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“O Brasil é visto como um exemplo em pesquisa”

Postado em 22/06/2018 13h17min e atualizado em 22/06/2018 13h25min

Por Artur Dullius

Bioquímico de formação e Doutor em Biotecnologia, o professor chileno Jorge Valdés é um dos palestrantes do II Congresso Internacional de Ciência, Tecnologia e Conhecimento. Além de sua participação no evento, Valdés também está acompanhando as atividades desenvolvidas no Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia (PPGBiotec) da Univates.

Especialista em genética genômica e bioinformática, o chileno é docente e pesquisador da Universidad Mayor, tendo atuado também por seis anos em parceria com um Instituto alemão de investigação. Desde a última terça-feira, dia 19, na Universidade, ele se mostrou impressionado com o campus. “É muito atrativo. Se vê que tem uma integração e um desenho unificado. Foi um espaço cuidadosamente pensado, pois é tudo bem interligado. Não foi algo que nasceu do acaso”, comentou.

Durante a manhã de quarta-feira, dia 20, Valdés esteve reunido com a pró-reitora de Pesquisa, Extensão e Pós-Graduação, professora Dra. Maria Madalena Dullius, com a diretora de Relações Internacionais, Viviane Bischoff, e com a coordenadora do PPGBiotec, professora Dra. Márcia Goettert. “A ideia é conhecer um pouco mais sobre as pesquisas que ele desenvolve e também mostrar as investigações que fazemos aqui. Com isso queremos buscar possíveis interações entre as pesquisas, além da mobilidade de alunos e professores”, explicou Márcia.

Artur Dullius

Questionado sobre as peculiaridades das investigações produzidas na América Latina, Valdés disse existir uma ampla semelhança. Segundo ele, grande parte das pesquisas realizadas estão ligadas a recursos naturais e buscam uma melhora constante do patrimônio genético do país, especialmente relacionado à agricultura e à produção animal. Ele lembra que o Chile é o segundo maior exportador de salmão do mundo, ficando atrás apenas da Noruega. “Grande parte desse desempenho tem a ver com todo um trabalho que é desenvolvido em cima do patrimônio genético das espécies e também de aspectos sanitários, como controle de doenças, além do escalonamento produtivo”, explica.

Em comparação com o Brasil, o docente vê o Chile há alguns anos atrás nas pesquisas relacionada à biomedicina e à produção de fármacos.

No Chile não temos muitas indústrias farmacêuticas que estão instaladas no país fazendo investigação. Então fica difícil essa interação entre as empresas e o ambiente acadêmico. Por vezes temos que recorrer ao Brasil, EUA ou Europa para aplicarmos nossos estudos nessa área, o que acaba sendo um entrave. É importante ter essas indústrias dentro do ecossistema investigativo para que a pesquisa possa ir rapidamente ao sistema produtivo
Jorge Valdés, docente e pesquisador da Universidad Mayor

Valdés conta ainda que o Brasil é visto como um exemplo em pesquisa, por ser um país que se preocupa com a proteção dos recursos naturais, genéticos e da biodiversidade. “As indústrias no Chile são um pouco mais invasivas com o seu entorno natural. O governo ainda precisa aprender muito sobre a proteção do meio ambiente e dos ecossistemas”, conclui.