UNIVERSIDADE DO VALE DO TAQUARI - UNIVATES 
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENSINO DE 

CIÊNCIAS EXATAS 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O QUE '( )f x  NOS DIZ SOBRE ( )f x : UMA ABORDAGEM COM 

USO DE TECNOLOGIA COMPUTACIONAL  

 

 

 

 

 Gisele Scremin 

 

 

 

 

 

 

Lajeado, janeiro de 2019 



 
 

 
 

 

 

Gisele Scremin 

 
 
 

 

 

 

 

 

 

O QUE '( )f x  NOS DIZ SOBRE ( )f x : UMA ABORDAGEM COM 

USO DE TECNOLOGIA COMPUTACIONAL 

 

 

 

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação 

Stricto Sensu Mestrado Profissional em Ensino de 

Ciências Exatas, da Universidade do Vale do Taquari - 

Univates, como exigência parcial para obtenção do grau 

de Mestre em Ensino de Ciências Exatas.  

 

 Orientadora: Prof. Drª  Maria Madalena Dullius 

 

 

 

 

 

 

Lajeado, janeiro de 2019 



 
 

 
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Dedico esta dissertação aos meus grandes exemplos e 

apoiadores de toda minha caminhada, meu filho Jonatam 

Palacios, esposo Jorge Luis Palacios Felix, meu pai Darci Luis 

Scremin e minha mãe Elvenia Angelina J. Scremin, pois tudo que 

conquistei até hoje foi porque vocês estavam ao meu lado me 

apoiando, incentivando, oferecendo forças para seguir em frente 

e não desistir nos momentos de angústia e dúvida.  

 

Gisele Scremin 

 

Janeiro/2019 

 

 



 
 

 
 

 

AGRADECIMENTOS 

Ao longo da caminhada de pesquisa, pude contar com o apoio de algumas 

pessoas que sempre estiveram ao meu lado e que são simplesmente especiais, além 

de ter a oportunidade de conhecer outras, que foram muito significativas, ambas me 

apoiaram e me incentivaram para eu chegar a alcançar mais um grande objetivo na 

vida: concluir o mestrado. 

Agradeço de coração a todos que contribuíram para que o sonho se 

concretizasse, participando de alguma forma e em alguma etapa dessa importante 

conquista. Não terei como mencionar todos, porém não posso deixar de citar alguns. 

Deus esteve sempre comigo, dando-me força, ânimo e, sobretudo, crença para 

não desistir, para persistir na luta por este sonho, que passou a ser, também, um 

objetivo de vida. A Ele, minha eterna gratidão. 

Agradeço de modo especial ao meu filho Jonatam e ao meu esposo Jorge, que, 

embora muitas vezes privados de minha dedicação, estiveram ao meu lado sempre, 

acalmando o meu coração nos momentos difíceis e que, com carinho e palavras 

singelas, iluminaram meus dias. Obrigada pela parceria, pelo amor incondicional e 

pela vibração a cada etapa vencida na busca dessa vitória.  Vocês me inspiram a viver 

e a conquistar novas metas.  

Aos meus pais Darci e Elvenia, que com orgulho torceram pela minha 

conquista, sempre me poupando de situações que pudessem trazer preocupação, 

evitando, assim, que eu me desviasse do foco principal, obrigada. A educação por 



 
 

 
 

vocês proporcionada, suas orações e seus conselhos me fazem acreditar que é 

possível ir além. 

A todos os familiares que auxiliaram de alguma forma para que esse sonho se 

concretizasse, em especial, irmão, avós, tios, tias, primos, primas, cunhada e 

sobrinhos, a minha gratidão.  

Agradeço a todos os professores do curso, especialmente, a minha orientadora, 

professora Maria Madalena Dullius. Obrigado, mestre, por exigir de mim muito mais 

do que eu imaginava ser capaz de fazer. Manifesto aqui minha gratidão eterna por 

compartilhar a sua sabedoria, o seu tempo e a sua experiência.  

A esta instituição tão imponente, bem como a todas as pessoas que a tornam 

assim tão especial, agradeço pelo ambiente propício à evolução e ao crescimento 

pessoal, educacional e profissional. Destaco que ao longo de todo meu percurso eu 

tive o privilégio de trabalhar de perto com os melhores professores, educadores e 

orientadores, sem os quais não seria possível estar aqui hoje com o coração repleto 

de orgulho. 

Agradeço também, de modo especial, à escola de Ensino Fundamental Padre 

Traezel, a qual abriu suas portas para que eu pudesse realizar minhas atividades 

complementares e práticas pedagógicas, em uma parceria que deu certo e que nos 

enriqueceu. Assim, à direção, à coordenação pedagógica, às professoras, aos alunos, 

aos funcionários, enfim, a todos o meu sincero agradecimento. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 



 
 

 
 

 

RESUMO 

A derivada é um dos conceitos fundamentais na aprendizagem da matemática 
universitária, sendo suporte na construção de outros conceitos mais avançados.  
Resultados da literatura nacional e internacional têm apontado que alunos têm 
apresentado dificuldades no aprendizado desse conceito que, em sua maioria, estão 
relacionadas à falta de compreensão conceitual. Neste sentido, a presente pesquisa, 
de cunho qualitativo, vinculada ao Programa de Pós-graduação em Ensino de 
Ciências Exatas da Universidade do Vale do Taquari – UNIVATES, alicerçada em 
estudos sobre a importância do uso de tecnologias computacionais em situações de 
ensino e aprendizagem de Matemática e de Cálculo, teve por objetivo desenvolver 
uma intervenção pedagógica para o ensino de derivadas através de atividades 
desenvolvidas com apoio do software Desmos, a fim de verificar as possíveis 
potencialidades do uso dessa ferramenta para as diferentes abordagens  da Derivada. 
Durante o estudo, foram coletados dados por meio do registro das respostas das 
atividades realizadas pelos alunos (em papel), questionário de avaliação da proposta, 
áudios, fotos e diário de campo da pesquisadora. A intervenção foi desenvolvida em 
forma de Oficina Pedagógica junto a um grupo de alunos do curso de Licenciatura em 
Matemática de uma Instituição de Ensino da rede particular do Estado do Rio Grande 
do Sul. A análise de episódios indica que o uso de um ambiente informatizado pode 
contribuir para que os alunos se tornem mais ativos frente ao processo de ensino e 
de aprendizagem, sintam-se instigados a pensar, experimentar e testar aquilo que 
muitas vezes lhe é transmitido como um conhecimento pronto e acabado, também, 
sintam-se motivados a participarem e trocarem ideias, fazendo com que ocorra a 
socialização do conhecimento em construção. Como potencialidades do uso do 
software Desmos destacaram-se a visualização e a experimentação proporcionados 
através da manipulação dos gráficos, construção de tabelas, marcação e seleção de 
pontos, que foram mediados pelas atividades propostas e possibilitaram a 
compreensão da derivada de modo mais enriquecedor, principalmente em seus 
aspectos geométrico e gráfico.  
 
Palavras-chave: Derivada. Ensino. Desmos.  



 
 

 
 

 

ABSTRACT 

 

The derivative is one of the fundamental concepts in the learning of university 
mathematics, being supported in the construction of other more advanced concepts. 
Results from the national and international literature have pointed out that students 
have presented difficulties in learning this concept, which, for the most part, are related 
to a lack of conceptual understanding. In this sense, the present qualitative research, 
linked to the Postgraduate Program in Teaching of Exact Sciences of the University of 
Vale do Taquari - UNIVATES, based on studies on the importance of the use of 
computational technologies in situations of teaching and learning of Mathematics and 
Calculus, wasaimed to develop a pedagogical intervention for the teaching of 
derivatives through activities developed with the support of the software Desmos, in 
order to verify the potential of the use of this tool for the different approaches of the 
Derivative. During the study, data were collected by recording the responses of the 
activities carried out by the students (in paper), the proposal evaluation questionnaire, 
audios, photos and field diary of the researcher. The intervention was developed in the 
form of a Pedagogical Workshop with a group of students of the Licenciatura degree 
in Mathematics of a Teaching Institution of the private network of the State of Rio 
Grande do Sul. The analysis of episodes indicates that the use of a computerized 
environment can help students become more active in the processes of teaching and 
learning, feel encouraged to think, experiment and test what is often passed on to them 
as a ready and finished knowledge, also, feel motivated to participate and exchange 
ideas, causing the socialization of knowledge under construction to occur. The 
visualization and experimentation provided through the manipulation of the graphs, the 
construction of tables, the marking and selection of points, which were mediated by 
the proposed activities, enabled the understanding of the derivative in a more enriching 
way, in its geometric and graphic aspects. 
 
Keywords: Derivative. Teaching. Desmos. 

 

 



 
 

 
 

 

LISTA DE ILUSTRAÇÕES  

 

LISTA DE FIGURAS 

Figura 1 – Mapa representações da Derivada............................................................21 

Figura 2 – Reta tangente a uma circunferência..........................................................27 

Figura 3 – Reta tangente à curva no ponto A.............................................................27 

Figura 4 – Comportamento de uma função................................................................32 

Figura 5 – Retas tangentes a curva de f ..................................................................33 

Figura 6 – Gráfico da função e sua derivada primeira................................................35 

Figura 7 – Produção de matéria seca de feijão..........................................................41 

Figura 8 – Esboço do galpão......................................................................................41 

Figura 9 – Resposta apresentada para diferenciação entre retas do aluno E15........80 

Figura 10 – Resposta à atividade A1 apresentada pelo aluno E2...............................81 

Figura 11 – Respostas à atividade A1 dos alunos E6 e E13......................................82 

Figura 12 – Resposta à Atividade A1 apresentada pelo aluno E1..............................82 



 
 

 
 

Figura 13 – Resposta à Atividade A2 apresentada pelos alunos E3, E4, E5............85 

Figura 14 – Resposta à Atividade A2 dos alunos E6, E7, E8....................................86 

Figura 15 – Resposta do aluno E1 à atividade A3.....................................................88 

Figura 16 – Resposta à Atividade A4 do aluno E2.....................................................91 

Figura 17 – Resposta ao Item d do aluno E3 .............................................................97 

 

LISTA DE GRÁFICOS 

Gráfico 1 – Ângulo   formado entre a reta e o eixo x  ............................................22 

Gráfico 2 – Ângulo Agudo..........................................................................................23 

 Gráfico 3 – Ângulo Obtuso........................................................................................23 

Gráfico 4 – Ângulo Reto.............................................................................................23 

 Gráfico 5 – Reta paralela ao eixo x  .........................................................................23 

Gráfico 6 – Coeficiente angular da reta através de dois pontos.................................24 

Gráfico 7 – Limite de uma função...............................................................................25 

Gráfico 8 – Reta tangente a uma curva......................................................................28 

Gráfico 9 – Reta tangente e reta secante à curva.......................................................29 

Gráfico 10 – Aproximação de Q a P............................................................................29 

Gráfico 11 – Aproximação de Q em P pela esquerda.................................................30 

Gráfico 12 – Número de Artigos/Ano..........................................................................58 

Gráfico 13 – Retas e Curva da função correspondente à Atividade A1......................79 

Gráfico 14 – Trajetória da bola....................................................................................84 

Gráfico 15 – Gráfico utilizado na Atividade A3.............................................................87 

Gráfico 16 – Gráfico utilizado na Atividade A4............................................................90 



 
 

 
 

 

LISTA DE QUADROS 

Quadro 1 – Critérios para seleção dos artigos.............................................................55 

Quadro 2 – Trabalhos analisados sobre o ensino de derivadas..................................55 

Quadro 3 –Teorias utilizadas nos artigos analisados..................................................59 

Quadro 4 – Distribuição dos artigos em categorias e subcategorias...........................60 

Quadro 5 – Situação dos alunos por semestre............................................................72 

Quadro 6 – Atividades da Intervenção Pedagógica e Objetivos.................................72 

 

LISTA DE TABELAS 

Tabela 1 – Representação numérica do limite em um ponto......................................26 

Tabela 2 – Resultados encontrados para o problema.................................................38 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 



 
 

 
 

 

SUMÁRIO 

 

1 INTRODUÇÃO........................................................................................................12 

 

2 ABORDAGEM TEÓRICA.......................................................................................18 

2.1 O estudo da derivada...........................................................................................19 

2.1.1 Análise gráfica da função através da função derivada......................................31 

2.1.1.1 Análise gráfica da função através do gráfico da função derivada..................34 

2.1.1.1.1 Aplicações da derivada...............................................................................36 

2.2  As dificuldades e problemas enfrentados no ensino de derivadas.......................42 

2.3 O uso das Tecnologias Computacionais para o ensino e aprendizagem de 

Matemática.................................................................................................................46 

2.3 .1O uso das Tecnologias Computacionais para o ensino e aprendizagem de 

Cálculo................................................................................................................. 48 

2.4 Mapeamento dos trabalhos sobre derivadas........................................................55 

 

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ............................................................68 

3.1 Caracterização da pesquisa.................................................................................68 

3.2 Sujeitos e contexto da pesquisa...........................................................................70 

3.3 A proposta de Intervenção...................................................................................72 

3.4  Instrumentos da coleta de dados........................................................................73 



 
 

 
 

 

4 INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA E ANÁLISE .....................................................76 

4.1 Descrevendo as Atividades..................................................................................77 

4.2 Analisando o questionário....................................................................................93 

4.3 Analisando a Intervenção Pedagógica.................................................................97 

 

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................................................101  

 

REFERÊNCIAS........................................................................................................106 

 

APÊNDICES.............................................................................................................114 

 

ANEXOS..................................................................................................................125 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 



12 
 

 
 

1 INTRODUÇÃO 

 

 

O presente trabalho, vinculado ao Programa de Pós-graduação em Ensino de 

Ciências Exatas da Universidade do Vale do Taquari – UNIVATES, e alicerçado em 

estudos sobre a importância do uso de tecnologias computacionais em situações de 

ensino e aprendizagem de Cálculo Diferencial, visa propor e investigar uma 

abordagem alternativa para o conteúdo de derivadas, utilizando o software Desmos 

como ferramenta de apoio para o desenvolvimento das atividades propostas,  em 

forma de Oficina Pedagógica direcionada a alunos de Licenciatura em Matemática, 

que cursam ou já cursaram a disciplina de Cálculo Diferencial e Integral I. 

A motivação de trabalhar com esse tema é decorrente de inquietações surgidas 

no decorrer de minha formação acadêmica, principalmente na graduação, como a 

quantidade expressiva do uso de técnicas para o ensino dos conceitos elencados na 

disciplina de Cálculo Diferencial e Integral, o que me levou a questionar a 

aplicabilidade destes conteúdos. E também questionamentos surgidos ao 

acompanhar o trabalho de meu esposo como professor de disciplinas relacionadas à 

área de Matemática em cursos de graduação de uma Universidade Federal do RS, 

principalmente, da disciplina de Cálculo Diferencial e Integral, considerando o baixo 

desempenho e aproveitamento dos alunos e a dificuldade destes em compreender o 

conteúdo - conceito de derivada - considerado base da disciplina citada e de outras. 



13 
 

 
 

Estas inquietações me levaram a estudar e analisar o conceito de derivada de 

modo mais minucioso, pois quando questionada sobre o conceito e suas definições, 

percebi que não tinha domínio ou conhecimento suficiente sobre sua base conceitual, 

percebendo deste modo, a necessidade de ampliar meus conhecimentos e buscar 

modos de facilitar seu ensino e proporcionar melhoras em seu aproveitamento nos 

cursos de Cálculo Diferencial e Integral. 

Diante deste cenário, no ano de 2016 retomei a conclusão de minha 

especialização em TIC’s aplicadas à Educação, pela Universidade Federal de Santa 

Maria, na modalidade Ead, e em 2017 iniciei o mestrado mencionado. Programas que 

oportunizaram a reflexão e a busca por metodologias e recursos que pudessem 

contribuir para a aprendizagem do conceito de Derivada.  

Definido o tema de trabalho, tanto para a especialização quanto para o 

mestrado, e acreditando que o uso de tecnologias pode favorecer um ambiente mais 

dinâmico, motivador e capaz de promover melhor a compreensão de conceitos 

matemáticos, optamos pela busca e seleção de um software, como recurso facilitador 

na aprendizagem do conceito derivada como inclinação da reta tangente a um ponto, 

taxa de variação instantânea e a análise do comportamento de funções através do 

gráfico da função derivada.  

Após leituras de aprofundamento teórico acerca de tecnologias computacionais 

para o ensino de Cálculo Diferencial e Integral, notou-se que alguns softwares já vêm 

sendo explorados há muito tempo. Percebeu-se, então, a oportunidade associada à 

necessidade de testar algo novo, que explorasse gráficos e que fosse de fácil acesso 

e manuseio, pois muitos softwares requerem um aprofundamento maior referente a 

seus comandos e programação, o que muitas vezes pode prejudicar o andamento das 

atividades e da aula, além de pouco favorecer o seu uso devido à falta de tempo dos 

professores para realizar um aprofundamento sobre a tecnologia a ser utilizada. 

Nesse sentido, como resultado da pesquisa inicial sobre os softwares, 

encontrou-se o software Desmos, ainda pouco conhecido e explorado, mas que 

mostrou potencial para uso em atividades de exploração de funções e gráficos, em 

um trabalho de dissertação de Olmo (2016) da Universidade Internacional de La Rioja, 

na Faculdade de Educação, de Madrid, em 2016. Em busca por mais informações 



14 
 

 
 

sobre o Desmos e por meio da interação com suas ferramentas, foi possível perceber 

que seus comandos são acessíveis, de fácil compreensão e manuseio. Ainda, 

verificou-se que ele tem ótima saída de gráficos, permite explorar o gráfico de 

derivadas e demais funções, possibilita a construção de tabela de valores e marcação 

de pontos, sendo que mais detalhes do software podem ser encontrados no Anexo A. 

Ademais, o recurso, além de ser gratuito, pode ser acessado em qualquer 

dispositivo que esteja on-line, ou utilizado como aplicativo em modo off-line, 

apresentando a vantagem de não requer a sua instalação ou condicionar à 

necessidade de cadastro. Os fatores citados foram decisivos na seleção do software 

para o desenvolvimento do projeto de intervenção. 

Segundo Marin (2009), o uso de recursos computacionais, como softwares, nas 

aulas de Cálculo pode contribuir para a abordagem conceitual, além de expandir 

possibilidades de trabalho com diferentes abordagens e representações algébricas e 

geométricas, de modo rápido e articulado. O autor também afirma que a tecnologia 

possibilita a organização de situações pedagógicas com maior potencial de 

aprendizagem. 

Desse modo, observando que as tecnologias são atrativas e estão presentes 

em nosso dia a dia, oferecendo a possibilidade de exploração de várias formas de 

representações como a algébrica, tabular, gráfica e simbólica para o conceito de 

derivada, essa pesquisa vem propor uma intervenção com uso do software Desmos, 

baseada na seguinte questão de pesquisa: “Como o uso do software gráfico 

Desmos e as atividades poderão influenciar nas diferentes abordagens do 

conceito da Derivada? ” 

O objetivo principal desta pesquisa é investigar as potencialidades do uso do 

software gráfico Desmos para o ensino e a aprendizagem de Derivadas, tendo como 

público alvo alunos de um Curso de Licenciatura em Matemática de uma Instituição 

de Ensino Privada do Estado do Rio Grande do Sul, sendo a intervenção aplicada em 

formato de Oficina Pedagógica durante a Semana acadêmica do Curso.  

Como objetivos específicos, a pesquisa pretende: 



15 
 

 
 

 Desenvolver uma proposta de intervenção para o ensino e a 

aprendizagem de Derivadas com auxílio do software Desmos; 

 Promover a integração dos aspectos gráficos, algébricos e geométricos 

do conceito da Derivada;  

 Verificar as potencialidades do software Desmos para exploração do 

conceito de Derivada. 

A utilização da Oficina Pedagógica no ensino de derivadas pode promover os 

objetivos almejados no que tange à compreensão do conceito da derivada e suas 

interpretações, pois, segundo Vieira e Volquind (2002), trata-se de uma metodologia 

fundamentada na realização de tarefas coletivas, por meio da promoção de 

investigação, ação e reflexão, de modo a integrar conhecimentos teóricos à sua 

aplicação. 

Além disso, de acordo com Castellano e Coco (2006), as oficinas pedagógicas 

propõem que professores e alunos trabalhem juntos, sem que haja uma dicotomia 

hierárquica de papéis, haja vista que o conhecimento não é repassado do professor 

para o aluno, mas é construído pelo aluno no decorrer do processo de ensino e 

aprendizagem, o que ressalta sua importância no contexto de aplicação. 

No desenvolvimento desta pesquisa, considerou-se o uso de recursos 

computacionais como ferramentas educacionais, as quais precisam ser vistas como 

apoio, como meios, que permitem realizar atividades de aprendizagem de forma 

diferente das empregadas anteriormente (POZO, 2004), possibilitando a criação de 

situações de aprendizagem ricas, complexas e diversificadas, proporcionando a 

melhora na qualidade de ensino e de aprendizagem. 

Para tanto, como já referendado, realizou-se uma intervenção pedagógica 

com alunos matriculados no curso de Licenciatura em Matemática de uma 

Universidade Particular do Estado do RS. A intervenção foi desenvolvida durante duas 

noites, com duração de quatro horas/aula por noite. Na ocasião da intervenção, os 

alunos receberam guias contendo atividades, acessavam o software Desmos, 

analisavam os gráficos já elaborados no software pela autora e realizavam as 

atividades propostas. Em seguida, ocorria a discussão sobre as atividades 

desenvolvidas, buscando, deste modo, a integração e socialização dos conceitos e 

teoremas estudados.  



16 
 

 
 

Dando continuidade, ao final da Oficina aplicou-se um questionário aos 

alunos, cujo foco foi a aprendizagem do conteúdo com auxílio do software Desmos, e 

também para que avaliassem aspectos do uso do software relacionadas a possíveis 

contribuições de seu uso para a aprendizagem do conceito, segundo a opinião dos 

mesmos. 

Em relação à metodologia utilizada para realização desse estudo, aportou-se 

a de cunho qualitativo, de caráter exploratório. Os instrumentos para coleta de dados 

constaram de um questionário impresso, áudios e as atividades impressas realizadas 

pelos alunos, além do diário de campo da pesquisadora. 

Concretizadas as considerações iniciais, destaca-se que esta dissertação 

está vinculada à linha de pesquisa de Tecnologias, metodologias e recursos didáticos 

para o ensino de Ciências e de Matemática. Sua composição compreende cinco 

capítulos, de modo que o capítulo da introdução, ora apresentado, aborda o problema 

de pesquisa - que estimulou a realização deste trabalho - e o contexto em que ele se 

insere, assim como os objetivos da pesquisa. 

O segundo capítulo apresenta a Abordagem Teórica, com uma revisão de 

literatura dividida em quatro seções. Na primeira seção apresenta-se o estudo da 

derivada, trazendo-se, na segunda, uma reflexão sobre os principais problemas e 

dificuldades enfrentados no processo de ensino e aprendizagem do conceito de 

derivada, a fim de elencar as principais causas e os fatores relacionados à dificuldade 

de compreensão do conceito. Na terceira seção segue o estudo referente ao uso de 

recursos computacionais para o ensino e aprendizagem em Matemática e em Cálculo, 

uma vez que esse estudo foi norteador para o desenvolvimento do presente trabalho. 

Já na quarta seção segue uma pesquisa teórico–bibliográfica, realizada com intuito 

de se conhecer o que está sendo produzido e investigado em relação ao tema 

“Derivada”, com base em um levantamento de artigos completos publicados no Portal 

de Periódicos da CAPES, no período de 2011 a 2016, elencando-se as principais 

teorias, recursos e metodologias utilizadas nessas pesquisas. 

O terceiro capítulo - Procedimentos Metodológicos - apresenta as 

características da pesquisa, o universo e a amostra pesquisados. No quarto capítulo 

- Descrição e Análise da Intervenção Pedagógica -, ocorre o relato dos dois encontros 

realizados junto aos alunos do curso de licenciatura em Matemática e efetua-se a 



17 
 

 
 

apresentação dos resultados que emergiram da pesquisa. No quinto e último capítulo, 

tecem-se as Considerações Finais do estudo, destacando-se as conclusões e 

implicações da Intervenção Pedagógica desenvolvida.  

 

 

 

 

 

 



18 
 

 
 

 

2 ABORDAGEM TEÓRICA  

 

No presente capítulo apresentam-se os pressupostos teóricos que norteiam 

esta dissertação, o que é realizado em  quatro seções assim definidas: o estudo da 

derivada; problemas e dificuldades enfrentados no ensino e aprendizagem de 

derivadas; o uso de recursos computacionais no ensino e aprendizagem de 

Matemática e em Cálculo Diferencial e Integral; e mapeamento das pesquisas 

realizadas sobre derivadas nos últimos 6 anos. 

Inicialmente cabe discorrer sobre o conceito de derivada, considerado um dos 

conceitos fundamentais do Cálculo, motivo pelo qual seu estudo está presente no 

currículo de diversos cursos de graduação, inserido em disciplinas relacionadas ao 

Cálculo, devido a sua aplicabilidade em diversas situações do cotidiano relacionadas 

ao movimento e à taxa de variação, por exemplo. 

A derivada é um conceito que pode ser explorado por meio de diferentes 

representações ou focos, como: inclinação da reta tangente a uma curva em um ponto 

dado; derivada como taxa de variação instantânea; e também, abordagem ao estudo 

do comportamento de funções através da derivada e problemas de maximização e 

minimização. 



19 
 

 
 

Na sequência, o uso de tecnologias para o ensino e a aprendizagem de 

Matemática será abordado levando-se em consideração o contexto da Educação 

Matemática e a disciplina de Cálculo Diferencial e Integral, à qual pertence o conteúdo 

de derivadas. 

Para concluir o referencial teórico, apresenta-se um mapeamento de estudos 

realizados sobre as derivadas, efetuado no portal de periódicos da Capes, por meio 

da análise de artigos completos publicados nos últimos seis anos, no qual busca-se 

levantar as teorias e metodologias utilizadas até o momento. 

 

2.1 O estudo da derivada 

 

A taxa de variação instantânea, a inclinação da reta tangente, a derivada como 

limite e a função derivada são as diversas interpretações do conceito de derivada. No 

entanto, o que atualmente vem sendo questionado pelos pesquisadores é se os 

universitários e também futuros professores têm conseguido compreender e aplicar 

esse conceito em suas diversas interpretações (PINO-FAN, GODINO e FONT, 2015). 

O que se tem diagnosticado tanto a nível nacional quanto internacional é a falta de 

compreensão e conexão entre estas interpretações e suas aplicações. 

No que se refere especificamente à derivada, alguns trabalhos mais recentes 

desenvolvidos destacam que: há um ensino que prioriza, em geral, processos de 

construção e avaliação formal, em que os alunos derivam, integram e calculam limites, 

sem serem capazes de dar um sentido mais amplo às noções envolvidas, pois 

priorizam somente o aspecto algébrico do conceito (JUNQUEIRA; MANRIQUE, 2015; 

VRANCKEN; ENGLER, 2014). 

Os alunos também apresentam dificuldade em relacionar os aspectos 

analíticos aos gráficos da função e suas derivadas (PINTO; VIANNA, 2012; 

SÁNCHEZ– MATAMOROS et al., 2013), demonstrando que o processo de ensino tem 

priorizado mais o estudo algébrico do que o estudo gráfico do conceito de derivada. 

Frente a esse cenário, a presente subseção foi elaborada com o objetivo de 

apresentar o estudo do conceito de derivada em seus aspectos geométrico e gráfico, 



20 
 

 
 

bem como alguns exemplos de aplicação em diferentes áreas, embasados na 

literatura de Anton (2000), Euclides (2009), Flemming (2006), Iezzi (2000), Stewart 

(2016), Sviercoski (1999), contribuindo, deste modo, para o aprofundamento teórico 

acerca do tema abordado neste trabalho.  

Optou-se, primeiramente, por apresentar o conceito geometricamente, no qual 

a derivada no ponto 𝑥 = 𝑎 de 𝑦 = 𝑓(𝑥)  representa a inclinação da reta tangente ao 

gráfico desta função no ponto (𝑎, 𝑓(𝑎)), definida como o limite da inclinação da reta 

secante. A função que a cada ponto 𝑥 associa a derivada neste ponto de 𝑦 = 𝑓(𝑥) é 

chamada de função derivada de 𝑓(𝑥). 

Em relação à representação gráfica do conceito de derivada, apresenta-se a 

análise do comportamento de uma função por meio do gráfico da função derivada, em 

que são determinados os intervalos de crescimento e decrescimento da função, bem 

como os pontos críticos dela, avaliando sua concavidade. 

Para findar a subseção, são selecionados alguns exemplos de aplicação 

referentes ao conceito de derivada que demonstram a importância e a relevância do 

estudo desse tema em diferentes cursos de graduação, de modo a ampliar o 

conhecimento e possibilitar a interação entre conceito e aplicabilidade. 

 
 
Derivada como inclinação da reta tangente a um ponto 
 

  

Kendal (2001) realizou uma pesquisa por meio da qual destacou as 

representações gráfica, numérica e simbólica do conceito de Derivada, conforme se 

pode observar na Figura 1, mostrando que o desenvolvimento da noção desse 

conceito está intimamente ligado às habilidades de articulação entre suas 

representações. 

 

 

 



21 
 

 
 

Figura 1 – Mapa representações da Derivada 

 

Fonte: Kendal (2001, p. 47) 

 

Em sua tese, a autora, através do uso de uma CAS1 nas aulas de Cálculo para 

o Ensino Médio, descobriu que o uso de múltiplas representações do conceito de 

Derivada é muito importante para o entendimento desse conceito, sendo que as partes 

gráfica e simbólica são muito úteis e importantes para vincular e enfatizar o conceito. 

Diante dessa importância e relevância comprovada das representações do 

conceito, passa-se a abordar na sequência deste trabalho alguns dos conceitos que 

estão presentes na definição formal de derivada, como a equação de uma reta, cálculo 

do coeficiente angular da reta, limite de uma função para se chegar à exploração 

gráfica do conceito de Derivada. 

 

 Inclinação ou Coeficiente Angular de uma Reta 

 

Um dos problemas do Cálculo Diferencial surgiu da necessidade de encontrar 

a inclinação ou coeficiente angular de uma reta y mx b   tangente a curva de uma 

função em um determinado ponto 0x . Para compreender esse processo, retomam-se 

                                                           
1 Sistemas de Álgebra Computacional 



22 
 

 
 

alguns conceitos básicos relacionados à reta, partindo da seguinte questão: o que é 

inclinação de uma reta? 

Dada uma reta 𝑟, por exemplo, pode-se determinar pelo menos uma equação 

do tipo 0Ax By C   , em que A, B e C são números reais, 0A   ou 0B  , 

denominada equação geral da reta, a qual é satisfeita por todos os pontos ( , )P x y  

pertencentes 𝑎𝑟(IEZZI, 2000). 

Se 0B  , essa mesma reta pode ser representada da seguinte forma (IEZZI, 

2000, p. 52): 

0

( ) ( )

y

Ax By C

By Ax C

A C
y x

B B

mx b

  

  

   

 

  

A equação y mx b   é denominada equação reduzida da reta, na qual a 

constante b   chama-se coeficiente linear e representa a ordenada do ponto em que a 

reta encontra o eixo Oy.  

A constante m  é chamada “coeficiente angular” ou “inclinação da reta”, obtido 

por meio do cálculo da tangente trigonométrica do ângulo   que a reta determina 

com o sentido positivo do eixo 𝑂𝑋, como pode ser observado no Gráfico 1. 

tan( )m   com 0º 180º    

 

Gráfico 1 – Ângulo   formado entre a reta e o eixo 𝑋. 

 

Fonte: Elaborado pela autora 

 



23 
 

 
 

Na trigonometria, define-se tangente de um ângulo   (tan( )) como sendo o 

quociente entre o cateto oposto a  e o cateto adjacente a  . 

𝑡𝑎𝑛𝑔𝑒𝑛𝑡𝑒 =
𝑐𝑎𝑡𝑒𝑡𝑜 𝑜𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜

𝑐𝑎𝑡𝑒𝑡𝑜 𝑎𝑑𝑗𝑎𝑐𝑒𝑛𝑡𝑒
 

Com tan( )m  , tem-se: 

 

1º Caso                                                               2º Caso 

Gráfico 2 – Ângulo Agudo     Gráfico 3 – Ângulo Obtuso                   

                     

Se 0 ° < < 90° então m > 0                       Se 90° <   < 180° então m < 0 

  (Função crescente)                                        (Função decrescente). 

 

3º Caso                                                              4º Caso 

Gráfico 4 – Ângulo Reto                                    Gráfico 5 – Reta paralela ao eixo x   

             

Se  = 90º então tan  não é definida              Se 0º tan 0 0m        

   m = ∄ (não é função).                                                 (Função Constante) 

 

É possível calcular a inclinação de uma reta quando dela se conhece: dois 

pontos distintos; a equação geral; e a direção (por exemplo, sabe-se que a reta é 

paralela a uma reta dada). 



24 
 

 
 

Para calcular a inclinação   da reta conhecendo-se dois pontos distintos é 

necessário estabelecer algumas relações. Logo, sendo f  uma função linear de 

equação ( )y f x , cujo gráfico é uma reta no plano x .Considere dois pontos 1 1 1( , y )P x  

e 2 2 2( , )P x y , sobre a reta e denote por x  a diferença entre as coordenadas x  desses 

pontos ( 2 1x x x    ), e por y a diferença entre as coordenadas y  desses pontos (

2 1y y y   ). Sabendo que a tangente trigonométrica da inclinação   da reta é igual 

ao coeficiente angular m  tem-se: 

 2 1

2 1

tan( )
y yy f

m
x x x x


 

   
  

. 

 

Observe-se através do Gráfico 6 que, por semelhança de triângulos, qualquer 

valor que seja o x , encontra-se por correspondência da função linear f  valores para 

y , tais que a relação 
y

m
x





 não se altera. 

 

Gráfico 6 – Coeficiente angular da reta através de dois pontos 

 

Fonte: Elaborado pela autora 

 

A variação 
y

x




 permite encontrar a inclinação de uma reta, mas também é 

utilizada para se encontrar a velocidade escalar média, que é o resultado da razão 

entre o espaço total percorrido e o tempo total gasto para realização do percurso por 



25 
 

 
 

um corpo ou objeto, e pode ser expresso pela relação  VEM =
∆S

∆t
, onde ∆𝑆 representa 

o espaço total percorrido e ∆𝑡 o tempo gasto no percurso. 

Vale recordar que uma grandeza escalar é aquela que seu valor numérico, junto 

a unidade de medida, é o suficiente para expressar uma grandeza física. Por exemplo: 

quando falamos que um carro viajou durante 4h e percorreu um trajeto de 350 km, 

podemos estimar que sua velocidade escalar média foi de 87,5 km/h. 

 

Limite de uma Função 

 

No âmbito da aprendizagem, o conceito de limite também pode ser explorado 

em três representações:  

1- Gráfica 

Em observação ao Gráfico 7, considerando uma função ( )f x , definida num 

intervalo I , temos que o limite de ( )f x , quando x  tende a a , é o número b , se para 

todo 0  , existir, em correspondência, um número 0  , de modo que x a  e 

( )a x a b f x b            . Assim, lim ( )x a f x b  (STEWART, 2016). 

 

Gráfico 7 – Limite de uma função 

 

Fonte: Elaborado pela autora 

  

2- Simbólica 



26 
 

 
 

Seja f  uma função definida em algum intervalo aberto que contenha o número 

a exceto possivelmente no próprio a , então diz-se que o limite de ( )f x  quando x  

tende a a  é L , e escrevemos (STEWART, 2016) 

lim
𝑥→𝑎

𝑓(𝑥) = 𝐿 

se para todo número 0   houver um número 0   tal que  se 0 x a      então 

( )f x L   . 

 

3- Numérica  

Pode-se analisar o limite pela representação numérica, por exemplo:  Para 

calcular o lim
𝑥→2

 𝑓(𝑥) = 𝑥2 − 𝑥 + 2, podem-se construir tabelas de valores como as 

apresentadas na Tabela 1, realizando as aproximações em torno de 2, pela sua direita 

e esquerda. 

Tabela 1 – Representação numérica do limite em um ponto 

 

Fonte: Elaborado pela autora  

      

Logo, pela aproximação dos valores em torno de 2 pode-se determinar que o 

limite da função quando x   tende a 2 é igual a 4. 

 

Reta tangente a uma curva 

 

Retomado o conceito de inclinação de uma reta, prossegue-se com o conceito 

de reta tangente a uma curva, que foi um dos problemas que gerou muitos estudos 

no desenvolvimento do Cálculo Diferencial. 



27 
 

 
 

Para iniciar, destaca-se a reta tangente a uma circunferência. Vale retomar o 

conceito de tangente, palavra que provém do latim tangente e significa “que toca”.  

Euclides (2009, p. 151), no Livro III, define a reta tangente a um círculo como “uma 

reta que, tocando o círculo e sendo prolongada, não o corta”.  

Ainda no corolário 18, do Livro III, o autor (2009, p. 168) demonstra que “caso 

alguma reta seja tangente a um círculo, e, a partir do centro até a junção, seja ligada 

alguma reta, a que foi ligada será perpendicular à tangente”, conforme demonstrado 

na Figura 2.  

Figura 2 – Reta tangente a uma circunferência 

 

 

Fonte: Elaborado pela autora  

 

 Para curvas mais complexas esta definição é inadequada. Na Figura 3, por 

exemplo, a reta r  foi prolongada a partir do ponto A e interceptou a curva em outros 

dois pontos. Pode-se afirmar que a reta r  é tangente à curva no ponto A, mas não 

nos outros dois pontos  B e C (ANTON, 2000). 

Figura 3 – Reta tangente à curva no ponto A 

 

Fonte: Elaborado pela autora. 

 



28 
 

 
 

Para se obter uma definição de reta tangente que se aplique a demais curvas 

que não sejam círculos, é preciso ver a reta tangente de outra maneira (ANTON, 

2000). 

Tome-se f  como uma função cujo gráfico  ( )y f x  encontra-se representado 

abaixo (Gráfico 8). Manifesta-se interesse em encontrar a equação da reta tangente t   

à curva no ponto P do plano xy . 

Gráfico 8 – Reta tangente a uma curva 

 

Fonte: Elaborado pela autora.  

 

Pode-se encontrar a equação da reta tangente t  assim que se sabe a sua 

inclinação m . Mas para calcular m é preciso de pelo menos dois pontos distintos. 

Para tanto tome-se agora o ponto 0 0( , ( ))P x f x  como um ponto fixo e trace-se outra 

reta que passa por P e por outro ponto pertencente à curva, obtendo, desse modo, 

uma reta s secante à curva da função.  

Do intercepto entre a curva e a reta s obtém-se o ponto denominado 1 1( , ( ))Q x f x

sendo este um ponto móvel (variável) próximo de 0 0( , ( ))P x f x , como pode ser 

observado no gráfico 9. 

 

 

 

 



29 
 

 
 

Gráfico 9 – Reta tangente e reta secante à curva 

 

Fonte: Elaborado pela autora  

 

Para a obtenção da inclinação da reta tangente t  no ponto 0 0( , ( ))P x f x  em 

relação à curva da função, é preciso aproximar o máximo possível o ponto 1 1( , ( ))Q x f x

do ponto 0 0( , ( ))P x f x  e calcular a inclinação. 

Para se calcular a inclinação da reta secante s  temos : 
1 0

1 0

( ) ( )
PQ

f x f x
m

x x





 . 

Sabendo que P (2,0) e que o ponto Q inicial é (4,2), tem-se 
2 0

1
4 2

PQm


 


. Realizando 

a aproximação de Q em P, obtém-se um novo ponto Q (3.5,0.75) como pode ser 

observado no gráfico 10, e calcula-se a nova inclinação, 
0.75 0

0.5
3.5 2

PQm


 


. 

Gráfico 10 – Aproximação de Q a P 

 

Fonte: Elaborado pela autora 

 

Quanto mais próximo de P está chegando Q, mais aproximado o valor da 

inclinação a ser obtida para a reta tangente t à curva da função. Sendo assim, 



30 
 

 
 

aproxima-se o máximo possível os dois pontos, obtendo Q (2.01, -0.01), logo tem-se 

que 
2.01 0

0.99
0.01 2

PQm


  
 

. É possível afirmar que o valor aproximado da inclinação 

da reta tangente t é igual a -1. 

Para confirmar o valor encontrado faz-se o mesmo procedimento de 

aproximação de Q em P, mas agora pela esquerda de P, admitindo Q inicial como 

sendo (1, 2), conforme pode ser visto no gráfico 11. 

Gráfico 11 – Aproximação de Q em P pela esquerda. 

 

Fonte: elaborado pela autora 

Logo obtém-se a inclinação  
2 0

2
1 2

PQm


  


. Continuando a sequência de 

aproximações obtém-se o ponto mais próximo de P, sendo Q (1.99, 0.01), logo a 

inclinação de 
1.99 0

1.01
0.01 2

PQm


  


. 

Então faz-se Q  aproximar-se de P  ao longo da curva da função ao obrigar 1x  

tender a 0x . Se PQm  tender a um número m , então define-se a tangente t  como a 

reta que passa por P e tem inclinação m . (Isto implica dizer que a reta tangente é a 

posição-limite da reta secante PQ  quando Q  tende a P  . (STEWART, 2016, p. 122). 

Obtém-se, assim, a inclinação m  da reta tangente t  como sendo 

aproximadamente -1 para o ponto de tangência (2,0)P  em relação à curva da função 

( )y f x . 



31 
 

 
 

Deste modo, define-se a reta tangente à curva ( )y f x  em um ponto 

𝑃(𝑥0, 𝑓(𝑥0)) como sendo a  reta que passando por  P  tem  inclinação  

𝑚 = lim
𝑥1→𝑥0

𝑓(𝑥1)−𝑓(𝑥0)

𝑥1−𝑥0
    

Desde que o limite exista (ANTON, 2000, p. 178). 

Mas, há outra expressão para a inclinação da reta tangente que é, às vezes, 

mais fácil de ser usada para cálculos. Se 1 0h x x  , então 1 0x x h   e, assim, a 

inclinação da reta secante PQ  é  

0 0( ) ( )
PQ

f x h f x
m

h

 
   Definição (1)  

 

Logo, a inclinação m  da reta tangente à curva ( )y f x  em um ponto 

0 0( , ( )P x f x  é a reta passando por P  com inclinação  

0 0

0

( ) ( )
lim
h

f x h f x
m

h

 
  Definição (2) 

O valor de m  é chamado de “ derivada da função ( )y f x  no ponto 0x ” e é 

denotado pelo símbolo 0( )f x , é claro que m  é o coeficiente angular ou inclinação da 

reta tangente t , portanto tem-se: 

0 0
0

0

( ) ( )
( ) lim

h

f x h f x
f x

h

 
   Definição de Derivada (3) 

 

 

2.1.1 Análise gráfica da função através da função derivada  

 

Os termos crescente, decrescente e constante são usados para descrever o 

comportamento da função em determinado intervalo, à medida que se percorre o seu 

gráfico da esquerda para a direita. Observando o gráfico da função que está na Figura 

4, pode-se descrever o seu comportamento como crescente no intervalo ] ,0[ , 

decrescente no intervalo ]0,2[ , novamente crescente no intervalo  ]2,3[  e constante 

no intervalo ]3, [ . 



32 
 

 
 

 

Figura 4 – Comportamento de uma função 

 

Fonte: Elaborado pela autora 

 

Porém, o comportamento de uma função também pode ser conhecido por meio 

da função derivada e seu gráfico, pois a derivada de uma função em um ponto pode 

ser interpretada como a inclinação (valor do coeficiente angular) da reta tangente ao 

seu gráfico nesse ponto, então é razoável esperar que informações sobre '( )f x  

forneçam informações sobre ( )f x . 

Essa interpretação geométrica da derivada pode ser usada como recurso 

auxiliar no esboço de gráficos. 

Por exemplo:  

• pode-se usar a derivada para determinar os pontos onde a reta tangente é 

horizontal: nesses pontos o valor da derivada é zero e estes são considerados pontos 

críticos da função, possíveis ponto de máximo ou de mínimo;  

• pode-se usar a derivada para encontrar os intervalos nos quais a inclinação 

da reta tangente é positiva ou negativa, e consequentemente a função é crescente e 

decrescente. 

Para ver como a derivada de f  pode dizer onde a função é crescente ou 

decrescente, observe-se a Figura 5. Entre A e B e entre C e D, as retas tangentes têm 

inclinação positiva e, portanto, '( ) 0f x  . Entre B e C, as retas têm inclinação negativa 

e, portanto, '( ) 0f x  . Assim, parece que f  cresce quando '( )f x  é positiva e decresce 

quando '( )f x  é negativa.  

 



33 
 

 
 

Figura 5 – Retas tangentes a curva de f   

 

Fonte: Elaborado pela autora 

Os extremos relativos de uma função, se houverem, ocorrem em pontos 

críticos, ou seja, aqueles nos quais '( ) 0f x  , ou seja, onde a inclinação da reta 

tangente é nula, ou ainda quando f  é não-diferenciável (STEWART, 2016).  No caso 

da Figura 5, estes pontos seriam B e C, pois neles a inclinação da reta tangente é 

nula. Mas é importante destacar que nem todo ponto crítico dá origem a um extremo 

relativo, pois há aqueles em que isto não ocorre. 

Como às vezes é preciso distinguir os pontos críticos, nos quais '( ) 0f x  , 

daqueles onde f é não-diferenciável, chamam-se os pontos onde '( ) 0f x   de pontos 

estacionários de f . 

Para determinar se um ponto crítico de f  é um extremo relativo, é preciso 

analisar a derivada primeira de f , em cada lado dos pontos críticos (STEWART, 

2016):  

a) Se o sinal da derivada for positivo à esquerda do ponto crítico e negativo à direita 

dele, o ponto é um máximo relativo. 

b) Se o sinal da derivada for negativo à esquerda do ponto crítico e positivo à direita 

dele, o ponto é um mínimo relativo. 

c) Se o sinal da derivada for o mesmo em ambos os lados do ponto crítico, o ponto 

não é máximo nem mínimo relativo. 



34 
 

 
 

Ao analisarem-se os pontos B e C da Figura 5, pode-se afirmar que B é um 

ponto de máximo, pois a sua esquerda 'f  é positiva e a direita 'f  é negativo. Já C é 

um ponto de mínimo, pois a sua esquerda 'f  é negativo e a direita 'f  é positivo. Ou 

seja, por meio do comportamento da derivada ao redor dos pontos críticos pode-se 

determinar o comportamento de f . 

 

2.1.1.1 Análise gráfica da função através do gráfico da função derivada  

 

Outro modo de se conhecer e determinar o comportamento de uma função é a 

por meio da análise do gráfico da derivada de primeira ordem. Para isso, é preciso 

iniciar realizando algumas comparações entre o gráfico da função e o gráfico de sua 

derivada primeira, de modo a estabelecer relações possíveis entre eles. 

Em um gráfico da derivada primeira, obtém-se um eixo m , pois quando 

visualizam-se vários pontos no gráfico da derivada, a coordenada y  de um ponto será 

denotada como a inclinação da função original, logo, as coordenadas do gráfico da 

derivada primeira têm como coordenadas ( , )x m . 

Observe-se a Figura 6 com o gráfico da função f  em vermelho e o gráfico de 

sua derivada primeira 'f  em azul. Analisando o gráfico f  da esquerda para a direita, 

pode-se determinar o comportamento de f  como sendo decrescente nos intervalos 

] , 1[   e ]0,1[  e crescente nos intervalos ] 1,0[  e ]1, [ , tendo como extremos 

relativos ( 1, 1)   e (1, 1) , pontos de mínimo, e (0,0)  ponto de máximo. 

 

 

 

 

 

 

 

 



35 
 

 
 

Figura 6 – Gráfico da função e sua derivada primeira 

 

Fonte: Elaborado pela autora  

 

Em relação ao gráfico de 'f podem-se determinar os intervalos onde a derivada 

primeira é positiva, ou seja, '( ) 0f x   como sendo aqueles onde o gráfico de 'f  está 

acima do eixo x . E os intervalos onde a derivada primeira é negativa, ou seja, 

'( ) 0f x   como sendo aqueles onde o gráfico de 'f está abaixo do eixo x . 

Comparando os intervalos onde f  é crescente e decrescente com intervalos onde o 

gráfico de 'f  é positivo ou negativo, percebe-se que f  é crescente onde 'f  é 

positivo, e  f  é decrescente onde 'f é negativo. Logo, através do gráfico de 'f é 

possível identificar os intervalos de crescimento e decrescimento de f . 

Agora observem-se as coordenadas dos pontos de intercepto do gráfico de 'f  

com o eixo x ,onde se tem  ( 1,0) , (0,0)  e (1,0) . Estes pontos estão relacionados aos 

extremos relativos da função, o valor da coordenada x  representa os possíveis pontos 

críticos da função, sendo que a coordenada y  está relacionada ao valor da inclinação 

da reta tangente neste ponto, ou seja, derivada igual a zero. Comparando os extremos 

relativos de f  com os pontos de intercepto de 'f  como eixo x  podem-se estabelecer 

algumas relações a fim de identificar se os extremos relativos são pontos de máximo, 

mínimo ou nenhum dos dois. 

Primeiramente, analisa-se o comportamento de 'f  ao redor do ponto (-1, 0), a 

fim de identificar se 'f  é positivo ou negativo. Deste modo pode-se afirmar que 

'( ) 0f x   antes de (-1,0) e '( ) 0f x  depois. Sabendo que, se '( ) 0f x   a função é 

decrescente, e que, se '( ) 0f x  a função é crescente, é possível afirmar que o ponto 



36 
 

 
 

com coordenada 1x    é um ponto de mínimo da função, devido ao comportamento 

de f  passar de decrescente para crescente. 

O segundo ponto a ser analisado é (0,0), para isto analisa-se novamente o 

comportamento de 'f  ao seu redor, onde se tem que antes de (0,0) '( ) 0f x  e depois  

'( ) 0f x  . Sendo assim, f  era crescente e passou a ser decrescente ao redor de (0,0) 

dando origem a um ponto de máximo em 0x  . Já para o ponto (1,0), tem-se '( ) 0f x 

antes de (1,0) e '( ) 0f x  depois. Desse modo, pode-se afirmar que a função passou 

de decrescente para crescente resultando em um ponto de mínimo em 1x  . 

Por meio da análise do gráfico da derivada primeira de f   foi possível 

compreender o comportamento de f , bem como identificar os possíveis pontos 

críticos, o que pode auxiliar no esboço e compreensão do gráfico da função. No 

Cálculo, muitas das aplicações requerem a compreensão gráfica, a fim de poder 

solucionar problemas e realizar comparações. Desse modo, fica evidente a 

importância e a relevância do estudo gráfico da derivada, de modo a contribuir para a 

aprendizagem do conceito de maneira mais significativa e concisa.  

 

2.1.1.1.1 Aplicações da derivada 

 

Comumente, nas salas de aula, os alunos questionam sobre onde serão 

aplicados os conteúdos abordados e isso ocorre tanto no ensino básico, quanto no 

superior. Assim, mostrar a aplicabilidade faz com que os conteúdos se tornem mais 

significativos e interessantes, de modo a estimular os alunos e a desenvolver a 

contextualização daquilo que se ensina e se aprende. 

Com o ensino de derivada não pode ser diferente, há necessidade de se 

trabalhar com problemas de aplicação relacionados a diferentes áreas do 

conhecimento. Por isso, nesta parte da pesquisa serão apresentados alguns 

problemas de aplicação do conceito de derivada em diferentes contextos.  Nesse 

sentido, talvez a mais difundida aplicação das derivadas no ensino superior seja a de 

otimização de problemas, em que as derivadas são utilizadas para se obter a 



37 
 

 
 

maximização ou a minimização de um determinado fenômeno, possibilitando resolver 

situações problemas de nosso cotidiano, como também, a taxa de variação 

instantânea. 

Optou-se por selecionar, para apresentar na sequência, alguns problemas 

contemplando diferentes áreas de conhecimento, abordados em diferentes livros 

didáticos de Cálculo, entre eles: Anton (2000), Flemming (2006), Stewart (2016), 

Sviercoski (1999). 

 

Problema 1- Economia (adaptado de ANTON, 2000) 

 

De acordo com uma aplicação apresentada por Anton (2000), uma forma líquida de 

Penicilina fabricada por uma firma farmacêutica é vendida a granel a um preço de 

$200 por unidade. Se o custo de produção (em dólares) para x  unidades for 

( ) 500.000 80 0,003 ²C x x x    e se a capacidade de produção da firma for de no 

máximo 30.000 unidades em um tempo específico, quantas unidades de penicilina 

devem ser fabricadas e vendidas naquele tempo para maximizar o lucro? 

Informações: 

Quando se trata de economia, existem três funções importantes a se considerar 

que são: 

( )C x  = custo total da produção de x  unidades de um produto, durante certo 

período de tempo. 

( )R x  = rendimento total da venda de x  unidades de um produto, durante certo 

período de tempo. 

( )P x  = lucro total obtido na venda de x  unidades de um produto, durante certo 

período de tempo. 

Elas são chamadas, respectivamente, função-custo, função-rendimento, 

função-lucro. Se todas as unidades produzidas forem vendidas, elas estarão 

relacionadas por  

( ) ( ) ( )

[ ] [ dim ] [ ]

P x R x C x

lucro ren ento custo

 

 
 

 



38 
 

 
 

Solução: Como o rendimento total na venda de x  unidades é ( ) 200R x x , o 

lucro ( )P x  sobre x  unidades será 

( ) ( ) ( ) 200 (500.000 80 0,003 ²)P x R x C x x x x       

 

Como a capacidade de produção é de no máximo 30.000 unidades, x  deve 

estar no intervalo [ 0, 30.000].  Logo, é preciso derivar a função lucro em relação a x

para determinar os valores para x nos quais podem ocorrer o lucro máximo  

200 (80 0,006 ) 120 0,006
dP

x x
dx

      

 

Equacionando  0
dP

dx
  obtém-se  

120 0,006 0x    ou 20.000x   

Como este ponto crítico está no intervalo [0, 30.000], o lucro máximo deve 

ocorrer em um dos pontos 0x   , 20.000x   ou 30.000x  . 

Substituindo-se estes valores em ( )P x , obtém-se a Tabela 2,  a qual nos mostra 

que o lucro máximo 700.000P   ocorre quando 20.000x   unidades forem fabricadas 

e vendidas no tempo especificado. 

 

Tabela 2 – Resultados encontrados para o problema  

x   0 20.000 30.000 

( )P x   500.000 700.000 400.000 

 

Fonte: Anton (2000, p. 347) 

 

Problema 2 – Ciências Agrárias (SVIERCOSKI, 2014, p. 144- 145) 

 

Considerando a produção de matéria seca de feijão ( )( / )f x g vaso  em função da dose 

de fósforo ( )x ppm  , em que 0 230x  , dada, em [2], por  

( ) 6.575 0.0788 0.000174 ²f x x x    

Encontre a dose de fósforo que dá a produção máxima. 

 



39 
 

 
 

Solução: Primeiro precisa-se encontrar o ponto crítico da função, isto significa, 

derivar a função e encontrar o ponto em que a inclinação da reta tangente é nula, ou 

seja, '( ) 0f x  , o possível ponto de produção máxima ou mínima. 

'( ) 0.0788 0.000348 0 226.44f x x x      

Agora derivamos novamente a função, para determinar a derivada de segunda 

ordem, por meio da qual verificamos se o valor encontrado representa um máximo ou 

um mínimo local. Como ''( ) 0.000348f x   , então ''(226.44) 0.000348f   , ou seja, 

226.44x   ppm é um ponto de máximo local, isto é, a produção máxima será de 

(226.44) 15.497( / )f g vaso como pode ser observado na Figura 7. 

 

Figura 7 – Produção de matéria seca de feijão 

 

Fonte: Sviercoski, 2014, p.145 

 

Problema 3 – Ciências Médicas e Biológicas (FLEMMING, 2006, p. 180-181) 

 

Uma cidade X é atingida por uma moléstia epidêmica. Os setores de saúde calculam 

que o número de pessoas atingidas pela moléstia depois de um tempo t  (medido em 

dias a partir do primeiro dia de epidemia) é, aproximadamente, dado por 

³
( ) 64

3

t
f t t   

(a) Qual a razão da expansão da epidemia no tempo 4t   ? 

(b) Qual a razão da expansão da epidemia no tempo 8t  ? 

(c) Quantas pessoas serão atingidas pela epidemia no 5º dia? 

 



40 
 

 
 

Solução: A taxa com que a epidemia se propaga é dada pela razão de variação 

da função ( )f t  em relação a t  . Portanto, para um tempo t  qualquer, essa taxa é dada 

por: 

'( ) 64 ²f t t   

(a) No tempo 4t   , temos: 

'(4) 64 16 48f     . 

Logo, no tempo 4t  , a moléstia está se alastrando à razão de 48 pessoas por 

dia. 

 

(b) No tempo 8t  , temos: 

'(8) 64 64 0f     

Portanto, no tempo 8t  a epidemia está totalmente controlada. 

(c) Como o tempo foi contado em dias a partir do 1º dia de epidemia, o 5º dia 

corresponde à variação de t  de 4 para 5. Logo, o número de pessoas atingidas 

pela moléstia durante o 5º dia será dado por: 

5³ 4³
(5) (4) (64 5 ) (64 4 )

3 3

125 64
320 256

3 3

43

f f      

   



 

No item (a), viu-se que no tempo 4t  (início do 5º dia), a epidemia se alastrava 

a uma taxa de 48 pessoas por dia. No item (c), calculou-se que durante o 5º dia 43 

pessoas serão atingidas. Essa diferença ocorreu porque a taxa de propagação da 

moléstia se modificou no decorrer do dia. 

 

Problema 4 – Geometria (FLEMMING, 2006, p. 220-221) 

 

Um galpão deve ser construído tendo uma área retangular de 12.100 m². A prefeitura 

exige que exista espaço livre de 25 m na frente e 12 m em cada lado. Encontre as 

dimensões do lote que tenha área mínima na qual possa ser construído este galpão. 

 

Solução: A Figura 8 ajuda a definir a função que vamos minimizar. 

 



41 
 

 
 

Figura 8 – Esboço do galpão 

 

Fonte: Flemming, 2009, p. 220 

 

Sabemos que 12.100 ²A m x y     

A função que definirá à área do lote é  

( 12 12)( 25 20)

( 24)( 45)

S x y

x y

    

  
 

Isolando y  em  12.100 x y  , obtém-se, que 
12.100

y
x

  . Substituindo na 

função anterior, vem 

12.100
( ) ( 24)( 45)S x x

x
    

Esta é a função que se quer minimizar. 

Temos: 

45 ² 290.400
'( )

²

x
S x

x


  

Resolvendo a equação 
45 ² 290.400

0
²

x

x


 , obtém-se que 

44 30

3
x   é um ponto 

crítico. ( x  é uma medida e, portanto, considere-se só o valor positivo.) 

Tem-se que 
580.800

''( )
³

S x
x

  e, portanto, 
44 30

''( )
3

S . Logo, 
44 30

3
x   é um 

ponto de mínimo. Fazendo 
44 30

80,33m
3

x   , obtém-se que 

12.100 12.100
150,62

44 30 / 3
y m

x
    e então, a área mínima é obtida quando as 

dimensões do lote forem aproximadamente (80,33 24) (150,62 45)m m    . 

 



42 
 

 
 

 

Problema 5 – Física (STEWART, 2016, p. 247) 

 

O telescópio espacial Hubble foi colocado em órbita em 24 de abril de 1990 pelo 

ônibus espacial Discovery. Um modelo para a velocidade do ônibus durante essa 

missão, do lançamento em 0t   até a ejeção do foguete auxiliar em 126t s  , é dado 

por 

( ) 0,0003968 ³ 0,02752 ² 7,196 0,9397v t t t t     

(Em metros/segundo). Usando este modelo, estime os valores máximo é mínimo 

absolutos da aceleração do ônibus entre o lançamento e a ejeção do foguete auxiliar. 

 

Solução: São pedidos os valores extremos não da função velocidade dada, mas 

da função de aceleração. Assim, precisa-se primeiro derivar para encontrar a 

aceleração: 

( ) '( ) (0,0003968 ³ 0,02752 ² 0,9397)

0,0011904 ² 0,05504 7,196

d
a t v t t t

dt

t t

   

  

 

Aplicando-se, agora, o método do Intervalo Fechado à função continua a  no 

intervalo 0 126t  . Sua derivada é 

'( ) 0,0023808 0,05504a t t   

O único número crítico ocorre quando '( ) 0a t   : 

1

0,05504
23,12

0,0023808
t    

Calculando ( )a t  no número crítico e nas extremidades, tem-se: 

(0) 7,196a       1( ) 6,56a t       (126) 19,16a    

Assim, a aceleração máxima é cerca de 19,16 m/s², e a aceleração mínima é 

cerca de 6,56 m/s². 

 

 

2.2 Dificuldades e problemas enfrentados no ensino de derivadas  

 

O conceito de derivada é considerado um dos conceitos fundamentais do 

Cálculo, devido a sua importância para compreensão de outros conceitos, como a 



43 
 

 
 

integral e as equações diferenciais, além de possuir diversas aplicações em diferentes 

áreas do conhecimento. “Com efeito, a derivada, na sua relação com as diversas 

áreas do conhecimento, é, sobretudo, taxa de variação instantânea (REZENDE, 2003, 

p. 350). 

De acordo com a literatura, derivada é um conceito que possui diversas 

interpretações, entre elas: derivada como processo de limite, inclinação da reta 

tangente a uma curva em um determinado ponto, taxa de variação instantânea, 

derivada como função, além das aplicações e da relação com o comportamento de 

funções.  

Apesar de suas aplicações e interpretações, o conceito de derivada tem sido 

um dos tópicos em que os alunos apresentam maior dificuldade de compressão, 

resultantes de diversas causas. Destarte, investigá-las é um dos objetivos 

fundamentais dos pesquisadores em Educação Matemática, de modo a dar ciência 

de suas causas e apontar caminhos para sanar as dificuldades (CATAPANI, 2001; 

BARBOSA, 2004).  

Para tanto selecionamos algumas pesquisas que têm apontado tais 

dificuldades e suas causas, levando em consideração aquelas que tratassem 

especificamente da derivada, principalmente as relacionadas a compreensão do 

conceito e suas relações gráficas e geométricas. Neste caso, optamos em elencar as 

pesquisas mais citadas no contexto em estudo.   

Como parte integrante da maioria dos cursos introdutórios de Cálculo, o 

conceito de derivada de uma função é usualmente abordado após a retomada do 

conteúdo de funções e a introdução do conceito de limites. 

Normalmente, a introdução do conceito de derivada é realizada utilizando-se a 

ideia de reta tangente à curva de uma função e, na sequência, o cálculo de derivadas 

pela definição de limite e as regras de derivação, sendo os dois últimos pontos os que 

mais ocupam a atenção dos professores e dos alunos. Para concluir, estudam–se as 

aplicações das derivadas, o que envolve problemas de otimização, estudo do 

comportamento das funções e esboço de gráficos, conteúdos muitas vezes pouco 

explorados (GODOY, 2004; LEHMANN, 2011). 



44 
 

 
 

Entretanto, Rezende (2003, p. 350) observa que: 

Calcular exaustivamente derivadas de funções através das regras usuais de 
derivação não leva o aluno a construir efetivamente o significado desta 
operação. Interpretá-la tão somente como “coeficiente angular da reta 
tangente” significa ignorar o problema histórico essencial da “medida” 
instantânea da variabilidade de uma grandeza – esse foi, inclusive, o grande 
problema perseguido pelos filósofos escolásticos.  

De acordo com o autor, há necessidade de explorar o conceito de derivada de 

modo a demonstrar que suas interpretações se complementam, e assim contribuir 

para a significação do conceito, bem como, demonstrar os diversos contextos a que 

se relaciona e se aplica, fazendo com que os alunos fortaleçam as redes de 

significação por meio da contextualização. 

Além da necessidade de explorar o conceito em suas diversas interpretações, 

a pesquisa de Godoy (2004), que teve por objetivo investigar o conhecimento de 

alunos que já haviam passado por um curso de Cálculo, à luz da Teoria dos Registros 

de Representação de Raymond Duval, demonstrou que os alunos apresentam maior 

dificuldade nos registros gráficos do conceito de derivada, além de dificuldade de 

reconhecer no registro de representação simbólico '( )f x  o significado da derivada 

como coeficiente angular. 

Orton (1983), ao estudar a compreensão dos alunos sobre diferenciação, 

evidenciou dificuldades na conceptualização geométrica de limite, ou seja, para 

interpretar a inclinação da reta tangente ao gráfico de uma função em um ponto dado, 

como um limite das inclinações das retas secantes que passam por esse ponto de 

tangência. Em seu estudo, o autor evidenciou também dificuldades em utilizar 

apropriadamente as representações gráficas do conceito, ou seja, incapacidade de 

avaliar a taxa de variação instantânea de variação a partir do gráfico correspondente.  

Tais dificuldades foram manifestadas igualmente por um grupo de professores 

estagiários que participaram da pesquisa conduzida por Almeida e Viseu (2002, p. 

216-217), indicando que parecem estar associadas a: 

— uma capacidade visual demasiado pobre, a qual dificulta a identificação do 
tipo de uma função dado o seu gráfico;  

— a incapacidade de interligar múltiplas condições numa mesma questão; 

— a falta de capacidade de ligar a informação gráfica aos conhecimentos 
analíticos.  



45 
 

 
 

 

Rezende (2003, p.18) aponta também como causa para essas dificuldades a 

ênfase exagerada dada às técnicas, na maioria dos cursos de Cálculo, em que se 

exigem muito mais habilidades algébricas do aluno do que a compreensão do próprio 

significado explorado, ele destaca que  

O campo semântico das noções básicas do Cálculo tem muito mais a ver com 
as noções de “infinito”, de “infinitésimos” de “variáveis”, do que com “fatoração 
de polinômios”, “relações trigonométricas”, “cálculos algébricos”. É bem 
verdade, que o conhecimento destes últimos auxilia na árdua tarefa de 
calcular limites (derivadas, integrais etc.), mas é exatamente aí que se coloca 
nossa primeira questão fundamental: Qual é o curso de Cálculo que se quer? 
Aquele em que prevalece a técnica? Ou aquele em que se busca a 
construção de significados? Quando se fala de “falta de base”, de que “base” 
se está falando?  

É evidente que o procedimento algébrico do Cálculo é fundamental, mas o que 

se tem questionado em relação à aprendizagem desses conceitos está na sua 

aplicação e compreensão conceitual, como no caso da derivada. Alunos derivam 

funções sem ter conhecimento de sua aplicabilidade e de seus aspectos conceituais, 

o que acaba propondo um repensar do papel do Cálculo no ensino superior. 

Os problemas de base conceitual têm chamado a atenção de pesquisadores 

quando relacionados ao conceito de derivada, como no caso de D’Avoglio (2002). Em 

sua pesquisa com alunos que já haviam estudado assunto, cujo objetivo consistia em 

verificar, por meio de um teste de sondagem, qual o nível de conhecimento desses 

alunos sobre o aspecto conceitual da derivada, identificou que alguns alunos 

confundem:  

a) derivada com reta tangente,  

b) derivada num ponto com a função derivada,  

c) derivada com regra para se achar derivada,  

d) reta tangente com coeficiente angular da reta tangente e também, que 
muitos apresentam dificuldade de expressão (D’AVOGLIO, 2002, p. 27). 

A partir de sua pesquisa, como resultados, o autor apresentou evidências de 

que a introdução do conceito de derivada de uma função em um ponto, a partir do 

conceito de velocidade, contribui bastante para sua aprendizagem. Isso devido ao fato 

de que se leva em consideração um assunto familiar aos alunos, associado a seus 

conhecimentos prévios, despertando, assim, o interesse e participação do estudante. 



46 
 

 
 

Outra causa de dificuldades para a compreensão conceitual da derivada está 

relacionada ao próprio referencial teórico utilizado em sua abordagem, decorrente do 

desenvolvimento do pensamento científico.  De acordo com Leme (2003, p. 32), “a 

História revela que a gênese da evolução da noção de derivada constituiu-se na busca 

por processos para resolução de problemas, caracterizando-se um modo 

predominantemente operacional”, porém, nos livros didáticos, o conceito de derivada 

tem sua característica estrutural abordada, apresentando-se, dessa forma, na 

contramão da evolução histórica, tornando mais difícil a sua compreensão. 

Em livros didáticos ocorre, também, uma priorização da representação 

simbólica do conceito, o que acaba não propiciando uma adequada unificação 

semântica da derivada com seus aspectos gráfico e numérico (LEME, 2003). De 

acordo com Kendal (2001), as representações gráfica, numérica e simbólica do 

conceito de derivada são consideradas importantes para o desenvolvimento da noção 

de derivada e estão relacionadas às habilidades de articulações entre estas. 

As discussões elencadas apontam no sentido da importância de práticas de 

ensino/aprendizagem do conceito de derivada que integrem simultaneamente 

abordagens gráficas e analíticas, de forma a evidenciar significados e relações, 

oportunizando, dessa forma, a aprendizagem desse conceito tão importante, tanto 

para o Cálculo, quanto para as demais aplicações.  

 

2.3 O uso das Tecnologias Computacionais para o ensino e aprendizagem de 

Matemática 

 

Nas últimas décadas, o uso de Tecnologias de Informação e Comunicação 

(TICs) tem crescido de maneira acelerada em toda sociedade, invadindo os espaços 

no campo familiar, profissional e social, o que acaba desencadeando mudanças 

nesses ambientes e, de modo especial, também no ambiente educacional. A presença 

de recursos tecnológicos cada vez mais modernos tem permitido novas formas de 

realizar ações, reinventando o modo com que o homem se relaciona com o mundo e 

com seu semelhante, e também potencializando novas formas de perceber e 

organizar situações de aprendizagem.  



47 
 

 
 

Diante do cenário atual, no qual os conhecimentos sobre informática e 

diferentes tecnologias se tornaram indispensáveis, o uso dessas ferramentas em 

salas de aula pode ser considerado inquestionável, pois conforme já colocava 

Rezende (2002, p. 01),  

na virada do século, não se trata mais de nos perguntarmos se devemos ou 
não introduzir as novas tecnologias da informação e da comunicação no 
processo educativo. Já na década de 80, educadores preocupados com a 
questão consideraram inevitável que a informática invadisse a educação e a 
escola, assim como ela havia atingido toda a sociedade. Atualmente, 
professores de várias áreas reagem de maneira mais radical, reconhecendo 
que, se a educação e a escola não abrirem espaço para essas novas 
linguagens, elas poderão ter seus espaços definitivamente comprometidos. 

 

Desse modo, o uso didático das TICs (em especial do computador e das 

calculadoras gráficas) no ensino vem sendo discutido por diversos educadores e 

pesquisadores, tornando-se uma forte tendência dentro da Educação Matemática há 

algumas décadas. 

 O uso do computador para o ensino de Matemática também se destaca em 

três perspectivas diferentes, de acordo com Canavarro (1993, apud PONTE e 

RIBEIRO, 2000, p. 3),  

como elemento de animação, com a capacidade para melhorar o ambiente 
geral da aula; como elemento facilitador, permitindo realizar determinadas 
tarefas tradicionalmente realizadas à mão; como elemento de possibilidade, 
permitindo equacionar a realização de atividades que seriam difíceis de 
efectuar de outro modo. 

Tais elementos podem contribuir para o ensino de conceitos considerados 

abstratos aos olhos dos alunos, pois as tecnologias permitem explorar diferentes 

contextos, como por exemplo, relacionar aspectos gráficos e algébricos de uma 

função por meio do uso de um software ou calculadora gráfica. Em relação à 

motivação e possibilidade, as tecnologias e a matemática, se utilizadas de modo 

inteligente, oportunizam a busca pelo conhecimento e despertam o interesse do aluno, 

uma vez que ele seja levado a pensar e construir os conceitos, passando a ser ativo 

no processo de aprendizagem e contribuindo para sua formação. 

Além das perspectivas apresentadas, calculadoras gráficas e computadores 

podem ser utilizados no contexto da Educação Matemática, onde se pode destacar 

uma função de sua utilização 



48 
 

 
 

no que diz respeito aos valores e atitudes, a calculadora e o computador são 
particularmente importantes no desenvolvimento da curiosidade e do gosto 
por aprender, pois proporcionam a criação de contextos de aprendizagem 
ricos e estimulantes, onde os alunos sentem incentivada a sua curiosidade 
Ponte & Canavarro (1997, p. 101).  

 

Essa possibilidade de criação de espaços diferenciados para a aprendizagem 

com uso de tecnologias, conduz à reflexão sobre as ideias de Gravina e Santarosa 

(1998, p. 1), que trazem uma reflexão acerca do que significa “fazer matemática: 

experimentar, interpretar, visualizar múltiplas facetas, induzir, conjeturar, abstrair, 

generalizar e, enfim, demonstrar”.  

Esse fazer matemática apontado pelas autoras pode ser explorado por meio do 

uso das tecnologias, mais especificamente, pelo uso de softwares e calculadoras 

gráficas, que, quando utilizados adequadamente, possibilitam a experimentação em 

conteúdos matemáticos, além de estimular a percepção visual dos alunos (BORBA e 

PENTEADO, 2001), auxiliando na construção de conceitos. 

Outros autores, como Allevato (2005; 2008), Borba e Villareal (2005), Braga e 

Paula (2010), salientam que as possibilidades experimentais das tecnologias podem 

ser exploradas de tal modo a levar o aluno à elaboração e validação de conjecturas, 

contribuindo para o desenvolvimento de suas ideias e criação de novas conjecturas. 

O trabalho adequado com as tecnologias faz com que os alunos se tornem 

investigativos e participativos e não apenas receptivos. 

 

2.3.1 O uso de Tecnologias Computacionais para o ensino e aprendizagem de 

Cálculo  

  

 O Cálculo Diferencial e Integral, é uma disciplina presente no currículo de 

muitos cursos superiores, por ser um ramo importante da matemática e seu campo de 

aplicações se entender em todos as áreas de conhecimento. Apesar de tantas 

aplicabilidades, as dificuldades no processo de ensino e aprendizagem vem sendo 

foco de muitas pesquisas, como a de Junior, Bessa, Cezana (2015) por ser alvo de 

um grande número de reprovações, evasão e repetência.  Algumas tendências na 



49 
 

 
 

Educação Matemática têm sido propostas na tentativa de minimizar os efeitos desta 

problemática, como a utilização de Recursos Tecnológicos, a Modelagem Matemática 

e a Resolução de Problemas, e demonstraram resultados positivos em relação a 

aprendizagem. 

Um dos caminhos que pode ensejar maior produtividade no processo de 
ensino e aprendizagem no Cálculo Diferencial e Integral I pode estar na 
diversificação das formas de abordagem de cada tema a ser apresentado, a 
partir do que se adapta a cada um destes, da condição intrapessoal e 
interpessoal de cada docente, do nível de aprofundamento desejado, etc. 
Assim, algumas opções viáveis podem ser encontradas, além da resolução 
de problemas que constituem a própria essência da Matemática, por meio da 
explicitação dos seus conceitos e de suas teorias através da história; e estas 
podem tornar-se um meio bastante estimulador, tanto para o professor como 
para o aluno, criando-se uma atmosfera que facilite a compreensão do saber 
matemático pelo contato com sua gênese e etapas de seu desenvolvimento; 
além disso, fazer uso da experimentação, das aplicações e do uso da 
computação (SILVA, 1994, p. 6). 

 

Entre as estratégias apontadas por Silva (1994) para melhorar a qualidade de 

ensino e aprendizagem de Cálculo,  o uso de programas computacionais vem sendo 

implementado desde a década de 1980, como uma das alternativas para superar a 

falta de sucesso acadêmico nas aulas de matemática, proposta apresentada pelo 

movimento “Calculus Reform”, que foi um movimento por meio do qual ocorreu a 

reforma de currículos e implantação de novas metodologias baseadas no 

construtivismo, como o trabalho com problemas e uso de calculadoras gráficas. 

Desde então, pesquisas relacionadas ao uso de tecnologias para o ensino e 

aprendizagem de Cálculo vem sendo realizadas, com intenção de impulsionar 

mudanças no quadro educacional do ensino superior, relacionadas ao Cálculo. 

Objetiva-se, também, expandir metodologias e estratégias que têm demonstrado bons 

resultados frente à compreensão dos conceitos e melhora no aproveitamento dos 

alunos. 

Entre as pesquisas realizadas no contexto apresentado, selecionou-se aquelas 

que apresentam relevância para estudo realizado, sendo citadas em diversos outros 

trabalhos que refletem o uso de TIC’s no ensino superior. Entre estas, elencamos as 

que refletem sobre as potencialidades presentes nas tecnologias utilizadas para 

promover o ensino e a aprendizagem de Cálculo; as que apontam vantagens e 

contribuições de seu uso; bem como o papel do professor frente às tecnologias. Sobre 



50 
 

 
 

as contribuições e vantagens do uso de tecnologias no ensino e aprendizagem de 

Cálculo, algumas pesquisas podem ser apontadas, como Paranhos (2009), Alves e 

Reis (2010), Alves, Correia e Melo (2013), Marin (2009), entre outras. 

Paranhos (2009) destaca que o uso de ambientes informatizados para o ensino 

e a aprendizagem de Cálculo pode promover mudanças na qualidade do aprendizado 

dos alunos, pois estes se tornam mais participativos e exploradores, acompanham o 

curso mais de perto e fazem mais perguntas. Isso, além de ajudar na criação de 

conjecturas e negociação de significados, facilitando a compreensão dos aspectos 

conceituais também do Cálculo. 

De acordo com Alves e Reis (2010) e Alves, Correia e Melo (2013), entre as 

contribuições frente ao uso de recursos tecnológicos nas aulas de Cálculo estão: a 

possibilidade de visualização de propriedades, que tradicionalmente são manipuladas 

algebricamente; a abertura para conjecturas a partir de gráficos; e o ambiente 

dinâmico proporcionado pelo software, que contrasta os modelos geralmente 

estatísticos apresentados nos livros didáticos. 

Em relação às vantagens do uso de tecnologias nas aulas de Cálculo, o grupo 

de professores participantes da pesquisa de Marin (2009) apontou que: os alunos 

aprendem melhor, pois, por meio do aspecto visual, encontram facilidade em 

compreender aquele conteúdo que anteriormente parecia algo tão longe da sua 

capacidade. Os professores envolvidos na pesquisa destacam que se proporciona a 

experimentação, através da qual pode-se buscar novas descobertas, observar 

propriedades, investigar, transformar, modificar e testar aquilo que antes somente era 

repassado ao aluno de maneira automática. 

Diante da leitura e análise das pesquisas apresentadas até o momento, 

evidenciou-se a recorrência de alguns aspectos importantes presentes entre as 

vantagens e contribuições do uso de tecnologias computacionais para o ensino de 

Cálculo, como é o caso da experimentação, da investigação e da visualização. 

Em relação à importância dos aspectos de experimentação e investigação, 

Alves, Correia e Mello (2013) destacam que o uso das tecnologias assegura ao aluno 

a oportunidade de testar, validar ou refutar conjecturas, tornando-o interativo e não 

apenas receptivo.  



51 
 

 
 

Outro aspecto evidenciado entre as pesquisas trata da visualização como parte 

dos processos de ensino e aprendizagem, Reis e Júnior (2016) salietaram a 

importância da imagem visual para a compreensão dos conceitos envolvidos na 

disciplina de Cálculo, e de sua interação com aspecto analítico. 

Ferramentas tecnológicas, se utilizadas de forma adequada, podem 
potencializar o uso dos recursos gráficos no ensino de Cálculo, estimulando 
a observação, a busca de regularidades e padrões e possibilitando, através 
da comparação com as outras formas de se representar uma função, o 
entendimento das ligações entre elas. O trabalho desenvolvido com a 
utilização desses recursos também pode contribuir para que os alunos 
apurem a percepção e, por consequência, desenvolvam habilidades que 
facilitem a construção gráfica por meio dos instrumentos tradicionais: lápis, 
papel e régua (COUY, 2008, p. 47). 

 

A visualização gráfica gerada por softwares tem se mostrado uma ferramenta 

eficiente para o ensino de Cálculo e a exploração de conceitos muitas vezes abstratos 

para os alunos, pois, segundo Costa e Souza Júnior (2007), possibilitam ao aluno 

construir conceitos ou ainda ressignificar conceitos já estudados. Esta pode ser vista 

como um objeto a ser manipulado pelo aluno, a fim de explorá-lo e incorporá-lo como 

parte de um conceito. O uso de gráficos, além de possibilitar este manuseio, pode 

proporcionar apoio à resolução de problemas e à atribuição de significado a conceitos. 

A visualização tem um poderoso papel complementar, onde se pode destacar 
três aspectos: a visualização como apoio a resultados essencialmente 
simbólicos; uma maneira possível para resolver conflitos entre soluções 
simbólicas (corretas) e (incorretas) com intuições; como ajuda a reengajar e 
recuperar os fundamentos conceituais que podem ser facilmente contornados 
por soluções formais (ARCAVI, 2003, p. 222-223, tradução nossa). 

 

O ensino e aprendizagem, segundo o referido autor, necessitam propiciar 

formas para que se possa melhor ver os conceitos matemáticos, por meio da 

exploração da visualização em sua totalidade, que além de contribuir na organização 

dos dados é um importante fator na condução do desenvolvimento analítico da 

solução. A visualização, portanto, pode ser considerada como parte integrante do 

próprio processo analítico da solução. 

Pesquisas sobre visualização na aprendizagem de matemática, segundo 

Presmeg (2006), iniciaram-se lentamente, crescendo de uma base psicológica no final 

da década de 1970 e início dos anos de 1980. Tais estudos estão relacionadas a 



52 
 

 
 

diversos ramos desta área e são multifacetadas, com raízes na matemática e 

envolvendo aspectos históricos, filosóficos, psicológicos, pedagógicos e tecnológicos 

importantes (ZIMMERMANN; CUNNINGHAM, 1991).  

No entanto, tais pesquisas ainda vêm sendo desenvolvidas, tanto no âmbito da 

educação básica, quanto no ensino superior, devido a sua importância neste 

processo. Algumas dessas investigações apontam a visualização na área da 

matemática como uma componente chave do raciocínio na resolução de problemas 

e atividades, bem como para fins ilustrativos (ARCAVI, 2003). Além disso, de acordo 

com Rösken e Rolka (2006), a visualização é considerada uma ferramenta poderosa 

para explorar problemas matemáticos, dar significado para conceitos matemáticos e 

estabelecer a relação entre eles.  

O termo visualização, para Zimmerman e Cunningham (1991), é empregado 

para descrever os processos de produção ou o uso de representações geométricas 

ou gráficas de conceitos, princípios ou problemas matemáticos, seja desenhado à 

mão ou gerado por computador. Ainda, Fainguelernt (1999) considera a visualização 

como uma habilidade de perceber, transformar, descobrir, gerar, comunicar, 

documentar e refletir sobre as informações visuais. Partindo dessa definição, Santos 

(2009) destaca que o contato visual físico é necessário para que ocorra ou se promova 

o contato mental de um indivíduo. 

 No contexto da educação matemática, fazer uso da visualização, além de 

promover a intuição e o entendimento, possibilita uma abrangência maior dos 

assuntos matemáticos, permitindo aos alunos não somente aprenderem matemática, 

mas se tornarem capazes de fazer sua própria matemática (FLORES, 2012). A 

visualização e a leitura de informações gráficas em Matemática são aspectos 

importantes, pois auxiliam a compreensão de conceitos e o desenvolvimento de 

capacidades de expressão gráfica (BRASIL, 1998). 

Diante de diversas definições do termo visualização, tanto no âmbito da 

matemática, quanto da educação matemática, pode-se perceber que estão focadas 

na percepção e na manipulação de imagens visuais, e que a aprendizagem é 

resultado da interpretação dada às sensações e estímulos do meio ambiente, às 

ideias, imagens, expectativas e atitudes (FAINGUELERNT, 1999). 



53 
 

 
 

Em relação a trabalhos que utilizaram o processo de visualização para a 

aprendizagem de conceitos de Cálculo, pode-se mencionar Junior (2015), cuja 

experiência dissertada utilizou o software Geogebra para o ensino de conceitos 

relacionados à derivada junto a um grupo de professores do ensino superior, 

desenvolvendo atividades exploratórias de construção e interpretação de gráficos. Os 

resultados obtidos apontam que a visualização proporcionada pelo software contribuiu 

para uma ressignificação de diversos conceitos e propriedades de derivadas que são 

requisitados na construção de gráficos de funções reais, além de destacar, como 

fundamental nos processos de ensino e aprendizagem de Cálculo I, um equilíbrio 

entre os processos visuais e os processos algébricos. 

Conforme destacado por Alves e Reis (2010) e Jover (2013), além dos aspectos 

mencionados, as tecnologias apresentam também potencialidades em seu uso, como 

a colaboração e interação que auxiliam na construção do conhecimento de maneira 

mais dinâmica. 

Também Marin (2009), em sua pesquisa junto a um grupo de professores 

universitários sobre o uso de TIC nas aulas de Cálculo, levantou como potencialidade 

das tecnologias a possibilidade de realização de atividades antes impossíveis de 

serem feitas somente com papel e lápis, o que acaba proporcionando a organização 

de situações e atividades pedagógicas com maior potencial para aprendizagem, mas 

ressalta que para isso é necessário um aumento no tempo de dedicação do professor. 

Outro aspecto importante ressaltado pelo autor em relação ao uso de 

tecnologia pelo professor está na necessidade de saída da zona de conforto 

(PENTEADO, 2000), entendida como aquela em que tudo é feito rotineiramente, na 

qual não ocorrem mudanças, tudo é controlado e previsível, para a entrada na zona 

de risco (PENTEADO; SKOVSMOSE, 2008), em que podem ocorrer novos fatos, há 

flexibilidade, incerteza e imprevisibilidade, que muitas vezes despertam o medo e a 

insegurança em uma prática docente. 

Gravina e Santarosa (1998) também ressaltam a importância dos cuidados com 

a utilização de tecnologias em sala de aula, em especial para que as atividades não 

sejam limitadas à repetição de exercícios. As autoras destacam que o software não 



54 
 

 
 

pode dificultar a realização de uma tarefa devido ao não conhecimento ou domínio de 

suas ferramentas e comandos. 

Desse modo, é preciso que o professor tenha cuidado e atenção na seleção de 

um determinado software ou programa que deseja utilizar em suas aulas, pois há 

necessidade de analisar e optar por aquele que, prioritariamente, seja compatível com 

os objetivos traçados. Ainda, é importante que o professor também atente para o 

contexto de sala de aula, considerando o público alvo, o seu domínio de tecnologias, 

a acessibilidade aos meios e o contexto de aplicação. 

Ademais, tendo conhecimento da realidade que circunda atualmente e da 

relação entre a educação e as tecnologias, optou-se, para realização desta proposta, 

por utilizar o software Desmos, que é semelhante a uma calculadora gráfica, em que 

é possível construir pontos, gráficos de funções (com ou sem restrições de domínio), 

cônicas e regiões do plano por meio de equações cartesianas, paramétricas ou 

polares, além de calcular expressões numéricas, resolver equações de primeiro e 

segundo graus com uma incógnita, derivadas e integrais de uma função. O software 

pode ser acessado por meio do computador ou de dispositivos móveis, tem um 

ambiente dinâmico - que proporciona a interação -, possui uma interface amigável, 

além de ser gratuito e multi-idiomas. 

O software Desmos foi selecionado por ser um programa de fácil acesso e 

manuseio, gratuito, apresentar uma ótima saída gráfica e possibilitar o 

compartilhamento das atividades e dos gráficos, possibilitando deste modo o 

desenvolvimento de um trabalho mais dinâmico e com ótimo aproveitamento tanto 

pelo professor quanto alunos. 

2. 4 Mapeamento dos trabalhos sobre derivadas  

 

Realizou-se a revisão teórico-bibliográfica, com o intuito de conhecer o que está 

sendo produzido em relação ao tema derivadas, com base em um levantamento¹ de 

artigos completos publicados no Portal de Periódico da CAPES, utilizando critérios 

para a seleção dos trabalhos conforme apresentado no Quadro 1. 

 



55 
 

 
 

Quadro 1 - Critérios para seleção dos artigos 

Período de Publicação  2011 a 2016 

Tipos  Recursos 

Tipo de Recurso Artigos Completos  

Tópicos Educação Matemática; Educação; 
Matemática; Cálculo; Engenharia 

Palavras-chave Teaching And Derivatives; Learning And 
Derivative; Enseñanza And Derivada; 
Aprendizaje And Derivada; Tecnología 
And Derivada; Ensino And Derivada; 
Aprendizagem And Derivada, 
Tecnologias And Derivadas 

Fonte: Elaborado pela autora 

A partir dos dados apontados, foram encontrados 424 trabalhos. Porém, após 

a leitura dos títulos e resumos, observou-se que, dos trabalhos encontrados, somente 

21 contemplaram as características procuradas, as quais foram: o ensino e a 

aprendizagem de derivadas, o uso de recursos e metodologias diferenciadas para o 

ensino de derivadas. 

O Quadro 2 a seguir sintetiza os artigos encontrados, oferecendo um panorama 

em relação ao título, autor, ano de publicação e periódico. Para serem mencionados 

posteriormente, os artigos foram designados por Ai, com i = 1,2,3...21. 

Quadro 2 - Trabalhos analisados sobre o ensino de derivadas 

Item Título (autores e ano) Periódico 

1 An APOS analysis of natural science 
students’ understanding of derivatives. 
(MAHARAJ, 2013) 

South African Journal 
of Education 

A
2 

Análisis según el Modelo Cognitivo 
APOS* del Aprendizaje Construido del 
Concepto de la Derivada. (URQUIETA; 
CARRILLO; ANDRADE, 2014) 

Bolema 

A
3 

Evaluación de una estrategia didáctica para 
la apropiación del concepto “derivada de una 
función”. (TELLES; ROMERO, 2016)  

Revista 
Iberoamericana para 
la Investigación y el 
Desarrollo Educativo 
- RIDE 



56 
 

 
 

A
4 

Los Mapas Conceptuales: una Técnica 
para el Análisis de la Noción de Derivada 
en un Libro de Texto. (GORDILLO; 
PINZÓN;  MARTÍNEZ, 2016) 

Formación 

Universitaria 

A
5 

Una Propuesta para el Análisis de las 
Prácticas Matemáticas de Futuros 
Profesores sobre Derivadas. (PINO-FAN; 
GODINO; FONT, 2015) 

Bolema 

A
6 

Análise do desempenho dos alunos em 
formação continuada sobre a interpretação 
gráfica das derivadas de uma função. ( 
BISOGNIN; BISOGNIN, 2011)  

Educação 

Matemática em  

Pesquisa 

A
7 

Una Introducción a la Derivada desde la 
Variación y el Cambio: resultados de una 
investigación con estudiantes de primer año 
de la universidad. (VRANCKEN; ENGLER, 
2014) 

Bolema 

A
8 

Assessing conceptual understanding in 
mathematics: Using Derivative Function to 
Solve Connected Problems. (ORHUN, 2013) 

Turkish Online 
Journal of Distance 
Education-TOJDE 

A
9 

Atividades Investigativas de Aplicações das 
Derivadas Utilizando o GeoGebra. 
(GONÇALVES; REIS, 2013) 

Bolema 

A
10 

Analysis of errors in derivatives of 
trigonometric functions. (SIYEPU, 2015) 

International Journal 

of STEM Education 

A
11 

Derivative, maxima and minima in a 
graphical context. (RIVERA-FIGUEROA; 
PONCE-CAMPUZANO, 2012) 

International Journal 
of Mathematical 

A
12 

Using Short Video Lectures to Enhance 
Mathematics Learning – Experiences on 
Differential and Integral Calculus Course for 
Engineering Students. (KINNARI-
KORPELA, 2015) 

Informatics in 
Education 

A
13 

The Mathematical Work with the Derivative 
of a Function: Teachers’ Practices with the 

Bolema 



57 
 

 
 

Idea of “Generic”. (PANERO; ARZARELLO; 
SABENA, 2016) 

A
14 

Introducing Derivative via the Calculus 
Triangle. (WEBER, TALLMAN, BYERLEY, 
THOMPSON, 2012) 

 

Mathematics 
Teacher 

A
15 

Discrete or continuous? – A model for a 
technology-supported discrete approach to 
calculus. (WEIGAND, 2015) 

ZDM: Mathematics 
Education 

A
16 

Algunos Indicadores del Desarrollo del 
Esquema de Derivada de una Función. 
(MATAMOROS; GARCÍA; LINARES, 2013) 

Bolema 

A
17 

Faceta Epistémica Del Conocimiento 
Didáctico-Matemático Sobre La Derivada. 
(PINO-FAN; GODINO; MOLL, 2011) 

Educação 
Matemática em 
Pesquisa 

A
18 

Graphical construction of a local perspective 
on differentiation and integration. (HONG; 
THOMAS, 2015) 

Mathematics 
Education Research 
Journal 

A
19 

Is the derivative a function? If so, how do we 
teach it?  (PARK, 2015) 

Educ Stud Math 

A
20 

Professional development through lesson 
study: teaching the derivative using 
GeoGebra. 
(VERHOEF; COENDERS; PIETERS; 
SMAALEN; TALL, 2014) 

Professional 
Development in 
Education 

A
21 

Students’ evolving meaning about tangent 
line with the mediation of a Dynamic 
Geometry environment and na Instructional 
Example Space. (BIZA, 2011) 

Technology, 
Knowledge and 
Learning 

Fonte: Elaborado pela autora 

 

Por meio dos dados levantados, pode-se destacar os países em que estão 

sendo realizadas pesquisas relacionadas ao ensino de derivadas e suas aplicações, 

demonstrando a importância do tema, seja a nível nacional ou internacional. Dentre 

os países com publicações encontradas na pesquisa estão: África do Sul (3), Chile 



58 
 

 
 

(1), México (3), Colômbia (1), Brasil (2), Argentina (1), Turquia (1), Finlândia (1), Grécia 

(1), Itália (1), Alemanha (1), Espanha (2), Coreia (1), Estados Unidos (1) e Holanda 

(1).  

O número de artigos selecionados por ano de publicação pode ser visto no 

Gráfico 12, que abarca o período dos últimos 5 anos, demonstrando que o número de 

pesquisas cresceu até 2015, mas em 2016 ocorreu uma diminuição nas pesquisas, 

mesmo este sendo um tema de grande relevância no mundo acadêmico.  

Gráfico 12 - Número de Artigos/Ano 

 

Fonte: Elaborado pela autora 

 

Dando continuidade ao estudo, concentraram-se esforços em explorar os 

textos dos artigos, procurando entender seus objetivos e destacar os referenciais 

teóricos e os procedimentos utilizados no decorrer dos trabalhos. Isso com o intuito 

de agrupá-los em categorias que pudessem contribuir na apresentação de um retrato 

mais preciso a seu respeito, bem como identificar os estudos que mais se aproximam 

dos interesses estabelecidos para o estudo cujo relato é o objeto do presente relatório, 

ou seja, aqueles que discutem o ensino de derivadas com uso de tecnologias.  

Para melhor compreender os estudos que atualmente estão sendo 

desenvolvidos em relação à aprendizagem de derivadas, buscou-se elencar as 

principais teorias que foram utilizadas de base para a realização de cada trabalho 

(QUADRO 3).  

0

1

2

3

4

5

6

7

2011 2012 2013 2014 2015 2016

P
ro

d
u

çã
o

/A
n

o

Período

Produção de Artigos



59 
 

 
 

Quadro 3 - Teorias utilizadas nos artigos analisados 

Artigos (ITEM) Principais Teorias 

A1, A2, A10, 
A16 

Teoria APOS (DUBINSKY e MCDONALD ,2001) 

A3 Processo de assimilação e acomodação (PIAGET, 1977) 

A4 Mapas Conceituais (NOVAK, CAÑAS, 1988) 

A5, A17 Enfoque ontosemiótico (EOS) do conhecimento e da 
instrução matemática (GODINO; BATANERO; FONT, 
2007) 

A6 Imagem de conceito e definição de conceito (TALL e 
VINNER,1981) 

A7 Linguagem e Pensamento variacional (CANTORAL et al., 
2003) 

A8 Conhecimentos conceituais (TURKER, 1981; 
VINNER,1989; TALL, 1991) 

A9 Investigações matemáticas (PONTE, BROCARDO e 
OLIVEIRA, 2006) 

Importância da visualização e do uso de software (COUY, 
2008) 

A13 Processo de genética, através do modelo do MWS 
(KUZNIAK e RICHARD, 2014) e as ferramentas semióticas 
descritas pelo pacote semiótico (ARZARELLO, 2006). 

A14 Cálculos de THOMPSON (1994, 2008) 

A15 Abordagem discreta (HANS-GEORG WEIGAND, 2016) 

A18 Pensamento matemático avançado (FAMT) (STEWART e 
THOMAS 2007; THOMAS e STEWART 2011): três 
mundos da matemática (TWM; TALL 2004a, 2004b, 2008, 
2013) e a Teoria APOS (DUBINSKY e MCDONALD 2001) 



60 
 

 
 

A19 Abordagem cognitiva (SFARD, 2008). 

A20 Modelo Interligado de Crescimento Profissional (IMPG) 
(CLARKE e HOLLINGSWORTH'S, 2002)  

A21 Zona de desenvolvimento proximal (ZDP) (VYGOTSKY, 
1978) 

Fonte: Elaborado pela autora 

 

Entre os trabalhos selecionados, o trabalho A11 constou da análise de livros 

didáticos e o A12, do desenvolvimento e aplicação de vídeos curtos como auxílio para 

as aulas de Cálculo, de modo que não apresentaram uma teoria base para o 

desenvolvimento de seus estudos. 

Em análise aos artigos, o exercício de tradução e leitura possibilitou a 

identificação de dois tipos de pesquisas - as teóricas e as empíricas - e algumas 

características comuns que permitiram o agrupamento dos artigos em categorias e 

subcategorias. Nesse quesito, ressalta-se que os critérios para identificação e seleção 

adotados neste trabalho podem ser diferenciados, uma vez que os critérios aqui 

estabelecidos levaram em consideração o objetivo da pesquisa e podem ser 

efetuados de outra maneira.  

No Quadro 4 estão descritas as categorias e subcategorias elaboradas pela 

autora. 

Quadro 4 - Distribuição dos artigos em categorias e subcategorias 

CATEGORIA SUBCATEGORIA/DESCRIÇÃO NÚMERO DE 

ARTIGOS 

B – Trabalhos de 

Natureza 

Empírica 

𝐵1 – Trabalhos que analisam e 

abordam a prática docente 

3 

𝐵2 – Trabalhos que utilizam teorias 

cognitivistas para análise das 

concepções apresentadas pelos 

alunos no processo de 

aprendizagem 

9 



61 
 

 
 

𝐵3 – Trabalhos que utilizam 

tecnologias como recurso 

educacional 

5 

C – Trabalhos de 

Natureza Teórica 

Trabalhos que apresentam 

abordagens diferenciadas para o 

ensino de Derivadas 

4 

Total _______ 21 

Fonte: Elaborado pela autora 

 

No agrupamento efetuado, a primeira categoria - categoria B - é constituída por 

trabalhos que apresentaram algum tipo de investigação empírica, ou seja, trabalhos 

que apresentam alguma experiência de ensino realizada com alunos e /ou 

professores.  Essa categoria está subdividida em três subcategorias. Cabe destacar 

que a pesquisa empírica provém de uma prática, de um experimento ou observação 

para a coleta de dados, e serve para ancorar e comprovar, no plano da experiência, o 

que foi apresentado conceitualmente ou, em outros casos, a observação e 

experimentação empíricas fornecem dados para sistematizar uma teoria. Os trabalhos 

desta categoria estão agrupados nas subcategorias ;  e . 

Inicialmente, na subcategoria designada  , foram reunidos os trabalhos cujo 

objetivo foi o de analisar e considerar as práticas docentes relacionadas ao ensino de 

derivadas, podendo-se citar os trabalhos A4, A13 e A19. Em A4, a estratégia de ensino 

utilizada foi a construção de mapas conceituais por professores, referente aos 

seguintes conteúdos:  limites, o conceito de derivada desde a noção de reta tangente 

e da velocidade instantânea. Por meio desse trabalho realizou-se um comparativo 

com mapas conceituais baseados em livro texto, neste caso o livro de Stewart (2008), 

com a finalidade de ide