Efeito do ultra-som sobre sobre a nocicepção e o processo inflamatório em modelos animais e sobre a estrutura química de fármacos

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Data
2009-01-14
Orientador
Siqueira, Ionara Rodrigues
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Resumo
Os efeitos do ultra-som têm sido amplamente estudados, o ultra-som constituindo-se uma técnica fisioterapêutica bastante comum. Há dois tipos de pulso, comumente utilizados na prática clinica do ultra-som terapêutico, o contínuo e o pulsado. O ultra-som per se é usado para reduzir a dor e o edema, contudo tem sido usada para aumentar a absorção transdérmica de moléculas de fármacos através da pele, a fonoforese. Há um limitado número de publicações na área e os dados obtidos são bastante conflitantes sobre a possibilidade de ocorrer alterações nas moléculas dos fármacos pela exposição às ondas sônicas. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos do ultra-som sobre a estrutura química de fármacos utilizados na Fisioterapia dermatofuncional, traumatológica e reumatológica, como o diclofenaco de sódio, a dexametasona e a rutina usados na fonoforese, utilizando ensaio espectrofotométrico. Além de que, foi avaliada a ação antinociceptiva (analgésica) do ultra-som (contínuo e pulsado) per se e o efeito do ultra-som sobre a inflamação crônica. Na análise do espectro de absorção dos fármacos foi investigada a degradação do diclofenaco de sódio (0,2%), dexametasona (0,2%) e rutina (0,002%). As soluções aquosas foram expostas ao ultra-som, ondas contínuas e pulsadas em condições terapêuticas, especialmente na fonoforese. A análise dos espectros de UV/visível sugere a ausência de degradação das moléculas testadas, diclofenaco sódico, dexametasona e rutina pelo ultra-som. Os efeitos da exposição de ultra-som em moléculas estruturais são importantes, considerando que a atividade biológica é diretamente dependente da ausência de degradação nas condições usadas além da absorção percutânea. A fim de estudar a ação antinociceptiva (analgésica) do ultra-som (contínuo e pulsado) foi utilizado o teste da formalina, que consiste na administração de formalina (2,5%) na região plantar da pata direita traseira, a pata tratada com o ultrasom, de camundongos albinos e adultos. O tempo gasto em lambidas e mordidas da pata injetada com formalina nos primeiros 5 min (primeira fase) foi tomado como indicativo de dor neurogênica, e a segunda fase (entre 15-30 minutos), acompanhada de resposta inflamatória relacionada a mediadores da inflamação, foi considerada dor inflamatória. Ultra-som contínuo, ultra-som pulsado e ultra-som desligado foram aplicados imediatamente, ou 60 minutos antes da administração da formalina. O ultra-som não demonstrou ação antinociceptiva em nenhuma fase do teste. O efeito do ultra-som pulsado sobre a sobre a inflamação crônica foi avaliado através da formação do tecido granulomatoso. Os animais foram anestesiados e dois pellets de algodão autoclavados, foram implantadas subcutaneamente nas costas previamente depiladas. Vinte e quatro horas depois da implantação os camundongos foram tratados com o ultra-som pulsado e ultra-som desligado. O ultra-som não alterou a formação do tecido granulomatoso no teste do granuloma, indicando ausência de efeito anti-proliferativo. O ultra-som não apresentou as atividades antinociceptivas e antiinflamatórias nos modelos testados. Na análise dos espectros de UV/visível demonstra a ausência de degradação das moléculas testadas, diclofenaco sódico, dexametasona e rutina pelo ultra-som. Os efeitos da exposição de ultra-som em moléculas estruturais são importantes, considerando que a atividade biológica é diretamente dependente da ausência de degradação nas condições usadas além da absorção percutânea.
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BARNES, Dênis. Efeito do ultra-som sobre sobre a nocicepção e o processo inflamatório em modelos animais e sobre a estrutura química de fármacos. 2008. Dissertação (Mestrado) – Curso de Ambiente e Desenvolvimento, Universidade do Vale do Taquari - Univates, Lajeado, 06 jun. 2008. Disponível em: http://hdl.handle.net/10737/56.
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