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Notícias

29 Dezembro de 2022

Os 50 anos do 'Clube da Esquina' geram livro com histórias do álbum

♪ Celebrados ao longo de 2022, os 50 anos do álbum Clube da Esquina rendem livro que agrega histórias e impressões sobre o LP duplo lançado em 1972 por Milton Nascimento e Lô Borges.
 
Organizado por Márcio Borges – parceiro letrista de Milton, de importância tão fundamental quanto Fernando Brant (1946 – 2015) na trajetória do compositor carioca de alma mineira – com Chris Fuscaldo, o livro De tudo se faz canção – 50 anos do Clube da Esquina (Garota FM Books) reúne depoimentos dos artistas que fizeram o disco.
 
Recolhidos por Márcio Borges, esses textos são inéditos – com exceções dos depoimentos de Brant e Tavito (1948 – 2019), ambos tomados na ocasião dos 40 anos do disco em 2012 – e registram impressões pessoais de quem efetivamente fez e/ou gravou as canções desse disco que deu forma e nome ao movimento Clube da Esquina, responsável por inserir Minas Gerais – precisamente Belo Horizonte (MG), ainda que o álbum tenha sido gestado em praia de Piratininga, em Niterói (RJ) – no mapa do universo pop.
 
 
Antes de alinhar os depoimentos dos compositores e músicos do álbum, o livro expõe texto de tom biográfico em que Chris Fuscaldo narra o movimento de Milton Nascimento da cidade natal do Rio de Janeiro (RJ) até o lendário Edifício Levy, residência dos Borges na capital mineira, e depois até o loteamento Marazul.
 
Situado na praia niteroiense de Piratininga (RJ), Marazul foi local do camping que aglutinou Milton, Lô, Beto Guedes e Ronaldo Bastos (poeta nascido em Niterói que se tornaria o terceiro importante parceiro letrista de Milton), no período de criação do Clube da Esquina.
 
Neste texto situado entre a biografia e a reportagem, Fuscaldo também discorre brevemente sobre o repertório do disco, dissecado em posterior faixa-a-faixa por time de 20 jornalistas convidados pela editora do livro para discorrer sobre as 21 faixas do álbum duplo (a própria Fuscaldo ficou com Tudo que você podia ser, canção de Lô Borges e Márcio Borges que abre o disco).
 
Além de assinar carta a Márcio Borges, datada de 29 de agosto de 2022, Milton Nascimento é o autor do primeiro dos 14 depoimentos. O papa do movimento rememora brevemente o percurso que culminou com a composição da canção Clube da Esquina (1970), criada em parceria com Márcio Borges.
 
 
Já Lô Borges rememora o convite de Milton para dividir o disco – e não somente participar do álbum – e a resistência da diretoria da gravadora Odeon para aceitar a proposta de Milton, já que Lô era desconhecido em 1972.
 
“Ele teve dificuldades, mas brigou por isso, brigou para que meu nome estivesse ali”, ressalta Lô, antes de explicitar a sempre assumida influência do som dos Beatles na música do Clube da Esquina (“Beatles era arroz com feijão, era a água que a gente bebia...”) e de tentar explicar a força perene do álbum de 1972 (“...a grande química desse disco foi a mistura do que eu trouxe com as coisas que o Bituca estava trazendo”).
 
Com edição bilíngue que apresenta os textos em português e inglês, o livro De tudo se faz canção – 50 anos do Clube da Esquina celebra a expressividade atemporal de disco com cacife para continuar atravessando almas e gerações por mais 50 anos.
 
 
Fonte: G1
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