UNIVERSIDADE DO VALE DO TAQUARI - UNIVATES 

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS 

CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

PROCESSO DE PLANEJAMENTO DE VENDAS E OPERAÇÕES 

(S&OP) EM EMPRESA DE BEBIDAS 

 

 

Guilherme Ricardo Bohnert 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  

 

 

Lajeado, novembro de 2017.



Guilherme Ricardo Bohnert 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

PROCESSO DE PLANEJAMENTO DE VENDAS E OPERAÇÕES 

(S&OP) EM EMPRESA DE BEBIDAS 

 

 

 

Monografia apresentada na disciplina de 

Trabalho de Conclusão de Curso – Etapa II, 

do Curso de Engenharia de Produção, da 

Universidade do Vale do Taquari - 

UNIVATES, como parte da exigência para 

obtenção do título de Bacharel em 

Engenharia de Produção. 

 

Orientador: Prof. Me. William Jacobs. 

 

 

 

Lajeado, novembro de 2017.



Guilherme Ricardo Bohnert 

 

 

 

PROCESSO DE PLANEJAMENTO DE VENDAS E OPERAÇÕES 

(S&OP) EM EMPRESA DE BEBIDAS 

 

 

A Banca examinadora abaixo aprova a Monografia apresentada na disciplina de 

Trabalho de Conclusão de Curso – Etapa II, na linha de formação específica em 

Engenharia de Produção, da Universidade do Vale do Taquari - UNIVATES, como 

exigência para a obtenção do título de Bacharel em Engenharia de Produção: 

 

 

                                                 Prof. Manfred Costa, UNIVATES 

                                                 Mestre pela UFRGS, Porto Alegre. 

 

             Prof. Willian Jacobs, UNIVATES 

               Mestre pela UFSM, Santa Maria. 

 

                                        Prof. Márcia Jussara Hepp Rehfeldt, UNIVATES 

                     Doutora pela UFRGS, Porto Alegre. 

 

 

 

 

 

Lajeado, 08 de dezembro de 2017.



RESUMO 

O setor de bebidas é um dos mais competitivos no Brasil e no mundo. A globalização 
do mercado e suas mudanças frequentes tornam evidente a busca por novas 
técnicas de planejamento integrado para as diversas áreas de uma empresa, como 
marketing, financeiro, operações e vendas, sendo estes realizados de médio a longo 
prazo. O Planejamento de Vendas e Operações (S&OP) é um processo que possui 
como propósito desenvolver um plano coordenado para toda a empresa. O presente 
estudo tem por objetivo definir um processo de S&OP que possibilite integrar os 
planos de vendas, marketing, financeiro e operações, garantindo o alinhamento 
entre áreas em empresa do ramo de bebidas.  O estudo aborda os processos de 
caracterização e implementação do S&OP. Buscou-se também, a avaliação do 
estágio de maturidade do S&OP, levantando-se pontos de melhoria. Para isso, 
utilizou-se uma pesquisa de natureza aplicada, com objetivos exploratórios e 
descritivos de forma a levantar informações para a pesquisa. Em relação à 
abordagem, classifica-se como qualitativa e, quanto aos procedimentos técnicos, 
caracteriza-se por pesquisa bibliográfica, estudo de caso e pesquisa-ação. Quanto 
aos resultados, através de análises antecipadas das restrições de operações e 
vendas possibilitou-se o equilíbrio entre planos, além da execução de um processo 
robusto, com um alinhamento de informações em todos os níveis da estrutura 
organizacional da empresa. A aplicação do processo definido possibilita também a 
obtenção de um estágio de nível avançado na execução do S&OP, com um processo 
robusto que permite o alinhamento e harmonia entre as áreas.  
 
Palavras-chave: Planejamento de Vendas e Operações (S&OP). Planejamento e 
Controle da Produção (PCP). Planos Integrados. Empresa de bebidas. 
 



ABSTRACT 

The beverage sector is one of the most competitive in Brazil and in the world. The 
market globalization and its frequent changes requires the search for new integrated 
planning techniques for the many areas of a company, such as marketing, financial, 
operations and sales, which are carried out in the medium to long term. Sales and 
Operations Planning (S&OP) is a process whose purpose is to develop a coordinated 
plan for the entire company. The objective of this study is to define an S&OP process 
that allows integrating the sales, marketing, financial and operations plans, ensuring 
the alignment between areas in the beverage business. The study address S&OP 
characterization and implementation processes. It also sought to assess the S&OP 
maturity stage, raising points for improvement. For this, a research of an applied 
nature was used, with exploratory and descriptive objectives in order to obtain 
information for the research. Regarding the approach, it is classified as qualitative 
and, in terms of technical procedures, is characterized by bibliographic research, 
case study and action research. As for the results, through an analysis of the 
restrictions of operations and sales, it was possible to balance the plans, as well as 
to execute a robust process, with an alignment of information at all levels of the 
company's organizational structure. The application of the developed process also 
allows obtaining an advanced level stage in the execution of the S & OP, with a 
robust process that allows the alignment and harmony between the areas. 
 
Keywords: Sales and Operations Planning (S&OP). Production Planning and 
Control (PCP). Integrated Plans. Beverages company. 

 
 



LISTA DE FIGURAS 

Figura 1 – Benefícios obtidos com a adoção do S&OP ............................................. 14 

Figura 2 – Estrutura de um Sistema de PCP............................................................. 18 

Figura 3 – Estrutura de Caracterização do Processo de S&OP ................................ 25 

Figura 4 – Modelo de Cronograma de S&OP ............................................................ 25 

Figura 5 – Modelo de time fence ............................................................................... 32 

Figura 6 – Arquitetura tecnológica do S&OP ............................................................. 33 

Figura 7 – Estrutura de Implementação do S&OP .................................................... 34 

Figura 8 – Atividades pertencentes ao ciclo S&OP ................................................... 35 

Figura 9 – Planilha S&OP em valor monetário .......................................................... 41 

Figura 10 – Consolidação de informações ................................................................ 42 

Figura 11 – Indicadores de Desempenho mais utilizados no S&OP ......................... 49 

Figura 12 – Classificações da Pesquisa Científica .................................................... 56 

Figura 13 – Planejamento do Método de Pesquisa ................................................... 59 

Figura 14 – Cronograma de Definição do Processo de S&OP .................................. 65 

Figura 15 – Estrutura hierárquica do Processo de S&OP ......................................... 68 

Figura 16 – Distribuição das Famílias no faturamento .............................................. 70 

Figura 17 – Horizonte de Planejamento e time fence ................................................ 72 

Figura 18 – Cronograma de Definição da Implementação ........................................ 74 

Figura 19 – Ciclo de S&OP utilizado pela empresa ................................................... 75 

Figura 20 – Ciclo de S&OP definido .......................................................................... 75 

 

 

 

 



LISTA DE QUADROS 

Quadro 1 – Conceitos importantes à Equipe de S&OP ............................................. 27 

Quadro 2 – Estrutura de Responsabilidades ............................................................. 28 

Quadro 3 – Estruturação de famílias de produtos ..................................................... 29 

Quadro 4 – Questões a serem tratadas na fase de Planejamento de materiais e 

capacidade ................................................................................................................ 37 

Quadro 5 – Atividades referentes ao teste piloto ....................................................... 43 

Quadro 6 – Modelo de Lista de Verificação ............................................................... 46 

Quadro 7 – Pontuação do nível de S&OP ................................................................. 47 

Quadro 8 – Indicadores para o processo de S&OP .................................................. 48 

Quadro 9 – Modelo de avaliação de maturidade do S&OP ....................................... 51 

Quadro 10 – Modelo de integração do S&OP ........................................................... 53 

Quadro 11 – Informações do processo analisadas ................................................... 63 

Quadro 12 – Análise dos critérios do processo ......................................................... 64 

Quadro 13 – Tópicos abordados no treinamento de S&OP ...................................... 66 

Quadro 14 – Papéis e responsabilidades no Processo de S&OP ............................. 67 

Quadro 15 – Famílias de Produtos para o Processo de S&OP ................................. 69 

Quadro 16 – Atividades do ciclo de S&OP definido ................................................... 76 

Quadro 17 – Comparativo entre políticas de S&OP .................................................. 77 

Quadro 18 – Informações contidas na planilha de S&OP ......................................... 78 

Quadro 19 – Entregas setoriais para processo de S&OP ......................................... 78 

Quadro 20 – Informações de decisão de famílias para o teste piloto ........................ 79 

Quadro 21 – Pontos para desenvolvimento ao processo de S&OP .......................... 80 

Quadro 22 – Critérios de avaliação da Revisão Crítica ............................................. 81 

Quadro 23 – Indicadores de desempenho para o S&OP .......................................... 83 

Quadro 24 – Estágio de Maturidade do S&OP executado ........................................ 85 

Quadro 25 – Pontos de melhoria ao processo executado ......................................... 86 

 

 



LISTA DE ABREVIATURAS 

AFEBRAS  Associação de Fabricantes de Refrigerantes do Brasil 

AMBEV  Companhia de Bebidas das Américas 

APS   Advanced Planning and Scheduling Systems 

CRP   Capacity Requirements Planning 

DRP   Distribution Requirements Planning 

EBITA  Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization 

ERP   Enterprise Resource Planning 

IBP  Integrated Business Planning 

ILOS  Instituto de Logística e Supply Chain 

MPS   Master Production Schedule 

MRP   Material Requirement Planning 

P&D  Pesquisa e Desenvolvimento 

PCP   Planejamento e Controle da Produção 

RCCP  Rough Cut Capacity Planning 

RS  Rio Grande do Sul 

S&OP  Sales and Operations Planning  

S.A.  Sociedade por Ações 

SFC   Shop Floor Control 

 

 



SUMÁRIO 

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 11 

1.1 Tema ................................................................................................................... 13 
1.2 Delimitação do estudo ...................................................................................... 13 
1.3 Objetivos ............................................................................................................ 13 

1.3.1 Objetivo geral ................................................................................................. 13 

1.3.2 Objetivos específicos ..................................................................................... 13 
1.4 Justificativa ........................................................................................................ 14 
1.5 Estrutura ............................................................................................................ 15 

 
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................. 17 

2.1 Planejamento e Controle da Produção ............................................................ 17 
2.1.1 Planejamento Estratégico .............................................................................. 19 
2.1.2 Gestão da Demanda ....................................................................................... 19 

2.1.3 Planejamento Mestre da Produção ............................................................... 19 

2.1.4 Planejamento Grosseiro de Capacidade ...................................................... 20 
2.1.5 Planejamento das Necessidades de Materiais ............................................ 20 

2.1.6 Planejamento de Capacidade de Curto Prazo ............................................. 20 
2.1.7 Shop Floor Control ......................................................................................... 21 

2.1.8 Compras .......................................................................................................... 21 
2.2 Planejamento de Vendas e Operações (S&OP) .............................................. 21 
2.3 Caracterização do processo de Planejamento de Vendas e Operações ...... 23 

2.3.1 Definição do cronograma de implementação do S&OP .............................. 25 
2.3.2 Treinamento das pessoas envolvidas .......................................................... 26 
2.3.3 Definição de papéis e responsabilidades .................................................... 27 
2.3.4 Definição das famílias e subfamílias de produtos ...................................... 28 
2.3.5 Definição do horizonte de planejamento e time fence ................................ 30 

2.3.6 Definição do sistema de informação para o S&OP ..................................... 32 

2.4 Implementação do processo de S&OP ............................................................ 34 

2.4.1 Aplicação das etapas do Ciclo de S&OP ...................................................... 35 
2.4.2 Levantamento de dados ................................................................................ 36 
2.4.3 Planejamento da Demanda ............................................................................ 36 
2.4.4 Planejamento de materiais e capacidade ..................................................... 37 
2.4.4.1 Pré-reunião de S&OP .................................................................................. 38



2.4.4.2 Reunião Executiva de S&OP ...................................................................... 38 

2.4.5 Política de S&OP ............................................................................................ 39 
2.4.6 Criação dos relatórios de S&OP ................................................................... 40 
2.4.7 Teste piloto e ajustes S&OP .......................................................................... 43 
2.4.8 Primeiro ciclo S&OP....................................................................................... 44 
2.4.9 Melhoria Contínua .......................................................................................... 46 

2.4.10 Indicadores de desempenho ....................................................................... 48 
2.5 Maturidade do Processo de S&OP .................................................................. 50 
 
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ............................................................... 55 

3.1 Método científico ............................................................................................... 55 
3.2 Planejamento do método .................................................................................. 58 
 
4 PROCESSO DE S&OP EM EMPRESA DE BEBIDAS .......................................... 62 
4.1 Caracterização da empresa .............................................................................. 62 
4.2 Análise do planejamento de vendas e das operações ................................... 63 
4.3 Definição das características do Processo de S&OP .................................... 65 

4.3.1 Treinamento e Capacitação dos Envolvidos ................................................ 66 
4.3.2 Papéis e Responsabilidades ......................................................................... 67 

4.3.3 Definição das Famílias de Produtos ............................................................. 69 
4.3.4 Horizonte de Planejamento e time fence ...................................................... 71 

4.3.5 Sistema de Informação para o S&OP ........................................................... 72 
4.4 Definição da etapa de Implementação do Processo de S&OP ...................... 73 

4.4.1 Ciclo Mensal do Processo de S&OP ............................................................. 74 
4.4.2 Política de S&OP ............................................................................................ 76 
4.4.3 Relatórios de S&OP........................................................................................ 77 
4.4.4 Teste Piloto do Processo de S&OP ............................................................... 79 
4.4.5 Análise das informações obtidas .................................................................. 80 
4.4.6 Melhoria Contínua .......................................................................................... 81 

4.4.7 Indicadores de desempenho ......................................................................... 82 
4.5 Análise do Estágio de Maturidade do Processo de S&OP............................. 84 

 
5 CONCLUSÕES ...................................................................................................... 87 

5.1 Conclusões Finais ............................................................................................. 87 
5.2 Sugestões de trabalhos futuros ....................................................................... 88 
 
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 90 
 
APÊNDICES ............................................................................................................. 96 
APÊNDICE A – Formulário de Entrevista .............................................................. 97 
APÊNDICE B – Planilha de S&OP .......................................................................... 99 
APÊNDICE C – Planilha de S&OP ........................................................................ 100 
APÊNDICE D – Lista de Verificação ..................................................................... 101 

 

 



11 
 

1 INTRODUÇÃO 

O setor de bebidas é um dos mais competitivos no Brasil e no mundo, sendo 

que duas das maiores empresas estão neste segmento, grupo Coca-Cola e a 

Companhia de Bebidas das Américas (AMBEV). De acordo com a AFEBRAS, é um 

mercado altamente disputado, em que empresas necessitam obrigatoriamente 

analisar e garantir uma confiabilidade nos seus processos internos, a fim de 

proporcionar a eficácia de sua funcionalidade, propondo diariamente melhorias para 

manter-se no mercado e atender as necessidades do cliente. 

A crescente globalização do mercado, bem como suas mudanças frequentes 

torna cada vez mais necessária uma busca por técnicas de planejamento que 

propiciem o atingimento das metas estabelecidas na estratégia empresarial. Novos 

métodos possibilitam uma grande quantidade de informações, muitas vezes 

analisadas de formas isoladas e levando a decisões parciais, afetando dessa forma 

outros departamentos e comprometendo o resultado global da empresa (NAVARRO; 

LIMA, 2006). 

Conforme Nogueira, Sato e Alcantara (2012), o principal desafio das 

empresas, quanto ao desdobramento das decisões estratégicas, é o 

estabelecimento de melhores métodos para desdobrar o plano estratégico em 

operações diárias, de maneira a balancear de forma adequada suprimentos e 

demanda, aumentando o nível de serviço ao cliente. 

Para Tanajura e Cabral (2011), a coordenação das atividades que uma 

empresa precisa realizar para almejar seus objetivos tem que estar alinhada em um 



12 
 

único direcionamento, sendo ele firme e plenamente conhecido pela organização. 

Uma estratégia organizacional competitiva bem traçada é a primeira etapa para a 

obtenção de seus objetivos. 

Além disso, o processo de planejamento constitui-se de uma importante etapa 

para tomada de decisões em relação às diversas áreas de uma empresa, 

consistindo basicamente em fases de determinação de objetivos, análise de fatores 

importantes para a execução do plano elaborado, geração de ações e 

monitoramento dos resultados (PORTO, 2006). 

Dentro desse contexto, surge então o processo de Planejamento de Vendas e 

Operações (S&OP), que possibilita manter uma estratégia empresarial alinhada aos 

processos funcionais da organização, proporcionando ao planejamento da empresa 

uma busca pelo objetivo comum em todas as áreas (CRUZ, 2017). Ainda, com o 

processo de S&OP torna-se possível o realinhamento dos planos estratégicos das 

áreas funcionais da empresa, buscando auxiliar a organização no alcance de suas 

metas e objetivos (PEDROSO; SILVA, 2015). 

Vale ressaltar ainda que o S&OP tem a capacidade de oferecer um melhor 

atendimento ao cliente, abaixar os níveis de estoques, diminuir os prazos de 

entregas aos clientes, estabilizar os índices de produção, possibilitar a alta 

administração um controle efetivo sobre a empresa, criando dessa forma, uma 

equipe de trabalho entre Vendas, Operações, Finanças e Desenvolvimento de 

Produtos (WALLACE, 2008). 

Dessa forma, é possível se verificar a importância da execução de 

planejamentos cada vez mais eficientes e eficazes, capazes de desdobrar a 

estratégia empresarial garantindo a integração interna e reduzindo variações 

existentes nos diversos planos existentes dentro de uma organização. Essas 

divergências são provenientes de variações encontradas entre demanda e 

suprimentos. Acredita-se que esse processo de planejamento pode ser otimizado 

através da aplicação da metodologia de S&OP, sendo capaz de reduzir a 

divergência entre esses planos e garantir o alinhamento entre áreas. A principal 

questão a ser respondida é: qual é a forma mais apropriada para o processo de 

S&OP numa empresa de bebidas? 



13 
 

1.1 Tema 

O tema abordado neste estudo consiste na definição de um processo de 

Planejamento de Vendas e Operações (S&OP) para uma empresa de bebidas. 

 

1.2 Delimitação do estudo 

Este estudo abordará as etapas de caracterização, implementação e 

avaliação de maturidade de um processo de S&OP, sendo expostas e descritas ao 

longo do trabalho. 

Por questões estratégicas, a empresa em estudo solicitou para que não seja 

divulgado o seu nome, bem como nenhum valor financeiro e nenhuma meta de seus 

indicadores neste trabalho. 

 

1.3 Objetivos 

 

1.3.1 Objetivo geral 

O objetivo do estudo é definir o processo de Planejamento de Vendas e 

Operações (S&OP) mais apropriado, com base em pesquisa bibliográfica, para uma 

empresa do ramo de bebidas. 

 

1.3.2 Objetivos específicos 

São objetivos específicos do estudo: 

- Revisar a literatura referente ao S&OP, verificando os principais aspectos a 

se considerar na sua definição e implementação em empresa de bebidas; 

- Definir, por meio de um estudo de caso, as etapas de caracterização e 

implementação do processo de S&OP; 



14 
 

- Avaliar o estágio de maturidade do processo de S&OP executado e analisar 

pontos de melhoria. 

 

1.4 Justificativa 

O estudo tem como proposta aperfeiçoar o processo de tomada de decisões e 

reduzir a divergência dos planos das diversas áreas de uma empresa do ramo de 

bebidas, sincronizando assim a demanda e oferta da mesma. 

Segundo o ILOS – Instituto de Logística e Supply Chain (2010) existem 

alguns benefícios que resultam da aplicação do S&OP. Na Figura 1 são 

exemplificados os benefícios resultantes do S&OP. 

Figura 1 – Benefícios obtidos com a adoção do S&OP 

 
Fonte: ILOS (2010, p. 8). 
 

Sendo assim, é possível analisar o percentual de citações de cada benefício 

que as companhias vêm alcançando ao longo da utilização do processo de S&OP. 

Dessa forma, este trabalho buscará avaliar formas de melhorar o desempenho do 

processo de planejamento em empresas, o que possibilitará a obtenção dos 

benefícios citados acima. 

Para Palmatier e Crum (2002), os benefícios obtidos através do S&OP são 

amplos e à medida que as organizações ganham uma maior experiência com a 

realização dos ciclos do S&OP, as mesmas conseguem melhorar o seu desempenho 

no processo, o que de fato leva a melhoria de todo o negócio. Além disso, com o 

79% 

77% 

75% 

68% 

63% 

54% 

52% 

36% 

Melhoria da acurácia da previsão de vendas

Otimização no uso de ativos

Redução de estoques

Redução no tempo de programação da produção

Melhoria no pedido perfeito para o cliente

Melhoria no lançamento dos novos produtos

Aumento da receita da empresa

Melhoria do relacionamento com prestadores…

Benefícios do S&OP 

% de citações



15 
 

S&OP é possível obter-se um gerenciamento do negócio de forma mais eficaz pela 

equipe de gestão da organização. 

Segundo Pedroso (2014), o S&OP atua ainda como um processo mais 

colaborativo, ou seja, integra as diversas áreas funcionais da empresa, sendo uma 

das suas prioridades a facilitação do planejamento da produção, o planejamento da 

demanda e a transmissão do fluxo de informações entre esses planejamentos. O 

S&OP também busca facilitar a transmissão das informações, proporcionando uma 

sincronização entre os planejamentos e também os tornando mais aprimorados. 

Ainda, a utilização do processo de S&OP objetiva a ligação da visão do futuro com a 

situação atual da organização, obtendo-se assim planejamentos contínuos, com a 

finalidade de corrigir qualquer desequilíbrio entre demanda e produção. 

Silva, Esteves e Pedroso (2012) citam a importância do S&OP quanto à 

criação de planos mais realistas, sendo determinados de maneira mais aprimorada e 

com metas funcionais. Dessa forma, têm-se metas estratégicas bem próximas das 

atividades do nível tático. 

Com isso, almeja-se com este trabalho a exposição da definição de um 

processo de planejamento integrado e com isso, evidenciarem-se os métodos de 

redução das variações encontradas em toda a cadeia produtiva de uma empresa, 

desde a demanda até o planejamento de suprimentos. Além disso, busca-se a 

análise de formas de aplicação de pontos de melhoria em planejamentos de vendas 

e das operações, mencionando-se métodos de avaliação de maturidade do 

processo, e, para isso, se utilizará o desdobramento do Planejamento de Vendas e 

Operações (S&OP). 

 

1.5 Estrutura 

O primeiro capítulo apresenta a introdução do trabalho, o tema, objetivos 

gerais, objetivos específicos, justificativas para a pesquisa, delimitação do trabalho e 

a estrutura de como o trabalho foi elaborado.  

O segundo capítulo é destinado à revisão bibliográfica da literatura dos temas 

abordados no trabalho.  



16 
 

O terceiro capítulo remete à metodologia utilizada para o desenvolvimento do 

trabalho. 

O quarto capítulo apresenta a caracterização da empresa e o processo de 

planejamento da empresa. Este capítulo também ressalta o estudo de caso e a 

execução do desenvolvimento do projeto, conforme metodologia do Processo de 

S&OP. 

No quinto capítulo foram descritas as considerações finais do trabalho, bem 

como sugestões de trabalhos futuros. 

 



17 
 

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 

Este capítulo aborda assuntos relacionados ao Planejamento de Vendas e 

Operações, a definição de sua caracterização e a metodologia de implementação, 

incluindo etapas de criação de documentos e desenvolvimento deste processo, bem 

como a avaliação de maturidade do mesmo. 

 

2.1 Planejamento e Controle da Produção 

Segundo Vollmann et al. (2006), o sistema de Planejamento e Controle da 

Produção (PCP) ocupa-se de todos os aspectos da produção em uma organização, 

inclusive do gerenciamento de materiais, da programação de máquinas e pessoas e 

da coordenação de fornecedores e principais clientes. 

O PCP é responsável ainda por determinar o que, quanto, quando, como, 

onde e quem irá produzir, inclusive sistematizando e aplicando da melhor forma 

possível os recursos produtivos de maneira a atender os planos estabelecidos. Para 

a execução do processo de transformação em um sistema produtivo, ele precisa ser 

pensado em termos de prazo, dessa forma o planejamento analisa o seu horizonte 

em três níveis: o longo, o médio e curto prazo. As atividades do PCP são 

basicamente divididas em três níveis hierárquicos de planejamento e controle das 

atividades produtivas, sendo eles: nível estratégico, nível tático e nível operacional 

(CASTRO et al., 2015). 



18 
 

Na Figura 2 é exemplificado um modelo de estrutura de um sistema geral de 

PCP e seus os níveis hierárquicos e de horizonte. 

Figura 2 – Estrutura de um Sistema de PCP 

 
Fonte: Elaborado pelo autor, adaptado de Corrêa, Gianesi e Caon (2008). 
 

Segundo Corrêa, Gianesi e Caon (2008), os módulos acima apresentados 

formam uma hierarquia de planejamento, em que as decisões realizadas nos níveis 

superiores interferem nas decisões de níveis inferiores. Sendo assim, essa estrutura 

possibilita vincular o planejamento de longo prazo, realizado pelo S&OP, às decisões 

delimitadas no curtíssimo prazo, sendo essas gerenciadas pelo nível operacional, 

garantindo um alto grau de coerência entre todos os níveis de decisões. 

Dentro desse contexto, Vollmann et al. (2006) destacam ainda a importância 

que o PCP tem para o processo de S&OP. Essa importância se dá ao fato do plano 

de operações ser desmembrado principalmente através dos módulos relacionados 

Estratégico

Longo Prazo

Tático

Médio Prazo

Operacional

Curto Prazo

Operacional

Execução

Planejamento 
Estratégico

S&OP

Plano de produção 
agregado

MPSRCCP

Gestão de 
Demanda

MRPCRP

SFCCompras



19 
 

ao PCP: planejamento estratégico, planejamento mestre da produção, 

gerenciamento da demanda, planejamento das necessidades de materiais, 

planejamento de capacidade e recursos, compras e, por fim, o controle de chão de 

fábrica. 

 

2.1.1 Planejamento Estratégico 

Esse planejamento tem como objetivo a escolha de linha de produtos, 

localização de novas fábricas, projeto dos processos industriais, envolvendo 

horizontes de longo prazo (ZATTAR, 2004). O planejamento estratégico é apoiado 

pelo S&OP, através das análises e revisões periódicas realizadas por este processo, 

o que de fato garante a sua viabilidade, efetividade e seu equilíbrio (CORRÊA, 

GIANESI; CAON, 2008).  

 

2.1.2 Gestão da Demanda 

A Gestão da Demanda é composta por atividades como previsão, 

cadastramento de pedidos, promessa de data de entrega, serviço ao cliente e 

distribuição física, sendo essa inserida pela área de vendas por meio de informações 

de mercado (CORRÊA, GIANESI; CAON, 2008). As informações fornecidas pela 

Gestão da Demanda são utilizadas pelo S&OP para desenvolver os planos de 

vendas e de operações num nível razoável de agregação (VOLLMANN et al., 2006). 

 

2.1.3 Planejamento Mestre da Produção 

A principal função do Planejamento Mestre de Produção é balancear os níveis 

de suprimentos e demanda dos produtos finais, período a período. Esse processo é 

realizado através de uma definição de programas detalhados de produção dos 

produtos finais, suportando assim os planos agregados desenvolvidos pelo S&OP 

(CORRÊA, GIANESI; CAON, 2008). Nesse contexto, o Planejamento Mestre de 

Produção deve ser mantido de acordo com o plano de operações realizado pelo 

S&OP (VOLLMANN et al., 2006). 



20 
 

2.1.4 Planejamento Grosseiro de Capacidade 

O Planejamento Grosseiro de Capacidade visa suportar as decisões tomadas 

no Planejamento Mestre da Produção, tendo como objetivo a antecipação das 

necessidades de capacidade de recursos com prazos de poucos meses para 

obtenção, a geração de um plano de produção viável e o suporte à decisão de 

quanto produzir de cada produto (CORRÊA, GIANESI; CAON, 2008). Nesse 

planejamento, são realizados cálculos grosseiros, apenas para os recursos críticos 

(OLIVEIRA; HATAKEYAMA; PILATTI, 2006). O objetivo principal desse planejamento 

é analisar se será possível cumprir o plano de recursos estabelecido no S&OP, 

devendo existir uma correta desagregação do que se definiu no seu processo de 

planejamento (CORRÊA, GIANESI; CAON, 2008). 

 

2.1.5 Planejamento das Necessidades de Materiais 

O Planejamento das Necessidades de Materiais permite a tomada de decisão, 

com base no Planejamento Mestre da Produção, de quanto e quando produzir e 

comprar os diversos semi-acabados, componentes e matérias-primas (CORRÊA, 

GIANESI; CAON, 2008). Um serviço crítico fornecido pelo Planejamento das 

Necessidades de Materiais é o aviso aos sistemas de Shop Floor Control de todas 

as alterações nos planos de materiais executados (VOLLMANN et al., 2006). 

 

2.1.6 Planejamento de Capacidade de Curto Prazo 

A principal funcionalidade do Planejamento de Capacidade de Curto Prazo é 

suportar as decisões do Planejamento das Necessidades de Materiais, tendo como 

objetivo a antecipação das necessidades de capacidade de recursos com prazo de 

poucas semanas para obtenção e a geração de um plano detalhado de produção e 

compras que seja viável (CORRÊA; GIANESI; CAON, 2008). Inclui-se nessas 

decisões a consideração sobre tamanho dos lotes, lead times e as ordens 

planejadas para liberação futura (VOLLMANN et al., 2006). 

 



21 
 

2.1.7 Shop Floor Control 

O Shop Floor Control é responsável por complementar os recursos do 

Planejamento das Necessidades de Materiais, munindo o planejador de informações 

coordenadas e detalhadas dos eventos do chão de fábrica, na medida em que estes 

ocorrem (CORRÊA, GIANESI; CAON, 2008). Este módulo determina o tempo médio 

de espera nos centros de trabalho, alocando máquinas e trabalhadores (ZATTAR, 

2004). 

 

2.1.8 Compras 

O módulo de Compras tem uma função semelhante ao Shop Floor Control, 

em que, nesse caso, controla as ordens de compras dos materiais fazendo interface 

entre o planejamento e os fornecedores de componentes e matérias-primas 

(CORRÊA, GIANESI; CAON, 2008). Este módulo é responsável também pelos 

programas de desenvolvimento de fornecedores (ZATTAR, 2004). 

O subcapítulo a seguir trata do Planejamento de Vendas e Operações, sendo 

cada etapa do processo detalhada, bem como suas fases de caracterização e 

implementação. 

 

2.2 Planejamento de Vendas e Operações (S&OP) 

O Planejamento de Vendas e Operações (S&OP) é um processo que tem 

como propósito desenvolver um plano coordenado para toda a empresa, 

relacionando os objetivos estratégicos da produção e tratando dos vários 

planejamentos, como o planejamento de marketing, planejamento financeiro, 

planejamento de operações e planejamento de vendas. Dessa forma, o S&OP 

garante os principais processos de comunicação para a alta administração controlar 

as diversas atividades da empresa (VOLLMANN et al., 2006). 

Kralik e Fogliatto (2016) consideram o S&OP como um processo utilizado pela 

alta gerência da organização para dar suporte no planejamento e na execução dos 



22 
 

planos estratégicos, garantindo a priorização de demandas, avaliação e priorização 

de riscos, o que de fato permite um melhor controle da variabilidade dos planos de 

venda e de produção da empresa e uma tomada de decisões efetivamente mais 

rápida. 

Nesse contexto, o S&OP tem quatro fundamentos: demanda, suprimento, 

volume e mix. O volume diz respeito a quanto produzir e as taxas de produção por 

famílias de produtos; e o mix, diz respeito às decisões detalhadas referentes a quais 

produtos individuais devem ser produzidos, bem como a sequência e a quais 

pedidos de clientes. Ainda, necessita-se a manutenção de um equilíbrio entre 

demanda e suprimento, papel esse importante no S&OP realizado através da 

coordenação dos planos das diferentes áreas (VOLLMAN et al., 2006). 

As estratégias dos diferentes negócios da empresa devem ser coerentes, 

necessitando de uma sinergia para o atingimento dos objetivos estratégicos. As 

estratégias funcionais das áreas de negócio devem ter integração e sinergia, para 

que dessa forma, se possa gerar competitividade ao negócio (CORRÊA; GIANESI; 

CAON, 2008; PEDROSO, 2014). 

Segundo Corrêa, Gianesi e Caon (2008), o S&OP é uma importante 

ferramenta dentro do processo de gestão de empresas, pois garante uma integração 

vertical entre os níveis de decisões, estratégicos e operacionais, assegurando que a 

definição realizada durante a elaboração estratégica seja realmente realizada por 

meio de decisões operacionais. Também, fornece uma integração horizontal entre 

decisões de mesmo nível, porém em diferentes funções da empresa, como por 

exemplo, marketing, manufatura e finanças. 

O processo de integração vertical ocorre a medida que há a definição dos 

planos operacionais de curto prazo por meio dos planos estratégicos de longo prazo, 

objetivando-se a coordenação de recursos logísticos e da cadeia de suprimentos, 

garantindo dessa forma a satisfação das solicitações específicas dos clientes. 

Evidencia-se também essa integração a partir do momento em que os planos de 

cada departamento são revisados continuamente com a finalidade de verificar a 

situação atual da empresa, direcionando assim o cumprimento dos objetivos 

estratégicos. Já a integração horizontal garante a elaboração de planos realísticos e 



23 
 

funcionais tendo em vista um mesmo objetivo. Dessa forma, tem-se um consenso 

mútuo das capacidades, restrições e dificuldades de cada setor (NOGUEIRA; SATO; 

ALCANTARA, 2012). 

Nesse processo, tem-se o desenvolvimento dos planos financeiros da 

empresa, visando atender as expectativas da alta administração. Após, o setor de 

vendas cria os seus planos e também ações de marketing visando atingir as metas 

estabelecidas para cada grupo de produto da empresa, buscando atender a meta de 

resultados desejados. Por fim, o setor de operações desenvolve os seus planos de 

manufatura, materiais e de logística, visando o atendimento da demanda da 

empresa considerando suas restrições operacionais e de sua cadeia de suprimentos 

(BOWERSOX; CLOSS; COOPER, 2007). 

Sendo assim, o processo de Planejamento de Vendas e Operações abrange 

decisões agregadas, ou seja, definições que se referem à mão de obra, aquisição de 

maquinário, ampliação de linhas de produção, entre outros. Ainda, o S&OP 

considera períodos de planejamento mais agregados durante sua execução, como 

bimestres ou trimestres (CORRÊA, GIANESI; CAON, 2008). 

O subcapítulo a seguir trata da caracterização de um processo de S&OP, bem 

como as principais atividades desse processo. 

 

2.3 Caracterização do processo de Planejamento de Vendas e Operações 

Wallace (2008) explica que o processo de S&OP não é complexo, porém, é 

de difícil implementação, o que de fato necessita de algumas atenções na sua fase 

de inicial como, por exemplo: 

 Ter conhecimento prévio das práticas de produção, comercial, distribuição e 

estoques; 

 Não desprezar a força cultural da empresa; 

 Se tratar de um novo processo; 

 Novo processo significa mudanças; 



24 
 

 Mudanças significam pessoas mudando aspectos de como seu trabalho é 

realizado; 

 Pessoas precisam de entendimento dos processos e visão do futuro para 

realizarem mudanças necessárias; 

 Executivos não podem realizar tarefas que demandam muito tempo, devido 

ao fato de serem pessoas tipicamente ocupadas. 

Ainda, segundo o autor, caso não ocorra a verificação dessas considerações 

na fase inicial do processo, o mesmo irá desmoronar e nunca será concluído com 

sucesso. 

Se tratando ainda do início do processo, Alexander (2013) menciona que o 

S&OP não deve ter um escopo muito amplo, pois dessa forma, torna-se difícil a 

realização de mudanças no projeto por este abranger muitas áreas diferentes da 

organização. 

Um fator de sucesso para a execução do S&OP é a aprovação da proposta e 

apoio da alta direção, pois o processo é pautado pelo envolvimento dos principais 

executivos da empresa na condução, permitindo assim a concentração de esforços 

e foco no projeto. É importante também que essa aprovação ocorra para que se 

tenha a possibilidade de investimentos para treinamentos e ferramentas necessárias 

para o desenvolvimento do processo (LINARES, 2004). 

Segundo Silva, Esteves e Pedroso (2012), para uma verificação do sucesso 

do processo, a proposta inicial do projeto na empresa deve incluir a estruturação dos 

processos internos, formalização das medidas de desempenho e a mensuração do 

S&OP. 

Quanto ao andamento do processo, funcionalidades como a utilização de 

dados confiáveis e com formato didático para sua utilização não devem ser 

subestimadas, para que dessa forma se busque garantir o seu alto grau de 

organização e controle (LINARES, 2004). 

Segundo Wallace (2008), a metodologia básica compõem algumas etapas. Na 

Figura 3 são apresentadas as etapas do processo inicial de implementação do 

S&OP. 



25 
 

Figura 3 – Estrutura de Caracterização do Processo de S&OP 

 
Fonte: Elaborado pelo autor, adaptado de Wallace (2008). 
 

Para Linares (2004), a peça chave para superar os desafios do projeto de 

S&OP é a mudança da rotina de trabalho das pessoas, ou seja, as mudanças de 

hábitos, pois esse fator é algo complexo e não deve ser negligenciado no processo. 

 

2.3.1 Definição do cronograma de implementação do S&OP 

A etapa de criação do cronograma define basicamente o tempo que se 

gastará com todo o processo de S&OP e também qual será a urgência de cada 

atividade. Nesse documento, devem-se detalhar as atividades que irão compor o 

processo, bem como conter a descrição de como funcionarão os ciclos do S&OP 

ainda em testes (KRALIK; FOGLIATTO, 2016). 

Na Figura 4 é exemplificado um modelo de cronograma de S&OP. 

Figura 4 – Modelo de Cronograma de S&OP 

 
Fonte: Elaborado pelo autor, adaptado de Wallace (2008). 
 

Segundo Linares (2004), Wallace (2008) e Trindade (2013), o processo de 

caracterização e implementação do S&OP, varia entre nove a dez meses, o que irá 

depender do número de famílias de produtos existentes e do comprometimento da 

equipe envolvida no processo. Além disso, o S&OP tem um ciclo mensal, o que 

acaba permitindo a aquisição de experiências e especializações apenas uma vez a 

Elaboração do processo de S&OP

Apresentação 
inicial/Treinam

ento

Definir Papéis e 
Responsabilidades

Definir 
famílias de 
produtos

Definir 
horizonte de 

planejamento

Definir 
Sistema de 
Informação

Criar o 
Cronograma

1 2 3 4 5 6 7 8 9

Caracterização do Processo Implementação do Processo

Mês

Treinamento das 
Pessoas Envolvidas 

no Processo

Definição dos papéis 
e responsabilidades

Definir famílias de 
produtos, horizonte 
de planejamento e 

time fences

Aplicar o ciclo S&OP e 
criar Política de S&OP

Definir modelo
matemático

Automatização do Processo

Melhoria Contínua

Realizar teste piloto 
com 1 ou 2 famílias

Criar os relatórios de 
S&OP

Realizar ciclo de S&OP e trazer todas as famílias ao processo



26 
 

cada mês. Os autores explicam ainda que o processo de caracterização e 

implementação do S&OP são considerados desde a etapa de Treinamento das 

Pessoas Envolvidas até a Melhoria Contínua, sendo essas atividades executadas de 

forma sequencial e muitas delas em paralelo. 

 

2.3.2 Treinamento das pessoas envolvidas 

Segundo Barbeiro (2005), o processo de S&OP depende das pessoas 

envolvidas e no processo de negociação entre cada um. Dessa forma, é 

extremamente importante o estabelecimento de equipes para a condução do 

processo de implementação do S&OP, bem como para o desenvolvimento dos 

participantes. Além disso, é importante que haja a compreensão dos benefícios por 

parte desses. Para o sucesso do processo, recursos e pessoas devem estar bem 

alinhados e comprometidos. 

A melhor forma de iniciar um processo de S&OP é realizando uma revisão 

conceitual em relação ao assunto. Com isso, tem-se a transferência de informações 

para a capacitação dos envolvidos, em que haverá o entendimento das capacidades 

do processo, adequação das capacidades do S&OP aos problemas da empresa, 

criação de uma análise de viabilidade econômica e por fim, a tomada de decisão 

quanto ao prosseguimento ou não do processo (WALLACE, 2008). 

Segundo Barbeiro (2005), a revisão conceitual deve ter duração de 

aproximadamente duas horas e deve ser realizada na presença de uma pessoa com 

conhecimento em S&OP, para que haja a transferência suficiente de informações 

sobre o processo, capacitando assim a equipe participante.  

Prosseguindo com o processo de S&OP, faz-se necessária a execução de um 

treinamento para aprendizado sobre o Planejamento de Vendas e Operações, com 

intuito de aquisição de um sólido conhecimento do processo. Nessa reunião, é 

necessária a participação da alta e média administração, responsáveis pela 

demanda, bem como planejadores e programadores (WALLACE, 2008). 

Trindade (2013) enfatiza a importância de a equipe participante ser treinada 

com base em conceitos apresentados no Quadro 1. 



27 
 

Quadro 1 – Conceitos importantes à Equipe de S&OP 

Assunto Fundamentação 

Entendimento geral de S&OP 
Wallace (2008); Corrêa, Gianesi e Caon (2008); 
Vollmann et al. (2006). 

Conceitos de Horizontes de Planejamento e time 
fence; 

Wallace (2008); Corrêa, Gianesi e Caon (2008). 

Conceitos de Famílias de Produtos Wallace (2008); Corrêa, Gianesi e Caon (2008). 

Indicadores de Desempenho Corrêa, Gianesi e Caon (2008) 

Modelo de Reunião para S&OP Wallace (2008); Corrêa, Gianesi e Caon (2008). 

Resultados esperados com a implantação do 
S&OP 

Wallace (2008); Corrêa, Gianesi e Caon (2008); 
Vollmann et al. (2006). 

Pontos importantes e premissas na implantação 
do S&OP 

Wallace (2008); Corrêa, Gianesi e Caon (2008); 
Vollmann et al. (2006). 

Pessoas responsáveis para suporte Wallace (2008); Corrêa, Gianesi e Caon (2008). 

Carga Horária Total  8 horas 

Fonte: Elaborado pelo autor, adaptado de Trindade (2013). 
 

Segundo o autor, o treinamento dura aproximadamente 8 horas. Para Wallace 

(2008), é importante que se invista pelo menos esse período no treinamento, a fim 

de se agregar o conhecimento do S&OP e garantir que os envolvidos tenham o 

máximo de aprendizado possível, visando à correta estruturação do processo. 

O S&OP é a combinação de uma série de atividades preparatórias, 

executadas pelos diversos setores da organização, para que a alta administração 

seja capaz de avaliar as alternativas e tomar as decisões necessárias ao processo. 

Dessa forma, as principais linhas desse processo devem ser detalhadas de maneira 

explícita para garantir que os procedimentos sejam executados da melhor maneira 

possível pelos envolvidos (CORRÊA; GIANESI; CAON, 2008). 

 

2.3.3 Definição de papéis e responsabilidades 

Wallace (2008) define a etapa de papéis e responsabilidades como “a hora de 

sistematizar o projeto”. Sendo assim, se faz necessário o encaminhamento de 

termos que irão nortear as responsabilidades de cada envolvido no projeto. 



28 
 

Segundo Barbeiro (2005), a definição dos papéis e responsabilidades para 

uma implementação e execução adequadas se faz necessária no processo de 

caracterização do S&OP. Basicamente, tem-se a estrutura apresentada no Quadro 2 

como responsabilidades no processo de implementação do S&OP. 

Quadro 2 – Estrutura de Responsabilidades 

Papel Responsabilidade 

Patrocinador Executivo de fundamental importância na liderança do processo, 
tendo autonomia para definir e legitimar o processo. 

Líder do Projeto Responsável pelo gerenciamento operacional e coordenação do 
processo de implementação. 

Consultor Externo Orientador do processo, auxiliando no planejamento e 
treinamento. 

Dono do Processo Responsável pela implementação e execução do processo após 
esse estar implementado. 

Equipe de Revisão de Demanda Equipe responsável pela condução do processo de 
planejamento da demanda. 

Equipe de Revisão de Suprimentos Equipe responsável pela condução do processo de 
planejamento de suprimentos. 

Equipe Executiva do S&OP Equipe multifuncional responsável pela construção de fóruns 
decisórios no processo. 

Fonte: Elaborado pelo autor, adaptado de Barbeiro (2005). 
 

É imprescindível a descrição das responsabilidades de forma clara para cada 

um dos representantes da estrutura do processo, sendo que o Patrocinador deve 

estar no principal nível hierárquico desse, para manter a atenção de todos os 

envolvidos, gerenciando quaisquer conflitos entre esses e garantindo o 

comprometimento com o processo (AROZO, 2006). 

Segundo Corrêa, Gianesi e Caon (2008), os participantes do processo de 

S&OP não poderão estar ausentes nas reuniões, devendo obrigatoriamente haver 

um substituto de igual autonomia para tomada de decisões. Nesse caso, é 

necessário que fiquem claras as responsabilidades de cada um no processo de 

alterações de planos, adição ou redução de recursos, entre outras atividades. 

 

2.3.4 Definição das famílias e subfamílias de produtos 

Segundo Corrêa, Gianesi e Caon (2008), a empresa deve definir famílias de 



29 
 

produtos para o planejamento do S&OP. Porém, é necessária a adesão de algum 

método de agregação que possibilite uma tratativa uniforme a todos os setores 

quanto à caracterização das famílias de produtos. 

Wallace (2008) afirma que muitas empresas possuem padrões pré-

estabelecidos de famílias, identificadas antes mesmo da adesão do S&OP e 

apresentadas com uma grande quantidade de detalhes. Porém, algumas empresas 

não possuem esse detalhamento, sendo essa uma etapa inicial muito importante. 

Dessa forma, as famílias de produtos podem ser estruturadas conforme Quadro 3. 

Quadro 3 – Estruturação de famílias de produtos 

Método Exemplo 

Tipo de produto Uísque, uísque escocês, gin. 

Característica do produto Alto desempenho, padrão. 

Tamanho do produto Grande, médio, pequeno. 

Marca Taurus, Contour, Focus. 

Segmento de mercado Industrial, consumidor. 

Cliente Cliente X, Cliente Y. 

Fonte: Elaborado pelo autor, adaptado de Wallace (2008). 
 

Segundo o autor, os métodos citados no Quadro 3 remetem a maneira que a 

empresa apresenta os seus produtos ao cliente, ou seja, é importante que a mesma 

simplesmente tenha bem definido como ela vai ao mercado com seus produtos, para 

que então ela enquadre a sua classificação de famílias a esses métodos. 

Segundo Tanajura e Cabral (2011), pode-se utilizar para o processo de 

agregação o impacto do produto no faturamento da empresa, exemplificado na 

Equação 1, ou ainda, produtos em desenvolvimento para algum nicho de mercado e 

produtos com fatores críticos, como por exemplo, queda de produção, venda ou 

nível de estoque. 

TotaloFaturamentR$

XProdutooFaturamentR$
X Produto oFaturament Impacto                     (1) 

É importante ainda, realizar uma agregação em um número baixo de famílias, 

porém, com grandes quantidades de produtos nas mesmas, obtendo-se dessa forma 

um planejamento mais preciso e uma menor quantidade de trabalho para realizá-lo, 

tornando-se prática, inclusive, a análise realizada pela alta administração (CORRÊA; 

GIANESI; CAON, 2008). 



30 
 

Wallace (2008) afirma que para um processo de planejamento de vendas e 

operações não gerar qualquer problema, o número ideal de famílias de produtos 

deve estar entre seis a doze.  

Deve ainda haver uma exceção às regras de agregação, como em casos de 

novos produtos. Sendo assim, produtos novos devem ser alocados em diferentes 

famílias, proporcionando dessa forma um destaque nesses produtos com a 

finalidade de refinar os processos de planejamento de vendas, suprimentos e 

recursos (TRINDADE, 2013). 

É importante também ao processo a definição de subfamílias de produtos, 

pois se pode necessitar a análise dessas para obter-se uma melhor visão de todo o 

processo (NOGUEIRA; SATO; ALCANTARA, 2012). 

Segundo Palmatier (2013), as áreas de vendas, suprimentos e financeira 

geralmente irão conduzir o processo a um nível de subfamílias na reunião de Pré-

S&OP para que se tenha esse maior detalhamento, sendo um fator necessário para 

uma melhor compreensão do mix, bem como oferta e demanda dos produtos. Após 

a conclusão da análise das subfamílias na reunião de Pré-S&OP, a informação é 

agregada para as famílias de produto com a finalidade de análise do Executivo. 

Segundo Wallace (2008), a classificação de subfamílias está entre o nível de 

famílias de produtos e os produtos individuais. Esse grupo é classificado como uma 

divisão adicional, podendo essa ser classificada de acordo com o comportamento da 

demanda dos produtos que irão compô-la. É de responsabilidade da equipe de Pré-

S&OP o monitoramento das subfamílias para a garantia do progresso, conforme o 

plano estabelecido para essas. 

 

2.3.5 Definição do horizonte de planejamento e time fence 

A empresa deve estabelecer um horizonte de planejamento adequado a sua 

característica de mercado. Este horizonte será estabelecido em relação ao recurso 

mais crítico em função do tempo. O período de planejamento deve ser o suficiente 

para que se possibilite a provisão de recursos necessários à produção pretendida 

pelos setores envolvidos no processo (CORRÊA; GIANESI; CAON, 2008). 



31 
 

Segundo Kralik e Flogiatto (2016), o horizonte de planejamento define o 

período a frente a ser analisado, considerando o tempo mínimo de resposta dos 

setores, como tempo de compra de materiais, tempo de contratação de pessoal, 

tempo de aquisição de equipamentos, dentre outros. Esse horizonte varia de acordo 

com os prazos de entregas de fornecedores, por exemplo. 

Horizontes de planejamento com um período de tempo muito extenso 

prejudicam de forma considerável o fator de qualidade dos planos das diversas 

áreas da empresa, sendo esse fator considerado importante para o sucesso do 

S&OP (CRUZ, 2017). 

Para Grimson e Pyke (2007), o horizonte de planejamento do S&OP mais 

comum é de 6 a 18 meses, interligando todos os níveis da empresa, sendo que para 

produtos sazonais, por exemplo, o horizonte é frequentemente de 12 meses. 

Tratando-se do time fence, esse é o período no qual as informações de 

planejamento não poderão ser alteradas pelo sistema após a confirmação dos 

planos. Todas as áreas devem entender que mudanças realizadas dentro de um 

curto prazo acarretarão em custos mais elevados para a empresa. Dessa forma, o 

time fence define três intervalos no horizonte de planejamento (CORRÊA; GIANESI; 

CAON, 2008): 

 Primeiro intervalo: período em que não há tempo suficiente para obtenção de 

novos materiais ou adição de capacidade. Apenas mudanças de extrema 

emergência devem ser consideradas. 

 Segundo intervalo: períodos correspondentes a planos de capacidade e 

compras de materiais já definidos. Nesse período, mudanças devem ser analisadas 

com cuidado. 

 Terceiro intervalo: mudanças podem ser realizadas nesse período, não 

havendo grandes problemas em efetuá-las, pois há tempo suficiente para aquisição 

de materiais e capacidade necessária. 

Wallace (2008) exemplifica um modelo de time fence, apresentado na Figura 

5. 



32 
 

Figura 5 – Modelo de time fence 

 
Fonte: Elaborado pelo autor, adaptado de Wallace (2008). 

 
Dessa forma, temos a indisponibilidade de mudanças para o mês corrente ao 

planejamento, 30% de possibilidade para o segundo mês subsequente ao 

planejamento, 30% para o terceiro e quarto, 30% para o quinto e sexto e 40% a 

partir do sétimo mês de planejamento. Segundo Trindade (2013), o time fence não 

retira a flexibilidade da empresa. Porém, toda a flexibilidade implicará em custos 

adicionais, sendo esses maiores que os custos de não realizar quaisquer mudanças. 

Mas, nada impede que cada caso seja analisado e as mudanças venham a ocorrer. 

Nesse contexto, a área de marketing necessita de time fence menores para 

que se possibilite o atendimento aos clientes de forma mais rápida possível. Porém, 

áreas de engenharia, compras e manufatura, necessitam de time fence mais longos, 

pelo fato de mudanças nessas áreas ocorrerem de forma mais lenta e com um custo 

mais elevado. Dessa forma, a definição do time fence deve ser um processo de 

negociação, levando em consideração os objetivos estratégicos da empresa e o 

equilíbrio entre custo e flexibilidade (CORRÊA; GIANESI; CAON, 2008). 

 

2.3.6 Definição do sistema de informação para o S&OP 

Segundo Lapide (2005), a maneira mais simples e rápida de realizar o 

balanceamento da produção e venda através do S&OP se dá por meio da utilização 

de planilhas eletrônicas, sendo essa a forma mais rudimentar de trabalho. 

Porém, deve-se levar em consideração a utilização de softwares que 

permitam a otimização dos processos de S&OP e assim possibilite a interação com 

sistemas de Enterprise Resource Planning e planilhas eletrônicas, tanto na 

importação quanto na exportação de dados (TANAJURA; CABRAL, 2011). 

Lapide (2005) recomenda que o S&OP seja suportado por três modelos de 



33 
 

sistemas de informações: Sistema de Demanda, Sistema de Suprimentos e Banco 

de Trabalho do S&OP. 

Na Figura 6 é exemplificado o modelo de arquitetura tecnológica do S&OP. 

Figura 6 – Arquitetura tecnológica do S&OP 

 
Fonte: Barbeiro (2005, p. 48). 
 

Segundo Nogueira, Sato e Alcantara (2012), softwares mais avançados de 

S&OP possibilitam a disponibilização das informações referentes a planos de venda 

e de marketing, bem como o plano consensado em um programa específico que 

tenha interface com todas as áreas participantes do processo. Dessa forma, a 

informação é lapidada e enviada em forma de planilhas eletrônicas para a fase de 

análise de restrições. Então, os valores analisados pela equipe de planejamento de 

produção são enviados para a equipe responsável pela demanda. Após o término da 

reunião executiva de S&OP esta planilha é importada para o sistema ERP. 

Dessa forma, considera-se significantemente a utilização de tecnologia de 

informação no processo de S&OP, porém o processo não é apenas uma aplicação 

dessas tecnologias e sim uma combinação de sistemas de informações, com 

elementos importantes de planejamento financeiro, de marketing e de suprimentos, 

compondo os processos organizacionais e as responsabilidades para elaborar o 

consenso, executando por fim os planos colaborativos. Sendo assim, um processo 

de S&OP é considerado eficaz dentro da organização quando tem a combinação de 

processos e tecnologias (BOWERSOX et al., 2013). 



34 
 

O subcapítulo a seguir trata da implementação de um processo de S&OP, 

bem como as principais atividades desse processo. 

 

2.4 Implementação do processo de S&OP 

A implementação do processo de S&OP deve contemplar uma metodologia 

com algumas etapas básicas. Na Figura 7 são descritas as etapas necessárias para 

esse processo (WALLACE, 2008). 

Figura 7 – Estrutura de Implementação do S&OP 

 
Fonte: Elaborado pelo autor, adaptado de Wallace (2008). 
 

Segundo Luz, Gabbi e Rupental (2015), para o êxito na implementação do 

S&OP a empresa não deverá cometer o erro de menosprezar as etapas que formam 

esse processo, por conter atividades de fácil condução. 

Para que um processo de S&OP tenha êxito em sua implementação, é 

necessário o atendimento de 11 requisitos: comprometimento da empresa com o 

processo, planejamento de reuniões bem definido, definição de responsabilidades 

de cada representante, horizonte de planejamento fixo, ferramentas de apoio a 

decisão, grau de agregação dos produtos, acompanhamento financeiro, 

documentação do processo, reuniões com objetivo para tomada de decisão, 

monitoramento de desempenho do processo, fluxo de informação entre áreas 

envolvidas (AROZO, 2006). 

Porém, segundo Pedroso (2014), o processo de implementação do S&OP 

necessita ser cuidadosamente planejado, para que assim, obtenha-se o sucesso 

esperado nessa etapa. Ainda segundo a autora, existem inúmeras barreiras ao 

processo de implementação do S&OP, porém a organização deve estar munida de 

planos coerentes entre si, requerendo a participação efetiva das diversas áreas 

funcionais da empresa, havendo a necessidade de uma cultura de integração, a fim 

de quebrar as barreiras que se estabelecem entre as áreas funcionais. 

Implementação do S&OP

Verificação 
das Etapas do 

Ciclo de 

S&OP

Criação da 
Política de 

S&OP

Criação dos 
Relatórios de 

S&OP

Teste Piloto 
do Ciclo de 

S&OP

Execução do 
Primeiro Ciclo 

Oficial de 

S&OP

Melhoria 
Contínua do 

Processo



35 
 

2.4.1 Aplicação das etapas do Ciclo de S&OP  

O S&OP é um processo estruturado, desenvolvido através de reuniões 

mensais, coletando informações de diferentes departamentos, sendo essas 

discutidas, analisadas e aprovadas, e por fim, levadas a planos funcionais que 

suportem as necessidades de cada departamento. Porém, esse processo necessita 

de um trabalho preliminar que começa logo ao final de cada mês, decorrendo por 

alguns dias, em que finaliza numa reunião mensal de S&OP Executivo (LEMA, 

2010). 

Basicamente, o processo de S&OP é composto por cinco fases dependentes 

uma das outras, ou seja, a fase 2 do ciclo do processo só é iniciada após a 

finalização da fase 1, por exemplo. Dessa forma, qualquer informação contida na 

fase que é executada durante o ciclo do S&OP causará impacto nas etapas 

seguintes a esta (TRINDADE, 2013). 

Na Figura 8 é representado o ciclo mensal do S&OP e sua sequência. 

Figura 8 – Atividades pertencentes ao ciclo S&OP 

 
Fonte: Nogueira, Sato e Alcantara (2012, p. 5). 
 

Com isso, visualiza-se a sequência das etapas do processo, em que cada 

etapa tem uma função importante no processo e são repetidas mensalmente pelos 

departamentos (TRINDADE, 2013). 



36 
 

Segundo Kralik e Fogliatto (2016), é fundamental que se realize a 

representação da sequência do processo de S&OP, pois dessa forma, as etapas do 

processo, a identificação dos envolvidos e a sequência de atividades tornam-se 

detalhadas conforme as particularidades da empresa em que o processo está sendo 

implementado. 

A disciplina com o seguimento das etapas definirá o sucesso da 

implementação do S&OP. Dessa forma, esses cinco passos devem ser comandados 

pelos grupos, a fim de garantir a geração de informações para o processo decisório 

(NAVARRO; LIMA, 2006). 

 

2.4.2 Levantamento de dados 

A etapa de levantamento de dados ocorre logo ao final de cada mês, sendo 

composta por (WALLACE, 2008; VOLLMANN et. al, 2006): 

 Atualização dos dados do mês recém-terminado, ou seja, vendas reais, 

produção e inventários;  

 Geração dos dados das análises de vendas, relatórios estatísticos de 

previsão e planilhas para o pessoal de vendas;  

 Divulgação das informações citadas ao pessoal adequado. 

Segundo Corrêa, Gianesi e Caon (2008), esse é também o momento em que 

há a agregação dos produtos por famílias, pois os parâmetros de tempos e utilização 

de recursos necessitam de uma representação por famílias, devida sua necessidade 

de revisão periódica. Essa necessidade ocorre em relação a mudanças na 

composição das famílias e também devido a variações no mix de produção e 

vendas. 

 

2.4.3 Planejamento da Demanda 

Segundo Wallace (2008), a etapa de planejamento de demanda é uma 



37 
 

atividade de responsabilidade da área de vendas e marketing, em que essas 

analisam, discutem e ajustam as informações recebidas da fase de Levantamento 

de dados. Nessa previsão deve-se incluir tanto os produtos existentes como também 

os novos produtos. 

Para Trindade (2013), nessa etapa cria-se um plano de demanda completo, 

em que este é feito em comum acordo com as áreas envolvidas, permitindo assim o 

gerenciamento do processo de planejamento de demanda. Realiza-se também a 

revisão dos dados de previsão de demanda, com a finalidade de atender as 

necessidades do mercado. O propósito desse plano é abastecer o Planejamento de 

Suprimentos. 

 

2.4.4 Planejamento de materiais e capacidade 

Essa é a fase de planejamento dos critérios relacionados ao planejamento de 

capacidade de recursos e suprimentos. O plano de operações elaborado é 

comparado a cada grupo de família de produtos, considerando as mudanças 

realizadas na previsão de vendas ou mudanças ocorridas nos níveis necessitados 

de estoque. Caso a demanda exceda o plano de suprimentos, deve-se modificar o 

plano de operações (VOLLMANN et al., 2006). 

Segundo Corrêa, Gianesi e Caon (2008), planos alternativos de produção 

podem ser gerados devido ao fato de raramente conseguir-se estabelecer um plano 

que atenda a todos os objetivos da empresa, sem que ocorram problemas a serem 

resolvidos. Dessa forma, deve-se tratar de algumas questões, como descrito no 

Quadro 4. 

Quadro 4 – Questões a serem tratadas na fase de Planejamento de materiais e 

capacidade 

Atividade Descrição Por quê? 

1 Antecipação de Produção Atendimento de demanda futura. 

2 Ampliação de Capacidade 
Planejamento de horas extras, contratação de mão-
de-obra, instalação de novas linhas. 

                                               (Continua...) 



38 
 

3 Gerenciamento de atrasos 
Compatibilização da demanda com possibilidades de 
produção. 

4 
Aquisição de Materiais Críticos em 
tempos menores 

Possibilitar aumento de volume de produção. 

5 
Desenvolvimento de novos 
fornecedores 

Evitar limitações de fornecedores. 

Fonte: Elaborado pelo autor, adaptado de Corrêa, Gianesi e Caon (2008). 
 

Ainda segundo os autores, as principais questões implicam na decisão de 

como estabelecer o plano de produção ao longo do horizonte de planejamento, 

visando atender a demanda e utilizar a capacidade disponível, formando o mínimo 

de estoques. 

 

2.4.4.1 Pré-reunião de S&OP 

A finalidade dessa etapa é assegurar que todos os planos estejam alinhados 

entre si e com o plano estratégico da empresa, a fim de garantir apenas uma 

projeção dos planos de volume e financeiro, em que os pontos relevantes são 

sumarizados na reunião executiva de S&OP (BARBEIRO, 2005). 

Segundo Vollmann et al. (2006), a pré-reunião de S&OP é responsável ainda 

por garantir a tomada de decisões quanto ao equilíbrio de demanda e suprimentos, 

solucionar problemas em que existam diferenças nas recomendações para a reunião 

de S&OP Executivo e por fim, identificar questões não resolvidas para discussão na 

reunião Executiva. 

 

2.4.4.2 Reunião Executiva de S&OP 

A reunião executiva de S&OP é o principal evento do ciclo mensal de S&OP, 

pois os planos realizados para a empresa são integrados em um único plano, 

devendo estes ser os mais realistas possíveis, de forma a evitar grandes variações 

ao longo de toda a cadeia da organização. Essa etapa ocorre uma vez ao mês, após 

a pré-reunião de S&OP (BARBEIRO, 2005). 

Segundo Vollmann et al. (2006), a reunião executiva de S&OP é responsável 

por garantir a tomada de decisões quanto aos planos de operações para cada 

    (...Continuação) 



39 
 

família de produto, autorizar gastos para mudanças nas taxas de aquisição e 

produção, relatar o impacto coletivo financeiro dos planos de operações e vendas 

das famílias de produtos para o plano estratégico, direcionar em quais áreas o grupo 

da pré-reunião de S&OP foi incapaz de chegar a um consenso e por fim, rever o 

desempenho da empresa e analisar o nível de serviço ao cliente através da 

verificação dos indicadores utilizados para estes fins. 

 

2.4.5 Política de S&OP 

Segundo Wallace (2008), a criação de uma política de S&OP se faz 

extremamente necessária para o sucesso na implementação e operação do 

processo, podendo ser realizada de forma simples. 

Para Kralik e Fogliatto (2016), nesse documento, pontos importantes de 

decisão devem ser abordados e precisam ser definidos com atenção, visando à 

viabilidade da execução do processo. Nele devem estar de forma bem explicita 

tópicos abordando:  

 O objetivo que a empresa deseja alcançar com o S&OP;  

 As atividades que englobam o processo, bem como o fluxo dessas; 

 A programação de reuniões em longo prazo; 

 As pessoas-chave que participarão, bem como seus substitutos em caso de 

não comparecimento;  

 As famílias de produtos escolhidas para o planejamento; 

 O horizonte de planejamento a ser analisado; 

 O horizonte fixo de planejamento; 

 As responsabilidades dos envolvidos no processo; 

 Os resultados esperados e uma listagem de todas as mudanças e alterações 

realizadas no processo. 



40 
 

Ainda segundo os autores, a política de Planejamento de Vendas e 

Operações é um documento com as principais caracterizações do processo e não 

deve ser confundida com um procedimento de como executar o S&OP em uma 

organização. 

Corrêa, Gianesi e Caon (2008) afirmam que a política de S&OP deve 

estabelecer aspectos suscetíveis a mudança e que conforme definições prévias 

tornam o processo decisório mais fácil. Os parâmetros definidos nesse documento 

podem sofrer alterações em qualquer momento, apenas necessitando que haja uma 

justificativa e consenso, excepcionalmente se for ao sentido de aprimorar o processo 

de decisão. 

A disciplina é um fator muito importante para os integrantes do processo de 

S&OP, sendo imprescindível que a equipe de liderança da organização tenha essa 

visão, pois a política de implementação não terá sucesso caso não haja certo grau 

de disciplina (LAPIDE, 2004). 

 

2.4.6 Criação dos relatórios de S&OP 

Para uma melhor análise dos dados pertencentes ao processo, podem-se 

criar planilhas específicas em forma de relatórios para as reuniões de S&OP, sendo 

essas divididas em basicamente três partes: desempenho, contendo dados 

históricos; planos com perspectivas de vendas, operações e inventários e; projeções 

em valor monetário, proporcionando dessa forma a visão financeira do término do 

ano a ser analisado (NOGUEIRA; SATO; ALCANTARA, 2012). 

Segundo Barbeiro (2005), o S&OP é um processo de análise de dados, 

criação de planos e comunicação de informações na empresa. Dessa forma, os 

dados são muito importantes e uma correta organização desses garante a facilidade 

na tomada de decisões e na criação de cenários a serem simulados. 

Na Figura 9 é exemplificado um modelo de planilha de S&OP, por valor 

monetário. 

 



41 
 

Figura 9 – Planilha S&OP em valor monetário 

 
Fonte: Linares (2004, p. 67). 
 

Segundo Barbeiro (2005), não existe uma apresentação padrão apropriada 

para todas as empresas, sendo essas definidas a partir da necessidade gerada pela 

equipe responsável pelo processo, porém realizada de maneira consensual para que 

dessa forma evitem-se eventuais conflitos. 

Corrêa, Gianesi e Caon (2008) mencionam que a planilha utilizada para o 

S&OP não precisa ser muito refinada, sendo que o mais importante é que as 

informações estejam disponíveis e visíveis para a tomada de decisão, eliminando a 

busca por informações na reunião de S&OP. Ainda, é importante que três 

informações sejam disponibilizadas: o desempenho passado, a situação atual e os 

atuais planos para o futuro. 

É importante destacar que cada família de produto deve estar em uma 

planilha, sendo esta dividida em períodos de tempo. O período de planejamento 

ideal para as famílias é de 12 meses. A planilha deve conter ainda três partes 

importantes: o plano de demanda, o plano de operações e por fim, o plano de 

inventário (BARBEIRO, 2005). A apresentação desses três diferentes planos é de 

extrema importância ao processo. O plano de operações divide-se em: plano atual, 

sendo evidenciado o que foi definido no ciclo de S&OP anterior, e o novo plano, em 

que este é a proposição do plano discutido no ciclo atual. Já o de vendas divide-se 

em: previsão de vendas atual e previsão de vendas nova, apresentando-se da 

mesma forma que o plano de operações. Por fim, o Plano de Inventário, sendo este 

MESES Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar

Dias no mês 20 17 20 21 19 21 23 21 22 22 20 17 20 17 22

Plano de Vendas

Plano Atual 4800 4200 5400 5400 6000 6000 6000 5400 5400 4800 4800 4200 4800 4800

Novo Plano 4920 4500 5610 5700 6150 6150 6150 5550 5550 4800 4800 4500 5100 5100 5700

Diferença 120 300 210 6% 2% 2% 2% 3% 3% 0% 0% 7% 6% 6%

Diferença Acumulada 120 420 630

Plano de Produção

Plano Atual 2720 2480 2720 2880 3200 3200 3200 3200 2560 2560 2560 2400 2720 2720

Novo Plano 2624 2400 2608 2880 3200 3360 3360 3200 3200 2560 2560 2400 2880 2880 2880

Diferença -96 -80 -112

Diferença Acumulada -96 -176 -288

Estoque de Acabados

Plano Atual 1700 1955 1785 1785 1785 1785 1785 2125 1785 1785 1785 1955 2125 2295

Novo Plano 1530 1530 1530 1207 1037 952 1037 1122 1377 1632 1632 1632 1632 1802 1972 1802

Diferença -170 -425 -578

HISTÓRICO PLANEJAMENTO



42 
 

dividido e apresentado da mesma maneira que os planos de operações e vendas 

(WALLACE, 2008). 

Segundo Wallace (2008), pode-se adicionar algumas informações à planilha 

de S&OP como número de dias úteis do mês, volume diário de vendas e saldo de 

estoque final de cada mês. Com isso, têm-se todas as informações relevantes ao 

processo em um único local, auxiliando as análises necessárias. 

Com todas as informações definidas, consolidam-se as informações com os 

dados de todas as famílias para obtenção dos planos de utilização de recursos, 

análises de desempenho e desempenho financeiro (CORRÊA; GIANESI; CAON, 

2008). 

Na Figura 10 é representada a consolidação das planilhas do S&OP. 

Figura 10 – Consolidação de informações 

 
Fonte: Corrêa, Gianesi e Caon (2008, p. 182). 
 

Ainda, segundo os autores, essa atividade visa garantir a análise de 

viabilidade dos planos gerados. 

 



43 
 

2.4.7 Teste piloto e ajustes S&OP 

Segundo Kralik e Flogiatto (2016), na fase de teste piloto e ajustes do 

processo de S&OP realizam-se simulações do processo que foi planejado para a 

empresa. Nesse momento, é extremamente importante a observação de ajustes 

realizados nas definições feitas para o mesmo. Sendo assim, deve-se revisar tanto o 

ciclo do processo quanto a política de S&OP. Porém, volumes de demanda 

consensados ainda não são inseridos no planejamento da produção. 

Para Barbeiro (2005), esse é o momento da criação de famílias que serão 

testadas nessa fase, com o intuito de capacitar o grupo no processo de S&OP e, da 

mesma forma, não gastar muito tempo na preparação dos dados, sendo importante 

escolher famílias com média complexidade, evitando-se famílias com problemas de 

capacidade de produção, devido ao fato de o momento ter como objetivo a 

implementação do processo, bem como seu funcionamento. 

Segundo Wallace (2008), nessa etapa tem-se basicamente a execução de um 

ciclo mensal de S&OP, em que todas as etapas desse processo devem ser 

executadas e avaliadas. O teste do processo de S&OP deve-se começar tendo 

como base uma ou duas famílias de produtos (WALLACE, 2008; PEDROSO, 2014). 

No Quadro 5 são apresentas as atividades necessárias a fase de teste piloto 

do S&OP. 

Quadro 5 – Atividades referentes ao teste piloto 

Atividade Descrição O que fazer? 

1 Levantamento de dados 
Executar e atualizar os relatórios e planilhas de Previsão 
de Vendas, enviando ao Planejamento de Demanda. 

2 Planejamento de Demanda 
Gerar previsões para as famílias do teste piloto, enviando 
informações ao Planejamento de Operações. 

3 Planejamento de Suprimentos 
Gerar Plano de Operações para as famílias do teste 
piloto, atendendo a Previsão de Vendas, levando 
estoques ao nível desejado. 

4 Reunião Pré-S&OP 
Executar a Reunião de Pré-S&OP com as áreas 
participantes, formulando recomendações a Reunião 
Executiva. 

5 Reunião Executiva S&OP 
Tomar as decisões relativas as famílias do teste piloto, 
solicitando feedback do grupo participante quanto a 
melhorias necessárias. 

Fonte: Elaborado pelo autor, adaptado de Wallace (2008). 
 



44 
 

Com a inicialização do teste piloto, procura-se também encontrar possíveis 

erros no decorrer da execução do ciclo do processo de S&OP (NOGUEIRA; SATO; 

ALCANTARA, 2012). 

Wallace (2008) explica que na maioria dos casos o ciclo do S&OP inicia com 

uma eficiência razoável, devido ao fato de se iniciar o aprendizado da empresa 

quanto ao processo. É importante ainda que ao iniciar os testes não se leve todo o 

material para a primeira reunião Executiva de S&OP. Ao invés disso, deve-se ter 

uma conversação preliminar com a Equipe Executiva, para que dessa forma, a 

reunião seja mais produtiva. 

Por fim, permite-se ainda a colaboração dos participantes quanto ao 

posicionamento das informações na planilha de S&OP, possibilitando uma facilidade 

de manuseio da mesma. Essas alterações devem ficar registradas na política de 

S&OP, juntamente com a data e o motivo da mudança (KRALIK; FOGLIATTO, 2016). 

 

2.4.8 Primeiro ciclo S&OP 

Kralik e Fogliatto (2016) consideram essa como uma das etapas finais do 

processo de implementação do S&OP, contemplando seu ciclo oficial, seguindo as 

alterações feitas na etapa do teste piloto e dos ajustes iniciais. Ainda, diferentemente 

da etapa citada, nessa fase temos a inserção no planejamento de produção das 

quantidades de demanda consensadas. 

Tem-se também a inserção das demais famílias ao processo de S&OP. Ao 

mesmo tempo, adicionam-se as funções de Planejamento Financeiro, Planejamento 

de Suprimentos, bem como os novos produtos. Estima-se que o período de tempo 

dessa atividade ocorra do 4º mês até o 9º mês e que esse momento é a parte 

essencial do processo de implementação do S&OP, pois todas as peças desse são 

reunidas (WALLACE, 2008). 

Para o Planejamento Financeiro, deve-se realizar a transformação das 

unidades para valores financeiros, ou seja, em reais. Desta forma, possibilita-se a 

comparação entre os valores projetados para o ano fiscal, gerados pelo S&OP, e os 

valores do Plano Estratégico da empresa para as famílias analisadas. Torna-se 



45 
 

importante também a inserção de dados de margem bruta a fim de informar os 

participantes do andamento do processo (BARBEIRO, 2005). 

Quanto ao Planejamento de Suprimentos, Wallace (2008) cita a importância 

de verificar o alinhamento da empresa entre os recursos e famílias de produtos. Se a 

organização tiver um alinhamento bem próximo entre esses dois itens deve-se 

adicionar o Planejamento de Suprimentos da mesma maneira que se adicionaram as 

famílias de produtos ao processo. Porém, se a empresa não possuir esse 

alinhamento justo, deve-se então definir uma divisão das famílias de produtos, 

analisando-se as necessidades futuras da produção, trazendo-as para o processo 

de S&OP em uma sequência que faça o planejamento funcionar mais rápido 

(WALLACE, 2008). 

Nessa fase, deve-se realizar a inclusão de novos produtos ao processo de 

S&OP. É necessário que questões referentes a lançamentos de novos produtos 

fiquem visíveis em todas as etapas do processo. Essa fase tem como propósito a 

certificação de que qualquer atividade nova, que impacte de maneira potencial a 

capacidade de suprimentos, seja identificada, documentada e o impacto potencial 

seja quantificado, garantindo também que todas as informações de demanda e 

suprimentos pertencentes aos novos eventos sejam consideradas ao S&OP 

(BARBEIRO, 2005). 

Por fim, devem-se desdobrar os detalhes do planejamento mestre da 

produção, agregando às famílias de produtos e comparando-os com o plano do 

S&OP. Essa atividade ajuda a garantir que as decisões tomadas no processo de 

S&OP são transmitidas de cima para baixo aos programas que afetam o chão de 

fábrica e os processos logísticos (WALLACE, 2008). 

Cabe ainda a equipe participante, gerar o entendimento das informações e de 

suas fontes, corrigir os erros de cadastros no processo de forma a garantir a 

precisão das informações trabalhadas e apresentadas durante todo o processo 

(BARBEIRO, 2005). 

 



46 
 

2.4.9 Melhoria Contínua 

O S&OP é um processo que necessita de melhoria contínua, pois quanto 

melhor for este processo, maior será o retorno da empresa em questões 

relacionadas ao nível de serviço, acuracidade e financeiro (NOGUEIRA; SATO; 

ALCANTARA, 2012). 

Segundo Wallace (2008), duas ferramentas capazes de suportar a melhoria 

do processo interno, sendo a Revisão Crítica do S&OP e a Lista de Verificação. 

A Revisão Crítica do processo deve ser realizada ao final de cada reunião do 

S&OP Executivo, ocorrendo em todos os meses e durando normalmente de dez a 

trinta minutos. Nesse momento, deve-se solicitar aos participantes as opiniões de 

cada um em relação a reunião, indicando inclusive as áreas a serem melhoradas 

(BARBEIRO, 2005). 

É imprescindível que as críticas colocadas ao final da reunião não sejam 

vistas como más notícias, mas sim como oportunidades de melhoria, sendo 

importante ainda a documentação em ata das observações, sendo elas 

encaminhadas antes da próxima reunião (WALLACE, 2008). 

A segunda ferramenta, Lista de Verificação, contém uma série de vinte e cinco 

itens que podem ser respondidos com ‘sim’, ‘Em parte’ e ‘não’. Pode-se ainda, 

levantar oportunidades a fim de se atingir o nível desejado de S&OP, sendo possível 

evitar as expectativas frustradas, além de deixar muito claro os objetivos a serem 

alcançados com o processo (BARBEIRO, 2005). 

No Quadro 6 é exemplificado um modelo de Lista de Verificação. 

Quadro 6 – Modelo de Lista de Verificação 

Nº Questão para verificação: Sim 
Em 

parte 
Não 

1 
O Planejamento de Vendas e Operações é um processo mensal que envolve 
tanto a média como a alta administração, incluindo o presidente. 

      

2 
O ciclo mensal do S&OP consiste de uma fase de Planejamento da 
Demanda, uma fase de Planejamento de Suprimentos, uma reunião de Pré-
S&OP, e uma reunião do S&OP Executivo que inclui o presidente. 

      

3 
Uma política do Planejamento de Vendas e Operações por escrito detalha os 
participantes, as responsabilidades, os tempos, e os objetivos de cada etapa 
do processo. 

      

                                    (Continua...) 



47 
 

4 
O número de famílias de produtos é na faixa de 5 a 15. As sub-famílias são 
utilizadas nas etapas do Pré-S&OP em que forem necessárias.  

      

5 

As estratégias de demanda e oferta para cada família de produtos são 
revisadas formalmente a cada trimestre nas reuniões de Pré-S&OP e S&OP 
Executivo com uma visão voltada ao aumento das metas de atendimento ao 
cliente, de redução do inventário de produtos acabados e de redução dos 
pedidos pendentes/atrasados aos clientes. 

      

6 
A planilha S&OP contém todas as informações importantes em uma só 
página: o desempenho passado em relação ao plano, as estatísticas de 
atendimento ao cliente, e as futuras previsões e planos de operações. 

      

7 
O Programa de Produção é comparado, pelo menos mensalmente, com o 
Plano de operações de S&OP para garantir que o Programa seja definido aos 
níveis aprovados na reunião de S&OP Executivo. 

      

8 

O Planejamento de Vendas e Operações é um processo de tomada de 
decisões. A equipe do Pré-S&OP decide as recomendações a fazer ao grupo 
executivo, e a Equipe do S&OP Executivo decide aceitar essas 
recomendações ou adotar uma das alternativas. 

      

9 
No clima da melhoria continua, um breve resumo crítico da reunião do S&OP 
Executivo é realizado no final de cada reunião. É solicitado um “feedback” de 
todos os participantes. 

      

10 
O processo de Planejamento de Vendas e Operações tornou-se a base para 
as tomadas de decisões relativas às questões de demanda e oferta. 

      

Fonte: Elaborado pelo autor, adaptado de Wallace (2008). 
 

O início da utilização da Lista de Verificação deve ocorrer durante o mês após 

o teste piloto, ou seja, durante o terceiro mês, pois a utilização desta ferramenta na 

fase inicial irá indicar as áreas aonde as coisas vão bem, atuando na forma de 

feedback (WALLACE, 2008). 

Para cada resposta da lista tem-se uma pontuação: SIM = 1, Em Parte = 0,5 e 

Não = 0. Ao final, observa-se a pontuação total, conforme o Quadro 7 (BARBEIRO, 

2005). 

Quadro 7 – Pontuação do nível de S&OP 

Pontuação Nível S&OP é considerado: O que fazer? 

23 a 25 Excelente Manter o aprimoramento. 

20 a 22 Bom 

Realizar Planos de Ações e Aprimoramento. 17 a 19 Regular 

Menor que 17 Fraco 

Fonte: Elaborado pelo autor, adaptado de Barbeiro (2005). 
 

Barbeiro (2005) salienta a importância de realizar o diagnóstico do processo 

de S&OP em conjunto com a equipe Executiva, preparando-se inclusive um relatório 

preliminar antes da tomada de ações e aprimoramento. 

Torna-se importante também analisar as questões externas ao S&OP, ou seja, 

 (...Continuação) 



48 
 

a busca por melhorias quanto a necessidade de dias de cobertura de estoque de 

matérias-primas e maiores nível de serviço de fornecedores (TRINDADE, 2013). 

Basicamente o que precisa ser feito é verificar os processos básicos através 

de questionamentos referentes a níveis de estoques, inventários e serviços, e 

começar a realizar suas avaliações, a fim de se melhorar as questões externas e 

garantir uma flexibilidade dos fornecedores, reduzindo-se os inventários e 

melhorando a situação financeira da empresa (WALLACE, 2008). 

 

2.4.10 Indicadores de desempenho 

Indicadores de desempenho podem ser aplicados nas diversas áreas 

funcionais da empresa para a avaliação da eficácia do processo, ou seja, 

evidenciando dessa forma, se o processo de S&OP está realmente atingindo o que 

era esperado pela equipe e proporcionando assim, uma capacidade de verificar 

métricas de melhorias para esse (PEDROSO, 2014). 

Segundo Corrêa, Gianesi e Caon (2008), é importante que junto com a 

implementação do S&OP se busque a adesão de indicadores de desempenho das 

operações, para que dessa maneira haja o esforço para a melhoria contínua. Ainda, 

é imprescindível que o desempenho futuro que a empresa deseja alcançar seja bem 

definido. Indicadores chave para o processo de S&OP são mensurados no Quadro 

8. 

Quadro 8 – Indicadores para o processo de S&OP 

Indicador Metodologia Cálculo Equação 

Nível de serviço 
ao cliente 

Inclui-se nesse índice a pontualidade de 
entrega dos pedidos, prazo de entrega, 
qualidade de entrega e produto, 
devoluções de cliente. 

(Entregas no prazo / Total de 
entregas) x 100 ou (Qtd. 
Devoluções / Total de 
entregas) x 100 

2 

Nível de 
estoque 

Consideram-se níveis de estoque de 
produtos acabados, matérias-primas e 
estoque de materiais em processo. 

Qtd. Estoque / média de saída 3 

Desempenho 
Comercial 

Índice obtido através da acurácia da 
previsão de vendas e cumprimento do 
plano de venda. 

(Venda Realizada / Previsão 
de Venda) x 100 

4 

                                      (Continua...) 



49 
 

Desempenho 
de Operações 

Refere-se ao cumprimento do plano de 
produção e a produtividade operacional. 

(Produção Realizada / 
Produção Programada) x 100 

5 

Cumprimento 
Planos P&D 

Cumprimento dos planos de 
desenvolvimento e introdução de novos 
produtos. 

(Qtd. Planos Cumpridos / Qtd. 
Planos desenvolvidos) x 100 

6 

Fonte: Elaborado pelo autor, adaptado de Corrêa, Gianesi e Caon (2008). 
 

Ainda, segundo os autores, um aspecto fundamental é o estabelecimento das 

tendências de cada um dos indicadores aplicados ao processo de S&OP. 

Julianelli (2010) evidencia na Figura 11 os principais indicadores de 

desempenho utilizados por empresas brasileiras, além dos citados por Corrêa, 

Gianesi e Caon (2008), bem como o percentual de utilização de cada por estas. 

Figura 11 – Indicadores de Desempenho mais utilizados no S&OP 

 
Fonte: Julianelli (2010, p. 1). 
 

Para Noroozi e Wikner (2014), empresas que têm como estratégia a produção 

para estoque normalmente competem a baixos preços, nesse caso, métricas como 

custo e produtividade devem ser aplicados ao âmbito de S&OP. Já empresas que 

têm como estratégia a produção conforme pedidos geralmente competem com base 

em projetos, flexibilidade e tempo de entrega dos pedidos. Dessa forma, devem-se 

considerar importante índices de flexibilidade e tempo de entrega prometido ao 

cliente. 

Porém, para que benefícios sejam realmente alcançados com o processo 

deve-se haver um progresso diário de acompanhamento, em que planos de Vendas 

  (...Continuação) 



50 
 

e Operações devem ser monitorados, inclusive com a criação de ações corretivas, 

sendo essas, geradas de forma imediata (BAUMANN, 2010). 

Ainda, para que se almejem os objetivos de um processo, seus resultados 

devem ser comparados e mensurados a padrões pré-estabelecidos. Precisa-se 

ainda manter os valores de padrões dentro de um limite, controlando-se assim o 

processo e o mantendo de forma constante, o que de fato permite a comparação 

entre parâmetros de valores atuais e planejados (GUNASEKARAN; PATEL; 

MCGAUGHEY, 2004). 

O subcapítulo a seguir trata da análise de maturidade de um processo de 

S&OP, bem como as principais atividades desse processo. 

 

2.5 Maturidade do Processo de S&OP 

O processo de S&OP avança conforme os ciclos desse são executados pela 

empresa, sendo esse absorvido pela mesma, implicando em uma evolução em 

diferentes estágios de maturidade, possibilitando assim uma avaliação e 

classificação do S&OP e ainda, disponibilizando formas de mensurar o progresso do 

processo no decorrer do tempo (PEDROSO, 2014). 

Diversos padrões de mensuração do estágio de evolução e maturidade do 

processo de S&OP foram propostos por diferentes autores (WING; PERRY, 2001; 

LAPIDE, 2005; GRIMSON; PYKE, 2007; CECERE; BARRETT; MOORAJ, 2009). 

Dentro dessa abordagem consideram-se os mais destacados os modelos de 

maturidade de Lapide (2005) e de integração do processo de Grimson e Pyke 

(2007), por retratarem amplas abordagens, englobando mais variáveis em seu 

contexto (PEDROSO, 2014). 

Segundo Lapide (2005), os modelos de maturidade de processo são úteis 

para a inovação e mudanças nos processos. Esses tipos de modelos apresentam 

etapas, sendo a primeira a menos avançada e a última a mais avançada. É 

imprescindível mencionar ainda que muitas vezes a última fase do processo é 

praticamente inalcançável, tornando-se ideal a empresa esforçar-se para alcançá-

las. 



51 
 

No Quadro 9 é apresentado o modelo de maturidade de Lapide (2005). 

Quadro 9 – Modelo de avaliação de maturidade do S&OP 

 Processo 
Estágio 1 

Processo Marginal 

Estágio 2 
Processo 

rudimentar 

Estágio 3 
Processo clássico 

Estágio 4                    
Processo                       

ideal 

Reuniões 
Encontros informais, 
agendamentos 
esporádicos. 

Encontros formais, 
agendamentos 
rotineiros, 
assiduidade e 
participação 
inconsistentes. 

Encontros formais 
com 100% de 
participação e 
assiduidade. 

Encontros 
orientados a 
eventos, 
agendamento 
realizado quando 
necessário, devido à 
detecção de alguma 
mudança ou algum 
desbalanceamento 
entre a demanda e 
suprimento. 

Integração 
do 

processo 

Processos 
desarticulados com 
planos separados. 
Planos operacionais 
não alinhados com 
os planos de 
demanda. 

Processos com 
alguma integração. 
Planos operacionais 
alinhados com os 
planos de demanda. 

Processos 
integrados. Planos 
operacionais e de 
demanda 
integrados. 
Colaboração 
externa com um 
pequeno número de 
fornecedores e 
clientes. 

Processo estendido. 
Planos operacionais 
e de demanda 
alinhados 
internamente e 
externamente. 
Colaboração 
externa com a 
maioria dos 
colaboradores e 
clientes 

Tecnologia 
Mínima. Várias 
planilhas eletrônicas 
independentes. 

Aplicações 
separadas. Sistema 
de planejamento de 
demanda, sistemas 
APS individuais 
para várias fábricas. 

Aplicações 
integradas. 
Aplicações de 
previsão de 
demanda e 
planejamento de 
operações 
integradas. 
Informações 
externas 
manualmente 
inseridas no 
processo. 

Conjunto completo 
de tecnologias 
integradas. Sistema 
S&OP específico 
com um sistema de 
colaboração externa 
integrado aos 
sistemas de 
previsão de 
demanda e 
planejamento 
operacional. 

Fonte: Lapide (2005, p. 14). 
 

Ainda, segundo o autor, o modelo acima deve ser utilizado como metodologia 

aplicada ao diagnóstico para que assim a empresa possa melhorar o seu processo, 

podendo obter-se a fase em que a mesma se encontra por meio de sua aplicação e 

verificação. 

O primeiro estágio do modelo de maturidade é chamado “Processo Marginal”. 

Nesse processo encontram-se empresas que têm o processo de S&OP estabelecido 

de maneira menos formal, em que na maioria das vezes as reuniões são canceladas 

por falta de prioridade (NOGUEIRA; SATO; ALCANTARA, 2012). Os departamentos 



52 
 

trabalham de forma independente e sem organização, impedindo a integração dos 

planos elaborados. A tecnologia é pouco aplicada no processo, utilizando-se 

planilhas separadas para cada planejamento (PEDROSO, 2014). 

O segundo estágio denomina-se “Processo Rudimentar”, em que os 

planejamentos são formais, mas não são totalmente integrados. As reuniões são 

agendadas, porém há pouco comparecimento dos integrantes. Há a utilização de 

softwares mais avançados e planilhas distintas nos departamentos (NOGUEIRA; 

SATO; ALCANTARA, 2012; PEDROSO, 2014). 

Na terceira etapa, chamada “Processo Clássico”, apresenta-se um processo 

mais avançado com informações colaborativas e um planejamento nos padrões de 

um processo de S&OP. Reuniões são executadas de forma rotineira, possibilitando o 

equilíbrio entre demanda e suprimentos. Os softwares utilizados são integrados e 

promovem planejamento conjunto entre departamentos (LAPIDE, 2005; NOGUEIRA; 

SATO; ALCANTARA, 2012; PEDROSO, 2014). 

A quarta e última etapa chama-se “Processo Ideal”, sendo essa inalcançável 

pelas empresas, utilizado apenas como referência com a finalidade de estimular a 

melhoria contínua. Essa etapa executa as reuniões apenas quando alguém as 

propõe ou quando há o desbalanceamento entre suprimento e demanda. Os 

processos expandem-se para fora da empresa, trazendo informações de clientes e 

fornecedores. Os sistemas constantemente acompanham a oferta e a demanda, em 

tempo real (LAPIDE, 2005; NOGUEIRA; SATO; ALCANTARA, 2012; PEDROSO, 

2014). 

Se tratando do modelo de Grimson e Pyke (2007), tem-se a distribuição das 

etapas em cinco dimensões. A primeira etapa começa com a empresa que não tem 

nenhuma prática de S&OP e a etapa cinco a mais avançada com aplicação de 

tecnologia de ponta, não sendo encontrada nenhuma empresa em tal situação 

(GRIMSON; PYKE, 2007). 

No Quadro 10 é apresentado o modelo de integração de Grimson e Pyke 

(2007). 

 



53 
 

Quadro 10 – Modelo de integração do S&OP 

 Processo 
Estágio 1 

sem S&OP 

Estágio 2 
S&OP 
reativo 

Estágio 3 
S&OP padrão 

Estágio 4 
S&OP 

avançado 

Estágio 5 
S&OP pró-

ativo 

Processos 
de 

negócios 

Reuniões e 
colaborações 

Sem 
reuniões ou 
colaboração. 

Discussões 
em reuniões 
executivas 
com foco em 
objetivos 
financeiros. 

Pré-reuniões e 
reuniões S&OP 
com algumas 
informações de 
clientes e 
fornecedores. 

Incorporação 
de 
informações 
de clientes e 
fornecedores e 
sua 
participação 
em algumas 
reuniões. 

Reuniões pré-
agendadas e 
também 
orientadas a 
eventos. 
Acesso aos 
dados externos 
em tempo real. 

Estrutura 
organizacional 

Inexistente. 

Não existe a 
função formal 
de S&OP e os 
integrantes da 
equipe em 
outras 
posições na 
empresa. 

A função de 
S&OP é parte 
de outra função: 
Gerente de 
produtos ou de 
suprimentos. 

Equipe formal 
de S&OP com 
participação 
executiva. 

Por meio da 
organização, o 
S&OP é 
entendido como 
uma ferramenta 
de otimização 
de lucros da 
empresa. 

Medidas de 
desempenho 

Inexistentes. 

Confrontam 
os planos 
operacionais 
e de 
demanda. 

Estágio 2 mais 
medidas de 
precisões das 
previsões. 

Estágio 3 mais 
medidas que 
considerem a 
introdução de 
novos 
produtos e a 
efetividade do 
processo de 
S&OP. 

Estágio 4 mais 
medidas que 
considerem o 
lucro da 
empresa. 

Processos 
de 

informação 

Tecnologia de 
informação 

Gerentes 
mantêm 
planilhas 
individuais e 
não existe 
uma 
consolidação 
da 
informação. 

Ainda muitas 
planilhas, 
mas com 
alguma 
consolidação 
realizada 
manualmente. 

Informação 
centralizada. 
Sistema de 
planejamento 
de operações. 

Processos 
automatizados, 
sistema de 
planejamento 
de operações 
integrado a um 
ERP, mas não 
otimizado. 
Sistema 
S&OP. 

Sistema 
integrado e 
otimizado de 
S&OP com 
interfaceamento 
com sistema 
ERP, sistemas 
de previsões e 
finanças. 
Simulações em 
tempo real. 

Integração de 
planos 

Não existe 
planejamento 
formal. 
Operações 
tentam 
somente 
atender aos 
pedidos. 

O plano de 
vendas 
direciona as 
operações em 
um processo 
de cima para 
baixo, e a 
utilização de 
capacidade é 
ignorada. 

Integração de 
planos. 
Processos 
direcionados 
em somente 
uma direção 
com planos de 
baixo para cima 
que considerem 
os objetivos 
organizacionais. 

Planos 
altamente 
integrados 
com processos 
concorrentes e 
colaborativos. 
Restrições 
consideradas 
em ambas as 
direções. 

Estágio 4 mais 
processos 
focando 
otimização de 
lucros por toda 
a empresa. 

Fonte: Grimson e Pyke (2007, p. 330). 
 

Segundo os autores, o avanço do processo de S&OP para a etapa 5 não se 

torna possível devido a falta de tecnologia sofisticada para apoiar essa metodologia. 

Na primeira fase do modelo, denominada “Sem S&OP”, a empresa não tem 

reuniões estabelecidas, havendo uma independência entre vendas e operações. 

Também, não existem medidas de desempenho do processo, bem como 



54 
 

planejamentos realizados de forma formal (GRIMSON; PYKE, 2007; NOGUEIRA; 

SATO; ALCANTARA, 2012; PEDROSO, 2014). 

Na segunda fase “S&OP Reativo”, as reuniões são executadas apenas entre 

a alta administração e sua discussão basicamente se trata de questões ligadas a 

finanças da empresa. Não há elaboração de planos integrados, as informações de 

operações não são utilizadas para ajustar os planos de vendas (GRIMSON; PYKE, 

2007; NOGUEIRA; SATO; ALCANTARA, 2012; PEDROSO, 2014). 

A terceira fase chama-se “S&OP Padrão” e é o ponto em que o S&OP é 

formalizado, havendo um processo evolutivo. Há compartilhamento de informações 

ente planos, a partir de reuniões formais. As informações são automatizadas e 

centralizadas e há medições de desempenho principalmente na área de operações 

(GRIMSON; PYKE, 2007; NOGUEIRA; SATO; ALCANTARA, 2012; PEDROSO, 

2014). 

Na quarta fase, chamada “S&OP Avançado”, temos a presença de clientes e 

fornecedores nas reuniões de S&OP. Há uma equipe formal participante do 

processo, possibilitando um plano colaborativo. São realizadas medições de eficácia 

do processo e os planos de vendas e operações são integrados. Utilizam-se 

softwares de otimização de receita na sua execução (GRIMSON; PYKE, 2007; 

NOGUEIRA; SATO; ALCANTARA, 2012; PEDROSO, 2014). 

Já na quinta e última fase, denominada “S&OP pró-ativo”, todos os processos 

da quarta fase são executados, porém as reuniões acontecem em eventos, não 

sendo programadas. As informações são compartilhadas em tempo real e os planos 

são totalmente integrados. Nessa fase, visa-se a maximização da receita e avalia-se 

a rentabilidade da empresa. Utilizam-se softwares que buscam soluções integradas 

em tempo real, aperfeiçoando decisões de Vendas e Op