CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIVATES 

CURSO DE FARMÁCIA 

DETERMINAÇÃO DE TEOR E UNIFORMIDADE DE DOSES DE 

CÁPSULAS DE BESILATO DE ANLODIPINO MANIPULADAS EM 

FARMÁCIAS DE VENÂNCIO AIRES-RS 

Daiana Kipper Manganelli 

Lajeado, novembro de 2015



Daiana KipperManganelli 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

DETERMINAÇÃO DE TEOR E UNIFORMIDADE DE DOSES DE 

CÁPSULAS DE BESILATO DE ANLODIPINO MANIPULADAS EM 

FARMÁCIAS DE VENÂNCIO AIRES-RS 

 

 

 

Artigo científico apresentado na disciplina de 

Trabalho de Conclusão de Curso II, do Curso de 

Farmácia, do Centro Universitário UNIVATES, 

como requisito parcial para obtenção do título de 

Bacharel em Farmácia. 

 

Orientadora: ProfaDraRenata Vidor Contri 

Coorientadora: ProfaDraLuisaScheer Ely 

 

 

 

Lajeado, novembro de 2015



APRESENTAÇÃO 

  

 

Os resultados obtidos no presente trabalho intitulado “DETERMINAÇÃO DE TEOR 

E UNIFORMIDADE DE DOSES DE CÁPSULAS DE BESILATO DE ANLODIPINO 

MANIPULADAS EM FARMÁCIAS DE VENÂNCIO AIRES-RS”, realizado para fins de 

conclusão do curso de Farmácia no Centro Universitário UNIVATES, será apresentado na 

sequência em forma de artigo científico. Este será posteriormente submetido para publicação 

na revista Destaques Acadêmicos da UNIVATES, e já se encontra formatado com relação às 

normas da revista mostradas no anexo. 



3 

 

DETERMINAÇÃO DE TEOR E UNIFORMIDADE DE DOSES DE 

CÁPSULAS DE BESILATO DEANLODIPINO MANIPULADAS EM 

FARMÁCIAS DE VENÂNCIO AIRES-RS 

Daiana Kipper Manganelli1 

 Luisa Scheer Ely2 

Renata Vidor Contri3 

 

 

RESUMO  

A hipertensão arterial é um problema de saúde pública que resulta no aumento da probabilidade de doenças 
cardiovasculares e cerebrais. O besilato de anlodipino é um dos tratamentos medicamentosos mais utilizados, 
sendo frequentemente administrado a partir de formulações manipuladas com baixa dosagem de princípio ativo 
por unidade farmacotécnica. O presente trabalho teve por objetivo avaliar o teor e a uniformidade de doses de 
cápsulas de besilato de anlodipino manipuladas por farmácias da cidade de Venâncio Aires- RS. As amostras de 
3 farmácias testadas apresentaram valores adequados, de acordo com as especificações farmacopéias, 
comprovando que cápsulas manipuladas podem ser confiáveiscom relação à quantidade de fármaco declarado no 
rótulo, desde que sejam seguidas as boas práticas de manipulação. 
Palavras-chave: hipertensão, besilato de anlodipino, teor, uniformidade de doses, boas práticas de manipulação. 

 

 

1 INTRODUÇÃO 

A hipertensão arterial na maioria das vezes não causa nenhum sintoma, 

sendoconsidera como uma doença multicausal e multifatorial. Alguns fatores como idade, 

raça, sexo, alimentação inadequada, sedentarismo e genética podem ocasionar o aumento da 

pressão arterial. A hipertensão está associada a outras doenças que trazem repercussões 

negativas para a qualidade de vida do indivíduo, como doenças cardiovasculares e cerebrais, 

dentre estas o acidente vascular encefálico, uma das principais causas de morte. (SARAIVA 

et al.,2007) (ACHUTTI; ACHUTTI, 1997). Segundo dados do Ministério da Saúde de 2011, 

estima-se que a hipertensão arterial atinge cerca de 25% da população brasileira, causando um 

grande problema de saúde publica. Segundo a Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH) a 

pressão ideal para minimização do risco de problemas cardiovasculares situa-se abaixo de 

120/80mmHg com ressalvas para diabéticos (130/85mmHg) e renais crônicos 

(120/75mmHg). 

                                                           
1Acadêmica do curso de Farmácia. E-mail: daiamanganelli@universo.univates.br. 
2 Professora Doutora. E-mail:renata.contri@univates.br 
3Professora Doutora. E-mail:luisa.ely@univates.br 



4 

 

Quando medidas alternativas como cuidado com a alimentação e exercícios físicos, 

não são eficazes para a diminuição da pressão, é necessário que os pacientes procurem o 

médico para uma nova avaliação e façam, caso necessário, o uso de medicamentos conhecidos 

como anti-hipertensivos. A escolha do medicamento tem como objetivo principal reduzir a 

mortalidade e morbidade em pacientes com hipertensão. Para que isso ocorra, sempre deverá 

ser assegurado que o medicamento seja eficaz e seguro (SOCIEDADE BRASILEIRA DE 

CARDIOLOGIA, 2015). 

Um dos medicamentos utilizados para o controle da hipertensão é o besilato de 

anlodipino, um bloqueador de canal de cálcio ou também conhecido como antagonista do 

canal de cálcio. Este provoca a diminuição da entrada de cálcio para dentro das células 

mióticas dos músculos lisos e cardíacos, provocando a despolarização e o relaxamento no 

músculo liso vascular, permitindo que o sangue flua mais facilmente, diminuindo assim a 

frequência cardíaca e excitação. O besilato de anlodipino pode ser classificado como um anti-

hipertensivo de terceira geração por ser uma dihidropiridina, tendo maior efeito e maior 

seletividade em comparação com outros anti-hipertensivos. O besilato de anlodipino é o mais 

seguro desta classe, podendo assim fazer associação deste com outros anti-hipertensivos 

(GOODMAN; GILMAN, 2010). É um medicamento de uso oral, se encontrando disponível 

no mercado como comprimidos sulcados com apresentação comercial de 2,5, 5 e 10 mg. 

Outra opção é a obtenção de cápsulas magistrais produzidas em farmácias de manipulação 

(SILVA; CHOZE; ANDRADE; SILVA,2014). 

A procura por medicamentos preparados nas farmácias magistrais se deve a sua ampla 

diversificação de produtos para as necessidades específicas de cada paciente, além de serem 

produzidos em pequena escala, com tecnologia simples e com menos testes de qualidade 

realizados, o que pode tornar o produto mais acessível para a população. Outras vantagens 

incluem produção de associações, dosagens e formas farmacêuticas não disponíveis no 

mercado (LACERDA, 2014; FERNANDES, 2015) 

Os produtos manipulados devem seguir as boas práticas de manipulação (BRASIL, 

RDC 67/2007). Sabe-se que a realização do controle de qualidade das formulações magistrais 

é importante para comprovação da segurança e eficácia destes medicamentos. 

A dose incorreta do medicamento pode levar à ineficácia terapêutica do produto 

manipulado, bem como ao aumento dos efeitos adversos e/ou tóxicos. Para assegurar a 



5 

 

quantidade de princípio ativo presente na forma farmacêutica é necessário realizar análise de 

teor e de uniformidade de doses. (COUTO; TAVARES, 2010). Estas análises são de extrema 

importância principalmente em casos onde o princípio ativo se encontra em baixa dosagem na 

forma farmacêutica, como é o caso do besilato de anlodipino. 

Baseado no exposto, o presente trabalho teve por objetivo analisar oteor e a 

uniformidade de doses de cápsulas contendo besilato de anlodipino manipuladas em distintas 

farmácias de manipulação do município de Venâncio Aires - RS. 

 

2 MATERIAIS E MÉTODOS 

2.1 Materiais 

As cápsulas de besilato de anlodipino5 mg foram compradas em três farmácias de 

manipulação na cidade de Venâncio Aires-RS, classificadas como farmácia A, B e C na 

quantidade de 60 cápsulas por farmácia. Foi comprado de um destes estabelecimentos uma 

amostra de 5 g do padrão de besilato de anlodipino Fagron (Brasil), lote AMB/022/08/12 com 

validade 01/07/2017, para que seja feita a correção com relação ao teor do padrão. Também 

foram utilizados metanol e ácido clorídrico de padrão analítico e água purificada. 

 

2.2 Método analítico para quantificação de besilato de anlodipino 

O método utilizado foi previamente descrito e validado por Malesuiket al. (2005).A 

absorção de ambas soluções (padrão e amostra) foram avaliadas em 238 nm 

(Espectrofotômetro Evolution 60S, EUA) conforme descrito como comprimento de onda de 

máxima absorção pela Farmacopéia Britânica, que descreve a análise de absorção no 

ultravioleta como teste de identificação do besilato de anlodipino. Utilizando uma cubeta de 

quartzo de 1 cm e água purificada para zerar o equipamento. 

 

 



6 

 

2.3 Solução padrão de besilado de anlodipino 

Inicialmente preparou-se uma solução padrão de besilato de anlodipino pesando-se 

10mg da substância e transferindo a quantidade pesada para um balão volumétrico de 100 ml 

acrescentando metanol P.A. Esta solução novamente foi diluída com água purificada até 

atingir a concentração 20 µg/ml de besilato de anlodipino, que foi utilizada para análise do 

teor das cápsulas. Outras 4 concentrações (5,10,15,25 µg/ml) foram avaliadas para o estudo 

da linearidade do método. 

Para a correção da concentração do padrão, analisamos a umidade presente no padrão 

analítico utilizando uma balança de infravermelho no modo automático (MARTE, São Paulo 

– SP), além de ser considerado o valor de teor em base anidra descrito no laudo. 

 

2.4 Extração do besilato de anlodipino a partir de cápsulas manipuladas 

Foi removido o conteúdo das cápsulas e feita a extração com banho de ultrassom (15 

min.)(UltrasonicCleaner, Unique,Brasil) utilizando1% HCl 0,1 N em metanol (V/V), seguido 

de centrifugação (3000 rpm por 10 min.)(Macro Ev: 04,Brasil) para separação dos sólidos não 

dissolvidos. A segunda diluição, até dosagem final de 20 µg/ml de besilato de anlodipino foi 

realizada transferindo o sobrenadante resultante da centrifugação e diluindo com água 

purificada. Foiconsiderado o valor de equivalência de 1,39 para que seja obtida a 

concentração final desejada do besilato de anlodipino extraído das cápsulas.  

 

2.5 Teor das cápsulas de besilato de anlodipino 

A avaliação do teor, realizada conforme a Farmacopéia Brasileira (2010)foi realizada 

com 20 cápsulas ondefoi retirado o conteúdo destas e em seguida homogeneizado para se 

obter um “pool”. Amostras (n=3) do pool foram extraídas conforme item acima. A absorção 

observadano espectrofotômetrofoi avaliada de forma comparativa à absorção observada pelo 

padrão, conforme a equação 1descrita abaixo. Foi considerado aprovado neste teste aquelas 

amostras que apresentaram teor entre 90 e 110%. 

Será utilizada a equação abaixo: 



7 

 

% de fármaco = (AaxCpx100)/(ApxCa) (Eq.1) 

Sendo que Aa= absorbância da amostra, Cp= concentração do padrão corrigido pelo 

teor descrito no laudo e pela umidade em ug/mL, Aa= Absorção da amostra e Ca= 

concentração teórica da amostra em ug/mL. 

 

2.6 Uniformidade de doses de cápsulas de besilato de anlodipino 

Para o teste de uniformidade de dose, realizado conforme a Farmacopéia Brasileira 

(2010) foram separadas inicialmente 30 cápsulas. Destas, foram separadas10 amostras 

aleatórias. As amostras foram avaliadas segundo o seu conteúdoindividualmente, utilizando o 

método de espectrofotometria no UV previamente mencionado.Uma a uma, as cápsulas 

tiveram seu conteúdo removido e analisado. A absorção observadano espectrofotômetro foi 

avaliada de forma comparativa à absorção observada pelo padrão, conforme a equação 1 

descrita acima. Foi considerado aprovado neste teste aquelas amostras que apresentaram valor 

de aceitação (VA) de até 15conforme a equação 1 descrita abaixo. 

VA= M-Ẋ +Ks (Eq. 2) 

Sendo que X= média dos conteúdos individuais em porcentagem, K= constante (2,4 

para 10 comprimidos), s= desvio padrão da amostra. 

 

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO 

Uma das formas farmacêuticas mais utilizadas pelas farmácias de manipulação são as 

cápsulas duras, devido à facilidade de produção e de ajuste às necessidades de cada paciente. 

Outro importante fator é a boa biodisponibilidade das cápsulas que rapidamente são 

dissolvidas, liberando o fármaco mais rápido para chegar ao seu local de ação. O processo 

acontece em torno de 10 a 20 minutos ao contrário dos comprimidos que levam mais tempo 

para se dissolverem (LE HIR, 1995; VILLA-JATO, 1997). Dentre os testes importantes de 

serem realizados para garantir a qualidade de cápsulas estão o aspecto, peso médio, teor e 

uniformidade de doses.  

Os testes de teor e uniformidade de doses têm por objetivo avaliar se a concentração 

do fármaco na cápsula está correta, para garantir e assegurar que a dose esteja correta 



8 

 

comparada com a dose declarada. O teor é avaliado a partir da mistura do conteúdo de 

diversas cápsulas, formando um “pool”. A uniformidade de doses unitárias tem como objetivo 

avaliar se a distribuição da substância ativa está uniforme em cada unidade do lote analisado. 

Estes testes não são normalmente realizados em farmácias de manipulação, sendo estes muitas 

vezes terceirizados para alguns lotes apenas. Para a realização dos testes é necessário um 

método de análise quantitativa adequado.  

O método utilizado neste trabalho para as análises quantitativas do besilato de 

anlodipino baseou-se na absorção na faixa do ultravioleta utilizando espectrofotômetro, 

previamente descrito e validado por Malesuiket al. (2005). O método foi considerado sensível, 

linear e específico, para analise em comprimidos e em cápsulas (MALESUIK et al., 2005).  

O espectrofotômetro ultravioleta (UV) é frequentemente aplicado como método de 

identificação e quantificação de fármacos, apresentando praticidade, baixo custo, simples 

interpretação dos dadose relativa sensibilidade e especificidade (GALO; COLOMBO, 2009). 

Este método se baseia na absorção de energia de acordo com a estrutura da molécula e sua 

concentração(SILVERSTEIN; BASSLER; MORRILL,1981).  

Previamente ao início das análises das cápsulas manipuladas, foi realizado o estudo da 

linearidade do método, avaliando quatro concentrações diferentes (5 mg, 10 mg, 15mg, 20mg 

e 25 mg). A absorbância foi medida em duplicata e realizada uma média dos valores. Foram 

avaliadas as absorções das amostras em 238nm conforme descrito para o método analítico. Os 

valores foram aplicados na equação da reta, verificando-se uma boa correlação entre os dados 

(R2=0,9981) (FIGURA 1): 

 

 

 

 

 

 



9 

 

Figura 1- Curva analítica do método espectrofotômetro ultravioleta para quantificação do 

besilato de anlodipino 

 
 

Os valores relacionados à linearidade mostram que os resultados de absorção são 

correlacionáveis com a concentração do besilato de anlodipino, confirmando que o método 

previamente validado é adequado para ser aplicado ao doseamento de besilato de anlodipino. 

As análises de teor de besilato de anlodipino aponta que as três farmácias analisadas 

apresentaram valor dentro da faixa de 90 e 110 %. A faixa foi determinada de acordo com a 

monografia da farmacopéia americana (USP 38, 2015) para os comprimidos de besilato de 

anlodipino, uma vez que não existem monografias para cápsulas ou comprimidos de besilato 

de anlodipino na farmacopéia brasileira. Através da Figura 2 pode-se observar a diferenças 

entre as farmácias analisadas. 

 

 

 

 

 

y = 0,034x - 0,007

R² = 0,998

0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

0,7

0,8

0,9

1

0 10 20 30

ab
so

rb
ân

ci
a

23
8n

m

concetração µg/ml



10 

 

Figura 2 - Análise do teor de cápsulas manipuladas de besilato de anlodipino (média ± desvio 

padrão para 3 análises do “pool” de 20 cápsulas) 

 

 

 

Para garantir a quantidade de substância ativa declarada em cada unidade de dosagem, 

deve ser realizado o teste de uniformidade de doses além da análise de teor. Este teste 

apresenta duas formas de avaliação, uniformidade de conteúdo e variação de peso. Na 

segunda, não há uma quantificação de cada unidade de cápsula ou comprimido, mas sim uma 

estimativa do doseamento através do peso. O que determina o teste a ser aplicado é a forma 

farmacêutica, a dose e a proporção do fármaco. 

O teste de variação de peso não se aplica para todas as formas farmacêuticas e sim 

somente para cápsulas duras e comprimidos tanto revestidos ou não revestidos que contenham 

25 mg ou mais de princípio ativo e desde que a proporção de ativo na forma farmacêuticaseja 

de pelo menos 25 %.Conforme a Farmacopéia Brasileira(2010), para o presente trabalho o 

teste que melhor se enquadra para as cápsulas de besilato de anlodipino é o método por 

uniformidade de conteúdo, pois as cápsulas de besilato de anlodipino que será analisado 

apresenta uma dosagem de 5 mg (FARMACOPÉIA, 2010). Desta forma, foi analisada a 

concentração do componente ativo individualmente em cada cápsula verificando se, a partir 

dos valores de doseamento,o valor de aceitação calculado se enquadra dentro dos limites 

esperados. 

50

60

70

80

90

100

110

120

Farmácia A Farmácia B Farmácia C%
  d

e
 B

e
si

la
to

d
e

 A
n

lo
d

ip
io

n
o

 e
m

 r
e

la
çã

o
 

a
o

 d
e

cl
a

ra
d

o



11 

 

Inicialmente, são apresentados os valores médios do doseamento das 10 cápsulas das 

diferentes farmácias (FIGURA 3), para o teste de uniformidade de doses. Assim como para o 

teor, as análises apresentaram valores médios próximo a 100%. 

Figura 3 - Análise da Uniformidade de doses (média ± desvio padrão para 10 análises de 

cápsulas independentes) 

 
 

Porém, para verificar se as cápsulas cumprem o teste de uniformidade de doses, é 

necessário o cálculo do valor de aceitação.O valor máximo permitido para o valor de 

aceitação para que as cápsulas sejam consideradas aprovadas é de 15, considerando a análise 

de 10 cápsulas inicialmente. Como podemos verificar na tabela 1, as amostras avaliadas das 3 

farmácias ficaram dentro do valor limite de aceitação, sendo consideradas aprovadas. A 

farmácia C teve o valor de aceitação mais elevado em comparaçãocom as outras farmácias, 

aparecendo, em seguida, a farmácia A e por último farmácia B. 

Tabela 1– Determinação do valor de aceitação durante análise de uniformidade de doses. 

50

60

70

80

90

100

110

120

Farmácia A Farmácia B Farmácia C%
  d

e
 B

e
si

la
to

d
e

 A
n

lo
d

ip
io

n
o

 e
m

 r
e

la
çã

o
 a

o
 

d
e

cl
a

ra
d

o

Farmácia Média dos 10 
doseamento 

Desvio padrão dos 
10 doseamento 

Constante utilizada VA 

A  101,7 4,92 2,4 12,02 

B 102,25 3,21 2,4 8,45 

C 106,24 3,44 2,4 13,00 



12 

 

De modo geral, os bloqueadores do canal de cálcio, como é o caso do besilato de 

anlodipino, são considerados os mais seguros para o controle da hipertensão, podendo ser 

associados com outros anti-hipertensivos. Porém, efeitos adversos como tonturas, cefaléia, 

hipotensão e náuseas são muito comuns devido a sua vasodilatação excessiva (GOODMAN; 

GILMAN, 2010).O besilato de anlodipino é considerado fármaco de terceira geração por 

apresentar tempo de meia vida maior, ou seja, uma longa duração do medicamento. Outra 

vantagem deste fármaco de terceira geração é que este apresenta menor ocorrência de 

taquicardia em paciente que fazem uso de outros medicamentos pertencentes aos antagonistas 

de canais de cálcio (RIBEIRO; MUSCARÁ, 2001)  

Conforme Malesuike colaboradores (2005), as cápsulas manipuladas e comprimidos 

contendo besilato de anlodipino apresentam resultados dentro das especificações,a exceção de 

um lote de cápsulas que apresentou falta de uniformidade de doses após 30 unidades testadas. 

Diversos outros fármacos já foram analisados quanto ao teor e uniformidade de doses 

em cápsulas manipuladas (Tabela 2). Foram observados de uma forma geral resultados 

satisfatórios, onde apenas um tipo de fármaco teve seu valor de uma amostra fora do valor 

esperado.  

Tabela 2- Ensaios de doseamento de fármacos realizados para diferentes cápsulas 

manipuladas 

FÁRMACO ANALISADO TESTES REALIZADOS RESULTADOS ENCONTRADOS 

Maleato de enalapril 
(KÜLKAMP et al., 2011). 

Teor e uniformidade de 
doses 

 Os resultados da determinação dos teores 
individuais de cada cápsula mantiveram-se dentro 
dos limites especificados pela Farmacopéia 
Americana para comprimidos de maleato de 
enalapril o qual é de 90 a 110 % do teor declarado 

Famotidina 
(FAVORETTO et al., 
2010). 

Teor e uniformidade de 
doses 

 A uniformidade de conteúdo do produto acabado 
deve estar entre 85,0 e 115,0% e a estimativa de 
desvio padrão relativo entre as determinações 
deve ser inferior a 6,0% Os valores de teor, 
atenderam aos requisitos da legislação que 
estabelece limites entre 90,0 e 110% 

DiacereínaL(CONCEIÇÃO 
et al., 2012). 

Uniformidade de doses 

 

Obtiveram-se os valores dentro do limite de 90 a 
110 %  

Captopril (MARCATTOet 
al., 2006). 

Teor Todas as amostras ficaram dentro dos valores 
declarados. 

Sinvastatina (BARACAT, 
et al,2009). 

Teor e uniformidade de 
doses 

Analises de 4 farmácias, onde a amostra 1 a 3 
foram aprovadas com teor de 85% a 115% do 
valor declarado e amostra 4 apresentou valor 



13 

 

inferior. 

Piroxicam 
(SCHESHOWITSCH etal., 
2007) 

Teor e uniformidade de 
doses 

Somente 1 farmácia ficou com valor de teor e 
uniformidade e conteúdo dentro do declarado, já 
as outras duas farmácias (B e C) tiveram seus 
valor inferiores ao declarado tanto para teor como 
uniformidade. 

Propranolol (RIGOBELLO 
etal., 2013). 

Teor e uniformidade de 
doses 

Todas as amostras ficaram dentro do valor 
declarado tendo como desvio padrão 6. 

Furosemida (LAMOLHA 
et al.,  2011). 

Teor e uniformidade de 
doses 

Valores dentro do declarado. 

 

Por serem medicamentos produzidos em pequena escala, com tecnologias mais 

simples, e submetidos a menos ensaios de qualidade, os medicamentos manipulados 

costumam se tornar mais acessíveis, ou seja, mais baratos para a população, quando 

comparados com os medicamentos industrializados. Outras vantagens incluem produção de 

associações, dosagens e formas farmacêuticas não disponíveis no mercado(LACERDA, 2014, 

FERNANDES, 2015).Devido à grande procura pelos medicamentos magistrais foi 

homologada a RDC 33 em 19 de abril de 2000, também conhecida como Boas Práticas de 

Manipulação em Farmácia (BPMF), com intuito de realizar uma fiscalização no controle do 

produto visando garantir a qualidade da fórmula magistral.Foi atualizada e se tornou a RDC 

67/2007, a qual se encontra em vigor até os dias de hoje (BONFILIO; EMERICK; NETTO 

JR.; SALGADO, 2011). 

Conforme a RDC 67/2007, a farmácia deverá garantir e assegurar a qualidade dos 

produtos manipulados tanto no seu preparo como na dispensação. Para que isso ocorra de 

maneira correta é necessário que o profissional farmacêutico esteja presente em todas as 

etapas para garantir a qualidade do produto; demonstrar uma estrutura adequada do local para 

o manuseio dos medicamentos, qualificando funcionários através de treinamentos periódicos 

sem deixar de ter uma quantidade suficiente destes, além disso, sempre mantê-los motivado 

para que cumpra os padrões de qualidade (BRASIL, RDC nº37). Os resultados obtidos neste 

trabalho com cápsulas de besilato de anlodipino, bem como em trabalhos anteriores avaliando 

outros fármacos mostram a qualidade de cápsulas obtidas em farmácias de manipulação, 

quanto à quantidade de princípio ativo presente. 

 



14 

 

4 CONCLUSÃO 

Os resultados obtidos nos teste teor e uniformidade de doses de cápsulas manipuladas 

de besilato e anlodipino obtidas em farmácias de Venâncio Aires-RS encontram-se de acordo 

com as especificações farmacopéias estipuladas para as análises. Desta forma, é mostrado que 

as cápsulas magistrais podem ser medicamentos confiáveis, com relação a quantidade de 

fármaco declarado no rótulo, desde que sejam seguidas as boas práticas de manipulação. 

 

REFERÊNCIAS 

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E.G., VAZQUEZ, E.C. Hipertensão arterial. São Paulo, 1997. 
 
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ArqBrasCardiol, v. 95, n. 1, p. 1-21, 2010. Disponível em: <http://publicacoes.cardiol.br/ 
consenso/2010/Diretriz_hipertensao_associados.pdf>. Acesso em: 09 set. 2015. 
 
BARACAT, Marcela et al. Avaliação da Qualidade de Formulações Manipuladas e 
Industrializadas de Sinvastatina. Latin American JournalofPharmacy, v. 28, n. 3, 2009. 
 
BONFILIO, Rudy; EMERICK, Gulherme L.; NETTO JR., Antônio; SALGADO, Hérida R. 
N. FARMÁCIA MAGISTRAL: SUA IMPORTÂNCIA E SEU PERFIL DE QUALIDADE. 
Rev Baiana Saude Publica Miolo.,v. 34,n.3, 2011. Disponível em: 
<http://files.bvs.br/upload/S/0100-0233/2010/v34n3/a1874.pdf>. Acesso em: 12 nov. 2015. 
 
BRASIL. Resolução - RDC nº 33, de 19 de abril de 2000(*).Regulamento Técnico sobre Boas 
Práticas de Manipulação de Medicamentos em farmácias. Disponível em:  
<http://www.cff.org.br/userfiles/file/resolucao_sanitaria/33_19abril.pdf>. Acesso em: 09 nov. 
2015. 
 
BRASIL.Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) 67, de 08 de outubro de 2007. Dispõe 
sobre as Boas Práticas de Manipulação de Medicamentos para Uso Humano em Farmácias e 
seus anexos. Diário Oficial da União, 09 out. 2007. Disponível em: <http://www.brasil.gov. 
br/saude/2012/04/remedios-manipulados-sao-ate-20-mais-baratos-que-os-industrializados>. 
Acesso em: 09 set. 2015. 
 
BRASIL.Saúde anuncia dados da hipertensão no País. Disponível em: 
<http://www.brasil.gov.br/saude/2011/04/saude-anuncia-dados-da-hipertensao-no-pais>. 
Acesso em: 09 set. 2015. 
 
CONCEIÇÃO, Cristiano P. da et al. Controle de qualidade de cápsulas manipuladas de 
diacereína. Rev. Bras. Farm. v. 93, n. 2, p. 265-269, 2012. 
 
COUTO, A. G.; TAVARES, R. C. Análise do perfil dos resultados de uniformidade de 



15 

 

conteúdo de cápsulas de baixa dosagem produzidas em farmácias de manipulação de Santa 
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17 

 

 

 

 

 

 

 

 

ANEXO 



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Anexo A – Normas para submissão do artigo à revista Destaques Acadêmicos 

1. Os artigos devem ter de 08 a 20 páginas, incluindo notas de rodapé, anexos e referências, 

digitadas em letra Times New Roman, fonte 12, com espaço entre linhas e parágrafos de um e 

meio. Devem incluir um resumo de até 10 linhas e apresentar as palavras-chave. O título e o 

resumo devem ser escritos na língua do artigo (português, inglês, alemão, italiano, espanhol ou 

francês). 

2. As resenhas e outras produções acadêmicas devem ter de 3 a 5 páginas, digitadas em letra 

Times New Roman, fonte 12, com espaço entre linhas e parágrafos de um e meio. 

3. Os originais devem conter as seguintes informações sobre o autor e, se houver, sobre os 

coautores: referências acadêmicas (formação, titulação, instituição) e profissionais (cargo que 

ocupa). E devem ser submetidos em formato editável (ex.: .doc, .odt...). 

4. As referências bibliográficas devem seguir os padrões da ABNT (NBR 6023/2002) e estarem 

dispostas em ordem alfabética, de acordo com o sistema utilizado para citação no texto 

(SISTEMA AUTOR-DATA, NBR 10520/2002), no final do trabalho. 

5. O Conselho Editorial da Revista reserva-se o direito de aceitar, ou não, os trabalhos enviados, 

informando ao autor se o artigo será ou não publicado. A publicação não implica em espécie 

alguma de remuneração. 

6. Responsabilidades e Direitos: A qualidade da apresentação do trabalho bem como seu conteúdo 

e originalidade, são responsabilidade exclusiva do(s) autor(es). Os autores, ao encaminharem os 

artigos, cedem à Univates os respectivos direitos de reprodução e publicação. Os casos omissos 

serão resolvidos pelos editores científicos do periódico. 

Fonte: Univates (texto digital).