DOR LOMBAR, FLEXIBILIDADE E FORÇA MUSCULAR EM MULHERES ATIVAS E SEDENTÁRIAS: UM ESTUDO COMPARATIVO TRANSVERSAL

Resumo

Posturas inadequadas e fraqueza muscular estão relacionadas à maioria das dores articulares e da coluna, em decorrência de desequilíbrios e compensações gerados por longos períodos em uma mesma posição. O presente estudo teve como objetivo avaliar e comparar a dor lombar, a flexibilidade e a força muscular entre mulheres ativas e sedentárias. A amostra foi composta por 30 mulheres sedentárias (GSED) e 31 ativas (GATI), avaliadas quanto à dor lombar (Escala Visual Analógica), flexibilidade de extensão e flexão de tronco, e força isométrica dos extensores, flexores e cadeias laterais do tronco. Foram aplicadas estatísticas descritiva, correlacional e comparativa (p<0,05). Aproximadamente metade de cada grupo relatou dor lombar. Não foram observadas diferenças significativas nas variáveis de dor, flexibilidade e tempo sentado. No entanto, o grupo GATI apresentou maiores escores de força muscular em todos os testes em comparação ao GSED. Identificou-se uma correlação moderada, negativa e significativa (r = -0,349) apenas entre a flexibilidade de extensão lombar e a dor lombar. Estudos prévios corroboram com os dados encontrados, sugerindo que fatores ocupacionais e posturais também influenciam na dor, independentemente do nível de atividade física. Conclui-se que não há diferença significativa na dor lombar entre mulheres ativas e sedentárias, embora o grupo ativo tenha demonstrado maior força muscular. Outras variáveis devem ser consideradas na análise da dor lombar.