Navegando por Autor "Benício, José Rafael Wanderley"
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- ItemAcesso AbertoInferências paleoclimáticas baseadas em análises de crescimento lenhoso de gimnospermas da floresta petrificada do Tocantins setentrional, permiano da bacia do Parnaíba(2015-01) Benício, José Rafael Wanderley; Pires, Etiene Fabbrin; Jasper, André; http://lattes.cnpq.br/6553779481379743A Floresta Petrificada de Tocantins Setentrional (FPTS) é citada na literatura científica como uma das mais importantes associações lignoflorísticas de paleobioma temperado quente do Permiano no hemisfério sul. Parte desta floresta encontra-se situada no Monumento Natural das Árvores Fossilizadas do Tocantins (MNAFTO), uma unidade de preservação integral localizada a nordeste do Estado do Tocantins. Geologicamente, o MNAFTO encontra-se inserido na Bacia do Parnaíba, sendo que os lenhos aqui estudados são associados à Formação Motuca, Permiano Superior. O presente trabalho possui como objetivo estabelecer a influência dos processos climáticos ocorridos durante o Permiano Superior com a utilização de dados proxy obtidos através da análise de elementos vegetais preservados na FPTS. O material analisado corresponde a 32 fragmentos de lenhos gimnospérmicos provenientes de nove pontos de coleta localizados dentro e no entorno da área do parque. A fim de determinar padrões climáticos com base em crescimento lenhoso, foram feitas seções planas e lâminas petrográficas. Um total de 682 incrementos de crescimento em sessões planas foram verificados por meio de análises de sensibilidade média e anual. Em relação aos dados dendrológicos obtidos, os espécimes demostraram valores considerados sensitivos que indicam a vigência de um clima semiárido com precipitações aperiódicas.
- ItemAcesso AbertoInterpretações paleoambientais com base em padrões anatômicos de lenhos fósseis(2019-01) Benício, José Rafael Wanderley; Oliveira, Etiene Fabbrin Pires; Jasper, André; http://lattes.cnpq.br/6553779481379743Nas Ciências Ambientais, a construção do conhecimento ambiental deve integrar diferentes áreas, entre elas a adequada compreensão das características dos ecossistemas pretéritos. Estudos que analisem as características básicas da evolução do Sistema Terra ao longo do tempo, contribuem de forma significativa para entendimento das dinâmicas atuais. Tendo em vista que as plantas são excelentes marcadores ecológicos, a paleobotânica tem muito a contribuir nesse sentido, e os dados produzidos são fundamentais para um enfoque conceitual ampliado da área. Dentre as diferentes avaliações possíveis, o estudo das características de lenhos, constitui-se em excelente ferramenta para a inferência de variáveis paleoambientais predominantes quando do crescimento da planta. Neste contexto, o presente estudo investigou as características anatômicas de lenhos preservados por permineralização ou carbonização provenientes do Permiano das bacias do Parnaíba e do Paraná, além de um lenho permineralizado do Plioceno-Pleistoceno do Rio Grande do Sul com a finalidade de construir inferências paleoambientais para os sistemas deposicionais em que se formaram. O material proveniente da Formação Touro Passo, foi associado a Subfamília Mimosoideae (Fabaceae), e nomeado como Itaquixylon heterogenum. Já o material proveniente do Permiano da Bacia do Paranaíba, tem afinidades gimnospérmicas, e permitiu confirmar a predominância de um clima semi-árido para a área de estudo. Por fim, o material proveniente do Permiano da Bacia do Paraná, se constituem de fragmentos de macro-charcoal investigados para o afloramento Porongos, e fornecem a primeira evidência da ocorrência de recorrentes paleoincêndios vegetacionais durante os depósitos da camada de carvão Barro Branco. Já os fragmentos carbonizados coletados no afloramento Barrocada, fornecem a primeira evidência de paleoincêndios vegetacionais para o Grupo Itararé. A integração dos dados advindos das diferentes áreas e idades, permitiu estabelecer que o estudo da anatomia de lenhos fósseis, independente da sua forma de preservação, é uma ferramenta imprescindível para a definição das características dos sistemas em que foram depositados e, portanto, sempre que possível devem ser considerados em estudos voltados à compreensão da evolução do Sistema Terra ao longo do tempo. Além disso, independentemente da idade e origem dos registros, reforça-se a necessidade de utilização de dados advindos da paleobotânica para a compreensão dos processos envolvidos nas dinâmicas dos ambientes atuais.