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Estudante de Enfermagem da Univates analisa perfil de pacientes politraumatizados internados em UTI

Postado as 19/06/2019 09:18:56

Por Natália Bottoni

O trauma é considerado um problema de saúde pública por acometer um número significativo de pessoas diariamente, ocasionando a necessidade de internações prolongadas. Segundo pesquisa realizada por estudante da Univates, o perfil de pacientes politraumatizados (que sofreram algum acidente no trânsito e como consequência adquiriram mais de um trauma) internados em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de adultos de um Hospital do Estado caracteriza-se por ser do sexo masculino, com idade entre 22 e 27 anos. Segundo o estudo de caso, o tipo de trauma com maior ocorrência detectado é o trauma crânio encefálico (TCE), uma lesão física no cérebro que pode causar danos irreversíveis e incapacitar a função cerebral, geralmente resultado de um acidente grave de carro.

A conclusão é da estudante de Enfermagem e diplomada no Técnico em Enfermagem da Univates Deise Schossler no seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) “Perfil epidemiológico de pacientes politraumatizados atendidos em Unidade de Terapia Intensiva Adulto no interior do Rio Grande do Sul”. De agosto a outubro de 2018, ela analisou as internações de 62 pacientes politraumatizados do ano de 2017.

A pesquisa

Elise Bozzetto

Deise sempre se interessou pela unidade de terapia intensiva e politrauma. Por isso escolheu esse tema. Ela analisou as internações de 62 pacientes politraumatizados do ano de 2017. “Eu tinha a curiosidade de saber como é o perfil desses pacientes em específico, principalmente porque a internação por politrauma é um problema de saúde pública. Ele gera custos para o tratamento, muitas vezes ocasionando o afastamento no trabalho, prejuízos de saúde permanentes e exclusão social em algumas situações”, conta.

Com base na análise dos prontuários, identificou-se que a maioria das vítimas eram homens, 52 pessoas, representando 83,9% do total. A idade variou entre 16 e 88 anos, mas a faixa etária de maior ocorrência foi entre os 22 e 27 anos (12 indivíduos, 19,3%). O TCE é o tipo de trauma de maior ocorrência, com 22 dos pacientes, seguido por TCE e fraturas, com 19 pacientes.

A principal intercorrência, ou seja, o maior problema no decorrer da internação dos pacientes, foi a infecção, em 14 dos pacientes. E 23 pessoas não apresentaram nenhuma intercorrência. Já a intercorrência associada ao trauma mais apontada foi a pneumonia associada à ventilação mecânica (quando o paciente faz uso do ventilador ou respirador mecânico por estar incapacitado de respirar sozinho). Em geral, o período de internação foi de nove dias na UTI. Cerca de 87% das pessoas, a maioria jovens, não teve óbito associado ao trauma.

Conclusões

Para a orientadora do trabalho e professora do curso de Enfermagem Paula Michele Lohmann, o estudo contribui para a reflexão sobre o controle de infecções no contexto da terapia intensiva. “A pesquisa demonstrou que as infecções hospitalares estão associadas às intercorrências do paciente politraumatizado, mortalidade e microrganismos resistentes”, destaca.

Segundo ela, a partir do panorama constatado, acredita-se que as características clínicas e a gravidade dos pacientes politraumatizados internados nas UTIs devem ser consideradas para a elaboração do plano de cuidados. “Percebe-se a necessidade de investimento para a prevenção e a redução dos números de acidentes no trânsito e da violência por meio de políticas públicas voltadas para a orientação no trânsito, bem como a cultura de paz”, conclui.

Paula lembra que a temática da pesquisa é relevante para todos os cursos da saúde.

Nas últimas décadas, no Brasil se observa um aumento das taxas de mortalidade, invalidez e morbidade causadas por trauma. Só no Rio Grande do Sul, entre 2003 e 2016, foram registrados 41.268 mil óbitos por acidentes de trânsito. Isso configura um grave problema social. Diante desse contexto, o desenvolvimento, a participação e a aplicação de estudos como produção de conhecimento são alternativas para que possamos propor soluções para os problemas sociais
Orientadora do trabalho e professora do curso de Enfermagem, Paula Michele Lohmann

Deise explica que a importância do trabalho também se dá pela busca de conscientizar e educar as pessoas para que tenham mais atenção no trânsito e aos riscos diários a que estão expostas. “Após a minha formatura em agosto, pretendo me especializar na área de UTI. Poder salvar a vida de alguém e depois ver o paciente bem não tem preço. Acredito que ainda terei muitas oportunidades nesse ramo”, afirma Deise.

Vestibular

Tuane Eggers

O curso de Enfermagem recebe inscrições no Vestibular. No total são 36 cursos presenciais e 17 a distância (EAD) disponibilizados pela Universidade.

É possível ingressar com a nota do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) a partir de 2009 ou aproveitar o resultado de um vestibular anterior da Univates. Outra opção que busca facilitar o processo de ingresso nos cursos - presenciais ou a distância - é a realização de provas agendadas nos 17 polos da Univates. As inscrições para os cursos presenciais podem ser realizadas aqui. Os que desejam realizar um curso EAD podem se inscrever neste link.

Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail vemprauni@univates.br ou pelo telefone 0800 7 07 08 09.