SOMBRA E SILÊNCIO: DINÂMICAS DE PODER E SUBALTERNIZAÇÃO EM QUE HORAS ELA VOLTA?, DE ANNA MUYLAERT, E SOLITÁRIA, DE ELIANA ALVES CRUZ
DOI:
https://doi.org/10.22410/issn.2176-3070.v17i2a2025.4049Palavras-chave:
Subalternidade, Resistência, Mulheres Negras, Empregadas DomésticasResumo
Este artigo explora as complexas experiências de mulheres subalternizadas retratadas no filme Que horas ela volta? (2015), de Anna Muylaert, e no romance Solitária (2022), de Eliana Alves Cruz. A partir das reflexões de Gayatri Spivak sobre a subalternidade, que emergem em diálogo com os debates decoloniais do final do século XX, a pesquisa investiga como essas narrativas revelam as dinâmicas de poder e marginalização enfrentadas por empregadas domésticas e mulheres negras. Com uma abordagem qualitativa e sustentada pela Análise de Conteúdo segundo Bardin (2011), o estudo examina os desafios impostos por racismo, sexismo e exploração trabalhista às protagonistas Val e Eunice. O embasamento teórico inclui uma revisão bibliográfica que situa as questões de subalternidade e a representação feminina no contexto brasileiro. Na conclusão, fica demonstrado como a resistência emerge em gestos de insubordinação e na preservação da memória pessoal, oferecendo novas perspectivas sobre as vozes subalternizadas. Assim, as obras não apenas denunciam opressões, mas também fomentam um diálogo crítico sobre desigualdade e justiça social, reforçando a urgência de transformação nas relações de poder.
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