CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIVATES 

CURSO DE ENGENHARIA AMBIENTAL 

 

 

 

 

 

 

 

ESTUDO COMPARATIVO DA QUEIMA DE PETRÓLEO DE BAIXA 

FLUÊNCIA E BIOMASSA EM CALDEIRAS 

 

Carlos Augusto Oliveira 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Lajeado, novembro de 2013



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Carlos Augusto Oliveira 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ESTUDO COMPARATIVO DA QUEIMA DE PETRÓLEO DE BAIXA 

FLUÊNCIA E BIOMASSA EM CALDEIRAS 

 

 

 

 

 

Monografia apresentada na disciplina de 

Trabalho de Conclusão do Curso de Engenharia 

Ambiental do Centro Universitário Univates, 

como parte da exigência para a obtenção do título 

de Bacharel em Engenharia Ambiental. 

 

Orientador: Dr. Eduardo R. R. de Santana 

 

 

 

 

 

Lajeado, novembro de 2013



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Carlos Augusto Oliveira 

 

 

 

 

 

 

 

 

ESTUDO COMPARATIVO DA QUEIMA DE PETRÓLEO DE BAIXA 

FLUÊNCIA E BIOMASSA EM CALDEIRAS 

 

 

 
A banca examinadora abaixo aprova o trabalho de conclusão de curso apresentado ao Centro 

de Ciências Exatas e Tecnológicas, do Centro Universitário UNIVATES, como parte da 

exigência para obtenção do grau de Bacharel em Engenharia Ambiental: 

 

 

Prof. Dr. Eduardo Rodrigo Ramos de Santana – 

Orientador 

Centro Universitário Univates 

 

 

 

 

 

 

 

Lajeado, 17 de novembro de 2013



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AGRADECIMENTOS 

Agradeço a Deus e aos meus pais Dorival e Maria pelo amor e ensinamentos de vida 

que me transformaram na pessoa que sou hoje, um homem de coragem e uma pessoa de bem, 

e aos meus amigos Carlos, Israel, Guilherme, Nelson e Rodrigo pelo companheirismo. 

A minha esposa Lucimara pela confiança, amor e pela ajuda no dia a dia. 

A minha filha Sofia que é o motivo da minha batalha diária por um futuro melhor. 

A meu orientador professor Dr. Eduardo R. R. Santana por me orientar na realização 

deste trabalho.  

A empresa Milenia Agrociencias S.A. por ter permitido a realização de meu estágio e 

contribuído com o desenvolvimento do meu trabalho de conclusão de curso.  

Não posso deixar de agradecer aos meus colegas de trabalho e amigos Ederson, 

Luciano e Luis que colaboraram para este momento chegar e pela parceria nas rotinas do dia a 

dia. 

Enfim, a todos que direta ou indiretamente contribuíram para realização deste 

trabalho. 

 

OBRIGADO!  

 



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RESUMO 

A atividade antrópica vem intensificando a degradação ambiental. Tanto é assim que há uma 

clara associação da industrialização com o uso dos recursos naturais e a geração de impactos 

ambientais através de resíduos, efluentes, emissões, ruídos, entre outros.A poluição 

atmosférica, uma das formas de contaminação bem conhecida, ocorre há milhares de anos 

pela própria natureza, através de atividades vulcânicas e queimadas. Entre suas consequências 

destacam-se a degradação do ambiente, prejuízos à saúde, à segurança e ao bem estar dos 

seres vivos, envolvendo não apenas a contaminação do ar como também do solo e da água. É 

relevante destacar o monitoramento da qualidade do ar, ambiental ou nas fontes, processo de 

medição repetitiva, contínua e de observação sistemática, como ferramenta importante para 

controle de emissões e de preservação ambiental. Como forma de controlar as emissões 

atmosféricas os órgãos ambientais têm também estabelecido limites de acordo com as 

diferentes tipologias industriais, entre as quais as emissões nas caldeiras.Este estudo leva em 

conta os diferentes aspectos relativos aos combustíveis de duas caldeiras: custos, produção de 

energia e emissões. Assim o trabalho consiste em uma avaliação comparativa de aspectos 

econômicos e ambientais de duas caldeiras flamotubulares, uma à lenha e outra à óleo 

combustível do tipo baixo ponto de fluidez (BPF), face a legislação em vigor. A avaliação é 

realizada com base em dados de mercado e de análises de monitoramento de compostos 

legislados, tais como: dióxido de enxofre, dióxido de nitrogênio, monóxido de carbono e 

particulados na chaminé das caldeiras e resíduo sólido final.Dados preliminares apontam que 

a caldeira à lenha pode contribuir para a redução da emissão de poluentes, melhoria da 

qualidade do ar e geração de um resíduo menos danoso ao ambiente. Estes aspectos bem 

como o atendimento aos requisitos legais previstos na Resolução do CONAMA nº 382/2006 

serão objeto de estudo de conclusão de curso. 

  

Palavras-chave: Degradação ambiental. Poluição atmosférica. Preservação do meio 

ambiente. Caldeira. Emissões. 

 

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ABSTRACT 

The anthropogenic activity has intensified the environmental degradation. Besides that, it’s 

clear the association of industrialization and the use of natural resources as well the 

generation of several environmental impacts through waste, effluents, emissions and noise 

produced, among others. Air pollution is also well known, it happens for thousands of years 

even through natural phenomena such as volcanic activity or natural firings. Among its 

impacts are environmental degradation, damage to health, safety and welfare of living beings, 

including also effects over soil and water. It is relevant to highlightthat monitoring of 

emissions, process of repetitive measurement, continuous and systematic observation, asan 

important tool to control emissions and to the environmental preservation. Environmental 

agencies have been also applying threshold values to restrict emissions from different 

industrial types, including emissions from boilers. This study takes into account different 

aspects related to fuels of two boilers: cost, energy production and emissions. Therefore this 

work is a comparative evaluation of economic and environmental aspects of two fire-tube 

boilers, one using wood and other one using oil (GMP) as fuel, under the laws in force. The 

evaluation will be performed according to market and analysis monitoring data. Legislated 

emissions such as sulfur dioxide, nitrogen dioxide, carbon monoxide and particulates 

(including captured fraction) will be evaluated. Preliminary data points that replacement of 

the fuel boiler to wood can contribute to reduction of pollutants, to improve air quality and to 

generate a residue less dangerous to the environment. These features as well meeting the legal 

requirements set in CONAMA Resolution 382/2006 will be considered in the second phase of 

this work. 

  

Keywords: Environmental degradation. Air pollution. Preservation of the environment. 

Boiler. Emissions. 

 

 



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LISTA DE FIGURAS 

Figura 1 - Camadas componentes da atmosfera ....................................................................... 21 

Figura 2 – Caldeira a óleo......................................................................................................... 44 

Figura 3 – Caldeira a lenha ....................................................................................................... 46 

Figura 4 – Filtro de mangas ...................................................................................................... 49 

Figura 5 - Imagem de satélite da área de instalação das caldeiras à óleo (seta vermelha) e à 

lenha (seta azul). ....................................................................................................................... 51 

Figura 6 - Amostrador Isocinético de Gases padrão ABNT NBR – 12019 ............................. 53 

Figura 7 - Desenho esquemático do equipamento 3 utilizado para a amostragem: ................. 53 

Figura 8 – Duto de amostragem ............................................................................................... 54 

Figura 9 – Gastos na compra de óleo BPF e lenha em tora nós últimos 13 anos ..................... 60 

Figura 10 – Vista lateral da caldeira HBFC ............................................................................. 61 

Figura 11 – Vista frontal/geral da caldeira HBFC .................................................................... 61 

Figura 12 – Vista da boca de visita da caldeira HBFC ............................................................. 62 

Figura 13 – Comparação de gastos nos primeiros meses do ano. ............................................ 63 

Figura 14 – Gastos somados e ganho até agosto. ..................................................................... 63 

Figura 15 – Gráfico comparativo MP, conforme TCA ............................................................ 67 

Figura 16 – Gráfico comparativo MP, corforme Conama 382 ................................................. 68 

Figura 17 – Gráfico comparativo MP, conforme L.O. ............................................................. 68 

Figura 18 – Gráfico comparativo SOx, conforme TCA ........................................................... 69 

Figura 19 – Gráfico comparativo SOx, corforme Conama 382 ............................................... 69 

Figura 20 – Gráfico comparativo SOx, conforme L.O. ............................................................ 70



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Figura 21 – Gráfico comparativo MP, conforme Resolução Conama nº 382 .......................... 71 

Figura 22 – Gráfico comparativo MP, conforme L.O. ............................................................. 72 

Figura 23 – Gráfico apresenta a diferença na utilização dos filtros de mangas. ...................... 72 

 

 



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LISTA DE QUADROS 

Quadro 1 - Poluentes atmosféricos x danos à saúde e meio ambiente ..................................... 30 

Quadro 2 – Característica técnica caldeira óleo ....................................................................... 45 

Quadro 3 – Característica técnica caldeira lenha...................................................................... 46 

Quadro 4 - Pontos de coleta de dados....................................................................................... 50 

Quadro 5 - Especificação do ponto de coleta ........................................................................... 55 

Quadro 6 - Especificação do plano de amostragem ................................................................. 55 

 

 



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LISTA DE TABELAS 

Tabela 1 - Composição da atmosfera seca................................................................................ 20 

Tabela 2 – Limite de emissões atmosférica caldeira óleo ........................................................ 24 

Tabela 3 – Limite de emissões atmosférica caldeira lenha ...................................................... 25 

Tabela 4 – Limite de emissões atmosférica caldeira até 10 MW ............................................. 25 

Tabela 5 - Padrões nacionais de qualidade do ar (Resolução CONAMA nº 03 de 28/06/90) . 36 

Tabela 6 - Padrões de qualidade do ar ...................................................................................... 37 

Tabela 7 - Evolução plantio no RS ........................................................................................... 58 

Tabela 8 – Comparações entre óleo BPF e lenha em tora por ano ........................................... 59 

Tabela 9 – Comparações entre óleo BPF e lenha em tora por mês .......................................... 62 

Tabela 10 – Limites de emissões (TCA) .................................................................................. 66 

Tabela 11 – Limites de emissões (CONAMA 382) ................................................................. 66 

Tabela 12 – Limites de emissões (LO) ..................................................................................... 66 

Tabela 13- Monitoramentos da caldeira óleo ........................................................................... 67 

Tabela 14 – Limites de emissões (CONAMA 382) ................................................................. 70 

Tabela 15 – Limites de emissões (LO) ..................................................................................... 70 

Tabela 16 - Monitoramentos da caldeira de biomassa ............................................................. 71 

 

 



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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas 

ADN – Ácido Desoxiribonucléico 

ARN – Ácido Ribonucléico 

ART – Anotação de Responsabilidade Técnica 

BPF – Óleo de baixo ponto de fluidez 

CETESB – Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental 

CNTP – Condições Normais de Temperatura e Pressão 

CNUMAD - Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento 

CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente 

CO – Monóxido de carbono 

CO2 – Dióxido de carbono 

DEFAP – Departamento de Florestas e Áreas Protegidas 

DOE – Diário Oficial do Estado  

EIA – Estudo de Impacto Ambiental 

FEPAM – Fundação Estadual de Proteção Ambiental 

H2SO4 – Ácido sulfúrico 

INMETRO – Instituto Nacional de Metrologia Normalização e Qualidade Industrial 

K - Kelvin 

km– Kilômetro 

kPa–Quilopascal 

LI – Licença de Instalação 

LO – Licença de Operação 

LP – Licença Prévia



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MAA – Média Aritmética Anual 

MGA – Média Geométrica Anual 

MMA - Ministério do Meio Ambiente 

MP – Material particulado  

MTR – Manifesto de transporte de resíduos  

N2 – Nitrogênio 

NBR – Norma Brasileira Regulamentadora 

NO2 – Dióxido de nitrogênio 

NOx – Óxidos de nitrogênio 

NR – Norma Regulamentadora 

O2 - Oxigênio 

ONU – Organização das Nações Unidas 

PCI – Poder Calorífico Inferior 

PI – Partículas Inaláveis 

ppm- Partes por milhão 

PQAr – Padrões de Qualidade do Ar 

PMTA – Pressão Máxima de Trabalho Admissível 

PNMA - Programa Nacional do Meio Ambiente  

PTS - Partículas totais em suspensão 

RIMA – Relatório de Impacto Ambiental 

SAP – Sistema aplicativos e produtos para processamento de dados  

SISNAMA –Sistema nacional de meio ambiente 

SO2 – Dióxido de enxofre 

USEPA - Agência Norte Americana de Proteção Ambiental 

 



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SUMÁRIO 

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 13 

 

2 REVISÃO DE LITERATURA ........................................................................................... 16 

2.1 Breve histórico das questões ambientais ............................................................................ 16 

2.2 Composição da atmosfera ................................................................................................... 19 

2.3 Poluição atmosférica parâmetros ........................................................................................ 21 

2.3.1 Resíduos sólidos .............................................................................................................. 26 

2.3.1.1 Principais poluentes atmosféricos ................................................................................ 28 

2.3.1.2 Efeitos da poluição ....................................................................................................... 30 

2.3.2 Fatores que influenciam a poluição atmosférica ............................................................. 32 

2.3.3 Monitoramento da qualidade do ar .................................................................................. 33 

2.3.3.1 Equipamentos para monitoramento da qualidade do ar ............................................... 33 

2.3.3.2 Padrões de qualidade do ar ........................................................................................... 35 

2.3.3.3 Índice de qualidade do ar .............................................................................................. 36 

2.3.3.4 Aspectos econômicos ................................................................................................... 37 

2.3.4 Questões legais ................................................................................................................ 38 

2.3.4.1 Processo de combustão ................................................................................................. 39 

2.3.4.2 Caldeiras ....................................................................................................................... 40 

 

3 METODOLOGIA ................................................................................................................ 43 

 

4 DISCUSSÕES DE RESULTADOS .................................................................................... 57 

 

5 CONCLUSÕES .................................................................................................................... 73 

 

REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 75 

 

 



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1 INTRODUÇÃO 

As políticas ambientais são conjuntos de metas e instrumentos que tem por objetivo 

reduzir os impactos negativos da ação humana sobre o meio ambiente e são necessárias para 

conduzir a posturas e procedimentos mais sustentáveis, reduzindo a quantidade de poluentes 

lançados no ambiente e minimizando os impactos aos recursos naturais (LUSTOSA et al., 

2003). 

Este estudo desenvolvido em parceria com a empresa Milenia Agrociencias na cidade 

de Taquari-RS, teve por finalidade realizar um estudo comparativo da queima do óleo e da 

lenha como combustíveis de caldeiras. Neste estudo foi levado em conta os diferentes 

aspectos relativos aos combustíveis: custos, produção de energia, qualidade dos fumos, 

agressão ao meio ambiente e consequentemente saúde dos seres vivos e atendimento as 

legislações vigentes. Com relação aos equipamentos, os dados foram coletados nas duas 

caldeiras instaladas na empresa. 

A empresa Milenia Agrociencias S.A. é uma indústria do segmento agroquímico, com 

mais de 40 anos de história no agronegócio, possui duas unidades industriais, sendo uma em 

Taquari/RS e outra em Londrina/PR. 

A companhia faz parte do grupo israelense Makhteshim Agan e chinês ChemChina, 

presente em mais de 100 países e responsável por congregar empresas que estão entre as mais 

avançadas do mundo no setor de química fina. 



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A companhia tem certificação OHSAS 18001 que atesta a gestão dos processos com 

foco na saúde e segurança dos trabalhadores e ISO 14001, que atesta a gestão de produtos e 

processos em conformidade ambiental. 

Segundo Colombo (2006), o desenvolvimento sustentável vem sendo considerado um 

fator essencial para a competitividade das organizações, levando muitas dessas a rever seu 

modelo operacional, buscando alternativas mais eficientes, racionais e responsáveis. O 

mercado consumidor está cada vez mais exigente e consciente, e um dos principais fatores 

que contribuiu para este quadro é a melhoria do nível educacional da sociedade, além da 

velocidade de disseminação de informações.  

Hoje, as questões ambientais priorizam o controle da poluição, responsável por danos 

econômicos reais, por perdas ecológicas e pelo comprometimento da qualidade de vida. 

Consequentemente, os tomadores de decisão devem introduzir mecanismos inovadores 

no processo de gestão e programar o controle ambiental, de forma que os seus resultados se 

traduzam efetivamente em ganhos na qualidade ambiental e de vida da população (SANTI, 

2010).  

Evidencia-se o surgimento de enfermidades derivadas da poluição, desde simples 

irritações nos olhos e derme até graves e letais lesões respiratórias e cardiovasculares, 

causando passivos sociais, ambientais e econômicos. Além disto, há ainda os prejuízos às 

atividades turísticas, bem como à agricultura e à pesca (PINTO, 2005; SALA, 1999).  

O grande desafio é a possibilidade de minimizar, mitigar e reverter o atual processo de 

deterioração do meio ambiente. Esse processo não é fácil, pois alguns aspectos apresentam 

características subjetivas e não quantificáveis e dependem de medidas que auxiliem à eliminar 

ou atenuar os impactos negativos e maximizar aqueles que são positivos. 

Este trabalho vem ao encontro dessas possibilidades: quantificar, qualificar e mostrar 

vantagens ambientais e econômicas na substituição de uma caldeira que utiliza óleo de baixo 

ponto de fluidez (BPF) por outra à lenha e apontar medidas que possam contribuir para a 

melhoria das condições ambientais no processo. 

Além do capítulo de Introdução, este trabalho é composto por mais quatro capítulos, 

conforme descrição a seguir.  



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O capítulo 2 fornece informações gerais sobre a poluição suas características e os 

efeitos dos principais poluentes, principalmente aqueles típicos de caldeiras. 

O capítulo 3 apresenta a metodologia aplicada na realização dos estudos e os 

equipamentos utilizados.  

O capítulo 4 descreve os resultados e discussões após a aplicação da metodologia 

apresentada. 

No capítulo 5 é apresentado a conclusão deste trabalho. 

 



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2 REVISÃO DE LITERATURA 

2.1 Breve histórico das questões ambientais  

A preocupação com a conservação dos recursos naturais e a ação antrópica no meio 

ambiente em função do crescimento econômico começou a ser estudada com maior 

intensidade, apenas em meados do século XX, na década de 60, quando um grupo de 

cientistas denominado Clube de Roma utilizou-se de modelos matemáticos para prever o 

esgotamento dos recursos naturais (VALLE, 2000). 

Na década de 70, mais precisamente em 1972, a Organização das Nações Unidas 

(ONU) realizou a Conferência de Estocolmo, a partir da preocupação internacional sobre os 

riscos de degradação do meio ambiente. Nesta época os debates ainda não focavam as 

questões de desenvolvimento sustentável, apenas a proteção dos recursos naturais 

(ALMEIDA, 2002). Poluir passa então a ser crime em diversos países (VALLE, 2000). 

As questões ambientais ganharam foco no Brasil a partir de 1981, com o 

estabelecimento da Política Nacional de Meio Ambiente que criou o Sistema Nacional de 

Meio Ambiente (SISNAMA), através da Lei Federal 6.938/81 (MMA, 1981).  

A nova Constituição Federal (1988) incorporou um capítulo especial ao meio 

ambiente – o artigo 225, que estabeleceu que “todos têm direito ao meio ambiente 

ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de 

vida” (VALLE, 2000). 



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Nos anos 90 a preocupação com o uso racional dos recursos naturais tomou grandes 

proporções. Em 1990 criou-se o Fundo Mundial do Meio Ambiente, como parte do Programa  

Nacional do Meio Ambiente (PNMA), com a finalidade de financiar projetos de 

proteção ao meio ambiente (VALLE, 2000). 

Em 1992 realizou-se a Conferência das Nações Unidas, que tratou sobre o Meio 

Ambiente e a necessidade de um desenvolvimento sustentável. Conhecida também como 

Cúpula da Terra ou Rio 92, tratou as questões ambientais como objeto de preocupação de toda 

a humanidade, entrando em vigor neste mesmo ano as normas britânicas BS7750 - 

Specification for Environmental Management Systems (Especificação para Sistemas de 

Gestão Ambiental) que serviram de base para a elaboração de normas em nível mundial 

(VALLE, 2000). 

Em dezembro de 1997, cerca de 10.000 delegados, observadores e jornalistas 

reuniram-se em Quioto no Japão, para a realização de uma conferência a qual culminou na 

decisão por consenso de adotar-se um protocolo segundo o qual os países industrializados 

reduziriam suas emissões de gases de efeito estufa em pelo menos 5% em relação aos níveis 

de 1990 até o período entre 2008 e 2012, prometendo reverter uma tendência histórica de 

crescimento das emissões iniciadas nesses países há cerca de 150 anos. 

O Protocolo de Quioto foi aberto para assinatura em 16 de março de 1998. Entrou em 

vigor 90 dias após a sua ratificação, incluindo os países desenvolvidos que contabilizaram 

pelo menos 55% das emissões totais de dióxido de carbono em 1990 (FUJIHARA, 2009). 

Em agosto de 2002, em Johannesburgo, na África do Sul, ocorreu a reunião da Cúpula 

Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio + 10), onde 189 países se reuniram para 

fazer o balanço de década de iniciativas para preservar os ambientes do planeta e melhorar a 

qualidade de vida dos seres vivos, como também para avaliar e desenvolver novos caminhos 

para alcançar o desenvolvimento sustentável. Porém, foi possível constatar nessa reunião, que 

não só os indicadores ambientais estão piorando com o passar do tempo, como esta 

degradação ocorre nas florestas e clima. Os movimentos para o desenvolvimento sustentável 

estão enfraquecidos por crises globalizadas de difícil adequação entre os países, delineada por 

“uma relativa distensão das relações internacionais, permeada pela perplexidade e o novo 



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conhecimento que as transformações geopolíticas impõem” (CAPOBIANCO, 2002; 

PULITANO, 2003).  

Diante desse atual quadro de degradação e da consciência de que os recursos naturais 

são finitos, evidencia-se a urgência para buscarmos uma nova postura ambiental, que busca o 

desenvolvimento com equilíbrio. Por essas questões, a tomada de decisão deve ser 

direcionada com vistas à produtividade dos recursos: a ecoeficiência. O seu conceito foi 

desenvolvido principalmente entre as empresas do setor privado para designar 

aperfeiçoamento no uso do material e redução do impacto ambiental durante os processos 

produtivos. Harmonizar as metas ecológicas com as econômicas exige não só a ecoeficiência, 

mas também a observância a três princípios adicionais, todos interdependentes e a reforçarem-

se mutuamente, sendo considerados importantes em iguais proporções, os aspectos: a) 

econômicos; b) ambientais; e c) sociais (HAWKEN et al., 1999).  

Portanto, a busca de alternativas para o desenvolvimento sustentável, deve estar 

direcionada: a) à reestruturação dos sistemas produtivos, com ênfase nas necessárias 

transformações sociais, econômicas e tecnológicas, onde a máxima prioridade política deve 

ser aumentar a equidade e não só o crescimento econômico; b) ao estudo da capacidade de 

absorção de impactos negativos pelos ecossistemas, devido à intervenção humana; c) aos 

acidentes naturais e suas inter-relações; e d) às questões relativas à governabilidade ambiental, 

no que diz respeito a legislações, processos e instituições pelas quais a sociedade civil, o 

estado e os países possam administrar o desenvolvimento de forma sustentável (GUNTER, 

1999; PNUD, 2003).  

É necessário uma advertência sobre a conceituação e origem do termo “sustentável” 

que vem se generalizando desde a década passada, consagrado na CNUMAD, na ECO - 92, 

sendo em alguns casos mal interpretados. Sustentabilidade significa conservação do volume 

ambiental oferecido pela natureza, definido como os possíveis usos em função das nossas 

necessidades físicas, contudo, com o entendimento que devem existir questões éticas a serem 

respeitadas. Nesse contexto, para atingir o desenvolvimento sustentável, há que se considerar 

o ser humano como parte integrante desse ecossistema, e este deve buscar uma utilização 

adequada para a devida manutenção da vida de forma equilibrada, onde sejam atendidas as 

suas necessidades básicas sem degradações acima da capacidade de absorção da natureza. 

Deve-se, portanto, garantir a qualidade de vida das gerações atuais e, também, das gerações 

futuras (HUETING e REIJNDERS, 1998).  



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Tundisi (2003) também reforça a vida continua em seu eterno ciclo, mas para se 

perpetuar, o homem deve incluir-se nele e dele participar, recuperando-o e mantendo-o.   

 

2.2 Composição da atmosfera  

A atmosfera terrestre é uma mistura de gases, inodora e incolor, consequência de 

fenômenos físico-químicos e biológicos iniciados há milhões de anos, que forma uma camada 

protetora ao redor do planeta. Uma das funções desta camada protetora é absorver parte da 

radiação infravermelha emitida pelo sol e aquela reemitida pela Terra, atuando no equilíbrio, 

manutenção e balanço da temperatura do nosso planeta. A atmosfera é de fundamental 

importância para a vida na terra, uma vez que os seres humanos são dependentes de ar para 

sobreviver (LISBOA, 2007; VIEIRA, 2009). 

Mais de 99% da massa de toda a atmosfera está confinada aproximadamente dentro 

dos primeiros 30 km sobre nossas cabeças (MANAHAN, 1984), e que a troposfera (camada 

da atmosfera terrestre onde vivemos) é uma região com apenas 15 km de espessura e que 

contém 85% da massa de toda a atmosfera (BAIRD, 1998)  

A atmosfera tem papel fundamental no Ciclo Hidrológico, pois atua como 

transportadora de água dos oceanos aos continentes e é nela que há a deposição de gases 

como o dióxido de carbono (CO2) e o oxigênio (O2) resultantes dos processos respiratórios e 

fotossintéticos de plantas terrestres e aquáticas e de compostos nitrogenados fabricados por 

bactérias e plantas a partir de nitrogênio (N2) atmosférico e de particulados (MELO, 1996). 

A atmosfera seca é constituída por 78% em volume de nitrogênio, 20,9% de oxigênio, 

0,9% de argônio, 0,035% de dióxido de carbono e por vários outros gases em pequenas 

concentrações. Possui quantidade variável de vapor de água, dependendo do local, hora, 

estação do ano, etc., chegando a 0,02% em volume nas regiões áridas e 4% em regiões 

equatoriais úmidas, conforme se visualiza na tabela 1 (MELO, 1996).  

 

 

 



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Tabela 1 - Composição da atmosfera seca 

Componentes gasosos Composição ppm (volume) Composição ppm (% - peso)  

Nitrogênio 780.900 755.100 

Oxigênio 209.500 231.500 

Argônio 9.300 12.800 

Dióxido de carbono 300 460 

Neônio 18 12,5 

Hélio 5,2 0,72 

Metano 2,2 1,2 

Criptônio 1 2,9 

Óxido nitroso 1 1,5 

Hidrogênio 0,5 0,03 

Xenônio 0,08 0,36 

Fonte: Silva (2006) 

Além dos componentes citados, existem outros componentes de origem natural ou 

liberados através de ações antrópicas com concentrações variáveis, são: óxidos de nitrogênio 

produzidos de forma natural pelas descargas elétricas durante as tempestades ou por ações 

humanas, como a combustão em caldeiras; dióxido de enxofre; fluoreto de hidrogênio; cloreto 

de hidrogênio e sulfeto de hidrogênio provenientes das erupções vulcânicas e da queima de 

combustíveis que contêm enxofre, como óleo diesel; ozônio formado fotoquimicamente ou 

por descargas elétricas; poeiras diversas formadas principalmente por ações humanas em 

atividades como mineração (LISBOA, 2007).  

A divisão da atmosfera é feita a partir das variações de temperatura e altitude dada 

pela interação dos seus componentes com a entrada e energia proveniente do Sol e a saída de 

energia proveniente da Terra (LISBOA, 2007). 

De conformidade com o critério térmico (baseado na distribuição vertical média da 

temperatura do ar, observada em todo o planeta), a atmosfera está dividida em quatro camadas 

(figura 1) aparentemente homogêneas: a troposfera, estratosfera, mesosfera e termosfera, as 

quais são separadas por três zonas de transição: tropopausa, estratopausa e mesopausa 

(VAREJÃO-SILVA, 2006). 

 



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Figura 1 - Camadas componentes da atmosfera 

 

 Fonte: Adaptado de Manahan, 1984, Moore e Moore, 1976.  

A troposfera é a mais importante das camadas da atmosfera, pois nesta zona que 

ocorre fenômenos meteorológicos sujeito à influência de poluentes. Realizando alterações nos 

compostos naturais, que vem causando danos físicos e a saúde dos seres vivos. Ainda na 

estratosfera acontecem reações químicas na camada de ozônio (decomposição pela radiação 

ultravioleta do sol das moléculas de oxigênio do ar em átomos de oxigênio, criando uma 

camada que, combinam e se transformam em ozônio) (VAREJÃO-SILVA, 2006; VIEIRA, 

2009). 

 

2.3 Poluição atmosférica parâmetros  

Segundo o Ministério do Meio Ambiente (MMA, 04/2013), os processos industriais e 

de geração de energia e queimadas, estão entre as atividades antrópicas com maior introdução 

de substâncias poluentes à atmosfera, muitas delas tóxicas à saúde humana e responsáveis por 

danos à flora, fauna e aos materiais.  



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Os resíduos gasosos podem ser primários, liberados da fonte para a atmosfera, ou 

secundários, formados por reações químicas entre constituintes naturais da atmosfera e 

poluentes primários ou mesmo entre estes últimos. (DERÍSIO, 1992)  

A poluição atmosférica pode ser definida como qualquer forma de matéria ou energia 

com intensidade, concentração, tempo ou características que possam tornar o ar impróprio, 

nocivo ou ofensivo à saúde, inconveniente ao bem-estar público, danoso aos materiais, à 

fauna e à flora ou prejudicial à segurança, ao uso e gozo da propriedade e à qualidade de vida 

da comunidade (CONAMA, 1990).  

A prevenção à poluição refere-se a qualquer prática que vise a redução e/ou 

eliminação, seja em volume, concentração ou toxicidade, das cargas poluentes na própria 

fonte geradora. Inclui modificações nos equipamentos, processos ou procedimentos, 

reformulação ou replanejamento de produtos e substituição de matérias primas ou até mesmo 

a substituição de um equipamento ou todo o sistema que resultem na melhoria da qualidade 

ambiental (FIGUEIREDO et al., 2000).  

De uma forma geral, a qualidade do ar é produto da interação de um complexo 

conjunto de fatores dentre os quais destacam-se a magnitude das emissões, a topografia local 

e as condições meteorológicas da região, que podem ser favoráveis ou não à dispersão dos 

poluentes gerados. Esta dispersão depende também diretamente das características físico-

químicas dos poluentes gerados (FIGUEIREDO et al., 2000). 

Frequentemente, os efeitos da má qualidade do ar não são tão visíveis e fáceis de 

identificar comparados a outros fatores de contaminação que ocorrem em águas e solo. 

Contudo, os estudos epidemiológicos têm demonstrado de forma cada vez mais consistente, 

correlações entre a exposição aos poluentes atmosféricos e os efeitos de morbidade e 

mortalidade causadas por sintomas respiratórios (asma, bronquite, enfisema pulmonar e 

câncer de pulmão) e cardiovasculares, mesmo quando as concentrações dos poluentes na 

atmosfera não ultrapassam os padrões de qualidade do ar vigentes já podem gerar danos à 

saúde da população. Estes sintomas hoje são mais comuns em populações de grandes cidades 

ou próximos a centros industriais. As faixas etárias mais vulneráveis são as crianças, os idosos 

ou as pessoas que já apresentam doenças respiratórias (FIGUEIREDO et al., 2000). 



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A gestão da qualidade do ar tem como objetivo garantir que o desenvolvimento sócio-

econômico ocorra de forma sustentável e ambientalmente segura. Para tanto, se fazem 

necessárias ações de prevenção, combate e redução das emissões de poluentes e dos efeitos da 

degradação do ambiente atmosférico. Para atingirmos o objetivo mencionado é preciso 

trabalhar na conscientização dos lideres de países, cidades, empresas e comunidades 

(DERÍSIO, 1992). 

De acordo com a Resolução nº 03/90 do Conselho Nacional do Meio Ambiente 

(CONAMA) poluente atmosférico é qualquer forma de matéria ou energia com intensidade e 

em quantidade, concentração, tempo ou características em desacordo com os níveis 

estabelecidos por esta norma, e que tornem ou possam tornar o ar: 

a) Impróprio, nocivo ou ofensivo à saúde; 

b) Inconveniente ao bem-estar público; 

c) Danoso aos materiais, à fauna e flora;  

d) Prejudicial à segurança, ao uso e gozo da propriedade e às atividades normais 

da comunidade. 

Ainda, segundo Cavalcanti (2010), a poluição atmosférica pode ser definida como a 

alteração das propriedades físicas, químicas ou biológicas normais da atmosfera. Tais 

alterações são dadas a partir das emissões atmosféricas, substâncias em forma de partículas, 

gases e aerossóis que se formam como subprodutos dos processos de combustão ou das 

transformações de matéria-prima que, quando lançadas à atmosfera em concentrações 

superiores à capacidade do meio ambiente em absorvê-las, causam alterações na qualidade do 

ar.  

A contaminação é o aumento, ou às vezes a redução de certos componentes da 

atmosfera, que não existiriam ou seriam em menor ou maior concentração sem a atividade 

antrópica. A atmosfera do planeta tem sofrido profundas mudanças em sua constituição ao 

longo dos tempos, até mesmo por fenômenos naturais (erupções vulcânicas, incêndios 

florestais e tormentas de areia, decomposição de plantas e de animais, incluindo os aerossóis 

emitidos pelos oceanos) que têm provocado significativas alterações locais, regionais e 



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mesmo continentais, evidenciadas nos valores dos componentes atmosféricos 

(CAVALCANTI, 2010).  

Existem legislações regulamentadoras que estabelecem limites de emissões 

atmosféricas para as indústrias como, por exemplo, a Resolução nº 382/2006 do CONAMA, 

tendo em conta os altos níveis de poluição atmosférica já alcançados, principalmente nas 

regiões metropolitanas, e seus reflexos negativos sobre a saúde, o meio ambiente e economia; 

a crescente industrialização, com o consequente aumento do nível de emissões atmosféricas e 

da degradação da qualidade do ar; a necessidade de desenvolvimento econômico-social com a 

preservação da qualidade do meio ambiente, desenvolvimento com equilíbrio ecológico; a 

necessidade de recuperação ou manutenção da qualidade do ar; a necessidade de se 

estabelecer definição dos limites de emissão de poluentes atmosféricos e posterior análise dos 

órgãos ambientais para emissões de LO de empeendimentos. 

A poluição deve ser controlada na fonte, seja por meio de equipamentos de controle, 

como filtros ou pela utilização de processos/equipamentos menos poluidores, em razão do 

Princípio de Prevenção à Poluição. Existem tecnologias disponíveis para a redução da 

emissão de poluentes para diversos processos produtivos.  

A Resolução CONAMA nº 382 estabelece os seguintes limites máximos de emissão 

para poluentes atmosféricos provenientes de processos de geração de calor a partir da 

combustão externa de óleo combustível, conforme tabela 2: 

Tabela 2 – Limite de emissões atmosférica caldeira óleo 

Potência térmica nominal (MW) MP 
NOx

 

(como NO2) 

SOx
 

 
(como SO2) 

Menor que 10 300 1600 2700 

Entre 10 e 70 250 1000 2700 

Maior que 70 100 1000 1800 

Fonte: Resolução Conama nº 382 (2006)  

Os resultados devem ser expressos na unidade de concentração mg/Nm³, em base seca 

e 3% de excesso de oxigênio. 



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A Resolução CONAMA nº 382 estabelece os seguintes limites máximos de emissão 

para poluentes atmosféricos provenientes de processos de geração de calor a partir da 

combustão externa de derivados de madeira, conforme tabela 3: 

Tabela 3 – Limite de emissões atmosférica caldeira lenha 

Potência térmica nominal (MW) MP 
NOx

  

(como NO2) 

Menor que 10 730 N.A. 

Entre 10 e 30 520 650 

Entre 30 e 70 260 650 

Maior que 70 130 650 

Fonte: Resolução Conama nº 382 (2006)  

Os resultados devem ser expressos na unidade de concentração mg/Nm³, em base seca 

e corrigidos a 8% de oxigênio.  

A critério do órgão ambiental licenciador, para sistemas com potência de até 10 MW, 

alternativamente aos limites da tabela acima, poderá ser aceito: 

O monitoramento periódico de monóxido de carbono. Neste caso, o limite máximo de 

emissão para este poluente será o estabelecido na tabela 4: 

Tabela 4 – Limite de emissões atmosférica caldeira até 10 MW 

Potência térmica nominal (MW) CO 

Até 0,05 6500 

Entre > 0,05 e ≤ 0,15 3250 

Entre > 0,15 e ≤ 1,0 1700 

Entre > 1,0 e ≤ 10 1300 

Fonte: Resolução Conama nº 382 (2006)  

Os resultados devem ser expressos na unidade de concentração mg/Nm³, em base seca 

e corrigidos a 8% de oxigênio.  

 



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2.3.1 Resíduos sólidos  

Resíduos sólidos são originados das atividades dos diversos ramos da indústria, tais 

como metalúrgica, química, petroquímica, papeleira, alimentícia etc, sendo bastante variados, 

podendo ser representados por cinzas, lodos, óleos, resíduos alcalinos ou ácidos, plásticos, 

papéis, madeiras, fibras, borrachas, metais, escórias, vidros e cerâmicas, dentre outros 

(NAUMOFF & PERES, 2000).  

A NBR 10004 classifica os resíduos sólidos quanto aos seus riscos potenciais ao meio 

ambiente e à saúde pública, pra que possam ser gerenciados adequadamente. 

Conforme NBR 10004 o resíduo sólido podem se apresentar nos estados sólidos e 

semi-sólidos, resultam de atividades de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, 

agrícola, de serviço e de varrição. Ficam incluídos nesta definição os lodos provenientes de 

sistemas de tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle 

de poluição, bem como determinados líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu 

lançamento na rede pública de esgoto ou corpos de água, ou exijam para isso soluções 

técnicas e economicamente inviáveis em face à melhor tecnologia disponível. 

Conforme NBR 10004, os resíduos são classificados em: 

a) Resíduo classe I – Perigoso, resíduos que apresentam características como: 

Inflamabilidade: Um resíduo sólido é caracterizado como inflamável, se uma das 

amostras representativa, apresentar qualquer uma das seguintes propriedades: 

* Ser líquida e ter ponto de fulgor inferior a 60°C, determinado conforme ABNT 

NBR 14598 ou equivalente, excetuando-se as soluções aquosas com menos de 24% 

de álcool em volume; 

* Não ser líquida e ser capaz de, sob condições de temperatura e pressão de 25°C e 

0,1 MPa (1 atm), produzir fogo por ficção, absorção de umidade ou por alterações 

químicas espontâneas e, quando inflamada, queimar vigorosa e persistentemente, 

dificultando a extinção do fogo; 

* Ser um oxidante definido como substância que pode liberar oxigênio e, como 

resultado, estimular a combustão e aumentar a intensidade do fogo em outro 

material; 

* Ser um gás comprimido inflamável, conforme a legislação federal sobre transporte 

de produtos perigosos (Portaria nº 204/1997 do Ministério dos Transportes). 

Corrosividade: Um resíduo é caracterizado como corrosivo, se uma das amostras 

representativa, apresentar uma das seguintes propriedades: 

* Ser aquosa e apresentar pH inferior ou igual a 2, ou, superior ou igual a 12,5, ou 

sua mistura com água, na proporção de 1:1 em peso, produzir uma solução que 

apresente pH inferior a 2 ou superior ou igual a 12,5; 

Patogenicidade: Um resíduo é caracterizado como patogênico se uma amostra 

representativa contiver ou se houver suspeita de conter, microorganismos 

patogênicos, proteínas virais, ácido desoxiribonucléico (ADN) ou ácido ribonucléico 

(ARN) recombinantes, organismos geneticamente modificados, plasmídios, 

cloroplastos, mitocôndrias ou toxinas capazes de produzir doenças em homens, 

animais ou vegetais. 



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b) Resíduo classe II – Não perigosos, resíduos que apresentam características 

como: 

Resíduo classe II A – Não Inertes: Aqueles que não se enquadram nas 

classificações de resíduos classe I – Perigoso ou de resíduos classe II B -  Inertes. Os 

resíduos classe II A – Não inertes podem ter propriedades, tais como: 

biodegradabilidade, combustibilidade ou solubilidade em água. 

Resíduo classe II B – Inertes: Resíduos que submetidos a um contato dinâmico e 

estático com água destilada ou desionizada, à temperatura ambiente, não tiver 

nenhum de seus constituintes solubilizados a concentrações superiores aos padrões 

de potabilidade de água, excetuando-se aspecto, cor, turbidez, dureza e sabor ( NBR 

10004, 2004, p. 3). 

A incineração de resíduos sólidos industriais é uma alternativa para redução do seu 

volume, sendo bastante discutida. Os que a defendem consideram que é uma forma de 

eliminar possíveis riscos para a saúde pública, enquanto os que a combatem argumentam que 

a má operação dos incineradores pode ser uma nova fonte de poluição atmosférica pela 

geração de gases e material particulado (NAUMOFF & PERES, 2000). 

A disposição dos resíduos em aterros industriais é muito utilizada, pois podem 

armazenar um grande volume. Contudo, os aterros sanitários precisam ser construídos e 

operados com grande segurança e monitoramentos eficientes, para que não ocorra contato do 

resíduo com o solo ou percolação de líquidos para o aquífero livre (NAUMOFF & PERES, 

2000).  

Neste caso o desenvolvimento deste estudo foi realizado junto à empresa Milenia 

Agrociencias S.A. em cuja licença de operação, emitida pela FEPAM, prevê-se que os 

resíduos sólidos gerados deverão ser segregados, identificados, classificados e acondicionados 

para armazenagem temporária em área devidamente projetada, observando a NBR 12.235 e a 

NBR 11.174, da ABNT, em conformidade com o tipo de resíduo, até a posterior destinação 

final dos mesmos. Antes de encaminhar o resíduo para o destino final, a empresa deve 

verificar o licenciamento ambiental da empresa destino do resíduo, pois conforme o Artigo 9º 

do Decreto Estadual número 38.356 de 01/04/98, a responsabilidade pela destinação adequada 

dos mesmos é da fonte geradora, independente da contratação de serviços de terceiros. 

A empresa deve ainda preencher uma “Planilha Mensal de Resíduos Sólidos 

Industriais Gerados”, mantendo informações sobre o estoque, e encaminhar à FEPAM, 

bimestralmente. A transferência dos resíduos Classe I gerados na empresa, deve ser 

acompanhada de“Manifesto de Transportes de Resíduos – MTR”, conforme Portaria 



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FEPAM nº 034/2009, publicada no DOE em 06/08/2009 e realizada por veículos licenciados 

pela FEPAM para fontes moveis com potencial de poluição ambiental. 

 

2.3.1.1 Principais poluentes atmosféricos  

A atmosfera apresenta uma grande variedade de substâncias, o que torna difícil a 

tarefa de se estabelecer classificações. É importante salientar, que para as mesmas condições 

de emissões, a qualidade do ar pode mudar em função das variáveis meteorológicas, que 

determinam maior ou menor diluição dos poluentes. É por isso que a qualidade do ar piora 

durante o inverno, quando as condições meteorológicas são mais desfavoráveis à dispersão 

dos poluentes (MELO, 1996). 

A qualidade do ar está restrita a um grupo de poluentes, por sua maior freqüência ou 

pelos efeitos adversos que causam ao meio ambiente. O grupo de poluentes básicos 

consagrados universalmente como indicadores mais abrangentes da qualidade do ar é 

composto por: dióxido de enxofre (SO2), partículas totais em suspensão (PTS), partículas 

inaláveis (PI), monóxido de carbono (CO), dióxido de nitrogênio (NO2). Segue uma breve 

descrição destes poluentes: 

Dióxido de enxofre: Resulta principalmente da queima de combustíveis que contêm 

enxofre, como derivados do petróleo. Na atmosfera, este poluente pode ser oxidado, 

originando ácido sulfúrico (H2SO4) (SALDIVA, 1998), contribuindo para outro grande 

problema, conhecida como “chuva ácida”. Essa oxidação dependerá de diversos fatores, como 

incidência de radiação solar, temperatura e umidade do ar, absorção do gás na superfície das 

partículas e tempo de permanência na atmosfera. O gás é corrosivo e tóxico, mas a ameaça 

para a saúde ocorre quando o dióxido de enxofre se combina no ar com o vapor de água e 

outros compostos, para formar o ácido sulfúrico e sulfatos (CETESB, 2002). 

Material particulado: É uma mistura de partículas líquidas e sólidas em suspensão no 

ar, com composição e tamanho dependentes das fontes de emissão (CETESB, 2009).  

Tem tamanho inferior a 100 μm, suspensos na forma de poeira, neblina, aerossóis, 

fumaça ou fuligem. Suas fontes principais são os processos industriais, exaustão de veículos 

motorizados, poeira de rua em suspensão e queima de biomassa (CETESB, 2003).  



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Partículas totais em suspensão (PTS): Podem ser definidas de maneira simplificada 

como aquelas cujo diâmetro aerodinâmico é menor que 50 μm. Uma parte destas partículas 

são inaláveis e podem causar problemas à saúde, principalmente ao sistema respiratório. As 

partículas não inaláveis vão interferindo nas condições estéticas do ambiente (SALDIVA, 

1998). 

Partículas Inaláveis (PI): Podem ser definidas de maneira simplificada como aquelas 

cujo diâmetro aerodinâmico é menor que 10 μm. As partículas inaláveis podem ainda ser 

classificadas como partículas inaláveis finas – MP2,5 (<2,5 μm) e partículas inaláveis grossas 

(2,5 a 10 μm). As partículas finas, devido ao seu tamanho diminuto, podem atingir os alvéolos 

pulmonares, já as grossas ficam retidas na parte superior do sistema respiratório (SALDIVA, 

1998). 

Monóxido de carbono: É um gás incolor e inodoro que resulta da queima incompleta 

de combustíveis de origem orgânica, combustíveis fósseis, biomassa, etc. Em geral, é 

encontrado em maiores concentrações nos grandes centros urbanos. Os efeitos da exposição 

de seres humanos ao monóxido de carbono estão associados à capacidade de transporte de 

oxigênio no sangue. O monóxido de carbono compete com o oxigênio na combinação com a 

hemoglobina no sangue, uma vez que sua afinidade com este gás poluente é 210 vezes maior 

do que com o oxigênio. Quando uma molécula de hemoglobina recebe uma molécula de 

monóxido de carbono forma-se a carboxiemoglobina, que diminui a capacidade do sangue de 

transportar oxigênio (ALMEIDA, I., 1999). 

Dióxido de nitrogênio: O NO2 causa prejuízos à saúde, como irritações ao sistema 

respiratório. O NO e NO2 são formados durante processos de combustão. Dentre as fontes 

desses poluente incluem-se as caldeiras de geração de vapor, processos de geração de calor a 

partir da combustão externa. O NO, nas condições atmosféricas e sob a ação de luz solar, se 

transforma em dióxido de nitrogênio (NO2) o qual tem papel importante na formação de 

oxidantes fotoquímicos, como o ozônio. Esse processo acontece como resultado da foto-

oxidação dos compostos orgânicos voláteis, pelo radical hidroxila, na presença de luz e 

oxigênio, provocando o “smog” oxidante. Dos óxidos de nitrogênio (NO e NO2), o NO2 é o 

mais preocupante, pois devido à sua baixa solubilidade é capaz de penetrar profundamente no 

sistema respiratório e dar origem as nitrosaminas, algumas das quais podem ser 

carcinogênicas (CAVALCANTI, 2010). 



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2.3.1.2 Efeitos da Poluição 

Os efeitos da poluição atmosférica se caracterizam tanto pela alteração de parâmetros 

considerados normais como pelo aumento de problemas pré-existentes. Esses efeitos podem 

ser de intensidade global ou ocorrer em níveis local e regional (ALMEIDA, 1999). 

Os efeitos da poluição atmosférica em escala global são caracterizados pela alteração 

da acidez das águas da chuva (chuva ácida), pelo aumento da temperatura do planeta (efeito 

estufa) e pela modificação da intensidade da radiação solar, ou seja, aumento da radiação 

ultravioleta, causado pela depleção da camada de ozônio (ALMEIDA, 1999). 

De modo geral os efeitos da poluição atmosférica manifestam-se na saúde dos seres 

vivos, na flora, fauna e sobre os materiais (ALMEIDA, 1999). 

Efeitos sobre a saúde humana: Poluentes atmosféricos podem afetar a saúde 

humana, sendo que os efeitos vão desde simples desconfortos, podendo levar até a morte. 

Alguns desses efeitos incluem irritação dos olhos e das vias respiratórias; redução da 

capacidade pulmonar; aumento da suscetibilidade a infecções virais e doenças 

cardiovasculares; dores de cabeça; agravamento de doenças crônicas do aparelho respiratório 

tais como, asma, bronquite, enfisema e pneumoconioses; danos ao sistema nervoso central; 

alterações genéticas; nascimento de crianças defeituosas e câncer (ALMEIDA, 1999) 

Quadro 1 - Poluentes atmosféricos x danos à saúde e meio ambiente 

Poluentes 

Monitorados 

 

Fontes de Emissão Efeitos à Saúde Efeitos Gerais ao Meio 

Ambiente 

Partículas 

Inaláveis 

(MP10) 

 

Processos de combustão 

(indústria e veículos 

automotores), aerossol 

secundário (formado na 

atmosfera). 

 

Interfere no sistema 

respiratório, pode afetar os 

pulmões e todo o organismo. 

Danos a vegetação, 

deterioração da 

visibilidade, contaminação 

do solo e água. 

Partículas em 

suspensão 

(poeira) 

Processos industriais, 

veículos Motorizados 

(exaustão), poeira de rua 

suspensa, queima de 

biomassa. Fontes naturais: 

pólen, aerossol, marinho e 

solo, queimadas e poeiras 

diversas. 

Interfere no sistema 

respiratório, pode afetar os 

pulmões. 

 

 

 

 

Danos a vegetação, 

deterioração da 

visibilidade, contaminação 

do solo e água. 

Dióxido de 

Enxofre 

Queima de combustíveis 

fósseis que contenham 

Ação irritante nas vias 

respiratórias, o que provoca 

Pode levar a formação da 

chuva ácida, causar 



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Poluentes 

Monitorados 

 

Fontes de Emissão Efeitos à Saúde Efeitos Gerais ao Meio 

Ambiente 

SO2 enxofre, como óleo 

combustível, carvão mineral 

e óleo diesel. 

tosse e até falta de ar. 

Agravando os sintomas da 

asma e da bronquite crônica. 

Afeta, ainda, outros órgãos 

sensoriais.  

 

corrosão aos materiais e 

danos à vegetação: Folhas 

e colheitas. 

Óxidos de 

Nitrogênio 

NO2 e NO 

Queima de combustíveis em 

altas temperaturas em 

veículos, aviões fornos e 

incineradores. 

Agem sobre o sistema 

respiratório, podendo causar 

irritações e, em altas 

concentrações, problemas 

respiratórios e edema 

pulmonar. 

 

Pode levar a formação de 

chuva ácida, danos a 

vegetação e a colheita. 

Monóxido de 

Carbono 

CO 

Combustão incompleta de 

materiais que contenham 

carbono, como derivados de 

petróleo e carvão. 

Provoca dificuldades 

respiratórias e asfixia. É 

perigoso para aqueles que têm 

problemas cardíacos e 

pulmonares. 

 

 

Fonte: CETESB (1999, 2012) 

Efeitos sobre o meio ambiente: Os danos podem ocorrer de forma aguda ou crônica e 

são ocasionados pela redução da penetração da luz, com conseqüente redução da capacidade 

fotossintetizadora, geralmente por deposição de partículas nas folhas; penetração de poluentes 

através das raízes após deposição de partículas ou dissolução de gases no solo; pela 

penetração dos poluentes através dos estômatos (ALMEIDA, 1999). 

A camada de gases que envolve o planeta é, fundamentalmente, importante na 

manutenção da vida. O acrescimo na concentração dos gases, que absorvem radiação, causa 

um aumento na retenção de calor, levando a um aumento da temperatura da Terra (MENINI, 

2004). 

Tal fato ocasiona maior degelo das calotas polares, com consequente aumento do nível 

dos oceanos; alterações climáticas, alterações no regime de chuvas e secas; aumento da 

proliferação de vetores, causando maior incidência de doenças tropicais (malária, dengue etc.) 

e aumento na freqüência de eventos climáticos extremos (por exemplo, ciclones, El Niño 

etc.). O dióxido de carbono é considerado o principal responsável pelo efeito estufa e sua 

principal fonte de emissão é a queima de combustíveis fósseis (MENINI, 2004). 

Efeitos sobre a fauna: Os efeitos dos poluentes atmosféricos aos animais irracionais é 

o enfraquecimento do sistema respiratório, danos aos olhos, dentes e ossos, aumento da 



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probabilidade a doenças e outros riscos ambientais relacionados ao “stress”, a diminuição das 

fontes de alimento e a redução da capacidade de reprodução (ALMEIDA,1999). 

Efeitos sobre os materiais: O efeito visível da poluição atmosférica sobre os materiais 

é a deposição de partículas. Os efeitos dessa deposição sobre estruturas incluem basicamente 

descoloração, erosão, corrosão, enfraquecimento e decomposição de materiais de construção 

(ALMEIDA, 1999). 

 

2.3.2 Fatores que influenciam a poluição atmosférica 

A concentração dos poluentes no ar depende, tanto dos mecanismos de dispersão, 

como de sua produção e remoção. Normalmente, a própria atmosfera é capaz de dispersar os 

poluentes, misturando-os, eficientemente, a um grande volume de ar, o que contribui para que 

a poluição fique em níveis aceitáveis (CAVALCANTI, 2010). 

Meteorologistas e climatologistas indicam a velocidade e direção dos ventos, a 

turbulência e a estabilidade atmosférica como fenômenos meteorológicos importantes para a 

dispersão dos poluentes atmosféricos numa escala local (VAREJÃO-SILVA, 2006). 

A influência da topografia também é um importante fator devido ao aquecimento 

diferenciado do solo; topos de montanhas se aquecem e se resfriam mais rapidamente que 

vales, pois as camadas de ar frio mais denso se acumulam no fundo dos vales acentuando a 

estabilidade, e dificultando a dispersão de poluentes (CAVALCANTI, 2010). 

Portanto, mesmo mantida a condição das emissões, a qualidade do ar pode mudar em 

função das condições meteorológicas e estações do ano bem como do relevo, que determinam 

uma condição maior ou menor de diluição dos poluentes. Geralmente a qualidade do ar piora 

com relação aos parâmetros de CO, MP e SO2 durante os meses de inverno, ou seja, as 

condições meteorológicas menos favoráveis à dispersão dos poluentes (CETESB, 2006). 

É necessário estabelecer por legislação, padrões de qualidade, definindo o limite 

máximo de concentração de um componente lançado para a atmosfera, garantido padrões 

adequados de emissões, de concentração ambiental e proteção da saúde dos seres vivos. 

Devido a estas questões, deve-se estabelecer um monitoramento contínuo das emissões em 

indústrias para adequação dos parâmetros legais e também para uma otimização nas relações 



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de queima para melhor aproveitamento de combustível. As empresas devem verificar a 

qualidade do combustível e estudar os equipamentos, pois é fator fundamental no controle das 

emissões, e neste contexto devem também ser observadas as diferenças de gases gerados 

pelos diferentes combustíveis (CAVALCANTI, 2010). 

 

2.3.3 Monitoramento da Qualidade do Ar  

São dois os tipos de medição da poluição do ar: medição no ambiente (o que o público 

respira) e a medição na fonte de emissão. O que vai determinar o quão poluidor ou o quanto 

de malefícios provoca à saúde é indicado por comparação a parâmetros pré-estabelecidos na 

legislação. (NEVERS, 1995) 

Nas amostragens é importante saber que as concentrações dos poluentes podem variar 

rapidamente e em alguns casos em um curto período de tempo. Segundo Reeve (1994), as 

concentrações médias relativas a um fixo período de tempo, são a forma mais apropriada de 

medida em pesquisas de longa duração, porém a avaliação de acidentes ambientais, demanda 

determinações instantâneas de concentrações. 

As técnicas de concentrações médias relativas a um período de tempo fixo incluem 

sistema de absorvedores de gases que são levados ao laboratório para análises. Análises em 

cromatógrafos, permitem determinações de concentrações baixas, um requisito fundamental 

em análise de atmosfera. As determinações instantâneas podem ser feitas através de leitura 

direta como, por exemplo, através de espectrometria por  “infravermelho”, técnica empregada 

para análises de óxido de nitrogênio, dióxido de enxofre e ozônio (REEVE, 1994).  

 

2.3.3.1 Equipamentos para monitoramento da qualidade do ar 

O monitoramento da qualidade do ar é um dos instrumentos determinantes para a 

gestão ambiental, pois dá suporte para as ações a serem implantadas. Vale destacar que, o ser 

humano é o maior interessado em ter uma boa qualidade do ar, mas também é o maior 

responsável pela poluição da atmosfera. É através do monitoramento que se pode constatar a 

evolução das concentrações dos poluentes e aferir a eficácia dos processos de controle de 

emissões (LANDMANN, 2004).  



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Entretanto, para se ter uma melhor compreensão dos problemas causados pela 

poluição do ar, se faz necessário saber onde ocorrem os valores máximos das concentrações 

de gases e material particulado e quais as concentrações nos locais onde as pessoas estão mais 

expostas e para isso, os equipamentos de medição devem ser capazes de garantir que os dados 

gerados possam ser comparados com os padrões legais de qualidade do ar, ou seja, os 

equipamentos devem ser devidamente aferidos e possuírem certificados de calibração emitido 

por laboratório/empresa credenciada em órgãos como INMETRO (LISBOA, 2007). 

De acordo com Reeve (1994), os equipamentos de medição de poluentes atmosféricos 

podem ser divididos em quatro tipos, dependendo da metodologia utilizada: amostradores 

passivos, mostradores ativos, analisadores automáticos e sensores remotos. Uma breve 

descrição destes sistemas é apresentada a seguir com base em relatos do mesmo pesquisador. 

Os amostradores passivos consistem em um corpo cilíndrico com uma extremidade 

aberta, protegida do vento por uma membrana equivalente, para minimizar a interferência de 

partículas e difusão turbulenta; e outra fechada, para evitar transporte convectivo. Após o 

espaço de difusão, próximo a extremidade fechada, encontra-se um filtro com material 

absorvente, específico para cada poluente, que posteriormente, é analisado em laboratório. 

Nos amostradores ativos, certo volume de gás é sugado por uma bomba e passa 

através de um meio coletor químico ou físico por um determinado período de tempo. A coleta 

pode ser feita por processo de absorção, adsorção, impactação, filtração, difusão, reação ou 

por uma combinação desses processos. Posteriormente, as amostras são analisadas em 

laboratório para determinação da concentração do poluente de interesse. 

Os analisadores automáticos fornecem medidas com frequência de tempo 

relativamente alta. A amostra é analisada online e em tempo real por métodos eletro-ópticos 

(fluorescência no ultravioleta, quimiluminescência, absorção no infravermelho, absorção no 

ultravioleta, etc.). As médias obtidas pelos analisadores automáticos possuem alto grau de 

precisão, mas exigem um trabalho rigoroso de operação, manutenção e controle de qualidade 

dos dados obtidos. 

Os sensores remotos fornecem informações de concentração de poluentes em tempo 

real, por meio de técnicas de espectroscopia, sem a necessidade de contato direto com os 

elementos poluidores. São dispositivos capazes de detectar a radiação eletromagnética 



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(microondas, infravermelho ou ultravioleta) proveniente de um poluente, transformá-la em 

um sinal elétrico e registrá-lo, de tal forma que esse possa ser armazenado ou transmitido em 

tempo real (PAYAN et al., 2002). 

Além dos métodos de monitoramento que utilizam equipamentos, ainda existe o 

método de avaliação da qualidade do ar por meio de bioindicadores. O biomonitoramento é 

um método experimental indireto de se verificar a existência de poluentes numa certa área, 

utilizando-se de organismos vivos, que respondem ao estresse a que se encontram submetidos 

por modificações nos ciclos vitais ou pela acumulação de poluentes (CARNEIRO, 2004). 

 

2.3.3.2 Padrões de qualidade do ar 

Um padrão de qualidade do ar define legalmente o limite máximo para a concentração 

de um componente atmosférico a fim de proteger o meio ambiente e a saúde dos seres vivos. 

Os padrões de qualidade do ar são baseados em estudos científicos dos efeitos produzidos por 

poluentes específicos e são fixados em níveis que possam propiciar uma margem de 

segurança adequada. De acordo com a Resolução CONAMA nº 03/90, padrões de qualidade 

do ar são concentrações de poluentes atmosféricos que, ultrapassadas poderão afetar a saúde, 

a segurança e o bem-estar da população, bem como ocasionar danos à flora e à fauna, aos 

materiais e ao meio ambiente em geral. A resolução prevê a aplicação diferenciada de padrões 

primários e secundários, requer que o território nacional seja dividido em classes I, II e III, e 

prevê ainda que, enquanto não for estabelecida a classificação das áreas os padrões aplicáveis 

serão os primários.  

São padrões primários de qualidade do ar as concentrações de poluentes que, 

ultrapassadas, poderão afetar a saúde da população. Podem ser entendidos como níveis 

máximos toleráveis de concentração de poluentes atmosféricos, constituindo-se em metas de 

curto e médio prazo. 

São padrões secundários de qualidade do ar as concentrações de poluentes 

atmosféricos abaixo das quais se prevê o mínimo efeito adverso sobre o bem estar da 

população, assim como o mínimo dano à fauna e à flora, aos materiais e ao meio ambiente em 

geral. Podem ser entendidos como níveis desejados de concentração de poluentes, 

constituindo-se em meta de longo prazo. 



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Os parâmetros regulamentados são os seguintes: partículas totais em suspensão, 

fumaça, partículas inaláveis, dióxido de enxofre, monóxido de carbono, ozônio e dióxido de 

nitrogênio.  Os padrões nacionais de qualidade do ar são apresentados na tabela 5. 

 

Tabela 5 - Padrões nacionais de qualidade do ar (Resolução CONAMA nº 03 de 28/06/90) 

Poluente 
Tempo de 

amostragem 

Padrão 

Primário 

µg/m³ 

Padrão 

Secundário 

µg/m³ 

Método de Medição 

Partículas 

totais em 

suspensão 

24 horas¹ 

MGA² 

240 

80 

150 

50 
Amostrador de grandes volumes  

Partículas 

inaláveis 

24 horas¹ 

MAA² 

150 

50 

150 

50 
Separação inercial/filtração 

Fumaça 
24 horas¹ 

MAA² 

150 

60 

100 

40 
Refletância 

Dióxido de 

enxofre 

24 horas¹ 

MAA³ 

365 

80 

100 

40 
Pararosanilina 

Dióxido de 

Nitrogênio 

1 hora¹ 

MAA³ 

320 

100 

190 

100 
Quimiluminescência 

Monóxido de 

carbono 

1 hora¹ 

8 horas¹ 

40.000 

35 ppm 

10.000 

9 ppm 

40.000 

35 ppm 

10.000 

9 ppm 

Infravermelho não dispersivo 

Ozônio 1 hora¹ 160 160 Quimiluminescência 

1 - Não deve ser excedido mais que uma vez ao ano. 2 - Média geométrica anual. 3 - Média aritmética anual. 

Fonte: Conama nº 03 (1990) 

2.3.3.3 Índice de qualidade do ar 

Conforme a Fundação Estadual de Proteção Ambiental (FEPAM), o Índice de 

Qualidade do Ar é uma ferramenta matemática utilizada para transformar as concentrações 

medidas dos diversos poluentes em um único valor adimensional que possibilita a 

comparação com os limites legais de concentração para os diversos poluentes denominado 

“Padrões de Qualidade do Ar” (PQAr), cujo objetivo é proporcionar entendimento sobre a 

qualidade do ar local em relação aos diversos poluentes atmosféricos existentes nas 



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amostragens, como Partículas Totais em Suspensão, Partículas Inaláveis, Dióxido de Enxofre, 

Dióxido de Nitrogênio, Ozônio e Monóxido de Carbono. 

Conforme estabelecido nos Padrões de Qualidade do Ar, segue as classificações 

(conforme FEPAM, 2000). 

 

Tabela 6 - Padrões de qualidade do ar 

Qualidade Índice 

Níveis de 

Cautela 

sobre a 

Saúde 

PTS** 

(µg/m³) 

PI10 

(µg/m³) 

SO2 

(µg/m³) 

NO2 

(µg/m³) 

CO 

(ppm) 

O3 

(µg/m³) 

Boa 0-50   0-80 0-50 0-80 0-100 0-4,5 0-80 

Regular 51-100   81-240 51-150 81-365 101-320 4,6-9,0 81-160 

Inadequada 101-199 

* Insalubre 

para Grupos 

Sensíveis 

241-375* 151-250* 
366-586* 

587-800 
321-1130* 

9,1-12,4* 

12,5-15,0 

161-322* 

323-400 

Má 200-299 

Muito 

Insalubre 

 (nível de 

atenção) 

376-625 
251-350 

351-420* 
801-1600 1131-2260 15,1 -30 401-800 

Péssima 300-399 

Perigoso 

(nível de 

alerta) 

626-875 421-500 1601-2100 2261-3000 30,1-40 801-1000 

Critica 
Acima de 

400 

Muito 

Perigoso 

(nível 

emergência) 

> 876 > 2100 > 3000 > 4000 > 1001   

* Os índices, até a classificação REGULAR, atendem aos Padrões de Qualidade do Ar, estabelecido pela Resolução 

CONAMA 03 de 28/06/1990 

** PTS: Partículas Totais em Suspensão 

*** PI10: Partículas inaláveis menores que 10 mícrons 
Fonte: FEPAM (2000) 

 

2.3.3.4 Aspectos econômicos 

O conhecimento econômico como um todo é essencial para o sucesso da empresa. Esta 

deve analisar o mercado, levando em consideração o ambiente de crescente competição no 

mercado mundial. É evidente que as empresas buscam uma gestão de negócios sustentáveis, 

ou seja, estar buscando incorporar compromissos financeiros com qualidade ambiental. As 

empresas buscam diariamente o aumento dos lucros e, entre suas alternativas, está a redução 

do custo de produção pela evolução tecnológica, pelo barateamento dos insumos e o aumento 

da quantidade produzida. Quem não reduzir custos tende a cair fora do mercado.  



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Se a empresa consegue uma redução no custo de produção, amplia sua margem de 

lucro ou reduz o preço para buscar um aumento de sua participação no mercado. Atualmente 

amplia-se a necessidade de investir em tecnologias que tragam benefícios econômicos e 

ambientais que possa traduzir-se em vantagens competitivas para as empresas (CHRISTIAN, 

2002). 

 

2.3.4 Questões legais 

O licenciamento das atividades industriais precisa ser fundamentado em estudos que 

avaliem o impacto do empreendimento no meio ambiente, de modo a definir com segurança 

técnica a proteção do meio. É preciso que sejam conhecidas as modificações ambientais 

decorrentes da instalação da unidade de processamento, pois essas alterações devem ser 

previstas e aprovadas por órgão controlador. 

Sempre devem ser atendidas as recomendações dos órgãos de proteção ambiental, as 

empresas devem realizar a elaboração de Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e respectivo 

Relatório de Impacto Ambiental (RIMA), a serem submetidos à aprovação do órgão estadual 

competente a Fundação Estadual de Proteção Ambiental “FEPAM” no Rio Grande do Sul, 

para posterior emissão da licença de operação. 

Ainda no planejamento do empreendimento deve ser elaborado cronograma para 

ajustar as atividades desenvolvidas pela indústria com os requisitos exigidos para obtenção 

das três licenças ambientais: a Licença Prévia (LP), a Licença de Instalação (LI) e a Licença 

de Operação (LO). 

As empresas dependem de L.O. emitida pela Fundação Estadual de Proteção 

Ambiental, criada pela Lei Estadual nº 9.077, de 04/06/90 que define questões especificas 

para cada tipologia industrial e equipamentos empregados. No presente caso, a empresa 

Milenia deve atender requisitos como o teor de enxofre no óleo combustível BPF utilizado 

pela empresa, não deve ultrapassar 1% em massa; as emissões resultantes da queima de óleo 

combustível em caldeiras devem atender aos limites máximos de emissão - “Material 

Particulado: 70 mg/Nm
3
 e Dióxido de Enxofre: 400 mg/Nm

3
; Substituição da caldeira a óleo 

por caldeira a lenha/ cavacos; devera ser prevista o Alvará para Atividade com Cadastro 

Florestal-RS do fornecedor da lenha a ser utilizada na caldeira/forno e atentado para que o 



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mesmo se encontre cadastrado junto ao DEFAP - Departamento de Florestas e Áreas 

Protegidas da Secretaria do Meio Ambiente do Estado do Rio Grande do Sul, a empresa 

devera prever a amostragem de chaminé com periodicidade anual. 

Os relatórios de monitoramento devem ser entregues à FEPAM junto a anotação de 

responsabilidade técnica (ART) do responsável pela elaboração do relatório de amostragem; 

os certificados de calibração dos equipamentos utilizados na campanha de amostragem; as 

planilhas de cálculo devem conter os dados necessários para a validação do número de pontos 

de amostragem e validação do local destes pontos assim como para a validação dos valores 

apresentados (regime de produção do empreendimento, combustíveis utilizados e seus 

respectivos volumes, vazão, temperatura na chaminé, umidade dos gases, dimensões da 

chaminé, número de pontos da amostragem).  

A FEPAM deverá ser informada, com antecedência mínima de 30 (trinta) dias, das 

datas de programação das amostragens das emissões atmosféricas para acompanhamento do 

órgão de fiscalização se este julgar necessário. A empresa deve alertar os responsáveis pela 

realização das amostragens sobre as precauções que devem ser tomadas quando da realização 

das mesmas em relação à toxicidade dos produtos, descontaminação de equipamentos, uso de 

EPIs adequados e todas as questões relativas à segurança do trabalhador. 

Os relatórios de monitoramento e manutenção dos sistemas e dispositivos de controle 

da poluição do ar devem ser apresentados a FEPAM anualmente. Se ficar constatado, após a 

analise do relatório das campanhas de amostragem, a necessidade de implantação de 

equipamento(s) de controle ou de melhorias nos equipamentos existentes, a empresa deverá 

apresentar Cronograma de Implantação e implantá-los no prazo máximo de 180 (cento e 

oitenta) dias, após a comunicação da FEPAM, podendo ser este prazo prorrogado. 

 

2.3.4.1 Processo de combustão 

A combustão é um processo químico no qual um oxidante reage rapidamente com um 

combustível, liberando energia térmica, geralmente na forma de gases em altas temperaturas. 

A finalidade do processo é a obtenção de calor (GARCIA, 2002).  

A fim de obter o máximo de calor, deve-se buscar o maior rendimento da combustão, 

ou seja, uma combustão eficiente, com a melhor mistura ar combustível, e também com 



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transferência do máximo de calor da combustão para o material a ser aquecido (SERFATY, 

2007).  

O ar de combustão é o ar atmosférico que toma parte na combustão. Algumas vezes 

este ar entra em combustão sem maiores cuidados, mas em alguns casos pode receber um 

tratamento especial como filtragem, aquecimento, enriquecimento com oxigênio, etc. 

(SERFATY, 2007).  

Para se alcançar uma melhor homogeneização entre o ar e o combustível o processo de 

combustão industrial faz uso de excesso de ar. Entretanto, isto é válido até certo limite, pois o 

ar que não participa da combustão tende a esfriar a chama sem contribuir para a reação. 

(GARCIA, 2002).  

Também é preciso considerar a velocidade do ar no processo de combustão, já que o 

calor da chama é transferido ao material a ser aquecido, entre outros meios, também por 

condução dos gases quentes, os quais devem ter um contato com o material com uma duração 

mínima para que essa transferência seja eficiente (SERFATY, 2007).  

 

2.3.4.2 Caldeiras 

Conforme Norma Regulamentadora 13, caldeiras a vapor são equipamentos destinados 

a produzir e acumular vapor sob pressão superior à atmosférica, utilizando qualquer fonte de 

energia, excetuando-se os refervedores e equipamentos similares utilizados em unidades de 

processo. 

Somente profissional habilitado, isso é, aquele que tem competência legal para o 

exercício da profissão de engenheiro nas atividades referentes a projeto de construção, 

acompanhamento operação e manutenção, inspeção e supervisão de inspeção de caldeiras e 

vasos de pressão, em conformidade com a regulamentação profissional vigente no País. 

Toda caldeira deve possuir, no estabelecimento onde estive instalada, a seguinte 

documentação, devidamente atualizada: 

a) Prontuário da Caldeira, contendo as seguintes informações: 

- código de projeto e ano de edição; 



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- especificação dos materiais; 

- procedimentos utilizados na fabricação, montagem, inspeção final e determinação da 

PMTA; 

- conjunto de desenhos e demais dados necessários para o monitoramento da vida útil 

da caldeira; 

- características funcionais; 

- dados dos dispositivos de segurança; 

- ano de fabricação; 

- categoria da caldeira; 

b) Registro de Segurança 

c) Projeto de Instalação 

d) Projetos de Alteração ou Reparo 

e) Relatórios de Inspeção 

De acordo com a NR 13, as caldeiras são classificadas em 3 (três) categorias, assim 

como segue: 

a) Categoria A: são aquelas cuja pressão de operação é igual ou superior a 1960 KPa 

(19.98 kgf/cm2); 

b) Categoria C: são aquelas cuja pressão de operação é igual ou inferior a 588 KPa 

(5.99 kgf/cm2) e o volume interno é igual ou inferior a 100 (cem) litros; 

c) Categoria B: são todas as caldeiras que não se enquadram nas categorias 

anteriores (NR 13, 2008, p. 2). 

Estes equipamentos podem ser classificados, de uma maneira genérica, de acordo com 

o tipo, em caldeiras aquatubulares e caldeiras flamotubulares (ALTAFINI, 2002).  

As caldeiras aquatubulares têm a circulação de água por dentro dos tubos, envolvidos 

por gases quentes. Apresentam uma utilização mais ampla, possuindo vasos pressurizados 

internamente e de menores dimensões relativas, o que viabiliza econômica e tecnicamente a 

possibilidade de maiores espessuras e assim operar com pressões mais elevadas. São mais 



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utilizadas em instalações de maior porte e também para se obter vapor superaquecido (LEITE 

e MILITÃO, 2008).  

As caldeiras flamotubulares, são aquelas onde os gases quentes passam por dentro de 

tubos e a água a ser aquecida e evaporada está ao redor destes tubos. Por motivos de seu 

aspecto construtivo, as caldeiras flamotubulares apresentam valores limitados de produção e 

pressão, já que as partes internas submetidas à pressão são relativamente grandes, o que 

impede o emprego de chapas de maiores espessuras (ALTAFINI, 2002).  

 



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3  METODOLOGIA 

Conforme mencionado anteriormente a quantificação e qualificação das emissões de 

poluentes nas fontes, é fundamental para uma adequada determinação do impacto destas 

fontes na qualidade do ar da área e seguimentos ligados, como destinação de resíduos sólidos. 

A capacidade poluente das caldeiras é grande. A queima de combustíveis para 

produzir e acumular vapor sobpressão superior à atmosférica, libera gases e partículas para a 

atmosfera, alterando sua constituição original e tornando-a poluída. 

As organizações devem buscar seu desenvolvimento no mercado, porém este deve ser 

sustentável, levando em conta os fatores econômicos e ambientais, que hoje é um fator 

essencial para a competitividade das organizações. Fatores que levam as empresas a rever seu 

modelo operacional, buscando alternativas mais eficientes e responsáveis.  

A empresa Milenia Agrociencias S.A. buscou uma nova alternativa no mercado, tendo 

em vista a necessidade de realizar investimentos para crescimento econômico e proteção 

ambiental.  

Antes de realizar a substituição da caldeira a óleo “Alborg – AWN – 10” pela caldeira 

a lenha “ H Bremer” foi realizado um estudo de viabilidade, ou seja, foi resgatado os valores 

gastos com petróleo de baixa fluência (B.P.F) de 1999 à 2011 na Milenia Agrociencias S.A. 

Foi realizado um levantamento no sistema de aplicativos e produtos (SAP), sistema que 

controla transações de compra e venda de produtos e materiais na Milenia, entre outras 

funções.  



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A  empresa entrou em contato com a empresa Seta S.A. que atua na comercialização 

da biomassa, para obter valores de mercado da lenha de acácia dos últimos 13 anos.  

A caldeira de biomassa já está em funcionamento e hoje a empresa Milenia 

Agrociencias S.A. esta realizando levantamentos para comprovar a eficiência econômica e 

ambiental na substituição da caldeira de óleo BPF. Segue um breve descrição das caldeiras 

deste estudo. 

Caldeira óleo: O Gerador de Vapor AALBORG - AWN é totalmente automático, do 

tipo flamotubular, de construção horizontal, com três passagens de gases, dotado de fornalha 

excêntrica e fornecido com sistema de combustão próprio para a queima de óleo 1A/4A. 

Figura 2 – Caldeira a óleo 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: Autor (2013) 

A seguir é apresentado o Quadro 2 que mostra as características técnicas da caldeira 

Aalborg. 

 



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Quadro 2 – Característica técnica caldeira óleo 

Gerador de vapor Alborg - AWN-10 

Número da ordem 10269 

Modelo 10 

 Ano fabricação 2001 

Capacidade da caldeira (kcal/h) 6447500 

Consumo de combustível (kg/h) 727 kg/h 

Consumo de combustível e geração 1 kg de óleo p/ 13 kg vapor 

Produção de vapor (kg./h) 10.000 

Pressão máx. de operação 10 kgf/cm²   

Categoria B 

Superfície de aquecimento (m²) 191 

Fonte: Autor (2013) 

Caldeira lenha: A caldeira HBFC é um equipamentos destinados a produzir e acumular 

vapor, sob pressão superior a atmosférica, utilizando como fonte de energia um combustível 

sólido “lenha”. Este combustível é depositado na grelha, onde é queimado. 

A consequência disso é a geração de calor. Os gases provenientes da queima do 

combustível transferem o calor para a água da caldeira primeiramente na fornalha (que é 

aquatubular refrigerada) e logo após em dois passes de tubos instalados no cilindro gerador 

(seção flamotubular). Com o aquecimento da água e elevação de sua pressão até a de trabalho, 

inicia-se a evaporação na superfície do nível de água e esse vapor é utilizado no processo. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 



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Figura 3 – Caldeira a lenha 

 

Fonte: Autor (2013) 

A seguir é apresentado o Quadro 3 que mostra as características técnicas da caldeira 

HBFC. 

Quadro 3 – Característica técnica caldeira lenha 

Gerador de vapor H.Bremer 

Número da ordem 1761 

Modelo HBFC-5 

Ano de fabricação 2012 

Capacidade da caldeira (kcal/h) 5613474 

Consumo de combustível (m³/h) 2 

Consumo de combustível e geração 1 m³ de lenha p/ 4 kg vapor 

Produção de vapor (kg/h) 8 

Pressão máx. de operação 10 kgf/cm²   

Categoria B 

Superfície de aquecimento (m²) 299,21 

Fonte: Autor (2013) 



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A Resolução CONAMA nº 382, de 26 de dezembro de 2006, estabelece limites 

máximos de emissão de poluentes atmosféricos para fontes fixas. Os limites são fixados por 

poluente e por tipologia de fonte conforme estabelecido nos anexos da Resolução. 

De acordo com esta resolução as unidades e forma obrigatória de expressão de 

resultados são:  

Concentração: relação entre a massa de um poluente e o volume em que ele está 

contido (C = m/V), devendo ser sempre relatada em miligramas por normal metro 

cúbico(Nm³), isto é, referido às condições normais de temperatura e pressão (CNTP), em base 

seca e, quando aplicável, na condição referencial de oxigênio estabelecida, utilizando-se 

sempre a notação - mg/Nm³, CNTP, sendo as Condições Normais de Temperatura e Pressão:  

 

Pressão = 1013 mBar (correspondente a 1 atmosfera ou 760 mmHg); e  

Temperatura = 273 K (correspondente a 0°C).  

Conversão às condições referenciais de oxigênio: a conversão da concentração medida 

para a condição referencial de oxigênio é apresentada abaixo, não sendo aplicável quando 

ocorrer injeção de oxigênio puro no processo:  

CR=
21-0

R *CM 

21-0
M 

Sendo:  

CR - Concentração do poluente corrigida para a condição estabelecida nesta 

Resolução;  

OR - Percentagem de oxigênio de Referência, estabelecida para cada fonte fixa de 

emissão;  

OM - Percentagem de oxigênio medido durante a amostragem;  

CM - Concentração do poluente determinada na amostra;  



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Fator de emissão: o valor representativo que relaciona a massa de um poluente 

específico lançado para a atmosfera com uma quantidade específica de material ou energia 

processado, consumido ou produzido (massa/unidade de produção); 

Taxa de emissão: o valor representativo que relaciona a massa de um poluente 

específico lançado para a atmosfera por unidade de tempo (massa/tempo) exemplo kg/h, g/s.  

Limites de emissão para poluentes atmosféricos provenientes de processos de geração 

de calor a partir da combustão externa de óleo combustível e derivados de madeira. 

Para aplicação, devem ser consideradas as seguintes definições dos termos:  

Capacidade nominal: condição máxima de operação da unidade de geração de calor 

para o qual o equipamento foi projetado, determinado em termos de potência térmica, com 

base no Poder Calorífico Inferior-PCI, calculado a partir da multiplicação do PCI do 

combustível pela quantidade máxima de combustível queimada por unidade de tempo;  

Condições Típicas de Operação: condição de operação da unidade de geração de calor 

que prevalece na maioria das horas operadas;  

Óleo Combustível: derivado líquido obtido de material fóssil;  

Derivados de madeira: madeira em forma de lenha, cavacos, serragem, pó de 

lixamento, casca, aglomerado, compensado e assemelhados, que não tenham sido tratados 

com produtos halogenados, revestidos com produtos polimerizados, tintas ou outros 

revestimentos;  

Plena carga: condição de operação em que é utilizada pelo menos 90% da capacidade 

nominal;  

Processo de geração de calor por combustão externa: processo de queima de óleo 

combustível realizado em qualquer forno ou caldeira cujos produtos de combustão não entram 

em contato direto com o material ou produto processado. 

Em teste de desempenho de novos equipamentos, o atendimento aos limites 

estabelecidos deverá ser verificado nas condições de plena carga. Na avaliação periódica, o 

atendimento aos limites estabelecidos poderá ser verificado em condições típicas de operação, 

a critério do órgão ambiental licenciador (CONAMA, 2006). 



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Em função das características locais da área de influência da fonte poluidora sobre a 

qualidade do ar, o órgão ambiental licenciador poderá estabelecer limites de emissão mais 

restritivos, inclusive considerando a alternativa de utilização de combustíveis com menor 

potencial poluidor. 

Para atendimento a legislação muitas vezes as empresas tem que buscar equipamentos 

auxiliares como a utilização de filtros mangas para limpeza do ar. A primeira patente relativa 

de um filtro manga consta em 1852, nos Estados Unidos, onde, um simples projeto de manga 

para a recuperação de fumaças de óxido de zinco foi patenteado. Com o desenvolvimento de 

fibras sintéticas em meados do século passado, ocorreu a fabricação de tecidos de alta 

qualidade e, assim, os filtros de tecido entraram na era moderna (ROCHA et al, 2010).  

Figura 4 – Filtro de mangas 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: Autor (2013) 

O principio de funcionamento do filtro de manga é simples. Trata-se da passagem da 

mistura gasosa que contém partículas através de um tecido, sendo que o gás atravessa os 

poros do tecido e as partículas ficam retidas. Os filtros devem ser substituídos de tempos em 



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tempo, pois pelo acumulo de partículas vai dificultar a passagem do gás (ROCHA et al., 

2010). 

Os mecanismos envolvidos na coleta de partículas em filtros de manga são 

principalmente a impactação inercial, a difusão, a atração eletrostática, força gravitacional e 

intercepção. O filtro de mangas tem alta eficiência de coleta, podendo chegar a valores 

maiores de 99,9% (ROCHA et al., 2010). 

A quantificação e qualificação das emissões de poluentes nas fontes é fundamental 

para uma adequada determinação do impacto destas fontes na qualidade do ar. Este estudo 

buscará quantificar e qualificar as emissões atmosféricas das caldeiras apresentadas nas 

figuras 2 e 3.   

As caldeiras onde serão realizados os monitoramentos ficam na cidade de Taquari-RS 

na empresa Milenia Agrociencias, conforme quadro 4 e figura 7.  

Quadro 4 - Pontos de coleta de dados 

Fonte: autor (2013) 

 

 

 

 

 

 

 

Ponto Local Coordenadas WGS 84 

Seta vermelha Área I (caldeira óleo) 
Latitude: 29°48’36,96”S 

Longitude: 51°50’23,71”O 

Seta azul Área IV (caldeira biomassa) 
Latitude: 29°48’37,41”S 

Longitude: 51°50’20,03”O 



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Figura 5 - Imagem de satélite da área de instalação das caldeiras à óleo (seta vermelha) e à 

lenha (seta azul). 

 

 

 

 

 

 

  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: Google Earth 

A amostragem em chaminé é um procedimento experimental padronizado utilizado 

para avaliar características dos fluxos gasosos emitidos por processos industriais, a fim de 

avaliar o processo quanto ao rendimento e quanto à conformidade com as legislações 

aplicáveis. 

A informação sobre os parâmetros da fonte, junto com as análises quantitativas 

realizadas em laboratório, permitem calcular o total de poluentes que estão sendo emitidos à 

atmosfera.  

As coletas e análises laboratoriais devem ser realizadas conforme métodos da 

CETESB, ABNT e USEPA para dutos e chaminés de fontes estacionárias. A realização dos 

ensaios tem por objetivo, quantificar as emissões de gases, material particulado e a densidade 

colorimétrica pela escala Ringelmann, presentes nos efluentes gasosos gerados durante a 

queima de combustível no processo de geração de vapor utilizado na fabricação de 



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agrotóxicos, os quais devem ser coletados na chaminé de saída da caldeira e correlacionar a 

Resolução do COMANA nº 382 ou solicitações específicas da FEPAM.  

Para a realização das medições deve ser utilizado o Amostrador Isocinético de Gases 

Padrão ABNT NBR – 12827 ou ABNT NBR – 12019   e Amostrador de Gases de Combustão 

e Emissão Padrão USEPA CTM 030. 

EQUIPAMENTO 1 – Amostrador Isocinético de Gases Padrão ABNT NBR – 12827. 

O trem de amostragem utilizado durante as coletas é o ISOSTAC modelo Basic, 

fabricado pela TECORA. Constituído de um compartimento de caixa fria, extensão flexível e 

sonda com porta filtro que é introduzido no interior da chaminé e painel de controle que 

permite realizar os ajustes automaticamente não sendo necessário que o operador calcule e 

faça correções conforme as condições fluodinâmicas. Partes do equipamento tais como 

gasômetro e tubo de Pitot são calibrados segundo norma NBR - 12020 - Dutos e chaminés de 

fontes estacionárias.  

EQUIPAMENTO 2 – Amostrador Isocinético de Gases Padrão ABNT NBR – 12019. 

O trem de amostragem utilizado durante as coletas é o ISOTEC modelo TE – 750, 

fabricado pela TECNAL Equipamentos de Laboratório, constituído de um painel de controle, 

compartimento de caixa quente e fria, extensão flexível e sonda. Partes do equipamento tais 

como: gasômetro, placa de orifício e tubo de Pitot, são calibrados pelo fabricante segundo 

norma NBR - 12020 - Dutos e chaminés de fontes estacionárias - Calibração dos 

equipamentos utilizados na amostragem de efluentes gasosos. Um desenho esquemático do 

equipamento utilizado é apresentado a seguir na figura 6. 

 

 

 

 

 

 



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Figura 6 - Amostrador Isocinético de Gases Padrão ABNT NBR – 12019 

  

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: MB-3355 (1990) 

EQUIPAMENTO 3 – Amostrador de Gases de Combustão e Emissão Padrão USEPA 

CTM 030.  

O trem de amostragem utilizado durante as coletas é o TESTO modelo 340. Este 

equipamento utiliza um sofisticado sistema de células eletroquímicas, com um sistema 

eletrônico comandado por uma central portátil. Ele é constituído por uma caixa analisadora, 

uma central de comando, uma extensão flexível com sonda. Partes do equipamento como as 

células eletroquímicas são calibradas periodicamente com gases padrões.  

Figura 7 - Desenho esquemático do equipamento 3 utilizado para a amostragem: 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: Testo (1990) 

 



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Para determinação dos pontos de coleta e realizar o presente trabalho, foi 

confeccionado um ponto de amostragem na chaminé observando a norma ABNT – NBR 

10701. 

Figura 8 – Duto de amostragem 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
 

Fonte: Autor (2013) 

O duto vertical tem aproximadamente 6,50 metros e o ponto de amostragem está 

localizado aproximadamente a 1,5 metros a jusante da primeira singularidade e a distância a 

montante é aproximadamente de 5,0 metros da segunda singularidade.  

Os pontos de amostragem ficaram distribuídos conforme esquema apresentado:  

 

 

 



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Quadro 5 - Especificação do ponto de coleta 

 
 

DADOS DUTO/CHAMINÉ: Chaminé Caldeira 

SEÇÃO: Circular 

TRECHO RETO: ~ 6,50 metros 

DIÂMETRO: 0,65 metros 

TRECHO A MONTANTE: ~ 1,5 metros 

TRECHO A JUSANTE: ~ 5,0 metros 

Nº DE PONTOS DE COLETA: 12 unidades 

Nº DE EIXOS: 02 unidades 

PONTOS POR EIXO: 06 UNIDADES 

 

      

                                                       

                                                   MONTANTE                                                           

        DM= 2,3 Ø internos      

    Altura= 6,50   

(unidades em metros)           PONTO 

    

                                                    

    

                                                  JUSANTE           

     Ø 0,65 M    DJ= 7,7 Ø internos 

                                         

Sentido 

do fluxo 

 

 

Fonte: NBR 10701(1989) 

Quadro 6 - Especificação do Plano de amostragem 

 

Fonte: NBR 10701(1989) 

 

Enfim, as coletas e análises laboratoriais foram realizadas conforme métodos da 

CETESB, ABNT e USEPA para dutos e chaminés de fontes estacionárias. Entre outras 

normas consideradas podem ser listadas as seguintes: 

 Norma CETESB L9.210 – Análise dos gases de combustão através do aparelho de 

Orsat; 

 
 

 
 
 

 
DISTÂNCIA DOS PONTOS 

 
 

A1   = B1   =      2,9  cm 

 A2   = B2   =      9,5  cm 

A3   = B3   =    19,2  cm 

A4   = B4   =    45,8  cm 

A5   = B5   =    55,5  cm 

A6   = B6   =    62,1  cm 

 



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 NBR 10700 – ABNT - planejamento de amostragem em dutos e chaminés de fontes 

estacionárias; 

 NBR 10701 – ABNT – Determinação de pontos de amostragem em dutos e chaminés 

de fontes estacionárias; 

 NBR 10702 – ABNT - determinação da massa molecular, base seca; 

 NBR 11966 – ABNT - determinação da velocidade e vazão; 

 NBR 11967 – ABNT - determinação da umidade; 

 Norma USEPA CTM 0030 – Determinação de óxidos de nitrogênio, oxigênio, 

monóxido de carbono e dióxido de carbono usando analisadores portáteis. 

 



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