Lajeado, março de 2019 

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UNIVERSIDADE DO VALE DO TAQUARI 

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU 

MESTRADO PROFISSIONAL EM ENSINO DE CIÊNCIAS EXATAS 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

ENSINO DE ELETROQUÍMICA: CONTRIBUIÇÕES DE UM OBJETO 

DE APRENDIZAGEM NA CONSTRUÇÃO DE CONHECIMENTOS DE 

CONDUTIVIDADE ELÉTRICA 

 
 
 

Douglas Gonçalves Sete 



Lajeado, março de 2019  

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Douglas Gonçalves Sete 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

ENSINO DE ELETROQUÍMICA: CONTRIBUIÇÕES DE UM OBJETO 

DE APRENDIZAGEM NA CONSTRUÇÃO DE CONHECIMENTOS DE 

CONDUTIVIDADE ELÉTRICA 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Dissertação apresentada ao Programa de Pós- 
Graduação em Ensino de Ciências Exatas, da 
Universidade do Vale do Taquari - Univates, como 
parte da exigência para a obtenção do grau de 
Mestre em Ensino de Ciências Exatas, na linha de 
pesquisa Tecnologias, metodologias e recursos 
didáticos para o ensino de Ciências e Matemática. 

 
Orientadora: Dra. Eniz Conceição Oliveira 



Lajeado, março de 2019 

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Douglas Gonçalves Sete 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

 
ENSINO DE ELETROQUÍMICA: CONTRIBUIÇÕES DE UM OBJETO 

DE APRENDIZAGEM NA CONSTRUÇÃO DE CONHECIMENTOS DE 

CONDUTIVIDADE ELÉTRICA 

 
 

A Banca examinadora abaixo aprova a Dissertação apresentada ao Programa de 
Pós-Graduação em Ensino de Ciências Exatas, da Universidade do Vale do Taquari 
- Univates, como parte da exigência para a obtenção do grau de Mestre em Ensino 
de Ciências Exatas, na linha de pesquisa Tecnologias, Metodologias e Recursos 
Didáticos para o Ensino de Ciências e Matemática. 

 
 

Profa. Dra. Eniz Conceição Oliveira – Orientadora 
Universidade do Vale do Taquari – Univates 

 

Profa. Dra. Jane Herber 
Universidade do Vale do Taquari – Univates 

 
Profa. Dra. Márcia Jussara Hepp Rehfeldt 
Universidade do Vale do Taquari – Univates 

 

Prof. Dr. José Claudio Del Pino 
Universidade do Vale do Taquari – Univates 



4 
 

 

 

DEDICATÓRIA 

 

 
À minha esposa Érika, pelo seu carinho, incentivo e por compreender a minha 

ausência; à minha filha Maria, pelo seu amor incondicional. Aos meus pais Maria e 

José e às irmãs Débora e Dayane, por sempre acreditarem em mim e me 

fortalecerem nas horas em que preciso. 



5 
 

 
 
 
 

 

AGRADECIMENTOS 

 

 
A Deus, pela vida e por me propiciar tantas oportunidades. À minha família, 

especialmente, à minha esposa Érika e à filha Maria. À minha mãe Maria e ao meu 

pai José; às minhas irmãs Débora e Dayane; aos afilhados Hélio, João, Rafaela e 

Laura; às tias e aos tios que, mesmo a distância, me apoiaram, demostrando carinho 

e amor. Aos colegas e amigos do Mestrado, que compartilharam comigo esses 

momentos de aprendizado. À minha orientadora, um agradecimento carinhoso por 

todos os momentos de paciência, compreensão e competência. Aos meus queridos 

alunos participantes desse estudo. Ao programa de pós-graduação da UNIVATES, 

representado pela Profª. Drª. Eniz Conceição Oliveira, pelos momentos partilhados, 

sem esmorecimento; a todos os professores que fizeram parte desse caminhar. 

Enfim, a todos aqueles que de uma maneira ou de outra contribuíram para que este 

projeto pudesse ser concluído. 



6 
 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

 

Não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino. Esses que fazeres 
que se encontram um no corpo do outro. Enquanto ensino continuo 
buscando, reprocurando. Ensino, porque busco, porque indaguei, porque 
indago e me indago. Pesquiso para constatar, constatando intervenho, 
intervindo educo e me educo. Pesquiso para conhecer o que ainda não 
conheço e comunicar ou anunciar a verdade. 

Paulo Freire 



7 
 

 

RESUMO 

 
 

O tema do presente estudo é: “Ensino de eletroquímica: contribuições de um objeto 
de aprendizagem na construção de conhecimentos de condutividade elétrica”. Ao 
desenvolvê-lo, analisam-se as implicações e contribuições do uso de um Objeto de 
Aprendizagem sobre condutividade nos conhecimentos de Química, de alunos 
iniciantes do curso de Licenciatura em Química. Temos objetivo investigar deque 
maneira o Objeto de Aprendizagem (OA) pode auxiliar os alunos na construção do 
conhecimento a respeito do conteúdo de eletroquímica, na disciplina de Química. 
Como procedimento metodológico, adotamos o estudo qualitativo, utilizando 
questionários e o roteiro para qualificar a utilização do Objeto de aprendizagem. 
Fundamentamos nossos estudos nas perspectivas dos seguintes teóricos: Valente 
(2002), Tajra (2012) e Penteado (2005), além de outros autores, que nos auxiliaram 
no desenvolvimento da pesquisa. Para a coleta de dados foram utilizados três 
questionários e as questões do produto educacional. Os dados foram avaliados 
através da Análise Descritiva. Os resultados apontam que antes da utilização do OA, 
os alunos tiveram uma média baixa de aproveitamento, o que pode ser justificado 
pelo fato de o tema corrente elétrica ser um conteúdo visto na Química no Ensino 
Médio, como parte de outros conteúdos. Após a utilização do OA, através do roteiro 
proposto no Produto Educacional, houve uma significativa melhora no desempenho 
dos alunos, que compreenderam bem melhor os conteúdos. Ficou evidente nas falas 
dos alunos o interesse, a aceitação e a empolgação na utilização do OA. 

 

Palavras-chave: Ensino. Eletroquímica. Condutividade. Objeto de aprendizagem. 



8 
 

ABSTRACT 

 
 

The theme chosen to develop this paper was “Electrochemical teaching: 
contributions of a learning object in the construction of electric conductivity 
knowledge”. In the paper is analyzed the implications that the usage of a Learning 
Object about conductivity contributes in the learning of knowledge regarding 
Chemistry to beginner students of the Licentiate in Chemistry. We have as a goal 
investigate in what way the Learning Object (OA) can support in the construction of 
knowledge of the students in the subject of Chemistry for the content of 
electrochemistry. As methodology process were used the qualitative study with the 
usage of questionnaires and script for a better usage of the Learning Object. 
Therefore, we based our studies in the perspectives of the following theorists: 
Valente (2002), Tajra (2012) e Penteado (2005) as well as in other authors and 
theorists who helped us in the development of the research. For the data gathering 
were used three questionnaires and the educational product issues. The data were 
assessed through the Descriptive Analyses. As results we got that before the usage 
of the OA the students had a low performance average, however this can be justify 
by the fact that the theme electric current is a content seen in Chemistry in High 
School as part of other contents. After the usage of the OA by the proposed roadmap 
in the Educational Product, the comprehension of the theme had a substantial 
improvement in the students’ performance. It became evident in the students’ 
speaking the interest, the acceptance and the excitement in the usage of the OA. 

 
 

Keywords: Teaching, Electrochemical, Conductivity, Learning Object. 



9 
 

 

LISTA DE ILUSTRAÇÕES 

 

LISTA DE FIGURAS 

Figura 1. Modelo de Objetos de Conteúdo ............................................................... 24 

Figura 2. Condutividade Elétrica de Alguns Materiais .............................................. 26 

Figura 3. OA Condutividade ..................................................................................... 27 

Figura 4. Visão Geral do OA sobre condutividade .................................................... 28 

Figura 5. Características do grupo de estudo com relação ao sexo ......................... 44 

Figura 6. Características do grupo de estudo com relação à faixa etária ................. 45 

Figura 7. Uso de aplicativo por parte do grupo de estudo ........................................ 46 

 
 
 
 

LISTA DE QUADROS 

Quadro 1. Documentos publicados em relação ao uso de objetos de aprendizagem 

pasra o Ensino de química, divulgados nos últimos 10 anos .................................... 30 

Quadro 2. Atividades Desenvolvidas. ....................................................................... 42 

Quadro 3. Gabarito do questionário 2....................................................................... 49 

 
 
 

 
LISTA DE TABELAS 

Tabela 1. Resultados do uso do objeto de aprendizagem ........................................ 51 



10 
 

 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 

 
 
 

CIEDs Centros de Informática Aplicada à Educação de Primeiro e Segundo 

Grau 

CIETs Centros de Informática na Educação Tecnológica 

CIES Centro de Informática na Educação Superior 

EDUCOM Projeto Computadores na Educação 

HTML Linguagem de Marcação de Hipertexto 

MEC Ministério de Educação e Cultura 

NTE Núcleos de Tecnologia Educacional 

AO Objeto de Aprendizagem 

PRONINFE Programa Nacional de Informática na Educação 

PROINFO Programa Nacional de Tecnologia Educacional 

e-PROINFO Ambiente Colaborativo de Aprendizagem 

RELPE Rede Latino-americana de Portais Educacionais 

RIVED Rede Interativa Virtual de Educação 

SEED Secretaria de Educação a Distância 

TIC Tecnologias da Informação e Comunicação 

TDIC Tecnologia Digital de Informação e Comunicação 

UFU Universidade Federal de Uberlândia 

UNIFRA Centro Universitário Franciscano 



11 
 

SUMÁRIO 

 

 
1 INTRODUÇÃO ................................................................................... 13 

1.1 TEMA ....................................................................................................... 14 

1.2 PROBLEMA ............................................................................................. 15 

1.3 OBJETIVOS ............................................................................................. 15 

1.4 JUSTIFICATIVA ....................................................................................... 15 

1.5 ESTRUTURA DA DISSERTAÇÃO .......................................................... 16 

2 REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................. 17 

2.1 O USO DAS TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO ...................................... 17 

2.2 OBJETO DE APRENDIZAGEM (OA) ...................................................... 23 

2.3 A CONDUTIVIDADE ................................................................................ 24 

2.4 O OBJETO DE APRENDIZAGEM SOBRE CONDUTIVIDADE ............... 26 

2.5 OBJETOS DE APRENDIZAGEM E O ENSINO DA QUÍMICA ................ 29 

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ...................................... 39 

3.1 ESTUDO QUALITATIVO ......................................................................... 39 

3.2 O CONTEXTO E OS PARTICIPANTES DO ESTUDO ............................ 39 

3.3 COLETA DE DADOS ............................................................................... 40 

3.4 ANÁLISE DESCRITIVA ........................................................................... 41 

4 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS .......................................................... 44 

4.1 ANÁLISE DAS RESPOSTAS DO QUESTIONÁRIO 1 ............................ 44 

4.2 ANÁLISE DAS RESPOSTAS DO QUESTIONÁRIO 2: ANTES DO USO 

DO OA ............................................................................................................ 48 

4.3 ANALISE DAS RESPOSTAS DO QUESTIONÁRIO 3: APÓS O USO DO 

OA  ................................................................................................................. 50 

4.4 RESULTADOS DAS CINCO ROTEIROS: APÓS USO DO OA .............. 52 

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................... 56 



12 

 

REFERÊNCIAS ..................................................................................... 59 

APÊNDICES ......................................................................................... 66 

Apêndice A – Termo de Anuência da Escola ........................................................ 66 

Apêndice B – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido .............................. 67 

Apêndice C – Questionário 1 .................................................................................. 68 

Apêndice D – Questionário 2 .................................................................................. 70 

Apêndice E – Questionário 3 ................................................................................ 722 



13 
 

1 INTRODUÇÃO 

 
 
 

O termo tecnologia é utilizado para definir os conhecimentos que permitem 

fabricar objetos e modificar o meio ambiente, tendo em vista a satisfação das 

necessidades humanas. Presente no nosso cotidiano, a tecnologia contribui 

significativamente em muitas áreas do conhecimento como na medicina, na 

engenharia, na segurança, no setor financeiro, na defesa, entre outras. 

Na educação, a tecnologia vem ganhando espaço, apesar das condições 

precárias, tendo em vista a falta de investimentos e de projetos por parte dos 

governantes. Além disso, nas escolas onde há recursos, percebe-se certa 

resistência por parte de alguns docentes que seguem um planejamento tradicional e 

tendem a manter uma perspectiva conservadora, por desconhecerem o potencial do 

uso das tecnologias. 

A proposta do presente trabalho é a inserção dos recursos tecnológicos na 

sala de aula para que os alunos possam descobrir, através de novos métodos, uma 

nova forma de conhecimento. Este propósito parte de uma experiência pessoal. Em 

2004, ao iniciar meus estudos no curso de Licenciatura em Química, na 

Universidade Federal de Uberlândia (UFU), pude vivenciar a Química de várias 

formas, utilizando laboratório nas aulas práticas, aprendendo as teorias na sala de 

aula e, nas disciplinas pedagógicas, fui percebendo o prazer de lecionar, de ser 

professor. Numa destas disciplinas, vivenciei pela primeira vez o uso da tecnologia 

no ensino e a aplicação da informática por meio do laboratório didático virtual e de 

Objetos de Aprendizagem (OA). 

No Brasil, os OA somente foram introduzidos a partir dos anos 2000. Por 

intermédio do Ministério da Educação (MEC) e da Secretaria de Educação a 

Distância (SEED), através da Rede Internacional Virtual de Educação, depois 

alterada para a Rede Interativa Virtual de Educação (RIVED), obtiveram-se 

incentivos para a produção de conteúdos digitais através de animações ou 

interatividades que permitissem estimular e despertar a curiosidade dos alunos. 

As interatividades são compreendidas como a percepção da capacidade, ou o 

potencial de interação propiciada por determinado sistema ou atividade. Assim, as 

atividades interativas oferecem oportunidades de exploração de fenômenos 



14 
 

científicos e de conceitos muitas vezes inviáveis nas escolas por questões diversas, 

como, por exemplo, experiências em laboratório com substâncias Químicas que 

envolvem alguns conceitos como energia, velocidade, grandeza, medidas, força, 

entre outras. Atualmente, estes recursos ainda estão disponíveis no site do RIVED. 

Até 2003, a equipe desta Rede foi responsável pela produção de 120 Objetos 

de aprendizagem nas áreas de Biologia, Física, Matemática e Química para o 

Ensino Médio. Em 2004, a produção de objetos foi transferida pela SEED para as 

universidades, com o nome de Fábrica Virtual. 

No ano de 2006, fui convidado a participar do RIVED, na Universidade 

Federal de Uberlândia (UFU), cujo objetivo era a produção de conteúdos 

pedagógicos digitais. Tais conteúdos tinham a função de auxiliar o processo de 

aprendizagem, estimular o raciocínio e o pensamento crítico dos estudantes, 

associando o potencial da informática às novas abordagens pedagógicas. Deste 

convite surgiu a possibilidade de participar da construção de cinco OA com temas 

relacionados à eletroquímica. 

Frente a experiencia vivenciada na graduação, optamos por continuar a 

abordagem em cima de um dos Objetos de Aprendizagem construídos, para a 

pesquisa do mestrado. 

Na continuação, apresentam-se o tema, o problema, os objetivos e a 

justificativa que orientaram o desenvolvimento do presente trabalho. 

 
 

1.1 TEMA 

 
 

 
O tema do presente estudo é o “Ensino de eletroquímica: contribuições de um 

objeto de aprendizagem na construção de conhecimentos de condutividade elétrica”. 

Ao longo do desenvolvimento do trabalho, analisam-se as implicações e 

contribuições da utilização de Objetos de Aprendizagem na construção de 

conhecimentos relativos ao conteúdo de eletroquímica, na disciplina de Química. 



15 
 

1.2 PROBLEMA 

 
 

 
O problema do estudo se resume no seguinte questionamento: Como a 

utilização de um Objeto de Aprendizagem sobre condutividade pode contribuir na 

aprendizagem de alunos iniciantes do curso de Licenciatura em Química, no que diz 

respeito a conhecimentos relacionados à eletroquímica? 

 
 

1.3 OBJETIVOS 

 
 

O objetivo geral do estudo é investigar como um Objeto de Aprendizagem 

pode auxiliar na construção de conhecimentos relativos ao conteúdo de 

eletroquímica por parte dos alunos, na disciplina de Química. 

 
Os objetivos específicos se resumem nos seguintes: 

 
 

• Verificar o perfil dos alunos do 1° semestre do curso de Licenciatura em 

Química; 

• Analisar os conhecimentos prévios dos alunos em relação ao conteúdo de 

eletroquímica; 

• Construir um roteiro do produto educacional a fim de usar com mais eficiência 

o Objeto de Aprendizagem; 

• Aplicar o Objeto de Aprendizagem intitulado “Condutividade” dentro do 

conteúdo de eletroquímica, utilizando um roteiro; 

• Avaliar as contribuições do Objeto de Aprendizagem no ensino e na 

ampliação dos conhecimentos do conteúdo de condutividade. 

 
 
 

1.4 JUSTIFICATIVA 

 
 

 
Ensinar Química atualmente é um desafio para todo professor, pois os alunos 



16 
 

têm diversos interesses e não suportam uma aula monótona, apenas de quadro e 

giz. Atualmente, o professor não precisa, nem deve limitar-se apenas ao uso do livro 

didático, pois dispõe de muitas tecnologias que podem auxiliá-lo na superação das 

dificuldades no ensino. 

A informática é uma dessas ferramentas que auxiliam na compreensão 

desses conceitos. Os jovens têm um grande fascínio pela informática, o que facilita o 

uso da tecnologia em favor do conhecimento. O uso da tecnologia pelos professores 

propicia uma aproximação dos alunos com a disciplina, relacionando a aula ao 

cotidiano do estudante. 

 

 
1.5 ESTRUTURA DA DISSERTAÇÃO 

 
 

Iniciamos nosso trabalho com a introdução sobre o uso de tecnologia e Objeto 

de Aprendizagem, o tema, o problema, os objetivos e a justificativa do trabalho. 

No capitulo 2 apresentamos o referencial teórico que foi dividido em: O uso 

das tecnologias na educação, Objeto de Aprendizagem, A condutividade, O Objeto 

de Aprendizagem sobre condutividade e Objetos de Aprendizagem no ensino de 

química. 

No capítulo 3 passamos para os procedimentos metodológicos, onde falamos 

sobre o estudo qualitativo, o contexto e sujeitos do estudo, descrevemos como foi a 

coleta de dados e por último a análise. 

No capítulo 4 traz os resultados e discussão dos resultados dos questionários 

1, 2, 3 e dos cinco roteiros. 

No último capítulo temos as considerações finais do trabalho onde é descrito 

as análises dos objetivos do estudo. 



17 
 

2 REFERENCIAL TEÓRICO 

 

 
A escolha das teorias de uma pesquisa é de suma importância, tanto para 

definir os objetivos a serem alcançados, quanto para nortear a metodologia a ser 

utilizada na pesquisa. Para o presente trabalho, buscamos fundamento em 

referenciais que versassem sobre questões concernentes à construção de conceitos 

relativos aos Objetos de Aprendizagem baseados no uso de tecnologias e ao ensino 

da Química. 

 
 

2.1 O USO DAS TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO 

 
 

A palavra tecnologia tem origem no grego “tekhne”, que significa “técnica” e o 

sufixo “logia”, que significa “estudo”. Há várias expressões que se referem ao uso da 

tecnologia, sendo uma delas a “Tecnologia na Educação”, que nos permite incluir o 

uso de toda e qualquer forma de tecnologia relevante à educação; contudo, 

normalmente, quando usa-se esta expressão, concentra-se no uso do computador e 

nas suas inúmeras possibilidades de uso, que têm evoluído e se modificado ao 

longo dos anos. Kensky (2003, P.18) refere-se à ação da tecnologia no meio: 

 
A tecnologia está em todo lugar, já faz parte de nossas vidas. Nossas 
atividades cotidianas mais comuns como dormir, comer, trabalhar, ler, 
conversar, deslocarmo-nos para diferentes lugares, e divertirmo-nos- são 
possíveis graças às tecnologias a que temos acesso. As tecnologias estão 
tão próximas e presentes, que nem percebemos mais que não são coisas 
naturais. 

 

Hoje utiliza-se a expressão “Tecnologia digital de informação e comunicação” 

(TDIC) para nos referirmos à possibilidade de combinação e à integração de 

diversos ambientes e indivíduos em rede a partir de equipamentos, programas e 

mídias, facilitando a comunicação e ampliando as ações e possibilidades. Uma 

dessas possibilidades é o uso do OA, que pode ser o software educacional que 

trabalha conceitos de diferentes componentes curriculares. 

 
Neste contexto, apresenta-se uma retrospectiva sobre o uso da tecnologia 



18 
 

na educação, partindo da década de 80 e indo até os dias atuais. E neste contexto 

mostraremos alguns projetos governamentais e o proinfo que está presente até hoje 

entre as ferramentas. 

Nascimento (2007) traz um cronograma da utilização da tecnologia digital de 

informação e de comunicação (TDIC), principalmente a informática, na educação 

brasileira, partindo dos anos 1980 até 1997. Nos anos 80, os resultados de dois 

seminários internacionais, em 1981 e 1982, ressaltaram a importância do uso do 

computador como ferramenta auxiliar nos processos de ensino e de aprendizagem. 

Em 1984, foram implantados projetos-piloto em universidades, como o 

Projeto Computadores na Educação (EDUCOM), lançado pelo Ministério da 

Educação e Cultura (MEC) e pela Secretaria Especial de Informática. O objetivo 

desse projeto era criar centros em Universidades Federais para desenvolver projetos 

e pesquisar sobre a informática educativa (NASCIMENTO, 2007). 

Após os resultados desse projeto, em 1987, o MEC criou o Programa de 

Ação Imediata em Informática na Educação de Primeiro e Segundo Grau, hoje, 

Ensino Fundamental e Médio, destinado a capacitar professores (Projeto Formar) e 

a implantar infraestruturas de suporte nas Secretarias Estaduais de Educação. 

Assim foram construídos os Centros de Informática Aplicada à Educação de Primeiro 

e Segundo Grau (CIED); as Escolas Técnicas Federais; os Centros de Informática 

na Educação Tecnológica (CIET); e nas universidades, os Centros de Informática na 

Educação Superior (CIES) (NASCIMENTO, 2007). 

Entre 1988/89, foram implantados dezessete CIEDs em vários estados 

brasileiros, onde grupos interdisciplinares formados por educadores, técnicos e 

especialistas trabalhavam com programas computacionais de informática educativa. 

Esses centros atendiam alunos e professores do Ensino Fundamental e Médio e a 

comunidade em geral (NASCIMENTO, 2007). 

Em 1989, o MEC criou o Programa Nacional de Informática na Educação 

(PRONINFE), com o objetivo de dar continuidade às ações já iniciadas. Uma de 

suas metas era promover o desenvolvimento da informática educativa e seu uso nos 

sistemas públicos de ensino. Esse programa contribuiu para a criação de 

laboratórios e de centros para a capacitação de professores (NASCIMENTO, 2007). 

Todos esses projetos serviram de experiência para o programa do governo 

criado em 1997, o Programa Nacional de Informática na Educação (PROINFO). 



19 
 

Esse programa equipou mais de duas mil escolas e investiu na formação de mais de 

vinte mil professores através dos duzentos e quarenta e quatro Núcleos de 

Tecnologia Educacional (NTE) instalados em vários estados brasileiros. Houve 

assim muitos avanços na informática educativa no Brasil; contudo, constata-se que a 

realidade desse programa ainda não aconteceu em muitas escolas públicas 

brasileiras (NASCIMENTO, 2007). 

O PROINFO desencadeou programas voltados à inclusão de tecnologia na 

educação (BRASIL, 2018): 

1- Gestão Educacional, como a COM-VIDA – Comissão de Meio Ambiente e 

Qualidade de Vida, iniciada em 2003. 

2- Ensino e Aprendizagem, como a Tecnologia Educacional Aprimora, que 

promove o desenvolvimento em português e matemática; e o Banco Internacional de 

Objetos Educacionais, criado em 2008, com a parceria do MEC e da Rede Latino- 

americana de Portais Educacionais (RELPE), que é um repositório de recursos 

digitais. 

3- Formação dos profissionais da educação, como a Experimentoteca, 

projeto criado na USP, com 127 kits laboratório de ciências, que pretende 

racionalizar o uso do material experimental. Existe também a Rede Nacional de 

Formação Continuada de Professores de Educação Básica, constituída pelas 

principais universidades públicas do Brasil, cuja finalidade é contribuir para a 

qualidade do ensino e para a melhoria do aprendizado dos alunos. Há também a TV 

Escola, um canal de televisão do Ministério da Educação que capacita, aperfeiçoa e 

atualiza educadores da rede pública. Mesmo sendo criado em 1996, ganhou força 

na década seguinte, com programas diários. O Telecurso 2000, que ficou no ar até 

2014, cujo projeto educacional era ensinar as disciplinas do Ensino Fundamental e 

Médio. Após a ampla adesão à internet, este tipo de programa ficou monótono. 

4- Educação Inclusiva, como o Multiplano - Instrumento Pedagógico para o 

Ensino da Matemática na Perspectiva da Educação Inclusiva, que é um recurso 

didático-pedagógico apresentado como alternativa concreta, que contribui para a 

aquisição do raciocínio lógico no processo de aprendizagem da matemática. 

5- Portais Educacionais, como o e-PROINFO, que apresenta várias 

modernizações. O Ambiente Colaborativo de Aprendizagem (e-Proinfo) é um 

ambiente virtual colaborativo de aprendizagem que permite a concepção, a 



20 
 

administração e o desenvolvimento de diversos tipos de ações, como cursos a 

distância, complemento a cursos presenciais, projetos de pesquisa, projetos 

colaborativos e diversas outras formas de apoio a distância ao processo ensino- 

aprendizagem. O programa RIVED, iniciado em 1997 e finalizado em 2008, com 

atuação nas principais universidades públicas do Brasil, produziu centenas de 

objetos de aprendizagem nas áreas de química, matemática e biologia. 

6- Diversidade e educação de jovens e adultos, com o Programa Mais 

Educação, constitui estratégia indutora para a oferta da Educação Integral na política 

educacional. 

Com tudo isto conseguimos ver a grande importância do proinfo na 

tecnologia da educação. Mas tudo isto tem de ser visto diante de cada realidade que 

existe. 

Atualmente, a educação depara-se com um dilema: a informação. Se antes 

o problema era como ter acesso às informações, hoje elas estão em toda a parte, 

transmitidas pelos diversos meios de comunicação. A informação e o conhecimento 

não se encontram mais fechados dentro da escola, mas foram democratizados. O 

novo desafio da educação diante dessa nova realidade é como orientar o aluno para 

que ele saiba o que fazer com essa informação, de forma a aproveitá-la como 

conhecimento e, principalmente, como fazer para que ele saiba aplicar este 

conhecimento de forma independente e responsável. 

Valente (2001, p. 31) afirma que: 

 
 

[...] o termo “Informática na Educação” significa a inserção do computador 
no processo de aprendizagem dos conteúdos curriculares de todos os  
níveis e modalidades de educação. Para tanto, o professor da disciplina 
curricular deve ter conhecimento sobre os potenciais educacionais do 
computador e ser capaz de alternar adequadamente atividades tradicionais 
de ensino-aprendizagem e atividades que usam o computador. 

 
As novas tecnologias, como a informática, estão muito presentes no nosso 

cotidiano. Ao mesmo tempo em que elas propiciam possibilidades de ampliação dos 

conhecimentos, produzem certa insegurança para os profissionais de ensino, que 

temem as novas experiências, por não conseguirem demonstrar o domínio total dos 

recursos tecnológicos, como tinham antes. Sobre este quesito, Tajra (2007, p. 30) 

pondera: 



21 
 

[...]. Não existe um universal para a aplicação da informática na educação. 
Ela varia de acordo com a disponibilidade de recursos humanos, 
financeiros, técnicos, das linhas metodológicas das escolas, bem como, da 
credibilidade em relação à tecnologia na educação. 

 
Assim, a informática na escola pode ser vista como uma aliada do professor 

na execução de suas aulas, com a participação dos alunos através de pesquisas e 

apresentação de trabalhos. Ela é um tema comentado por vários autores, entre eles, 

Valente (1998) e Tajra (1998, p. 27) que afirma: 

 
O computador deve ser utilizado como instrumento de aprendizagem que 
introduza o discente no mundo da digitalização, que o faça atuar e participar 
do seu processo de construção de conhecimentos de forma ativa, 
interagindo com o instrumento de aprendizagem, com os colegas e o auxílio 
do professor; este último, cujo papel é de extrema importância, uma vez que 
será o condutor das atividades, o que o leva a procurar estar sempre 
atualizado em busca de novas experiências que possam enriquecer a sua 
ação em sala de aula. 

 
O computador é uma ferramenta que pode auxiliar o professor a promover o 

conhecimento e a autonomia, a criticidade e a criatividade do aluno. Mas, para que 

isso aconteça, é necessário que o professor assuma o papel de mediador da 

interação entre aluno, conhecimento e computador, o que supõe formação para 

exercício deste papel. No entanto, nem sempre é isso que se observa na prática 

escolar. De acordo com MORAN (2000, p. 17-18): 

 
As mudanças na educação dependem também dos alunos. Alunos curiosos 
e motivados facilitam enormemente o processo, estimulam as melhores 
qualidades do professor, tornam-se interlocutores lúcidos e parceiros de 
caminhada do professor-educador. Alunos motivados aprendem e ensinam, 
avançam mais, ajudam o professor a ajudá-los melhor. Alunos que provêm 
de famílias abertas, que apoiam as mudanças, que estimulam afetivamente 
os filhos, que se desenvolvem em ambientes culturalmente ricos, aprendem 
mais rapidamente, crescem mais confiantes e se tornam pessoas mais 
produtivas. 

 

 
Uma vez que não é tão simples a utilização das TDIC no ensino, 

principalmente, devido às dificuldades e à falta de capacitação docente, há uma 

certa resistência dos professores em relação ao seu uso em sala de aula. Para que 

as TDIC sejam inseridas no ensino, é importante o envolvimento do professor, 

sendo, por isso, oportuna e necessária sua formação para o uso adequado. Nesse 

sentido, Penteado (2005, p. 283) salienta que “sem o envolvimento de professores 

não é possível pensar na inserção de TIC na escola e, sem formação, esse 



22 
 

envolvimento não acontece”. Para Fiorentini e Lorenzato (2006, p. 45), a Tecnologia 

Digital da Informação e Comunicação (TDIC) 

 
[...] resulta da fusão das tecnologias de informação, antes referenciadas 
como informática, e as tecnologias de comunicação, denominadas 
anteriormente como telecomunicações e mídia eletrônica. Elas envolvem a 
aquisição, o armazenamento, o processamento e a distribuição da 
informação por meios eletrônicos e digitais, como rádio, televisão, telefone e 
computadores. 

 
 

Há, ainda, professores que acham que o computador impede o aluno de 

exercer o raciocínio, ou seja, pensam que os alunos deixarão de pensar. No entanto, 

Borba e Penteado (2007, p. 48) ponderam que 

 

[...] devemos entender a informática. Ela é uma nova extensão de memória, 
com diferenças qualitativas em relação às outras tecnologias da inteligência 
e permite que a linearidade de raciocínios seja desafiada por modos de 
pensar, baseados na simulação, na experimentação e em uma “nova 
linguagem” que envolve escrita, oralidade, imaginação e comunicação 
instantânea. 

 
 

Com os avanços tecnológicos, as tecnologias digitais passaram a fazer parte 

do cotidiano das escolas e das pessoas. Contudo, o uso da informática na educação 

foi ampliada em decorrência da busca por soluções para melhorar os processos de 

ensino e aprendizagem (BRITO, 2001). 

Vieira (2011) mostra que uma das possibilidades das TDIC é que o professor 

pode construir o conhecimento junto com o aluno. Nesse sentido, segundo o autor, 

 
[...] a implantação da informática como auxiliar do processo de construção 
do conhecimento implica mudanças na escola que vão além da formação do 
professor. É necessário que todos os segmentos da escola – alunos, 
professores, administradores e comunidades de pais – estejam preparados 
e suportem as mudanças educacionais necessárias para a formação de um 
novo profissional. Nesse sentido, a informática é um dos elementos que 
deverão fazer parte da mudança, porém essa mudança é mais profunda do 
que simplesmente montar laboratórios de computadores na escola e formar 
professores para utilização dos mesmos (VIEIRA, 2011, p. 4). 

 
O professor precisa compreender e utilizar essas tecnologias de forma mais 

inovadora nas suas aulas, substituindo seu papel tradicional de professor 

transmissor de informações e de conhecimentos, por ser um professor pesquisador, 

reflexivo, orientador, com um planejamento flexível, em constante adaptação às 

necessidades e realidades do aluno. 



23 
 

2.2 OBJETO DE APRENDIZAGEM (OA) 

 
 

 
Os estudos sobre OA são recentes, de forma que não há um consenso 

universalmente aceito sobre sua definição. Segundo Tarouco (2014), os OA têm sido 

um conveniente instrumento de conhecimento que pode ser utilizado no ensino em 

diferentes disciplinas, a fim de facilitar a transmissão do conhecimento. A 

versatilidade e a perspectiva de utilizá-los várias vezes são características dos OA, 

que podem ser produzidos de uma maneira simples como animação ou, mais 

complexa, como simulação. 

Balbino (2007, p. 1) assim define os OA: 

 
 

Os Objetos de Aprendizagem são definidos como uma entidade, digital ou 
não digital, que pode ser usada e reutilizada ou referenciada durante um 
processo de suporte tecnológico ao ensino e à aprendizagem. Exemplos de 
tecnologia de suporte ao processo de ensino e aprendizagem incluem 
aprendizagem interativa, sistemas instrucionais assistidos por  
computadores inteligentes, sistemas de educação à distância, e ambientes 
de aprendizagem colaborativa. Exemplos de objetos de aprendizagem 
incluem conteúdos de aplicação multimídia, conteúdos instrucionais, 
objetivos de aprendizagem, ferramentas de software e software instrucional, 
pessoas, organizações ou eventos referenciados durante o processo de 
suporte da tecnologia ao ensino e aprendizagem. 

 
Os OA são gerados de várias formas conceituais como textos, animações e 

simulações e podem ficar à disposição na internet. Bettio e Martins (2004, p. 3) 

dizem que um bom OA deve estar dividido em três partes: 

 
- Objetivos: tem como finalidade mostrar ao aprendiz o que ele poderá 
aprender com o estudo do Objeto. Pode, por exemplo, conter uma lista de 
conhecimentos prévios necessários para um bom aprendizado; 
- Conteúdo instrucional: mostra todo o material didático que é preciso para 
que no final o aluno atinja os objetivos dispostos no item anterior; 
- Prática e feedback: uma característica importante dos Objetos de 
Aprendizagem é que ao final dela coloca-se uma avaliação, para que o 
aluno veja se atingiu às expectativas, e se não, utilizá-lo novamente, 
quantas vezes for necessário. 

 
 

Rohde (2004) considera que para ter uma melhor clareza dos OA, é preciso 

observar o modelo conceitual fundamentado na hierarquia de índice, proposto no 

modelo de objeto de conteúdos na Figura 1. 



24 
 

Figura 1. Modelo de Objetos de Conteúdo 
 

Fonte: Rohde (2004, p.18) 

 
 

No primeiro nível, recursos crus encontram-se as informações básicas 

armazenadas em forma de áudios, textos, ilustrações, animações e simulações. 

Juntos, eles formam o segundo nível, o bloco de informação. Quando reunidos ao 

objetivo, forma-se o terceiro nível, objetos de aplicação. Já o quarto (montagens 

agregadas) e o quinto nível (coleções) são reunidos para objetivos maiores. 

De acordo com Rozados (2009, p. 61), “a qualidade destes objetos de 

aprendizagem vai atingir, diretamente, a qualidade da aprendizagem que se 

pretende atingir”. Os professores devem fazer um planejamento para a utilização 

dos OA, bem como, devem fazer a avaliação e a validação. 

Qualquer material eletrônico ou não que contém informações para a 

construção de conhecimento pode ser considerado Objeto de Aprendizagem, seja 

essa informação em forma de uma imagem, uma página HTML (da Internet), uma 

animação ou uma simulação. 

 

 
2.3 A CONDUTIVIDADE 

 
 

 
A Química é dividida em seis grandes áreas: Química Geral, Química 

Orgânica, Bioquímica, Química Analítica, Físico-Química e Química Inorgânica 

Goedhart (2007). 

A condutividade, fenômeno observado em sólidos, soluções ou materiais 



25 
 

fundidos, indicado pela transmissão de corrente elétrica, quando sob a influência de 

um campo elétrico externo, é um conteúdo que está na Química Geral, 

principalmente, quando se estudam ligações químicas e suas propriedades; na 

Química Inorgânica, quando se estudam as propriedades dos sais; e na Físico- 

Química, quando se aprofunda mais o tema, na Eletroquímica. Ou seja, é um 

conteúdo que precisa de uma boa compreensão para um melhor entendimento da 

Química de modo geral (BRANDY; SENESE, 2009). 

No conteúdo sobre condutividade se estuda, principalmente, a relação de 

caráter elétrico de um determinado material ou substância. Existem substâncias 

boas condutoras e outras más condutoras de eletricidade, o que está relacionado à 

capacidade das substâncias de ter mais ou menos elétrons livres em solução. O 

mesmo vale para os materiais como ferro e madeira: o ferro é um bom condutor 

elétrico pelo fato de sua ligação metálica possuir nuvens de elétrons livres, o que 

favorece a condução elétrica. Já a madeira impede mais a condutividade, pois não 

tem os elétrons livres na composição (ATKINS; JONES, 2005). 

De acordo com Russell (2000, p. 462): 

 
 

Os elétrons livres num metal são responsáveis por suas características de 
condutividades elétrica e térmica. Quando elétrons são adicionados numa 
extremidade de um pedaço de metal, outros elétrons são simultaneamente 
retirados de outra extremidade. Esta passagem de elétrons é denominada 
condução metálica. 

 
Ainda assim, entre os materiais, há os semicondutores que alteram sua 

condutividade com o aumento da temperatura. Com o abaixamento da temperatura, 

a condutividade elétrica baixa nestes semicondutores, conforme esclarece Russell 

(2000, p. 468): 

 
Um semicondutor é uma substância cuja condutividade elétrica aumenta 
com o aumento da temperatura. Num metal normal, um aumento na 
temperatura provoca um aumento na amplitude da vibração dos íons no 
cristal, o que limita a liberdade de movimento dos elétrons deslocalizados e, 
consequentemente, a condutividade do metal decresce. A baixas 
temperaturas, um semicondutor é um fraco condutor de eletricidade, porque 
a maioria de seus elétrons está ligada a átomos específicos. À medida que 
a temperatura aumenta, alguns elétrons são liberados, podendo se 
movimentar, o que resulta num aumento da condutividade elétrica. 

 
Nos metais em geral, verifica-se alta condutividade elétrica. Os fios elétricos 

são feitos de metais, mas são utilizados diferentes metais. Em fios de alta tensão, é 



26 
 

utilizado o cobre, um metal nobre, cuja condutividade somente é menor que a prata, 

que também é utilizada em fios. Depois da prata e do cobre, temos o ouro, o 

alumínio e o ferro, como pode ser observado na Figura 2. 

 
Figura 2. Condutividade Elétrica de alguns materiais. 

Fonte: Van Vlack (1984, p. 108) 

 
 
 
 
 

2.4 O OBJETO DE APRENDIZAGEM SOBRE CONDUTIVIDADE 

 
 

 
Um bom recurso didático pode ser o uso de softwares, em virtude da sua 

significativa aceitação, encantando principalmente os jovens. Tajra (2000) afirma  

que alguns softwares educativos já disponíveis no mercado auxiliam os alunos a 

raciocinarem a respeito de certos fenômenos químicos através de simulações, 

manipulações e visualização de dados no computador, o que facilita a assimilação 

dos conteúdos de Química, de uma forma mais dinâmica e contextualizada. 

O projeto RIVED1 iniciou em 2006, na UFU, com os orientadores, professora 

da área de Matemática e professora da área de Química. Para proceder à escolha 

dos alunos, foi realizado um curso de aproximadamente um mês. No final do curso, 

foi realizada uma entrevista com os alunos que se destacaram. Das disciplinas de 

Química e de Matemática foram selecionados para o projeto quatro alunos por 

disciplina, e mais dois alunos de informática, todos da UFU. O projeto RIVED foi uma 

iniciativa do MEC e da SEED, com bolsas de vinte horas semanais para os alunos 

desenvolverem o projeto. 

 
 
 

1 RIVED - são atividades multimídia, interativas, na forma de animações e simulações. Disponível 

no site: http:// http://rived.mec.gov.br/ 

http://rived.mec.gov.br/


27 
 

Figura 03 – OA Condutividade 

Fonte: Próprio autor 

 
 

O tema selecionado pelos quatro alunos de Química foi eletroquímica, em 

relação ao qual deveriam ser desenvolvidos cinco objetos de aprendizagem. 

Inicialmente, foram feitos os roteiros com os cinco temas: condutividade, pilhas, 

eletrólise, galvanização e espontaneidade. Posteriormente, foram desenvolvidos o 

design pedagógico e o guia do professor. Com base nos roteiros, no design 

pedagógico e em algumas reuniões, o aluno da computação, utilizando animações 

em Java2, transformou as ideias em objeto de aprendizagem. 

Depois de concluídos, os Objetos de Aprendizagem foram disponibilizados no 

site do projeto http://www.rived.ufu.br/index.html, que pode ser utilizado por qualquer 

professor de Química, hoje disponível para download em arquivos relacionados da 

página, Objetos de Aprendizagem3. 

 
 
 
 

 
2 Java - é uma linguagem de programação orientada a objetos. Disponível no site: 
https://www.java.com/pt_BR/about/ 
3 Site para download <http://pdl.ifmt.edu.br/media/filer_public/98/71/98718156-7fe4-4376-8ae1- 
a1815cf508e1/objetos_de_aprendizagem.rar>. 

http://www.rived.ufu.br/index.html
https://www.java.com/pt_BR/about/
http://pdl.ifmt.edu.br/media/filer_public/98/71/98718156-7fe4-4376-8ae1-


28 
 

Figura 04 – Visão Geral do OA sobre Condutividade 

Fonte: Próprio autor 

 

 
Além da construção de uma sequência didática a partir do produto 

educacional, são necessários alguns documentos, como o design pedagógico, o 

roteiro e o guia do professor, para elucidar melhor a utilização do objeto de 

aprendizagem pelo professor. 

Com base nos OA, pode-se dizer que a informática pode ser utilizada nas 

escolas, a fim de facilitar o conhecimento do aluno, tornando-o mais ativo e 

participativo no processo, sempre respeitando suas características individuais. O 

professor deve propiciar a integração aluno/computador, com o objetivo de favorecer 

o processo de aprendizagem, no sentido de incentivar a reflexão, o raciocínio, a 

pesquisa e a criatividade. O professor precisa estar consciente de que é a iniciativa 

do aluno que vai fazê-lo interagir com o produto da sua aprendizagem (VIERA, 

2011). 

Valente (2002, p. 16) salienta que “a implantação da informática na educação 

consiste basicamente de quatro itens: o computador, o software educativo, o 

professor capacitado a usar o computador como ferramenta educacional e o aluno”. 

Nesse sentido, a tecnologia pode contribuir no processo de aprendizagem. 

O produto educacional é uma exigência dos mestrados  profissionais. 

Segundo a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior 



29 
 

(BRASIL) (2012), entende-se por produto educacional o que segue: 

 
 

Mídias educacionais (vídeos, simulações, animações, experimentos virtuais, 
áudios, objetos de aprendizagem, aplicativos de modelagem, aplicativos de 
aquisição e análise de dados, ambientes de aprendizagem, páginas de 
internet e blogs, jogos educacionais, etc.); • Protótipos educacionais e 
materiais para atividades experimentais; • Propostas de ensino (sugestões 
de experimentos e outras atividades práticas, sequências didáticas, 
propostas de intervenção, etc.); • Material textual (manuais, guias, textos de 
apoio, artigos em revistas técnicas ou de divulgação, livros didáticos e 
paradidáticos, histórias em quadrinhos e similares); • Material interativos 
(jogos, kits e similares); • Atividades de extensão (exposições científicas, 
cursos, oficinas, ciclos de palestras, exposições, atividades de divulgação 
científica e outras)” (BRASIL, 2012, texto digital). 

 
 

Para a aplicação do Produto Educacional, desenvolvemos sequências 

didáticas com o uso do objeto de aprendizagem condutividade. 

 
 

2.5 OBJETOS DE APRENDIZAGEM E O ENSINO DA QUÍMICA 

 
 

 
Com o objetivo de relacionar o que já existe de sobre os Objetos de 

Aprendizagem e o ensino de química, buscamos publicações de documentos que 

têm como eixo principal “O uso de Objetos de Aprendizagem para o Ensino de 

Química”, foi feita uma revisão de literatura com as seguintes etapas: 

• Seleção das fontes: 
 

Foram escolhidos documentos acessados nas bases de dados do Portal de 

Periódicos CAPES/MEC4, Sistema Integrado de Bibliotecas da Universidade de São 

Paulo5, Biblioteca Eletrônica Científica Online SciELO6 e no Google Acadêmico7. Na 

busca, os descritores utilizados foram: “Objeto de Aprendizagem”, “Ensino” e 

“Química”. Os documentos encontrados, escritos em português, foram publicados 

nos últimos 10 anos (2009-2019). 

• Leitura inicial: 
 

Nesta fase, foi realizada a leitura exploratória de todo o material selecionado. A 

 
4 Site CAPES/MEC <http://www-periodicos-capes-gov-br.ez29.periodicos.capes.gov.br/> 
5 Site SIBI < http://www.usp.br/sibi > 
6 Site Scielo <http://www.scielo.org/php/index.php> 
7 Site Google Acadêmico < http://scholar.google.com.br> 

http://www-periodicos-capes-gov-br.ez29.periodicos.capes.gov.br/
http://www.usp.br/sibi
http://www.scielo.org/php/index.php
http://scholar.google.com.br/


30 
 

leitura objetivou verificar se as obras consultadas eram ou não do interesse da 

pesquisa. 

Apresenta-se a seguir a descrição dos documentos encontrados que se 

relacionam diretamente com a temática deste estudo. Foram selecionadas 13 

publicações, que estão relacionadas no Quadro 1, elaborado em ordem cronológica 

com base no ano de publicação dos documentos. 

 
 

Quadro 1. Documentos publicados em relação ao Uso de Objetos de Aprendizagem para o Ensino 

de Química, divulgados nos últimos 10 anos. 

Ano de 
publicação 

Nome da publicação Nome dos autores Nome da Revista 

2009 Desenvolvendo habilidades 
visuoespaciais: uso de software de 
construção de modelos moleculares 
no ensino de isomeria geométrica 
em Química. 

RAUPP, D.; SERRANO, 
A.; MOREIRA, M.A. 

Experiências em 
Ensino de 
Ciências. 

2009 Os professores de Química e o uso 
do computador em sala de aula: 
discussão de um processo de 
formação continuada. 

GABINI, W.; DINIZ, R. Ciência & 
Educação. 

2009 O uso de softwares no ensino de 
Química em escolas públicas e 
privadas de Petrolina/PE e 
Juazeiro/BA. 

TRINDADE, A.M.G.; 
SANTOS, A.W.N.; ANJOS, 
V.H.A.; BRAZ, S.R.; 
MONTE, N.D.; 
VESCESLAU, J.G. 

Simpósio 
Brasileiro de 
Educação 
Química 

2010 Avaliando a potencial contribuição 
de um Objeto de Aprendizagem no 
Ensino de Química. 

SILVA, L.; SOUZA, M.; 
FERNANDES, A.; SOUZA, 
S.; FILHO, J.; PEQUENO, 
M. 

Anais do 16º 
Workshop de 
Informática na 
Escola. 

2010 Softwares educativos livres para o 
Ensino de Química: Análise e 
Categorização. 

SANTOS, D.O.; WARTHA, 
E.J.; SILVA, J.C.F. 

Encontro Nacional 
de Ensino de 
Química. 

2011 Cibercultura em Ensino de Química: 
Elaboração de um Objeto Virtual de 
Aprendizagem para o Ensino de 
Modelos Atômicos. 

BENITE, A.; BENITE, C.; 
SILVA FILHO, S. 

Educação em 
Química e 
Multimídia. 

2011 Uso de modelagem molecular no 
estudo dos conceitos de 
nucleofilicidade e basicidade. 

ARROIO, C.; REZENDE, 
D. 

Química Nova. 

2012 O ensino de nanociências por meio 
de objetos de aprendizagem. 

ELLWANGER, A.; 
ROSSATO, J.; GRANADA, 
M.; BORTOLUZZI, V.; 
FAGAN, S. 

CINTED-UFRGS. 
Novas 
Tecnologias na 
Educação. 

2013 Contribuição do Laboratório Virtual 
de Química – Virtual Lab – para o 
Ensino-Aprendizagem das Reações 

SOUZA, F.; RODRIGUES, 
G.; MARTINS, H. 

Anais do III 
Encontro De 
Ciências E 



31 
 

 

 Químicas Inorgânicas.  Matemática. 

2015 LABTECA: Experiência Lúdica em 
um Laboratório 3D de Química. 

OTSUKA, J.; BORDINI, R.; 
BEDER, D.; CAMARGO, 
A.; MENATO, T.; 
BORGES, M. 

CINTED-UFRGS. 
Novas 
Tecnologias na 
Educação. 

2015 TICs no Ensino de Química: Um 
Recorte do “Estado da Arte” 

LOCATELLI, A.; ZOCH, A.; 
TRENTIN, M. 

Revista 
Tecnologias na 
Educação. 

2016 Uso de Softwares Educacionais, 
Objetos de Aprendizagem e 
Simulações no Ensino de Química. 

MACHADO, A. Revista Química e 
Sociedade. 

2018 O uso das tecnologias de 
informação e comunicação no 
ensino de Química e os aspectos 
semióticos envolvidos na 
interpretação de informações 
acessadas via web. 

SILVA, V.; SOARES, M. Ciência & 
Educação. 

Fonte: O próprio autor. 

 

 
Em relação os 13 artigos pesquisadas, pode-se destacar que 11 delas fazem 

referência a algum tipo de experiência desenvolvida com Objetos de Aprendizagem 

para o ensino de Química. Dos de mais dois artigos descrevem compilações 

bibliográficas sobre o tema em questão. A seguir, apresentamos uma breve 

descrição dos trabalhos relacionados no Quadro 1. 

Em 2009, foram publicados três artigos relatados na sequência. O primeiro 

artigo, escrito por Raupp, Serrano e Moreira (2009), intitulado, “Desenvolvendo 

habilidades visuoespaciais: uso de software de construção de modelos moleculares 

no ensino de isomeria geométrica em Química”. Nesta publicação, os autores 

destacam o desenvolvimento de habilidades visuais e espaciais em estudantes de 

Química que experimentaram ferramentas para manipular e construir modelos 

moleculares, usando métodos didáticos centrados no uso de software. Através do 

uso desta ferramenta, os estudantes foram capazes de compreender o estado 

representacional micro e macroscópico dos modelos moleculares, bem como, o 

estado simbólico dos conceitos estudados. No final do estudo, os autores concluem 

que: 

[O uso dos softwares] ajudou os estudantes a resolver situações-problemas 
que não conseguiam resolver sem ajuda deles, mas também ajudaram os 
estudantes a diferenciar estruturas e classes de problemas, ao escolherem 
a representação ball-and-sticks, por exemplo, ao invés da representação de 



32 
 

nuvens eletrônicas para resolver situações-problema de isomeria, mesmo 
que o estudante tenha afirmado a necessidade de sempre imaginar os 
orbitais quando imagina moléculas (RAUPP; SERRANO; MOREIRA, 2009, 
p.77). 

 
 

Os autores recomendam o uso destes softwares para o ensino de Química 

Orgânica. 

A segunda publicação foi escrita por Gambini e Diniz (2009), intitulada Os 

professores de Química e o uso do computador em sala de aula: discussão de um 

processo de formação continuada. Os autores relatam que, a partir do uso dos 

ambientes virtuais, verificaram como o uso dessas ferramentas podem levar à 

construção de estratégias de ensino viáveis. A pesquisa consistiu na análise de seis 

softwares para o ensino de Química, que foram criados e avaliados por professores 

de escolas estaduais localizadas na região de Jaú (SP). 

Os resultados desta pesquisa apontam que a produção do material didático 

demonstrou ser uma estratégia importante para a formação de professores, pois  

eles se sentem partícipes dos processos de ensino e aprendizagem. Desta forma, 

para os autores, este aspecto demonstrou ser importante, porque: 

A apropriação pedagógica é do professor, uma vez que ele propõe como 
será a utilização da informática, e seu papel é fundamental na avaliação do 
que os alunos aprenderam, para analisar os reais impactos de sua ação em 
sala de aula. Nesse contexto, onde é importante conseguir gerenciar as 
situações imprevisíveis surgidas pelas ações educativas, o presente estudo 
defende a formação continuada como um espaço para o diálogo e para a 
partilha entre os professores, a fim de que analisem criticamente suas 
práticas e busquem as melhores formas de atuação nascidas a partir dessa 
vivência coletiva (GAMBINI; DINIZ, 2009, p. 357). 

 
A terceira publicação, escrita por Trindade e colaboradores, intitula-se O uso 

de softwares no ensino de Química em escolas públicas e privadas de Petrolina/PE 

e Juazeiro/BA. O trabalho envolveu a verificação e o acompanhamento do processo 

de assimilação dos conteúdos de Química com o uso de duas tecnomídias8 

denominadas QuipTabela e ACD/Chemsketch, usadas em escolas públicas e 

privadas brasileiras da região de Petrolina/PE e Juazeiro/BA. 

Primeiramente, a investigação consistiu em identificar situações-problema que 

os professores vivenciavam nas suas atividades diárias para assim propor soluções 

que estimulariam os alunos a superar as dificuldades com o uso da simulação e da 

 

8 TECNOMÍDIA é aliar ambiente virtual e real no processo ensino aprendizagem por meio de internet. 

Machado (2016) 



33 
 

representação das tecnomídias. O artigo demonstra que o diferencial pedagógico foi 

decisivo na mediação entre os antigos e os novos conhecimentos, o que estimula o 

conhecimento dos conteúdos independentemente do público-alvo. Desta forma, os 

autores afirmam que, para que a tecnomídia possa cumprir sua função educativa, é 

necessário que haja envolvimento, planejamento e pesquisa na construção das 

novas propostas de trabalho por parte dos professores. 

Em 2010, dois artigos foram publicados com os descritores citados, sendo o 

primeiro escrito por Silva e colaboradores com o título, “Avaliando a potencial 

contribuição de um Objeto de Aprendizagem no Ensino de Química”. 

Este documento teve como objetivo avaliar a contribuição de um OA 

denominado, “Dentro das Leis”, que abordou conceitos relacionados às Leis 

Ponderais. O tema escolhido para a produção desse OA surgiu da necessidade de 

os estudantes interpretarem os conceitos das leis de Dalton, Lavoisier e Proust. Os 

autores afirmam que esse conteúdo foi considerado importante por ser a base para  

o entendimento do cálculo estequiométrico que, por sua vez, é importante para 

quantificar as reações Químicas. Desta forma, o uso deste OA buscou contextualizar 

essa temática fazendo uma analogia entre as Leis Ponderais e uma atividade 

comum do cotidiano dos estudantes, no caso, a preparação de um sanduíche. A 

pesquisa contou com a participação de um total de nove professores do Ensino 

Médio e treze estudantes do 9° período do curso de Química da Universidade 

Federal do Ceará, que avaliaram a qualidade do OA a partir da exploração do  

objeto. 

Com base nos autores pesquisados em relação à facilidade de navegação no 

objeto, os dados apontam que 59% dos usuários o aprovaram. Alguns avaliadores 

que classificaram esse aspecto como regular admitiram terem ido direto para as 

atividades, sem observar as animações que foram desenvolvidas para explicar a 

temática. Assim mesmo, a ausência de reações químicas prontas que servissem 

como fonte de consulta para os usuários foi reconhecida como um fator que 

prejudicou o índice de aprovação do OA. Em relação à clareza das informações, 

55% dos avaliadores consideraram os feedbacks de acerto e erro de ótima 

qualidade. 

O estudo conclui que o OA pode ser aplicado no contexto escolar para 

colaborar com a melhoria dos processos de ensino e aprendizagem da Química. No 



34 
 

entanto, há sugestões dos avaliadores no sentido de melhorias no objeto, centradas 

na introdução de Equações Químicas, bem como, a padronização da informação 

acerca das massas molares. 

Já no segundo trabalho publicado neste mesmo ano, Santos, Wartha e Silva 

avaliam os principais tipos de softwares empregados no Ensino de Química até 

2010, classificando-os em 5 grandes grupos. O artigo chamado Softwares 

educativos livres para o Ensino de Química: Análise e Categorização aponta que a 

maioria dos recursos tecnomidiáticos9 empregados e identificados no ano de 2010 

abordam apenas três áreas: tabela periódica, construção de moléculas e jogos 

educativos. 

Os autores concluem que os softwares são subutilizados ou são incapazes de 

serem executados nos espaços escolares; por isso, novos componentes devem ser 

abordados, enfocando assuntos mais diversos ou outras especificidades. 

Já em 2011, dois artigos foram publicados: o primeiro, de Benite, Benite e 

Silva Filho, com o título, Cibercultura em Ensino de Química: Elaboração de um 

Objeto Virtual de Aprendizagem para o Ensino de Modelos Atômicos. O objetivo 

deste artigo foi apresentar um OA baseado na representação dos modelos atômicos, 

utilizando aplicativos computacionais. No artigo, os autores descrevem três fases 

para o desenvolvimento de tal AO: a primeira, relacionada ao planejamento; a 

segunda, centrada na modelagem do OA; e a terceira, sua avaliação preliminar. 

O OA cujo nome é “Ciberatômico” é constituído de 25 telas, divididas em seis 

seções, que possuem botões-ação que funcionam para dar início às animações e 

para acessar aos hiperlinks. As animações permitem uma série de ações, tanto para 

a inserção de figuras como para a troca de telas. Algumas animações possuem a 

extensão gif, especificamente produzidas para favorecer a descrição, a explicação e 

a exploração de conceitos abstratos como o átomo, permitindo assim a visualização 

de eventos que acontecem em nível microscópico. 

Os autores assim se referem à utilização do OA como ferramenta de ensino: 

 
 

[...] Permitiu disponibilizar a visualização de animações dinâmicas 
projetadas tridimensionalmente, o que parece auxiliar a representar 
simbolicamente os processos químicos e, portanto, a interpretar as 
dimensões macroscópicas e microscópicas (BENITE; BENITE; SILVA 
FILHO, 2011, p.75). 

 

9 Mesmo que Tecnomídias. 



35 
 

No segundo artigo publicado em 2011, produzido por Arroio e Rezende, 

intitulado Uso de modelagem molecular no estudo dos conceitos de nucleofilicidade 

e basicidade, os autores relatam as experiências do uso do software Arguslab 

4.0.1”15, de acesso gratuito e disponível para qualquer estudante de nível Médio ou 

Graduação. Este software foi usado no estudo dos conceitos de nucleofilicidade e 

basicidade. 

Os autores concluem que o uso de imagens adequadas pode facilitar os 

processos de ensino e aprendizagem da Química, pois, para eles, as relações 

espaciais em visualizações moleculares podem ser muito difíceis de compreender; 

no entanto, com a ajuda de representações que são disponibilizadas no software, a 

compreensão de uma estrutura molecular pode tornar-se mais fácil, considerando a 

comparação das diferenças entre elas. Assim mesmo, afirmam que as atividades 

realizadas com o computador podem ser uma alternativa educacional que tende a 

atender às necessidades individuais dos estudantes. Acerca deste quesito, os 

autores se posicionam da seguinte forma: 

 

No caso concreto do assunto em estudo, nucleofilicidade versus basicidade, 
pensamos ter mostrado como se pode contribuir para sua compreensão, em 
detrimento da simples memorização, isto é, ao favorecimento da percepção 
pelos alunos do raciocínio lógico subjacente à proposição dos modelos 
explicativos para os fenômenos experimentais observados. [...] Esperamos, 
assim, que ao usar esse tipo de ferramenta, o aluno não experimente 
somente um aumento de seu conhecimento conceitual de Química, mas  
que também experimente um incremento de suas capacidades de 
visualização, habilidades tão necessárias à aprendizagem em Química. 
Acreditamos, igualmente, que esse tipo de aprendizagem favoreça a 
transposição desse conhecimento para novas situações (ARROIO; 
REZENDE, 2011, p. 1665). 

 
Já, Ellwanger e colaboradores publicaram em 2012 um artigo com o título: O 

Ensino de Nanociências por meio de Objetos de Aprendizagem. Neste trabalho, 

foram apresentados os resultados de transposições didáticas relacionadas ao tópico 

“Nanociências”, que foram desenvolvidas por alunos do Mestrado Profissionalizante 

em Ensino de Física e Matemática do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA). 

Segundo o artigo, foram desenvolvidos OA com as seguintes temáticas: 

• Área superficial; 

• Reflexão, refração e dispersão e sua relação com materiais em escalas 

nanométricas; 



36 
 

• O magnetismo em escala macroscópica e manométrica; 

• Efeito da mudança de cor em partículas de diferentes tamanhos; 

• Espectro e radiação eletromagnética e sua relação com as 

nanociências. 

Como conclusão, os autores afirmam que 

 

[...] a produção de objetos de aprendizagem que contemplem tecnologias 
atuais aliadas a novas metodologias de ensino poderão auxiliar professores 
e alunos de diferentes níveis de ensino em suas práticas educacionais, 
tornando o ensino mais atualizado e atrativo 
(ELLWANGER et al., 2012, p. 9). 

 
 

Em 2013, Souza, Rodrigues e Martins publicaram um trabalho denominado, 

Contribuição do Laboratório Virtual de Química – Virtual Lab – para o Ensino- 

Aprendizagem das Reações Químicas Inorgânicas, com o objetivo de estudar a 

contribuição do simulador de experimentos “Laboratório Virtual da Pearson - Virtual 

Lab”, como ferramenta de aprendizagem na formação do Licenciado em Química, 

sobre o tema “Reações Químicas Inorgânicas”. 

Para isso, um grupo de aproximadamente 10 alunos do curso de Licenciatura 

em Química recebeu um treinamento para o uso do laboratório virtual, e, 

posteriormente, foram realizadas algumas experiências sobre o assunto. Os autores 

concluem que “os laboratórios virtuais de Química são um importante exemplo de 

ambiente virtual de aprendizagem, onde o estudante pode simular experiências, que 

possibilitem uma direta interatividade com os assuntos abordados nas aulas” 

(SOUZA; RODRIGUES; MARTINS, 2013, p. 10). 

Em 2015, dois artigos foram publicados. No primeiro, de autoria de Locatelli, 

Zoch e Trentin, intitulado TICs no Ensino de Química: Um Recorte do “Estado da 

Arte”, os autores analisam resumos e artigos completos, apresentados nas Reuniões 

Anuais da Sociedade Brasileira de Química e em Encontros de Debates Sobre o 

Ensino de Química de 2009 a 2014, com o objetivo de identificar os relacionados 

com o uso das TDIC no ensino de Química. Os autores verificaram que os resumos 

e artigos se concentravam em quatro grandes áreas: Experimentação; Propostas 

para o ensino de Química; Pesquisa exploratória; Formação de professores. Em 

relação aos dados da pesquisa, os autores fazem a seguinte afirmação: 



37 
 

Diante dos resultados obtidos, observa-se um número expressivo de 
trabalhos na categoria que envolve propostas para o ensino de Química, 
totalizando 54%, os quais abarcam os mais diversos conteúdos/conceitos, 
tendo maior abordagem os trabalhos envolvendo objetos de aprendizagem. 
Entretanto, por mais que a utilização de TICs possa ser uma alternativa à 
experimentação, constatou-se haver uma quantidade pequena de trabalhos 
envolvendo atividades experimentais, as quais totalizaram somente 9% dos 
trabalhos aqui analisados. Outra categoria que merece atenção é a 
formação de professores, que apresentou um total de 14% dos trabalhos 
analisados (LOCATELLI; ZOCH; TRENTIN, 2015, p. 10). 

 
 

O segundo artigo, escrito por Otsuka e colaboradores, com o título Labteca: 

Experiência Lúdica Em Um Laboratório 3D de Química, apresenta um jogo educativo 

chamado LabTecA, desenvolvido com o objetivo de proporcionar experiências ao 

aluno e jogador num laboratório virtual de Química Analítica em 3D. No ano da 

publicação, o jogo era um projeto que promovia experiências de aprendizagem 

lúdicas por meio de um ambiente virtual onde os estudantes podiam explorar o uso 

de objetos de laboratório virtuais, tais como reagentes, equipamentos, vidrarias, para 

realizar experimentos virtuais. 

Este tipo de experiência permite que os estudantes vivenciem práticas de 

laboratório de Química, muitas vezes inacessíveis, especialmente no contexto da 

Educação a Distância. Como resultado de todo o processo de design e 

desenvolvimento do LabTecA, um protótipo da primeira fase do jogo foi desenvolvido 

e validado por um professor especialista em Química Analítica. 

Em 2016, um artigo de revisão foi publicado por Machado, intitulado “Uso de 

Softwares Educacionais, Objetos de Aprendizagem e Simulações no Ensino de 

Química”. Nesta publicação, o autor afirma que o uso de softwares educacionais 

como os OA e as simulações têm aumentado a capacidade de representação 

simbólica dos conceitos de Química na Educação Básica Brasileira. O autor afirma 

que estas ferramentas educacionais têm sido utilizadas no ensino de três assuntos 

específicos: a Atomística (tema que envolve ligações Químicas e Química orgânica), 

a Tabela Periódica e a Concentração de Soluções. 

Em relação a este tema, Machado (2016) chama a atenção, pois, 

aparentemente, existe um limitado acervo de ferramentas para o ensino de uma 

área de conhecimento tão ampla. Com a publicação do artigo, o autor promove uma 

postura diferenciada na capacitação de professores de Química e os chama a 

desenvolver e a empregar recursos diferenciados para auxiliar na ressignificação de 



38 
 

conteúdos essenciais para a construção dos saberes científicos desta área. 

Finalmente, em 2018, Silva e Soares publicaram um artigo denominado O uso 

das tecnologias de informação e comunicação no ensino de Química e os aspectos 

semióticos envolvidos na interpretação de informações acessadas via web. Os 

autores afirmam que o uso das TDIC evidencia uma transformação nos processos 

de ensino e de aprendizagem. A publicação discute o acesso às informações e o  

uso das TDICs no ensino de Química e os aspectos semióticos envolvidos na 

interpretação de informações para a verificação da aprendizagem. 

O estudo, desenvolvido em uma escola pública, investigou como os 

estudantes interpretam e manipulam as informações acessadas via web. Entre os 

resultados, os autores consideram: 

 

O significado efetivo de uma informação que esteja a serviço do processo 
de ensino e de aprendizagem se apresentará efetivo a partir da construção 
dialógica e mediada entre os protagonistas desse processo em sala de aula: 
professor e aluno, o que resulta na aprendizagem. A figura do professor 
como mediador do processo de ensino e de aprendizagem auspicia o 
desenvolvimento cognitivo em sala de aula, destacando a importância do 
aspecto dialógico de interpretação, compreensão e desenvolvimento do 
conhecimento a partir do acesso, manipulação e comunicação da 
informação acessada através das TIC (SILVA; SOARES, 2018, p. 10). 

 

 
Em conjunto, todos os resultados evidenciam que o interesse pelo tema, “O 

uso de Objetos de Aprendizagem para o Ensino de Química”, continua sendo 

grande, uma vez que ele é discutido por pesquisadores de várias regiões. 



39 
 

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 

 
 

 
Neste capítulo, são apresentados os procedimentos adotados para 

desenvolver a pesquisa e o contexto do estudo com a caracterização do ambiente e 

dos participantes da investigação. Se trata de um estudo qualitativo com viés estudo 

de caso, para tanto foi utilizado questionários e observação monitorada através de 

uma análise descritiva dos dados. 

 
 

3.1 ESTUDO QUALITATIVO 

 
 

 
Segundo Gerhardt e Silveira (2009), a pesquisa qualitativa busca esclarecer 

mais os dados, mas não se quantificam valores, nem se submetem fatos à prova, 

pois os dados analisados não são calculados. Na pesquisa qualitativa, o investigador 

é, ao mesmo tempo, o sujeito e o objeto de suas pesquisas. O conhecimento do 

pesquisador é parcial e limitado. 

Esta pesquisa aproxima-se de um estudo de caso com enfoque qualitativo, 

pois baseia-se em narrativas ou descrições. Para Gil (2008), o estudo de caso 

consiste no estudo profundo de um ou de poucos objetos, a fim de permitir seu 

amplo e detalhado conhecimento. Trata-se de uma pesquisa descritiva, que consiste 

na descrição das características da turma pesquisada. Para o autor, uma das 

peculiaridades da pesquisa descritiva é a utilização de técnicas padronizadas de 

coleta de dados, tais como, o questionário e a observação sistemática. 

 
 

3.2 O CONTEXTO E OS PARTICIPANTES DO ESTUDO 

 
 

 
A escola onde foi realizada a pesquisa é o Instituto Federal de Mato Grosso, 

campus Primavera do Leste, localizado na cidade de Primavera do Leste-MT. Este 

Instituto foi inaugurado em 2014, com a perspectiva de chegar a 1200 alunos. Em 



40 
 

2018, tem aproximadamente 1000 alunos e, provavelmente, a meta de 1200 alunos 

será alcançada em breve. 

O campus conta com 25 salas de aula com tamanho para receber até 40 

alunos, todas com data show, som e quadro branco, 4 laboratórios de informática, 5 

laboratórios de eletromecânica e eletrotécnica, um laboratório de Física e dois 

laboratórios de Química e de Biologia. Também conta com uma biblioteca de dois 

andares, dois elevadores, um grande auditório, que é bastante utilizado pelo grupo 

de artes, para projetos de extensão e reuniões com a comunidade escolar. Também 

conta com área externa para ampliação, no caso, para a construção de mais 

laboratórios e de ambiente esportivo. Para dar mais conforto aos alunos e 

funcionários, há refrigeração em todos os ambientes internos. Atualmente, a escola 

conta com aproximadamente 70 docentes, 27 técnicos e 10 estagiários em várias 

áreas do campus. 

Esta pesquisa foi desenvolvida com a turma do 3º semestre do Curso de 

Licenciatura em Química, na disciplina, Oficina de Informática Aplicada ao Ensino. A 

turma era composta por 21 alunos (nomeados de A01 a A21), sendo 8 do sexo 

masculino e 13 do sexo feminino, distribuídos na faixa etária entre 19 e 45 anos de 

idade. Era uma turma heterogênea, unida e tranquila em relação ao ambiente de 

sala de aula. As aulas ocorriam numa sala específica, no período noturno, de 

segunda-feira a sexta-feira. 

Antes de iniciar da pesquisa, procedeu-se à assinatura do Termo de 

Anuência da Escola (Apêndice A) para que o diretor da Instituição permitisse a 

realização da pesquisa com os alunos. Posteriormente, os alunos assinaram o 

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Apêndice B). 

 
 

3.3 COLETA DE DADOS 

 
 

 
Lüdke e André (2013) sugerem que, para analisar os dados qualitativos, é 

necessário dedicar-se a tudo que foi construído durante a pesquisa, com toda 

informação disponível. 

A escolha dos métodos e técnicas que o pesquisador pretende utilizar, 



41 
 

“dependerá dos vários fatores relacionados com a pesquisa, ou seja, a natureza dos 

fenômenos, o objeto da pesquisa, os recursos financeiros, a equipe humana e outros 

elementos que possam surgir no campo da investigação” (MARCONI e LAKATOS, 

2008, p.33). Optando por questionário e observação monitorada. 

Marconi e Lakatos (2008) indicam vários os procedimentos de coleta, entre 

os quais destacam: a) Coleta documental; b) Observação; c) Entrevista; d) 

Questionário; e) Formulário; f) Medidas de opiniões e atitudes; g) Técnicas 

mercadológicas; h) Testes; i) Sociometria; j) Análise de conteúdo; k) História de vida. 

Foi utilizado o questionário, definido por Gil (2008, p.128), 

 

como a técnica de investigação composta por um número mais ou menos 
elevado de questões apresentadas por escrito às pessoas, tendo por 
objetivo o conhecimento de opiniões, crenças, sentimentos, interesses, 
expectativas, situações vivenciadas etc. 

 
Nesta pesquisa, foram utilizados três tipos de questionários: o questionário 1 

(Apêndice C) foi elaborado com perguntas semiestruturadas para identificar algumas 

informações a respeito do uso da tecnologia pelos alunos. O questionário 2 

(Apêndice D) foi elaborado com perguntas abertas para termos uma análise do 

conhecimento dos alunos antes do uso do OA. Já o questionário 3 (Apêndice E) foi 

elaborado com foi elaborado com perguntas abertas para analisar dados após a 

utilização do OA, no sentido de avaliar o conhecimento dos alunos envolvidos na 

pesquisa. 

Uma observação monitorada e organizada é um dispositivo verdadeiro de 

investigação científica. Ela se materializa com a elaboração correta do trabalho e a 

organização preliminar do pesquisador/observador (LÜDKE e ANDRÉ, 2013). Assim, 

na pesquisa, foi utilizado gravador na aula por ocasião da aplicação do Objeto de 

Aprendizagem, como também foram feitos registros através de fotos da interação 

dos alunos durante e após a utilização do OA e em uma roda de conversa para 

observar as percepções dos alunos sobre a utilização do mesmo. 

 

 
3.4 ANÁLISE DESCRITIVA 

 
 

 
A análise descritiva, é uma forma de detalhar, os principais aspectos nos 



42 
 

dados presentes, e averiguar as ocorrências que levam a novos eventos, incluindo- 

se à coleta de dados, organização, tabulação e descrição dos resultados. 

Após a construção dos dados, iniciou-se a terceira fase, que se caracterizou 

pela análise e interpretação dos dados. Para isto, a primeira parte da análise foi feita 

através das respostas do questionário 1 (Apêndice C), neste questionário buscou-se 

as informações dos alunos, quanto ao uso de tecnologia. A segunda parte, sucedeu- 

se através das respostas do questionário 2 (Apêndice D), onde foi realizada uma 

prévia análise, sobre o conhecimento dos alunos com relação ao tema 

condutividade, antes do uso do OA. A terceira parte, desenvolveu-se através das 

respostas do questionário 3 (Apêndice E), aonde buscou-se a análise de 

conhecimento dos alunos sobre condutividade, após o uso do OA. E finalizando, 

com uma roda de conversa com os alunos. 

No quadro 2, temos a descrição das atividades desenvolvidas na pesquisa. 

Foram usadas 12 aulas para assinatura dos termos, questionários 1,2,3 e a roda de 

conversa. 

 
Quadro 2 – Atividades Desenvolvidas 

Fonte: Próprio autor 

 

 
A roda de conversa aconteceu no último encontro onde ocorreu a reflexão 



43 
 

dos alunos ao uso do OA e o que conseguiram perceber sobre a assimilação do 

conteúdo de condutividade. 



44 
 

4 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 

 
 

 
As ferramentas para a coleta de dados foram aplicadas aos alunos do 3° 

semestre do curso de Licenciatura em Química do Instituto Federal. A turma era 

composta de 21 alunos matriculados na disciplina de “Oficina de Informática 

Aplicada ao Ensino”, na qual eu sou o professor. No entanto, 20 alunos participaram 

ativamente em todas as fases da pesquisa. Os dados gerados a partir desses 20 

alunos servem de base desta análise. 

Vale destacar que todos os alunos leram e assinaram o Termo de 

Consentimento Livre e Esclarecido, autorizando assim a pesquisa e a divulgação de 

seus resultados (Apêndice B). 

 
 

 
4.1 ANÁLISE DAS RESPOSTAS DO QUESTIONÁRIO 1 

 
 
 

No questionário 1, apresentado no Apêndice C, foram coletadas informações 

acerca da presença da tecnologia digital no cotidiano dos alunos. 

O grupo era composto de doze estudantes do sexo feminino e oito do sexo 

masculino (Figura 5). 

 
Figura 5. Características do grupo de estudo em relação ao sexo. 

 

Fonte: O próprio autor. 

 
 

 
Em relação à faixa etária, o grupo era composto de nove alunos entre 18 e 



45 
 

25 anos, seis alunos acima de 36 anos, cinco alunos entre 26 e 35 anos e nenhum 

menor de 18 anos (Figura 6). 

 

Figura 6. Características do grupo de estudo em relação à faixa etária. 

 

Fonte: O próprio autor. 

 
 

 
Estes dados corroboram com as informações trazidas por Lisboa (2015) e 

Almeida e Zanlorenssi (2017), segundo os quais, do total de estudantes  

matriculados em cursos de Ensino Superior no Brasil, mais do 50% são mulheres; 

ainda, a faixa etária desses estudantes fica, geralmente, entre 18 e 24 anos. 

Em relação à presença da tecnologia digital no seu cotidiano, destaca-se 

que todos os alunos têm acesso à internet de suas casas. Nove deles afirmam que 

também têm acesso à rede no trabalho; oito, na escola onde estudam; apenas um 

procura Lan House. 

Em relação aos dispositivos que utilizam para acessar a internet, verificou-se 

que todos os estudantes usam celulares; dezesseis utilizam notebook; oito usam 

computadores tipo desktop; e dois usam tablets. 

Verificou-se que o celular é o principal recurso tecnológico para acesso à 

rede, uma vez que os 20 alunos pesquisados revelaram que possuem celular do tipo 

smartphone. Com este tipo de recurso, os estudantes fazem uso de aplicativos. 

Segundo Tajra (2012), estes recursos tecnológicos cumprem diversas 

funções que, anteriormente, eram desenvolvidas por diferentes equipamentos de 

forma separada. Ainda, os smartphones permitem a interação com outras 

realidades, caso os usuários tenham o acesso à internet (TAJRA, 2012). 

Nesse sentido, os 20 alunos afirmaram que utilizam os aplicativos para 

acessar sites da internet e redes sociais; 18 assistem a vídeos; 15 os utilizam para 



46 
 

comunicar-se; 14 os usam para fins educacionais; 13, para uso de mapas e fotos; 

10, para armazenagem; 9, para jogos; 4 para TV; e apenas 2 os usam para o acesso 

às contas bancárias (Figura 7). Desta forma, observou-se que a principal função do 

celular é comunicar-se com outras pessoas, sendo a quarta na ordem de utilização 

pelos estudantes. 

 

Figura 7. Uso de aplicativos por parte do grupo de estudo. 

 
Fonte: O próprio autor. 

 
Desta forma, o uso de aplicativos para fins educacionais foi referido por 65% 

dos alunos. Em relação aos aplicativos e sites com fins educacionais, 19 alunos 

informaram que fazem esse tipo de uso, acessando, principalmente, o “Passei 

Direto”, o “Google”, o “Youtube”, o “Infoescola”, o “Uol”, o “Mundo Educação”, o 

“Phet”, o “Química Nova na Escola”, o “Só Química”, o “Portal do Professor”, o 

“Brainly”, o “Brasil Escola”, o “Química Total”, entre outros sites. Os principais 

dispositivos utilizados para fins educacionais foram o celular com 18 indicações, 

seguido pelo notebook com 17 e o computador com 8. 

Para Chaves (2018), um dos potenciais da Internet e da Web está centrado 

no fato de que a internet caminha rapidamente para tornar-se o grande repositório 

de informação público, no mundo. Daí a importância da evolução dos processos de 

aprendizagem em conjunto com este recurso. A internet assume um papel essencial 

no processo da aprendizagem, pois propicia o acesso à informação de maneira 

rápida e eficaz, aproxima os usuários e abre uma janela de opções que nenhum 

outro veículo jamais conseguiu abrir (DOMINGUES, 2018). 



47 
 

Em relação aos recursos tecnológicos utilizados pelos professores, todos 

afirmaram que já tiveram aulas com uso de Data Show; 18, com uso de filmes; 15, 

com uso de documentários; 12, com o uso de vídeos; 10, com o uso de Objetos de 

Aprendizagem; e 3 com o uso de ambiente virtual de aprendizagem, o que indica 

que a tecnologia está cada vez mais presente no dia a dia, nos processos de ensino 

e aprendizagem. 

Em relação a este aspecto, Jardim e Cecílio (2013, p. 5150) reconhecem que: 

 
 

As tecnologias inseridas no âmbito escolar são de grande valia, pois 
proporcionam aproveitamento por parte dos alunos, tanto dentro e fora de 
sala de aula. Porém, ressalta-se que computador ou tecnologia nenhuma 
consegue substituir um professor em sala de aula, pois os alunos 
necessitam de um orientador, que facilite, organize, esclareça, 
contextualize, todas essas informações que o aluno está recebendo. 

 
Da mesma forma, Moran (2005) afirma que ocorrerão muitas mudanças nas 

atividades dos professores, mas estes jamais perderão sua principal função que é 

ensinar. Nesse sentido, Domingues (2018, p. 6) se pronuncia da seguinte forma: 

 
Na educação presencial o que se vê atualmente é que, apesar da sabida 
resistência dos professores e das instituições tradicionais de ensino, cada 
vez mais as tecnologias se fazem presentes na vida dos alunos, através, 
principalmente, das redes sociais e este fato não pode e não deve ser 
ignorado pelos educadores. 

 

Finalmente, foi questionado “se o uso de tecnologia nas aulas de Química 

facilita a aprendizagem”. Do total de 20 estudantes, 18 responderam que sim. Entre 

as justificativas, destacam-se as seguintes: 

 
“[...] muitos objetos de aprendizagem conseguem fazer alguns conteúdos 
difíceis se tornarem mais fáceis de entender” (A10); 
“Amplia o conhecimento e aumenta a curiosidade de aprendizagem” (A05); 
“Facilita a integração, a compreensão e a transmissão do conhecimento 
adquirido” (A 18); 
“Além de facilitar as aulas, torna as aulas até mais interessante” (A07); 
“[...] são ferramentas que acrescentam nossa aprendizagem facilitando o 
acesso” (A06); 
“Por meio de recursos tecnológicos conseguimos aprender com mais 
segurança antes de irmos para pratica real” (A08); 
“[...] são um ótimo complemento para a compreensão dos conteúdos” (A16); 
e 
“[...] com a tecnologia fica melhor para estudar e facilita mais o aprendizado” 
(A04). 



48 
 

Para que o uso de tecnologia seja realmente um processo de aprendizagem, 

Lobo e Maia (2015, p. 20) explicam: 

[…] a internet não objetiva eliminar o uso de técnicas convencionais de 
ensino. Elas devem ser incorporadas ao processo educacional já existente. 
Cada meio utilizado no processo de ensino e aprendizagem apresenta 
características específicas que devem ser selecionadas e utilizadas pelos 
docentes em conformidade com o objetivo educacional para ministrar sua 
disciplina, ou seja, o conteúdo a ser desenvolvido na sala de aula. Em 
seguida, identificar a tecnologia mais adequada para trabalhar um conteúdo 
no processo de ensino e aprendizagem. Posteriormente, usá-la da forma 
adequada. 

 
 

Reconhecendo estes aspectos, foi aplicado o questionário 2, que indagava 

os estudantes a respeito dos conceitos do conteúdo “Condutividade”, antes do uso 

do objeto de aprendizagem utilizado neste estudo. 

 
 
 

4.2 ANÁLISE DAS RESPOSTAS DO QUESTIONÁRIO 2: ANTES DO USO DO OA 

 
 
 

No questionário 2 (Apêndice D), foi feita uma análise prévia do conteúdo de 

condutividade antes do uso do OA. A maioria das questões foi aberta, a fim de 

verificar o entendimento dos alunos sobre o tema. 

Sobre conhecimentos prévios dos alunos, Moura e colaboradores (2012, p. 

1) afirmam que: 

 
 

Saber como o estudante relaciona seus conhecimentos prévios com o 
material didático ora apresentado é um dos mais importantes fatores no 
desenvolvimento do tema alvo, isto é, aquele que pretende ser estudado; 
por isso, o professor é figura demasiado importante nesse meio, pois ele irá 
ser o intermediador entre o aluno e a tecnologia dos softwares, 
desmistificando a suposição de que a informática é capaz de substituir o 
professor. 

 

Para a análise dos resultados obtidos na aplicação do questionário 2, 

decidiu-se fazer a avaliação individual de cada uma das 9 perguntas. A cada 

questão “errada”, atribuiu-se a nota 0 (zero); para a “parcialmente correta”, nota 5 

(cinco); e para a “totalmente correta”, nota 10 (dez). Considerou-se como resposta 

correta as semelhantes ao gabarito apresentado no Quadro 3. 



49 
 

Quadro 3. Gabarito do questionário 2. 

N° da 
questão 

Questão Resposta correta 

01 Em poucas palavras, 
conceitue corrente elétrica? 

Corrente elétrica é o movimento ordenado de partículas 
portadoras de cargas elétricas. 
(Fonte: 
https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/fisica/corrente- 
eletrica.htm) 

02 Como a solubilidade dos 
sais interfere na sua 
condutividade em solução? 

Quanto maior a solubilidade do sal, maior a sua 
dissociação, portanto maior a sua condutividade. 
(Fonte: NOVAIS, Vera Lúcia Duarte de. Vivá: Química. 1°. 
ed. Curitiba / PR: Positivo, 2016. 384 p. v. 2) 

03 Quais são os fatores que 
contribuem para a mudança 
de intensidade luminosa de 
uma lâmpada, em cujo 
sistema de fios está sendo 
usada a condutividade de 
uma solução? 

Concentração da solução, natureza do soluto, temperatura 
entre outros. 
(Fonte: NOVAIS, Vera Lúcia Duarte de. Vivá: Química. 1°. 
ed. Curitiba / PR: Positivo, 2016. 384 p. v. 2) 

04 Defina resistência elétrica. É a capacidade de um condutor se opor e dificultar a 
passagem da corrente elétrica. 
(Fonte: https://www.todamateria.com.br/resistencia-eletrica) 

05 Existe metal ou sal em 
solução aquosa mais 
condutora que outra? 

Sim. O sal depende de sua solubilidade em água e o metal 
depende principalmente da quantidade de elétrons livres na 
última camada. 
(Fonte: NOVAIS, Vera Lúcia Duarte de. Vivá: Química. 1°. 
ed. Curitiba / PR: Positivo, 2016. 384 p. v. 2) 

06 Defina isolante e condutor. Isolante os elétrons que formam esses materiais não têm 
facilidade de movimentação. Condutor possuem excesso 
de elétrons em sua camada de valência, que é a última 
camada a receber elétrons em um átomo. 
(Fonte: 
https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/fisica/condutores- 
isolantes.htm ) 

07 A condutividade elétrica de 
uma solução depende de> 
I) Do volume da solução, 
II) Da concentração de íons 
hidratados, 
III) Da natureza do soluto. 

II e III 
(Fonte: NOVAIS, Vera Lúcia Duarte de. Vivá: Química. 1°. 
ed. Curitiba / PR: Positivo, 2016. 384 p. v. 2) 

08 Das substâncias 
apresentadas a seguir, 
quais conduzem corrente 
elétrica? 

Metais / Sais em solução aquosa / Ácidos em solução 
aquosa / Bases em solução aquosa. 
(Fonte: NOVAIS, Vera Lúcia Duarte de. Vivá: Química. 1°. 
ed. Curitiba / PR: Positivo, 2016. 384 p. v. 2) 

09 A condutividade elétrica 
acontece nos metais e sais 
em solução aquosa por 
quê? 

Presença de íons livres. 
(Fonte: NOVAIS, Vera Lúcia Duarte de. Vivá: Química. 1°. 
ed. Curitiba / PR: Positivo, 2016. 384 p. v. 2) 

Fonte: O próprio autor. 

 

Na avaliação que poderia ter chegado à nota 100, obtiveram-se os seguintes 

resultados: 

 
• Dois estudantes obtiveram nota 15; 

https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/fisica/corrente-eletrica.htm
https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/fisica/corrente-eletrica.htm
https://www.todamateria.com.br/resistencia-eletrica
https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/fisica/condutores-isolantes.htm
https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/fisica/condutores-isolantes.htm


50 
 

• Um estudante obteve nota 20; 

• Um estudante obteve nota 25; 

• Cinco estudantes obtiveram nota 30; 

• Quatro estudantes obtiveram nota 35; 

• Cinco estudantes obtiveram nota 40; 

• Dois estudantes obtiveram nota 45. 

 

De acordo com os dados, a nota média da avaliação da turma pesquisada 

ficou em 36,4. Observa-se que o resultado obtido foi baixo em relação à nota 

máxima, 100, a ser obtida pelos estudantes. 

Após o reconhecimento dos conceitos prévios dos estudantes em relação ao 

conteúdo “Condutividade”, foi usado o Objeto de Aprendizagem avaliado neste 

estudo. 

De acordo com Marques e colaboradores (2016), os softwares podem 

possibilitar acesso ao conhecimento, interações sem limitações, visualização de 

eventos em nível microscópico e macroscópico, além de incentivar e impulsionar 

reflexões e novas formas de pensamento. Desta forma, 

 
Os softwares inseridos no âmbito educacional, além de favorecer um 
ambiente de melhor interação com estudantes, proporcionam um aumento 
da interação professor/aluno e aluno/aluno, aumentando processos de 
intersubjetividade, que podem favorecer a aprendizagem (VYGOSTY apud 
MARQUES et al., 2016, p. 2). 

 

Os alunos receberam o produto educacional com as instruções de uso e com 

cinco sequências didáticas, cujo objetivo era desenvolver o conhecimento dos 

estudantes em relação a este tema. 

 
 

4.3 ANALISE DAS RESPOSTAS DO QUESTIONÁRIO 3: APÓS O USO DO OA 

 
 

Um terceiro questionário foi aplicado aos estudantes com o propósito de 

reconhecer o grau de conhecimento adquirido após o uso do Objeto de 

Aprendizagem para o tema proposto. Este questionário é apresentado no Apêndice 

E. 



51 
 

As respostas do questionário evidenciam que o uso do OA teve uma boa 

aceitação por parte dos estudantes e que oportunizou uma forma mais didática para 

a busca da aprendizagem do conteúdo, o que é confirmado pelas respostas da 

questão 3 (Você gostaria de ter mais aulas usando a tecnologia digital de informação 

e comunicação (TDIC)? Todos os estudantes afirmaram que gostariam de usar mais 

as tecnologias de informação e de comunicação para desenvolver os processos de 

construção do conhecimento, com a justificativa de que uma aula diferente, mais 

atraente e dinâmica, facilita a compreensão, agrega mais ao ensino, motiva os 

alunos a estudar e a buscar mais sobre os conteúdos de uma forma mais prática. 

Em relação ao questionamento, “Você gostou de estudar Objeto de 

Aprendizagem (OA)?”, verificou-se o grau de satisfação dos alunos em relação ao 

uso do software. Todos os alunos afirmaram que gostaram de estudar usando um 

Objeto de Aprendizagem. Entre as justificativas, houve as seguintes manifestações: 

“Com este OA foi possível observar fenômenos invisíveis a olho nu, facilitando a 

compreensão do conteúdo” (A19). Outro estudante afirmou que “[o OA] possibilita 

verificar várias combinações e informações que às vezes poderia demorar tempo” 

(A03). 

Na segunda pergunta, os alunos expressaram suas opiniões a respeito do 

estudo da condutividade com o auxílio do OA. Todas as opiniões acerca do uso 

do OA foram positivas. Segundo as manifestações dos alunos entrevistados, eles 

tiveram mais facilidade com o conteúdo, sendo o OA um bom auxílio na 

aprendizagem das noções básicas de condutividade: “me recordei de do que já 

havia estudado, mas não lembrava mais” (A09). Também houve quem achou o uso 

do OA descontraído ou que foram aguçados pela curiosidade. “Facilitou a 

aprendizagem de uma forma mais descontraída” (A07). 

As outras questões deste questionário estavam relacionadas ao conteúdo do 

software e foram respondidas na sequência didática de utilização do objeto de 

aprendizagem. De forma geral, pode-se dizer que o OA corroborou para aumentar o 

número de acertos das questões sobre condutividade. 

As demais questões foram analisadas no roteiro do produto educacional. 

Como eram questões próximas e os alunos acabaram respondendo com mais afinco 

as do roteiro, então as outras questões não serão utilizadas como parâmetro de 

comparação. 



52 
 

4.4 RESULTADOS DAS CINCO ROTEIROS: APÓS USO DO OA 

 
 

Os cinco roteiros utilizadas serão analisados cada um separadamente. O 

primeiro roteiro trabalhou a definição de condutividade, ordem de condutividade e 

interferência da solubilidade na condutividade. Para isso, a situação estudada se 

baseou em analisar a condutividade quando são usados diferentes sais, com uma 

quantidade fixa de massa (5 g), tendo o cobre como metal e com tamanho fixo de 5 

cm3. A pergunta orientadora foi: “Qual dos sais gera maior potência?” O resultado 

apontou a seguinte ordem: AgNO3, com 60 W; NaCl, com 52 W; Na2CO3, com 47 W; 

CaCO3, com 0 W. 

Nesse sentido, foi perguntado aos estudantes “se a solubilidade dos sais em 

água interfere na condutividade”. Analisando as respostas dos alunos, observou-se 

que dezesseis afirmaram que interfere diretamente (resposta correta). Alguns 

completaram a resposta falando dos íons livres. Três alunos não responderam à 

pergunta e apenas um aluno disse que não interfere, resposta considerada errada. 

Entre as respostas tivemos “Sim. Forma direta” (A11); “Não interfere” (A04). 

Outra atividade do mesmo roteiro tratava de “definir condutividade”. 

Observou-se que quatro alunos apresentaram a definição correta; 15 respostas 

foram consideradas parcialmente corretas; apenas um aluno não respondeu. 

Entre as respostas tivemos “A condução elétrica em metais se dá pelo 

movimento de elétrons que chamamos de fluxo de elétrons” (A09); “É a passagem 

de condução elétrica entre ligações” (A03). 

No segundo roteiro foram abordados os conceitos de resistência elétrica, 

ordem de condutividade e comparação da resistência elétrica com potência. Para 

isso, os alunos deveriam usar o NaCl com uma quantidade fixa de 5 g, mas com 

metais diferentes de tamanho fixo de 5 cm3 para analisar a condutividade, a fim de 

observar qual dos metais gerava maior potência. Os resultados foram: Cobre com 52 

W; Alumínio com 40 W; o Germânio com 0 W. 

Nesse sentido, os estudantes foram questionados a respeito da relação 

entre a resistência elétrica e a condutividade dos metais. Observou-se que nove 

estudantes responderam de forma correta; sete não responderam; três responderam 

de forma errada; um respondeu de forma parcialmente correta. 



53 
 

Entre as respostas tivemos “Quanto menos a resistência maior a 

condutividade” (A08); “Uns possuem carga elétrica positiva e outros, negativas” 

(A19). 

Outra atividade solicitou “definir resistência elétrica”. Doze alunos 

responderam corretamente à questão; quatro, parcialmente; três não responderam; 

e um respondeu errado. 

Entre as respostas tem-se “É a capacidade de um corpo qualquer se opor à 

passagem de corrente elétrica” (A07); “É a capacidade de um corpo se defender da 

eletricidade” (A10). 

No terceiro roteiro foi questionada a variação de potência com NaCl e 

cobre, a partir da seguinte pergunta orientadora: “Entre o sal ou metal qual interfere 

mais na potência do sistema?” Para isso, trabalhou-se com o mesmo sal, o NaCl, 

mas com quantidades variadas (5 g, 10 g, 20 g e 40 g) e com o cobre como metal 

com tamanho fixo de 5 cm3. Os resultados foram: com 40 g de NaCl, se obtém 104 

W; com 20 g, 72 W; com 10 g, 62 W; com 5 g, se obtém 52 W. 

Na segunda parte desta atividade, trabalhou-se com o mesmo sal, o NaCl, 

com uma quantidade fixa de 5 g, com o mesmo metal, o cobre, com tamanho 

variado (5 cm3, 10 cm3, 20 cm3 e 40 cm3). Os resultados foram: com 40 cm3, se 

obtiveram 75 W; com 20 cm3, 63 W; com 10 cm3, 58 W; com 5 cm3, 52 W. 

Em relação à pergunta, “Qual interfere mais na potência, o sal ou o metal?”, 

14 estudantes responderam corretamente à questão; cinco responderam de forma 

errada; e um não respondeu. 

Entre as respostas tem-se “Tamanho do metal” (A19); “Definitivamente a 

quantidade de sal” (A10). 

No quarto e no quinto roteiros foram realizadas as atividades com o sal 

CaCO3 e o metal Germânio e com o sal AgNO3 e borracha, respectivamente, com 

uma quantidade fixa de 5 cm3 do metal e borracha e variada dos sais (5 g, 10 g, 20 g 

e 40 g). Em todos os casos, foi obtido o resultado de 0 W. 

Nesta atividade, questionou-se a “interferência na potência gerada, em 

relação ao sal e metal utilizados”. Os resultados apontaram dez respostas corretas; 

quatro erradas; duas respostas foram parcialmente corretas; três estudantes não 

responderam. Também foi perguntado se, caso fosse utilizado outro sal com a 

borracha, seria obtido um resultado diferente de potência. Dos 20 estudantes 



54 
 

pesquisados, 17 responderam corretamente; 2 parcialmente correto; e um não 

respondeu. 

Entre as respostas tivemos “No metal pois não conduz energia” (16); “Sim 

obtém um resultado melhor” (15). 

Por fim, solicitou-se a definição de isolante e de condutor. Dos estudantes, 

12 responderam parcialmente correto; 5 responderam corretamente; um, errado; e 

um não respondeu. 

Entre as respostas tivemos “isolante não tem corrente energética, condutor 

conduz corrente energética” (A20); “o isolante é quando dispersa e neutraliza a 

eletricidade e o condutor quando atrai a eletricidade” (A12). 

Diante desse contexto, para fazer a análise dos resultados obtidos com o 

uso do software, decidiu-se fazer a avaliação individual de cada uma das 

questões/atividades. A cada questão “errada” atribuiu-se a nota 0 (zero); à 

“parcialmente correta”, nota 5 (cinco); e à “correta”, nota 10 (dez). Os resultados 

obtidos se encontram resumidos na Tabela 1. 

 
 

Tabela 1. Resultados do uso do Objeto de Aprendizagem.  

Roteiro 

 1° 2° 3° 4° 5° 

Terceira 
atividade 

Quarta 
atividade 

Terceira 
atividade 

Quarta 
atividade 

Terceira 
atividade 

Terceira 
atividade 

Terceira 
atividade 

Quarta 
atividade 

Médiadas 
notas 

80 57,5 47,5 70 70 55 90 55 

Média Total 65,6 

Fonte: O próprio autor. 

 

 
O resultado evidencia uma melhora significativa na média geral das notas 

dos alunos em questões relacionadas ao tema condutividade. 

Considerando a natureza abstrata da Química e com o propósito de promover 

o conhecimento dos conceitos relacionados com a condutividade, fez-se necessário 

trabalhar com atividades virtuais para representar determinados fenômenos 

químicos. Assim, na avaliação das atividades (Tabela 1) foi observada uma melhora 

significativa na média geral das notas dos alunos em questões relacionadas ao tema 

“Condutividade” (média igual a 65,6). 

Quatro questões/atividades ainda apresentaram resultados baixo. No entanto, 

acredita-se que, por serem questões abertas, existe certa dificuldade de os 



55 
 

estudantes exporem corretamente as respostas. 



56 
 

 

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 

 

 
Hoje utiliza-se a expressão “Tecnologia digital de informação e comunicação” 

(TDIC) para nos referirmos à possibilidade de combinação e à integração de 

diversos ambientes e indivíduos em rede a partir de equipamentos, programas e 

mídias, facilitando a comunicação e ampliando as ações e possibilidades. Uma 

dessas possibilidades é o uso do OA, que pode ser o software educacional que 

trabalha conceitos de diferentes componentes curriculares. 

Neste estudo, utilizou-se o OA “Condutividade”, produzido por uma equipe do 

projeto RIVED, no qual fiz parte durante a graduação. Neste objeto, fez-se algumas 

simulações, enfocando a condutividade de diferentes substâncias (Cobre, Alumínio, 

Germânio e Borracha) em soluções de diferentes sais (NaCl, Na2CO3, CaCO3 e 

AgNO3),  todos  em  quantidade  variável   (para   os   metais,   massas   de   5   g, 

10 g, 20 g e 40 g e para as soluções, volumes de 5 cm3, 10 cm3, 20 cm3 e 40 cm3). 

O problema deste estudo consistiu em reconhecer como a utilização deste OA 

contribui na aprendizagem de conhecimentos relacionados à Química, de alunos 

iniciantes do curso de Licenciatura em Química. Para tentar responder esta 

indagação, os alunos utilizaram o software OA, baseando-se numa sequência de 

roteiro do produto educacional. Também responderam questionários antes do uso  

do OA, apêndices C e D, e depois do uso, apêndice E, contemplando questões do 

produto educacional. 

O objetivo geral deste trabalho foi investigar como um OA pode auxiliar na 

construção de conhecimento dos alunos, referente ao conteúdo de eletroquímica. 

Para atingir esse objetivo geral, traçamos alguns objetivos específicos. O primeiro, 

verificar o perfil dos alunos do terceiro semestre do curso de Licenciatura em 

Química - foi montado e desenvolvido através do questionário 1 (apêndice C). E