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Projeto da Univates resgata história cultural do Vale do Taquari

Postado as 20/05/2019 14:28:10

Por Natália Bottoni

Divulgação

O projeto Patrimônio Vivo, do programa Ambiente, Desenvolvimento e Memória Social da Univates, busca resgatar os valores culturais e históricos das comunidades do Vale do Taquari. A partir de ações realizadas nesses contextos, são identificados os traços identitários dos processos migratórios da região concentrados na segunda metade do século XIX e início do século XX. Este ano a iniciativa está sendo aplicada nos municípios de Santa Clara do Sul (parceria com o Centro de Referência de Assistência Social e a Secretaria da Educação), Forquetinha (parceria com a Secretaria da Educação, Cultura, Turismo e Esporte) e Cruzeiro do Sul (parceria com a Secretaria da Educação, Cultura e Esportes e a Secretaria de Assistência Social e Habitação por meio da coordenadora dos grupos da terceira idade).

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O projeto de extensão foi criado em abril de 2018 pois havia necessidade de promover o reconhecimento e a valorização do patrimônio cultural no Vale. “A Univates é uma instituição comunitária e tem papel essencial no desenvolvimento regional. Desse modo, é fundamental unir esforços para viabilizar o reconhecimento e a preservação da história da região por meio de ações educativas. Além disso, é importante conhecermos nosso passado para compreendermos as diferentes culturas e ampliarmos nossa visão de mundo”, explica a coordenadora do projeto e professora de Arquitetura e Urbanismo da Instituição, Jamile Maria da Silva Weizenmann.

Além de Jamile, a equipe conta com o docente do curso de Arquitetura e Urbanismo Jauri dos Santos Sá e as bolsistas Caroline Nichel e Djulia Marder. As atividades realizadas nas comunidades externas multiplicam os conhecimentos sobre patrimônio cultural imaterial, como tradições, costumes, hábitos, memória social e expressões de vida, e também sobre patrimônio materializado, pelas expressões arquitetônicas e o patrimônio edificado, ao reconhecer as características do estilo e técnicas construtivas dos antepassados.

As ações são organizadas ao longo do ano com os representantes dos municípios. Nos locais, normalmente são realizadas rodas de conversa em que se compartilham conhecimentos prévios dos estudantes e as experiências de vida das pessoas da comunidade. Às vezes as atividades ocorrem em propriedades rurais ou antigas que retratam os traços da imigração no Vale.

Jamile lembra do impacto social do projeto associado à arquitetura.

A preservação dos prédios históricos característicos da imigração alemã, italiana ou açoriana é importante para manter a história de cada cultura que forma nossa região. Propor novos usos às edificações que eram casas comerciais ou antigas indústrias pode gerar ao município um retorno econômico positivo, aprimorar alguma rota turística existente ou proporcionar a criação de novas rotas, impulsionando o turismo da região
Coordenadora do Patrimônio Vivo e professora de Arquitetura e Urbanismo da Univates, Jamile Maria da Silva Weizenmann

Em outra perspectiva, a profissional justifica que a iniciativa oportuniza a consciência transformadora em relação à história e à cultura da região, o que permite conhecer melhor a si próprio. “O legado cultural é direito das pessoas. Saber como os antepassados viviam possibilita a cada um entender a sua identidade e ao mesmo tempo respeitar a do outro”, declara. Para ela, o projeto Patrimônio Vivo planta as semestes da transformação, uma vez que cada ação permite uma nova forma de ver o patrimônio, dar valor e buscar identificar o panorama cultural que cerca o Vale.

Fazem parte das ações

O acadêmico de Direito da Univates Lucas André Grahl da Silva tem participação ativa no Patrimônio Vivo. Ele ajuda na localização das casas antigas do município de Forquetinha. Além disso, os participantes do projeto estão realizando ações na propriedade da sua família, uma antiga casa enxaimel. Professores e alunos dos cursos de Arquitetura e Urbanismo e História da Instituição visitaram o local. “O projeto desperta o conhecimento sobre a preservação da arquitetura, para que possamos manter viva a história”, afirma o estudante.

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Anastácia Maria Schuster Zart também faz parte da comunidade que recebe de braços abertos o Patrimônio Vivo. A partir da parceria da Univates com o município de Cruzeiro do Sul, ela participou da ação com o grupo de ginástica de São Rafael. “Resgatar a história. É isso o que fizemos no encontro, em que pessoas de diversas idades relembraram histórias que serão esquecidas conforme o tempo passa. Falou-se sobre as construções arquitetônicas do município, como eram e como são hoje”, explica. Segundo ela, sabedoria, simplicidade e humildade foram algumas das características da ação. “Um dia, vieram em torno de 50 alunos. Nenhum teve a necessidade de mexer no celular por estar entediado; bem ao contrário, ficaram encantados com os relatos”, comenta.

Para ser voluntário do projeto ou para esclarecimento de dúvidas é possível entrar em contato pelo e-mail patrimoniovivo@univates.br.

Confira as atividades programadas até agosto de 2019:

27/05 - Reunião com o prefeito e o secretário de Cultura, em Santa Clara do Sul

04/06 - Ação com o grupo de idosos Frohsinn, em Santa Clara do Sul

12/06 - Atividade com o grupo de idosos Juventude de Ontem, em Santa Clara do Sul

17/07 - Ação com o grupo de idosos Alegria de Viver, em Santa Clara do Sul

18/07 - Acompanhamento do grupo Querência Amada, em Santa Clara do Sul

09/08 - Ação com o grupo de idosos Alegre Vivemos, em Santa Clara do Sul

12/08 - Palestra na Univates em comemoração do Dia do Patrimônio