

Jardim (2016), está associado ao fato de que as partículas de PVC podem assumir 

um papel semelhante ao observado nas adições de fibras no concreto, fornecendo 

assim, um elevado ganho de resistência à tração. 

No que se refere a resistência à tração, apenas o traço com substituição de 5% 

se mostrou efetivo quando comparado ao concreto convencional. Sendo os traços 

com 10% e 15% de PVC, considerados não apropriados para este uso, até que se 

realizem novas pesquisas sobre o tema. 

 

4.4.4 Absorção de água por capilaridade 

 

Na Tabela 10, estão expostos os valores médios para os resultados de 

absorção de água por capilaridade para 3h, 6h, 12h, 24h, 48h e 72h. Também está 

apresentada uma comparação entre o traço de referência e os demais traços para 

cada uma das medições. Os resultados para cada um dos corpos de prova podem ser 

visualizados no Apêndice. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 



62 
 

 

 

 

Tabela 10 – Absorção de água por capilaridade 

 

Fonte: Do autor (2019) 

 

Com estes dados pode-se gerar o Gráfico 7, que torna a visualização dos 

resultados muito mais clara, podendo-se observar a absorção de água através dos 

registros para cada idade. 

 

 

 

 

 

Traço
Aborção de Água 

3h (g/cm²)

Relação Concreto 

Refência/Concreto 

com substituição

Aborção de Água 

6h (g/cm²)

Relação Concreto 

Refência/Concreto 

com substituição
Referência 0,18 1,00 0,25 1,00

5% PVC 0,16 0,91 0,21 0,83

10% PVC 0,07 0,38 0,09 0,35

15% PVC 0,06 0,35 0,09 0,35

Traço
Aborção de Água 

12h (g/cm²)

Relação Concreto 

Refência/Concreto 

com substituição

Aborção de Água 

24h (g/cm²)

Relação Concreto 

Refência/Concreto 

com substituição

Referência 0,37 1,00 0,45 1,00

5% PVC 0,27 0,73 0,35 0,79

10% PVC 0,15 0,40 0,16 0,35

15% PVC 0,12 0,31 0,17 0,38

Traço
Aborção de Água 

48h (g/cm²)

Relação Concreto 

Refência/Concreto 

com substituição

Aborção de Água 

72h (g/cm²)

Relação Concreto 

Refência/Concreto 

com substituição

Referência 0,61 1,00 0,76 1,00

5% PVC 0,45 0,75 0,54 0,71

10% PVC 0,24 0,39 0,33 0,43

15% PVC 0,27 0,44 0,38 0,49



63 
 

Gráfico 7 – Absorção de água por capilaridade x tempo 

 

Fonte: Do autor (2019) 

 

 Ao observar o Gráfico 7, tem-se um resultado inesperado, pois os traços com 

maiores porcentagens de substituição apresentam os menores níveis de absorção se 

comparados ao traço de referência, resultados estes incompatíveis com os que foram 

encontrados para absorção pelo método de imersão. Porém este fato pode ser 

explicado através da má ligação entre o polímero e a matriz cimentícia, fenômeno 

explicado por Almeida (2016). Esta má ligação entre os constituintes do concreto 

ocasiona uma segregação dos materiais, fazendo com que haja grande concentração 

de fino no fundo do corpo de prova. Como no ensaio de absorção de água por 

capilaridade, esta é feita pelo contato entre o fundo do corpo de prova e uma lâmina 

de água, entende-se que a camada formada por finos no fundo deste concreto impeça 

a absorção por capilaridade, sendo assim, estes resultados considerados irreais. 

 Já no concreto com 5% de substituição, temos uma absorção por capilaridade 

mais condizente com a realidade encontra nos outros ensaios, desta forma pode-se 

considerar este resultado válido. 

0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

0,7

0,8

0 3 6 12 24 48 72

A
B

S
O

R
Ç

Ã
O

 (
G

/C
M

²)

HORAS

Referência

5% PVC

10% PVC

15% PVC



64 
 

5 CONCLUSÃO 

 

 Com base nas análises e resultados, onde se buscou avaliar a substituição do 

agregado miúdo natural por agregado miúdo reciclado, obtido através da moagem de 

resíduos de PVC, nas proporções de 5%, 10% e 15%, na dosagem de um concreto 

convencional. Estão aqui apresentadas as conclusões finais deste trabalho, bem 

como sugestões para próximas pesquisas. 

 Inicialmente, deve-se citar que os resultados obtidos para o traço com 15% de 

PVC não foram os melhores possíveis, provavelmente em decorrência de algum erro 

no processo de definição do traço, tendo-se isto em visto, indica-se a realização de 

novos trabalhos com este material e traço, porém utilizando algum outro método de 

dosagem ou fazendo algumas correções no traço. 

 Para os resultados de resistência à compressão os concretos com 5% e 10% 

de agregado miúdo substituído por PVC foram aceitos com opção para concretos 

convencionais, pois superaram a resistência solicitada em projeto, sendo que o traço 

com 5% de agregado reciclado chegou a uma resistência de 48,29 MPa aos 28 dias, 

superando em 52,8% os 31,6 MPa estabelecidos para o projeto.  

 Já para resistência à tração, apenas o resultado obtido pelo concreto com 5% 

de PVC superou o concreto convencional. Este fato ocorreu devido ao efeito de que o 

PVC age como uma espécie de fibra dentro do concreto, desta forma melhorando sua 

resistência à tração. 

 Os finos presentes no resíduo de PVC foram cruciais para atingir um 

empacotamento ótimo no traço de 5% de substituição, desta formar diminuindo seu 

número de vazios e, consequentemente, sua absorção de água, fazendo que ambos 

os parâmetros fossem menores que os obtidos para o concreto de referência. 



65 
 

 Observando nessas analises, é possível afirmar que a substituição de agregado 

miúdo natural por agregado reciclado de PVC é viável, enquanto as suas propriedades 

físicas e mecânicas. Sendo que os melhores resultados para esta substituição serão 

obtidos a partir do uso de 5% de PVC para o volume original de areia. 



66 
 

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