Browsing by Author "Busolli, Jonathan"
Now showing 1 - 2 of 2
Results Per Page
Sort Options
- ItemOpen AccessA terra indígena Pó Mág, Tabaí/RS no contexto da reterritorialidade Kaingang em áreas da bacia hidrográfica Taquari-Antas(2018-01) Busolli, Jonathan; Laroque, Luís Fernando da Silva; http://lattes.cnpq.br/6550642682865922As lutas desempenhadas pelo povo Kaingang desde o contato com o não indígena demonstram o protagonismo desse grupo étnico no que diz respeito a sua afirmação enquanto identidade própria e diferenciada. Expulsos de seus tradicionais territórios localizados no Brasil meridional e adjacentes ao longo do século XIX, devido à penetração e avanço das frentes de expansão do Estado nacional brasileiro e do capital, os Kaingang passam a partir da segunda metade do século XX a intensificar um processo de reterritorialidade, respaldado nos direitos adquiridos e garantidos às populações indígenas pela Constituição Federal de 1988, levando-os a ocupar partes de suas antigas áreas nas bacias hidrográficas do Taquari-Antas, Caí, Sinos e lago Guaíba, com a formação de oito terras indígenas nesses espaços. A mais recente dessas comunidades, a Terra Indígena Pó Mág, localizada no município de Tabaí, parte da bacia hidrográfica Taquari-Antas, busca desde sua fundação no ano de 2013, dar prosseguimento à sua organização social, política e cultural, assim como ter respeitado seus direitos em relação à saúde e educação diferenciada, que leve em consideração suas tradições, sua língua e seus conhecimentos próprios. O objetivo do trabalho é analisar o surgimento da Terra Indígena Pó Mág no contexto da reterritorialidade Kaingang a partir do protagonismo de seus atores. O estudo utilizou-se de uma extensa revisão sobre a produção bibliográfica acerca da temática Kaingang, amparado em estudos teóricos sobre cultura, territorialidade, mitologia e etnicidade de populações tradicionais, assim como de entrevistas, diários e atividades em campo.
- ItemOpen AccessTerritorialidade Kaingang da comunidade Pó Mág em Tabaí, porção sul da Bacia Hidrográfica Taquari-Antas(2019-04-03) Busolli, Jonathan; Laroque, Luís Fernando da Silva; http://lattes.cnpq.br/6550642682865922As áreas de planalto da região sul do Brasil, cobertas em grande parte por florestas de Araucária constituem-se em espaços de tradicional ocupação de populações Kaingang, cujos territórios se expandem por áreas entre a Bacia Hidrográfica do Rio Tietê, no estado de São Paulo e os territórios limítrofes ao delta do Rio Jacuí, no estado do Rio Grande do Sul. Mesmo expulsos de seus tradicionais espaços territoriais a partir de meados do século XVIII e durante século XIX, os Kaingang jamais deixaram de circular por seus territórios e, sobretudo a partir da segunda metade do século XX no Rio Grande do Sul, passaram a empreender um processo de retomada das suas terras. O processo de retorno aos seus tradicionais territórios empreendido pelo povo Kaingang demonstra o protagonismo desse grupo étnico no que diz respeito a sua afirmação enquanto identidade própria e diferenciada. A Terra Indígena Pó Mág, localizada no município de Tabaí, porção sul da Bacia Hidrográfica Taquari-Antas, originada a partir deste processo, vem empreendendo a construção de sua territorialidade no espaço da terra indígena. O objetivo do estudo constituiu-se em analisar como a comunidade da Terra Indígena Pó Mág percebe os elementos que constituem sua territorialidade no espaço local por meio da análise de suas relações com elementos da natureza como o relevo, as formações rochosas, os espíritos, os animais, as relações de poder internas da comunidade, as relações sociais com as outras comunidades Kaingang, os contatos e relações com os não indígenas e ressignificações construídas junto a elementos espaciais como as moradias, a escola, a igreja e o campo de futebol. Para tanto, o método foi qualitativo e contou com a análise de conteúdo e a abordagem etno-histórica no que diz respeito à investigação do levantamento bibliográfico e pesquisa documental realizado junto aos órgãos públicos municipais e federais, dos dados obtidos em campo com indígenas e não indígenas por meio da história oral e dos procedimentos etnográficos. Como resultados, tendo por base aportes teóricos da história ambiental, territorialidade, identidade e cultura, aponta-se que o grupo Kaingang analisado vem desempenhando sua espacialidade sobre as áreas do tradicional território e do espaço de sua terra indígena. Ao mesmo tempo, se empenham em várias frentes que vão desde o aumento da área física da aldeia, à instalação de uma escola indígena e à garantia do abastecimento de água potável, o que os torna agentes de sua história e da territorialidade tendo em vistas suas dinâmicas espaciais, políticas e culturais, de respeito para com o meio humano e não humano e de luta por seus direitos como uma sociedade distinta que são.