INTERAÇÃO ENTRE ESTROGÊNIO E FATORES AMBIENTAIS NA PATOGÊNESE DO LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

Resumo

Introdução: O Lúpus Eritematoso Sistêmico é uma doença autoimune, multifatorial, crônica, inflamatória e sistêmica que atinge principalmente mulheres no período do menacme. Portanto, o estrogênio, hormônio predominante na idade fértil da mulher, tem efeitos importantes na fisiopatologia dessa doença. Objetivo: Relacionar o papel da interação entre fatores hormonais e ambientais na patogênese do Lúpus Eritematoso Sistêmico. Metodologia: Estudo de revisão integrativa da literatura onde foram utilizadas as bases: LILACS e MEDLINE. Foram utilizados os descritores: “Lúpus Eritematoso Sistêmico” AND “Estrogênio”. Os critérios de inclusão foram: dados primários publicados nos anos de 2020 a 2025, disponíveis na íntegra de forma gratuita. Foram excluídos artigos secundários, incompletos e que não abordassem diretamente a temática. Assim, foram selecionados 10 trabalhos que contemplavam os objetivos. Resultados: A atuação do estrogênio se dá a partir dos receptores de estrogênio nucleares ERα e/ou ERβ, que atuam predominantemente na transcrição. Essa atuação faz com que haja uma modificação das barreiras de imunidade, contribuindo para uma resposta mais intensa dos anticorpos, levando a uma propensão a autoimunidade, pela diminuição das células TCD4+. Ademais, os fatores de transição RORγt, que são regulados pela via mTOR e AhR, aumentam a expressão de células Th17, aumentando a liberação de IL17, que atua na resposta inflamatória de doenças autoimunes. Conclusão: Um dos principais entraves no tratamento do LES é a falta de previsibilidade da doença, causando um atraso no diagnóstico definitivo e tratamento oportuno.