INVESTIGANDO A CONCEPÇÃO DE UM GRUPO DE PROFESSORES 

A RESPEITO DE METODOLOGIAS ATIVAS 

 

Maira Haefliger
1
 

Adriana Magedanz
2
 

 

Resumo: Este trabalho aponta uma investigação sobre a concepção de um grupo de professores da Educação 

Básica, que atuam em diferentes níveis de ensino no município de Colinas/RS, quando questionados a respeito 

de metodologias ativas em sala de aula. Com o objetivo de verificar a visão dos docentes de duas redes de ensino 

(municipal e estadual) do referido município, que desenvolvem estratégias pedagógicas próprias em sala de aula, 

pretende-se identificar os métodos mais utilizados, bem como inter-relacionar estes com metodologias ativas e 

analisar as possíveis vertentes à Educação Profissional. As metodologias ativas são ferramentas que possibilitam 

ao aluno ser o agente principal de seu aprendizado, tendo o professor como um orientador e parceiro na 
construção dos saberes. O docente usa diversas estratégias, deixando a aula meramente expositiva de lado, para 

ingressar num mundo tecnológico, fazendo com que o estudante busque alcançar uma progressão mais efetiva 

em relação ao conhecimento. Os dados revelados na pesquisa, oriundos da análise de conteúdo das respostas de 

um questionário virtual semiaberto, mostram que os professores investigados conhecem algumas das 

metodologias apresentadas, bem como as utilizam em sala de aula. Projeto, trabalho em grupo e pesquisa 

científica foram as mais citadas e, no que se refere à educação profissional, a integração da teoria com a prática 

é, para a grande maioria dos respondentes, elemento fundamental na busca pela construção de um técnico mais 

qualificado para o mercado de trabalho. 

Palavras-chave: Metodologias Ativas. Docência. Educação Profissional. 

 

 

1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS 

 A atual sociedade vem sendo atropelada por informações e saberes que submetem a 

escola à desafiadoras tarefas, exigindo do professor aulas mais dinâmicas e que instiguem a 

curiosidade do educando rumo ao conhecimento. Portanto, partindo desta nova realidade, 

dentro do contexto do século XXI, necessita-se da formação de um profissional bem 

                                                
1 Licenciada em Pedagogia. Especialista em Pedagogia Gestora. Especialista em Supervisão Escolar. Especialista 

em Psicopedagogia. Acadêmica do Curso de Pós-graduação em Docência na Educação Profissional. 

Universidade do Vale do Taquari – UNIVATES. Professora e Pedagoga. 

2 Orientadora. Licenciada em Ciências e Matemática. Especialista em Ensino de Matemática. Mestre em Ensino 

de Ciências Exatas. Doutoranda em Ensino. Universidade do Vale do Taquari – UNIVATES. Professora. 



estruturado técnica, política e pedagogicamente, e que desempenhe papel de mediador no 

processo de ensino-aprendizagem, levando o aluno em direção à construção de seus saberes, 

através de pontes entre a teoria e a prática, socializando o saber e as vivências no grupo. 

 Nesse sentido, o professor necessita se atualizar, procurar inovar, trocar ideias com 

outros colegas, para que venha a somar ao fazer pedagógico e ao crescimento profissional, 

pois além de ser um investigador, ainda deveria fazer uso de criticidade e criatividade, 

motivando seus alunos para que, de fato, ocorresse a aprendizagem. Para tal, o docente pode 

fazer uso de diversas ferramentas metodológicas, dentre elas, utilizar as metodologias ativas 

de ensino em sala de aula, proporcionando, assim, um ambiente eficaz e estimulante para o 

aprendizado. 

 Considerando essas premissas, o objetivo geral desta pesquisa é realizar um apanhado 

sobre a concepção que um grupo de professores, de ensino fundamental de uma escola 

municipal e de ensino médio de uma escola estadual, possuem a respeito de metodologias 

ativas. Vale ressaltar que a pesquisa se restringe ao município de Colinas/RS, localizado no 

Vale do Taquari. 

 Especificamente, o trabalho também visa identificar os métodos mais utilizados por 

este grupo de docentes em sala de aula, bem como inter-relacionar estes com metodologias 

ativas e analisar as possíveis vertentes à Educação Profissional. 

 Para Silva (2013), com o uso das metodologias ativas estimula-se a autonomia 

intelectual do discente, em que o professor planeja atividades que desenvolvam habilidades, 

tais como, analisar, discutir, comparar, classificar e assim por diante. Afirma que, para isso 

ocorrer, em primeiro lugar, deve haver mudança de inovação na postura do professor. A 

metamorfose tem início quando o educador se auto descobre, explora a si mesmo, questiona 

os paradigmas a sua volta, desenvolve maturidade e consciência. De acordo com Cury (2006), 

o homem que não se repensa, não se questiona e não se renova, abandona a si mesmo, porque 

está mais preocupado com aspectos exteriores. Assim, é de suma importância, em primeiro 

lugar, a valorização pelo próprio profissional de seu eu interior para, em seguida, 

desempenhar sua função de modo inovador. 

 Neste sentido, o estudo sobre as metodologias ativas na educação pode auxiliar o 

docente a repensar seu papel, suas prioridades como profissional, bem como suas ações em 

prol do sucesso da aprendizagem de seus alunos. 

 Para atingir os objetivos propostos, esta escrita contempla os seguintes itens: 

referencial teórico sobre metodologias ativas e análise de conteúdo; definição da metodologia 

de pesquisa; contextualização do estudo de caso; apresentação e discussão dos resultados 



obtidos com a investigação proposta; considerações finais imbricando o trabalho. 

 

2 METODOLOGIAS ATIVAS: um pouco de teoria 

 No atual contexto, com a advinda cada vez maior da tecnologia, inclusive na área 

educacional, percebe-se que a metodologia tradicional perde sentido frente às inúmeras 

inovações tecnológicas que perpassam o conhecimento.  

 De acordo com Moran (2015), escolas engajadas numa mudança curricular estão 

optando pela aprendizagem voltada a atividades desafiadoras e jogos, tanto individuais como 

em grupo. Salienta que “nas metodologias ativas de aprendizagem, o aprendizado se dá a 

partir de problemas e situações reais; os mesmos que os alunos vivenciarão depois na vida 

profissional, de forma antecipada, durante o curso” (MORAN, 2015, p. 19). 

 Nesse sentido, as metodologias ativas levam o aluno a uma motivação autônoma em 

que, através da curiosidade instigada e perante a problematização de situações, busca 

maneiras criativas para alcançar as respostas. Com isso, o discente pode trazer novos 

elementos à tona e se perceber uma valorização por parte do professor, se sentirá ainda mais 

motivado e comprometido com os estudos. 

 Além disso, através das metodologias ativas, o professor desempenha o papel de um 

facilitador, o qual irá orientar o educando durante seus estudos, oferecendo meios para 

analisar as situações-problemas e, em seguida, solucioná-las. Portanto, o objetivo das 

metodologias ativas não é fazer com que os alunos disputam entre si e também não possui 

relação com as notas, mas com o desenvolvimento da aprendizagem destes que, futuramente, 

encaminham-se em direção à escolha de alguma profissão, sabendo analisar, refletir e buscar 

soluções para os problemas (MORAN, 2015). 

 Desta forma, é de suma importância uma relação positiva e motivacional entre 

professor e aluno, pois nem sempre o estudante apresentará interesse, exigindo um esforço 

maior por parte do professor para que estimule e cative este educando, através de diversas 

alternativas, que provoquem a curiosidade e desenvolvam as suas diferentes habilidades. 

 O professor deve estar atento para tirar o máximo de proveito das metodologias ativas, 

oferecendo, assim, aulas mais atrativas e menos maçantes, pois passarão de expositivas para 

dinâmicas. Sendo assim, o próprio educador necessita passar por um processo de mudanças e 

repensar a construção de seu papel e do conhecimento. 

 Alarcão (2003) acredita que o profissional da educação possa ser uma pessoa 

reflexiva, não só individual, mas coletivamente, pois o aprender deve ser contínuo e essencial, 

concentrando-se na pessoa do educador e na escola como lugar de crescimento profissional.  



 Para Masetto (2007, p. 17-18), 

Várias técnicas podem colaborar para facilitar a aprendizagem quando integram a 

teoria com a prática, em uma linha de exemplificar ou demonstrar os princípios ou 
em um caminho inverso de pesquisar informações e resolver problemas a partir de 

situações concretas. 

 O mesmo autor se refere à metodologia como o “conjunto de todos os meios e 

recursos que o professor pode utilizar em aula para facilitar a aprendizagem dos alunos” 

(MASETTO, 2003, p. 99). Também em relação ao método, é possível exemplificar. 

Uma atividade que se realiza obedecendo a determinadas regras metodológicas 

visando alcançar algum objetivo de aprendizagem, como, exemplo, painel integrado, 

Grupo de Observação e Grupo de Verbalização (GOGV), aula expositiva, grupos de 

oposição e outras (MASETTO, 2003, p. 99). 

 Em consonância, o autor denomina o professor como um “motivador de 

aprendizagem”, sendo um elo de ligação entre o aprendiz e sua aprendizagem, trabalhando 

juntos para alcançarem os mesmos objetivos. 

 Cabe ressaltar que o professor deveria ser um investigador porque precisaria estar 

comprometido com um conhecimento de técnicas pedagógicas, fazendo experimentos, 

inovando e criando, levando ao aluno uma aprendizagem significativa, ou melhor, uma 

aprendizagem que lhe dê capacidade autônoma para os enfrentamentos da vida. Também, ser 

professor envolve conhecer as competências que os alunos já dominam a fim de problematizá-

las e confrontá-las com situações em que estas se mostrem insuficientes. Fazer com que sejam 

situações significativas, surpreendentes e estimulantes para os alunos, a ponto de motivá-los 

em busca de um esforço que a construção de uma competência mais elevada sempre exige. 

[...] um estudante será levado a construir competências de alto nível somente com 

problemas numerosos, complexos, realistas, que mobilizem diversos tipos de 

recursos cognitivos (PERRENOUD, 1999, p. 57). 

 Portanto, para desenvolver as competências necessárias ao longo do processo de 

ensino-aprendizagem, parece ser consenso, é preciso dar oportunidades para que os alunos 

criem estratégias, executem projetos em que a aprendizagem destes se efetive a partir de 

situações-problema inseridas em práticas sociais, nas quais os participantes estejam 

envolvidos e interessados. 

 É dar sentido à vida, fazendo o outro acreditar na sua própria capacidade, isto é, 

incentivá-lo e, por isso, perante os desafios, torna-se tão importante a reflexão sobre sua 

prática como docente, dialogando sempre com os colegas, a fim de encontrar novos caminhos, 

principalmente nas metodologias ativas. 

 Berbel (2011), nos seus estudos sobre a promoção da autonomia de estudantes, traz 

alguns tipos de metodologias ativas, tais como: estudo de caso, projetos, pesquisa científica, 



aprendizagem baseada em problemas (PBL), problematização com o arco de Maguerez, 

mapas conceituais, Peer Instruction (instrução entre pares), GV/GO (Grupo de Verbalização / 

Grupo de Observação) e trabalho em grupo. Na sequência, de forma resumida, serão 

caracterizadas as metodologias ativas citadas, visando munir o leitor de conceitos importantes 

na compreensão futura desta escrita. 

 Segundo Berbel (2011), no estudo de caso o aluno parte de algum problema e procura 

analisá-lo, sendo que “o caso pode ser real, fictício ou adaptado da realidade” (ABREU; 

MASETTO, 1985, p. 69 apud BERBEL, 2011). Assim, o estudante utiliza conhecimentos pré-

concebidos para o estudo de caso e, posteriormente, conclui algo relacionado ao assunto em 

questão. 

 O estudo por meio de projetos é outra metodologia muito utilizada desde a Educação 

Básica. Ele caracteriza-se por, após delimitar um tema, que pode ou não partir do contexto 

que circunda os envolvidos, trabalhar determinado assunto de forma interdisciplinar. 

Geralmente, o conteúdo abordado vai de encontro com a resolução de problemas e a aplicação 

na vida dos educandos.  

 Ainda em relação aos projetos, Berbel (2011) traz o conceito de Bordenave e Pereira 

(1982), afirmando que estes passam por quatro fases distintas, sendo elas: a primeira é a 

intenção, em que se quer resolver um problema concreto; a segunda é a preparação, em que se 

buscam alternativas para a solução; a terceira é a execução, em que se aplicam os meios de 

trabalho escolhidos; a quarta e última é a apreciação, em que se faz a avaliação do trabalho 

realizado. 

 Mais uma possibilidade dentre as metodologias é a pesquisa científica, a qual é muito 

utilizada por alunos já na Graduação e Pós-graduação, quando se apropriam de ações 

investigativas na elaboração de Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC), ou enquanto 

bolsistas de projetos de pesquisa junto aos professores pesquisadores, cuja cientificidade das 

investigações é respaldada pela academia. Dessa forma, segundo Berbel (2011), o estudante 

possui a oportunidade de transcender seu senso comum ao incorporar novos conhecimentos, 

possibilitando que o mesmo desenvolva habilidades de observação, análise, argumentação, 

entre outros.  

 A Aprendizagem Baseada em Problemas (ou, simplesmente, PBL – Problem Based 

Learning) é um tipo de metodologia que “diferencia-se das demais antes apontadas por 

constituir-se como o eixo principal do aprendizado técnico-científico numa proposta 

curricular” (BERBEL, 2011, p. 32). Nela, a autora faz menção a Sakai e Lima (1996), que 

acreditam que a partir da proposição de um problema, procura-se a sua resolução a fim de que 



o aluno, paralelamente, adquira determinados conhecimentos, isto é, o aluno desempenha 

papel ativo na sua aprendizagem. 

 Outra metodologia citada por Berbel (2011) tem relação com a problematização a 

partir do arco de Maguerez, na qual “os alunos é que problematizam a parcela da realidade 

associada ao foco do estudo, selecionam um dos problemas para estudar e buscam uma 

resposta ou uma solução para ele” (BERBEL, 2011, p. 33). Neste caso, a autora considera o 

papel do professor o de estimulador da aprendizagem, direcionando o educando rumo a busca 

de soluções para problemas de seu cotidiano. Ressalta que o aluno aprende, pois é agente 

participativo do processo, em que a relação de teoria e prática é uma constante envolvida pela 

dinâmica de ação-reflexão-ação. O arco de Maguerez apresenta cinco etapas, são elas: 

observação da realidade e definição de um problema, pontos-chave, teorização, hipóteses de 

solução e aplicação à realidade (BORDENAVE; PEREIRA, 1982, apud BERBEL, 2011). 

 Ainda buscando identificar diferentes metodologias ativas, chegamos aos mapas 

conceituais, que “são estratégias para a organização do conhecimento, a partir da relação entre 

conceitos, por meio de conectivos de ligação” (NOVAK; CANAS, 2010, p. 238, apud 

GEWEHR et al., 2017). Os autores explicam que os conceitos ou palavras-chave podem 

aparecer dentro de caixas de texto ou círculos, numa estrutura gráfica, podendo ainda estarem 

relacionados entre si através de linhas, que unem as respectivas caixas ou círculos. Desta 

maneira, o mapa conceitual pode resumir os principais conteúdos de um texto, tornando a 

aprendizagem significativa, quando o sujeito associa novos conceitos aos que já possuía.  

 Quanto ao Peer Instruction, ou instrução entre pares, de acordo com Gewehr et al. 

(2017), é uma metodologia ativa que permite aos participantes, após terem respondido 

individualmente, discutirem a questão, a fim de que juntos possam chegar à resposta correta. 

Revelam que o professor, inicialmente, disponibiliza material sobre o assunto, que deve ser 

discutido entre os alunos, havendo a socialização de diferentes opiniões. Assim, a aula deixa 

de ser meramente expositiva e passa a ser mais dinâmica, em que o foco deixa de ser no 

docente para recair em todos os discentes.  

 A modalidade GV/GO, também considerada uma metodologia ativa, é dividida em 

dois grupos. O Grupo de Verbalização (GV), ou seja, o grupo que fala, e o Grupo de 

Observação (GO), aquele que observa e escuta. Os grupos devem possuir conhecimentos 

prévios a respeito do conteúdo, sendo que se inicia a atividade formando um círculo interno 

(GV), em que os participantes debatem, e outro círculo externo (GO), com os ouvintes. Logo 

após, com período de tempo determinado pelo docente, inverte-se os grupos para que, os 

inicialmente integrantes do GO, possam fazer suas contribuições, assumindo assim a posição 



de GV, enquanto que o antigo GV agora apenas escuta, assumindo o posto de GO. Ao final da 

atividade, o professor faz o fechamento das discussões, de acordo com os comentários 

apresentados (ANASTASIOU; ALVES, 2012, apud GEWEHR et al., 2017).  

 Por fim, o trabalho em grupo, também categorizado como uma metodologia ativa, 

envolve vários indivíduos, possibilitando a socialização de conhecimentos e opiniões num 

processo ativo de aprendizagem. O grupo envolvido trabalha em torno de uma mesma meta, 

sendo que a comunicação e a interação são indissociáveis. Além disso, o trabalho em grupo 

vai muito além, desde a aceitação do outro como ser integrante até a consideração de suas 

ideias e opiniões. A interação dos participantes deve funcionar para que, de fato, ocorra um 

trabalho de equipe, em que todos se esforçam para atingir e concluir um objetivo em comum. 

“É neste contexto que o sujeito interage construindo-se socialmente e, ao mesmo tempo em 

que se constrói, participa ativamente da construção social” (WALLOON, 1968, p. 136, apud 

BORGES; ALENCAR, 2014).  

 Diante do exposto, constata-se o quão amplo podem ser os desafios que o profissional 

docente enfrenta, pois precisa se manter atualizado para despertar o interesse dos seus alunos 

sobre as novas metodologias de ensino, desenvolvendo, desta forma, práticas pedagógicas 

mais eficientes. É preciso estar aberto às novidades e procurar diferentes métodos de trabalho, 

pois o próprio avanço tecnológico exige uma mudança de paradigmas e posturas em relação 

ao processo de ensino-aprendizagem. 

 

3 ANÁLISE DE CONTEÚDO: metodologia de pesquisa 

 O estudo sugerido por este trabalho de pesquisa, de natureza quanti e qualitativa, está 

embasado na análise de conteúdo das respostas de um questionário virtual semiaberto, tendo 

como referência crítica o contexto de um grupo de professores, do Ensino Fundamental de 

uma Escola Municipal e do Ensino Médio de uma Escola Estadual, localizado no município 

de Colinas/RS. 

 A produção de dados ocorreu através da utilização de procedimentos metodológicos, 

dentre os quais: pesquisa bibliográfica, necessária para a revisão de literatura sobre a temática 

abordada na pesquisa; questionário, composto por uma questão de múltipla escolha e duas 

questões subjetivas, direcionadas aos professores, sujeitos da investigação. 

 Esta pesquisa, cujos objetivos foram pré-estabelecidos, é de teor quantitativo, no que 

se refere a interpretação a ser dada para uma das questões do questionário. No entanto, 

também é qualitativa, por incluir análise de conteúdo das respostas descritivas. Nesse caso, é 

possível que aconteçam diversas interpretações diferentes, de acordo com cada entendimento 



subjetivo, pois o contexto cultural, inevitavelmente, influencia no resultado das respostas dos 

entrevistados (OLABUENGA; ISPIZÚA, 1989, apud MORAES, 1999).  

 Neste sentido, Moraes (1999, p. 3) afirma que “cada vez mais, a compreensão do 

contexto evidencia-se como indispensável para entender o texto”. Então, não há dissociação 

entre texto e contexto, uma vez que os resultados obtidos sempre serão frutos daquilo que nos 

rodeia.  

 Já a análise de conteúdo, a ser adotada na interpretação dos dados, é categorizada de 

acordo com o receptor, isto é, a partir do entendimento do entrevistado. “A categorização é 

um procedimento de agrupar dados considerando a parte comum existente entre eles” 

(MORAES, 1999, p. 6). Conforme entendimento deste autor, os dados são classificados de 

acordo com a semelhança e critérios estabelecidos anteriormente. Ou ainda, “esses elementos 

unitários podem ser reunidos na formação de conjuntos mais complexos, as categorias” 

(MORAES, 2003, p. 191).  

 De forma resumida, a estrutura metodológica desta investigação buscou, inicialmente, 

fundamentação teórica em diversos autores, que abordam metodologias ativas. Em seguida, 

definida como a parte empírica do processo, foi-se a campo coletar informações específicas 

sobre o assunto, na visão de um determinado grupo de professores. Por fim, confrontou-se 

teoria e prática, verificando a compreensão dos entrevistados a respeito da temática central, 

bem como estendendo esta percepção à educação profissional. A inter-relação destas etapas 

permitiu vislumbrar alguns resultados, que, enquanto trabalho de pesquisa, remetem à 

algumas considerações importantes. 

 

4 CARACTERIZAÇÃO DO CONTEXTO: realidade da pesquisa 

 A temática central desta pesquisa, a qual trata sobre a concepção de professores 

municipais e estaduais do município de Colinas/RS a respeito de metodologias ativas, surgiu 

ao longo do mês de dezembro/2017. Para consolidar a investigação, foram escolhidos como 

sujeitos ativos do processo, um grupo de professores do Ensino Fundamental de uma Escola 

Municipal e do Ensino Médio de uma Escola Estadual, todos do município de Colinas, 

localizado no Vale do Taquari - RS. 

 Definida esta parte inicial, a coleta de dados foi realizada durante o mês de 

janeiro/2018, quando se organizou um questionário virtual semiaberto, que foi enviado por e-

mail aos entrevistados. Este questionário era composto por um total de três questões, sendo a 

primeira pergunta de cunho objetivo (múltipla escolha) e as demais subjetivas (respostas 

descritivas). Os sujeitos da investigação representariam quinze professores municipais e oito 



professores estaduais, totalizando vinte e três entrevistados. Mas, vale ressaltar que, destes, 

apenas catorze responderam a pesquisa. 

 As respostas foram reproduzidas exatamente de acordo com as entrevistas e 

identificadas de forma anônima: “Professor A”, “Professor B”, “Professor C” e assim 

sucessivamente, até o “Professor N”. O conteúdo desta coleta de informações embasou uma 

série de apontamentos, que serão apresentados na sequência. 

 

5 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS 

 Buscando não interferir nos resultados, a partir da coleta de dados, efetuou-se a 

categorização e posterior análise de conteúdo das respostas do questionário virtual 

disponibilizado aos respondentes. De forma geral, o objetivo era investigar o grau de 

conhecimento sobre metodologias ativas, quais os tipos mais abordados em sala de aula e, 

ainda, coletar sugestões relacionadas à educação profissional. 

 O teor da primeira questão abordou o conhecimento dos professores entrevistados 

acerca dos tipos de metodologias ativas. A redação da mesma ficou assim: Dentre as opções 

abaixo, marque qual (quais) das metodologias ativas citadas você conhece. Para isso, foi 

organizada uma lista contendo as seguintes opções: estudo de caso, projetos, pesquisa 

científica, PBL – Aprendizagem Baseada em Problemas, problematização com o arco de 

Maguerez, mapas conceituais, instrução entre pares, GV/GO (Grupo de verbalização / Grupo 

de observação) e trabalho em grupo. Além disso, foi incluída uma última alternativa 

indicando nenhum conhecimento a respeito das metodologias citadas. 

 De acordo com as respostas obtidas, constatou-se um empate técnico entre as opções 

projetos e trabalho em grupo. Os catorze entrevistados marcaram as duas opções, totalizando 

100% para cada uma destas possibilidades. Em segundo lugar, apareceu a pesquisa científica, 

com 92,9%, o que representa a opinião de treze docentes. Na sequência, o estudo de caso é 

apontado por doze pessoas, somando 85,7%. O Gráfico 1 traz o contexto relacionado à 

primeira questão, no qual é possível acompanhar, de forma mais detalhada, o resultado da 

pesquisa neste quesito. 

  



Gráfico 1 – Distribuição das metodologias ativas assinaladas na pesquisa 

 

Fonte: Dos autores (2018). 

Nesta primeira análise, é possível perceber que, no grupo de professores investigados, 

já existe algum conhecimento referente às metodologias ativas, uma vez que todos citaram 

uma ou mais entre as tipologias pesquisadas. Tal constatação vai ao encontro do que é 

retratado por Moran (2015), quando este aponta para uma adesão cada vez maior por parte das 

escolas às novas metodologias de ensino. 

 A segunda questão do questionário utilizado foi de natureza descritiva e se referiu 

ao(s) tipo(s) de metodologia(s) que o professor mais utiliza em sala de aula, tendo que 

especificar se atua com o ensino fundamental ou o ensino médio. A escrita desta indagação 

foi incluída da seguinte forma na ferramenta de coleta de dados: Descreva a sua metodologia 

de ensino, aquela que você mais utiliza em sala de aula (especificar se a descrição se refere 

ao ensino fundamental ou médio). Na resposta podem estar incluídos (ou não) exemplos de 

ações intrínsecas ao método. 

 A análise destas respostas seguiu um padrão de classificação, que foi efetuado de 

acordo com as proximidades temáticas, tomando por base a ideia de categorização. Neste 

sentido, foi representado um total de onze categorias, as quais podem ser visualizadas no 

Quadro 1. 

  

12

14

13

3

1

7

1

4

14

0

85,7

100,0

92,9

21,4

7,1

50,0

7,1

28,6

100,0

0,0

0 20 40 60 80 100 120

Estudo de Caso

Projetos

Pesquisa Científica

PBL - Aprendizagem

Problematização com o arco de Maguerez

Mapas Conceituais

Instrução entre pares ou Peer Instruction

GV/GO - grupo de verbalização - grupo de …

Trabalho em Grupo

Não conheço

Estudo 
de Caso

Projetos
Pesquisa 
Científica

PBL -
Aprendiz

agem

Problema
tização 
com o 

arco de 
Maguere

z

Mapas 
Conceitu

ais

Instrução 
entre 

pares ou 
Peer 

Instructi
on

GV/GO -
grupo de 
verbaliza

ção -
grupo de 
observaç

ão

Trabalho 
em 

Grupo

Não 
conheço

Percentual 85,7 100,0 92,9 21,4 7,1 50,0 7,1 28,6 100,0 0,0

Numero 12 14 13 3 1 7 1 4 14 0



Quadro 1– Categorização das metodologias utilizadas pelos professores entrevistados 

CATEGORIA 
Nº DE 

CITAÇÕES 

CARACTERÍSTICA 

VERIFICADA 

EXEMPLO (resposta ipsis litteris do 

questionário) 

Trabalho em 

grupo 
Duas 

Considerada não apenas a 

expressão “trabalho em 

grupo”, mas também a 

interpretação a partir da 

ideia de junção de alunos. 

Acredito que cada aluno agregue algo 

diferente e quem sai ganhando é o “todo” 

(Professor I). 

Pesquisa 
científica e 

trabalho em 

grupo 

Duas 
Estudo de um tema com a 

participação de um ou 

vários integrantes 

Na minha Escola desenvolvemos há 4 anos 
a Pesquisa Científica. É visível a evolução 

da aprendizagem nessa metodologia. A 

organização do grupo, a escolha do tema, 

a distribuição e compartilhamento de 

tarefas, a imersão na pesquisa e a 

divulgação dos resultados para a 

comunidade escolar se aperfeiçoam a cada 

ano. Uma nova forma de estudar, aprender 

e se organizar (Professor G). 

Outro Duas 
Metodologia Triangular da 

Ana Mae Barbosa 
Metodologia Triangular da Ana Mae 

Barbosa (Professor D). 

Projetos Uma 
Diversificar e detalhar os 

saberes. 

Uso frequentemente metodologia de 

projetos no ensino fundamental (Professor 

E). 

Problematização Uma Resolução de problemas. 

Como a minha matéria é matemática o que 
mais uso é a de exposição e discussão do 

assunto desenvolvido. Indução do 

raciocínio lógico e o seu algoritmo para 

resolução do problema, buscando sempre a 

aplicação prática de cada caso (Ensino 

Fundamental) (Professor A). 

Mapas 
conceituais 

Uma 

Meio facilitador de 
sistematizar as normativas 

do conteúdo a partir de 

palavras-chave. 

Gosto de trabalhar com mapas conceituais. 
No final dos capítulos que estudo com o 

aluno [...] faço mapas conceituais [...] eles 

conseguem entender melhor (Professor F). 

Problematização 

e trabalho em 

grupo 

Uma 
Aprendizagem baseada em 

problemas com a 

orientação do professor. 

Muitas vezes ainda trabalho com 
aprendizagem baseada em problemas 

mesmo sabendo que é uma metodologia 

bastante tradicional. Todavia também 

busco mesclar com trabalhos em grupo 

buscando maior autonomia e 

independência dos alunos, neste caso sendo 
observadora e orientadora do trabalho 

(Professor L). 

Trabalho em 

grupo e projetos 
Uma 

Estudo e detalhamento de 
um tema com a 

participação de um ou 

vários integrantes. 

A metodologia utilizada no ensino 
fundamental é o trabalho em grupo e o 

trabalho com projetos [...] nessas duas 

metodologias os alunos estreitam os 



saberes que julgam importantes 

relacionado-os ao tema propulsor do 

trabalho (Professor M). 

Projetos, trabalho 

em grupo e 

pesquisa 

científica 

Uma 

Estudo de um tema para 

diversificar e detalhar os 

saberes com a participação 

de um ou vários 

integrantes. 

Projetos, trabalho em grupos, pesquisas 

(Professor K). 

Pesquisa 
científica, 

projetos e mapas 

conceituais 

Uma 

Buscar o conhecimento 
através de leituras, 

diversificando os saberes 

com a utilização de 

palavras-chave. 

A nível médio, uso à pesquisa científica nos 
projetos e os mapas conceituais como um 

meio facilitador de sistematizar as 

normativas do conteúdo (Professor N). 

Projetos, pesquisa 
científica, estudo 

de caso e trabalho 

em grupo 

Uma 

Estudo de um tema para 
diversificar e detalhar os 

saberes com a participação 

de um ou vários 

integrantes. 

No ensino médio utiliza-se projetos, 
pesquisa científica, estudo de caso e 

trabalho em grupo (Professor J). 

Fonte: Dos autores (2018). 

 Algumas metodologias, como GV/GO, instrução entre pares e problematização com o 

arco de Maguerez, não foram mencionadas pelos entrevistados. No entanto, houve duas 

citações de uma metodologia desconhecida e não inclusa no estudo – “Metodologia 

Triangular da Ana Mae Barbosa” (PROFESSOR C; PROFESSOR D). Este método “interliga 

o fazer artístico, a história da arte e a análise da obra de arte” (CAVALHEIRO; 

FERNANDES, 2016, p. 68). Ainda sobre o Quadro 1, é possível perceber que muitos dos 

entrevistados optaram em citar mais de uma metodologia o que, de certa forma, é um 

indicativo do variado potencial à disposição do professor, que não se limita a uma única 

estratégia de ensino em sala de aula. É presumível até, em alguns casos, que utilizem 

métodos, sem possuir noção da terminologia. Sendo assim, pressupõe-se que a pesquisa fez 

com que os entrevistados refletissem sobre sua prática pedagógica diária corroborando com 

Alarcão (2003), que sustenta a permanente reflexão do professor sobre seu exercício 

profissional, além de reforçar o que diz Masetto (2003) sobre adotar métodos diversificados, a 

fim de dinamizar as aulas para que ocorra de fato a aprendizagem do aluno. 

 Na terceira e última pergunta, o professor, mesmo que leigo no assunto “educação 

profissional”, emitiu sua opinião a respeito de qual(is) metodologia(s) considera relevante 

utilizar em sala de aula, especificamente em se tratando de ensino médio em nível técnico 

profissionalizante. Julgou-se pertinente envolver este tema na pesquisa, uma vez que o Plano 

Nacional de Educação (PNE) enfatiza o desenvolvimento da educação profissional no nosso 

País: “[...] expandir a oferta gratuita de educação profissional técnica” (BRASIL, 2014, p. 34). 



  Neste caso, a pergunta norteadora foi: Especificamente sobre o ensino médio em nível 

técnico profissionalizante, na sua opinião (enquanto professor, mesmo que leigo no assunto 

"educação profissional"), qual(is) a(s) metodologia(s) de ensino que deveriam ser utilizadas 

em sala de aula? 

 Mais uma vez, para facilitar o entendimento e a organização das ideias captadas, fez-

se uso da categorização. Neste item, quatro categorias foram destacadas, as quais podem ser 

conferidas no Quadro 2. 

Quadro 2 – Categorização das metodologias voltadas para a educação profissional na visão 

dos entrevistados 

CATEGORIA 
Nº DE 

CITAÇÕES 

CARACTERÍSTICA 

VERIFICADA 

EXEMPLO (resposta ipsis litteris do 

questionário) 

Teoria e prática Oito 

Buscar o conhecimento e, 
posteriormente, 

sistematizar os saberes 

adquiridos. 

Acredito que "Estudos de caso" e "trabalhos 
em grupo" uma vez que o objetivo é a 

"prática", "aprender a fazer / fazendo" 

(Professor L). 

Trabalho 

coletivo 
Três 

É a soma do desempenho 
de uma equipe em prol de 

um mesmo objetivo. 

Julgo importante desenvolver no alunado o 

trabalho coletivo. Dentro desse processo 
aparentemente simples, o aluno desenvolve a 

capacidade de posicionar-se criticamente no 

grupo, aprende a considerar as opiniões dos 

integrantes da pesquisa, cria estratégias que 

considera importante não apenas para ele e 

sim para a equipe que compõem o grupo, 

permite nesse contexto cada integrante expor 

suas habilidades de maneira a tornar a equipe 

forte e conseguir desenvolver um trabalho 

pertinente ao tema gerador. O mundo do 

trabalho não se faz mais sozinho, você deve 
aprender a trabalhar na coletividade, 

considerar seu colega como personagem 

importante na construção do conhecimento 

(Professor M). 

Trabalho 

coletivo; 

Teoria e prática 

Duas 

É a soma do desempenho 

de uma equipe na busca 

pelo conhecimento com 

sistematização posterior 

dos saberes adquiridos. 

Estudo de caso, pesquisa científica e trabalho 

em grupo (Professor J). 

Teoria Uma 
Conhecimento 

proveniente de leituras e 

pesquisas. 

Acredito na Pesquisa Científica (Professor G). 

Fonte: Dos autores (2018). 

 Notou-se, de forma geral, um apontamento recorrente dos entrevistados. Uma ideia 

implícita do aluno internalizar os conteúdos a partir da sistematização destes na prática. O 

desafio docente não é somente fazer com que o estudante saiba o assunto, mas que 



compreenda a sua finalidade, preparando, assim, profissionais melhor capacitados para o 

mercado de trabalho. Isto vai de encontro com que Moran (2015) e Masetto (2007) 

preconizam quando falam sobre defrontar o aluno com atividades desafiadoras desde cedo, 

com a aplicação de problemas interligando teoria e prática, para que saibam desvendar tarefas 

desafiadoras numa futura profissão. Além disso, verificou-se também que o trabalho coletivo 

foi, consideravelmente, lembrado pelos entrevistados, um aspecto presente no espírito de 

equipe difundido nas empresas. 

 Uma vez sistematizadas, expostas e analisadas as respostas presentes no questionário, 

que serviu de ferramenta para a coleta de dados desta pesquisa, na parte final, buscar-se-á 

imbricar o conjunto da obra. 

 

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS 

 Devido a uma série de fatores, dentre transições políticas, econômicas e sociais, 

percebe-se uma nítida, talvez lenta, necessidade de substituição da metodologia pedagógica 

tradicional por conceitos inovadores, que levam a uma ampla e essencial quebra de 

paradigmas, em consonância com o novo cenário educacional, cada vez mais dominado por 

meios tecnológicos e científicos. O aprender deixa o tradicionalismo de lado e não segue mais 

uma linearidade, afetando o ser humano em dois sentidos: primeiro, como sujeito aprendente 

ativo; segundo, provocando transformações no ambiente escolar. A construção dos saberes e o 

crescimento pessoal/profissional passam a extrapolar fronteiras.  

 Esta investigação possibilitou perceber que todos os professores, do grupo de 

respondentes da parte empírica da pesquisa, conhecem de forma positiva alguma(s) das 

metodologias apresentadas, fazendo uso destas, inclusive, em sala de aula. Além disso, 

mesmo não possuindo conhecimento específico em relação à educação profissional, os 

entrevistados consideram importante a inserção das metodologias ativas neste nível de ensino, 

mostrando uma preocupação latente para que, de fato, o aluno consiga aprender não só pela 

teoria, mas com aplicação prática do conteúdo internalizado. 

 As possibilidades que conduzem ao conhecimento se multiplicam em larga escala com 

a introdução das novas metodologias ativas de ensino, buscando contribuir com meios mais 

eficazes na construção e sistematização dos saberes. Estas metodologias são de cunho 

inovador, pois o aluno passa de ser ouvinte e passivo a sujeito empreendedor, que 

experimenta, pesquisa e vai em busca de mais informações (MORAN, 2015).  

 Ao abortar o formato da metodologia tradicional, o professor passa a desempenhar o 

papel de orientador. Assim, o discente não recebe mais tudo pronto e o docente precisa saber 



contornar situações de um planejamento não previsível. 

 Algumas das características enfocadas nesta escrita ficam evidenciadas na passagem 

de um dos entrevistados: 

Nas minhas aulas gosto muito de envolver os alunos, fazendo com que participem de 

maneira ativa e interessada. As metodologias que mais utilizo é o trabalho em grupo 

juntamente com a pesquisa cientifica, desenvolvendo assim, várias habilidades 

como: expressão corporal e escrita, senso crítico, opinião própria, pesquisa entre 

outras (PROFESSOR H). 

 Vale reforçar também que a sala de aula pode reservar momentos para aprofundar o 

conteúdo, enquanto que outros momentos de aprendizagem são negociáveis entre professor e 

aluno, conforme as estratégias presentes.  

 Para Moran (2015), o currículo baseado em problemas, projetos, trabalho em grupo, 

pesquisa científica, entre outros, viabiliza de uma melhor forma o entendimento do conteúdo 

estudado por parte do aluno. O assunto em questão, para que tenha sentido, deve ter ligação 

com os conhecimentos prévios do estudante, para que possa relacioná-lo com suas vivências. 

 Por fim, inovar em sala de aula, inserindo metodologias ativas de ensino, pode ser 

forte aliado no trabalho docente. Mas, para isso, a mudança deve ocorrer, tanto na pessoa do 

professor como na escola, já que ambos são interdependentes na busca por resultados 

pedagógicos positivos. 

 

REFERÊNCIAS 

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