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Pesquisa problematiza ensino de álgebra nos anos iniciais do Ensino Fundamental

Postado as 2018-10-01 10:02:03

Por Nicole Morás

Noções básicas de matemática, desenvolvidas nos anos iniciais da educação básica, contribuem significativamente para a resolução de problemas de álgebra. A partir desse pressuposto e com o objetivo de qualificar os processos educativos, professores pesquisadores do Programa de Pós-Graduação em Ensino (PPGEnsino) e do Mestrado Profissional em Ensino de Ciências Exatas (PPGECE) da Universidade do Vale do Taquari realizam pesquisa com escolas do município de Estrela.

Divulgação

As atividades fazem parte do projeto “Ciências Exatas da Escola Básica ao Ensino Superior”, sob coordenação da professora Ieda Maria Giongo e coordenação interina da professora Márcia Rehfeldt, do qual também participam as professoras Marli Quartieri e Sônia Gonzatti, além de oito bolsistas de iniciação científica, mestrandos, doutorandos e professores da educação básica.

Uma das ações da pesquisa consiste no planejamento e desenvolvimento de material educacional, em conjunto com os professores, que possa ser explorado nos anos iniciais do Ensino Fundamental. De acordo com Márcia, as atividades foram elaboradas à luz da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) levando em consideração conceitos algébricos, permitindo aos alunos realizarem distintas conjecturas.

Os conhecimentos explorados foram padrões figurais e numéricos, investigação de regularidades ou padrões em sequências e sequências recursivas e observação de regras utilizadas em seriações numéricas (mais 1, mais 2, menos 1, menos 2, por exemplo). Os resultados parciais mostram que os alunos dos anos iniciais conseguem estabelecer distintas conjecturas, propondo sequências e padrões criativos
Márcia Rehfeldt

Nicole Morás

As atividades estão sendo desenvolvidas nas Escolas Municipais de Ensino Fundamental (EMEF) Professora Ruth Markus Huber, Leo Joas e Cônego Sereno Hugo Wolkmer. Márcia salienta que os professores e bolsistas se deslocam às escolas para desenvolver as atividades, o que é um fator motivador tanto para as professoras dos anos iniciais quanto para os alunos.

Para a professora Lisiane Baronio, as atividades da pesquisa na escola são interessantes, pois ajudam a quebrar o padrão de se pensar sempre de uma mesma maneira de resolver problemas matemáticos e abrem espaço para novas possibilidades, além de auxiliar os estudantes a perceber que a matemática está em diversas situações do cotidiano. “Sou professora há 24 anos e percebo que temos tendência a repetir as atividades e os processos de ensino. Participando da pesquisa, ganhamos segurança para mudar nosso jeito de atuar, já que cada vez mais mediamos em vez de ensinar”, analisa.

Para a estudante Alana Portz Gregory, do 5º ano da Escola Municipal de Ensino Fundamental Cônego Sereno Hugo Wolkmer, o mais legal da atividade para a compreensão do conceito de sequência matemática é que ela foi realizada em grupos. “Fica mais fácil, pois conversamos, trocamos ideias e resolvemos o desafio em grupo”, afirma.

Saiba mais

O projeto de pesquisa Ciências Exatas da Escola Básica ao Ensino Superior é composto de dois subprojetos: Ensino-aprendizagem-avaliação em Matemática nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental: atividades exploratório-investigativas e formação docente, coordenado pela professora Ieda Giongo; e Produção de materiais curriculares educativos: uma possibilidade para desenvolver o pensamento algébrico e geométrico nos anos iniciais, coordenado pela professora Márcia Rehfeldt.

Divulgação

O primeiro subprojeto é financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e realizado em colaboração com pesquisadores da Universidade Federal do Pará (PA). Tem como objetivo problematizar estratégias de estudantes na resolução de atividades exploratório-investigativas elaboradas em estudos conjuntos com professores dos anos iniciais, a fim de examinar quais aprendizagens teórico-metodológicas são desencadeadas por esses professores. A partir da pesquisa, busca-se promover movimentos de mudança nos currículos escolares instituídos e contribuir para o desencadeamento de novas problematizações.

O segundo subprojeto tem financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (Fapergs). Objetiva investigar os resultados oriundos do desenvolvimento e produção de materiais educativos para o ensino de álgebra e geometria nos anos iniciais do Ensino Fundamental, na perspectiva da investigação matemática. Será desenvolvido em sete etapas e deve culminar na produção, exploração e avaliação de materiais educativos para o ensino da álgebra e geometria nos anos iniciais do Ensino Fundamental e na elaboração de um e-book.