Marcas e olhares à comunidade surda

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Data
2018-08-29
Orientador
Miorando, Tânia Micheline
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Resumo
Este trabalho teve como objetivo compreender a atuação do pedagogo na comunidade surda, considerada um espaço não escolar. O pedagogo é importante em diferentes práticas, escolares e não escolares, por ter presente a diversidade que o contexto sócio-cultural apresenta na escola e fora dela. Vivemos um tempo importante para pensar nas práticas educativas do pedagogo. Este trabalho incorpora estudos que veem o surdo como estrangeiro em uma país de mesma nacionalização e comunica-se em uma língua diferente daquela utilizada majoritariamente. Daí decorre uma formação educacional, cultural e política que precisa de um olhar especial. A visão de que o pedagogo deve estar somente dentro de escolas é transformada com esses novos espaços de atuação na sociedade. A metodologia se caracteriza pela pesquisa qualitativa, com inspiração na história e narrativa de vida, compondo-se de memórias. Em todo momento cuidou-se em ter um olhar sensível diante de observações, diário de campo e um olhar atento às fotografias realizadas em Práticas Pedagógicas em Espaços não Escolares. Destes instrumentos se buscou a geração dos dados. A pesquisa contemplou três eixos: a) Os espaços que os surdos frequentam; b) O pedagogo no espaço não escolar da comunidade surda; e, c) Atividades realizadas com a comunidade surda. O resultado deste estudo foi: a) O espaço que os surdos frequentam para práticas pedagógicas, reuniões, atendimentos e demais atividades se dá na associação de surdos, instalada em um prédio próprio para estas atividades. Este é mais um dos espaços que os surdos frequentam dentre outros espaços para encontros, descontração, bate-papo, interação; b) O pedagogo está inserido na comunidade surda como um profissional importante, auxiliando-os nas práticas pedagógicas que podem ser desenvolvidas com o grupo ou individualmente. Ele trabalha no sentido de amparar os surdos ao ensinar e estudar a Língua Brasileira de Sinais (Libras), sendo a primeira língua da comunidade onde trabalha. O pedagogo também organiza o planejamento, as reuniões e os atendimentos com surdos e familiares; c) As atividades realizadas com os surdos vão desde a formação linguística, complementando-se com atividades que proporcionam conhecimentos e aprendizagens para a construção de sua cidadania. Em seguida, com todas as observações feitas, práticas realizadas com os surdos, os relatos no diário de campo, as memórias escritas e as fotografias arquivadas, partiu-se para visualizar os resultados na busca de esmiuçar o olhar diante das práticas pedagógicas na comunidade surda. Em um comparativo com as escolas, percebesse que ainda encontramos profissionais despreparados, professores sem conhecimento da língua de sinais, o que prejudica o ensino para os surdos nas escolas regulares. Por isso, a formação do pedagogo deve olhar também para os espaços não escolares e ampliar o cuidado a todos que participam e fazem parte desses espaços importantes.
Descrição
Palavras-chave
Espaços não escolares; Comunidade surda; Práticas pedagógicas; Pedagogo
Citação
BAGIO, Camila. Marcas e olhares à comunidade surda. 2018. Monografia (Graduação em Pedagogia) – Universidade do Vale do Taquari - Univates, Lajeado, 26 jun. 2018. Disponível em: http://hdl.handle.net/10737/2129.
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