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Notícias

25 Abril de 2019

O Terno reflete sobre o vazio de não ser jovem nem velho em

Entre despedidas e novas chegadas, Tim Bernardes encontrou seu baú de canções completamente vazio. Um nada que não era bom nem ruim. A vida do Tim, mais perto dos 30 anos do que dos 20, estava em transformação.
 
Ele não era  mais aquilo que conhecia, mas também não havia começado o novo momento. Deixava a casa dos pais, criava uma vida nova. Naqueles dias do primeiro semestre de 2017, tinha terminado o primeiro álbum solo, Recomeçar, sucessor de Melhor do Que Parece, o terceiro disco com O Terno, sua banda.
 
Flutuava, sem ser o que foi um dia, sem ser o que seria mais para frente. E isso, o nada, engatilhou uma nova safra de canções. 
 
“Eu sei que é muito cedo para parar pelo caminho”, canta ele, em “Tudo o Que Eu Não Fiz”, canção que abre o novo disco dele com O Terno, <Atrás / Além>, lançado nesta terça-feira, 23, nas plataformas digitais.
 
Tinha, até então, gravado três discos com a banda (66, de 2012, O Terno, de 2014, e Melhor do que Parece, de 2016). Sem Biel Basile (bateria) e Guilherme D'Almeida (baixo), também soltou Recomeçar (2017).
 
 
“Eu quero tudo o que eu não fiz”, clama ele, de novo, em “Tudo o Que Eu Não Fiz” - e você perceberá, ao longo desse texto, como versos da primeira música do novo e quarto disco d’O Terno, são reveladores. Autobiográficos, sem cair em clichês fáceis demais.
 
Tim, com essas linhas escritas para a abertura seu novo álbum, comprova o que gente graúda da música brasileira, como Gal Costa, Paulo Micklos e Jards Macalé, já entendeu - os três já gravaram canções do artista paulistano. O garoto, hoje, 27 anos, é como um vento refrescante numa arte calourenta demais de primavera. Fresco e ainda quente, mas novo.
 
Criação a partir de um baú vazio
Cada álbum do Terno ou solo puxava o seguinte, com novas sonoridades, novas dúvidas, mais propostas estéticas. Naquele primeiro semestre de 2017, contudo, Tim Bernardes não tinha mais nada guardado na manga.
 
 
 
<Atrás / Além> é o quarto disco do trio O Terno criado a partir desse buraco. O trabalho é forte candidato à liderar as listas de melhores discos de 2019 porque entrega, em 12 canções, o retrato das angústias de uma geração que já foi eufórica e virtuosa, como O Terno do disco 66, já experimentou novidades de O Terno, o álbum, saboreou a leveza de Melhor do Que Parece e as amarguras de Recomeçar.
 
 
 
Rolling Stone Brasil 
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