INVESTIGANDO A CONCEPÇÃO DE UM GRUPO DE PROFESSORES A RESPEITO DE METODOLOGIAS ATIVAS Maira Haefliger 1 Adriana Magedanz 2 Resumo: Este trabalho aponta uma investigação sobre a concepção de um grupo de professores da Educação Básica, que atuam em diferentes níveis de ensino no município de Colinas/RS, quando questionados a respeito de metodologias ativas em sala de aula. Com o objetivo de verificar a visão dos docentes de duas redes de ensino (municipal e estadual) do referido município, que desenvolvem estratégias pedagógicas próprias em sala de aula, pretende-se identificar os métodos mais utilizados, bem como inter-relacionar estes com metodologias ativas e analisar as possíveis vertentes à Educação Profissional. As metodologias ativas são ferramentas que possibilitam ao aluno ser o agente principal de seu aprendizado, tendo o professor como um orientador e parceiro na construção dos saberes. O docente usa diversas estratégias, deixando a aula meramente expositiva de lado, para ingressar num mundo tecnológico, fazendo com que o estudante busque alcançar uma progressão mais efetiva em relação ao conhecimento. Os dados revelados na pesquisa, oriundos da análise de conteúdo das respostas de um questionário virtual semiaberto, mostram que os professores investigados conhecem algumas das metodologias apresentadas, bem como as utilizam em sala de aula. Projeto, trabalho em grupo e pesquisa científica foram as mais citadas e, no que se refere à educação profissional, a integração da teoria com a prática é, para a grande maioria dos respondentes, elemento fundamental na busca pela construção de um técnico mais qualificado para o mercado de trabalho. Palavras-chave: Metodologias Ativas. Docência. Educação Profissional. 1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS A atual sociedade vem sendo atropelada por informações e saberes que submetem a escola à desafiadoras tarefas, exigindo do professor aulas mais dinâmicas e que instiguem a curiosidade do educando rumo ao conhecimento. Portanto, partindo desta nova realidade, dentro do contexto do século XXI, necessita-se da formação de um profissional bem 1 Licenciada em Pedagogia. Especialista em Pedagogia Gestora. Especialista em Supervisão Escolar. Especialista em Psicopedagogia. Acadêmica do Curso de Pós-graduação em Docência na Educação Profissional. Universidade do Vale do Taquari – UNIVATES. Professora e Pedagoga. 2 Orientadora. Licenciada em Ciências e Matemática. Especialista em Ensino de Matemática. Mestre em Ensino de Ciências Exatas. Doutoranda em Ensino. Universidade do Vale do Taquari – UNIVATES. Professora. estruturado técnica, política e pedagogicamente, e que desempenhe papel de mediador no processo de ensino-aprendizagem, levando o aluno em direção à construção de seus saberes, através de pontes entre a teoria e a prática, socializando o saber e as vivências no grupo. Nesse sentido, o professor necessita se atualizar, procurar inovar, trocar ideias com outros colegas, para que venha a somar ao fazer pedagógico e ao crescimento profissional, pois além de ser um investigador, ainda deveria fazer uso de criticidade e criatividade, motivando seus alunos para que, de fato, ocorresse a aprendizagem. Para tal, o docente pode fazer uso de diversas ferramentas metodológicas, dentre elas, utilizar as metodologias ativas de ensino em sala de aula, proporcionando, assim, um ambiente eficaz e estimulante para o aprendizado. Considerando essas premissas, o objetivo geral desta pesquisa é realizar um apanhado sobre a concepção que um grupo de professores, de ensino fundamental de uma escola municipal e de ensino médio de uma escola estadual, possuem a respeito de metodologias ativas. Vale ressaltar que a pesquisa se restringe ao município de Colinas/RS, localizado no Vale do Taquari. Especificamente, o trabalho também visa identificar os métodos mais utilizados por este grupo de docentes em sala de aula, bem como inter-relacionar estes com metodologias ativas e analisar as possíveis vertentes à Educação Profissional. Para Silva (2013), com o uso das metodologias ativas estimula-se a autonomia intelectual do discente, em que o professor planeja atividades que desenvolvam habilidades, tais como, analisar, discutir, comparar, classificar e assim por diante. Afirma que, para isso ocorrer, em primeiro lugar, deve haver mudança de inovação na postura do professor. A metamorfose tem início quando o educador se auto descobre, explora a si mesmo, questiona os paradigmas a sua volta, desenvolve maturidade e consciência. De acordo com Cury (2006), o homem que não se repensa, não se questiona e não se renova, abandona a si mesmo, porque está mais preocupado com aspectos exteriores. Assim, é de suma importância, em primeiro lugar, a valorização pelo próprio profissional de seu eu interior para, em seguida, desempenhar sua função de modo inovador. Neste sentido, o estudo sobre as metodologias ativas na educação pode auxiliar o docente a repensar seu papel, suas prioridades como profissional, bem como suas ações em prol do sucesso da aprendizagem de seus alunos. Para atingir os objetivos propostos, esta escrita contempla os seguintes itens: referencial teórico sobre metodologias ativas e análise de conteúdo; definição da metodologia de pesquisa; contextualização do estudo de caso; apresentação e discussão dos resultados obtidos com a investigação proposta; considerações finais imbricando o trabalho. 2 METODOLOGIAS ATIVAS: um pouco de teoria No atual contexto, com a advinda cada vez maior da tecnologia, inclusive na área educacional, percebe-se que a metodologia tradicional perde sentido frente às inúmeras inovações tecnológicas que perpassam o conhecimento. De acordo com Moran (2015), escolas engajadas numa mudança curricular estão optando pela aprendizagem voltada a atividades desafiadoras e jogos, tanto individuais como em grupo. Salienta que “nas metodologias ativas de aprendizagem, o aprendizado se dá a partir de problemas e situações reais; os mesmos que os alunos vivenciarão depois na vida profissional, de forma antecipada, durante o curso” (MORAN, 2015, p. 19). Nesse sentido, as metodologias ativas levam o aluno a uma motivação autônoma em que, através da curiosidade instigada e perante a problematização de situações, busca maneiras criativas para alcançar as respostas. Com isso, o discente pode trazer novos elementos à tona e se perceber uma valorização por parte do professor, se sentirá ainda mais motivado e comprometido com os estudos. Além disso, através das metodologias ativas, o professor desempenha o papel de um facilitador, o qual irá orientar o educando durante seus estudos, oferecendo meios para analisar as situações-problemas e, em seguida, solucioná-las. Portanto, o objetivo das metodologias ativas não é fazer com que os alunos disputam entre si e também não possui relação com as notas, mas com o desenvolvimento da aprendizagem destes que, futuramente, encaminham-se em direção à escolha de alguma profissão, sabendo analisar, refletir e buscar soluções para os problemas (MORAN, 2015). Desta forma, é de suma importância uma relação positiva e motivacional entre professor e aluno, pois nem sempre o estudante apresentará interesse, exigindo um esforço maior por parte do professor para que estimule e cative este educando, através de diversas alternativas, que provoquem a curiosidade e desenvolvam as suas diferentes habilidades. O professor deve estar atento para tirar o máximo de proveito das metodologias ativas, oferecendo, assim, aulas mais atrativas e menos maçantes, pois passarão de expositivas para dinâmicas. Sendo assim, o próprio educador necessita passar por um processo de mudanças e repensar a construção de seu papel e do conhecimento. Alarcão (2003) acredita que o profissional da educação possa ser uma pessoa reflexiva, não só individual, mas coletivamente, pois o aprender deve ser contínuo e essencial, concentrando-se na pessoa do educador e na escola como lugar de crescimento profissional. Para Masetto (2007, p. 17-18), Várias técnicas podem colaborar para facilitar a aprendizagem quando integram a teoria com a prática, em uma linha de exemplificar ou demonstrar os princípios ou em um caminho inverso de pesquisar informações e resolver problemas a partir de situações concretas. O mesmo autor se refere à metodologia como o “conjunto de todos os meios e recursos que o professor pode utilizar em aula para facilitar a aprendizagem dos alunos” (MASETTO, 2003, p. 99). Também em relação ao método, é possível exemplificar. Uma atividade que se realiza obedecendo a determinadas regras metodológicas visando alcançar algum objetivo de aprendizagem, como, exemplo, painel integrado, Grupo de Observação e Grupo de Verbalização (GOGV), aula expositiva, grupos de oposição e outras (MASETTO, 2003, p. 99). Em consonância, o autor denomina o professor como um “motivador de aprendizagem”, sendo um elo de ligação entre o aprendiz e sua aprendizagem, trabalhando juntos para alcançarem os mesmos objetivos. Cabe ressaltar que o professor deveria ser um investigador porque precisaria estar comprometido com um conhecimento de técnicas pedagógicas, fazendo experimentos, inovando e criando, levando ao aluno uma aprendizagem significativa, ou melhor, uma aprendizagem que lhe dê capacidade autônoma para os enfrentamentos da vida. Também, ser professor envolve conhecer as competências que os alunos já dominam a fim de problematizá- las e confrontá-las com situações em que estas se mostrem insuficientes. Fazer com que sejam situações significativas, surpreendentes e estimulantes para os alunos, a ponto de motivá-los em busca de um esforço que a construção de uma competência mais elevada sempre exige. [...] um estudante será levado a construir competências de alto nível somente com problemas numerosos, complexos, realistas, que mobilizem diversos tipos de recursos cognitivos (PERRENOUD, 1999, p. 57). Portanto, para desenvolver as competências necessárias ao longo do processo de ensino-aprendizagem, parece ser consenso, é preciso dar oportunidades para que os alunos criem estratégias, executem projetos em que a aprendizagem destes se efetive a partir de situações-problema inseridas em práticas sociais, nas quais os participantes estejam envolvidos e interessados. É dar sentido à vida, fazendo o outro acreditar na sua própria capacidade, isto é, incentivá-lo e, por isso, perante os desafios, torna-se tão importante a reflexão sobre sua prática como docente, dialogando sempre com os colegas, a fim de encontrar novos caminhos, principalmente nas metodologias ativas. Berbel (2011), nos seus estudos sobre a promoção da autonomia de estudantes, traz alguns tipos de metodologias ativas, tais como: estudo de caso, projetos, pesquisa científica, aprendizagem baseada em problemas (PBL), problematização com o arco de Maguerez, mapas conceituais, Peer Instruction (instrução entre pares), GV/GO (Grupo de Verbalização / Grupo de Observação) e trabalho em grupo. Na sequência, de forma resumida, serão caracterizadas as metodologias ativas citadas, visando munir o leitor de conceitos importantes na compreensão futura desta escrita. Segundo Berbel (2011), no estudo de caso o aluno parte de algum problema e procura analisá-lo, sendo que “o caso pode ser real, fictício ou adaptado da realidade” (ABREU; MASETTO, 1985, p. 69 apud BERBEL, 2011). Assim, o estudante utiliza conhecimentos pré- concebidos para o estudo de caso e, posteriormente, conclui algo relacionado ao assunto em questão. O estudo por meio de projetos é outra metodologia muito utilizada desde a Educação Básica. Ele caracteriza-se por, após delimitar um tema, que pode ou não partir do contexto que circunda os envolvidos, trabalhar determinado assunto de forma interdisciplinar. Geralmente, o conteúdo abordado vai de encontro com a resolução de problemas e a aplicação na vida dos educandos. Ainda em relação aos projetos, Berbel (2011) traz o conceito de Bordenave e Pereira (1982), afirmando que estes passam por quatro fases distintas, sendo elas: a primeira é a intenção, em que se quer resolver um problema concreto; a segunda é a preparação, em que se buscam alternativas para a solução; a terceira é a execução, em que se aplicam os meios de trabalho escolhidos; a quarta e última é a apreciação, em que se faz a avaliação do trabalho realizado. Mais uma possibilidade dentre as metodologias é a pesquisa científica, a qual é muito utilizada por alunos já na Graduação e Pós-graduação, quando se apropriam de ações investigativas na elaboração de Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC), ou enquanto bolsistas de projetos de pesquisa junto aos professores pesquisadores, cuja cientificidade das investigações é respaldada pela academia. Dessa forma, segundo Berbel (2011), o estudante possui a oportunidade de transcender seu senso comum ao incorporar novos conhecimentos, possibilitando que o mesmo desenvolva habilidades de observação, análise, argumentação, entre outros. A Aprendizagem Baseada em Problemas (ou, simplesmente, PBL – Problem Based Learning) é um tipo de metodologia que “diferencia-se das demais antes apontadas por constituir-se como o eixo principal do aprendizado técnico-científico numa proposta curricular” (BERBEL, 2011, p. 32). Nela, a autora faz menção a Sakai e Lima (1996), que acreditam que a partir da proposição de um problema, procura-se a sua resolução a fim de que o aluno, paralelamente, adquira determinados conhecimentos, isto é, o aluno desempenha papel ativo na sua aprendizagem. Outra metodologia citada por Berbel (2011) tem relação com a problematização a partir do arco de Maguerez, na qual “os alunos é que problematizam a parcela da realidade associada ao foco do estudo, selecionam um dos problemas para estudar e buscam uma resposta ou uma solução para ele” (BERBEL, 2011, p. 33). Neste caso, a autora considera o papel do professor o de estimulador da aprendizagem, direcionando o educando rumo a busca de soluções para problemas de seu cotidiano. Ressalta que o aluno aprende, pois é agente participativo do processo, em que a relação de teoria e prática é uma constante envolvida pela dinâmica de ação-reflexão-ação. O arco de Maguerez apresenta cinco etapas, são elas: observação da realidade e definição de um problema, pontos-chave, teorização, hipóteses de solução e aplicação à realidade (BORDENAVE; PEREIRA, 1982, apud BERBEL, 2011). Ainda buscando identificar diferentes metodologias ativas, chegamos aos mapas conceituais, que “são estratégias para a organização do conhecimento, a partir da relação entre conceitos, por meio de conectivos de ligação” (NOVAK; CANAS, 2010, p. 238, apud GEWEHR et al., 2017). Os autores explicam que os conceitos ou palavras-chave podem aparecer dentro de caixas de texto ou círculos, numa estrutura gráfica, podendo ainda estarem relacionados entre si através de linhas, que unem as respectivas caixas ou círculos. Desta maneira, o mapa conceitual pode resumir os principais conteúdos de um texto, tornando a aprendizagem significativa, quando o sujeito associa novos conceitos aos que já possuía. Quanto ao Peer Instruction, ou instrução entre pares, de acordo com Gewehr et al. (2017), é uma metodologia ativa que permite aos participantes, após terem respondido individualmente, discutirem a questão, a fim de que juntos possam chegar à resposta correta. Revelam que o professor, inicialmente, disponibiliza material sobre o assunto, que deve ser discutido entre os alunos, havendo a socialização de diferentes opiniões. Assim, a aula deixa de ser meramente expositiva e passa a ser mais dinâmica, em que o foco deixa de ser no docente para recair em todos os discentes. A modalidade GV/GO, também considerada uma metodologia ativa, é dividida em dois grupos. O Grupo de Verbalização (GV), ou seja, o grupo que fala, e o Grupo de Observação (GO), aquele que observa e escuta. Os grupos devem possuir conhecimentos prévios a respeito do conteúdo, sendo que se inicia a atividade formando um círculo interno (GV), em que os participantes debatem, e outro círculo externo (GO), com os ouvintes. Logo após, com período de tempo determinado pelo docente, inverte-se os grupos para que, os inicialmente integrantes do GO, possam fazer suas contribuições, assumindo assim a posição de GV, enquanto que o antigo GV agora apenas escuta, assumindo o posto de GO. Ao final da atividade, o professor faz o fechamento das discussões, de acordo com os comentários apresentados (ANASTASIOU; ALVES, 2012, apud GEWEHR et al., 2017). Por fim, o trabalho em grupo, também categorizado como uma metodologia ativa, envolve vários indivíduos, possibilitando a socialização de conhecimentos e opiniões num processo ativo de aprendizagem. O grupo envolvido trabalha em torno de uma mesma meta, sendo que a comunicação e a interação são indissociáveis. Além disso, o trabalho em grupo vai muito além, desde a aceitação do outro como ser integrante até a consideração de suas ideias e opiniões. A interação dos participantes deve funcionar para que, de fato, ocorra um trabalho de equipe, em que todos se esforçam para atingir e concluir um objetivo em comum. “É neste contexto que o sujeito interage construindo-se socialmente e, ao mesmo tempo em que se constrói, participa ativamente da construção social” (WALLOON, 1968, p. 136, apud BORGES; ALENCAR, 2014). Diante do exposto, constata-se o quão amplo podem ser os desafios que o profissional docente enfrenta, pois precisa se manter atualizado para despertar o interesse dos seus alunos sobre as novas metodologias de ensino, desenvolvendo, desta forma, práticas pedagógicas mais eficientes. É preciso estar aberto às novidades e procurar diferentes métodos de trabalho, pois o próprio avanço tecnológico exige uma mudança de paradigmas e posturas em relação ao processo de ensino-aprendizagem. 3 ANÁLISE DE CONTEÚDO: metodologia de pesquisa O estudo sugerido por este trabalho de pesquisa, de natureza quanti e qualitativa, está embasado na análise de conteúdo das respostas de um questionário virtual semiaberto, tendo como referência crítica o contexto de um grupo de professores, do Ensino Fundamental de uma Escola Municipal e do Ensino Médio de uma Escola Estadual, localizado no município de Colinas/RS. A produção de dados ocorreu através da utilização de procedimentos metodológicos, dentre os quais: pesquisa bibliográfica, necessária para a revisão de literatura sobre a temática abordada na pesquisa; questionário, composto por uma questão de múltipla escolha e duas questões subjetivas, direcionadas aos professores, sujeitos da investigação. Esta pesquisa, cujos objetivos foram pré-estabelecidos, é de teor quantitativo, no que se refere a interpretação a ser dada para uma das questões do questionário. No entanto, também é qualitativa, por incluir análise de conteúdo das respostas descritivas. Nesse caso, é possível que aconteçam diversas interpretações diferentes, de acordo com cada entendimento subjetivo, pois o contexto cultural, inevitavelmente, influencia no resultado das respostas dos entrevistados (OLABUENGA; ISPIZÚA, 1989, apud MORAES, 1999). Neste sentido, Moraes (1999, p. 3) afirma que “cada vez mais, a compreensão do contexto evidencia-se como indispensável para entender o texto”. Então, não há dissociação entre texto e contexto, uma vez que os resultados obtidos sempre serão frutos daquilo que nos rodeia. Já a análise de conteúdo, a ser adotada na interpretação dos dados, é categorizada de acordo com o receptor, isto é, a partir do entendimento do entrevistado. “A categorização é um procedimento de agrupar dados considerando a parte comum existente entre eles” (MORAES, 1999, p. 6). Conforme entendimento deste autor, os dados são classificados de acordo com a semelhança e critérios estabelecidos anteriormente. Ou ainda, “esses elementos unitários podem ser reunidos na formação de conjuntos mais complexos, as categorias” (MORAES, 2003, p. 191). De forma resumida, a estrutura metodológica desta investigação buscou, inicialmente, fundamentação teórica em diversos autores, que abordam metodologias ativas. Em seguida, definida como a parte empírica do processo, foi-se a campo coletar informações específicas sobre o assunto, na visão de um determinado grupo de professores. Por fim, confrontou-se teoria e prática, verificando a compreensão dos entrevistados a respeito da temática central, bem como estendendo esta percepção à educação profissional. A inter-relação destas etapas permitiu vislumbrar alguns resultados, que, enquanto trabalho de pesquisa, remetem à algumas considerações importantes. 4 CARACTERIZAÇÃO DO CONTEXTO: realidade da pesquisa A temática central desta pesquisa, a qual trata sobre a concepção de professores municipais e estaduais do município de Colinas/RS a respeito de metodologias ativas, surgiu ao longo do mês de dezembro/2017. Para consolidar a investigação, foram escolhidos como sujeitos ativos do processo, um grupo de professores do Ensino Fundamental de uma Escola Municipal e do Ensino Médio de uma Escola Estadual, todos do município de Colinas, localizado no Vale do Taquari - RS. Definida esta parte inicial, a coleta de dados foi realizada durante o mês de janeiro/2018, quando se organizou um questionário virtual semiaberto, que foi enviado por e- mail aos entrevistados. Este questionário era composto por um total de três questões, sendo a primeira pergunta de cunho objetivo (múltipla escolha) e as demais subjetivas (respostas descritivas). Os sujeitos da investigação representariam quinze professores municipais e oito professores estaduais, totalizando vinte e três entrevistados. Mas, vale ressaltar que, destes, apenas catorze responderam a pesquisa. As respostas foram reproduzidas exatamente de acordo com as entrevistas e identificadas de forma anônima: “Professor A”, “Professor B”, “Professor C” e assim sucessivamente, até o “Professor N”. O conteúdo desta coleta de informações embasou uma série de apontamentos, que serão apresentados na sequência. 5 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS Buscando não interferir nos resultados, a partir da coleta de dados, efetuou-se a categorização e posterior análise de conteúdo das respostas do questionário virtual disponibilizado aos respondentes. De forma geral, o objetivo era investigar o grau de conhecimento sobre metodologias ativas, quais os tipos mais abordados em sala de aula e, ainda, coletar sugestões relacionadas à educação profissional. O teor da primeira questão abordou o conhecimento dos professores entrevistados acerca dos tipos de metodologias ativas. A redação da mesma ficou assim: Dentre as opções abaixo, marque qual (quais) das metodologias ativas citadas você conhece. Para isso, foi organizada uma lista contendo as seguintes opções: estudo de caso, projetos, pesquisa científica, PBL – Aprendizagem Baseada em Problemas, problematização com o arco de Maguerez, mapas conceituais, instrução entre pares, GV/GO (Grupo de verbalização / Grupo de observação) e trabalho em grupo. Além disso, foi incluída uma última alternativa indicando nenhum conhecimento a respeito das metodologias citadas. De acordo com as respostas obtidas, constatou-se um empate técnico entre as opções projetos e trabalho em grupo. Os catorze entrevistados marcaram as duas opções, totalizando 100% para cada uma destas possibilidades. Em segundo lugar, apareceu a pesquisa científica, com 92,9%, o que representa a opinião de treze docentes. Na sequência, o estudo de caso é apontado por doze pessoas, somando 85,7%. O Gráfico 1 traz o contexto relacionado à primeira questão, no qual é possível acompanhar, de forma mais detalhada, o resultado da pesquisa neste quesito. Gráfico 1 – Distribuição das metodologias ativas assinaladas na pesquisa Fonte: Dos autores (2018). Nesta primeira análise, é possível perceber que, no grupo de professores investigados, já existe algum conhecimento referente às metodologias ativas, uma vez que todos citaram uma ou mais entre as tipologias pesquisadas. Tal constatação vai ao encontro do que é retratado por Moran (2015), quando este aponta para uma adesão cada vez maior por parte das escolas às novas metodologias de ensino. A segunda questão do questionário utilizado foi de natureza descritiva e se referiu ao(s) tipo(s) de metodologia(s) que o professor mais utiliza em sala de aula, tendo que especificar se atua com o ensino fundamental ou o ensino médio. A escrita desta indagação foi incluída da seguinte forma na ferramenta de coleta de dados: Descreva a sua metodologia de ensino, aquela que você mais utiliza em sala de aula (especificar se a descrição se refere ao ensino fundamental ou médio). Na resposta podem estar incluídos (ou não) exemplos de ações intrínsecas ao método. A análise destas respostas seguiu um padrão de classificação, que foi efetuado de acordo com as proximidades temáticas, tomando por base a ideia de categorização. Neste sentido, foi representado um total de onze categorias, as quais podem ser visualizadas no Quadro 1. 12 14 13 3 1 7 1 4 14 0 85,7 100,0 92,9 21,4 7,1 50,0 7,1 28,6 100,0 0,0 0 20 40 60 80 100 120 Estudo de Caso Projetos Pesquisa Científica PBL - Aprendizagem Problematização com o arco de Maguerez Mapas Conceituais Instrução entre pares ou Peer Instruction GV/GO - grupo de verbalização - grupo de … Trabalho em Grupo Não conheço Estudo de Caso Projetos Pesquisa Científica PBL - Aprendiz agem Problema tização com o arco de Maguere z Mapas Conceitu ais Instrução entre pares ou Peer Instructi on GV/GO - grupo de verbaliza ção - grupo de observaç ão Trabalho em Grupo Não conheço Percentual 85,7 100,0 92,9 21,4 7,1 50,0 7,1 28,6 100,0 0,0 Numero 12 14 13 3 1 7 1 4 14 0 Quadro 1– Categorização das metodologias utilizadas pelos professores entrevistados CATEGORIA Nº DE CITAÇÕES CARACTERÍSTICA VERIFICADA EXEMPLO (resposta ipsis litteris do questionário) Trabalho em grupo Duas Considerada não apenas a expressão “trabalho em grupo”, mas também a interpretação a partir da ideia de junção de alunos. Acredito que cada aluno agregue algo diferente e quem sai ganhando é o “todo” (Professor I). Pesquisa científica e trabalho em grupo Duas Estudo de um tema com a participação de um ou vários integrantes Na minha Escola desenvolvemos há 4 anos a Pesquisa Científica. É visível a evolução da aprendizagem nessa metodologia. A organização do grupo, a escolha do tema, a distribuição e compartilhamento de tarefas, a imersão na pesquisa e a divulgação dos resultados para a comunidade escolar se aperfeiçoam a cada ano. Uma nova forma de estudar, aprender e se organizar (Professor G). Outro Duas Metodologia Triangular da Ana Mae Barbosa Metodologia Triangular da Ana Mae Barbosa (Professor D). Projetos Uma Diversificar e detalhar os saberes. Uso frequentemente metodologia de projetos no ensino fundamental (Professor E). Problematização Uma Resolução de problemas. Como a minha matéria é matemática o que mais uso é a de exposição e discussão do assunto desenvolvido. Indução do raciocínio lógico e o seu algoritmo para resolução do problema, buscando sempre a aplicação prática de cada caso (Ensino Fundamental) (Professor A). Mapas conceituais Uma Meio facilitador de sistematizar as normativas do conteúdo a partir de palavras-chave. Gosto de trabalhar com mapas conceituais. No final dos capítulos que estudo com o aluno [...] faço mapas conceituais [...] eles conseguem entender melhor (Professor F). Problematização e trabalho em grupo Uma Aprendizagem baseada em problemas com a orientação do professor. Muitas vezes ainda trabalho com aprendizagem baseada em problemas mesmo sabendo que é uma metodologia bastante tradicional. Todavia também busco mesclar com trabalhos em grupo buscando maior autonomia e independência dos alunos, neste caso sendo observadora e orientadora do trabalho (Professor L). Trabalho em grupo e projetos Uma Estudo e detalhamento de um tema com a participação de um ou vários integrantes. A metodologia utilizada no ensino fundamental é o trabalho em grupo e o trabalho com projetos [...] nessas duas metodologias os alunos estreitam os saberes que julgam importantes relacionado-os ao tema propulsor do trabalho (Professor M). Projetos, trabalho em grupo e pesquisa científica Uma Estudo de um tema para diversificar e detalhar os saberes com a participação de um ou vários integrantes. Projetos, trabalho em grupos, pesquisas (Professor K). Pesquisa científica, projetos e mapas conceituais Uma Buscar o conhecimento através de leituras, diversificando os saberes com a utilização de palavras-chave. A nível médio, uso à pesquisa científica nos projetos e os mapas conceituais como um meio facilitador de sistematizar as normativas do conteúdo (Professor N). Projetos, pesquisa científica, estudo de caso e trabalho em grupo Uma Estudo de um tema para diversificar e detalhar os saberes com a participação de um ou vários integrantes. No ensino médio utiliza-se projetos, pesquisa científica, estudo de caso e trabalho em grupo (Professor J). Fonte: Dos autores (2018). Algumas metodologias, como GV/GO, instrução entre pares e problematização com o arco de Maguerez, não foram mencionadas pelos entrevistados. No entanto, houve duas citações de uma metodologia desconhecida e não inclusa no estudo – “Metodologia Triangular da Ana Mae Barbosa” (PROFESSOR C; PROFESSOR D). Este método “interliga o fazer artístico, a história da arte e a análise da obra de arte” (CAVALHEIRO; FERNANDES, 2016, p. 68). Ainda sobre o Quadro 1, é possível perceber que muitos dos entrevistados optaram em citar mais de uma metodologia o que, de certa forma, é um indicativo do variado potencial à disposição do professor, que não se limita a uma única estratégia de ensino em sala de aula. É presumível até, em alguns casos, que utilizem métodos, sem possuir noção da terminologia. Sendo assim, pressupõe-se que a pesquisa fez com que os entrevistados refletissem sobre sua prática pedagógica diária corroborando com Alarcão (2003), que sustenta a permanente reflexão do professor sobre seu exercício profissional, além de reforçar o que diz Masetto (2003) sobre adotar métodos diversificados, a fim de dinamizar as aulas para que ocorra de fato a aprendizagem do aluno. Na terceira e última pergunta, o professor, mesmo que leigo no assunto “educação profissional”, emitiu sua opinião a respeito de qual(is) metodologia(s) considera relevante utilizar em sala de aula, especificamente em se tratando de ensino médio em nível técnico profissionalizante. Julgou-se pertinente envolver este tema na pesquisa, uma vez que o Plano Nacional de Educação (PNE) enfatiza o desenvolvimento da educação profissional no nosso País: “[...] expandir a oferta gratuita de educação profissional técnica” (BRASIL, 2014, p. 34). Neste caso, a pergunta norteadora foi: Especificamente sobre o ensino médio em nível técnico profissionalizante, na sua opinião (enquanto professor, mesmo que leigo no assunto "educação profissional"), qual(is) a(s) metodologia(s) de ensino que deveriam ser utilizadas em sala de aula? Mais uma vez, para facilitar o entendimento e a organização das ideias captadas, fez- se uso da categorização. Neste item, quatro categorias foram destacadas, as quais podem ser conferidas no Quadro 2. Quadro 2 – Categorização das metodologias voltadas para a educação profissional na visão dos entrevistados CATEGORIA Nº DE CITAÇÕES CARACTERÍSTICA VERIFICADA EXEMPLO (resposta ipsis litteris do questionário) Teoria e prática Oito Buscar o conhecimento e, posteriormente, sistematizar os saberes adquiridos. Acredito que "Estudos de caso" e "trabalhos em grupo" uma vez que o objetivo é a "prática", "aprender a fazer / fazendo" (Professor L). Trabalho coletivo Três É a soma do desempenho de uma equipe em prol de um mesmo objetivo. Julgo importante desenvolver no alunado o trabalho coletivo. Dentro desse processo aparentemente simples, o aluno desenvolve a capacidade de posicionar-se criticamente no grupo, aprende a considerar as opiniões dos integrantes da pesquisa, cria estratégias que considera importante não apenas para ele e sim para a equipe que compõem o grupo, permite nesse contexto cada integrante expor suas habilidades de maneira a tornar a equipe forte e conseguir desenvolver um trabalho pertinente ao tema gerador. O mundo do trabalho não se faz mais sozinho, você deve aprender a trabalhar na coletividade, considerar seu colega como personagem importante na construção do conhecimento (Professor M). Trabalho coletivo; Teoria e prática Duas É a soma do desempenho de uma equipe na busca pelo conhecimento com sistematização posterior dos saberes adquiridos. Estudo de caso, pesquisa científica e trabalho em grupo (Professor J). Teoria Uma Conhecimento proveniente de leituras e pesquisas. Acredito na Pesquisa Científica (Professor G). Fonte: Dos autores (2018). Notou-se, de forma geral, um apontamento recorrente dos entrevistados. Uma ideia implícita do aluno internalizar os conteúdos a partir da sistematização destes na prática. O desafio docente não é somente fazer com que o estudante saiba o assunto, mas que compreenda a sua finalidade, preparando, assim, profissionais melhor capacitados para o mercado de trabalho. Isto vai de encontro com que Moran (2015) e Masetto (2007) preconizam quando falam sobre defrontar o aluno com atividades desafiadoras desde cedo, com a aplicação de problemas interligando teoria e prática, para que saibam desvendar tarefas desafiadoras numa futura profissão. Além disso, verificou-se também que o trabalho coletivo foi, consideravelmente, lembrado pelos entrevistados, um aspecto presente no espírito de equipe difundido nas empresas. Uma vez sistematizadas, expostas e analisadas as respostas presentes no questionário, que serviu de ferramenta para a coleta de dados desta pesquisa, na parte final, buscar-se-á imbricar o conjunto da obra. 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS Devido a uma série de fatores, dentre transições políticas, econômicas e sociais, percebe-se uma nítida, talvez lenta, necessidade de substituição da metodologia pedagógica tradicional por conceitos inovadores, que levam a uma ampla e essencial quebra de paradigmas, em consonância com o novo cenário educacional, cada vez mais dominado por meios tecnológicos e científicos. O aprender deixa o tradicionalismo de lado e não segue mais uma linearidade, afetando o ser humano em dois sentidos: primeiro, como sujeito aprendente ativo; segundo, provocando transformações no ambiente escolar. A construção dos saberes e o crescimento pessoal/profissional passam a extrapolar fronteiras. Esta investigação possibilitou perceber que todos os professores, do grupo de respondentes da parte empírica da pesquisa, conhecem de forma positiva alguma(s) das metodologias apresentadas, fazendo uso destas, inclusive, em sala de aula. Além disso, mesmo não possuindo conhecimento específico em relação à educação profissional, os entrevistados consideram importante a inserção das metodologias ativas neste nível de ensino, mostrando uma preocupação latente para que, de fato, o aluno consiga aprender não só pela teoria, mas com aplicação prática do conteúdo internalizado. As possibilidades que conduzem ao conhecimento se multiplicam em larga escala com a introdução das novas metodologias ativas de ensino, buscando contribuir com meios mais eficazes na construção e sistematização dos saberes. Estas metodologias são de cunho inovador, pois o aluno passa de ser ouvinte e passivo a sujeito empreendedor, que experimenta, pesquisa e vai em busca de mais informações (MORAN, 2015). Ao abortar o formato da metodologia tradicional, o professor passa a desempenhar o papel de orientador. Assim, o discente não recebe mais tudo pronto e o docente precisa saber contornar situações de um planejamento não previsível. Algumas das características enfocadas nesta escrita ficam evidenciadas na passagem de um dos entrevistados: Nas minhas aulas gosto muito de envolver os alunos, fazendo com que participem de maneira ativa e interessada. As metodologias que mais utilizo é o trabalho em grupo juntamente com a pesquisa cientifica, desenvolvendo assim, várias habilidades como: expressão corporal e escrita, senso crítico, opinião própria, pesquisa entre outras (PROFESSOR H). Vale reforçar também que a sala de aula pode reservar momentos para aprofundar o conteúdo, enquanto que outros momentos de aprendizagem são negociáveis entre professor e aluno, conforme as estratégias presentes. Para Moran (2015), o currículo baseado em problemas, projetos, trabalho em grupo, pesquisa científica, entre outros, viabiliza de uma melhor forma o entendimento do conteúdo estudado por parte do aluno. O assunto em questão, para que tenha sentido, deve ter ligação com os conhecimentos prévios do estudante, para que possa relacioná-lo com suas vivências. Por fim, inovar em sala de aula, inserindo metodologias ativas de ensino, pode ser forte aliado no trabalho docente. Mas, para isso, a mudança deve ocorrer, tanto na pessoa do professor como na escola, já que ambos são interdependentes na busca por resultados pedagógicos positivos. REFERÊNCIAS ALARCÃO, Isabel. Professores reflexivos em uma escola reflexiva. 2.Ed.São Paulo: Cortez, 2003. BERBEL, Neusi A. N. 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