Há 20 anos, Univates forma Técnicos em Enfermagem

A arte de ensinar e cuidar abordada na sala de aula, os laboratórios, a literatura abrangente e a interação entre os cursos de diferentes áreas. De acordo com a enfermeira e professora da Univates Maria Bernadete Koch Kranz, esses são alguns dos diferenciais do curso Técnico em Enfermagem da Instituição. Atuando há 19 anos na Universidade, Maria é uma das pessoas que comemora os 20 anos do curso na Univates, data que é lembrada no mês de fevereiro.

A coordenadora do curso na Univates, Neusa Beatris Lindemann Wallauer, acrescenta à lista de Maria os cursos de extensão, as visitas técnicas dos alunos a hospitais e instituições de saúde, os trabalhos realizados na comunidade e os estágios em hospitais e clínicas. Referência para os cursos profissionalizantes, a Instituição apresenta inovação e desenvolvimento no curso Técnico em Enfermagem. Neusa lembra dos laboratórios criados, dos estágios disponíveis na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), dos professores com especialização em educação e consequentes mudanças nas estratégias em sala de aula ao longo do tempo.

Maria destaca os recursos tecnológicos disponíveis nos laboratórios da Instituição, que reproduzem diferentes cenários de saúde aos alunos. Entre eles, as simulações de ações de prevenção de saúde, como em unidades básicas e em ambientes de urgência e emergência, terapia intensiva, assistência materna infantil, saúde coletiva, segurança multidisciplinar da cadeia terapêutica e instrumentação cirúrgica. 

Os profissionais desse ramo devem ter diferentes experiências na formação técnica, já que o mercado de trabalho é amplo. Eles podem trabalhar em hospitais, casas geriátricas, farmácias, laboratórios, unidades básicas de saúde, empresas ou como home care. Eles devem entender o paciente como ser humano pertencente a um todo biopsicossocial e trabalhar com ética nas políticas de saúde vigentes.

O começo do sonho de fazer o curso Técnico em Enfermagem saiu do papel quando Cláudia Maria Schneider Gomes tinha 39 anos. “Desde jovem, pensava em fazer esse curso, porém não tinha condições financeiras. O tempo passou e esse desejo parecia cada vez mais longe. Enfim um dia criei coragem e me inscrevi”, conta Cláudia. Após três anos, ela aguarda ansiosamente a formatura, que será no sábado, dia 23.

No início, o seu maior medo era não se adaptar. “Pensei em desistir várias vezes, pois eu sabia que estaria nas aulas com alunos, em sua maioria, jovens; muitos com metade da minha idade. Tive receio em não ser bem aceita”, explica. Segundo ela, essa dificuldade a ensinou a ser uma pessoa melhor. “Meus colegas entendiam de informática e do Univates Virtual, muito usado durante a formação técnica. Eu não sabia nada sobre e me desafiei a aprender, o que foi ótimo”, comenta.

Sobre a profissão escolhida, afirma que se sente realizada. Após fazer estágio de final de curso no Hospital Bruno Born, no mês passado foi contratada para trabalhar no local. “Sempre trabalhei, mas hoje tenho uma profissão”, conclui.