Pedagogia
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Navegando Pedagogia por Orientador "Isse, Silvane Fensterseifer"
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- ItemAcesso AbertoCorpos infantis e experiências no ambiente hospitalar(2017-08) Meith, Deise Micheli; Isse, Silvane Fensterseifer; http://lattes.cnpq.br/6216609842491000; Olegário, Fabiane; Isse, Silvane FensterseiferAs pessoas desejam ter total controle sobre o próprio corpo. Controlar seu tamanho, a saúde, as capacidades e também sua aparência. Porém, mesmo com os esforços de distintos campos, especialmente o da saúde, para tornar o corpo durável, a doença e o envelhecimento, mostram que ele tem seus limites. No momento em que a parte orgânica desse corpo precisa ser tratada, percebe-se o quão vulnerável é o ser humano. Adoecer significa mudança, que atinge diretamente a rotina e os hábitos dos sujeitos. O presente estudo tem como objetivo tecer algumas reflexões acerca do corpo infantil no ambiente hospitalar, visando compreender a experiência corporal de crianças enquanto hospitalizadas. A pesquisa de campo foi realizada nos meses de janeiro e fevereiro de 2015 em um hospital situado no município de Teutônia/RS. Os participantes da pesquisa foram crianças com idades entre 2 e 12 anos, hospitalizadas ou aguardando atendimento. Ao final dos dois meses, foram realizadas dezesseis entradas da pesquisadora no território para observação, cada uma com duração de, aproximadamente, cento e cinquenta minutos. No total, foram onze crianças participantes, sendo que algumas foram observadas mais de uma vez em função das características de sua internação e disponibilidade da pesquisadora. Foi utilizada a cartografia como abordagem metodológica que é uma forma de pesquisa comprometida com o processo de criação, com as intensidades, vivências, experimentações e atenção. Para que as fissuras, as capturas e os dados produzidos no território não se perdessem, foi utilizado um diário de campo, no qual foram registradas as observações que serviram de base para as reflexões da pesquisa. Ao finalizar as análises dos registros cartográficos, constatou-se que não existe um tipo de experiência no hospital, mas experiências diversas, dependendo sempre de como os sujeitos encaram essa hospitalização. O hospital não se mostra um espaço em que experiências lúdicas acontecem. Há uma cobrança sistemática que causa incômodo nas crianças, para que estejam em silêncio e se movimentem pouco. Dentro desse espaço destinado a curar corpos, as crianças são proibidas de falar alto ou se agitar. Entretanto, bons encontros foram possíveis, como o fortalecimento de vínculos em decorrência da hospitalização e a doença como um momento de parada e reflexão sobre os hábitos de vida.