SINTOMAS DE ANSIEDADE E DEPRESSÃO VIVENCIADOS POR ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM NA PANDEMIA DA COVID-19

Autores

  • Stephanie Ribeiro Mestranda pela Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Escola Paulista de Enfermagem da Universidade Federal de São Paulo - São Paulo/SP, Brasil.
  • Flávia Batista Portugal Docente no curso de graduação em Enfermagem e Obstetrícia da Universidade Federal do Espírito Santo - Vitória/ES, Brasil.
  • Kallen Dettmann Wandekoken Docente no curso de graduação em Enfermagem e Obstetrícia da Universidade Federal do Espírito Santo - Vitória/ES, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.22410/issn.2176-3070.v15i3a2023.3454

Palavras-chave:

Saúde Mental, Estudantes de Enfermagem, Pandemia.

Resumo

A pandemia instaurou um contexto de incertezas e era esperado que promovesse a sensação de impotência e tristeza, com repercussões negativas na saúde mental da população geral e dos estudantes universitários. O objetivo deste artigo foi, então, conhecer a prevalência de sintomas sugestivos de ansiedade e depressão entre os estudantes de um curso de Enfermagem na pandemia da COVID-19 e identificar fatores associados. Para tanto, realizou-se um estudo transversal, abrangendo estudantes do curso de Enfermagem em uma instituição de ensino superior localizada na região sudeste do Brasil. Durante o período entre junho e julho de 2020, os estudantes responderam a um questionário on-line semiestruturado, englobando informações sociodemográficas, status de saúde, trajetória acadêmica e histórico de infecção por SARS-CoV-2. Paralelamente, os instrumentos Self-Reporting Questionnaire e Hospital Anxiety and Depression Scale foram empregados. A análise dos dados foi conduzida utilizando o software Statistical Package for the Social Sciences, versão 22. Os participantes majoritários da pesquisa foram do sexo feminino (89,3%) e demonstraram indícios sugestivos de ansiedade (77%) e depressão (83,1%). Ademais, 63,5% relataram adoecimento psíquico anterior, enquanto 50,7% enfrentavam adoecimento psíquico atual. Quanto à infecção pelo novo coronavírus, 6,1% dos estudantes informaram ter sido afetados. Foi identificada, ainda, uma associação significativa entre sintomas indicativos de ansiedade e episódio anterior de adoecimento psíquico (p = 0,042; OR = 0,38). Isso implica que tal histórico pode ser considerado um fator de proteção, sugerindo que a aplicação de estratégias de enfrentamento utilizadas previamente poderia ser uma ferramenta positiva para lidar com os desafios emocionais atuais.

Biografia do Autor

Stephanie Ribeiro, Mestranda pela Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Escola Paulista de Enfermagem da Universidade Federal de São Paulo - São Paulo/SP, Brasil.

Bacharel em Enfermagem e Obstetrícia pela Universidade Federal do Espírito Santo.

Flávia Batista Portugal, Docente no curso de graduação em Enfermagem e Obstetrícia da Universidade Federal do Espírito Santo - Vitória/ES, Brasil.

Bacharel em Enfermagem e Obstetrícia e Mestre em Saúde Coletiva pela Universidade Federal do Espírito Santo. Doutora em Saúde Pública pela Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca.

Kallen Dettmann Wandekoken, Docente no curso de graduação em Enfermagem e Obstetrícia da Universidade Federal do Espírito Santo - Vitória/ES, Brasil.

Bacharel em Enfermagem pela Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória. Mestre e Doutora em Saúde Coletiva pela Universidade Federal do Espírito Santo.

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Publicado

06-11-2023

Como Citar

RIBEIRO, Stephanie; BATISTA PORTUGAL, Flávia; DETTMANN WANDEKOKEN, Kallen. SINTOMAS DE ANSIEDADE E DEPRESSÃO VIVENCIADOS POR ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM NA PANDEMIA DA COVID-19. Revista Destaques Acadêmicos, [S. l.], v. 15, n. 3, 2023. DOI: 10.22410/issn.2176-3070.v15i3a2023.3454. Disponível em: https://www.univates.br/revistas/index.php/destaques/article/view/3454. Acesso em: 18 maio. 2024.

Edição

Seção

Ciências Biológicas e da Saúde